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ABSTRACT: To determine the foliate area of two genotypes of sesame plants, were related
length measures (C), width (L), logarithm (base 10) of the length and width and the length
multiplied by the width and multiplied by a factor, with their respective foliate areas. During
90 days, in the 15 days intervals, a plant from each genotype was selected at random and
picked for the evaluations. The leaves were, outstanding and numbered of 1- n, beginning
with the apex leaves of the plant. Of each leaf, the length measures and larger width were
taken, with a milimetrical ruler, and their areas were determined with the aid of a planimeter.
There were no differences of the cultivate nor of the sampling times on the foliate
characteristics appraised. Therefore, for each one of the nine tested theoretical models, it
was just determined an equation for the complete cycle of the culture. Both length and
width measurements were needed to attain precision for all leaf ages and sizes. The equations
S = 4.0438 + 0.6075 CL, S = 0.631 CL and S = 0.70 CL were the ones that had the
best adjustment to the lineal model, with r² same to 0.9746, 0.9857 and 0.9872,
respectively.
1
INTRODUÇÃO
Aceito para publicação em 20 de Novembro de 2001.
2
Eng. Agr. Dr. da Embrapa Algodão CP 174, CEP 58107-720,
3
Campina Grande, PB. E-mail: lcsilva@cnpa.embrapa.br Dados da área foliar são requeridos em
Eng. Agr. M.Sc. da Embrapa Algodão.
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Técnico Nível Superior, Embrapa Algodão. modelos matemáticos de numerosos processos
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Estagiária da Embrapa Algodão. ecofisiológicos, tais como a interceptação da
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luz (Burstall & Harris, 1983), a fotossíntese como objetivos: (1) determinar uma equação que
(Heilman et al., 1977) e as taxas de crescimento, possibilite, por meio de medidas simples de
entre outras (Silva,1997). comprimento e maior largura das folhas, estimar,
Vários são os métodos para se obter a área de maneira rápida e com boa precisão, a sua
foliar, cuja escolha depende do objetivo principal área foliar individual; (2) identificar um fator que,
da medida, da necessidade, ou não, de multiplicado pelo comprimento e pela largura da
destruição da planta, da necessidade da área folha, determine com precisão a área de folhas,
total das folhas ou apenas da área individual, do (3) determinar a precisão dessas equações na
grau de precisão requerido, do tamanho da estimativa da área foliar de plantas com
amostra, da morfologia das folhas, da diferentes hábitos de crescimento e em diversas
disponibilidade ou não, de equipamento, do tempo fases do seu desenvolvimento.
e da mão-de-obra disponível. Os métodos para
obtenção da área foliar mais comuns, como o
planímetro, pesagem de discos, cópias xerox ou
MATERIAIS E MÉTODOS
heliográficas, exigem muito tempo e destruição
do material. Por outro lado, são métodos
O experimento foi conduzido na sede da
laboratoriais que não podem ser empregados no
campo. Embrapa Algodão, em Campina Grande, PB, nas
Freqüentemente, os estudos dos fenômenos seguintes coordenadas geográficas: latitude 7º
ecofisiológicos requerem um método não 13’ S, longitude 35º 53” W e altitude 547m,
destrutivo de medida da área foliar. Em tais situando-se em uma zona de transição entre as
casos, uma alternativa para a obtenção da regiões fisiográficas do agreste, cariri e sertão;
medida direta da área foliar é o desenvolvimento o local apresenta uma precipitação pluvial média
de fórmulas ou equações matemáticas através anual de 758,7mm, temperatura média anual
das quais se possa estimar tal área, como uma de 22,9º C, sendo a temperatura média mínima
função das dimensões lineares, como o de 19,5º C e a máxima de 28,6º C.
comprimento e a largura. Tal procedimento é Dois genótipos de gergelim (G2 e G3),
bastante interessante, visto que é fácil e rápido diferindo em maturidade, e hábito de
de se executar e, principalmente, pouco oneroso. crescimento ramificado e não ramificado, foram
Diversos pesquisadores obtiveram equações semeados em talhões de 200m². Os
que relacionam o comprimento, a largura da procedimentos para a semeadura, tratos culturais
folha, ou ambos, com a área foliar, com alto e fitossanitários foram realizados de acordo com
grau de precisão, nas cultivares de algodão as recomendações da Embrapa Algodão.
(Ashley et al., 1963), algodão, mamona e sorgo Quinzenalmente, uma planta de cada
(Wendt, 1967), sorgo (Shih & Gascho, 1980; genótipo era selecionada ao acaso e colhida para
Shih et al.; 1981) e soja (Lieth et al., 1986; as avaliações. As folhas eram, destacadas e
Bange et al., 2000). Com o gergelim, pouco se numeradas de 1 a n, começando-se com as
conhece a esse respeito, sobretudo por se tratar
folhas do ápice da planta. De cada folha,
de uma planta com morfologia foliar bastante
tomaram-se as medidas de comprimento (C) e
complexa apresentando folhas de vários
largura (L), com auxílio de uma régua
formatos, tamanhos e espessura, de acordo com
a posição na planta. Nessa área de estudo milimetrada, e suas áreas determinadas com o
poucos trabalhos têm sido realizados com a auxílio de um planímetro.
cultura. Os dados coletados foram submetidos à
Em função do exposto pretendeu-se, com análise de regressão, conforme os modelos
este trabalho, estudar o desenvolvimento da área descritos na Tabela 1. Nos modelos Eq7 e Eq8,
foliar do gergelim, cultivado na região semi-árida consideraram-se os erros multiplicativos e, para
do Nordeste brasileiro, por ser excelente tornar mais fácil obter as estimativas dos seus
indicador da capacidade fotossintética e, parâmetros, procedeu-se a uma linearização, por
também, como determinador do crescimento da meio do uso de logaritmos base 10.
planta em estudos de nutrição, competição e Na escolha das melhores equações,
relações com o ambiente, entre outros, tendo consideraram-se os seguintes critérios:
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UM MÉTODO SIMPLES PARA SE ESTIMAR ÁREA FOLIAR DE 493
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TABELA 2. Equações que estabelecem as relações lineares estimadas entre a área foliar e as medi-
entre a área individual da folha (cm²) e das de comprimento e largura do limbo.
dimensões [(comprimento (C) cm e Pelas Figuras 1 e 2, verifica-se que as equa-
largura (L) cm)] de folhas de gergelim.
ções 1 e 4 estimam, com elevado grau de preci-
são, áreas com até 200 cm², sendo menos pre-
cisas para folhas com áreas superiores a 250
cm². Também observaram-se, nessas figuras,
que cerca de 80% das folhas de gergelim têm
áreas inferiores a 250 cm².
Na Figura 3, verifica-se o alto grau de
correlação entre as áreas foliares estimadas pela
Eq9 (S = C x L x 0,70, r²=0,9872) e a área
medida pelo planímetro.
O método a ser selecionado por um
pesquisador é determinado pela disponibilidade
de recursos materiais, humanos e financeiros, e
de tempo para realizar as medidas com a
precisão desejada. Embora a utilização de ambas
as medidas, comprimento e largura do limbo da
(S = 4,0438 + 0,6075 CL), Eq4 (S = 0,631 folha, seja significativamente mais precisa que
CL) e Eq9 (S = 0,70 CL), com r² 0,9746, o uso de apenas uma dimensão, tal procedimento
0,9857 e 0,9872, respectivamente, e requer duas vezes o número de medidas a serem
coeficiente de correlação de 0,9872 de igual tomadas. Nas equações ajustadas, os melhores
valor para as três equações, parecem ser os modelos com uso de dimensão, comprimento (C)
mais indicados para a estimativa da área foliar ou largura (L) foram o Eq5 (S = 0,3552 C²) e o
de plantas de gergelim. Eq6 (S = 0,9076 L²) cujos valores de r² foram
As Figuras 1, 2 e 3 ilustram as regressões 0,9204 e 0,9162, respectivamente.
TABELA 3. Coeficientes de correlação das equações (Eq) que estabelecem as relações entre a área real
(Ap) da folha (cm²) e as áreas estimadas.
Os valores abaixo da cada coeficiente referem-se ao nível de significância do coeficiente P> ½t½
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CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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