Sunteți pe pagina 1din 7

Page 1 of 7

09 Ago 2009

Capela de Nossa Senhora da Saúde

IPA
Monumento

Nº IPA
PT011702080047

Designação
Capela de Nossa Senhora da Saúde

Localização
Vila Real, Boticas, Covas do Barroso

Acesso
Largo do Cruzeiro

Protecção
Inexistente

Enquadramento
Rural, isolado, em plena Terra Fria Transmontana, rodeada por
serras. Implanta-se à entrada do povoado, composto por casas
de arquitectura vernacular, junto à estrada que o atravessa. Do
outro lado da estrada, ergue-se a antiga casa do Morgado, que
mandou edificar a capela e fronteiro um cruzeiro (v.
PT011702080005), o forno comunitário (v. PT011702080012) e

Descrição
Planta longitudinal composta por nave única e capela-mor, mais
estreita e da mesma altura, tendo adossado à fachada lateral
esquerda sacristia rectangular e sineira. Volumes articulados
com coberturas diferenciadas, em telhados de duas águas na
capela e de uma na sacristia. Fachadas em cantaria, com
aparelho de fiadas regulares, com pilastras toscanas nos
cunhais, coroados por pináculos piramidais, os da fachada
principal terminados em bola, sobre plintos paralelepipédicos, e
terminadas em cornija. Fachada principal virada a S., terminada
em empena, coroada por cruz latina trevada, em ferro, vazada,
sobre acrotério, e rasgada por

www.monumentos.pt
Page 2 of 7

09 Ago 2009

portal de verga recta, de moldura saliente e com leve recorte


lateral, entre duas janelas igualmente de moldura recortada, de
ângulos mais salientes, gradeadas, e encimado por óculo
circular, gradeado e moldura de linhas côncavas e convexas.
Fachadas laterais com cornija sobreposta por beirado simples, a
lateral esquerda com porta travessa de verga recta e uma outra
sobrelevada de acesso ao púlpito, precedida por escadas de
pedra; sacristia com porta de verga recta, moldurada a S. e
campanário, rectangular, de estrutura maciça alteada, e
interrompendo a cornija da nave, terminado em cornija
sobreposta por sineira de uma ventana, em arco de volta perfeita
sobre pilares, igualmente terminada em cornija, coroadda por
pináculos piramidais com bola e acrotério central; na fachada
lateral direita rasga-se, na nave porta travessa de verga recta,
entaipada, e janela de capilaço, de ângulos recortados e
formando saliência na moldura, e, na capela-mor, uma outra
igual. Fachada posterior cega, possuindo descentrada lápide
rectangular, moldurada inscrita, e terminada em empena,
coroada por plinto já sem cruz, e sacristia rasgada por janela
rectangular de capialço. INTERIOR com paredes em cantaria
aparente, com juntas cimentadas, pavimento em lajes de granito
e tecto de madeira envernizada, formando caixotões sobre
lambril igual assente em cornija de cantaria. Nave com coro-alto
de madeira envernizada, assente em seis mísulas de cantaria,
com guarda em balaustrada do mesmo material, prolongando-se
no lado do Evangelho e num plano mais baixo, até ao púlpito,
formando tribuna, assente em duas consolas de cantaria,
acedida pelo exterior; o púlpito tem bacia circular em cantaria,
sobre mísula, ambos com guarda igual à do coro. No sub-coro,
existe do lado do Evangelho vão rectilíneo, correspondente a
antiga porta, actualmente cega; a porta travessa é ladeada por
pia de água benta cilíndrica e, junto ao arco triunfal, abre-se vão
em arco de volta perfeita formando altar com imagem. No lado da
Epístola, dispõem-se dois retábulos de talha policroma e
dourada, de planta recta e um eixo, o disposto junto ao arco
triunfal dedicado às Almas e com painel pintado representando
as Almas a serem resgatadas. Arco triunfal de volta perfeita
sobre pilastras toscanas, com fecho saliente,

www.monumentos.pt
Page 3 of 7

09 Ago 2009

possuindo teia de madeira. Na capela-mor, abre-se, do lado do


Evangelho, arcosólio, em arco de volta perfeita sobre pilastras
toscanas, ambos com vestígios de pintura mural, representando
grinaldas, motivos fitomórficos, puttis e laçarias; no lado oposto
possui janela encimada por sanefa de talha policroma e dourada.
Retábulo-mor em talha policroma e com marmoreados fingidos a
bege, de planta recta e três eixos definidos por duas pilastras de
capitel canelado tendo fronteiro colunas de fuste liso e terço
inferior marcado por anel de motivos fitomórficos, assentes em
duas ordens de plintos paralelepipédicos, os inferiores mais altos
e ornados de elementos vegetalistas e os superiores lisos e
baixos, e de capitéis coríntios, coroados por urnas. No eixo
central abre-se tribuna, em arco de volta perfeita, moldurado,
interiormente pintada de azul celeste e albergando trono
composto por seis degraus rectangulares, frontalmente
decorados com grinaldas e elementos fitomórficos enrolados; nos
eixos laterais, sobre as portas de acesso à tribuna, em arco de
volta perfeita com cartela recortada no fecho, abre-se nicho
envidraçado, de perfil curvo envolvido por moldura recortada com
acantos no fecho, interiormente pintados de azul e albergando
imaginária; ático em espaldar com aletas e elementos
fitomórficos laterais, terminado em frontão triangular com fecho
saliente; banco de apainelados decorados por motivos
fitomórficos enrolados. Altar tipo urna possuindo o frontal
decorado com motivos fitomórficos. Sacrário tipo templete,
terminado em cornija e frontão de volutas interrompido por
acantos, tendo a porta pintada com cruz sobre globo. Na
sacristia, armário embutido e lavabo de espaldar rectangular liso,
encimado por reservatório formando nicho em arco de volta
perfeita e bacia semicircular a formar pingente inferior.

Descrição Complementar
INSCRIÇÔES: No campanário da fachada lateral esquerda surge
a inscrição em três regras RE. DO POVO ODAIR... 1865. Na
fachada posterior da capela-mor existe lápide com a seguinte
inscrição, em cinco regras: OLINGOABENEDICTA QVE
DOMINVM SEMPER... IST...AL.... PE DO C...STI 1692. TALHA:
O primeiro retábulo lateral da

www.monumentos.pt
Page 4 of 7

09 Ago 2009

Epístola, em talha policroma, com marmoreados fingidos a verde,


castanho, branco, cinza e dourado, possui planta recta e um
eixo, definido por duas pilastras exteriores, de fuste sobreposto
por mísula com imaginária encimada por volutas sobrepostas
com acantos, e duas colunas de fuste liso e capitel coríntio,
coroadas por urnas, que suportam o ático em cornija
contracurvada, remata por acantos vazados; ao centro possui
nicho de perfil contracurvado, encimado por fecho fitomórfico e
festão, interiormente pintado com molduras contendo elementos
fitomórficos, albergando imaginária, protegida por porta
envidraçada; banco de apainelado decorado com elementos
fitomórficos. Altar tipo urna com motivos fitomórficos enrolados a
decorar o frontal. Retábulo das Almas em talha policroma, com
marmoreados fingidos a verde, branco, azul e dourado, de planta
recta e um eixo, definido por duas pilastras, de fuste ornado por
motivos fitomórficos, que se prolongam em duas arquivoltas, a
interna com elemento vegetalista no fecho; ao centro, abre-se
nicho em arco de volta perfeita sobre pilastras caneladas,
albergando painel pintado sobre tábua, com representação das
Almas, em que São Miguel ao centro, segurando a espada na
mão direita e a balança na esquerda, juntamente com alguns
anjos, tentam resgatar as Almas das chamas; ático em espaldar
recortado, com chave saliente, terminado em cornija com laçarias
e motivos fitomórficos recortados. Altar tipo urna, com frontal
decorado com ampla almofada contendo cartela central com
florão e motivos vegetalistas envolventes.

Utilização Inicial
Religiosa: Capela

Utilização Actual
Religiosa: Capela

Propriedade
Privada: Igreja Católica

Afectação
Sem afectação

Época Construção
Séc. 17 / 19 / 20

www.monumentos.pt
Page 5 of 7

09 Ago 2009

Arquitecto | Construtor | Autor


Desconhecido.

Cronologia
1692 - Provável construção da primitiva capela, conforme
inscrição da fachada posterior, correspondente à actual capela-
mor, pertencendo ao Morgado, cuja casa se ergue do outro lado
da estrada; 1758, 8 Março - referida nas Memórias Paroquiais,
com invocação de Santo António, pelo Pe. Bento Moura, Abade
da Igreja Paroquial de Santa Maria de Covas do Barroso, que se
integrava na Comarca de Chaves, Arcebispado de Braga, sendo
o lugar e freguesia com todo o termo e concelho da jurisdição da
Casa de Bragança, que nele punham todas as justiças; a capela
ficava dentro do lugar e tinha a Irmandade das Almas, por cuja
despesa corria a fábrica dela; séc. 18, finais / 19, inícios - feitura
das pinturas murais no vão lateral da capela-mor; séc. 19, inícios
- provável ampliação da capela e feitura do retábulo-mor e do
lateral da Epístola; 1865 - data da inscrição no campanário, cuja
obra foi custeada pela população; séc. 20 - execução do retábulo
das Almas, reaproveitando o painel pintado alusivo ao orago,
construção do coro-alto e sua ligação ao púlpito.

Tipologia
Arquitectura religiosa, vernácula e neoclássica. Capela de planta
longitudinal, interiormente com tectos de madeira e iluminada
axial e lateralmente. Fachadas em cantaria aparente, com
cunhais apilastrados coroados por pináculos piramidais, com
fachada principal terminada em empena e rasgada por portal de
verga recta, ladeada por duas janelas e encimada por óculo
circular, todos moldurados. Fachadas laterais rasgadas na nave
por porta travessa, rectilínea, e a lateral direita por janelas
rectangulares de capialço. Fachada posterior cega e terminada
em empena. Interior com coro-alto de madeira, púlpito no lado do
Evangelho, de bacia circular, dois retábulos laterais de planta
recta e um eixo, o das Almas revivalista e o outro neoclássico, tal
como o retábulo-mor, este de planta recta e três eixos.

Características Particulares

www.monumentos.pt
Page 6 of 7

09 Ago 2009

Antiga capela seiscentista de planta simples, provavelmente


ampliada no início do séc. 19, criando uma nave e capela-mor,
esta mais estreita e da mesma altura, ambas de carácter
vernáculo, mas com vários elementos eruditos, nomeadamente
as pilastras toscanas dos cunhais e as molduras dos vãos da
fachada lateral direita, com capialço, de pequeno recorte curvo
nos ângulos e saliência interior. Os vãos da fachada principal e
respectivas molduras deverão datar de inícios do séc. 19. Os
pináculos terminados em bola sobre os cunhais da fachada
principal são mais antigos que os restantes, sendo possivelmente
da primitiva capela. O retábulo lateral da Epístola é neoclássico,
mas possui ainda elementos tardo-barrocos e o das Almas, de
feitura recente, é em revivalismo neobarroco integrando painel
pintado sobre madeira do antigo retábulo, já muito repintado. O
retábulo-mor, também muito repintado, apresenta a ladear a
tribuna central dois nichos envidraçados. Realça-se no vão da
capela-mor os restos de pinturas murais, de finais do séc. 18 /
inícios do 19.

Dados Técnicos
Estrutura autoportante.

Materiais
Estrutura de cantaria de granito; portas de madeira pintada;
tecto, lambril e guarda do coro-alto e púlpito em madeira
envernizada; retábulos de talha policroma e dourada; pinturas
murais; grades de ferro; pavimento em lajes de granito; cobertura

Bibliografia
GUERRA, Luís Figueiredo, Notícias Históricas do Concelho e
Vila de Boticas, Boticas, 1982; SILVA, Isabel (coord.), Dicionário
Enciclopédico das Freguesias, vol. 3, Matosinhos, 1997;
CAPELA, José Viriato, BORRALHEIRO, Rogério, Boticas nas
Memórias Paroquiais de 1758, Boticas, 2001.

Documentação Gráfica
Não definido

Documentação Fotográfica

www.monumentos.pt
Page 7 of 7

09 Ago 2009

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa
Não definido

Intervenção Realizada
Séc. 20, 2ª metade - alteamento da cobertura e execução do
tecto sobre lambril de madeira; construção do coro-alto e criação
de falsa tribuna ligando-o ao púlpito.

Observações
O topónimo da freguesia advém da sua situação geográfica, visto
ser rodeada por serras e quando avistada do Alto do Castro
parecer uma cova. Segundo informações locais, a capela teve,
em data incerta, o orago de Nossa Senhora da Piedade, mas em
consequência de uma doença de alguma dimensão na
povoação, a sua invocação foi mudada para Nossa Senhora da
Saúde.

Autor Data
Paula Noé 2007

Actualização
Não definido

www.monumentos.pt

S-ar putea să vă placă și