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1. INTRODUÇÃO
De acordo com a norma padrão EN 197-1:2000, o cimento 42,5 é o cimento do tipo I, que principalmente
é obtido numa composição 95-100% de Clinker e 0-5% do regulador da presa. Esta classe pode ser
obtida também a partir do cimento do tipo II, dependendo da constituição química (qualidade) da matéria
prima (principalmente o clinker).
Na tabela 1 estão patentes os resultados de análise desta amostra de cimento, assim como os padrões
recomendados.
Os Cimentos são identificados pelo tipo e pelo número que indica a classe de resistências, estas classes
baseiam-se nas resistências aos 28 dias ( indicadas pelas normas). Se o cimento tiver uma resistência
inicial elevada, esta deve ser indicada acrescentando a letra R. No entanto, a evolução das resistências
deste cimento mostra que não apresenta uma resistência inicial elevada ou rápida, pode-se assim dizer
que é da classe 42.5 N.
Aos 28 dias a resistência à compressão não chega a valores recomendados na norma EN 196-1, desta
forma, este cimento pode rigorosamente ser definido como da classe 41.2.
Como consta na tabela 1, os teores das composições químicas encontram-se dentro do recomendado pelo
padrão. O valor do P.F. (0.90%) nos indica que no material quase todos os carbonatos foram decompostos
durante a queima do clinker, neste valor pode ter contributo também a perca de água de hidratação
precoce, que pode ter acontecido tanto no transporte quanto na estocagem ou durante o manuseio para o
seu uso. Com este valor de P.F., leva-nos a crer que o cimento é do tipo I, classe 42,5 N, isto é, cimento
constituído por apenas clinker com ou não regulador de presa (mais usual o CaSO4 anidro, hemihidratado
ou dihidratado).
Com os teores de C3S (60.00%) e C2S (15.00%), as resistências aos 30 dias podem atingir valores ≥ 42.5
MPa. A expansibilidade negligenciável (0.02%) que o material apresenta surge como consequência do
teor não suficiente de MgO e do CaO livre para a formação de sulfoaluminatos expansivos, levando desta
forma o produto a mais uma qualidade apreciável.
3. CONCLUSÃO
Considerando uma amostra de cimento, esta contém propriedades apreciáveis, mesmo ligeiramente não
tendo atingido a resistência desejada aos 28 dias. Dos valores da análise, verifica-se que, com a matéria
prima deste material (cimento), aceitavelmente podesse fabricar cimento do I 42.5 e outros tipos à classes
de resistências menores que esta, como por exemplo a 32.5.