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Três momentos do cotidiano de uma prática1

Gislene Valério de Barros

I
“... a maneira de organizar o espaço disponível, por
exíguo que seja, e de distribuir nele as diferentes
funções diárias, tudo já compõe um “relato de
vida”, mesmo antes que o dono da casa pronuncie
a mínima palavra.” CERTEAU (1996: p.204)

Estaciono em uma rua em declive. Cumprimento os sem-tetos, que


abrigados numa caixa de papelão e iluminados pela incipiente chama
de uma vela me fazem pensar se o acesso à escolarização teria
mudado o destino destas pessoas. Prossigo. Não há nenhum letreiro
que indique ser ali o curso de Pedagogia. Em frente ao portão da
escola pequenos caixotes são o suporte de salgados e refrigerantes
vendidos por vários ambulantes, já que no horário do noturno a
cantina da escola não funciona.

Cumprimento o porteiro e inicio minha cotidiana travessia por um


longo e estreito corredor, no qual se destaca a imagem da Santa
Padroeira. Vejo paredes e nelas inscrições com um forte apelo
religioso onde se lê: “Servir Amando” “Tenha as mãos sempre
abertas no gesto de dar” “O sim de Maria é para todos os cristãos.
lição e exemplo de santidade.”

Mulheres em seus hábitos silenciosamente passam por mim, o que


me faz concluir no quanto somos semelhantes e diferentes no que se
refere aos hábitos cotidianos e em nossa prática pedagógica.

1
As descrições que se seguem se referem aos turnos nos quais trabalho - três instituições de Ensino
Superior BH (Curso de Pedagogia). Ano de 1997.
É assim se inicia todos os dias o meu cotidiano nessa escola onde
venho trabalhando a dois anos e meio como professora do
Departamento de Educação.

O prédio fica ao lado de uma maternidade, ocupa todo um quarteirão


e pertence a uma Congregação religiosa, onde funciona no diurno o
ensino médio e fundamental, e que aloja no período noturno, o curso
de Pedagogia. Talvez, a escolha do lugar foi “ideal” para o curso de
Pedagogia: mulheres - religião - educação...

Por utilizar apenas parte do prédio o pequeno espaço é apropriado


pelos alunos de diversas formas que, através de uma (re)significação
diária do espaço vão criando e (re)criando novas formas de interação
e estratégias de sociabilidade. Assim, escadas se tornam cadeiras,
locais de estudo e conversas, e o corredor, projetado para locomoção,
se torna ponto de espera e encontros.

A biblioteca funciona isolada numa pequena sala no 2o andar. O local


é pequeno e em seu interior estreitos corredores mal separam as
velhas estantes de livros. O computador na mesa da secretária(único
na escola) não é utilizado para informações acerca do acervo, mas
para registro de data de entrega e controle das multas de
empréstimo.

Por todos os lados estão afixados cartazes onde se reforçam


proibições: “Proibido lanchar”; “Proibido Fumar”; “Não é permitido
bolsas, pastas e mochilas nas mesas.” ; “Não será permitido o
empréstimo de férias”; “Atenção: a multa cobrada por dia de atraso é
de 0,25 inclusive sábado, domingo e feriado.”; “Ao adentrar à esta
sala, favor fazer silêncio”. Se não for possível, procure cochichar, falar
em voz baixa, murmurar.”
Que concepção de leitor/leitura que esse espaço reflete? Como formar
professores leitores?
Nas salas de aula, a imagem de Cristo crucificado em cima do quadro
negro observa as pessoas que por aquela porta entram. Nas paredes ,
a presença de cartazes, a maioria com conteúdos religiosos.
Delimitando o lugar tanto do aluno quanto do professor, a existência
de um tablado.
Esse espaço é ocupado todas as noites por alunos, em sua maioria,
mulheres, que depois de um longo dia, trabalhando em outras
escolas - muitas delas fazendo “dobra” - chegam apressadamente,
perguntando com ansiedade se a “chamada” já foi feita. A
padronização da chamada faz com que professores e alunos tenham
que se adequar à uma rígida norma, que uniformiza e valoriza o
burocrático em detrimento do pedagógico.

Grande parte dessas mulheres aparentam de 30 a 50 anos, e uma


outra parte se situa na faixa etária dos 20/30 anos. A variação na
idade suscita interrogações distintas. Como a convivência elabora
essa diferença? A heterogeneidade assume formas distintas de ver e
sentir a educação e o significado de estar naquele espaço. Muitas
estão em busca de “ascensão” para se aposentarem com um salário
“menos ruim”, e o tempo de profissão é muitas vezes argumento
para justificar o “desencanto” com a educação.

Mas, afinal, o que buscam essas mulheres? A melhoria salarial


realmente justifica tamanho investimento? Por que permanecem,
apesar de tantas críticas?
A presença masculina na sala de aula é escassa, mas está
personificada na presidência do Diretório Acadêmico (D.A.).

Uma forma de compreender estas mulheres e homens é apreendê-los


como sujeitos sócio-culturais. O que cada um deles é, ao chegar a
escola, é fruto de um conjunto de experiências sociais vivenciadas
nos mais diferentes espaços. São múltiplas experiências através das
quais, elas irão atribuir sentido e significado ao que eles vivem na
instituição.

Em sua maioria, comentam com “pesar” o fato de não terem sido


aprovados no vestibular de outra instituição. Outros, sequer se
propuseram a tal investimento. O valor pago à escola é motivo de
freqüente queixa das alunas. O preço da mensalidade ultrapassa o
valor do salário como professoras, o que fazem questão de comprovar
com o contra- cheque.
Estão lá por escolha? A proposta política do Ministro da Educação, de
flexibilizar o ensino superior, beneficiará ainda mais as escolas
particulares, em detrimento de uma política educacional que atenda a
toda sociedade.

Numa porta lateral próxima à capela, espaço de ritual litúrgico de


silenciosas mulheres em seus hábitos sacros, uma inscrição onde se
lê: “Sala dos Professores. Proibida a entrada de alunos.”

Nesta sala, o espaço é todo organizado em função de um controle da


instituição com relação do trabalho do professor. Em seu interior uma
grande mesa retangular e cadeiras onde não se “sentam” os
professores, mas coordenadoras de curso, chefes de departamentos e
supervisoras, elementos que estão quase sempre organizando
horários de provas, pautas de reuniões, cronogramas para o próximo
semestre, etc. A folha diária de ponto é conferida por um funcionário.
Pequenos armários guardam os diários de classe, que são
diariamente conferidos no início e no final da aula pela supervisora
responsável.

Nesta sala, o café fica em um “cantinho”, onde o professor “horista”


se serve e sai para dar lugar aos outros colegas, que apressados não
tem tempo de conversar. Sempre tem um rosto novo, em função da
rotatividade dos professores as demissões são freqüentes. Os dez
minutos são demarcados pontualmente por uma ensurdecedora
campainha que toca automaticamente e sinaliza a forma como
funciona a realidade noturna de uma escola particular formadora de
professores.
II

“Indiscreto, o habitat confessa sem disfarce o nível


de renda e as ambições sociais de seus ocupantes.
Tudo nele fala sempre e muito: sua situação na
cidade, a arquitetura do imóvel, a disposição das
peças, o equipamento de conforto, o estado de
manutenção.” CERTEAU (1996: p.204)

Localizada no centro de Belo Horizonte, a escola ocupa todo um


quarteirão. São 18:30 e um longo sinal toca. Percorro enormes
corredores visivelmente maltratados pelo tempo, que “guardam”
muitas histórias da educação de Minas Gerais e do Brasil.

Percorro todo o espaço da instituição, e somente em uma sala


reservada à pesquisa, é que se vê um computador. Chego até a
secretaria onde assino a folha de Ponto. O calor é intenso, poucos
são os bebedouros, poucas são as salas que possuem ventiladores, e
assim mesmo dificilmente funcionam.

Dirijo-me à biblioteca, está trancada. O horário de funcionamento é


irregular, variando de acordo com as necessidades dos profissionais
que nela trabalham. Pequenas letras a identificam, mas o seu
funcionamento impede ver ali dentro importantes letras. A
precariedade, tanto do espaço físico, quanto no que se refere à sua
utilização. O acervo não é renovado já faz anos. Logo na entrada, os
avisos se destacam: "A multa foi extinta. Será suspenso o aluno pelo
dobro dos dias em atraso." “Bola de Cristal, só na cartomante! Para
melhor funcionamento da Biblioteca dirija-se ao arquivo. Lá você
encontrará o que precisa e agilizará o seu atendimento. Obrigada!”
É angustiante constatar, que um curso que forma profissionais que
vão atuar com educação, tenha uma utilização tão precária da
biblioteca. Os alunos não podem entrar, olhar as estantes, folhear,
manusear os livros. Eles se dirigem ao balcão com o nome do livro e
do respectivo autor e repassam para a funcionária. Os livros estão
“seguros” nas estantes por barbantes e somente os professores
podem entrar na biblioteca. Como estes estes profissionais formados
neste espaço irão estimular o hábito de leitura em seus alunos?

Da biblioteca sigo para a sala dos professores. Sou professora


designada desta instituição, o contrato é temporário, renovado a cada
seis meses. Nesta situação encontram-se vários professores. Como há
vários anos não se realiza concursos - não se tem garantias
profissionais e nem determinados benefícios decorrentes do tempo de
trabalho. Até que ponto a situação profissional do professor interfere
em sua prática pedagógica?

Na porta apenas uma inscrição: Sala dos Professores. Ela fica


localizada bem na entrada do prédio, é coletiva e repleta de gavetas
que em pequenas etiquetas afixadas identificam o espaço destinado
ao material de cada professor. Algumas gavetas são individuais,
outras divididas por dois professores. Não possuem chave. Existem
também pequenos armários, que mesmo sendo menores, são maiores
que as gavetas, têm chave e pertencem aos professores mais
antigos. O quadro negro é dividido com pequenos recados, alguns
atrasados, outros avisando sobre reuniões, outros pedindo “a quem
encontrar uma caneta dourada favor entregar à professora , pois é de
estimação”. Sempre tem alguém vendendo “alguma coisa”- roupas,
jóias, rifas.
A sala dos professores tem lugar para todos, e aí incluem: os que
vêem seu trabalho como missão, como uma “cachaça”, com alegria e
prazer, os que consideram uma extensão da maternidade, os que
estão esperando a aposentadoria e os aposentados que de vez em
quando aparecem. Pouco a pouco, os personagens vão chegando, uns
apressados, outros já cansados de “tanto correr”. Homens e
mulheres, a maioria branca, velhos e novos, carregando pesados
livros e diversos papéis. Vão se sentando em volta de uma grande
mesa, muitas vezes se aproximando uns dos outros em função da
disciplina que trabalham. E tão logo começam a conversar sobre o
seu cotidiano, reclamam das condições de trabalho na escola e dos
desafetos da profissão. A queixa ocupa um lugar significativo:
queixam-se do aluno, do salário, do horário, da tripla jornada de
trabalho. Quando se aproxima o final do ano, uma pergunta passa a
ser habitual: Você sabe quando sairá o 13o salário? Alguns acham
que talvez saia em fevereiro, outros relembram o ano em que saiu em
Abril.

Abrigados nesta sala, independente do sexo, da origem social, das


experiências vivenciadas, são todos professores, que cotidianamente
vão tecendo uma complexa trama de relações. Qual a história de vida
que os levou a fazer a escolha por ser professor e ser professor de
determinadas disciplinas? Como vêem a instituição? Qual o
significado das experiências vivenciadas neste espaço como formador
de professores?
Desço as escadas em direção ao “porãozinho”, lugar onde
cotidianamente ministro aulas. O cheiro é de mofo. As carteiras estão
em precárias condições de uso e as janelas quebradas formam um
cenário que reflete a forma como se tem tratado a educação no
Estado de Minas Gerais.

No pátio, amontoam-se cadeiras quebradas, que se misturam à


presença dos alunos. A conformidade com que os alunos se
relacionam com as condições físicas do espaço escolar me intriga. No
discurso, percebe-se a relação de favor que estabelecem com a
instituição.

O vozerio dos alunos se mistura ao barulho de carros, ônibus e


buzinas. Cada uma dessas vozes possui um desejo e uma história de
como chegou ao curso de Pedagogia. A maioria também lamenta não
ter passado no vestibular de outra instituição e de outro curso.
Toda a trajetória desses alunos é o resultado de um amplo processo
educativo , que ocorre na família, no trabalho, nas origens de classe,
isto significa, que quando estes alunos chegam à escola eles trazem
um saber, uma cultura, valores e um projeto, fruto das experiências
vivenciadas no contexto próprio de cada um. E que vão influenciar na
maneira de sentir, agir e pensar a educação.

Desse universo de alunos a maioria são mulheres cuja idade varia de


18 à 50 anos. Elas vão chegando aos poucos, casadas, solteiras,
mães, avós, brancas, negras, grávidas. Muitas vêm de longe, de
bairros distantes da cidade. “O centro da cidade é a permissão de
sonhar sempre mais com uma outra vida, com um outro lugar.”
CERTEAU (1996: p. 153)
Apesar de longe, elas vêm. Por que vêm? Chegam com as mãos
sempre ocupadas, muitas das vezes, segurando um cachorro quente.
Muitas, vem direto do trabalho, registrando no rosto o cotidiano de
mais um dia cansativo, seja em outra sala de aula como professora ou
em alguma loja do comércio da cidade.

Em meio a esse cenário, mesmo escassos, os rostos masculinos se


destacam. Eles também vão chegando. À procura de que? Como
chegaram até ali? Na sala de aula, às vezes são “ofuscados” pelas
mulheres, em relação à experiência cotidiana delas. Mas no Diretório
Acadêmico, marcam presença, a começar pela presidência. Até o
espaço físico registra essa pequena presença masculina: dos três
banheiros da escola, apenas um é masculino.

Às 22:20 horas, já no final do turno, bocejando e com os rostos cheios


de olheiras, os alunos guardam o material. Colocam a pasta sobre o
peito, pegam o vale-transporte e saem apressados pelas ruas com
medo de perder o ônibus das 22:30h, pois o próximo somente virá
depois de 30 minutos.

III
“Aqui se repetem em número indefinido em suas
minuciosas variações as sequências de gestos
indispensáveis aos ritmos do agir cotidiano.
CERTEAU (1996: p.205)

Chego ao outro curso de Pedagogia. O prédio é uma construção


moderna, espaçosa e arborizada. Há vários corredores por se
percorrer. Os horários não são marcados nem por sinetas e
campainhas. Nos cartazes a presença de avisos anunciando eventos,
cursos e palestras. Logo na entrada, uma livraria, em frente: uma
cantina. Paro por um momento... A conjunção dos espaços levam-me
a uma metáfora: “o saber e o sabor”, o “prazer e o labor...” Os
espaços do homem refletem a qualidade dos seus sentidos, sua
mentalidade e concepção de mundo. Este nos parece espaçoso e
amistoso quando concilia nossos desejos, e limitado quando eles são
frustrados.

Continuo minha caminhada. Observo a sala do xerox sempre cheia.


Nos espaços, a demarcação dos lugares: secretarias dos
Departamentos, Serviço de Pessoal, Seção gráfica, Seção de Ensino,
Almoxarifado, Secretaria Geral, etc. Em todas as seções é visível a
presença do computador.
Na biblioteca, poucos são os cartazes reforçando a proibição - mas
também existe, a cobrança, as multas e os prazos para a devolução
dos livros. A presença dos computadores auxiliam aos usuários na
localização do acervo.

Sou professora substituta. A situação do professor substituto tem sido


muito debatida em função da rotatividade desses profissionais e sua
prática ser fragmentada, uma vez que sua inserção é temporária.

Vou até à minha sala. Cada professor tem a sua sala, mas inexiste a
sala dos professores. Prossigo em direção à sala do café , onde
geralmente se encontram professores em pé, sempre apressados
trocando algumas palavras uns com os outros.

Na sala de aula observo a lenta e gradativa chegada dos alunos em


decorrência das paradas no trajeto. Alguns sempre param na entrada,
outros na livraria. A maioria na cantina e no xerox. Nas salas a
presença de resquícios da aula anterior: o retro-projetor, os quadros
com algumas inscrições, os cartazes denotando apresentação de
trabalhos, as carteiras em círculo.

A maioria dos alunos são mulheres. Os homens estão em minoria


ocupando também a presidência do Diretório Acadêmico. A maior
parte deles trazem no rosto os traços da adolescência e alguns estão
fazendo o curso de Pedagogia como segunda opção.

“Neste lugar próprio flutua como que um perfume secreto, que fala
também de um outro tempo que ainda virá, um dia, quem sabe.”
CERTEAU (1996: p.204)
IV. Objetivos

Objetivo geral:

- Contribuir para os estudos acerca do curso de Pedagogia como


formador dos profissionais da educação.

Objetivos específicos:

- Investigar os processos de formação de professores através da


análise das práticas cotidianas nos espaço que as constituem, tendo
como campo da análise três cursos de Pedagogia. (FaE/UEMG/BH -
FaE/UFMG; FINP)
- Mostrar a importância de se conhecer o espaço escolar que orienta o
cotidiano e a prática dos cursos de Pedagogia. O que se pode
apreender através de um estudo do espaço?

- Refletir sobre a dimensão do currículo em articulação com a prática


cotidiana.
V. Metodologia

“Olhar a instituição escolar pelo prisma do cotidiano


permite vislumbrar a dimensão educativa presente
no conjunto das relações sociais que ocorrem no
seu interior.” DAYRELL (1996: p.150)

Dado a complexidade da temática a ser enfocada - um estudo


comparativo de práticas educativas em três instituições (FINP,
FaE/UFMG, FAE/UEMG/BH), torna-se necessário recorrer a uma
abordagem metodológica de natureza qualitativa que possibilite a
compreensão das práticas, bem como a apreensão da demarcação
dos lugares e o esquadrinhamento das funções dentro dos espaços.

Analisar o que permanece nos três cursos e o que muda. O que


possibilitará subsídios para uma compreensão mais aprofundada das
relações pedagógicas. Investigar a biblioteca e a sala dos professores
enquanto tradução de um projeto político pedagógico da instituição.
Como os cursos estão se organizando em relação à nova LDB. Como
os espaços escolares como o Departamento (hoje facultado pela
LDB) estão se organizando em cada instituição?

Para tanto, se pretende lançar mão de uma metodologia de cunho


etnográfico, utilizando também da observação de campo. Acrescido a
isso, entrevistas com alunos (do diurno e noturno - veteranos e
calouros) e professores das três instituições em questão e de suas
respectivas representações sociais.

E a utilização de todos os materiais que possam se constituir como


fontes para a investigação (histórico das instituições, sua estrutura
curricular, organização dos cursos, formas contratuais do trabalho do
professor, etc).

A escola é uma instituição coletiva de trajetórias individuais. Analisar


a escola sob este aspecto é entendê-la como:

“... espaço sócio-cultural, como um espaço social


próprio, ordenado em dupla dimensão.
Institucionalmente, por um conjunto de normas e
regras, que buscam unificar e delimitar a ação dos
seus sujeitos. Cotidianamente, por uma complexa
trama de relações sociais entre os sujeitos
envolvidos, que incluem alianças e conflitos,
imposição de normas e estratégias individuais, ou
coletivas, de transgressão e de acordos. Um
processo de apropriação constante dos espaços,
das normas, das práticas e dos saberes que dão
forma à vida escolar. Fruto da ação recíproca entre
o sujeito e a instituição, esse processo, como tal, é
heterogêneo. Nessa perspectiva, a realidade
escolar aparece mediada, no cotidiano, pela
apropriação, elaboração, reelaboração ou repulsa
expressas pelos sujeitos sociais.(EZPELETA &
ROCKWELL, 1986)

Portanto, o objeto desta pesquisa dificulta que se tenha uma definição


metodológica que abranja todas as etapas do trabalho, que é por
natureza uma pesquisa com uma perspectiva multidisciplinar.

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