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Introdução às Técnicas do Osho

por Swami Anand Neerava e Dhyan Nishkama

“Meditação não é algo novo. Você veio com ela para o mundo. A mente é algo
novo. Meditação é a sua natureza, é o seu próprio ser. Como ela pode ser difícil?”
Osho

Pra começo de conversa

Este curso não pretende lhe cansar com longas teorias e difíceis conceitos. Não
visa lhe sobrecarregar com mais informações e conhecimentos para confundir ou conflitar
sua mente.
Todo o nosso trabalho é no sentido de lhe oferecer algum espaço e alguns
instrumentos para que você possa se conhecer melhor ir mais fundo de si mesmo e,
assim, expressar melhor seu potencial interior.
É um clichê conhecido o fato do homem ser um animal racional que só utiliza
cerca de 10% da sua capacidade. Nosso objetivo é ajudar-lhe a explorar e trazer à tona
um pouco – que seja – dos 90% restantes.
Através da meditação, você terá uma oportunidade de atualizar seu potencial
interior e encontrar, no seu próprio ser, a fonte da harmonia, da paz, felicidade e
criatividade que todos nós tanto aspiramos em nossas vidas.

“Meditação” e Meditação
A primeira condição essencial para aprendermos verdadeiramente alguma coisa é
admitirmos nossa condição de “não-saber.”
Só quem admite internamente, para si mesmo, que desconhece algo, coloca-se na
posição de abertura e motivação adequadas para possibilitar o efetivo aprendizado de
alguma coisa nova – seja a respeito do mundo exterior, do que está fora de nós; seja a
respeito de nosso próprio mundo interior, do que vai dentro de nós.
É preciso iniciarmos admitindo, portanto, que a maior parte das pessoas da nossa
cultural ocidental contemporânea desconhece o verdadeiro significado de “meditar” e de
“meditação.” Para o bom aproveitamento deste curso, é fundamental que comecemos
fazendo a distinção entre o conceito ocidental e oriental sobre o assunto.

• Conceito Tradicional e Usual no Ocidente


Não se aplica às técnicas Osho tratadas nesse curso.
Tem sua origem no latim “Meditare/Meditatione.”
Está associado essencialmente a uma atitude reflexiva: meditar a respeito de algo,
pensar profundamente, submeter a um exame interior minucioso, estudar, ponderar,
considerar.
Do ponto de vista religioso/espiritual, “meditar”, nesta concepção, significa orar
mentalmente, com base em considerações e processos mentais discursivos.

• Conceito Ancestral e Original Cunhado e Desenvolvido no Oriente


Representa a essência dos ensinamentos e das técnicas Osho.
Tem sua origem no conceito de “Dhyana” (do sânscrito), e também tem sinônimos
em expressões de outros idiomas e culturas, como “Zen” e “TAO”. Significa um estado de
absoluto silêncio e profunda paz, um estado de consciência pura e imperturbável.
Não está associado a nenhum processo mental. Pelo contrário, reporta-se a uma
atitude de absoluto “não pensar”, além-mente, além pensamentos, sentimentos e
desejos. Não é um ato de vontade, mas um acontecimento espontâneo, um fluir, onde o
meditador permanece simplesmente alerta, consciente, testemunhando.
É um estado no qual o seu ser apenas é, totalmente consciente do Aqui e Agora.
Vivendo o momento sem a influência do passado, nem a projeção e a preocupação com o
futuro.

• Aproximação Semântica
Meditação, portanto, segundo explica Osho, não tem nada a ver com o que
estamos habituados a chamar de “meditação” no Ocidente. Ele explica que “meditação”,
com seu significado ocidental, vindo do latim, foi a tradução mais próxima adotada para
designar um “estado de consciência” para o qual não havia um equivalente semântico na
nossa cultura.

• Ancestralidade e Dado Cultural


Esse verdadeiro estado de consciência meditativo tem sido experimentado e
registrado na trajetória evolutiva humana desde muitos milênios, em diferentes épocas e
locais. Não há registro à experiência ou tradição de nenhuma religião, escola ou linha de
iniciação espiritual em particular.
Os livros originados das palestras que Osho realizou para milhões de discípulos ao
longo de sua vida resgatam esses conhecimentos e vivências relatadas principalmente
por indivíduos que viveram num vasto território do Oriente que englobaria, hoje, o
equivalente a pelo menos, a Índia, Nepal, Tibete, China e Japão, mas incluindo também
outros países do chamado “Velho Mundo”.
Embora ancestrais, esses conhecimentos não estão acessíveis para a maior parte
dos ocidentais via educação ou bagagem cultural formal e usual. Constituem-se,
portanto, em dado cultural desconhecido e não experimentado em nosso meio.

• Desconhecimento e Rejeição
O desconhecimento generalizado sobre o assunto contribuiu para que se
originassem muitos preconceitos e atitudes negativas em torno de meditação em geral e,
posteriormente, em alguns casos, em relação às técnicas de Osho em particular.
A grande verdade é que, na maioria dos casos, muitos dos que emitem críticas e
fazem julgamentos sobre o tema não têm autoridade pessoal e científica para tal.
Geralmente, não tiveram ao menos a abertura e a coragem para passar pessoalmente
pela vivência meditativa. Falam de algo que lhes é desconhecido.
Por ser desconhecido e não experimentado, freqüentemente esse dado sobre a
meditação foi desqualificado e não validado como forma de conhecimento
potencialmente útil ao nosso processo evolutivo. Geralmente não confiamos no que
desconhecemos. E temos dificuldade de experimentar, de forma geral, tudo o que é novo.
O resultado disto é que, seja pela desinformação, pelo preconceito ou pelo medo,
a humanidade está deixando de utilizar um instrumento ancestral de Auto Realização que
muito poderia estar ajudando o homem a viver melhor e em maior harmonia consigo
mesmo, com o seu semelhante e com o Universo.

Meditação e Autoconhecimento
“Conhece-te a ti mesmo e te libertarás”, diz o provérbio.
Meditação é um instrumento poderoso de Autoconhecimento.
É a ciência do interior, da subjetividade.
É a capacidade que temos de nos observar, nos conhecermos no maior número de
dimensões possíveis e, assim, podermos nos expressar e nos realizar de uma forma
também mais rica e integrada.
Aumentando a percepção individual sobre si mesmo, o meditador está
desenvolvendo consciência e aumentando seu poder de observação e testemunho sobre
o seu interior e sobre o mundo que o cerca, sem identificação e julgamentos, sem
preconceitos.
Meditar significa indivíduos mais lúcidos, inteligentes e criativos. E, portanto,
também mais livres, autônomos e responsáveis.
Meditação é meditação efetivamente quando torna o praticante mais livre e
senhor de si, mestre de seu destino e caminho.
É o oposto de “ser escravo”, dependente e manipulado.
É o oposto de mente condicionada, amedrontada e robotizada.
Significa seres humanos mais dignos, sensíveis, alertas e amorosos. Mais
saudáveis e inteiros.

Meditação e Auto cura


Por estas características, podemos afirmar que a meditação é um processo de
auto cura. É preventiva no sentido de nos fortalecer o lado saudável e integrado de nosso
ser. É afirmativa de vida, na medida em que nos ajuda a expressar nosso potencial físico,
emocional e espiritual.
Se “terapia” é aquilo que cura, meditação pode ser vista como uma auto terapia
preventiva e libertadora. Ao auxiliar na expansão da consciência humana, assume
importante papel na criação de um novo homem e de uma nova humanidade – numa
afirmação existencial por um mundo melhor.

Meditação e Amor
Meditação é a arte de estar em harmonia consigo mesmo.
Somente quem está em harmonia consigo mesmo pode entrar em conexão
harmônica com o outro.
Meditação é base essencial para o verdadeiro e saudável amor entre as pessoas.
Quanto mais alguém cresce em conhecimento e harmonia consigo próprio,
maiores melhores as chances de entrar em harmonia com os outros e estabelecer
vínculos e relações mais integradas, conscientes e felizes.

Meditação e Paz Universal


“A paz jamais provém da inércia, e sim de um dinamismo inteligente e
equilibrado.”
Muita gente fala e sonha com um “mundo melhor.” No final de cada ano, na época
do Natal, são enviados cartões e mensagens desejando “Paz e Amor”. Só que, no
decorrer do ano, tido parece ter ficado apenas nas boas intenções: em nossas pequenas
histórias pessoais do dia a dia e no dia a dia da história do mundo, assistimos a um
festival de tensões, discórdias, mal entendidos, crises, misérias materiais e espirituais,
conflitos, guerras e outras irracionalidades que não tem nada a ver com a tão desejada
“Paz”.
Parece que poucos querem dar o primeiro passo e tornarem-se indivíduos mais
pacíficos e equilibrados. Parece que isto é coisa para santos, religiosos, algum mártir ou
monge estranho que não leva uma vida comum, como a nossa: “a paz mão está ao nosso
alcance”, parece a conclusão – consciente ou inconsciente – da maioria.
A meditação ajuda a cada um perceber o seu potencial de experimentar a paz
aqui e agora, nesta terra, neste mundo, neste corpo – e não em outra vida, noutro
mundo, fora do corpo.
A meditação ajuda a cada um perceber que é sua responsabilidade estar em paz e
contribuir para um Universo em paz.
A ausência de paz no mundo é apenas o reflexo da ausência de paz dentro de
cada indivíduo. A tarefa de tornar o mundo mais pacífico e amoroso começa, portanto,
irrevogavelmente, por nós mesmos!
“A PAZ DO INDIVÍDUO É A PAZ DO MUNDO”

Meditação, Autoconhecimento e Participação Social


Disco é cultura. Meditação também.
“Agente não que r só comida, a gente quer comida, diversão e arte.” (Titãs)
Tem gente que se justifica que não medita – ou porque não tem tempo, não tem
dinheiro, não é uma coisa prioritária em sua vida.
Cada um deve eleger suas prioridades. Ninguém tem o direito de dizer aos outros
o que eles devem fazer com o seu tempo e a sua energia.
Mas devemos nos interrogar mais profundamente sobre o quanto temos buscado
realmente por nossa paz e felicidade interior. E, se não a temos encontrado, onde
possivelmente falhamos, ou se estamos numa direção equivocada.
A meditação, na medida em que é experimentada pelo indivíduo sensível e alerta,
pode ganhar, gradativamente ou subitamente, uma importância crescente em nossas
vidas.
Podemos rever nossa escala de valores e prioridades quanto ao assunto, quando
começamos a sentir os seus benefícios e resultados práticos.
Ela não substitui as responsabilidades de ninguém com as coisas práticas do dia a
dia. Mas pode inserir uma nova visão e estimular uma nova atitude interior em quem a
pratica.
Meditação não é apenas entrar um determinado estado de consciência enquanto
nos dispomos a praticar uma técnica e nos recolhermos especificamente “para meditar”.
O objetivo é, a partir das técnicas, conhecermos mais e mais o estado meditativo e trazê-
lo para todos os atos de nossa vida.
Meditação, por conseguinte, não é tanto o que fazemos, mas sim como fazemos.
Não é um ritual, um culto, uma idéia fixa ou uma representação: é uma condição interior
que passamos a colocar em tudo o que fazemos: seja em casa, recolhidos; seja no
mundo, no trabalho, nos relacionamentos, em cada ato de nosso dia a dia.
Por isso, meditação – segundo o Osho – não é algo antagônico com o mundo, com
nossas vidas práticas, com a participação social.

Autoconhecimento e Participação Social são Processos Simultâneos e


Inseparáveis
Investir no autoconhecimento através da meditação, por exemplo, significa
elevarmos a qualidade de nossa participação no mundo.
A meditação, enquanto um poderoso instrumento de autoconhecimento, é,
portanto, uma forma de engajar mais o indivíduo no meio em que vive e atua. Indivíduos
mais conscientes não tem nada a ver com “fuga”, “renúncia” ou “alienação” da realidade.
Pelo contrário, quanto mais consciente uma pessoa, mais responsável ela se sente por
transformar criativa e saudavelmente o meio em que vive.
A meditação propicia uma ampliação do conceito “real”, oferecendo novos dados,
enfoques, percepções e elaborações à consciência individual e coletiva, por
conseqüência, é um dado cultural que precisa ser identificado, valorizado e cultivado em
função dos seus benefícios e resultados objetivos em prol de uma sociedade mais
harmônica e integrada. E essencial para o corpo, coração, mente e espírito.

“PENSAR GLOBALMENTE, AGIR LOCALMENTE, REALIZAR-SE INTERIORMENTE.”

Enfoque de Meditação Osho para o Homem Moderno


O que existe de peculiar e particular na visão de Osho sobre meditação não só em
relação ao conceito ocidental, mas inclusive no que se refere também aos conceitos
ancestrais do próprio Oriente, berço de sábios, meditadores e mestres do calibre de um
Buda, Shiva ou Krishna (na Índia), Lao Tse, Chuang-Tzu ou Lieh Tzu(China), Tilopa e
Milarepa (Tibete), e tantos outros?
O trabalho de Osho (1931-1990) pode ser encarado como uma das mais
revolucionárias e bem sucedidas propostas de resgate do conceito original de meditação
e sua adequação para o homem do final do século XX.
Ele próprio era um no assunto, tendo pesquisado e vivenciado um vasto espectro
de conhecimentos e técnicas pertencentes a esse ancestral e diversificado legado
oriental.
Sua maior contribuição à humanidade, entretanto, foi introduzir e adaptar novas
técnicas de meditação que pudessem auxiliar especificamente o indivíduo de nossa
contemporaneidade a vivenciar o estado meditativo, considerando que muitas das
técnicas ancestrais já não tinham a mesma eficácia: o homem urbano, das sociedades
industriais/tecnológicas, certamente tornou-se um ser muito mais complexo, distanciado
da natureza e de sua essência, quando comparado à simplicidade e naturalidade
usufruídas por indivíduos que viveram nesta terra há mais de cinco mil anos, por
exemplo.

Oriente/Ocidente – O Passado e o Presente Criando o Novo Futuro


Ao se propor a tal realização – fundindo Oriente e Ocidente, velho e novo – Osho
sintetizou ao máximo tanto as premissas ancestrais das tradições orientais sobre o
assunto, com as mais avançadas descobertas e práticas da Psicologia e da Psicoterapia
de nosso tempo.
O referencial teórico conceitual e experimental de Osho, por conseqüência, inclui
um leque tão diversificado de mestres, instrutores, cientistas e especialistas que vão de
Buda (2.500 anos atrás) a Wilhelm Reich e Alexander Lowen (Bio-energética), de Lao Tse
(autor de Tao Te King e pai do Taoísmo) ao Esalen Institute (Califórnia) e Janov (Terapia
Primal), ou de Patanjali (pai da Yoga) a Carl Rogers (Terapia Centrada na Pessoa) e Fritz
Perls (Gestalt Terapia), bem como C.G Jung(Psicologia analítica).
O particular é que Osho não ficou só nos livros ou nos laboratórios: conviveu e
trabalhou pessoalmente com milhares de discípulos, num intercâmbio internacional
ininterrupto com autoridades e profissionais especialistas do campo de crescimento
humano vindos dos mais bem sucedidos centros da Europa, Estados Unidos, Japão,
Austrália, América do Sul.

Integração Corpo, Coração, Mente: Somos uma Unidade Orgânica


Falar em técnica de meditação Osho – ou na visão de Osho sobre o crescimento e
transformação interior do homem, de uma forma mais ampla – significa exaltar o
entendimento Holístico em sua extensão máxima imaginável. Osho vê o homem como
um processo inteiro, global, multidimensional, composto por várias partes integradas
organicamente num todo, num sistema maravilhosamente bonito e rico chamado de
“vida humana”.
Para Osho, o homem é corpo, emoções, sentimentos, pensamentos, intuição,
criatividade, espírito, energia. O destino humano, na sua concepção, nunca estará
completamente realizado enquanto cada um de nós não acordar para essa realidade
global e não assumir o compromisso de realizar em si a potencialidade máxima de ser
humano: tornar-se um Buda. Não igual a “Buda”, mas um indivíduo totalmente único,
particular, com seu próprio Self e originalidade.
Ser um Buda significa, para Osho, assumir essa dimensão de consciência
propiciada pelo estado meditativo.
“Campo de Buda” (Buddhafield), também segundo Osho, é a busca de
construirmos um espaço energético no mundo onde sejam estimuladas as
potencialidades do ser interior inteiro, búdico. Assim, ele criou uma comunidade em
Poona, na Índia, onde convivem diariamente cerca de cinco mil pessoas. E estimulou,
também, centros e institutos de terapia ao redor do mundo que trabalham baseados
nessa mesma visão para o crescimento humano.

Zorba, o Buda: A nova Síntese


Não satisfeito em propor a todos que se tornem Budas, Osho inovou sua proposta
com a perspectiva de aliar a serenidade e transcendência de um Buda ao prazer e alegria
de viver de um Zorba (O Grego). Ele entende que a meditação tradicional, por si só, pode
tornar o homem muito sério, árido, de alguma forma regido e frio,. Já o enfoque
meramente mundano e momentâneo baseado apenas na exaltação dos sentidos e na
busca do prazer, como o de Zorba, é também incompleto e termina por esvaziar-se e
tornar-se sem sentido.
Osho propõe então a fusão de ambos: o encontro de Zorba com Buda. Disto
resulta um ser humano que ama tanto as coisas do céu como as da Terra, que não divide
a existência em espiritualidade e material, sagrado e profano, céu e inferno, mas sim
integra harmoniosamente todas essas dimensões numa forma de viver que é inteira,
holística, abrangente, não excludente.
As meditações de Osho, portanto, não são para serem experimentadas com
sisudez, gravidade e obcecação. Devem ser vivenciadas com espírito lúdico, de forma
prazerosa, alegre, divertida, que traga celebração e graça para a vida. Todas elas
trabalham integralmente o corpo, as emoções e a mente: a totalidade do ser.
Todas foram concedidas de uma forma científica, e devem ser seguidas conforme
a orientação de Osho, a fim de que o praticante se beneficie das técnicas. A técnica em si
é uma ferramenta de trabalho interior que prepara o caminho para o praticante
experimentar a meditação e o estado meditativo. Meditação não é a técnica. E sim o
estado de consciência ao qual a técnica induz.

Como Funcionam as Técnicas Osho


Osho chegou à conclusão de que é impossível apresentar a meditação ao homem
contemporâneo da mesma forma que ela era apresentada para o homem de milênios
atrás, como já vimos anteriormente.
A mente não cessa com todo o seu tráfego. Sentimentos, desejos, pensamentos
movimentam-se usualmente como furacão dentro de nós. Você já experimentou sentar,
fechar os olhos e ficar em pensar nada por alguns minutos sequer? Tente. E veja o que
acontece....
Daí o seu enfoque original de iniciar todas as técnicas de meditação com
processos que auxiliassem a pessoa a liberar suas tensões e expressar o que lhe estava
causando eventual mal estar em qualquer uma das dimensões: física, emocional, mental.
A isto ele denominou “método catártico”. Tratam-se, portanto, de meditações ativas, que
começam pelo movimento da energia do praticante e sua expressão e liberação.
Após este processo de “limpeza” e catarse através de diferentes técnicas – todas
auxiliadas pela presença de músicas especiais e sons especificamente criados para a
prática de tais métodos – é que o praticante vai sendo induzido finalmente ao verdadeiro
e completo processo de relaxamento e observação final denominado de “estado
meditativo”.
As técnicas tradicionais têm cerca de 1 hora de duração, são compostas por vários
estágios (geralmente três a cinco), e são completas em si mesmas. Ou seja, se realizadas
corretamente, devem propiciar ao meditador a conclusão de um processo completo em si
no que se refere às energias que foram despertadas e a tomada de consciência ocorrida
no interior do praticante.
É fundamental que o meditador siga corretamente as orientações para cada
estágio e se atire totalmente no processo, colocando toda a sua energia nele. Trata-se de
um fenômeno totalmente subjetivo e individual, de responsabilidade apenas do
meditador. Quanto mais ele for sincero e inteiro consigo mesmo no processo, maior a
possibilidade de benefício resultante da meditação.
Meditação não é algo que se compare em rendimento em relação aos outros. Cada
um tem o seu processo, o seu ritmo, o seu tempo de amadurecer para cada coisa. O
único critério que o praticante deve seguir é o de verificar em si mesmo se está
crescendo em silêncio interior, em serenidade, em aceitação, relaxamento e harmonia.
Mesmo que passando por momentos de caos ou confusão temporários. Não há como
renascer e desabrochar para a vida sem para, muitas vezes, por alguma dor e conflito.
Mas lembre-se sempre: meditação é para ajudar-lhe a estar de bem consigo
mesmo e com o mundo. Se ela não está lhe ajudando nisto, revise sua técnica, troque
seu método, mude sua atitude.
Meditação não é par lhe dar mais dor de cabeça. é para fazer com que você se
livre delas....

As Três Qualidades Essenciais da Meditação

Qualquer que seja o método, três qualidades essenciais devem estar presentes em
qualquer meditação autêntica, na visão de Osho.

1. Estado de Relaxamento
2. Estado de Observação
3. Atitude de não Julgamento

Algumas Qualidades que Devem Estar Presentes no Meditador

1. Atitude Lúdica
2. Paciência – não ter pressa
3. Não esperar ansiosamente por resultados. Viver o ato em si
4. Apreciar a inconsciência, também. Não lutar contra ela

Alguns Resultados Óbvios da Experiência Meditativa

1. Maior silêncio interior


2. Sentimento de paz
3. Entendimento de um tipo essencial do Ser, da vida, da existência, do
cosmos
4. Um viver potencialmente mais integrado, inteligente, rico e celebrativo
5. Participação mais saudável, prazerosa e bonita no mundo

Algumas Qualidades do Novo Homem

1. Abertura par experienciar


2. Vivência existencial
3. Confiança no seu próprio organismo (corpo, coração, mente, espírito)
4. Um senso de liberdade
5. Criatividade
6. Essência de humor, riso, espírito lúdico, sinceridade não séria
7. Meditação, recolhimento consigo mesmo, experiências místicas de pico que
ocorrem quando alguém está absolutamente dentro de si
8. Amor e relacionamento
9. Transcendência – Tão, não ego, não mente, em harmonia com o Todo
Direitos Humanos Básicos

1. Vida. Direito à dignidade, à saúde e crescimento pessoal máximo


2. Amor
3. Morte com dignidade e consciência
4. Busca pela verdade
5. Educação com espaço para a meditação (pura ciência do interior)
6. Liberdade em todas as dimensões
7. Uma Terra, uma Humanidade
8. A singularidade de cada indivíduo
9. Um governo mundial
10. Meritocracia (a Democracia falhou)

Recomendações Gerais para o Praticante de Meditação


• Alimentação e Bebidas
Osho nunca recomendou uma dieta específica para alguém meditar.
É de responsabilidade de cada um, porém, avaliar o que ingere como alimento
sólido e líquido em sua vida.
Somos o que comemos e bebemos, do ponto de vista do alimento básico para o
nosso corpo, onde se processam todos os fenômenos emocionais, mentais e espirituais.
Na Comunidade Internacional de Poona, onde Osho vivia com seus discípulos, não
é servido nenhum tipo de carne, não são permitidas bebidas alcoólicas, drogas e
medicamentos pesados. O café e o chá preto são utilizados com certa restrição.

• Cuidados com o Corpo e a Respiração


Meditar não significa, em hipótese alguma, descuidar-se da vida física, material.
Pelo contrário, o bom meditador deve ter um cuidado ainda maior pelo seu corpo físico
saudável, respirando bem se movimentando e exercitando adequadamente, o meditador
pode relaxar mais e entrar mais profundamente em seu espaço interior.

• Atenção para o que se Pensa


Meditar é ir além da mente. Isto não implica, entretanto, em rejeitar ou subutilizar
nosso potencial mental e intelectual. Pelo contrário, a meditação deve tornar nossa
mente mais lúcida, clara, brilhante, transparente, desenvolvida em seu potencial
máximo. A única diferença é que tendemos a nos tornar mais senhores dela, e não seus
escravos.
Isto significa utilizarmos a mente a nosso favor. O que pensamos é parte essencial
de nosso processo de transformação interior e pode ajudar – ou não – a alguém ir mais
fundo na meditação.
Portanto, lembre-se: somos o resultado do que comemos, respiramos, de nossos
movimentos e nossos pensamentos. Esteja alerta, sempre, a todas essas dimensões. Se
elas andarem juntas, harmônicas, os benefícios da meditação serão maiores e melhores.

• Local onde Meditar


É melhor meditar em qualquer situação do que não meditar.
Não encontre desculpas para não meditar achando justificativas dentro e fora de
si.
O local é importante, sem dúvida. Mas não espere encontrar o local ideal para
começar a praticar suas meditações.
Sempre que puder meditar em locais na natureza – ou próximos dela – melhor. Se
estiver em cassa, procure escolher um canto calmo, onde você possa retirar-se sem ser
incomodado durante todo o processo. Feche a porta, desligue o telefone, não deixe nada
no fogão, avise aos outros que não quer e não pode ser interrompido por uma hora.
Não entre em conflito com ninguém por causa da sua meditação. Por exemplo, se
a meditação utiliza música e tem estágios de catarse onde seria ideal você puder gritar,
chorar, expressar-se completamente, só faça isto se realmente não for lhe trazer
problemas com a vizinhança. Retire o som da música, se for o caso, e realize sua catarse
através de movimentos do corpo apenas – mesmo na Comunidade de Osho, em Poona,
algumas técnicas são adaptadas para permitir uma política de não confronto com o meio
local.
Se puder, medite sempre num mesmo local da casa ou do quarto. Isto vai criando
uma certa energia especial que lhe ajudará a ir cada vez mais fundo na meditação.
Fique livre para utilizar e criar qualquer outro recurso que você sente lhe ajuda
entrar em sintonia consigo mesmo: acenda um incenso, desligue a luz, mantenha uma
foto ou objeto que você gosta ou lhe inspira boas vibrações e sentimentos. Enfim, crie um
ambiente agradável, limpo e confortável para ser o seu espaço de meditação, o seu
templo individual

• Roupas
Certifique-se de usar sempre roupas confortáveis, que lhe permitam liberdade de
movimento e lhe tragam bem-estar: não passe calor nem frio demais. Nos estágios de
relaxamento, deixe à mão um cobertor, se estiver frio, para se cobrir. Mantenha sempre
em mente que, quanto menos o corpo estiver tenso e você preocupado com ele, mais
fundo você poderá entrar na meditação.

• Como Sentar e Relaxar


Isto também vale para como você se senta e deita, principalmente.
Não force posturas que lhe são desconfortáveis só para parecer como “Buda”, com
um yogui famoso que você viu numa foto, ou com a imagem pré concebida que você tem
de como um meditador deve sentar
Há posturas realmente mais científicas e que rendem mais para o meditador em
termos dos seus efeitos globais. Mas você terá tempo para chegar a elas, se prestar
atenção ao processo. Não as force!
Comece por onde é possível para você: arrume almofadas, recoste-se nelas,
buscando manter a coluna ereta e o corpo confortável. Procure uma posição e tente
mantê-la. Mas se ficar muito tenso e difícil, mova-se vagarosamente e encontre outra
melhor.
Deitando, também, ache uma posição de relaxamento o mais completo possível, e
não mova-se mais. Somente na medida em que você relaxar nas posições e conseguir
ficar imóvel – quando for o caso, conforme o estágio da meditação – é que você poderá
então mergulhar nas camadas mais sutis da meditação que lhe permitirão observar
distanciadamente o que se passa com o seu corpo, com suas emoções e seus
pensamentos. Este testemunhar sereno é o que Osho chama de realmente meditar.

• Sono e Higiene
Dormir bem, manter uma boa higiene do corpo e do ambiente no qual se vive são
também, sem dúvida alguma, fatores essenciais para o sucesso da meditação.

• O que Não é Meditação


Antes de entrarmos mais diretamente nas técnicas de meditação Osho, na prática,
vamos lembrar um pouco o que não é meditação, a fim de que você cultive uma atitude
correta em relação ao processo:
Meditação não é concentração.
Meditação não é introspecção.
Meditação não é visualização.
Meditação não é mentalização.
Meditação não é viagem astral.
Meditação não é incorporação de espíritos.
Meditação não é levitação.
Meditação não é hipnose ou auto hipnose.
Meditação não é sair do corpo.
Meditação não é lavagem cerebral.
Meditação não são efeitos especiais esotéricos.

MEDITAÇÃO É A QUALIDADE DE OBSERVAR, ESTAR CONSCIENTE E ALERTA, DE


FORMA RELAXADA E SEM JULGAMENTOS.

• Experenciando Algumas Técnicas Básicas Osho


As meditações apresentadas neste curso de introdução são as recomendações por
Osho para serem introduzidas, justamente, como meditações básicas nos Centros de
Meditação ou nos campos de meditação organizados por seus discípulos ao redor do
mundo.
É recomendado que todas sejam feitas com o estômago vazio há pelo menos uma
hora (e não após um churrasco, é claro).
O uso de vendas nos olhos é opcional, embora recomendado principalmente para
iniciantes, a fim de que possam mergulhar mais fundo dentro de si mesmos.
Normalmente, nossos olhos estão por demais atentos no exterior, no que se passa fora
de nós. E quando tentamos meditar e ir para dentro, os olhos abertos podem novamente
nos distrair, nos trair fora de nosso centro. Eventualmente, podemos ainda nos
preocupar, quando de olhos abertos, com o que outros meditadores estão fazendo ou
observando.
Em nosso curso, ninguém deve ter a preocupação de observar a quem quer que
seja. O processo é totalmente individual. Os orientadores estão presentes ali apenas para
auxiliar na apresentação das técnicas e testemunhar o processo, sem julgamentos.

A PALAVRA CHAVE EM TODO O SEU PROCESSO DE MEDITAÇÃO É OBSERVAR.


OBSERVE, OBSERVE, OBSERVE. E NÃO JULGUE. O QUE QUER QUE LHE ACONTEÇA, PRESTE
ATENÇÃO E OBSERVE. NÃO INTERROMPA NENHUMA MEDITAÇÃO EM QUALQUER UM DE
SEUS ESTÁGIOS. SEJA TOTAL ATÉ O FINAL. ENTRE FUNDO EM VOCÊ MESMO E COLOQUE
SUA ENERGIA AO MÁXIMO NO PROCESSO. MÃO SEGURE NADA. NÃO TENHA MEDO. SE
SENTIR MEDO, APROVEITE A ENERGIA PARA DAR UM SALTO PARA O DESCONHECIDO.
Referências Bibliográficas e Dicas para Leitura

• Obras Específicas sobre Meditação


Os 650 títulos publicados que compõe a obra do Mestre Osho em mais de 30
idiomas sempre abordaram, de uma forma ou de outra, o tema “meditação”. O assunto
pode ser considerado como a essência e a tônica maior de todo o trabalho de Osho ao
longo de sua vida.
Alguns de seus livros, entretanto, constituem-se em referência mais específica e
direcionada ao tema “meditação”, incluindo alguns manuais e compilações clássicos que
são leituras obrigatórias para qualquer iniciante nesse campo de estudo e
experimentação.

• Obras em Inglês Utilizadas na Bibliografia deste curso

1. OSHO MEDITATION CENTER HANDBOOK, Osho Commune International, 1990


2. THE BOOK – AN INTRODUCION TO THE TEACHINGS OF BHAGWAN SHREE RAJNEESH,
Rajneesh Foundation International, USA, 1984
3. DYNAMICS OF MEDITATION, Ma Yoga Laxmi e Ma Anand Prem, Bomay, Índia
4. BOOKS I HAVE LOVED, Rajneesh Foundation International, USA, 1985
5. Diversos trechos e citações extraídos de edições do jornal “OSHO TIMES
INTERNATIONAL”, edição inglesa e brasileira

• Alguns títulos para leitura em Português

TÍTULOS EDITORA
Além das Fronteiras da Mente Gente
Além da Psicologia Gente
Antes que Você Morra Madras
Após a Meia Idade, um céu sem Gente
limites
Ah, Isto! Gente
Caminho do Amor Devanta
r
Dimensões Além do Conhecido Cutrix
Do Sexo a Supraconsciência Cutrix
Eu Ensino Religiosidade, Não Gente
Religião
Eu Sou a Porta Cutrix
Futuro Dourado, O Gente
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QUEM É OSHO?

Osho é um mestre iluminado que visitou este planeta terra de 11 de dezembro de


1931 a 19 de janeiro de 1990. Deixou um legado de mais de 2 milhões de discípulos em
todo o mundo, 650 livros traduzidos em mais de 30 idiomas, e mais de uma centena de
técnicas de meditação especialmente criadas e/ou adaptadas para o homem
contemporâneo deste final de século XX e milênio.
Aos 21 anos alcançou sua realização final, conhecida na tradição oriental como
“Iluminação” ou “Samadhi”, no dia 21 de março de 1953.
De 1957 a 1966 foi professor de Filosofia nas Universidades de Raipur e Jabalpur,
na Índia.
Durante os anos 60 deu início a peregrinações, palestras e campos de meditação
visando à transformação interior e auto liberação de outros indivíduos. Por volta de 1970,
começaram a chegar os primeiros discípulos ocidentais e seu trabalho se difunde pela
Europa, Estados Unidos, Japão e Austrália.
No ano de 1974, já totalmente dedicado ao trabalho de iniciação de discípulos no
que denominou “Neo Sannyas”, muda-se para um ashram (comunidade espiritual) em
Poona, cidade industrial e acadêmica próxima de Bombaim, na Índia
Até o final daquela década, em 1980, o arsham constituíra-se no maior centro
internacional de crescimento interior e psicoterapia.
Em 1981, inicia uma fase de silêncio e viaja para os Estados Unidos. Seus
discípulos criam uma comunidade auto-sustentada no estado de Oregon, que é batizada
de “Rajneeshpuram”, e onde passam a viver 5 mil pessoas envolvidas com atividades
que vão desde a agricultura orgânica até a impressão de livros, trabalhos terapêuticos e
uma Universidade Internacional onde o estudo da meditação ganha ainda mais força.
Em 1985 a comunidade é dispensada e Osho faz uma peregrinação mundial por
vários países. Em 1986 retorna à Índia e reinicia seu trabalho em Poona em 1987.
Em 19 de janeiro de 1990 morre, aos 58 anos, como decorrência de um processo
de envenenamento por metal radioativo pelo governo norte americano durante o período
de 12 dias em que esteve detido pela polícia federal desse país, segundo atesta, baseado
nos laudos que indicam deterioração orgânica e queda do sistema imunológico sinais
fortemente indicativos de tal contaminação, seu médico pessoal Swami Prem Amrito.
A Multiversidade Internacional Osho, por ele criada, em Poona, continua
expandindo-se através de 7 departamentos, mais de 30 cursos e treinamentos
especializados, dirigidos por 130 profissionais de todo o mundo.

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