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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMARCA DE SÃO PAULO


FORO REGIONAL III - JABAQUARA
4ª VARA CÍVEL
RUA JOEL JORGE DE MELO, 424, São Paulo - SP - CEP 04128-080

CONCLUSÃO

Em 31 de agosto de 2009, faço estes autos conclusos ao MM. Juiz de Direito, Dr. Marco
Antonio Botto Muscari. Eu, ______, Simone, Escrevente, lavrei este termo.

Processo nº: 003.08.114940-6 - Possessórias Em Geral(reintegração,


Manutenção, Interdito)
Requerente: Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo -
Bancoop
Requerido: Patrícia Tatiana de Sousa

Vistos.

COOPERATIVA HABITACIONAL DOS


BANCÁRIOS - BANCOOP ajuizou ação de reintegração de posse em
face de PATRÍCIA TATIANA DE SOUSA, alegando que: a) a ré tornou-
se cooperada para adquirir uma unidade habitacional no empreendimento
denominado Vila Clementino; b) Patrícia caiu em inadimplência a partir
da 1ª parcela, de um total de 24, atinente ao reforço de caixa (abril/07); c)
providenciou a notificação da cooperada, nos moldes do art. 17 do
Estatuto; d) a ré não purgou a mora nos 15 dias, nem desocupou o bem de
raiz; e) está caracterizado o esbulho. Em suma, deseja reintegrar-se na
posse do apartamento.
Em sua defesa, a ré arguiu preliminares (inépcia
da inicial/falta de interesse de agir) e, no mérito, sustentou que: a) pagou
todas as parcelas assumidas; b) a autora quer mais dinheiro para concluir
o Bloco "C", que prometera entregar em 2006, e então impôs mais 24
parcelas a todos os cooperados; c) ninguém se dispõe a dar mais dinheiro
para a Diretoria, enquanto esta não prestar contas; d) por força de decisão
judicial (19ª Vara Cível Central), está vedada a cobrança do aporte; e) a
BANCOOP tenta induzir o juízo em erro; f) a concessão de liminar é por
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vezes mais gravosa do que a sua denegação; g) é insuficiente a cláusula


resolutória expressa; h) a Cooperativa é administrada como se fosse uma
incorporadora; i) inexiste mora; j) falta fumaça do bom direito; k) não
pode a autora receber quanto quer e da forma que deseja, sob pena de
afronta ao Código Reale.
Colheu-se réplica.
Rejeitadas as preliminares, vieram novos
documentos.
Por conta do acolhimento de impugnação
oferecida pela ré (apenso), foi majorado o valor da causa e a Cooperativa
complementou a 1ª parcela da taxa judiciária.

Esse o relatório.
Fundamento e decido.

Improcede a ação.
O esbulho que ensejou a propositura desta ação
de reintegração derivaria do inadimplemento das parcelas atinentes ao
reforço de caixa (fls. 3, 4º parágrafo), sendo certo que a ré não teria
desocupado o imóvel mesmo depois do prazo assinado em notificação
judicial (fls. 3, último parágrafo).
A ação foi proposta em julho de 2008 (data da
distribuição), mas, em fevereiro de 2009, nos autos de ação proposta pela
Associação dos Adquirentes de Apartamentos do Residencial Vila
Clementino (fls. 173), o MM. Juiz da 19ª Vara Cível Central antecipou a
tutela para tornar insubsistentes os efeitos das notificações enviadas
aos cooperados (fls. 174). È verdade que a BANCOOP, ré naquele feito,
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agravou de instrumento. Contudo, o Excelentíssimo Senhor Relator


indeferiu o efeito suspensivo (fls. 181).
Se Patrícia integra a Associação dos Adquirentes
de Apartamentos do Residencial Vila Clementino desde 2007 (fls. 137),
ao contrário do que sustentava a autora (fls. 147), e a respeitável
decisão antecipatória (fls. 174) está produzindo efeitos (fls. 181), chega a
ser evidente que caiu por terra o pressuposto desta reintegratória: esbulho
que se caracterizaria apenas na hipótese de mora da cooperada.
O caso é de improcedência, merecendo
lembrança o art. 462 do Código de Processo Civil (ius novum).
Por todo o exposto, JULGO IMPROCEDENTE
A AÇÃO e condeno a autora a pagar custas, despesas processuais e
honorários advocatícios de 10% do valor da causa (fls. 13 – apenso),
corrigido desde a propositura.
Tendo em vista a orientação pacificada no
Superior Tribunal de Justiça (confira-se, por todos, o AgRg no REsp. n.
1.043.166/RS, 3ª Turma, j. 26/05/2009, rel. Ministro SIDNEI BENETI),
observo desde já que o prazo estabelecido no art. 475-J, caput, do Código
de Processo Civil fluirá a partir do trânsito em julgado,
independentemente de intimação específica da BANCOOP. Impago o
débito (verba sucumbencial) nos 15 dias, deverá ser apresentada memória
de cálculo com multa (10%) e honorários advocatícios relativos à fase de
cumprimento da sentença (10%). Sobre o cabimento de honorários
específicos para a etapa de cumprimento, confira-se: STJ – AgRg no Ag
n. 1.078.114/RS, 4ª Turma, j. 12/05/2009, rel. Ministro FERNANDO
GONÇALVES.
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P. R. I.

São Paulo, 31 de agosto de 2009.

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