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em Angola
(1961)
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INFORMAÇÃO IMPORTANTE
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GUERRA COLONIAL EM ANGOLA
(1961)
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se dirigir a Luanda, iniciando daí um golpe contra o
Estado Novo.
(Mário Pinto de Andrade, MPLA) “Aproveitando a
presença dos jornalistas que pretendiam cobrir a
chegada do Santa Maria a Luanda, decidiram uma
acção contra as prisões.”
Em 4 de Fevereiro, a Casa de Reclusão Militar de
Luanda foi assaltada pelo MPLA (Movimento Popular
de Libertação de Angola), tal como a esquadra da
polícia e algumas repartições. Morreram 7 agentes
da polícia e 1 cabo. Os funerais foram filmados por
uma equipa da RTP que ali se encontrava, desde
Janeiro, a fazer documentários sobre Angola.
(António Silva, Repórter de Imagem RTP em 1961)
“Só consegui filmar os funerais, porque aquilo foi de
noite (o primeiro ataque). Ora, de noite, eu não
podia abrir iluminação, senão era abatido.”
O MPLA tinha apoio soviético e os americanos,
temendo perder posição nas lutas de
independência, resolveram tomar a iniciativa,
através da UPA (União dos Povos de Angola) de
Holden Roberto. A 15 de Março, foram lançados
ataques em fazendas por todo o Norte de Angola.
Os repórteres da RTP conseguiram sair de Luanda e
apanhar um avião para Carmona, com o objectivo
de filmar os massacres.
(António Silva) “E, então, calhou ficar numa terra
que estava a preparar uma grande coluna para ir
daí para cima.”
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Em Carmona, acompanharam uma coluna
formada por militares e colonos que procuravam
retomar as cidades até Makela do Zombo, junto à
fronteira do Congo. As condições em que a coluna
evoluiu foram duríssimas. Para além dos ataques
constantes, os guerrilheiros da UPA também
envenenaram as linhas de água.
(António Silva) “Não havia água, a gente tirava
dos radiadores. Eu já tinha andado a beber urina, a
urinar no lenço e deitar nos lábios, para não
rebentarem.”
Nas fazendas, descobriram finalmente a dimensão
dos massacres. Em Makela do Zombo, António Silva
filmou algumas das mais impressionantes imagens
de carnificina alguma vez presenciadas pelo olhar
humano. Já lá tinha estado em Janeiro, a filmar um
concurso de misses.
(António Silva) “A primeira pessoa que eu vejo, no
mato, morta é a rapariga que tinha sido eleita.” A
gente, quando anda com a máquina na mão, não
pode passar nada, tem que ver o que se passa
através daquele rectângulo.”
Muitas das imagens de António Silva nunca foram
exibidas na televisão portuguesa, mas apareceram
em fotografias mostradas pelo Governo português
nas Nações Unidas. Em Portugal, Salazar assume a
pasta da Defesa e o comando da Guerra. Em Julho,
as Forças Armadas põem em marcha a “Operação
Viriato” para conquistar os territórios ocupados pela
UPA. O objectivo principal era Nambuangongo, a
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cidade onde a UPA instalara o seu quartel-general,
perigosamente perto de Luanda. Dois batalhões de
infantaria e um esquadrão de cavalaria partiram de
locais diferentes, três frentes de ataque para tomar
a cidade. Uma operação acompanhada pelos
repórteres da RTP, Neves da Costa e Serras
Fernandes:
(Neves da Costa, Jornalista RTP em 1961) “A
morte do Sargento Sousa, que foi transportado pelo
Serras Fernandes, nunca foi vista (pelos
telespectadores da RTP). A espantosa censura
cortou, porque não era bom, diziam eles, emocionar
demasiadamente os espectadores.”
A coluna ocupou Zala e dirigiu-se para
Nambuangongo. Chegou uma hora depois do
batalhão comandado pelo Tenente Maçanita, que
reocupou a cidade.
(Adriano Moreira, Ministro do Ultramar em 1961)
“No trabalho que fizeram nessa época, não se pode
encontrar nenhuma condescendência com a
realidade. Havia serviços de censura, é evidente, a
censura pode ter tido intervenção e, certamente,
teve nalgumas circunstâncias, mas em relação a
esses rapazes, tão jovens, eu julgo que eles
cumpriram, com rigor, a sua função de
testemunhar.”
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URL: http://www.youtube.com/watch?v=d0RaX8s-
R1s
ANEXOS
(instrumental)
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Música disponível em:
URL: http://www.youtube.com/watch?v=JbRfhpsDivk