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Research
Observatório da
presença empresarial
portuguesa em Angola
Relatório final
Fevereiro de 2002
0
GC
Research
Observatório da
presença empresarial
portuguesa em Angola
Equipa de projecto:
Rui Paulo Almas (supervisão)
Victor Cavaco (coordenação)
Filipe Vieira
Susana Amaral 1
ÍNDICE GC
Research
Índice 2
Apresentaç
Apresentação 3
Metodologia 4
Executive Brief 5
Parte I – Caracterizaç
Caracterização do tecido empresarial 8
3.1 Intenç
Intenções de novos investimentos 38
3.2 Oportunidades de negó
negócio 42
Parte IV – Estraté
Estratégias de interacç
interacção com o meio 47
4.1 Apoios 48
Parte V – Variá
Variáveis chave para a monitorizaç
monitorização do tecido empresarial 61
2
APRESENTAÇAO GC
Research
O relatório que se apresenta procura reflectir, de modo detalhado, a informação recolhida junto das
empresas com capitais portugueses instaladas em território angolano e constantes na base de dados do Icep
Portugal, em Luanda. Além de uma preocupação gráfica com a apresentação dos resultados, por forma a
facilitar a leitura dos dados, procurou-se, de igual modo, utilizar ferramentas estatísticas, em determinadas
circunstâncias, que potenciassem a visibilidade sobre o objecto em questão. Isto significou, nomeadamente,
a utilização sistemática da análise bivariada, o recurso à análise factorial de componentes principais e a
utilização da análise de clusters.
O relatório encontra-se dividido em cinco partes, de acordo com a estrutura de pesquisa presente no
instrumento de inquirição:
Parte II – Análise dos factores de localização, em especial daqueles que estiveram na base da decisão em
investir em Angola e respectivos obstáculos enfrentados;
Parte III – Reflexão em torno do posicionamento empresarial, quanto às intenções de novos investimentos e
oportunidades detectadas;
Parte IV – Recensão das estratégias de interacção com o meio, nomeadamente quanto à procura de apoios
e respectivo relacionamento com as instituições;
O universo de partida é constituído pela totalidade das empresas recenseadas na base de dados do
Icep em Luanda (cerca de 208 empresas), que representa a grande maioria das empresas de capitais
portugueses presentes em Angola.
Foram retidos para análise 107 questionários, repartidos por vários sectores de actividade, natureza
jurídica, localização geográfica e dimensão empresarial.
Todos os dados recolhidos foram tratados informaticamente e as perguntas abertas foram alvo de
codificação. Antes de se proceder à análise estatística foram corrigidos os erros resultantes da inserção
e analisada a coerência das respostas.
a) análise univariada das variáveis e indicadores seleccionados para cada tema, procurando
compreender o peso relativo de cada um deles;
b) análise bivariada, sempre que se mostrou necessária para a compreensão da associação entre as
variáveis.
c) Análise multivariada, com recurso a análise factorial de componentes principais e análise de clusters,
4
EXECUTIVE BRIEF GC
Research
Salvaguardadas leituras mais detalhadas, baseadas nos resultados que se apresentam no relatório,
podemos retirar globalmente as seguintes conclusões:
1
1 Factores de localização
Os estudos de mercado e a procura de informação por meios próprios foram os principais métodos e/ou instrumentos de
decisão utilizados pelas empresas para fundamentar a sua decisão de instalação em Angola.
No que diz respeito aos factores que determinaram a decisão de instalação em Angola, podemos diferenciá-los entre
factores de natureza subjectiva e funcional. No primeiro caso, mais de metade das empresas (58,0%), aponta para as
afinidades históricas, linguísticas e culturais; quanto ao segundo, destaca-se a procura de novos mercados (57,0%).
Ao nível das dificuldades detectadas no início da actividade, 73,3% das empresas destacam as condições do mercado
(desconhecimento deste, falta de infra-estruturas, falta de mão de obra qualificada). Além daquele, 58,9% das empresas
referem os obstáculos de cariz institucional ou burocrático (debilidades ao nível da Administração Pública e dificuldades
na obtenção de vistos). A conjuntura sócio-política é indicada como obstáculo inicial por 46,7% das empresas
(instabilidade e insegurança militar, dificuldades de circulação e dificuldades de fixação de quadros), enquanto os
obstáculos financeiros foram importantes para 26,5% das empresas.
Ao nível das dificuldades actuais, 76,5% das empresas identificam, como primeiro obstáculo à actividade empresarial,
factores associados à conjuntura sócio-política, e a seguir os factores de ordem institucional e burocrática (70,6%);
As condições do mercado surgem igualmente identificadas por 70,6% das empresas e 56,9% faz referência às
condicionantes financeiras.
5
EXECUTIVE BRIEF GC
Research
2
2 Posicionamento empresarial
No que diz respeito à avaliação que as empresas efectuam dos seus investimentos em Angola, 87,9% das empresas
referem que, apesar de todas as dificuldades, hoje tornariam a instalar-se em Angola. Destas, 54,6% admite que tornaria
a investir em Angola em moldes semelhantes ao do investimento inicial, enquanto 41,5% o faria de forma diferente,
nomeadamente procedendo a uma recolha mais exaustiva de informações e contactaria com mais frequência os serviços
83,2% dos inquiridos tem a intenção de realizar novos investimentos na empresa no próximo ano, e destes, a grande
maioria (87,6%), tenciona investir na aquisição de novos equipamentos, no alargamento das instalações (60,7%) e na
Os sectores de actividade identificados como aqueles onde existem maiores as oportunidades de negócio no curto/médio
prazo são, por ordem decrescente: a construção civil e obras públicas; telecomunicações; o petróleo, gás e sectores
alimentar.
Da análise que as empresas, presentes na amostra, fazem sobre a importância de cada província para a respectiva
actividade empresarial percebe-se que Luanda, Benguela, Huíla, Cabinda e Namibe têm um relevo particular.
6
EXECUTIVE BRIEF GC
Research
3
3 Estratégias de interacção com o meio
Relativamente às estratégias de interacção com o meio, 64,5% das empresas referem que nunca recorreram ou utilizaram
as facilidades do sistema nacional de apoio à internacionalização e à cooperação empresarial, enquanto 15,8% destas
admitiram já terem utilizado alguns destes apoios. Destas, 44,7% referem que já recorreram aos apoios do FCE (APAD) e
Se 48,2% das empresas considera que a Delegação do Icep em Luanda responde às solicitações que lhe são colocadas,
41,2% considera que, para além de responder às solicitações, o faz de forma muito colaborante e dinâmica. Desta forma,
apenas 10,6% das empresas considera que a postura da delegação é distante e burocrática.
Na opinião das empresas, o Icep deveria reforçar a sua actuação em Angola com a realização de encontros,
promocionais.
Face à experiência destas empresas deve ser dada particular atenção ao desejo expresso de serem reforçados os apoios à
internacionalização na fase de investimento (71,8%), mas também na fase de pré-investimento (47,6%) e na criação de
um fundo próprio para os empresários residentes em Angola (36,9%). Apenas 34,0% das empresas considera necessário
7
I
CARACTERIZAÇÃO DO TECIDO
EMPRESARIAL
8
I – Caracterização do tecido empresarial GC
Research
1. Sector de Actividade
•A
A maioria da amostra é constituí
constituída por
serviç
serviços (36,4%);
•As
As empresas de construç
construção representam
Indústria 37,4
14%, enquanto as empresas do sector
primá
primário não ultrapassam os 6,5%; Serviços 36,4
•O
O sector da construç
construção é aquele onde a
Construção 14,0
estrangeiro;
Outros 5,6
•As
As empresas do sector industrial foram
9
I – Caracterização do tecido empresarial GC
Research
2. Ano de Constituição
•A
A esmagadora maioria das empresas
(74,7%) só
só se instalaram em Angola 25,3%
depois da Independência, contra 25,3%
<=1975
que já
já existiam antes de 1975.
>1975
74,7%
10
I – Caracterização do tecido empresarial GC
Research
3. Natureza Jurídica
•61,3%
61,3% das empresas (presentes na
constituí
constituídas ao abrigo da lei de Empresas de direito angolano 61,3
investimento estrangeiro .
Empresas de direito angolano/Inv. estrangeiro 30,2
Outras 8,5
11
I – Caracterização do tecido empresarial GC
Research
4. Dimensão
•Metade
Metade da amostra é constituí
constituída por
inqué
inquérito têm 250 ou mais 50,5
Pequenas empresas
trabalhadores ao seu serviç
serviço;
Médias empresas 36,6
•Se
Se no sector primá
primário e na indú
indústria
Grandes empresas 12,9
predominam as mé
médias empresas, no
sector da construç
construção predominam as
serviç
serviços é dominado por pequenas
empresas.
12
I – Caracterização do tecido empresarial GC
Research
4. Dimensão
4.1 % de trabalhadores expatriados
•Na
Na maioria das empresas que
responderam ao questioná
questionário, a
Total
Total
(%)
(%)
percentagem de expatriados não
trabalhadores ;
5% - 9,9% 16,5
•A
A presenç
presença de mais de 20% de 10% - 19,9% 22,3
empresas de serviç
serviços de pequena
investimento estrangeiro.
13
I – Caracterização do tecido empresarial GC
Research
5. Localização
•78,6%
78,6% das empresas inquiridas tem a
Luanda 78,6
•No
No sector primá
primário a maioria das
•Nota
Nota-
Nota-se igualmente uma maior Namibe 3,9
dispersão geográ
geográfica ao ní
nível das
Bengo 1,0
localizaç
localizações sociais das empresas
14
I – Caracterização do tecido empresarial GC
Research
6. Ligação à Internet
13,3%
•A
A esmagadora maioria das empresas Sem
inquiridas tem acesso à Internet;
ligação
•Apenas
Apenas 13,3% das empresas assume
primá
primário, criadas antes da
Independência.
86,7%
15
I – Caracterização do tecido empresarial GC
Research
6. Ligação à Internet
6.1. Fins de utilização da Internet
•Entre
Entre as empresas que possuem
100
ligaç
ligação à Internet, 100% utiliza-
utiliza-a 100
80
para o correio electró
electrónico, 70,3%
60 70,3
para transmissão de dados, 64,8% 64,8
40
para procurar informaç
informações de
20 28,6
natureza comercial e 28,6% para
0
divulgar produtos e serviç
serviços da
Correio electrónico Transmissao de dados Procura de Divulgaçao
informaçoes
empresa.
16
II
FACTORES DE LOCALIZAÇÃO
17
GC
II – FACTORES DE LOCALIZAÇÃO Research
1. Factores de decisão
18
II – FACTORES DE LOCALIZAÇÃO GC
Research
1. Factores de decisão 2. Obstá
Obstáculos percepcionados
Total
Total
(%)
(%)
• Os mé
métodos e/ou instrumentos de decisão
27,3
principalmente, os estudos de mercado (40,9%) e Sessões de reflexão interna
19,7
a informaç
informação obtida atravé
através de meios pró
próprios Conversas com amigos e familiares
19
II – FACTORES DE LOCALIZAÇÃO GC
Research
1. Factores de decisão 2. Obstá
Obstáculos percepcionados
FACTORES
FACTORES FACTORES
FACTORES
SUBJECTIVOS
SUBJECTIVOS FUNCIONAIS
FUNCIONAIS
Afinidades
Procura de
históricas,
novos Crescimento
Existência de linguísticas
mercados do
familiares ou e culturais mercado
amigos residentes local Necessidade de
em Angola aumentar
vendas
20
II – FACTORES DE LOCALIZAÇÃO GC
Research
1. Factores de decisão 2. Obstá
Obstáculos percepcionados
•No
No que diz respeito aos factores de ordem
Total
Total 1ª
1ª escolha
escolha
subjectiva, que determinaram a decisão de (%)
(%) (%)
(%)
instalaç
instalação em Angola, mais de metade das
empresas (58,0%), aponta as afinidades 58,0 29,3
Afinidades históricas, linguísticas e culturais
histó
históricas, linguí
linguísticas e culturais;
31,0 20,2
•A existência de familiares ou amigos Existência de familiares ou amigos em Angola
residentes em Angola é igualmente apontado
26,0 16,2
como factor determinante para 31% das Convite das autoridades angolanas
empresas. Nota-
Nota-se, todavia, um 23,0 9,1
comportamento muito dissonante entre as
Abertura e simpatia das populações
21
II – FACTORES DE LOCALIZAÇÃO GC
Research
1. Factores de decisão 2. Obstá
Obstáculos percepcionados
Total
Total 1ª
1ª escolha
escolha
•Ao
Ao ní
nível dos factores de localizaç
localização funcionais (%)
(%) (%)
(%)
22
GC
II – FACTORES DE LOCALIZAÇÃO Research
2. Obstá
Obstáculos identificados
23
II – FACTORES DE LOCALIZAÇÃO GC
Research
1. Factores de decisão 2. Obstá
Obstáculos identificados
contributivos:
•Condi
Condiç
Condições de mercado: falta de trabalhadores qualificados, falta de infra
infra-
fra-estruturas, atrasos nos pagamentos,
•Conjuntura
Conjuntura só
sócio-
cio-polí
política: instabilidade e inseguranç
insegurança militar, dificuldades ao ní
nível da livre circulaç
circulação de
•Condi
Condiç
Condições financeiras: elevado custo do investimento, fragilidades do sistema financeiro, escassez de
informaç
informação sobre os apoios oficiais à internacionalizaç
internacionalização e suspensão da linha de cré
crédito (protocolo financeiro);
•Aspectos
Aspectos de natureza institucional e burocrá
burocrática: debilidades ao ní
nível da Administraç
Administração Pú
Pública, dificuldades
com a obtenç
obtenção de vistos de trabalho, ineficá
ineficácia dos tribunais e falta de seguranç
segurança legal, inexistência de acordo
investimentos, e distorç
distorção de alguns impostos.
24
II – FACTORES DE LOCALIZAÇÃO GC
Research
1. Factores de decisão 2. Obstá
Obstáculos identificados
de instalaç
instalação dizem respeito às condiç
condições 73,3% 46,7%
do mercado.
•A estes juntam-
juntam-se, para 58,9% das
empresas, os obstá
obstáculos de cariz
OBSTÁCULOS INICIAIS
institucional ou burocrá
burocrático, os obstá
obstáculos de
natureza só
sócio polí
política (indicados por 46,7%
25
II – FACTORES DE LOCALIZAÇÃO GC
Research
1. Factores de decisão 2. Obstá
Obstáculos identificados
•Ao
Ao ní
nível das condiç
condições do mercado os
principais obstá
obstáculos identificados são a falta de
Total
Total
trabalhadores qualificados (63,6%), e a falta de Condiç
Condições do Mercado (%)
(%)
infra-
infra-estruturas (53,0%);
•São
São essencialmente as empresas de serviç
serviços e Falta de trabalhadores qualificados 63,6
construç
construção as que mais referem a falta de 53,0
Falta de infra-estruturas (água, energia, estradas, comunicações)
trabalhadores qualificados.;
Atrasos nos pagamentos 34,8
•O
O desconhecimento das caracterí
características do
Dificuldades competitivas face aos concorrentes instalados 15,2
mercado angolano (12,1%), acaba por não
constituir um obstá
obstáculo significativo para as Desconhecimento das características do mercado 12,1
26
II – FACTORES DE LOCALIZAÇÃO GC
Research
1. Factores de decisão 2. Obstá
Obstáculos identificados
•Ao
Ao ní
nível da conjuntura só
sócio-
cio-polí
política, os
principais obstá
obstáculos identificados prendem-
prendem-se
com a instabilidade e inseguranç
insegurança militar
Total
Total
(66,7%), e dificuldades de livre circulaç
circulação Conjuntura Só
Sócio-
cio-Polí
Política (%)
(%)
(54,8%);
• A instabilidade e inseguranç
insegurança são mais Instabilidade e insegurança militar 66,7
assinaladas pelas pequenas e mé
médias
Dificuldades ao nível da livre circulação de pessoas e mercadorias 54,8
empresas dos sectores da construç
construção e
serviç
serviços; 26,2
Dificuldade com a fixação de quadros expatriados
• São sobretudo as grandes empresas, dos
sectores primá
primário e industrial, as que mais
destacam as dificuldades associadas à livre
circulaç
circulação de pessoas e mercadorias.
27
II – FACTORES DE LOCALIZAÇÃO GC
Research
1. Factores de decisão 2. Obstá
Obstáculos identificados
•Ao
Ao ní
nível dos obstá
obstáculos de ordem
institucional e burocrá
burocrática,
tica, as empresas
indicam, principalmente, as debilidades da Total
Institucionais/Burocrá
Institucionais/Burocráticos Total
(%)
(%)
Administraç
Administração Pú
Pública (71,7%), e as
dificuldades com a obtenç
obtenção de vistos de
Debilidades ao nível da Adm. Pública (lentidão, burocracia, etc.) 71,7
trabalho (37,7%);
• As debilidades da Administraç
Administração Pú
Pública, Dificuldades com a obtenção de vistos de trabalho 37,7
28
II – FACTORES DE LOCALIZAÇÃO GC
Research
1. Factores de decisão 2. Obstá
Obstáculos identificados
• Ao ní
nível dos obstá
obstáculos de índole financeira
• As mé
médias empresas, de construç
construção e 13,8
Suspensão da linha de crédito (Protocolo Financeiro Portugal-Angola)
serviç
serviços, são as que mais indicam as
obstá
obstáculo com que se depararam no iní
início da
sua actividade.
29
II – FACTORES DE LOCALIZAÇÃO GC
Research
1. Factores de decisão 2. Obstá
Obstáculos identificados
•Actualmente,
Actualmente, 76,5% das empresas, Condições do Conjuntura
Mercado Sócio-política
identificam como primeiro obstá
obstáculo ao
70,6% 76,5%
desenvolvimento da sua actividade, os
polí
política;
tica; seguem-
seguem-se os factores de ordem
institucional e burocrá
burocrática (70,6%) e as
condiç
condições de mercado (70,6%); OBSTÁCULOS ACTUAIS
• Os obstá
obstáculos de índole financeira
56,9% 70,6%
Institucionais e
Financeiros burocráticos
30
II – FACTORES DE LOCALIZAÇÃO GC
Research
1. Factores de decisão 2. Obstá
Obstáculos identificados
•No
No âmbito dos obstá
obstáculos actualmente
identificados pelas empresas inquiridas em
maté
matéria de condiç
condições do mercado
mercado,, 62,5% das
Total
empresas apontam a falta de trabalhadores Condiç
Condições do Mercado Total
(%)
(%)
•São
São essencialmente as mé
médias empresas, do
Atrasos nos pagamentos 59,7
sector primá
primário, que mais destacam a falta de
trabalhadores qualificados; Falta de infra-estruturas (água, energia, estradas, comunicações) 44,4
•Ao
Ao ní
nível dos atrasos de pagamentos, 18,1
Dificuldades competitivas face aos concorrentes instalados
verifica-
verifica-se que são as pequenas e grandes
empresas, dos sectores da construç
construção e
serviç
serviços, as que mais referem este obstá
obstáculo.
31
II – FACTORES DE LOCALIZAÇÃO GC
Research
1. Factores de decisão 2. Obstá
Obstáculos identificados
•Ao
Ao ní
nível da conjuntura só
sócio-
cio-polí
política,
tica, os
principais obstá
obstáculos actualmente
Total
Total
identificados são: as dificuldades de livre Conjuntura Só
Sócio-
cio-Polí
Política (%)
(%)
circulaç
circulação (75,6%), e a instabilidade e
inseguranç
insegurança militar (65,4%);
Dificuldades ao nível da livre circulação de pessoas e mercadorias 75,6
circulaç
circulação;
• A instabilidade e inseguranç
insegurança é apontada
32
II – FACTORES DE LOCALIZAÇÃO GC
Research
1. Factores de decisão 2. Obstá
Obstáculos identificados
•Em
Em termos dos obstá
obstáculos actuais de ordem
institucional e burocrá
burocrática,
tica, as empresas
Total
continuam a indicar principalmente as Institucionais/Burocrá
Institucionais/Burocráticos Total
(%)
(%)
debilidades ao ní
nível da Administraç
Administração Pú
Pública
(56,9%), as dificuldades com a obtenç
obtenção de 56,9
Debilidades ao nível da Adm. Pública (lentidão, burocracia, etc.)
vistos de trabalho (50,0%), e a ineficá
ineficácia dos
Dificuldades com a obtenção de vistos de trabalho 50,0
tribunais com a respectiva falta de seguranç
segurança
legal ao investidor (44,4%); 44,4
Ineficácia dos tribunais e falta de segurança legal
• As debilidades da Administraç
Administração Pú
Pública
Distorção de alguns impostos 38,9
são sentidas sobretudo pelas mé
médias e
grandes empresas, dos sectores primá
primário e Inexistência de Acordo bilateral para evitar a dupla tributação 34,7
industrial;
Inexistência de um Acordo de Promoção e Protecção Recíproca de Investimentos 27,8
•As
As dificuldades com a obtenç
obtenção de vistos de
trabalho são as mais indicadas pelas grandes
empresas, do sector da construç
construção, criadas ao
abrigo da lei de investimento estrangeiro.
33
II – FACTORES DE LOCALIZAÇÃO GC
Research
1. Factores de decisão 2. Obstá
Obstáculos identificados
•Dos
Dos obstá
obstáculos financeiros,
financeiros, ressaltam as
sector primá
primário, as que identificam a 41,4
Elevado custo do investimento
fragilidade do sistema financeiro como um
36,2
Suspensão da linha de crédito (Protocolo Financeiro Portugal-Angola)
obstá
obstáculo actual à sua actividade.
24,1
Escassez de informação sobre os apoios oficiais à internacionalização
34
II – FACTORES DE LOCALIZAÇÃO GC
Research
1. Factores de decisão 2. Obstá
Obstáculos identificados
2.3 Síntese
•Para
Para cada grupo de obstá obstáculos
identificados, ressalta o seguinte:
(%)
•Condi
Condiç
Condições de mercado: apontado como
Elevado
um obstá
obstáculo importante no iní
início da 80
actividade da empresa (73,3%), continua Condições de
a sê-
sê-lo actualmente (70,6%);
70
mercado
•
•Conjuntura
Conjuntura só
actividade,
sócio-
cio-polí
as
política: no iní
empresas
início da
não •
Financeiros
60
consideravam a conjuntura desfavorá
desfavorável •
Institucionais e
(46,7%), tendo-
tendo-se verificado, no entanto, a Iniciais burocráticos
sua deterioraç
deterioração, sendo considerado 50
actualmente o obstá
obstáculo mais importante
ao desenvolvimento da actividade das
40
Conjuntura
•
sócio-política
empresas (76,5%);
•Dificuldades
Dificuldades institucionais e burocrá
burocráticas: 30
as empresas atribuí
atribuíam uma importância
média a estes factor (58,9%), no iníinício da
sua actividade, tendo aumentado 20
significativamente o seu peso como
obstá
obstáculo actual referido pelas empresas 10
Baixo
(70,6%);
•Obst
Obstá
Obstáculos financeiros: considerados
0
como factores perturbadores da actividade 0 10 20 30 40 50 60 70 80 (%)
Baixo Elevado
das empresas (64,4%) no iníinício da sua
actividade, atingem actualmente valores Actuais
mais baixos (56,9 %).
35
II – FACTORES DE LOCALIZAÇÃO GC
Research
1. Factores de decisão 2. Obstá
Obstáculos identificados
•Em
Em termos de contrataç
contratação de pessoal,
Chefias intermédias (encarregados/chefes de secção) 58,0
verifica-
verifica-se que as admissões de pessoal das Electricistas 35,8
Contabilistas 33,3
profissões mais especializadas (electricistas, Técnicos de electrónica 28,4
Técnicos de informática 28,4
técnicos de electró
electrónica, té
técnicos de Mecânicos auto 25,9
informá
informática), chefias intermé
intermédias Serralheiros 24,7
Torneiros/fresadores 22,2
(encarregados e chefes de secç
secção), e com Técnicos de frio comercial e industrial 21,0
Fiéis de armazém 21,0
habilitaç
habilitações té
técnicas (contabilistas), Técnicos de HSST 16,0
Canalizadores 14,8
apresentam grandes dificuldades.
Carpinteiros 14,8
Vendedores 14,8
•Pelo
Pelo contrá
contrário, as profissões ligadas à Técnico especializado (rep.electrodomésticos) 12,3
construç
construção civil são aquelas em que as Pedreiros 9,9
Estucadores 9,9
empresas têm menores dificuldades de Ladrilhadores 7,4
Pintores auto 4,9
contrataç
contratação – pintores de construç
construção civil, Pintores construção civil 3,7
pedreiros, estucadores,
estucadores, armadores de ferro, Bate chapas 3,7
Padeiros/pasteleiros 1,2
etc. Armadores de ferro 1,2
36
III
POSICIONAMENTO EMPRESARIAL
37
GC
III – POSICIONAMENTO EMPRESARIAL Research
1. Intenç
Intenções de novos investimentos
38
III – POSICIONAMENTO EMPRESARIAL GC
Research
1. Intenç
Intenções de novos investimento 2. Oportunidades
39
III – POSICIONAMENTO EMPRESARIAL GC
Research
1. Intenç
Intenções de novos investimento 2. Oportunidades
no pró
próximo ano;
12,1% Sim
83,2% Não
• Destas, a grande maioria conta
ns/nr – 4,7%
realizar investimos na aquisiç
aquisição de
equipamentos (87,6%), no
•Regra
Regra geral, os inquiridos
desenvolvimento de Angola se
médio (5); 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
•São,
São, sobretudo, as grandes •
5,6
5,6
empresas, do sector primá
primário, as Más Boas
que se apresentam mais
“optimistas”
optimistas” em relaç
relação às
perspectivas de desenvolvimento
de Angola.
41
GC
III – POSICIONAMENTO EMPRESARIAL Research
2. Oportunidades de Negó
Negócios
42
III – POSICIONAMENTO EMPRESARIAL GC
Research
1. Intenç
Intenções de novos investimento 2. Oportunidades
•Os
Os sectores de actividade identificados como 76,5
Construção civil e obras públicas
56,9
Telecomunicações
oferecendo, no curto/mé
curto/médio prazo, maiores Petróleo, gás e sectores complementares 47,1
•5
5º Turismo e restauraç
restauração Floresta e silvicultura 12,7
Comércio automóvel 12,7
•6
6º Banca e seguros Indústria gráfica e editorial 12,7
Indústria química e farmacêutica 9,8
Calçado e marroquinaria 5,9
•7
7ª Distribuiç
Distribuição e comé
comércio alimentar
Minerais não-metálicos 4,9
43
III – POSICIONAMENTO EMPRESARIAL GC
Research
1. Intenç
Intenções de novos investimento 2. Oportunidades
•Os
Os paí
países que maior concorrência
fazem aos interesses empresariais
90
portugueses em Angola, são: 81,6
•1
1º África do Sul 80 75,7
Os produtos sul-
sul-africanos concorrem 70 67,0
de forma transversal com todos os
produtos da oferta portuguesa de 60
bens e serviç
serviços;
50
•2
2º Brasil
40
A oferta brasileira concorre
fundamentalmente com as empresas 30
portuguesas do sector da
construç
construção; 20 17,5 16,5
•3
3º Espanha
9,7 7,8
10
1,9 1,0
A Espanha é um forte concorrente
0
aos produtos e serviç
serviços portugueses
África do Brasil Espanha França China EUA Itália Alemanha Reino
em Angola, concorrendo també
também de Sul Unido
forma transversal com toda a nossa
oferta, independentemente do sector
e da dimensão das empresas.
44
III – POSICIONAMENTO EMPRESARIAL GC
Research
1. Intenç
Intenções de novos investimento 2. Oportunidades
•5
5ª Namibe
Moxico 1,82
Bié 1,62
Esta proví
província é considerada relevante,
fundamentalmente, pelas grandes empresas, do Kuando Kubango 1,53
sector primá
primário.
Legenda: 1 Nada Importante; 2- Pouco Importante; 3- Importante; 4- Muito Importante
45
III – POSICIONAMENTO EMPRESARIAL GC
Research
1. Intenç
Intenções de novos investimento 2. Oportunidades
•As
As empresas que constam desta amostra e
que estão instaladas em Angola dão especial
Total
prioridade, em termos de internacionalizaç
internacionalização (media)
•2
2º Paí
Países da União Europeia África do Sul 2,40
Países da América do Norte 2,17
São principalmente as pequenas empresas,
do grupo sectorial outros e dos serviç
serviços, que
Cabo Verde 2,06
ESTRATÉGIAS DE INTERACÇÃO
COM O MEIO
47
GC
IV – ESTRATÉGIAS DE INTERACÇÃO Research
1. Apoios
48
IV – ESTRATÉGIAS DE INTERACÇÃO GC
Research
1. Apoios 2. Relacionamento
•64,5%
64,5% das empresas referem que nunca
recorreram ou utilizaram as facilidades do 64,5%
sistema nacional de apoio à internacionalizaç
internacionalização
e à cooperaç
cooperação empresarial, enquanto 15,8%
Nunca utilizou
admitiram já
já terem utilizado alguns destes
Já utilizou
apoios;
ns/nr – 19,7%
• As empresas que beneficiaram destes apoios,
recorreram, fundamentalmente, aos incentivos 15,8%
do FCE-
FCE-Fundo para a Cooperaç
Cooperação Econó
Económica
(44,7%), actual APAD - Agência Portuguesa
para Apoio ao Desenvolvimento (APAD), logo
seguido dos apoios do Acordo Icep/CDI
Icep/CDI
13,2%
(42,1%), actual Acordo Icep-
Icep-CDE - Centro para FCE (APAD)
o Desenvolvimento da Empresa; 13,2%
44,7% ICEP/CDI (CDE)
• Os apoios institucionais da Cooperaç
Cooperação
Portuguesa (15,8%), foram utilizados, Apoios Institucionais da
principalmente, pelas empresas de serviç
serviços,
15,8% Cooperação Portuguesa
Linha de Crédito/Protocolo
enquanto as facilidades da linha de cré
crédito Financeiro Portugal-Angola
Portugal-
Portugal-Angola (13,2%) foram, sobretudo, Incentivos Fiscais
usadas pelas empresas dos sectores da
42,1%
construç indústria.
construção civil e indú
49
IV – ESTRATÉGIAS DE INTERACÇÃO GC
Research
1. Apoios 2. Relacionamento
•Quanto
Quanto ao grau de satisfaç
satisfação das
Grau de satisfação
empresas com o serviç
serviço/apoio
50
IV – ESTRATÉGIAS DE INTERACÇÃO GC
Research
1. Apoios 2. Relacionamento
•Entre
Entre o tipo de iniciativas que as empresas
pretendem que sejam dinamizadas pelo
1ª
1ª imp.
imp. TOTAL
TOTAL
Icep Portugal em Angola, destacam-
destacam-se as (%)
(%) (%)
(%)
seguintes:
•1
1º Realizaç
Realização de encontros entre
empresá
empresários portugueses Realização de encontros entre empresários portugueses 56,4 79,4
Este tipo de iniciativa é bastante apontada
Acompanhamento personalizado das empresas 42,6 55,9
pelas mé
médias empresas, do sector
industrial. Elaboração de materiais informativos sobre o mercado angolano 39,6 55,9
•2
2ºAcompanhamento personalizado das Dinamização de acções promocionais no mercado 35,6 57,8
empresas
Organização de missões empresariais 26,7 43,1
Este tipo de iniciativa é preferida,
sobretudo, pelas pequenas e mé
médias Preparação da participação portuguesa na FILDA 25,7 46,1
empresas, do sector primá
primário.
Realização de grandes acções de imagem 25,7 44,1
•3
3º Elaboraç
Elaboração de materiais informativos
Organização de seminários 25,7 49,0
Esta iniciativa é indicada, de forma
relevante pelas pequenas empresas 22,8 44,1
Mobilização de novas empresas para o mercado angolano
industriais.
51
IV – ESTRATÉGIAS DE INTERACÇÃO GC
Research
1. Apoios 2. Relacionamento
52
GC
IV – ESTRATÉGIAS DE INTERACÇÃO Research
2. Relacionamentos com
outras empresas e entidades
53
IV – ESTRATÉGIAS DE INTERACÇÃO GC
Research
1. Apoios 2. Relacionamento
alguma cooperaç
cooperação entre as empresas
54
IV – ESTRATÉGIAS DE INTERACÇÃO GC
Research
1. Apoios 2. Relacionamento
•A
A esmagadora maioria das empresas
(95,1%), relaciona-
relaciona-se com as sucursais dos (%)
(%)
da construç
construção e indú
indústria;
Outros bancos privados angolanos (BAI e BCA) 34,3
Poupanç
Poupança e Cré
Crédito).
55
IV – ESTRATÉGIAS DE INTERACÇÃO GC
Research
1. Apoios 2. Relacionamento
•Cerca
Cerca de 36,1% das empresas
Portugal em Luanda/Serviç
Luanda/Serviços
Deleg. do Icep Portugal em Luanda/Serviços
13,4 50,5 36,1 2,23
Comerciais e de Turismo da Comerciais e de Turismo da Emb. de Portugal
Embaixada de Portugal; 30,3% com Embaixada de Portugal em Luanda 15,2 54,5 30,3 2,15
os serviç
serviços da Embaixada; 30,4%
Consulado-Geral de Portugal em Luanda 16,3 53,3 30,4 2,14
com o Consulado-
Consulado-Geral de
Ja recorreu
médias empresas, do sector da construç
construção.
Nunca recorreu
16,0%
57
IV – ESTRATÉGIAS DE INTERACÇÃO GC
Research
1. Apoios 2. Relacionamento
•As
As empresas que constam desta (%)
(%)
fundamentalmente, da CCIPA-
CCIPA-Câmara Câmara de Comércio-Indústria Portugal-Angola 34,0
de Comé
Comércio e Indú
Indústria Portugal-
Portugal-
associaç
associação empresarial. AECCOPA – Associação das Empresas de Construção Civil e Obras Públicas
12,6
de Angola
ACETRO – Associação dos Concessionários de Equip. de Transportes 2,9
Rodoviários
58
IV – ESTRATÉGIAS DE INTERACÇÃO GC
Research
1. Apoios 2. Relacionamento
Sector Petrolífero
•50,5%
50,5% das empresas inquiridas referem
serviç
serviços ao sector petrolí
petrolífero local,
sobretudo, as mé
médias empresas, do grupo
Sim Não
sectorial dos serviç
serviços.
59
IV – ESTRATÉGIAS DE INTERACÇÃO GC
Research
1. Apoios 2. Relacionamento
•Mais
Mais de metade (54,0%), das Importância da FILDA
empresas inquiridas consideram que
a participaç
participação oficial portuguesa na
interesses econó
económicos portugueses
em Angola; 7,0%
60
V
VARIÁVEIS CHAVE PARA A
MONITORIZAÇÃO DO TECIDO
EMPRESARIAL
61
GC
V – VARIÁVEIS CHAVE Research
•Plano
Plano de desenvolvimento da actividade empresarial
•Intenções de investimento
•Interac
Interacç
Interacção com o meio
•Avalia
Avaliaç
Avaliação do desempenho da delegaç
delegação do Icep Portugal, no paí
país em questão
•Nível de satisfação
•Serviços utilizados
•Serviços desejados
No gráfico da página seguinte, além das dimensões atrás referidas, identificamos, igualmente, as variáveis
chave que as compõem e da sua importância para o sistema de monitorização.
63
GC
V – VARIÁVEIS CHAVE Research
Tipo de apoios
Dimensões de aná
análise utilizados Intenções de investimento