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ENTREVISTA
Entrevista com Richard
http://revista.espiritolivre.org | #006 | Setembro 2009 Spindler, criador do
Open Movie Editor
MERCADO
Automação empresarial
com software livre
COLUNA
Cezar Taurion toca num
assunto polêmico...
SUMÁRIO
CAPA
27 Tutoriais com o Wink
Chega de mesmice Entrevista com
30 Open Video Giuseppe Torelli
Muito além do vídeo...
e Tadej
COLUNAS Borovšak,
desenvolvedores
11 Livre, afinal
Liberdando-se das correntes... do Imagination
13 Você tem os fontes também
E você nem sabia...
PÁG. 18
15 Receita Open Source
Eis aí um assunto polêmico...
Entrevista com
TECNOLOGIA Richard Spindler,
32 A Síndrome de Cachorro de criador do Open
Padaria Movie Editor
Atravancando nosso desenvolvimento
REVIEW PÁG. 23
SuSE Studio
35 Linux customizado em 15 minutos
FERRAMENTA
38 BoletoPHP
Implantando o BoletoPHP
FORUM
46 O Desenvolvimento da
Computação e das Redes -
Parte 1
Como uma série de apropriações...
REDE EM DEBATE
49 TCOS 74 Política Midiática:
Visibilidade e legitimação
Gerenciando os thin clients
54 QoS
Fundamentos e técnicas
JURIS
77 Spammers:
Porque não os processamos?
METODOLOGIA
59 OpenBRR
Modelo aberto de avaliação de software
EDUCAÇÃO
80 Luz, câmera, educação!
Criando vídeos educativos com software
MULTIMÍDIA livre
62 Processamento de Áudio
Vamos turbinar o Linux...
COMUNIDADE
DESENVOLVIMENTO 85 GOJAVA
Setembro: mês de aniversário
68 Inkscape e Degradê
Quer apender a fazer a capa da edição
passada da revista? EVENTOS
71 Computação Gráfica e SL
Aplicativos e técnicas 92 Lançamento do livro:
Software Livre, Cultura Hacker e
Ecossistema de Colaboração
99 Blender Day -
Rondonópolis/MT
Relato do evento
08 LEITOR 10 PROMOÇÕES 101 Consegi 2009 - Brasília/DF
Relato do evento
QUADRINHOS
103 Os Levados da Breca
Nanquim2
Pai Nerd
NOTÍCIAS
NOTÍCIAS
Por João Fernando Costa Júnior
Sony começa a colocar Google Chrome em Wikipedia irá usar cores para tentar indicar
Notebooks confiabilidade de textos
O site FT.com postou uma noti- A mundialmente conhecida
cia muito interessante sobre enciclopédia colaborativa onli-
um acordo entre as gigantes ne Wikipedia irá usar cores
Google e Sony. O acordo foi para indicar a confiabilidade
colocar o browser da Google das informações de um arti-
(Chrome) nos NoteBooks da go. O recurso, parte da ferra-
Sony, os famosos VAIO. Ou menta WikiTrust, poderá ser
seja, quando alguém comprar o Sony VAIO, o usado por todos os usuários
seu navegador padrão será o Chrome. A Goo- cadastrados na Wikipedia. A
gle também afirma que já esta fazendo novos partir do final de setembro, a enciclopédia irá
acordos com outras empresas. A Google tam- marcar com um fundo laranja claro os textos de
bém esta fazendo acordos "experimentais" co- autores 'questionáveis' ou inexperientes, en-
mo incluir o Google Chrome para usuários que quanto os confiáveis - ou experientes - terão
fizerem o download do Real Player. A empresa uma sombra mais clara sobre as palavras. Com
também esta usando ainda a televisão para fa- o novo sistema, quanto mais pessoas lerem e
zer propaganda do seu navegador. editarem um novo texto incluso na Wikipedia,
mais a página fica confiável - e o fundo vai mu-
dando de laranja para branco.
Tr.im cede-se ao código aberto
O serviço para encurtar
URLs, Tr.im, se entre- Lançado Easy Peasy 1.5
gou ao código aberto. Foi lançada a versão
Ele não só abriu o seu 1.5 da distribuição
serviço novamente ao Easy Peasy, anterior-
público, como também mente conhecida co-
vai adotar uma licença open source para a sua mo Ubuntu-Eee, e que
plataforma e disponibilizar o código-fonte online tem como foco oferecer aos usuários dos popu-
a todos os interessados. Em um comunicado no lares netbooks um sistema Linux já adaptado às
blog do Tr.im, o Eric Woodward afirma disponibili- características do equipamento, como suporte a
zar o código-fonte da aplicação sobre a licença câmera, rede sem fio, resolução de tela, etc. O
MIT e também declarou que será uma "proprieda- Easy Peasy apresenta ao usuário o ambiente
de da comunidade" a partir do dia 15 de Setem- Ubuntu Netbook Remix previamente configura-
bro de 2009. Mais informações no blog do Tr.im do, maior facilidade para ativar o suporte a
em http://blog.tr.im/post/ 165049236/tr-im-to-be- Flash e a CODECs multimídia. Ficou curioso?
community-owned Saiba mais em http://www.geteasypeasy.com.
Quer contribuir?
Então participe entrando em contato através do email
revista@espiritolivre.org
EMAILS,
SUGESTÕES E
COMENTÁRIOS Ayhan YILDIZ - sxc.hu
Você já enviou seu comentário? Ajude a revista Na minha opinião, uma ótima investida a favor
ficar ainda melhor! Contribua, envie suas suges- do Software Livre, eu havia lido o gdh do Mori-
tões e críticas. Abaixo listamos mais alguns co- moto, mas infelizmente ela foi decontinuada. Es-
mentários que recebemos: pero que a Espírito Livre continue sendo
publicada e distribuída com a mesma qualidade
Sou usuário Linux há mais de 8 anos e sempre de sempre. Sou usuário de Linux (BigLinux).
enfrentei dificuldades quando engatinhava no Abraços a todos que contribuem com a Revista
mundo GNU/Linux. As poucas revistas que existi- Espírito Livre.
am eram técnicas demais ou amadoras ao extre- Daniel Francisco Dias - Caraguatatuba/SP
mo. Dou meus parabéns à equipe da Revista
por conseguir conciliar um termo que agrade a É uma revista ímpar em sua categoria. Leio e di-
quem tem experiência e também está começan- vulgo todas as edições. Eu imprimo e guardo nu-
do. Sou leitor desde a primeira edição. É uma oti- ma pasta especial as matérias que mais me
ma ferramenta como referência no mundo Livre. interessam, para poder ler quando estiver off-li-
Andre Antonio da Silva Neto - Linhares/ES ne.
José de Jesus Costa - São Luís/MA
Muito interessante, estou lendo aos poucos,
mas me interessei bastante pela série de matéri- Foi o primeiro contato que tive com a revista e
as sobre a linguagem LUA, a qual eu não conhe- posso dizer que fiquei bastante satisfeito com o
cia. Estou gostando muito. contéudo. Parabéns!
José Ivan Marciano Junior - Bauru/SP Cláudio Maesi - Limeira/SP
Excelente meio para nos atualizarmos sobre É uma ideia que eu considero inovadora e no-
software livre e aprendermos um pouco mais a bre que é passar a informação e a notícia gratui-
respeito desse universo fascinante. tamente. Gostei muito da reportagem sobre o
Vinícius Oliveira Godoy - Porto Alegre/RS cloud na edição 005 e realmente eu acho que tu-
do vai estar nas nuvens...
A revista apresenta uma qualidade excelente, e José Rodolfo Campos Rios - Vitória/ES
conta com uma equipe que já se mostrou prepa-
rada para levar o trabalho adiante. Sem contar A Revista Espírito Livre é uma iniciativa interes-
que cobre uma área carente de publicidade, sante, onde consegue passar à todos inform-
que é a do Software Livre. ções necessárias para o crescimento
Diego Bruno Marquetti - Ibiporã/PR profissional e para o crescimento dentro da co-
munidade.
Dandara Silveira de Sene - Belo Horizonte/MG
É importante termos fontes de informação desti- O melhor meio de informação sobre software li-
nadas ao Software Livre. Precisamos divulgar o vre, abrangente, coeso e imparcial. A Espirito Li-
potencial e a qualidade destes softwares. A revis- vre é um dos melhores exemplos de que "a
ta Espírito Livre conta com matérias de interes- comunidade do software livre" conta com profis-
se da comunidade e de importância crucial à sionais tão bons e até melhores que o software
comunidade brasileira. Sempre traz matérias atu- proprietário.
ais e interessantes, por sinal, adorei a revista de Yann da Silva Melo - Batalha/AL
numero 4, por trazer um tema polêmico do li-
nux. Agradeço ao trabalho de toda equipe por es- Gostei muito da revista, inicialmente me interes-
te excelente trabalho. sei pelos artigos de TCOS, porém agora que re-
Cleiton Nunes Ribeiro - Carapicuíba/SP almente li grande parte das edições, gostei
bastante dos temas abordados.
Uma revista essencial para aquele que se inte- Jaimison José A. Miranda - Porto Velho/RO
ressa por inovação e conhecimento livre. Sim-
plesmente fantástica a iniciativa e merece ser Não há dúvidas na credibilidade da Revista.
divulgada e reconhecida. Acredito que o país esta bem representado na fi-
Carlos A. Bezerra Júnior - Areia Branca/RN losofia Linux. Tenho todas as edições da Revis-
ta Espírito Livre e sempre fico ansioso para a
A Espírito Livre é uma revista com caráter envol- próxima edição. Parabéns a equipe da revista e
vente, e abrange os assuntos relacionados a aos colaboradores. Sucesso e liberdade!
software livre com simplicidade e eficácia. Por is- Fernando de Souza Campos - Cuiabá/MT
so nao é a toa que vem conquistando sempre no-
vos leitores. A revista Espírito Livre é simplesmente uma das
Cristiane Martins Jerônimo - Vitória/ES mais modernas e atuais fontes de conhecimen-
to e notícias sobre informática na atualidade.
Um ótima iniciativa. Ações como esta é que forta- Uma revista repleta de excelentes conteúdos
lecem e perpetuam cada vez mais o software li- que só vem, cada vez mais, nos deixando mais
vre! informados e nos trazendo maiores conhecimen-
Bleno Vinicius Santos Lopes - Aracaju/SE tos sobre TI.
Phillipe Smith C. da Silva - Novo Gama/GO
Acho uma boa oportunidade para se estar ante-
nado com as novidades sobre código livre, li- Acabei de ler a edição 4 da revista e realmente
nux, ubuntu ... além do mais feita por usuários gostei muito. Estava precisando de uma revista
para usuários. sobre software livre tão boa quanto essa. Gostei!
Leandro Santos Lopes - Paço do Lumiar/MA Rafael Ramos Carvalho - Muriaé/MG
Acho a Espírito Livre uma revista que ocupa Não é nenhuma novidade, existem várias revis-
uma lacuna antes só ocupada por listas de dis- tas sobre software livre, porém a forma com que
cussões, e de forma incompleta. Além do mais é escrita e distribuida se torna um diferencial en-
expõe as idéias sem influência, como outras re- tre as outras. A Revista Espírito Livre possui
vistas que só dão destaque ao Linux para com- uma leitura gostosa e atraente, até mesmo para
parar com Windows. Nas "grandes" revistas o quem não é da área de T.I. Minha esposa gos-
Linux é tratado como um primo pobre, um siste- tou muito. Eu também, é claro. Parabéns.
ma de Nerd, idéia há muito ultrapassada.
Saulo Machado Jacques - Rio de Janeiro/RJ Tiago Vinicius Almeida - São Paulo/SP
PROMOÇÕES
Na edição #005 da Revista Espírito Livre tivemos 2 promoções [VirtualLink e Clube do Hacker], onde
sorteamos diversos brindes, entre eles associações, kits, cds e camisetas. Abaixo, segue a lista de
ganhadores de cada uma das promoções. Este mês tem ainda sorteio de inscrições para a
Latinoware 2009. Para aqueles que não ganharam fica o recado: Fique ligado!
A organização da Latinowarecontinua!
A promoção 2009 em A parceria com em
VirtualLink a Revista
parceria
Espírito Livre sorteará 10 inscrições para o evento, que acontece
com a Revista Espírito Livre estará sorteando kits
nos dias 22, 23de ecds
24 e
dedvds
outubro
entreemosFoz do Iguaçu/PR.
leitores. Para
Basta se inscrever
concorrer, inscreva-se
nesteno link
link e cruze os
e começar dedos!
a torcer!
Livre, afinal
Por Alexandre Oliva
Sophie - sxc.hu
VOCÊ TEM
OS FONTES
TAMBÉM
Por Carlisson Galdino
u
c.h
sx
e-
ald
l Ug
e
Migu
RECEITA
OPEN SOURCE
Por Cezar Taurion
tov - sxc.hu
Svilen mushka
Volta e meia dou entrevis- mos também a IBM, que apoia
tas para a mídia falando de diversos projetos como o Li-
Open Source. E uma das per- nux, Eclipse e outros, alavan-
guntas mais frequentes é so- cando receitas indiretas, como
bre “Quanto a IBM obtém de mais servidores, serviços e
receita com Open Source?’. mesmo softwares não Open
Ora, quando se fala no modelo Source.
tradicional de comercialização Portanto, precisamos re-
de softwares, esta pergunta formular a questão. A receita
tem uma resposta fácil: basta direta e contabilizável de um
ver quantas licenças foram co- determinado software Open
mercializadas e qual o preço Source não implica em medida
médio delas. Mas, com Open direta do sucesso ou fracasso
Source é diferente. É muito difí- do seu impacto econômico. De-
cil capturar com precisão o volu- vemos, para esta análise,
me de receitas. Muito da olhar o ecossistema como um
receita de Open Source é obti- todo. Um engano comum é
do de forma indireta. Um exem- comparar as receitas de um de-
plo é o Google que fornece terminado software comerciali-
gratuitamente softwares como zado na modalidade de
Android e outros, para alavan- vendas de licenças com a re-
car receita com anúncios. Veja-
que estes novos negócios ca, a razão de downloads para A natureza do modelo de negó-
(“Open Source vendors”) ofere- assinaturas pagas é de pelo cios SaaS demanda que as li-
cem é um suporte comercial si- menos 1.000 para um. Ou se- cenças de software a serem
milar ao dos negócios ja, para cada 1.000 downlo- pagas a terceiros pelos prove-
tradicionais da indústria de ads, um contrato de assinatura dores de soluções SaaS sejam
software. Algumas destas em- é assinado. No modelo tradicio- mínimas e o Open Source se
presas tornaram-se grandes nal este nivel de conversão de encaixa muito bem neste con-
corporações, como a Red Hat, experimentos para contratos se- texto. Muitas destas empresas
que em 2008 conseguiu recei- ria simplesmente inaceitável e vão seguir os passos da IBM e
tas de mais de meio bilhão de levaria a empresa de software se engajar nos projetos de
dolares. à falência. No Open Source é Open Source, inclusive até
A cadeia de valor do perfeitamente válido, pois a mai- mesmo colaborando ativamen-
Open Source é constituida de or parte das ações de pré-ven- te com a comunidade. É prová-
diversos atores como a comuni- das é feita pelo próprio usuário vel que nos próximos anos o
dade (que contribui com códi- do software. O usuário é quem modelo de negócios dominan-
go); os “Open Source vendors” bate na porta do vendedor te da industria seja híbrido,
que oferecem suporte de segun- quando está interessado na as- com Open Source e venda de
do nivel, localizam software e sinatura do software e não o licenças integrados na comerci-
desenvolvem e comercializam contrário! Uma característica in- alização das stacks de softwa-
distribuições e edições dos teressante deste modelo é que re.
softwares; Open Source VARs a maioria dos “Open Source
que oferecem suporte de primei- vendors” tem muito mais profis-
ro nivel, implementação e trei- sionais em áreas técnicas que
namento; e finalmente os em vendas, enquanto que no
próprios usuários dos softwa- modelo de comercialização tra-
res Open Source, que usam o dicional, a força de vendas é
software, identificam bugs e proporcionalmente muito mai-
também contribuem com códi- or.
go para a comunidade. Uma consequencia da Maiores informações:
Uma diferença fundamen- maior disseminação do Open
Source é que começamos a Site Oficial Open Source Initiative
tal entre os modelos de comer- http://www.opensource.org/
cialização do Open Source e ver empresas de software, que
os modelos de venda de licen- até a pouco tempo eram hostis
ao movimento já se envolven- Artigo sobre Opensource na
ça tradicionais é que no Open Wikipédia
Source o processo de aquisi- do ou no mínimo se tornando
neutras em relação ao concei- http://pt.wikipedia.org/wiki/Open-
ção de software é direcionado source
pelo próprio usuário, que pode to. E para o futuro? Um insight,
fazer download do software e sujeito a correção de rumo na
testá-lo, sem interveniência do sua intensidade e velocidade:
fornecedor. Após os testes ele as empresas de software que CEZAR TAURION é
Gerente de Novas
pode continuar usando uma estavam fora do Open Source Tecnologias da IBM
vesrão free ou contratar assina- vão integrar suas soluções Brasil.
Seu blog está
tura da versão comercial, que com estes softwares. Este movi- disponível em
na verdade é muito mais um mento deve se acelerar com a www.ibm.com/develo
rápida disseminação do SaaS. perworks/blogs/page/
contrato de serviços. Na práti- ctaurion
Entrevista com
Giuseppe Torelli e
Tadej Borovšak,
desenvolvedores
do Imagination
Por Cristiano Roberto Rohling e João Fernando Costa Júnior
Maiores informações:
Site oficial Imagination: Site Do You Regret:
http://imagination.sourceforge.net/ http://www.doyouregret.com
Entrevista com
Richard Spindler,
criador do Open
Movie Editor
Editor?
RS: O projeto começou comigo mesmo e
fui conduzindo o trabalho ao longo dos anos. Ini-
ciei o trabalho com o Linux Video e depois com
o Software Boradcast 2000, um antecessor do
Cinelerra. Mais tarde meu irmão e um casal de
amigos começaram a fazer filmes amadores, foi
então que percebi que o programa de vídeo dis-
ponível não estava fazendo o que queríamos,
então iniciei o Open Movie Editor Project. Para
nosso primeiro filme “Im Westen nur Bohnen”
(http://www.propirate.net/nur-bohnen-film/) o
Open Movie Editor não ficou pronto a tempo, en-
tão utilizamos um software comercial porém, pa-
ra nosso segundo filme “McFinnen & Wallace”
(http://www.mcfinnenundwallace.com/) ele já es-
tava estável e completo, com recursos suficien-
tes para que pudéssemos utiliza-lo em todo o
nosso trabalho de edição e graduação de cores.
Então, essa foi minha motivação para levar esse
projeto a diante.
DESENVOLVENDO
TUTORIAIS
MAIS DINÂMICOS
COM O WINK
Por Marcos Vinícius Campez
Introdução to! Horas! “Uma imagem vale mais que mil pala-
"O que os olhos não vêem o coração não vras” - outro clichê típico - agora imagine um
sente" - essa é uma frase clichê usada na nossa vídeo o tanto que não vale! Por mais detalhado
cultura a um bom tempo. E que diabos isso tem que seja o texto que esteja lendo, dificilmente o
haver com o título dessa matéria?! Por incrível mesmo vai conseguir atingir níveis detalhes que
que pareça, tudo. Para ficar melhor podemos um vídeo nos fornece. E é exatamente nesse
adapta-la da seguinte maneira – O que os olhos momento que o Wink entra em cena.
não vêem o cérebro não aprende. Ou fica mais O Wink é um software freeware de criação
difícil de aprender. de tutoriais desenvolvido com o intuito de mos-
Ainda não entendeu onde quero chegar?! trar como usar um determinado programa não
Vou simplificar um pouco então! através de textos mas sim através da captura de
várias imagens, transformando-as em vídeos de
Quantas vezes nos deparamos com arti-
sua área de trabalho. Com ele é possível ainda
gos difíceis de compreender, os quais nos exi-
editar esses vídeos colocando botões, títulos e
gem alto grau de concentração para entender
caixas de mensagens. Outra característica mar-
ou pior, você procura na internet algo sobre um
cante do programa é que seus vídeos podem
software ou qualquer outra coisa e quando você
ser salvos em PDF, HTML e Flash facilitando as-
finalmente encontra, o mesmo está em uma lín-
sim a implementação destes para a Web.
gua que você desconhece. O que fazer nessas
horas?! Acho complicado aprender o idioma de Creio que já deixei vocês com água na bo-
uma hora para outra e parar, descansar e voltar ca para por as mãos nele certo?! Ok! Vamos
para procurar outro artigo pode ser uma perda brincar um pouco!
de tempo imensa não é verdade?! Agora imagi-
ne você, entrar em um site gringo, o qual você Instalação
não entende nada, mas em determinado local O Wink possui versões tanto para Win-
possui um vídeo e quando você clica para inicia- dows (a qual se encontra na versão 2.0) quanto
lo ali está! Todo o conteúdo que você precisa, para Linux (versão mais recente é a 1.5). Como
passo a passo! A seta do mouse se movimenta não estamos do lado negro da força vamos mos-
através da área de trabalho de uma pessoa que trar como instala-lo na versão Linux utilizando o
vive anos luz de você como um maestro mostran- Ubuntu como distribuição. Aqueles que usam ou-
do tudo que você precisa saber para instalar tras distribuições podem baixar os fontes nesta
aquele software ou compilar aquele binário maldi-
página: http://www.debugmode.com/wink/downlo-
ad.php. Como o Ubuntu já conta com o Wink em
sua lista de repositórios já facilita muito o nosso
trabalho. Antes de instala-lo é muito importante
atualizar o sistema. Então abra o terminal aces-
sando o menu: Aplicativos > Acessórios > Ter-
minal.
Com o terminal aberto atualize o sistema:
Figura 3
OPEN VIDEO
Por VJ pixel
Atualmente, vídeo tem se tornado uma mí- Isso faz com que os (previamente chama-
dia cuja adoção cresce exponencialmente. Isso dos) consumidores agora sejam também produ-
ocorre devido a diversos fatores, entre eles: tores, abandonando os meios que antes
- O custo de aquisição de equipamentos de cap- utilizavam para ter acesso a vídeo para adotar
tação está cada vez mais baixo; novos (baseados na Internet) não só para consu-
- Diversos equipamentos presentes em nosso co- mir, mas também publicar. O vídeo tornou-se,
tidiano (como máquinas fotográficas digitais e te- então, uma importante ferramenta de expressão
lefones celulares) atualmente têm a habilidade pessoal.
de gravar vídeo; Mas sem a preocupação com a apropria-
- Ferramentas de edição são cada vez mais co- ção pela sociedade dessa ferramenta, pode
muns (em computadores, nos equipamentos de ocorrer o mesmo que com o software que no iní-
gravação ou nas ferramentas de publicação) e fá- cio era compartilhado livremente e atualmente
ceis de usar; tem como modelo predominante o de comerciali-
- A banda larga, adotada em larga escala, torna zação.
simples e barata a troca de arquivos; “Information wants to be free”, dizia o mani-
- Existem muitas ferramentas online para publica- festo cyberpunk. Para tal, ela não pode estar en-
ção acessíveis e gratuitas. capsulada em um contêiner cuja chave tem um
dono e só pode acessá-la quem ele definir. Para
em dia. Os princípios cobrem os seguintes tópi- PIXEL é VJ, integrante do coletivo Media
Sana e das redes MetaReciclagem,
cos: Estúdio Livre e VJBR (à qual criou).
Colabora com o Tactical Technology
1. Autoria e visualização — As ferramentas Collective, com o desenvolvimento do
de criação, edição e execução devem ser univer- LiVES, e pesquisa interfaces de
interação entre homem e computador no
sais, fáceis de usar, acessíveis, e disponíveis Desvio.
em implementações livres e de código aberto.
A SÍNDROME DE
CACHORRO DE PADARIA
Por Jomar Silva
Eduardo Mugica - sxc.hu
mora para chegar até aqui ?”. para o Brasil se nossos gesto- do peito, temperado do jeito
Após alguns anos, a tecno- res, profissionais e estudantes que eu gosto, nunca mais me
logia finalmente chegava aqui ainda são doutrinados como sacio com as migalhas...
e normalmente, com um kit os cachorros de padaria. Não Experimentem também...
completo para que pudésse- podemos mais nos contentar Quem ganha é o Brasil (e o
mos “absorve-la”. Este kit nada com as migalhas, pois agora so- Brasil que deixaremos para
mais era do que uma coletâ- mos donos de verdade do fran- nossos filhos).
nea de receitas de bolo, sem- go (ou de uma parte dele)!
pre limitando o quanto Do mesmo jeito que as
poderíamos aprender, para portas foram abertas elas po-
que nossa dependência dos de- dem ser fechadas e tudo vai de- Maiores informações:
senvolvedores da tecnologia pender das nossas ODF Alliance:
fosse permanente. contribuições e por isso, faço http://www.odfalliance.org
Linux
customizado
em 15 minutos?
Use o SUSE Studio
Por Cristiano Roberto Rohling
Que tal criar um Linux customizado para su- mas nada demais.
as necessidades de forma rápida e sem suar Feito o cadastro, você está pronto para co-
quase nada? Esta é a proposta do SUSE Stu- locar as mãos na massa, e tem 15 Gb para gas-
dio, um impressionante serviço web cuja versão tar com suas experiências.
final foi lançada pela Novell no último dia 28 de
julho. Modelos, muitos modelos – Após o pri-
meiro logon, o usuário cai de para-quedas na te-
No SUSE Studio qualquer internauta pode la “Choose a base template” (“Escolha um
em poucos minutos criar uma “distro” baseada modelo base”). Você escolhe o modelo, que po-
no SUSE Linux. Não são necessários grandes de ser tanto o openSUSE 11.1 quanto o SUSE
conhecimentos técnicos: basta apenas seguir a
sequência de passos apresentada pelo site e o
sucesso é certo.
Por onde eu começo? – Acesse o
http://www.susestudio.com. Na página inicial, vo-
cê será saudado por um simpático robozinho, e
se tiver tempo e disposição, poderá até mesmo
assistir a um screencast explicativo sobre o servi-
ço.
Para poder utilizar o site, paciência: você
precisa cadastrar seu e-mail e aguardar alguns
dias pela liberação de seu convite – como o siste-
ma é interessante e revolucionário, a fila tem si-
do grande. Ao receber a “invitation”, é
necessário o cadastramento de alguns dados, Figura 1: Tela de boas vindas
Linux Enterprise (nas versões 10 e 11, à sua es- critório, gráficos... enfim, tudo aquilo que apenas
colha). Você acha que a coisa acabou por aí? o mundo Linux pode oferecer.
Não mesmo! Dentro desses modelos, é possível Avancemos... na tab “Configuration” sur-
escolher alguns perfis de interface diferencia- gem diversas opções diferenciadas, a saber:
dos, de modo a agregar “personalidade” à sua
distro.
tamente para os diretórios que você define nes- brasileiros – o fato de as aplicações serem gera-
ta mesma tela. das em inglês, o que pode afastar alguns usuári-
Feito tudo isso, a coroação de seus esfor- os que não tem grande domínio da língua
ços vem na tela “Build”. Para gerar a sua ISO, anglo-saxônica.
marque em “Format” a opção “Live CD/DVD No mais, a ferramenta facilita muito o servi-
(.iso)” e digite o número da versão. Clique em ço de quem deseja criar aplicações simples, co-
“Build” e aguarde: o SUSE Studio vai montar mo por exemplo um quiosque exclusivo para
sua distro, e essa parte do processo pode ser acesso à Internet: basta selecionar uma interfa-
bem demorada. Você pode até fechar a janela ce leve como o “Minimal X” (que, como eu co-
do browser e ir tomar um café, pois o processo mentei, usa o IceWM), o Firefox e fazer algumas
de montagem continua mesmo que você desli- modificações simples nas configurações e no vi-
gue o PC, afinal tudo ocorre nos servidores da sual. Divirtam-se!
Novell.
Quando o build estiver concluído, você po-
de baixar a ISO, queimar o CD/DVD e sair insta-
lando (as ISOs ficam disponíveis no site por
uma semana).
Terminado o “build” da ISO, clique na op-
ção “Test Drive” e aguarde: o SUSE Studio irá
testar sua distro no próprio navegador (verifique
se você tem instalado o ultimo plugin do Flash).
O sistema irá bootar como se fosse um computa-
dor, e você poderá testar se sua distro ficou den- Maiores informações:
tro do que você esperava. Site oficial SuSE Studio
http://www.susestudio.com
Blog Geeknologia
http://geeknologia.wordpress.com
Implantando o
BoletoPHP
Por Flávia Jobstraibizer
Por conta da facilidade de implementação Feito isso, abra dois dos arquivos
do pacote BoletoPHP em sistemas de cobrança referentes ao seu banco, que neste artigo é o
dos mais variados, solução é geralmente a mais Banco Itaú. São eles: layout_itau.php e
votada quando perguntamos aos boleto_itau.php. O arquivo funcoes_itau.php não
desenvolvedores suas preferências em relação necessitará ser modificado.
à cobrança via boletos bancários. No arquivo boleto_itau.php, configure em
Para implantar o boleto bancário, você primeiro lugar os seus dados pessoas, como
precisa ter em mente o seguinte: agência, conta e carteira.
É necessário que você tenha habilitado
$dadosboleto["agencia"] = "1565"; // Nº da agência,
com o seu banco, a carteira necessária para a
sem digito
emissão de boletos. A maioria dos bancos $dadosboleto["conta"] = "13877"; // Nº da conta, sem
pratica a carteira 175, ou seja, boletos sem digito
registro. Caso você tenha uma loja virtual de $dadosboleto["conta_dv"] = "4"; // Digito do Nº da
grande porte ou mesmo trabalhe com arquivos conta
de retorno bancário (via contrato com seu $dadosboleto["carteira"] = "175"; // Carteira
banco), será necessário habilitar a carteira
correta para este fim. Na sequência, configuramos informações
Sendo assim, é necessário antes de tudo, sobre seu estabelecimento, como nome da
entrar em contato com o banco e solicitar a empresa, CPF ou CNPJ, endereço, cidade, etc.
carteira correta para o tipo de uso que será feito
dela.
Da linha 54 à 60 do arquivo
Observações importantes
boleto_itau.php, você irá encontrar uma
variedade de informações que serão exibidas O “Nosso Número”, deve ser um número
para o caixa do banco e para o cliente. São elas: sequencial único para melhor controle dos
títulos e deve ter até no máximo oito caracteres.
$dadosboleto["demonstrativo1"] = "Pagamento de O “Número do Documento” é um campo
Compra na Loja Nonononono"; para controle exclusivamente do
$dadosboleto["demonstrativo2"] = "Mensalidade
estabelecimento. Você pode informar aí, o
referente a nonon nonooon nononon<br>Taxa
número do pedido, ou algum código que o
bancária - R$ ".number_format($taxa_boleto, 2, ',', '');
$dadosboleto["demonstrativo3"] = "BoletoPhp";
identifique.
$dadosboleto["instrucoes1"] = "- Sr. Caixa, cobrar multa A data de vencimento deve respeitar a
de 2% após o vencimento"; regra de formato DD/MM/AAAA. Esta data
$dadosboleto["instrucoes2"] = "- Receber até 10 dias poderá ser fixa, ou poderão ser informados uma
após o vencimento";
quantidade de dias para o vencimento, sendo
$dadosboleto["instrucoes3"] = "- Em caso de dúvidas
assim a data de vencimento será calculada
entre em contato conosco: xxxx@xxxx.com.br";
$dadosboleto["instrucoes4"] = " Emitido pelo
automaticamente.
sistema Projeto BoletoPhp - www.boletophp.com.br"; A data do documento refere-se à data de
geração do boleto.
O campo valor do boleto, deve ser
As informações mais importantes são as preenchido com vírgula e sempre com duas
informações de valor a ser cobrado, data de casas decimais depois da virgula. Uma regrinha
vencimento, número do documento, e outras, deve ser respeitada: Não utilizar pontos na
que serão configuradas nas seguintes linhas: milhar. É indiferente utilizar "." ou "," nas casas
decimais.
$dias_de_prazo_para_pagamento = 5;
Você poderá dinamizar a geração dos
$taxa_boleto = 2.95; boletos, passando os valores através de GET
$data_venc = date("d/m/Y", time() + ou POST (preferencialmente) em suas
($dias_de_prazo_para_pagamento * 86400)); aplicações, e sendo assim, resgatando-as no
$valor_cobrado = "89,00"; arquivo boleto_itau.php.
$valor_cobrado = str_replace(",", ".",$valor_cobrado);
No arquivo layout_itau.php, você poderá
$valor_boleto=number_format($valor_cobrado+$taxa_bo
leto, 2, ',', '');
realizar modificações pertinentes ao layout do
boleto, sempre respeitando as exigências do
seu banco.
Automação
Empresarial Livre,
um mercado promissor
Por Relsi Hur Maron
Zsuzsanna Kilián - sxc.hu
O caminho das pedras então é se qualifi- [5] Site oficial OpenBravo - Produtos
car nos processos administrativos ou produtivos http://www.openbravo.com/product/pos
do setor em que se pretende atuar, um profissio-
nal que não entende do funcionamento de uma [6] Site oficial Compiere
fábrica de detergentes não vai ser muito convin- http://www.compiere.com/
cente em oferecer uma solução para automati-
zar essa fábrica, e também não vai ser eficiente [7] Site Adempiere em português
em tentar fazê-lo. http://www.adempierelbr.com.br
Adquirida a qualificação, que na maioria
das vezes vai ter que ser alcançada sozinha devi-
do a carência de formação específica nessa
área, o profissional livre já pode se aventurar no
mundo dos sistemas de Automação Empresari-
al, e dando prosseguimento aos estudos, já ficar
por dentro de outros termos que vem relaciona-
dos ao ERP como CRM e BI, mas isso é assun- RELSI HUR MARON é empresário,
to para uma outra conversa. participa do desenvolvimento do projeto
B2Stoq (http://b2stok.sourceforge.net/) e
colabora com traduções e artigos para a
comunidade livre; curte Poesia, PHP e
interfaces gráficas, não necessariamente
nessa ordem.
O Desenvolvimento da
Computação e das
Redes como uma Série
de Apropriações – Parte I:
O Surgimento da Máquina, suas Conexões
e as Primeiras Apropriações
Por Filipe Saraiva
CJLUC - sxc.hu
Maiores informações:
Site Liberdade na Fronteira
Esta apropriação da Internet http://www.liberdadenafronteira.
TCOS: Gerenciando os
Thin Clients com o
TcosMonitor
Por Aécio Pires
Informações:
www.solisc.org.br
FUNDAMENTOS E TÉCNICAS DE
QUALIDADE DE SERVIÇOS (QoS)
Por Paulo Vinícius de Farias Paiva
Conceitos em QoS (Quality of Service) por fluxo como uma seqüência de unidades de
Partindo da premissa de que em todas as dados de protocolo (Protocol Data Unit - PDU)
redes de “dispositivos finais” (ou qualquer termi- que trafegam pela rede desde uma origem até
nal conectado a um fluxo de dados) há a necessi- um destino. Em uma rede orientada a conexões,
dade de se maximizar de forma sustentável o todos os pacotes que pertencem a um mesmo
uso dos recursos da rede, foram desenvolvidos fluxo seguem a mesma rota como nos “circuitos
novos conceitos de usabilidade para as mesmas virtuais” (Virtual Circuits – CVs) das redes ATM.
e conseqüentemente para aquelas aplicações Já em uma rede sem conexões, eles podem se-
que delas dependem. guir pela árvore inteira da rede assumindo dife-
rentes rotas. Apesar das redes ATM
O conjunto desses conceitos, que visam ga-
classificarem os fluxos em quatro categorias, po-
rantir que serviços básicos de rede estejam dis-
demos basicamente citá-las como duas princi-
poníveis para tais aplicações denomina-se
pais e que abrangem as demais, que são:
Qualidade de Serviço (Quality of Service - QoS),
que tornou-se fundamental para novas aplica- a)Taxa de bit constante (Constant Bit Rate
ções robustas como o VoIP, VoD (Video On De- - CBR): Trata-se da simulação de uma largura
mand) e aplicações de multimídia e de tempo de banda e retardo uniformes. Ou seja, na com-
real em geral, que são sensíveis a quaisquer in- pactação dos dados, o CODEC utiliza-se de
terferências no tráfego dos seus dados. uma máscara (resolução) de bits constantes em
toda a extensão do arquivo, inclusive nos mo-
mentos de ociosidade na transmissão caso não
Tipos de Fluxos (Streams) haja dados a serem codificados consumindo,
Nas redes de computadores, entende-se portanto largura de banda desnecessária. É bas-
tem com enorme facilidade na rede. Um bom ex- de cada pacote. Assim tornou-se possível o rote-
emplo dessa prática é o sistema telefônico tradici- amento baseado nos rótulos MPLS e não nos
onal que é superdimensionado ao ponto de endereços IP, o que aumentou a velocidade de
sempre ter capacidade de atender quase todas roteamento e a flexibilidade da rede, que agora
as suas demandas (chamadas) estando a linha, passa a não mais depender de um protocolo de
ou canal, sempre disponível para seus usuários. encaminhamento em específico. Possui algu-
b) Armazenamento em Buffers mas diferenças em relação a outras técnicas
QoS, tais como:
Os fluxos podem ser armazenados em buffers
no lado receptor, antes de serem decodificado- - O MPLS não provê uma solução efetiva
es e entregues de fato. Essa técnica serve princi- de QoS já que não disponibiliza controles espe-
palmente para a suavização da flutuação de cíficos dos parâmetros QoS, voltando-se assim,
pacotes. Geralmente usado em sites que disponi- mais para a engenharia da rede e tráfego de pa-
bilizam fluxos de audio e/ou vídeo. cotes.
Em seu funcionamento, cada host está conecta- - Uma desvantagem é que o uso do rótulo
do à rede por uma interface (software de rede ro- dos fluxos MPLS torna-se perigoso perto dos cir-
dando no roteador ou no sitema operacional) tuitos virtuais (Virtual Circuit - VC), pois redes
que representa e baseia-se no conceito de um que possuem uma sub-rede de VC (ATM, Fra-
“balde furado”, ou seja, independentemente da me Relay, X.25 etc) também possuem o rótulo
velocidade com que os pacotes entrem na Inter- identificador do circuito virtual ao qual o seguin-
face, o fluxo de saída ocorrerá em uma taxa te pacote pertence.
constante. Tecnicamente, ela trabalha como - Por ser independente da camada de Enla-
uma Interface reguladora que controla a inser- ce e de Rede e conseqüentemente do protocolo
ção de pacotes na rede a cada pulso de clock. de encaminhamento, o MPLS facilita a transição
Assim, um fluxo irregular de pacotes transforma- do IPV4 para o IPV6.
se em um fluxo regular para a rede, reduzindo o e) Serviços Integrados (IntServ)
congestionamento e suavizando as rajadas.
Arquitetura para serviços de multimídia de
d) Troca de Rótulos (MPLS) fluxo sugerida e desenvolvida pela IETF que é
A “Comutação de Rótolos Multiprotocolos“ implementada por algoritmos baseados no fluxo
surgiu como um melhoramento e simplificação (nome genérico), que possuem como objetivo
nos métodos de encaminhamento/roteamento as aplicações de unidifusão e multidifusão, que
por parte dos roteadores, através da inclusão de em muitas vezes, podem ter seus grupos e
um rótulo (label, ou cabeçalho MPLS) no início membros (fontes de transmissão) alterados dina-
micamente; A Qualidade de Serviço neste tipo pondentes a cada uma. O tipo de serviço é defi-
de aplicação é dado pela reserva de recursos nido pelo campo Type of Service no cabeçalho
com base nos tipos de fluxos de cada canal. Um dos pacotes IP. Uma vantagem do DiffServ é
exemplo prático, é quando em uma difusão de que a imposição da política e da regra de negó-
TV a cabo, as pessoas entram em uma videocon- cio utilizada(e classificação dos pacotes) é reali-
ferência e decidem trocar de canal para um nove- zada e administrada dentro dos limites do
la ou filmes dinamicamente, alternando as próprio domínio ou Sistema Autônomo (AS),
requisições de recursos ao servidor. sem a preocupação das complexidades de con-
RSVP (O Protocolo de Reserva de Recur- tabilização dos pagamentos e imposição dos
sos: Protocolo empregado para fazer as reser- acordos da Internet.
vas de recursos que permite que vários Tipos de Serviços
transmissores enviem dados para vários grupos Encaminhamento Expedido (Expedited
de receptores, torna possível receptores individu- Forwarding – EF): São definidas duas classes
ais mudarem livremente de canais e otimiza o de pacotes, que são a dos pacotes regulares
uso da largura de banda ao mesmo tempo que (vasta maioria de pacotes que trafegam no ca-
elimina o congestionamento. Cada grupo recebe nal principal) e a expedidos (minoria de pacotes
um endereço de grupo, para que na transmis- que trafegam em um canal livre de pacotes e al-
são, seja identificado no pacote a qual grupo de ternativo, otimizando a banda). Para tal, é neces-
destino ele será enviado. Em seguida o algorit- sário que os roteadores apresentem duas filas
mo de roteamento por multidifusão constrói uma de saída correspondentes a cada linha de entra-
árvore de amplitude que cobre todos os mem- da, uma para pacotes expeditos e outra para re-
bros. gulares, onde para cada um será definido uma
Algoritmos baseados no fluxo (como o relevância. Em suma, é disponibilizado um alto
RSVP) oferecem boa Qualidade de Serviço a nível de QoS, onde é utilizado um canal dedica-
um ou mais fluxos, porque reservam quaisquer do para transferência.
recursos necessários ao longo da rota. Porém, Encaminhamento Garantido (Assured
eles têm a desvantagem de exigirem uma confi- Forwarding - AS) : São especificadas quatro
guração antecipada para estabelecer cada flu- classes de prioridade cada uma com recursos
xo, além de grandes mudanças na configuração próprios e três requisitos para análise de descar-
dos mesmos, existindo assim, poucas implemen- te (níveis de congestionamento baixo, médio e
tações de RSVP. alto).
f) Serviços Diferenciados (DiffServ) Etapa 1 - No seu funcionamento, primeiro
Arquitetura baseada em “classes de servi- os pacotes são classificados em uma das clas-
ço” que pode ser desenvolvida em grande parte ses de prioridade. Essa classificação geralmen-
localmente em cada roteador ou no Sistema Ope- te é feita no lado do host transmissor já que
racional, sem configuração antecipada e sem ter possui a facilidade de possuir mais informações
de envolver todo o caminho. disponíveis sobre as características e a proveni-
Esses serviços podem ser oferecidos por ência de cada pacote e seus fluxos.
um conjunto de roteadores que formam um domí- Etapa 2 - Em segundo lugar, é feita a mar-
nio administrativo (Provedor de Internet, ou em- cação dos pacotes de acordo com sua classe
presa de Telecomunicações, por exemplo), no campo do cabeçalho IP Type of Service.
onde são definidos um conjunto de classes de Etapa 3 - Finalmente, é utilizada uma inter-
serviços com regras de encaminhamento corres- face modeladora e reguladora (balde furado ou
de símbolos) de pacotes onde alguns serão retar- tam que os usuários finais tenham os dados
dados ou descartados. Essas três etapas são fei- com a mesma integridade da qual foi solicitada.
tas pelo host transmissor, onde há maiores Por isso foram desenvolvidos protocolos como o
informações sobre quais pacotes pertencem a MPLS, RSVP, SIP, H.323 e tantos outros que vi-
quais fluxos e podem ser realizadas pelo Siste- sam garantir que os requisitos da Qualidade de
ma operacional. Serviço estejam dentro dos parâmetros tolerá-
veis por cada aplicação.
OpenBRR:
Um Modelo aberto de
levantamento para
Avaliação de Preparo para Negócio
Por Estêvão Bissoli
Ilker - sxc.hu
mente adotado para avaliar a maturidade de ca, é um modelo que permite um entendimento
Softwares Livres. comum dos resultados das avaliações e promo-
Decidir qual software utilizar geralmente en- ve confiança no processo de avaliação.
volve listar diversas opções, e então fazer uma Um bom modelo de avaliação de software,
rápida avaliação para reduzir as opções à uma precisa ser completo, simples, adaptável e con-
pequena lista que satisfaça critérios intrínsecos. sistente. O Modelo de Maturidade de Software
Para determinadas categorias de siste- Livre de Bernard Golden da Navicasoft, e o Mo-
mas, propriedades de software ou padrões po- delo de Maturidade de Software Livre da CapGe-
dem ser filtros úteis, como linguagem primária mini foram esforços pioneiros para avaliar e
de programação da aplicação ou os bancos de testar a adequação de pacotes de Software Li-
dados que ela suporta, mas para muitas outras vre. Nesse novo modelo, foram usados concei-
categorias de sistemas não são tão fáceis de tos similares para uma avaliação detalhada do
ser localizados. software. A intenção foi expandir a ideia de uma
metodologia para a avaliação de software que
Avaliadores de software da área de TI de- fosse largamente adotada e facilmente usável
vem ser criteriosos no filtro da lista de pacotes em tantas situações de avaliação quanto possí-
de software. Normalmente, os avaliadores preci- vel, mesmo de softwares proprietários.
sam inventar seus próprios métodos de avalia-
ção, e sem acesso aos dados ou métodos de O BRR permite o compartilhamento de
avaliação de seus colegas, devem reavaliar ca- uma avaliação padronizada de software livre en-
da pacote por si mesmos, mesmo quando ou- tre os usuários desse tipo de software, os quais
tros já avaliaram o mesmo pacote de software. podem utilizar os parâmetros avaliados para fa-
Mecanismos de avaliação incompletos ou incorre- zer a sua escolha de modo a mitigar os riscos
tos podem levar à falhas na decisão e escolha de utilização do software livre em relação aos
de produtos, o que torna a avaliação designada seus interesses.
um risco. A figura 1 ilustra bem este cenário: Acredito que este compartilhamento é fun-
damental para o amadurecimento do software,
já que será analisado sob a ótica de milhares de
pessoas. A figura 2 apresenta o workflow (fluxo
do trabalho) depois da adoção do BRR.
Turbinando
o Linux para o
processamento
de áudio
James Wilsher - sxc.hu
Por Leandro Leal Parente
Para configurar adequadamente estas op- terrupções de áudio, gerando um ruído desagra-
ções adicione estas linhas ao final do arquivo: dável na saída de som. Se eu estivesse em uma
festa a galera iria ouvir estes estalos e ruídos
@audio - rtprio 89 # prioridade de tempo real chatos junto com a música, isto seria o fim do
de até 89 evento e da minha carreira.
@audio - nice -19 # prioridade comum de
até -19 Vamos ao que interessa !
@audio - memlock unlimited # quantidade ilimitada de Para visualizar as suas interrupções digite
memória alocada o seguinte comando:
VIRADO
PRA LUA
Parte 6
Por Lázaro Reinã
http://evidosol.textolivre.org
Degradê, sombra e
profundidade de
campo no
INKSCAPE
Por Cezar Farias
Como o tema dessa edição passada foi Li- Na figura 1 temos a base da capa. Acho in-
nux no desktop, achei interessante criar uma teressante selecionar previamente algumas co-
ilustração para a capa, com monitores “GNU” ro- res para utilizar no trabalho, no caso cores mais
dando algumas distribuições. especificas que não estão na paleta de cores pa-
Nesse tutorial vou mostrar algumas técni- drão. Isso poupa você de ficar procurando o tom
cas que utlizei na criação da capa e como é pos- desejado de forma repetitiva.
sível obter bons resultados com vetores. O Para criar o degradê, clique no ícone Criar
Objetivo aqui não é ensinar a fazer a capa e sim degradês (Ctrl + F1) , arraste sobre o retângulo
a utilizar os recursos que utilizei. pressionando a tecla Ctrl para fazer um traço re-
Então vamos lá: to.
Vamos falar dos degradês e como utilizar Agora vamos selecionar as cores: Figura 2
esse recurso. No inkscape isso é muito fácil e Passo 1 - Clique na parte inferior do degra-
prático, o software oferece várias formas de sele- dê para selecionar aquele ponto, note que o pon-
cionar a cor desejada, isso ajuda muito no ritmo to quando selecionado fica azul.
de trabalho. Passo 2 - selecione a ferramenta Conta
Figura 1 Figura 2
Figura 2a
Gotas (F7)
Passo 3 - Clique na cor que vc havia pré
selecionado para o trabalho
Repita os mesmos passos agora seleciona-
do o ponto superior, selecione outra cor que vc Figura 4
tenha escolhido.
Outra forma é simplesmente clicar na pale- Ajuste os valores de blur (borrar) e opacida-
ta de cores para escolher a cor, ou dar 2 cliques de para 15 e 75% - Figura 5
no ponto, isso vai abrir o editor de degradês, on-
de vc pode ajustar o tom desejado com muita fa-
cilidade e o melhor de tudo, ver o resultado em
tempo real. (Figura 2a)
Com o fundo pronto agora vamos trabalhar
com as sombras. Eu vou utilizar o monitor que
havia feito previamente.
Figura 5
Figura 6 Figura 8
Figura 9
Computação
Gráfica e
Software Livre
Parte 2
Por Luiz Eduardo Borges
No artigo anterior (edição nº 5) vimos co- nhas que representam as malhas são chama-
mo representar imagens bidimensionais no com- dos de estruturas de arame (wireframes).
putador e os aplicativos livres mais conhecidos Objetos podem usar vários materiais e es-
para lidar com essas representações. Porém, tes podem ter várias características, tais como
elas são limitadas em vários aspectos, principal- cor, transparência e sombreamento, que é a for-
mente para simulações, pois o mundo que vive- ma como o material responde a iluminação da
mos tem três dimensões. cena. Além disso, o material pode ter uma ou
Uma cena 3D é composta por objetos, fon- mais texturas associadas.
tes de luz e câmeras. Os objetos geralmente Texturas são compostas por imagens de
são representados por malhas (meshes), que duas dimensões que podem ser usadas nos ma-
são conjunto de pontos (vértices). Esses possu- teriais aplicados as superfícies dos objetos, alte-
em coordenadas x, y e z. Os pontos são interliga- rando várias propriedades, tais como reflexão,
dos por linhas (arestas) que formam as transparência e enrugamento (bump) da superfí-
superfícies (faces) dos objetos. Conjuntos de li- cie.
Figura 1: Cena 3D, com câmera, fonte de luz e objetos. Figura 2: Malha de objeto, com uma face selecionada, delimitada pelas
arestas.
Figura 3: Em cima, material e textura difusa. Em baixo, bump map e a Figura 4: De cima para baixo: a estrutura de arame, o objeto solido e a
imagem final. cena final renderizada.
Dentro da cena, os objetos podem ser modi- computador) e um renderizador (renderer). Tam-
ficados através de transformações, tais como bém é possível usar renderizadores externos,
translação (mover de uma posição para outra), com mais funcionalidades, como o Yafaray, que
rotação e redimensionamento. busca renderizar de forma eficiente através de
algoritmos que simplificam bastante o modelo fí-
Para renderizar, ou seja, gerar a imagem fi-
sico. Outro tipo de renderizador é aquele que
nal, é necessário fazer uma série de cálculos
tenta simular de uma forma mais próxima das
complexos para aplicar iluminação e perspectiva
leis da física, acrescentando detalhes indefinida-
aos objetos da cena. Entre as formas de calcu-
mente a imagem, tendo como meta o realismo.
lar a cena, uma das mais conhecidas é chama-
LuxRender é um exemplo dessa categoria, co-
da raytrace, aonde os raios de luz são
nhecida como unbiased. O lado negativo dessa
calculados da câmera até as fontes de luz. Com
estratégia é o tempo bem maior para obter um
isso, são evitados cálculos desnecessários dos
resultado de qualidade.
raios que não chegam até a câmera.
Não tão maduro, o Art of Illusion é voltado
Um dos usos mais populares da tecnologia
é em animações. A técnica mais comum de ani-
mação em 3D é chamada de keyframe. Nela, o
objeto a ser animado é posicionado em locais di-
ferentes em momentos chave da animação, e o
software se encarrega de calcular os quadros in-
termediários.
Aplicativos
Blender é um software muito completo em
termos de funcionalidades: oferece modelagem
3D avançada, com materiais, texturas, ilumina-
ção, extrusão, editor de imagens, recursos de
animação sofisticados, um game engine (infraes-
trutura especializada para criação de jogos para Figura 5: A técnica raytrace parte da câmera até chegar a fonte de luz
para calcular a iluminação da cena.
para modelagem e animação e tem como atrati- uma biblioteca que implemente OpenGL (Open
vos principais uma interface simples e alguns re- Graphics Library), que é uma especificação que
cursos avançados. Com uma estratégia define uma API independente de plataforma e
totalmente diferente, Alice é uma linguagem linguagem, que permite a manipulação de gráfi-
com IDE (Integrated Development Environment) cos 3D. Sua característica mais marcante é a
voltada para o ensino de técnicas de criação de performance. Mesa 3D é a implementação livre
cenas 3D e animações através de operações de mais conhecida e está amplamente disponível
mouse, com vários personagens e locações pron- em distribuições de Linux e BSD.
tas. Na próxima parte: game engines.
Voltado para a visualização gráfica cientifi-
ca, o ParaView é um aplicativo baseado em
Maiores informações:
VTK (Visualization ToolKit), que é uma bibliote-
Site oficial Blender: Site oficial Alice:
ca escrita em C++ e independente de platafor-
http://www.blender.org/ http://www.alice.org/
ma.
A maioria dos aplicativos 3D precisam de Site oficial Yafaray: Site oficial ParaView:
http://www.yafaray.org/ http://www.paraview.org/
POLÍTICA MIDIÁTICA:
VISIBILIDADE E
LEGITIMAÇÃO
Por Yuri Almeida
O objetivo central dos agentes da esfera pauta política, por exemplo, podem assegurar o
de decisão política é conquistar corações e men- reconhecimento público da sua existência. (…)
tes da esfera civil, visto que, em um sistema de- não está em cena significa não existir; parecer
mocrático o poder em “deputar algo” ou “alguém mau é ser mau para o apreciador do teatro políti-
à” pertence aos indivíduos. Entretanto, o poder co cotidiano”. (GOMES, 2004, p. 115).
almejado pelos postulantes aos cargos públicos A consolidação da imagem pública é resul-
diz respeito ao “poder simbólico”, conceito desen- tante da visibilidade, opacidade e ocultamento
volvido por Thompson (1998) que nasce na ativi- que os atores tem nos espelhos midiáticos. Po-
dade de produção, transmissão e recepção do rém, “a política mostra partes convenientes, emi-
significado das formas simbólicas. te sinais para espectadores, sociedade e
O poder simbólico depende de complexos mídias, esperando produzir apoio, votos e opi-
sistemas de construção de linguagens e ambien- nião” (WEBER, 2004, p. 261).
tes para que a política possa realizar-se. “Os sím- O elemento essencial para compreender a
bolos se afirmam como os instrumentos por importância da criação de uma imagem para os
excelência de integração social: enquanto instru- atores é a presença do marketing na política, se-
mentos de conhecimento e de comunicação, ja elaborando os seus conteúdos ou reorientan-
eles tornam possível o consensus acerca do sen- do suas práticas, principalmente, durante as
tido do mundo e da ordem social” (BOURDIEU, eleições.
1989)
A influência dos programas eleitorais na
Os símbolos assumem uma importância definiti- formação das intenções de voto ocorre porque a
va em uma sociedade em que “a realidade sur- pesquisa de opinião passou de instrumentos de
ge no espetáculo, e o espetáculo é real” marketing a tema agendado pela mídia para a
(DEBORD, 1997, p. 15). A sociedade do espetá- formação e consolidação da opinião pública. A
culo pode ser interpretada como conformação opinião pública se constrói, assim, através da co-
avançada do capitalismo, como a etapa contem- bertura que os media exerce sobre a pesquisa
porânea da sociedade capitalista, entretanto “o eleitoral. Um aspecto importante (na verdade trá-
espetáculo não é um conjunto de imagens, mas gico) é que o leitor (agente ativo no debate públi-
uma relação social entre pessoas, mediada por co no modelo da imprensa de opinião) torna-se
imagens (DEBORD, 1997, p.14). Já para Go- apenas consumidor de notícias. Sabidamente, a
mes (2004), espetáculo é entendido como o que imprensa capta a atenção do público, aumenta
se dá a ver, que coloca o seu apreciador na con- o número de consumidores e vende-os à publici-
dição de espectador. dade. A notícia é o produto.
“A política-espetáculo é a política que em- O contato do público com a cena política
prega sua presença na esfera da visibilidade pú- ocorre com a mediação dos mass media, que
blica como estratégia para a obtenção de apoio dá um recorte nos principais (eleito por esta) co-
ou consentimento dos cidadãos. A política-espe- mo temas relevantes, com isso os veículos abor-
táculo é a política que se exibe, mostra-se, faz- dam uma determinada cena política e, é
se presença, impõe-se à percepção do cidadão” justamente, nesse pequeno espaço onde as ima-
(GOMES, 2004, p. 403). gens e discurso são criados. As ações que ocor-
Dessa forma, a disputa política passa pela rem nesse espaço resumem-se a duas: os
imposição da imagem pública dos atores políti- candidatos proferindo ações para agradar a opi-
cos nos media. “Do ponto de vista da esfera polí- nião pública e os candidatos criando cenários
tica, a esfera de visibilidade pública é a forma para a cobertura da cena política.
com que um agente político ou uma matéria da Segundo Gomes (2004) o mundo político
hu
c.
sx
i-
sk
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rz
ha
ac
lZ
ha
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M
Porque não processamos
os spammers no Brasil?
Por Walter Aranha Capanema
pressão, ou seja, como forma De fato, a escola deveria para o jovem ? Com relação a
de expressar idéias, sentimen- ser mais um espaço de media- edição de filmes, o mundo do
tos, descrever espaços, situa- ção entre a linguagem midiati- software livre oferece uma ga-
ções imaginar mundos ca da televisão e do vídeo, ma de oportunidades. Os jo-
possíveis. Além disso, o vídeo para as crianças e jovens, toda- vens poderiam editar e
no contexto educativo contribui via, o que se observa na maio- publicar suas produções na
para a criação de espaços dialó- ria dos casos, é a utilização do própria escola, utilizando o la-
gicos, permitindo que os alu- vídeo em sala de aula como for- boratório de informática educa-
nos se expressem de ma de passatempo, de diver- tiva. Evidentemente é preciso
diferentes formas, favorecendo são, de "matar aula", sem haver equipamentos disponí-
o desenvolvimento da consciên- qualquer planejamento. Sincera- veis e espaço dentro da rotina
cia crítica sobre a influência da mente, acho que até já virou escolar. O que não se pode
mídia sobre determinados gru- bordão, mas a escola continua- aceitar é a escola do século
pos sociais. da paralizada no tempo e no es- XXI continue excluída do uni-
A produção de vídeo na paço, feudalizada em seus verso multimídia em que vive-
escola pode oferecer informa- muros invisíveis da “metodolo- mos.
ção, dinamizar temas significati- gia”, tentando matar o dragão E quem disse que editar
vos, incorporar a da tecnologia, quando na verda- filmes no linux é difícil? O avan-
transversalidade das ativida- de, deveria fazer as pazes e tor- ço das tecnologias livres e de
des curriculares desenvolvidas nar a tecnologia sua grande softwares de edição em código
na escola. A inserção de te- aliada. aberto facilitaram o processo
mas, programas, filmes no pro- Aproveitando temas emer- de construção de video educa-
cesso educativo subverte o gentes, como a nova gripe cionais, fazendo com que pro-
ritmo acadêmico, no qual o pro- (H1N1), o jovem poderiam cri- fessores possam passar de
fessor é o principal mentor. En- ar filmes ilustrativos de preven- meros expectadores e avalia-
tão surge a questão: Por onde ção. Por que não fazer um dores para produtores de víde-
começar? vídeo, dentro da própria esco- os educacionais,
Os alunos podem produ- la, alertando para os riscos de capacitando-se para isso e po-
zir vídeos utilizam equipamen- contágio, usando uma lingua- dendo produzir conteúdo de
tos simples, como a própria gem contemporânea, do jovem qualidade, contextualizados
filmadora que já vem embutida
na maioria das câmeras digi-
tais ou mesmo utilizar os própri-
os celulares. Na atualidade,
quase todo jovem possui um ce- ...a escola deveria ser
lular que bate foto, que grava ví-
deo ou tem um parente em
mais espaço de mediação entre a
casa que possuía tal equipa-
mento. A escola deveria utili-
linguagem midiatica da televisão e
zar todo esse potencial em do vídeo, para as crianças e
sala de aula, ao invés de criar
leis que proibiam o uso da tec- jovens...
nologia em sala de aula, como
Sinara Duarte
aconteceu recentemente com
os celulares.
com a sua realidade. dos. Desenvolvida em C/C++ o há décadas, um tutorial “for tea-
De fato, com o software li- software inclui alguns recursos cher”, acerca do Kdenlive, ain-
vre o aluno não fica preso a má- interessantes como conversão da está prematuro na gaveta,
quina e a tecnologias de vídeos para formatos compa- mas tentarei colocar as obriga-
proprietárias, pois pode editar tíveis com o MPEG, MP4, ções em dia. Aguardem notíci-
seus próprios vídeos em casa, PSP, iPod ou DVD. Roda em as...
na escola, na casa dos ami- Ambiente gráfico Gnome, Ambi- Já para os mais experien-
gos, enfim, eles estão interessa- ente gráfico KDE, Ambiente grá- tes temos o Jahshaka
dos pelo mundo que os cerca fico X11. É possível encontrar (http://www.jahshaka.org), uma
e usam o computador para com- um pequeno tutorial (em portu- suite de pós-produção que in-
preendê-lo melhor e interagir guês), criado pela competente clui módulos para edição, com-
com ele. O ideal é que professo- equipe do Estudio Livre no se- posição, animação e inserção
res e alunos tenham acesso a guinte endereço: (http://www.es- de efeitos visuais ou gráficos
esse recurso dentro da escola, tudiolivre.org/tiki-index.php?pag em áudio e vídeo. Roda em
com vistas a utilizá-lo no mo- e=AviDemux). Ambiente gráfico Gnome, Am-
mento mais conveniente para Outro recomendado para biente gráfico KDE e Ambiente
o desenvolvimento do proces- iniciantes é Kdenlive gráfico X11.
so ensino-aprendizagem. (http://www.kdenlive.org). Tam- Outra opção de edição de
Na atualidade, existe bém muito intuitivo este softwa- vídeos é Kino (http://www.ki-
uma diversidade de opções de re que têm como nodv.org) é um software editor
editores de vídeos livres que po- características principais dois não-linear de vídeo para
dem ser utilizados no contexto monitores de vídeo, linha de GTK+. Trata-se de uma ferra-
educativo. De fato, o software li- tempo com multiplas pistas e o menta para capturar, editar e
vre apresenta uma riqueza de recurso de mover ou redimensi- exportar vídeo digital em vári-
possibilidades, desde o mais onar, além de comunicação ou- os formatos. O programa pode
simples editor de filme até a tec- tras ferramentas. To devendo importar arquivos AVI e DV, in-
nologia mais complexa, como
a utilizada na animação Mada-
gascar. Quem não lembra do
leão Alex tentando voltar para
a África? Poucos sabem, mas A escola deveria utilizar todo
esta animação só possível por-
que os produtores utilizaram
esse potencial em sala de aula, ao
na época, softwares livres que
contribuíram para a autonomia
invés de criar leis que proibam o
e a redução de custo e tempo. uso da tecnologia em sala de aula,
Time is Money!
Para os iniciantes, temos como aconteceu recentemente com
o Avidemux, (http://www.avide-
mux.org) uma ferramenta para
os celulares...
edição que permite ao usuário
alterar, recodificar e adicionar
efeitos aos seus vídeos. Sua in- Sinara Duarte
terface bem intuitiva, contribui
para ser um dos mais utiliza-
Setembro: Mais um
ano para o GOJAVA
Por Flávia Suares
hacklab [14].
Realizamos outro evento marcante, em
Goiânia, que já é realizado há dois anos no Esta-
dos Unidos: o M3DD/LA[15]. Aqui contamos
com a participação dos palestrantes: Radko Naj-
man [16] – que trabalhou na equipe do IDE Net-
Beans [17] de 1999 a 2007 e bases de dados
para módulos J2EE; Terrence Barr [18] - embai-
xador sênior da comunidade móveis e sistemas
embarcados, responsável por diversos aspectos
técnicos na plataforma Java, é autor e co-autor
de patentes européias e americanas para dispo-
sitivos móveis; Roger Brinkley [19] - engenheiro
Figura 1: Hacklab do GOJAVA no Flisol deste ano. No canto, o Javaman sênior da SUN, líder da comunidade móveis e
O JavaGyn II, aconteceu em 2004, contou sistemas embarcados, principal engenheiro do
com as presenças do Fábio Velloso [3] - líder do JSR (Java specifications request) 97 e javahelp
SouJava [4] que falou sobre EJB [5], novidade 2.0; Richard Gregor [20] atuou com Javahelp,
na época; da Flávia do JavaComBr [6] e de repre- módulos para o NetBeans e Wireless Toolkit
sentantes da Nokia para mostrar o J2ME [7], tam- [21], Igor Medeiros [22] - referência para Java
bém era uma inovação daquele momento. Card na América Latina; Magno Cavalcante [23]
– JugLeader [24] do RIOJUG [25], Sun Java
O GOJAVA passou um tempo sem ativida- Champion [26] e pesquisador sobre TV Digital
de e outros grupos foram surgindo como o Pequi- no Brasil; Antônio Marin Neto [27] – do Instituto
JUG e o JavaCerrado. Em novembro de 2007, o Nokia de Tecnologia, é um dos pioneiros em de-
JavaCerrado, representado por Francisco Cala- senvolvimento de aplicativos para dispositivos
ça uniu-se ao GOJAVA. Em Janeiro do ano se- móveis; Alexandre Gomes - diretor técnico da
guinte, foi a vez do PequiJUG, representado por SEA Tecnologia, palestrante sobre Metodologi-
Flavia Suares e Raphael Adrien, juntar-se à equi- as ágeis e instrutor de cursos oficiais da Sun Mi-
pe. E após estas adesões, os líderes resolve- crosystems, SAP e RedHat/JBoss, Robison Cris
ram manter o nome do grupo como GOJAVA Brito – escritor de artigos de revistas ligadas ao
por ser mais conhecido na comunidade goiana.
O grupo ganhou mais forças e durante o
ano de 2008 realizou eventos em Goiânia, Aná-
polis, Silvânia eEdéia. Participou do aniversário
de 10 anos do DFJUG [8], em Brasília e de even-
tos ligados ao Software Livre, em Goiânia: FLI-
SOL [9], 1ºFGSL/5ºSGSL [10], /dev/net [11] e
FreeComp [12].
Dos primeiros meses deste ano até a pre-
sente data, tivemos uma participação especial
no FLISOL, que foi trazer as presenças do Bru-
no Souza e Maurício Leal [13] – este último ge-
rente de Programas SDN (Sun Developer
Networks) para a América Latina da Sun Mi-
crosystems - nos representando em palestras e Figura 2: Raphael Adrien na abertura do M3DD/LA, pela primeira
vez no Brasil
ral, sendo de grande utilidade para apoio a proto- Ele é capaz de armazenar os seguintes ti-
colos, tramitação de processos, bibliotecas, advo- pos de dados: data, hora, valores inteiros, valo-
cacia, assessoria parlamentar ou política, ações res decimais, URL (para páginas HTML),
de polícia, arquivo, jornalismo, clipping, acervo valores alfanuméricos, textos corridos, textos de
de pareceres, leis, normas, fotos e filmes, enfim, editores externos (inclusive com indexação), da-
toda necessidade relacionada a pesquisa textu- dos multimídia (som e imagem), valores boolea-
al. nos, entre outros. O LightBase, ainda, indexa
Usando o LightBase, você não precisa ser arquivos do OpenOffice, MS-Office, texto (txt) e
um “expert” em programação para desenvolver PDF. Tudo isso com o conforto e segurança de
suas aplicações. O software oferece o melhor um provedor de aplicações único, centralizando
em termos de armazenamento, recuperação de as aplicações em ambiente cliente-servidor.
dados e documentos, sem as limitações dos ban-
cos de dados relacionais. Originalmente desen- Ferramenta Gráfica RAD
volvido pela Light Infocon Tecnologia S/A, o
LightBase está no “estado da arte” no tocante a Além de todos esses recursos, o LightBa-
tecnologia de Bancos de Dados Textuais. se oferece uma ferramenta gráfica RAD (Rapid
Application Development) de desenvolvimento e
execução de aplicações, com uma plataforma
amigável para usuários leigos e profissionais se
Figura 1: Logomarca do software
beneficiarem dos recursos do produto. O softwa-
re também conta com um completo gateway pa-
ra acesso a dados pela Web (Internet ou
O LightBase é o primeiro software proprie- Intranet) e um conjunto de componentes que
tário que foi desenvolvido de forma convencio- possibilitam o desenvolvimento de aplicações
nal por uma empresa privada e, posteriormente, usando ASP ou através de nossa própria exten-
passou a ser disponibilizado como software livre são do HTML. O LightBase também fornece
no Portal do Software Público, sob a Licença Pú- uma série de componentes COM que possibili-
blica Geral (GPL). tam o desenvolvimento de aplicações em Visual
Basic, Delphi, C++, Java, dentre outras.
Tecnologia Multidimensional
Devido a sua tecnologia multidimensional,
o projeto do banco de dados pode ser feito de for-
ma mais simples e clara, mesmo por usuários lei-
gos, otimizando o processo de
desenvolvimento, reduzindo custos e possibilitan-
do que os próprios usuários criem suas solu-
ções. Aliado à tecnologia multidimensional, o Figura 2: LightBase, tecnologia brasileira
LightBase incorpora recursos de recuperação tex-
tual plena, onde se pode recuperar informações Aplicações de GED e WorkFlow
por qualquer palavra ou campos de um registro, Desde o início dos anos 80, existe a supo-
tornando a consulta mais simples e eficiente. O sição de que todos os problemas de gerencia-
software oferece recursos para recuperação tex- mento de dados podem ser resolvidos pela
tual rápida, sendo capaz de lidar com estruturas utilização de bancos de dados relacionais
de dados flexíveis, como textos, datas, valores, (RDBMS) no mundo da Tecnologia da Informa-
imagens, etc. com eficiência.
ção (TI). Esta idéia foi proposta pelo Dr. E. F. to de tabelas e sub-tabelas, e uma grande
Codd, sendo amplamente promovida pela IBM e quantidade de processamento é necessária pa-
por numerosos acadêmicos. Surgiu uma indús- ra "remontar" a informação necessária para se
tria em torno desta proposição, que resultou no completar as operações.
aparecimento das principais companhias de
RDBMS e criação de importantes produtos, tais
como o DB2 da IBM e o Microsoft SQL Server.
Como, na ocasião, a maioria das aplica-
ções de gerenciamento era relacionada a manu-
tenção de registros básicos de negócios
envolvendo conjuntos relativamente simples de
listas planas (como contas, transações, inventári-
os e ordens), a expectativa de que o método rela-
cional representava o banco de dados universal
parecia se confirmar. No entanto, quando usuári- Figura 3: Tela de aplicação GED que utiliza o LightBase
os começaram a tentar administrar outros tipos
de dados, como listas de materiais - cuja nature- No LightBase, no entanto, devido ao seu
za é inerentemente recursiva -, estruturas que in- modelo multidimensional de armazenamento, os
corporam listas (mailings e endereços de dados não precisam ser "remontados", já que
entrega são simples exemplos) e dados com mui- eles já são armazenados como existem no mun-
tas interdependências complexas (como algu- do real (e de acordo com o modelo de negócio),
mas estruturas de datawarehouse, dados de eliminando a sobrecarga de processamento ine-
engenharia, gerenciamento de peças e estrutu- rente ao modelo relacional, resultando em um in-
ras de dados para gerenciamento de redes), o cremento significativo da velocidade de
uso do RDBMS deixou muito a desejar. armazenamento e recuperação de informações.
Neste contexto, a estrutura de bancos de O termo "multidimensional" significa que os da-
dados provida pelo LightBase é um importante di- dos podem ser armazenados por tantos parâme-
ferencial, tendo grande eficiência em situações tros quantos forem necessários: eles não estão
que necessitam GED (Gerenciamento Eletrôni- limitados a linhas e colunas. Isto permite mode-
co de Documentos) e WorkFlow. los de dados muito mais ricos do que os obtidos
com a tecnologia relacional. Dados complexos
Mundo Real podem ser armazenados e utilizados de uma for-
Hoje a maioria da informação existente no ma muito mais natural e intuitiva.
cotidiano das pessoas é de natureza não-estrutu-
rada (documentos, planilhas, vídeos, textos, fo-
tos, etc.). Esse tipo de informação mais Recuperação Textual
complexa passou despercebida pela maioria Outro grande diferencial do software Light-
das organizações por muito tempo, devido à com- Base é a recuperação textual. Diferente dos ban-
plexidade de agrupá-las e referenciá-las. Para cos de dados tradicionais, um sistema de
os tradicionais RDBMS, é realmente difícil repre- recuperação textual armazena todo o conteúdo
sentar “dados complexos”, porque toda a informa- sob forma de um conjunto de chaves possibili-
ção precisa ser fragmentada de forma que seja tando a recuperação de informação por qual-
colocada em tabelas planas bidimensionais. quer palavra ocorrendo em qualquer lugar do
Quando a tecnologia relacional é usada para des- banco de dados, seja num campo numérico, al-
crever dados do mundo real, há um empilhamen- fanumérico, texto, etc. No caso específico da re-
D U Q U E DE C A X I A S / R J
w w w . f o r u m so f t w a r e l i v r e . c o m . b r
RELATO SOBRE O
SALVADOR/BA
Por Arnaldo Barreto
O Blender Day Bahia - Salvador foi realiza- o conceito de “Filme Aberto”; e o Big Buck
do durante todo o dia 8 de Agosto na Faculdade Bunny [http://bigbuckbunny.org], uma comédia
Área 1, e contou com a participação de mais de superengraçada que mostra a qualidade cinema-
200 pessoas durante o evento. O pessoal do tográfica que o Blender disponibiliza para seus
Ekaaty Linux deu a maior força para que o Blen- usuários.
der Day fosse realizado, e tenho certeza que Claro, em um evento do tipo não poderia
sem o apoio do Cristiano Furtado e sua turma, faltar uma oficina básica para criar novos blende-
não teríamos alcançado esse sucesso. rianos. Contando com uma grande estrutura dis-
Dentre outros ótimos palestrantes, não pos- ponibilizada pela Área 1, tivemos uma oficina
so deixar de destacar o grande artista e consul- básica com quase 60 alunos que, em sua maio-
tor de Computação Gráfica, Teisson Fróes ria, estavam dando os primeiros passos no mun-
[http://www.teissonfroes.com.br], que utiliza o do 3D. Apenas 2hrs é pouquíssimo para mostrar
Blender em seus diversos trabalhos. Diretamen-
te de São Paulo, via áudio-conferência, ele nos
passou detalhes dos seus trabalhos, fazendo
uma explicação passo-a-passo de seu extenso
portifólio que abrange, principalmente, comerci-
ais para a TV, contando com clientes como Bras-
temp, Oi, Nike, Fiat, Varig, Ouro 21, entre vários
outros.
Ainda tivemos a exibição de vários traba-
lhos blenderianos, dentre eles os dois Open Mo-
vies da Blender Foundation: o Elephants Dream
[http://orange.blender.org], primeiro filme mundi-
al a disponibilizar todo o seu “código” sob Creati-
ve Commons, sendo possível para qualquer um
Figura 1: Sala cheia de olhares atentos
utilizar seus modelos, texturas e aúdio, criando
RELATO SOBRE O
PETRÓPOLIS/RJ
Por Luis Carlos Retondaro
RELATO SOBRE O
RONDONÓPOLIS/MT
Por Roger Resmini
O evento foi dividido em dois dias, 11 e 12 fazer a chamada para a Conferência Blender
de Agosto, no período de 19:00 horas às 22:00 Pró 2009 que acontecerá no dia 7 de Outubro
horas. No dia 11 foram realizadas duas pales- de 2009 no Rio de Janeiro. Roger também ex-
tras. A primeira palestra intitulada "Mercado de planou rapidamente sobre o Animaroo, Grupo
Trabalho Animado”, foi ministrada por Oduvaldo de Estudo em Animação de Rondonópolis, con-
Gama de Oliveira, diretor de produção da Agênci- vidando os interessados em animação a faze-
aUm Propaganda, empresa no ramo publicitário rem parte do grupo. Entre as palestras foram
com criação e produção de comerciais para TV exibidos animações criadas no Blender e de-
atuando nas cidades de Rondonópolis e Primave- monstrado o game Yo Frankie! O cerimonial do
ra do Leste. No decorrer da palestra, Dudu co- evento foi conduzido pela Professora Ms. Mara
mo gosta de ser chamado, discorreu desde os Dota.
anos de 1980 até hoje demonstrando o avanço
das tecnologias gráficas e o aperfeiçoamento
dos profissionais dessa área bem como do surgi-
mento de novas profissões só possíveis com o
advento e popularização do computador e softwa-
res como o Blender 3D.
A segunda palestra intitulada "Made in Blen-
der! Explorando as possibilidades..." foi ministra-
da pelo Roger Resmini, bacharel em Ciência da
Computação e atualmente mestrando em compu-
tação pela UFF, em Niterói – RJ. Na palestra o
Roger descreveu uma linha do tempo desde o
surgimento do Blender até hoje citando alguns
dos projetos mais conhecidos e terminando por Figura 1: Participantes das Palestras
RELATO SOBRE O
O segundo CONSEGI aconteceu nos dias O congresso realizou também uma home-
26, 27 e 28 de agosto. Em meio a uma chuva e nagem ao ano da França do Brasil e com isso
friozinho inesperados para essa época do ano apresentou o Demoiselle, pois Santos Dumont
em Brasília. permitia a utilização, adaptação e cópia de seu
O congresso contou com aproximadamen- trabalho. Agora tem um framework para desen-
te 100 debates, como oficinas e palestras. O pro- volvimento de software para o governo chama-
blema foi escolher qual delas participar. Abaixo do Demoiselle que foi amplamente discutido
seguem pequenos comentários sobre os deba- durante o congresso. O presidente Lula e o Ri-
tes dos quais participei. chard Stallman receberam uma miniatura do mo-
delo leve e pequeno de avião Demoiselle.
Vários governantes e defensores de Softwa-
res Livres estiveram presentes. O presidente Embora o congresso esteja apenas na se-
Luiz Inácio Lula da Silva realizou a abertura e gunda edição, o número de inscrições superou
ressaltou a importância do Software Livre no Go- as espectativas dos organizadores. O congres-
verno. so contou com palestrantes de renome internaci-
onal no mundo do Software Livre e governo
eletrônico.
É um ambiente onde se respira inteligên-
cia. Nos corredores, nas salas, no cofee break,
se encontra pessoas fazendo jus ao tema do
congresso “Compartilhamento a favor do conhe-
cimento”.
Tive o prazer de participar do I CONSEGI
e percebi que o congresso está ganhando força
e com o compartilhamento de experiência dos
palestrantes de diversos países tivemos a opor-
tunidade de conhecer a realidade da junção de
Software Livre com governo eletrônico e vemos
Figura 1: Fila na entrada e muita expectativa... que o Brasil não está sozinho neste desafio inte-
QUADRINHOS
Por Wesley Samp, Wallisson Narciso e José James Figueira Teixeira
OS LEVADOS DA BRECA
http://www.OSLEVADOSDABRECA.com
NANQUIM2
PAI NERD
http://josejamesteixeira.blogspot.com
AGENDA
SETEMBRO Evento: 4º Circuito CELEPAR Data: 10 e 11/10/2009
de Software Livre Local: Manaus/AM
Evento: I ENINED - Encontro Na- Data: 25 e 26/09/2009
cional de Informática e Educa- Local: Dois Vizinhos/PR Evento: BackTrack Brasil
ção Data: 11/10/2009
Data: 01 a 03/09/2009 Evento: I ENINC - 1º Encontro Local: Manaus/AM
Local: Cascavel/PR de Informática do Cariri
Data: 25 a 27/09/2009 Evento: 2º Encontro Mineiro de
Evento: ENECOMP 2009 Local: Juazeiro do Norte/CE Software Livre 2009
Data: 04 a 08/09/2009 Data: 13 a 17/10/2009
Local: Curitiba/PR Evento: Palestra Descobrindo a Local: Itajubá/MG
qualidade do Desktop no ambi-
Evento: 4º Circuito CELEPAR ente Linux Evento: 4º Circuito CELEPAR
de Software Livre Data: 26/09/2009 de Software Livre
Data: 06 e 07/09/2009 Local: Campo Grande/MS Data: 16 e 17/10/2009
Local: Pato Branco/PR Local: Telêmaco Borba/PR
Evento: Seminário InfoGEO & In-
Evento: Rio Info 2009 foGPS: 1001 Utilidades das Ima- Evento: SECCOM - Semana de
Data: 09 a 11/09/2009 gens de Satélite Cursos e Palestras da Computa-
Local: Rio de Janeiro/RJ Data: 30/09/2009 ção
Local: São Paulo/SP Data: 19 a 22/10/2009
Evento: 5º PythonBrasil Local: Florianópolis/SC
Data: 10 a 12/09/2009 OUTUBRO
Local: Caxias do Sul/RS Evento: Latinoware 2009
Evento: 4º Circuito CELEPAR Data: 22 a 24/10/2009
Evento: #8.ART - 8° Encontro In- de Software Livre Local: Foz do Iguaçu/PR
ternacional de Arte e Tecnolo- Data: 02 e 03/10/2009
gia Local: Bandeirantes/PR Evento: Palestra O Modelo Co-
Data: 16 a 19/09/2009 laborativo Criado pelo Movi-
Local: Brasília/DF Evento: Tchelinux 2009 Ediçao mento de Software Livre na
Erechim Internet
Evento: SFD - Dia da Liberdade Data: 10/10/2009 Data: 31/10/2009
de Software 2009 Local: Erechim/RS Local: Campo Grande/MS
Data: 19/09/2009
Local: Vários locais do Brasil e do Evento: 1º Simpósio Norte Nor- Divulgação de eventos:
mundo deste de Segurança e Hackers revista@espiritolivre.org