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Embora Ehrman saiba que a maioria esmagadora destes erros de cópia são aqueles (tais
como os erros de ortografia) que são, em suas próprias palavras, “completamente
insignificante[s], imateria[is], de pouca importância” (p. 217)[1], ele repetidamente
passa rapidamente por cima deste ponto crítico e focaliza , em vez disto, as muito mais
escassas adições e alterações intencionais, as quais a maioria já foi removida das nossas
modernas traduções, ou mesmo que preservadas, têm pequeno ou nenhum impacto na
doutrina cristã.
Rejeição subjetiva
Ironicamente, Ehrman usa seu treinamento em criticismo textual como a base para
rejeitar a fé cristã. E, ainda, mesmo na própria admissão tácita de Ehrman, nenhum
exemplo dado no livro toca o núcleo do ensino cristão.
Curiosamente, Ehrman quase admite que o que importa não são os fatos da matéria, mas
suas acusações pessoais (as quais são tão importantes que ele as faz na primeira e na
última página do livro); que se a Bíblia foi realmente inspirada por Deus, então Deus
teria preservado suas palavras originais perfeitamente através da história. Nenhum
copista teria feito um simples erro ou uma simples mudança em qualquer ponto do
tempo:
"Pois a única razão (pensava eu) de Deus inspirar a Bíblia seria para seu povo ter as
suas palavras reais; mas se ele realmente queria que as pessoas tivessem suas
palavras reais, certamente poderia ter preservado miraculosamente essas palavras,
assim como primeiramente as inspirara milagrosamente. Dadas as circunstâncias de
que não preservou as palavras, a conclusão me pareceu inevitável: ele não se deu ao
trabalho de inspirá-las". (p. 221)
Por último, o que isto resume é a falta de respeito de Ehrman pela mensagem do Novo
Testamento. Isto também é claro em suas incorreções nas citações bíblicas.
Ocasionalmente, as referências bíblicas são rasteiramente incorretas. Em outros casos,
se alguém ler a passagem a qual Ehrman está se referindo, ela nem sempre diz o que
Ehrman afirma. Se Isto é um resultado de sua própria lambança ou resposta ao texto
emocionalmente carregada, novamente ressalta uma questão acerca de sua objetividade.
A maior ironia é que Ehrman rejeitou sua fé no cristianismo bíblico no que ele vê
como problemas irreconciliáveis com o texto; e, contudo, a fé cristã nunca foi
baseada na perfeita preservação das traduções do Novo Testamento. É baseada no
testemunho ocular do Cristo ressurreto, o qual é um dos eventos mais bem atestados
na história antiga, com ou sem alterações dos copistas, e mesmo fora da Bíblia.
Poderiam desaparecer todos os documentos do Novo Testamento, porém a historicidade
do Cristo ressurreto, crucificado por nossos pecados e adorado pelos antigos cristãos
como Deus, permaneceria intacta (veja The Historical Jesus, por Gary Habermas).
Uma ironia final é que, enquanto Ehrman pesquisou estes textos e rejeitou sua fé,
muitos dos grandes intelectuais do nosso tempo têm olhado para as mesmas evidências
e têm realmente fortalecido suas fés ou se tornam crentes pela primeira vez. Eu mesmo
tomo algo muito diferente das evidências de Ehrman do que ele aponta, e realmente
deleito-me com o livro e planejo adicioná-lo à minha biblioteca apologética apoiando a
fé cristã – em grande parte, suspeito, para seu desapontamento.
Fonte: www.Apologia.com.br
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NOTA: Como professor e estudante de apologética cristã posso assegurar que Ehrman
é, no máximo, um dos que parecem querer ganhar dinheiro com ataques à autenticidade
histórico-teológica da Bíblia, já que desde os anos 90 esta prática vem ganhando vulto.
Vários "best-sellers" neste período focaram justamente o que acabei de escrever, e os
mais sabichões do ramo editorial tem-se aproveitado disto ao máximo. Ehrman tem toda
a pinta de um que se enquadra neste perfil: esconde-se atrás de um título; é ovacionado
pelos que pensam como ele; é superficialíssimo em muitas de suas conclusões, além de
econômico quanto às referências que apoiem suas principais premissas.
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
FONTE: http://artureduardo.blogspot.com/2009/09/analise-do-
livro-o-que-jesus-disse-o.html