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Resumo:
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Mestrando em Ciência Jurídica (Univali) Formado em Segurança Pública pela UNIVALI, em Direito e
Pós-Graduação “latu sensu” em Educação Ambiental pela UNIDAVI. Email: jsambiental@gmail.com.
1 Introdução
2 Água de Lastro
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JUNQUEIRA, Andréa de Oliveira Ribeiro. NETO, Alexandre de Carvalho leal. Avaliação de risco de água de
lastro. Agência Brasileira de Gerenciamento Costeiro. Disponível em:
http://www.agenciacosteira.org.br/downloads.php Acesso em: 11/06/06.
Considerando o coeficiente de risco global dos 148 portos doadores de
água de lastro para o porto de Sepetiba foram identificados 20 portos
na categoria de altíssimo risco e 25 portos na categoria de alto risco
representando 30% dos portos doadores. Os 20 portos de altíssimo
risco são todos brasileiros sendo liderados pelo porto de Santos
seguido pelos portos do Rio de Janeiro, Rio Grande e Praia Mole
(Figura 1).
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“Com o aumento do tráfego marítimo após a II Guerra Mundial e dos problemas a ele inerentes, com colisões,
abalroamentos e acidentes ambientais, bem como pressão da opinião pública internacional, fonte secundária de
Direito Internacional Público, juntos aos governos dos Estados, vários países sustentavam que um corpo internacional
permanente fosse criado para promover a segurança da navegação mais efetivamente, mas somente com a criação da
ONU essas esperanças se realizaram. Em 1948, na cidade de Genebra, uma conferência internacional adotou uma
convenção formalmente estabelecendo a IMCO (Inter-Governmental Maritime Consultative Organization), cujo
nome foi mudado para IMO (International Maritime Organization) em 1982.” CASTRO JR,Osvaldo Agripino de.
Introdução ao Direito Marítimo Disponível em: http://www.ibradd.com.br/leiamais.php?id=16. Acesso em:
25/05/06.
O programa pretende representar seis regiões em desenvolvimento no
mundo, conforme o mapa abaixo5:
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Ministério do Meio Ambiente. O Projeto Internacional do GEF. Disponível em:
http://www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=30&idConteudo=1719. Acesso em: 25/05/06.
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JUNQUEIRA, Andréa de Oliveira Ribeiro. NETO, Alexandre de Carvalho leal. Avaliação de risco de água de
lastro. Agência Brasileira de Gerenciamento Costeiro. Disponível em:
http://www.agenciacosteira.org.br/downloads.php Acesso em: 11/06/06.
gestão de água de lastro, buscando garantir a sustentabilidade para as ações
empreendidas durante o tempo de vida do projeto.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) é a Agência Coordenadora para o
Programa GloBallast, no Brasil, integrada por equipe multidisciplinar de
especialistas e colaboradores.7 O trabalho identificou cerca de 30 espécies
aquáticas como possíveis de introdução, tendo a água de lastro como vetor.
O Programa GloBallast está fornecendo aos países-piloto equipamento de
amostragem de água de lastro e proporcionará treinamento ao pessoal
envolvido no seu uso para o monitoramento e a efetivação dos procedimentos,
bem como o estabelecimento de banco de dados.
Este sistema de conformidade, monitoramento e efetivação (CME)
implantado nos países-piloto, deve ser adaptado às condições locais dos
diferentes países e regiões do mundo, permitindo a reprodução do projeto em
outros locais.
7
Sobre o assunto ver site do Instituto Hórus de desenvolvimento e conservação ambiental: O Programa. Disponível
em: http://www.institutohorus.org.br/download/midia/agualastro_mma.htm. Acesso em: 10/06/06.
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Para maiores informações sobre as Diretrizes da IMO ver: International Maritime Organization. Disponível em:
http://www.imo.org/index.htm . Acesso em: 17 dez. 2003.
• procedimentos para registro e informação;
• procedimentos operacionais dos navios;
• considerações relativas ao Estado do Porto;
• imposição e monitoramento pelos Estados do Porto;
• considerações futuras com relação à troca da água de lastro; e
• orientação sobre os aspectos de segurança da troca da água de lastro
no mar.
O desenvolvimento das atividades de "Treinamento", de "Legislação e
Regulamentação", são necessárias à implementação das medidas de gestão
de água de lastro de forma consistente com o regime em vigor da IMO.
Diferentemente de outras formas de poluição, o problema da transferência
de espécies exóticas decorre de uma atividade inerente à operação de
navegação.
No momento, não há métodos absolutos de prevenção para o problema,
na medida em que a troca de água de lastro em águas profundas, em mar
aberto, pode resultar em operações com risco de segurança, envolvendo,
principalmente problemas de esforços e estabilidade da embarcação.
Por outro lado, os procedimentos relativos à eliminação das espécies
exóticas invasoras, ainda estão em fase de estudos, podendo também ocorrer
mudanças nos sistemas de lastro existentes atualmente, ou ainda, o
desenvolvimento de novas tecnologias para solucionar essas questões.
Neste ínterim, uma estratégia baseada na minimização de risco foi
adotada, em nível internacional, na forma da resolução voluntária proposta pela
IMO em 1998.
As ações dos países podem se dar em diferentes níveis. Um país pode ter
responsabilidade como Estado de Bandeira (Flag State), garantindo o
cumprimento dos procedimentos por parte dos navios e tripulação; assim como
Estado Costeiro (Coastal State) ou Estado do Porto (Port State) prevenindo-se
tanto contra a importação, quanto à exportação não intencional de organismos
nocivos e patogênicos.
Um sistema legal nacional que atenda a essas obrigações internacionais é
fundamental, implantando de forma efetiva as atuais Diretrizes da IMO,
vislumbrando uma possível solução com base em propostas a nível
internacional.
Assim, adotar a Resolução A.868(20) da IMO requer mudanças na
legislação nacional em vigor ou a criação de novas leis.
A implementação efetiva de medidas de gestão de água de lastro só será
alcançada com o apoio de todos, buscando a implementação das Diretrizes da
IMO ou em normas do próprio país, que façam o monitoramento da água de
lastro, e a efetivação e cumprimento do que for determinado.
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Ver: Convenção Internacional sobre Controle e Gestão da Água de Lastro e Sedimentos de Navios.
Disponível em: http://www.mma.gov.br/estruturas/lastro/_arquivos/lastro36.pdf Acesso em: 10/06/06.
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Ver: Convenção Internacional sobre Controle e Gestão da Água de Lastro e Sedimentos de Navios.
Disponível em: http://www.mma.gov.br/estruturas/lastro/_arquivos/lastro36.pdf Acesso em: 10/06/06.
• Resolução 1: Trabalho futuro a ser empreendido pela Organização
pertinente à Convenção Internacional sobre Controle e Gestão da Água
de Lastro e Sedimentos de Navios;
• Resolução 2: O uso de ferramentas de tomada de decisão quando da
revisão das normas em conformidade com a Regra D-5;
• Resolução 3:Promoção de cooperação e assistência técnica;
• Resolução 4: Revisão do Anexo à Convenção Internacional sobre
Controle e Gestão da Água de Lastro e Sedimentos de Navios.
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Ver: Diretrizes para o Controle e Gerenciamento da Água de Lastro dos Navios, para Minimizar a transferência de
Organismos Aquáticos Nocivos e Agentes Patogênicos. Disponível em:
http://www.mma.gov.br/estruturas/lastro/_arquivos/a86820pt.pdf Acesso em: 10/06/06.
Certamente não se pretende que estas Diretrizes sejam uma solução
definitiva para o problema, e sim como uma ferramenta que ajudará a
minimizar os riscos relacionados com a água de lastro descarregada.
Com o surgimento de avanços científicos e tecnológicos, estas Diretrizes
serão aprimoradas, permitindo uma evolução ao processo de gestão da água
de lastro, por hora, só nos bastam esforços no sentido de cumprir ao máximo
estas Diretrizes.
O Brasil também estabeleceu critérios para a proteção das águas
nacionais, através da Normam 20, que estabelece como propósitos:
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Diretoria de Portos e Costas. Normam-20. Disponível em:
https://www.dpc.mar.mil.br/normam/N_20/Introducao.pdf Acesso em:15/07/06.
Portanto, é de extrema importância que métodos de tratamento e/ou
gerenciamento de água de lastro efetivos sejam desenvolvidos o mais rápido
possível para substituir a troca da água de lastro no mar.
8 Conclusões
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Ministério do Meio ambiente. Tecnologias de Tratamento. Disponível em:
http://www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=30&idConteudo=1720 Acesso em: 10/06/06.
internacional, dificultando as atividades comerciais e causando desequilíbrios
ao meio ambiente, com também prejuízos comerciais e na saúde humana.
Com a manifestação e comprovação dos problemas causados pelas
espécies exóticas invasoras, a comunidade internacional viabilizou através da
Conferência Internacional das Nações Unidas para o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, com sede no Rio de Janeiro, em 1992, juntamente com a
Organização Marítima Internacional (IMO) e outros órgãos internacionais,
estudos capazes de solucionar o problema da transferência de organismos
nocivos pela água de lastro dos navios, possibilitando análises e pesquisas
sobre possíveis soluções ao tema.
A tomada de medidas sobre o problema, culminou com a adoção de treze
diretrizes pela IMO, que propõem uma melhor gestão e soluções a não
dispersão desses organismos.
As Diretrizes da IMO não são uma solução definitiva para o problema,
servem como ferramentas de gestão, para minimizar os riscos relacionados
com a água de lastro descarregada, porém servem como linha mestra ao
combate das espécies exóticas invasoras.
Já o programa Globallast pretende representar seis regiões em
desenvolvimento no mundo, sendo estes países pilotos, uma busca de
soluções aos demais portos do mundo, servindo assim de modelo de gestão a
ser implementado mundialmente.
Desempenhando seu papel de proteção ao meio ambiente, o Brasil
também estabeleceu critérios para a proteção das águas nacionais, através da
Normam 20, da DPC, que busca também minimizar os possíveis impactos
causados pela dispersão das espécies exóticas na costa brasileira.
Assim, a solução à proliferação das espécies exóticas invasoras requer
uma colaboração e solidariedade em nível internacional, já que o problema é
complexo e demandam debates avançados e novas tecnologias de combate.
Referências Bibliográficas