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Uma reação típica da nomenklatura científica

Enézio E. de Almeida Filho (*)

O título e parte do conteúdo do último artigo de Cláudio Weber Abramo de 5/2/99 –


Contra a liberdade indiscriminada de expressão -- é uma típica reação da nomenklatura
científica quanto ao questionamento feito à teoria da evolução: não respondem
racionalmente aos problemas levantados (flagrante desprezo pelo método científico),
procuram fazer do oponente um straw man (tentando desqualificá-lo do debate) e se
fazem de vítimas do obscurantismo (atribuído aos oponentes).

Desde a publicação do artigo Desnudando Darwin: Ciência ou Ideologia? ou A relação


incestuosa da mídia brasileira com a Nomenklatura científica aqui neste
OBSERVATÓRIO ficou claramente demonstrado que a teoria da evolução é uma teoria
em crise paradigmática devido a problemas capitais: empíricos (o registro fóssil
continua dizendo não a Darwin e discípulos) e teóricos (verdadeiro smorgarsbord
teórico – para tudo há uma explicação) e que alguns veículos da mídia brasileira vêm
ocultando dos seus leitores não-especializados essa situação que, pela visão kuhniana,
pelos mais de 30 anos de crise demanda, urgentemente, uma mudança paradigmática.
Por que em Física os paradigmas são mais freqüentemente mudados do que em
Biologia? Será que os físicos sabem algo mais que os biólogos, que os levam a
confessar, humildemente, "não sabemos?"

Desde sua primeira intervenção, Abramo não respondeu a contento aos problemas
levantados, tenta desqualificar este Autor do debate científico e agora se fez de vítima
do obscurantismo epistemológico. A teoria da evolução não é, como afirma Abramo,
uma "...explicação...[entre as disponíveis] a mais simples". Ela é uma das teorias
científicas mais complicada e complexa (uma leitura mais aplicada do assunto leva a
esta conclusão...) e "que nenhuma outra racionalmente aceitável se apresenta para tomar
o seu lugar". Há sim uma outra: design inteligente, mas Abramo, juntamente com a
Nomenklatura científica (apesar de haver literatura científica de peso há mais de 20
anos propondo "design" como hipótese válida) já pontificou que ela não é racionalmente
aceitável...Leia-se A caixa preta de Darwin, de Michael J. Behe, Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Editor, 1997.

Ao contrário do que me atribuiu Abramo, não desconheço as complicações da Teoria do


Conhecimento (valor e limites do conhecimento e da relação entre o sujeito
(cientista/pesquisador) e objeto (fenômeno a ser pesquisado) "para concluir qual é a
mais aceitável entre duas explicações": devido ao rigor do método científico, a Teoria da
Evolução, por ser uma Teoria de Longo Alcance (MERTON, R., Sociologia: teoria e
estrutura. São Paulo: Mestre Jou, 1978) nada mais é do que mera conjectura que
permite "as generalizações mais abstratas, como as de Darwin sobre a origem e
evolução das espécies..." (MATALLO Jr., Heitor in A explicação científica, cap. 3,
Construindo o saber: metodologia científica, fundamentos e técnicas. Maria Cecília M.
de Carvalho, org., Campinas: Papirus, 1991). É limitada na explicação do
‘objeto/pesquisa’ como teoria científica porque suas proposições não são passíveis de
serem verificadas, i.e., falseadas. Ora, verificabilidade é condição sine qua non para
uma teoria ser considerada científica. Talvez por isso Popper tenha afirmado: "O
darwinismo não é uma teoria científica testável, mas um programa de pesquisa
metafísica" (Unended Quest: an intellectual autobiography. La Salle, IL: Open Court,
1976). É por esta e outras razões científicas é que a teoria da evolução demanda uma
mudança paradigmática.

Outros cientistas seguiram os mesmos passos de Popper. Considere-se a seguinte


declaração: "Nossa teoria da evolução tem se tornado, como Popper descreveu, uma que
não pode ser refutada por quaisquer observações possíveis. Qualquer observação
concebível pode ser inclusa nela. Ela se encontra assim, ‘fora da ciência empírica’ mas
não necessariamente falsa. Ninguém pode imaginar meios em como testá-la. Idéias, sem
base ou baseadas em alguns experimentos de laboratório realizados em sistemas
extremamente simplificados, atingiram valor além de sua validade. Eles se tornaram
parte de um dogma evolucionário aceito por muitos de nós como parte de nosso
treinamento" (BIRCH, L. C. e EHRLICH, P. R., in Evolutionary History and Population
Biology, revista Nature, Abril 1967, p. 351).

Não é apenas Almeida Filho quem afirma "que a teoria da evolução apresenta
problemas" capitais, mas um grande número de cientistas evolucionistas de renome
internacional. No pé deste artigo apresento uma pequena lista dos evolucionistas
agnósticos e suas obras.

Apesar de haver salientado a existência de uma teoria alternativa ao neodarwinismo –


design inteligente, em nenhuma instância do artigo Desnudando Darwin: Ciência ou
Ideologia? ou A relação incestuosa da mídia brasileira com a Nomenklatura científica
se propôs o criacionismo. Isso é ilação de Abramo. O SETI (Searching for
Extraterrestrial Intelligence) fundado em 1980 pelo saudoso Dr. Carl Sagan, Dr. Bruce
Murray e o Dr. Louis Friedman, é uma pesquisa científica , com apoio da NASA, em
busca de vida extraterrestre em nossa galáxia pela decodificação de uma linguagem,
exemplo típico de ciência em busca de design...Nem por isso Carl Sagan et al foram
considerados criacionistas ou deuses...Inteligências por trás do projeto SETI procurando
design na mensagem extraterrestre a ser captada. Então por que design inteligente não
pode ser considerada uma hipótese científica em Biologia?

Abramo tentou desqualificar-me do debate científico simplesmente por me apresentar


como "mestre em Estudos Bíblicos" e que "não é difícil imaginar qual desígnio e qual
mente estariam sendo propostos". Abramo, filósofo em ciências se esqueceu que
Mendel era padre e, quem diria, Darwin estudou teologia em Cambridge para ser cura
anglicano...Isso sem mencionar que Stálin também foi seminarista...O hábito não faz o
monge. O trabalho científico do primeiro é empiricamente comprovado, já a obra do
segundo...INVERIFICÁVEL! Elementos químicos adequados + Forças naturais +
Tempo (4 a 5 bilhões de anos) + Acaso (Seleção Natural + Mutações Genéticas) pode
até ser "a mais aceitável" mas não a mais plausível/factível entre duas explicações.
Metafísica pura! Ou Conto de Fadas para Adultos...

Numa réplica a Abramo salientei que para fazer Ciência não preciso de Deus como
hipótese. Preciso de fatos – Empirica empirice tratanda! Isso Abramo não fez em
nenhuma de suas respostas. Em nomear-me "crente em inteligências incorpóreas
[inobserváveis]...existência essa que, por hipótese religiosa, não pode ser acompanhada
de qualquer evidência que a sustente – se situa solidamente fora do escopo de
pensamento admissível no debate racional", Abramo diz que minha posição "não é
respeitável, não merecendo, por isso, maiores considerações". O que dizer então das
entidades inobserváveis em Física: forças, campos, quarks, até o Big Bang, que os
cientistas usam para explicar evidências observáveis? O que dizer então dos darwinistas
que postulam organismos transicionais inobserváveis e supostos processos criadores
que ocorrem lento demais para serem observados?!?!?!? Design inteligente é uma
inferência derivada de evidências biológicas! Utilizar padrão duplo é característica da
Nomenklatura científica: um padrão rigoroso de verificabilidade para as teorias
oponentes e um padrão menos rigoroso para a teoria da evolução...Isso é desonestidade
acadêmica e desprezo total pelo método científico.

A Nomenklatura científica sabe que a teoria da evolução é um mito, uma ilusão a ser
desmascarada. Assim como Mr. M. faz com o ilusionismo dos mágicos no Fantástico.
Como toda a mídia, o Zeitgeist e a Weltanschauung do Ocidente estão totalmente
mesmerizados pela filosofia naturalista mascarada de ciência, é difícil encontrar "as
condições que permitem o uso de veículos de comunicação (como é este Observatório)
para a exposição de idéias" cientificamente embasadas, mas que Abramo almeja a
interdição. Como filósofo de ciência que é, esqueceu da atitude liberal de Voltaire em
relação aos seus opositores...

Abramo menciona que "um dos direitos fundamentais do homem é o direito à


informação...honesta e correta...protegido de informação mistificadora". Ora, é
justamente nisso que os leitores não-especializados e estudantes estão tendo seus
direitos violados. Abramo sabe que Darwin está nu e que há algo de podre no reino da
Nomenklatura científica...

Alguns evolucionistas agnósticos e suas obras

AMBROSE, E. J. (1982). The Nature and Origin of the Biological World. New York:
Wiley, Halsted.

BRADY, R. H. (1982). Dogma and Doubt. Biological Journal of the Linnean Society
17:79-96.

COLLINGRIDGE, D. and EARTHY, M. (1990). Science under Stress: Crisis in Neo-


Darwinism. History and Philosophy of the Life Sciences 12:3-26

DeBEER, G. (1971). Homology: An Unsolved Problem. London: Oxford University


Press.

DENTON, M. (1986). Evolution: A Theory in Crisis. Bethesda, MD: Adler & Adler.

GRASSÉ, P.O. (1977). Evolution of Living Organisms. New York: Academic Press.

HO, W. M. (1965). Methodological Issues in Evolutionary Theory. Ph. D. thesis, Oxford


University.

LOVTRUP, S. (1987). Darwinism: The Refutation of Myth. Beckingham, Kent: Croom


Helm Ltd.
RAUP, D. Conflicts Between Darwin and Paleontology. Field Museum of Natural
History Bulletin, Vol. 50(1), 1979, p. 24.

LEWIN, R. (1980). Evolution Theory under Fire. Science 210:883.

LEWIN, R. (1988). Science 241:291. July 15 issue.

MANN, C. (1991) Lynn Margulis: Science’s Unruly Earth Mother. Science 252: 378-
381, especialmente 379.

MOORHEAD, P. S. and KAPLAN, M.S. (1967) Mathematical Challenges to the Neo-


Darwinian Interpretation of Evolution. Philadelphia: Wistar Institute Press. Vide
especialmente os trabalhos e comentários de M. Eden, M. Shutzenberger, S.M. Ulam e
P. Gavaudan.

SAUNDERS, P.R. and HO, M.W. (1982) Is Neo-Darwinism Falsifiable? – And Does it
Matter? Nature and System 4:1979-196

TETRY, A. (1966). A General History of the Sciences, vol. 4. Vide seção sobre
Evolução especialmente a página 446. London: Thames and Hudson.

WEBSTER, G. (1984). Beyond New Darwinism. London: Academic Press.

* Bacharel em Letras, Mestre em Artes (como Darwin...) em Estudos Bíblicos, Pesquisador em Educação
em Ciências

CARTAS

Com todo o respeito, o artigo do Sr. Abramo revela uma incoerência, que considero
crucial: apesar de mestre em filosofia ele propõe a detenção do conhecimento humano
(ou ciência) na mão de determinado segmento da sociedade. A frase é simples, porém,
sem sofismas. É curioso perceber que o mestre vocifera contra as ditas "verdades"
daquele outro mestre de estudo bíblicos, enquanto deixa transbordar sua intenção: impor
as suas "verdades" e defender o que julga ser de seu domínio. Penso que a ciência que
versa sobre a origem do homem pertence ao gênero humano porque é humana: e não
dos filósofos, dos físicos etc.

O sr Abramo deveria primar pelo ensinamento de Sócrates: verdades individuais não


existem. A busca pela Verdade nunca cessa. Assim, enquanto vivenciarmos duelos de
"verdades" individuais, prefiro que o canal de comunicações, de modo geral, seja
receptivo para ambas as partes.

Por outro lado, sou a favor da censura tal como o autor do artigo defende (vamos dar
"nomes aos bois"), pois a mídia e a sociedade como um todo estão violentando os
valores do homem, o que é uma tragédia moral e, por que não, espiritual?

É deprimente a hipocrisia à avessas dos dias atuais. É a ditadura do lixo: programa do


ratinho, tchan, tiazinha, as "músicas" de axé com suas letras e danças grotescas que
fazem nossas crianças rebolarem como profissionais da "antiga profissão"... Este é o
futuro do Brasil?!!! Padre Marcelo, Valter Mercado etc. etc.?
Repito: a mídia e a sociedade, pois que uma é o espelho do outra (distorcido ou não).

Aproveito, por fim, para parabenizar o jornal por sua qualidade.

Luciana R. Lauretti, bacharelanda em Direito

Fonte: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/ofjor/ofc050399d.htm

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