Sunteți pe pagina 1din 43

Programa de Química

1- Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

2- Ligações Químicas

3- Noções de Termodinâmica Química

4- Reacções Químicas

5- Electroquímica

6- Corrosão
Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Equação de Shrödinger

A equação engloba o comportamento corpuscular, em termos de massa, e o


comportamento ondulatório em termos da função de onda  (psi), que
depende da localização do sistema no espaço (tal como o electrão no
átomo).

A probabilidade de encontrar o electrão numa certa região do


espaço é proporcional ao quadrado da função de onda  2.

 2 (x, y, z) é proporcional à probabilidade electrónica no ponto (x, y, z)

Equação de Schrödinger aplicada ao Átomo de Hidrogénio

1. Especifica os estados de energia possíveis que o electrão pode ocupar


2. Identifica a função de onda correspondente ()
Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Os estados de energia e as funções de onda são caracterizados por


um conjunto de números quânticos

Uma vez conhecidos os valores de  e das


energias, podemos calcular 2 e construir o
modelo completo para o átomo de hidrogénio

A densidade electrónica dá-nos probabilidade de o electrão poder ser


encontrado numa dada região do átomo.

2 define a distribuição
Representação da distribuição da da densidade electrónica
densidade electrónica à volta do no espaço à volta do
núcleo num átomo de hidrogénio. Esta núcleo.
representação mostra a elevada
probabilidade de o electrão se
encontrar perto do núcleo.

Orbital ou orbital atómica é a função de onda  de um


electrão num átomo.
Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Números Quânticos
São necessários três números quânticos para descrever a distribuição dos
electrões no átomo de hidrogénio e noutros átomos. Estes números resultam
da solução matemática da equação de Schrödinger para o átomo de
hidrogénio e designam-se por:

-Número quântico principal (n)


-Número quântico de momento angular ou azimutal (l)
-Número quântico magnético (ml)

Estes números quânticos descrevem as orbitais atómicas e caracterizam os


electrões que nelas se encontram.

-Número quântico de spin (ms)

Descreve o comportamento específico de cada electrão

Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Número Quântico Principal


O número quântico principal, n, pode ter como valores
números inteiros 1, 2, 3….

Num átomo de hidrogénio n especifica a


energia da orbital

•O número quântico principal está


relacionado com com a distância do
electrão ao núcleo numa determinada
orbital.

Quanto maior for n, maior é a distância média entre o electrão numa


orbital e o núcleo, portanto, maior é a orbital (e menos estável).

Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Número quântico de Momento Angular


l
O número quântico de momento angular, ou azimutal, dá
informação acerca da forma das orbitais. Os valores de l
dependem do valor do número quântico principal:

l pode assumir valores inteiros de 0 a (n-1).

Valor de l 0 1 2 3 4 5

Designação da orbital s p d f g h

Um conjunto de orbitais com o mesmo valor de n


designam-se por camada.
Uma ou mais orbitais com os mesmos valores de n e l são
denominadas subcamadas
Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Número quântico Magnético ml

O número quântico magnético, ml, descreve a orientação


da orbital no espaço

Dentro de uma subcamada, o valor de ml, depende do


número quântico de momento angular,l. Para um
determinado valor de l, há (2l+1) valores inteiros de ml
cujos valores são:

-l, (-l+1), …, 0, (+l-1), +l

Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Número quântico de spin electrónico ms

As riscas do espectro de emissão podiam ser desdobradas pela na presença


de um campo magnético externo era necessário um quarto número quântico
Considerando que os electrões estão a rodar sobre o seu próprio eixo, tal como a Terra,
as suas propriedades magnéticas podem ser justificadas.

De acordo com a teoria electromagnética, uma


carga em rotação gera um campo magnético e é
esse movimento que faz com que o electrão se
N S comporte como um iman.

S N Spins de um electrão com sentido contrário aos


ponteiros do relógio(a) e com o sentido dos
ponteiros do relógio (b).
(a) (b)

Movimento giratório do electrão - spin electrónico - número quântico de spin


electrónico, ms, (+1/2 ou –1/2).
Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Orbitais Atómicas
n l ml Número de Designações das orbitais
orbitais
1 0 0 1 1s
2 0 0 1 2s
1 -1, 0, 1 3 2px, 2py, 2pz
3 0 0 1 3s
1 -1, 0, 1 3 3px, 3py, 3pz
2 -2, -1, 0, 1, 2 5 3dxy, 3dyz, 3dxz
. . . . .
. . . . .
. . . . .

Diagrama da superfície
fronteira da orbital 1s
do hidrogénio

Representação da densidade electrónica da


orbital 1s em função da distância ao
Distância do núcleo
núcleo. A densidade electrónica decresce à
medida que a distância do núcleo aumenta.
Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Orbitais s

1s 2s 3s

Todas as orbitais s têm forma esférica mas diferem no tamanho, que


aumenta à medida que aumenta o número quântico principal.

Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Orbitais p
Só existem orbitais p a partir do número quântico princípal n=2. Se n=1
então o número quântico de momento angular, l, apenas pode assumir o valor
0 - só há uma orbital 1s.

z z
z

y x x

x y y

2px 2py
2pz

As três orbitais são idênticas na dimensão, forma e energia apenas


diferem umas das outras nas suas orientações.

Os diagramas de superfície fronteira das orbitais p mostram que cada


orbital pode ser vista como dois lóbulos: o núcleo está no centro da
orbital p.
Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Orbitais d e outras de maior energia

Quando l=2 há cinco valores possíveis para ml, que correspondem a cinco orbitais d

3dz2 3dx2-y2

3dxy 3dxz 3dyz

Diagramas de superfície fronteira para as cinco orbitais 3d


Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas
Energia das Orbitais

De acordo com a equação En = - RH (1/n2), a energia de um electrão num


átomo de hidrogénio é determinada unicamente pelo seu número quântico
princípal

Apesar da distribuição da densidade


electrónica ser diferente nas
orbitais 2s e 2p, o electrão do átomo
de hidrogénio tem a mesma energia
Energia quer se encontre na orbital 2s ou 2p -
A orbitais com a mesma energia
dá-se o nome de orbitais
degeneradas.
4s 4p 4d 4f
3s 3p 3d

2s 2p

1s 1s2s=2p3s=3p=3d4s=4p=4d=4f……
Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas
Átomos Polielectrónicos

A energia do electrão num átomo polielectrónico depende do


número quântico principal e do número quântico de momento
angular.
Para os átomos polielectrónicos o nível energético 3d está
muito perto do nível energético 4s.

A energia total de um átomo depende não só do somatório das energias das


orbitais mas também das repulsões entre os electrões nessas orbitais.

1s
2s 2p
Ordem de preenchimento 3s 3p 3d
das orbitais num átomo
polielectrónico 4s 4p 4d 4f
5s 5p 5d 5f
6s 6p 6d
7s 7p

Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas
Configuração Electrónica

Os quatro números quânticos n, l, ml e ms


permitem caracterizar completamente um
electrão em qualquer orbital e em qualquer
átomo.
Em átomos polielectrónicos, é necessário
conhecer a sua configuração electrónica
Configuração Electrónica para compreender o seu comportamento.

•Forma como os electrões se distribuem pelas diferentes


orbitais
Representação da configuração electrónica do átomo de hidrogénio no estado
fundamental:

Número de electrões na
Número quântico 1s1 orbital ou subcamada
principal,n

Número quântico do
momento angular, l Diagrama H
orbital: 1s1
Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Princípio da Exclusão de Pauli

•Nenhum par de electrões num átomo polielectrónico


pode ter os quatro números quânticos iguais
Diamagnetismo e Paramagnetismo

N S
N N

S N
S S

Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Exemplo: átomo de hélio, Z=2

1s2
se os dois electrões da orbital 1s tivessem spins iguais ou paralelos,
os seu campos magnéticos reforçar-se-iam entre si. Tal arranjo
tornaria o átomo de hélio paramagnético

Substâncias paramagnéticas são atraídas por um íman.

se os spins dos electrões estão emparelhados ou seja antiparalelos,


os efeitos magnéticos anulam-se e o átomo é diamagnético

Substâncias diamagnéticas são levemente repelidas por um íman.

Um átomo com um número impar de electrões é paramagnético porque é


necessário um número par de electrões para ocorrer emparelhamento
completo.
Átomos que contêm número par de elecrões podem ser diamagnéticos ou
paramagnéticos.
Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

C (Z=6): 1s22s22p2 Regra de Hund

2px 2py 2pz 2px 2py 2pz 2px 2py 2pz

O arranjo mais estável dos electrões em subcamadas é aquele que


contém maior número de spins paralelos

2px 2py 2pz 2px 2py 2pz 2px 2py 2pz

As medidas de propriedades magnéticas fornecem a prova


Se ambos os electrões mais directa da configuração electrónica específica de cada
se situarem na mesma elemento.
orbital é maior a Os avanços na concepção de instrumentos de medida
repulsão mútua do que permitem determinar se um átomo é paramagnético e quantos
quando ocupam orbitais electrões desmparelhados estão presentes.
diferentes
Os átomos de cabono são paramagnéticos tendo dois
electrões desemparelhados.
Regra de Hund
Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Efeito de Blindagem e átomos polielectrónicos


Nos átomos polielectrónicos a orbital 2s está abaixo da orbital 2p na
escala de energia. Tomando como exemplo a configuração electrónica:

1s22s12p1

A orbital 1s está preenchida com dois electrões, uma vez que as orbitais 2s
e 2p são maiores que a orbital 1s, um electrão em qualquer destas orbitais
passa mais tempo longe do núcleo, em média que um electrão da orbital 1s.

O electrão 2s ou 2p está parcialmente blindado da força atractiva do


núcleo pelos electrões 1s. A consequência do efeito de blindagem é que
este reduz a atracção electroestática entre os protões do núcleo e o
electrão 2s ou 2p.

Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

A forma como a densidade electrónica varia numa orbital 2s e 2p é


diferente. A densidade electrónica junto do núcleo é maior para o
electrão 2s que para o electrão 2p.

Em média, um electrão 2s passa mais tempo perto do núcleo


que um electrão 2p. Diz-se então que a orbital 2s é mais
penetrante que a orbital 2p e é menos blindada pelos electrões
1s.

Conclusão:
Para o mesmo número quântico princípal, n, o poder
penetrante diminui à medida que aumenta o número
quântico de momento angular, l ou seja:
spdf…
•Uma vez que a estabilidade de um electrão é determinada pela força com que
este é atraído pelo núcleo, então é necessária menos energia para remover um
electrão 2p que um electrão 2s porque o electrão 2p não está tão fortemente
ligado ao núcleo.
Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas
Regras de distribuição dos electrões e orbitais atómicas
- Nenhum par de electrões num mesmo átomo pode ter os quatro números quânticos iguais

- Cada orbital pode ser ocupada, no máximo, por dois electrões que devem ter spins opostos

- O arranjo mais estável dos electrões numa subcamada é o que tiver maior número de
spins paralelos - regra de Hund
- No átomo de hidrogénio a energia do electrão depende apenas do seu número quântico
princípal. Num átomo polielectrónico a energia depende em simultâneo de n e do número
quântico de momento angular, l.
- Num átomo polielectrónico as subcamadas são preenchidas pela ordem:

1s
2s 2p
-Para electrões com o mesmo número
3s 3p 3d quântico principal, o seu poder de
4s 4p 4d 4f penetração ou proximidade do núcleo
5s 5p 5d 5f decresce na ordem: spdf…
6s 6p 6d
7s 7p

Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas
Princípio do preenchimento
Excepto o H e o He, as configurações electrónicas de todos os elementos são
representadas por um cerne de gás nobre que apresenta entre parêntesis
rectos o elemento gás nobre que precede o elemento considerado, seguido pelos
símbolos correspondentes ás subcamadas preenchidas das camadas externas.
Z=2 (Hélio) 1s2
Z=10 (Neon) 1s2 2s22p6
Z=18 (Argon) 1s2 2s22p6 3s23p6
Z=36 (Kripton) 1s2 2s22p6 3s23p6 4s23d104p6
Z=54 (Xenon) 1s2 2s22p6 3s23p6 4s23d104p6 5s24d105p6
Z=86 (Radon) 1s2 2s22p6 3s23p6 4s23d104p6 5s24d105p6 6s24f145d106p6
Configuração Electrónica dos Elementos
Potássio Z=19 1s2 2s22p6 3s23p6 4s1 [Ar]4s1
Cálcio Z=20 1s2 2s22p6 3s23p6 4s1 [Ar]4s2
O preenchimento da orbital 4s antes da orbital 3d está relacionado com a
energia destas orbitais em átomos polielectrónicos  observações
espectroscópicas
Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Classificação dos elementos na Tabela Periódica de acordo com a subcamada


que está a ser preenchida

Elementos Representativos

Elementos de Transição

Actinídeos
Lantanídeos

Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

- Os elementos do escândio (Z=21) ao cobre (Z=29) são metais de transição; os


metais de transição têm camadas d não completamente preenchidas ou dão
facilmente origem a catiões com subcamadas d não completamente preenchidas.

1ª série de metais de transição - os


electrões adicionados são colocados nas
Excepção: orbitais d de acordo com a regra de
Z=24 Crómio Z=29 Cobre Hund.

Ar4s13d5 Ar4s13d10 Proximidade energética


entre as orbitais 3d e
4s em átomos
Ar4s23d4 Ar4s23d9 polielectrónicos

No início da série o nível 4s tem uma energia menor que o nível 3d porque é mais
penetrante. À medida que andamos da esquerda para a direita na série, aumenta a
carga nuclear, o cerne de electrões do Argon é mais atraído e o seu efeito
penetrante diminui  3d é cada vez mais estável comparativamente com 4s.
Há uma estabilidade suplementar associada a:
- subcamadas semipreenchidas (3d5)
- subcamadas completamente preenchidas (3d10)
Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Os electrões nas mesmas subcamadas (orbitais d) têm a mesma energia mas


distribuições espaciais diferentes, portanto o efeito de blindagem de cada
um sobre os outros é relativamente pequena e os electrões com configuração
3d5 são mais fortemente atraídos pelo núcleo.

De acordo com a regra de Hund:

6 electrões
4s1 3d5
desemparelhados

Estabilidade adquirida pelo


preenchimento completo das
4s1 3d10 orbitais d

Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Relações periódicas entre os elementos


No século XIX, quando os químicos tinham penas uma vaga ideia da existência de
átomos e moléculas e não sabiam da existência de electrões e protões idealizaram
a Tabela Periódica com base nos conhecimentos acerca de massas atómicas.

Jonh Newlands, químico inglês, reparou que quando dispostos segundo as suas
massas atómicas cada oitavo elemento tinha propriedades semelhantes - lei das
oitavas  esta lei era inadequada para elementos além do cálcio.

Em 1869 Dimitri Mendeleiev e Lothar Meyers propuseram independentemente uma


disposição dos elementos em tabela muito mais extensiva baseada na repetição
regular e periódica das propriedades.

A classificação apresentada por Mendeleiev apresentava dois avanços significativos


(1)- agrupou os elementos de forma exacta.
(2)- tornou possivel a previsão de propriedades de elementos que ainda não tinham
sido descobertos.

Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Evolução da Tabela Periódica:

Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas
Classificação Periódica dos Elementos
A configuração electrónica dos elementos ajuda a explicar a ocorrência periódica
das propriedades físicas e químicas. A importância da Tabela Periódica baseia-se no
facto de que podemos usar conhecimentos das propriedades gerais e tendências,
dentro de um grupo ou de um período, para prever com rigor considerável as
propriedades de qualquer elemento.

Os electrões exteriores de um átomo, que são os que estão envolvidos nas


ligações químicas, designam-se por electrões de valência.
Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Tabela Periódica:

Elementos Representativos
Gases Nobres
Metais
Alcalinos
Não metal

Metaloides

Metais

Metais Metais de Transição


Actinídeos
Alcalino-Terrosos
Lantanídeos

Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas
Configuração electrónica de catiões e aniões
•Iões que derivam de elementos representativos
Na formação de um catião a partir de um átomo neutro de um elemento representativo,
são removidos um ou mais electrões da camada n ocupada mais exterior.
Exemplos: Na Ne3s1 Na+ Ne
Ca Ar4s 2 Ca 2+ Ar Configuração estável de
Al Ne3s 3p
2 1 Al3+ Ne gás nobre

Na formação de um anião, a partir de um átomo neutro, acrescenta-se um ou mais


electrões à camada parcialmente ocupada mais externa.
Exemplos: H 1s1 H- 1s2 ou He
F 1s22s22p5 F- 1s22s22p6 ou Ne Configuração estável
O 1s22s22p4 O2- 1s22s22p6 ou Ne de gás nobre
N 1s22s22p3 N3- 1s22s22p6 ou Ne

A maioria dos elementos representativos dão origem a iões com configuração


electrónica exterior de gás nobre ns2 np6.

Iões ou átomos e iões que tenham o mesmo número de electrões, e


portanto a mesma configuração electrónica no estado fundamental
designam-se por isoelectrónicos
Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Catiões que derivam de metais de transição

Na formação de um catião a partir de um átomo de metal de


transição, os electrões são primeiramente removidos de uma orbital
ns e só em seguida das orbitais (n-1)d. A maioria dos metais de
transição pode formar mais de um catião e frequentemente os
catiões não são isoelectrónicos dos gases raros que os precedem.

Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Variação Periódica das propriedades físicas

Carga Nuclear Efectiva

A presença de electrões de blindagem


As forças repulsivas entre electrões
reduz a atracção electroestática
num átomo polielectrónico reduzem
entre os protões do núcleo,
ainda mais a força atractiva exercida
carregados positivamente, e os
pelo núcleo.
electrões externos.

O conceito de carga nuclear efectiva permite entrar em conta


com a blindagem nas propriedades periódicas. A carga nuclear
efectiva Zef é dada por:

Zef = Z - 
Carga nuclear real Constante de blindagem

Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas
Raio Atómico
Algumas propriedades físicas como a densidade, o ponto de fusão e o ponto de
ebulição estão relacionadas com o tamanho dos átomos.

Considera-se o tamanho de um átomo como sendo o volume que contém cerca


de 90% do total da densidade electrónica à volta do núcleo.

O Raio Atómico é metade da distância entre dois núcleos de dois


átomos metálicos adjacentes. Para elementos que existam como
moléculas diatómicas simples, o raio atómico é metade da distância
entre os núcleos dos dois átomos numa determinada molécula.

Elementos metálicos: A estrutura dos metais é muito variada


mas todos partilham da característica de os seus átomos
estarem ligados uns aos outros numa rede tridmensional.

Na Tabela Periódica o raio atómico:


•diminui ao longo do período
Quanto maior for a carga nuclear efectiva, mais
•aumenta ao longo do grupo
fortemente os electrões são atraídos e menor é o
raio atómico.
Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Variação Periódica do Raio Atómico

Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Raio Iónico

O raio iónico é o raio de Influencia as propriedades físicas e


um catião ou de um anião químicas de um composto iónico

Quando um átomo neutro é convertido num ião

Anião Catião
o seu tamanho ou raio aumenta uma vez o seu tamanho ou raio diminui uma vez que a
que a carga nuclear permanece constante remoção de um ou mais electrões reduz a
e aumentam as repulsões resultantes dos repulsão electrónica permanecendo a carga
electrões adicionais ou seja vai aumentar nuclear igual ou seja vai diminuir a extensão
a extensão da nuvem electrónica da nuvem electrónica

Para iões isoelectrónicos os catiões são menores que os aniões


Na (Z=11) F (Z=9)
Na+ 1s2 2s2 2p6 F- 1s2 2s2 2p6

95 136
Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Nos catiões isoelectrónicos os raios dos iões tripositivos são menores que os
dos iões dipositivos que por sua vez são menores do que os iões
monopositivos

O ião Al3+ tem o mesmo número de electrões do Mg2+


e tem mais um protão, então a nuvem electrónica no
Na+ Mg2+ Al3+ Al3+ é mais atraída pelo núcleo que no Al3+.O menor
raio do Mg2+ comparado com o do Na+ pode explicar-
se de igual modo.

Nos aniões isoelectrónicos verificamos que os raios dos iões aumentam


quando avançamos no sentido iões mononegativos, iões dinegativos etc.

O ião óxido é maior que o ião fluoreto porque o


oxigénio tem menos um protão do que o fluor e a sua
O2- F- nuvem electrónica espalha-se por uma maior extensão

Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Variação do Raio Iónico ao longo da Tabela Periódica

Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Variação das Propriedades Físicas ao longo do Período

A estabilidade dos electrões externos reflecte-se


directamente na energia de ionização do átomo.

A energia de ionização é a energia mínima necessária para remover um


electrão de um átomo gasoso no seu estado fundamental.

A magnitude da energia de ionização é uma medida do esforço


necessário para forçar um átomo a libertar um electrão ou seja da
força com que o electrão está preso no átomo

Energia + X(g)  X+(g)+ e- primeira energia de ionização (I1)


Energia + X+(g)  X2+(g)+ e- segunda energia de ionização (I2)
Energia + X2+(g)  X3+(g)+ e- terceira energia de ionização (I3)
I1I2I3

Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

De uma forma geral as energias de ionização dos elementos de um período


aumentam com o aumento do número atómico. Esta variação pode ser explicada
tendo em conta o aumento da carga nuclear efectiva da esquerda para a direita
(como acontecia com os raios atómicos)
Uma maior carga efectiva significa que o electrão Os valores mais elevados
exterior está mais ligado ao núcleo e portanto de energias de ionização
corresponde a um valor maior da primeira energia são observados, como
de ionização. seria de esperar, para os
gases nobres.

Grupo 1B- Metais Alcalino-Terrosos


Grupo 1A- Metais Alcalinos Os metais alcalino-terrosos têm as
Os metais alcalinos apresentam as duas primeiras energias de
mais baixas energias de ionização. ionização maiores que as dos metais
Têm um electrão de valência (ns1) que alcalinos. Uma vez que têm dois
está eficientemente blindado pelas electrões de valência que não
camadas internas completamente exercem blindagem significativa um
preenchidas ► é energeticamente fácil sobre o outro a carga nuclear
remover um electrão de um metal efectiva para um metal alcalino-
alcalino para formar um ião terroso é maior que para o metal
monopositivo alcalino precedente.
Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Variação Periódica
da Energia de Energia de Ionização

Os metais têm energias de ionização relativamente baixas, enquanto que as


energias de ionização dos não metais são elevadas.
As energias de ionização dos metalóides situam-se entre as dos metais e as
dos não metais
Estas diferenças nas energias de ionização explicam porque é que nos
compostos iónicos os metais estão na forma de catiões e os não metais na
forma de aniões
Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Excepções

Grupos 2A e 3A Os átomos do grupo 3A têm um único electrão na


Be B subcamada exterior p (ns2 np1) bastante bem blindado
pelos electrões internos e pelos electrões ns2. É necessário
Mg Al
menos energia para remover este electrão p solitário do
que para remover um electrão s do mesmo nível de energia
principal - Isto explica as mais baixas energias de
ionização do grupo 3A em relação ao grupo 2A no mesmo
período

Grupos 5A e 6A Nos elementos do grupo 6A (ns2 np4) o electrão


N O adicional tem de estar emparelhado com um dos
P S outros 3 electrões p. A proximidade de dois
electrões na mesma orbital resulta numa maior
repulsão electroestática, que torna mais fácil
Nos elementos do grupo 5A (ns2np3) ionizar um elemento do grupo 6A, apesar de a
os electrões p encontram-se em 3 carga nuclear ter aumentado 1 unidade- as
orbitais separadas de acordo com a energias de ionização no grupo 6A são menores
regra de Hund que as do grupo 5A no mesmo período.

Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Uma propriedade dos átomos que infuencia fortemente o seu comportamento


químico é a sua capacidade para aceitar um ou mais electrões. Esta capacidade é
medida pela afinidade electrónica que é a variação de energia que ocorre
quando um electrão é captado por um átomo no estado gasoso.

O processo pode ser traduzido pela equação: X(g)+e-  X-(g)

De acordo com convenções


utilizadas em termoquímica, é
atribuído um valor negativo à
afinidade electrónica quando há
libertação de energia.
Quanto mais negativa for a afinidade
electrónica maior a tendência de um
átomo para captar um electrão.

Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges
Cap1 - Estrutura Atómica e Propriedades Periódicas

Variação Periódica da Afinidade Electrónica

Quimica
ISEL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Cristina Borges

S-ar putea să vă placă și