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2. Organismos, cartas e convenções sobre o património arquitectónico

Organismos, cartas, convenções e recomendações internacionais:

1. Carta de Atenas (de restauro de monumentos) – 1931


2. Carta de Atenas (CIAM) – 1933
3. UNESCO (1945)
4. Convenção de Haia (UNESCO), convenção para a protecção dos bens culturais em caso de conflito armado – 1954
5. Congresso Internacional de Arquitectos e Técnicos de Monumentos em Paris – 1957
6. Carta de Veneza – 1964
7. ICOMOS (1965)
8. Conselho da Europa
9. Convenção do Património Mundial Cultural e Natural (UNESCO) – 1972
10. Carta de Amesterdão/ Carta Europeia do Património Arquitectónico – 1975
11. Carta de Cracóvia – 2000

1. Carta de Atenas de restauro de monumentos – 1931

Em 1931, o Conselho Internacional de Museus, organiza a Conferência Internacional de Atenas, a propósito da restauração de
monumentos nela é introduzida pela primeira vez, a noção de património internacional e prevendo mesmo um procedimento de
solidariedade internacional, tanto no plano jurídico, como no plano científico. Embora se fale no conceito de monumento
histórico isolado, discutem-se os problemas das envolventes aos monumentos, destacando-se o perigo da poluição.

Principais temas debatidos:

• Apresentação das diferentes legislações em matéria de protecção e conservação de monumentos históricos e artísticos;
• O restauro de monumentos, seus princípios gerais e estudo comparativo de doutrinas;
• A degradação provocada pela passagem do tempo e por efeito dos agentes atmosféricos;
• A envolvente dos monumentos;
• A utilização dos monumentos – usos perigosos para a sua segurança ou compatíveis com o seu carácter artístico ou
histórico.

Principais Conclusões:
• Os restauros, quando inevitáveis, deverão respeitar a obra histórica e artística do passado, sem excluir estilos de qualquer
época;
• A utilização dos monumentos deve respeitar o seu carácter histórico e artístico;
• O interesse da colectividade sobrepõe-se ao interesse privado. Deve ter-se em conta o sacrifício exigido aos proprietários,
na óptica de preservar o interesse geral;

• Deve respeitar-se o carácter e a fisionomia das cidades, sobretudo nas vizinhanças dos monumentos;

• É de aceitar o emprego criterioso de materiais e técnicas modernas para a consolidação de edifícios antigos;

• Nas condições de vida moderna, os monumentos são cada vez mais ameaçados pelos agentes atmosféricos, pelo que é
necessária a colaboração dos especialistas: físicos, químicos e biológicos;

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• O emprego de materiais modernos na conservação de uma ruína deve ser sempre passível de reconhecimento (no sentido
de evitar mimetimos);
• A conservação de Monumentos exige uma cooperação intelectual universal e deverá constituir objectivo educacional para a
juventude.

2. Carta de Atenas – CIAM – 1933

A quarta assembleia do CIAM (Congresso Internacional de Arquitectura Moderna), realizada em Atenas em 1933, adopta os
princípios de uma Carta de Urbanismo, que passara a ser conhecida como CARTA DE ATENAS. Redigida por Le Corbusier e
publicada em 1933, nos Amalles Técniques. A grande tese funcionalista do urbanismo, testemunho principal deste texto, será
então resumida em quatro palavras célebres: HABITAR, TRABALHAR, RECREAR-SE, CIRCULAR.
No ponto 5 do seu manifesto, aborda, em seis parágrafos, a síntese do património histórico, preconizando:
1. “Os valores arquitecturais devem ser salvaguardados (edifícios isolados ou conjuntos urbanos);
2. Deverão ser salvaguardados se são a expressão de uma cultura e se eles respondem a um interesse geral;
3. Se a sua conservação não tem por consequência o sacrifício das suas populações mantidas em condições insalubres;
4. Se for possível remediar a sua presença prejudicial por medidas radicais; por exemplo o desvio de elementos vitais de
circulação; e mesmo a deslocação de centros até hoje considerados imutáveis;
5. A destruição dos casebres à volta dos monumentos históricos fornecerá a oportunidade de criar espaços verdes.

6. O emprego de estilos do passado, sob o pretexto da estética nas novas construções erguidas nas zonas históricas, tem
consequências nefastas. A manutenção de tais práticas ou a introdução de tais iniciativas não será tolerada sob forma
nenhuma.”

A II Guerra Mundial com as suas destruições massivas, acaba brutalmente com estas preocupações idealistas embora de um
idealismo racional.

3. Convenção de Haia (UNESCO), convenção para a protecção dos bens culturais em caso de conflito
armado – 1954

Assinada em Haia em 1954 sob a iniciativa da UNESCO, é o primeiro sinal de renovação num mundo ainda em ruínas.
É preconizada a criação de um inventário, em tempo de paz, dos bens culturais que representam maior importância,
inscrevendo-os sob um registo internacional. Os países signatários obrigam-se a um respeito mútuo, salvo em caso de
necessidade militar imperativa.
A criação da UNESCO (1945) e os grandes problemas postos pela restauração de monumentos destruídos no decurso de
hostilidades darão um novo rigor à colaboração internacional no domínio da conservação de monumentos, continuando a
própria UNESCO a promover iniciativas, dentro das quais se destacam:

• A protecção face às grandes obras públicas, 1964

• Colóquios de Budapeste, reunido pelo Comité para o Habitat da Comissão Económica para a Europa são evocados os
problemas de modernização para os centros urbanos, 1970

• Convenção de Paris que propõe medidas científicas, administrativas, jurídicas, financeiras a tomar pelos estados membros,
com vista a preservar os monumentos, conjuntos e sítios nos seus territórios.
4. Congresso Internacional de Arquitectos e Técnicos de Monumentos em Paris – 1957

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Os profissionais da conservação de monumentos estão conscientes de um novo facto: não se trata só de enumerar e
salvaguardar os grandes monumentos do passado – com efeito, estes estão, em principio, fora de perigo, tal como as peças de
museu conservadas no local – é necessário dar ao património a sua verdadeira dimensão e aos monumentos o seu
enquadramento.

O congresso formulou as seguintes prescrições:


1. Que os países que ainda não dispõem de uma organização governamental da protecção dos monumentos prevejam uma
estrutura de tutela.
2. Que seja encarada a criação de uma assembleia internacional de arquitectos e técnicos de monumentos históricos.
3. Que o ensino profissional especializado do pessoal, quadros, operários e artesãos seja estudado e que seja assegurado a
esta mão-de-obra especializada uma remuneração correspondente às suas aptidões.
4. Que os problemas higrométricos que se colocam nos monumentos sejam objecto de um colóquio.
5. Que se faça apelo à contribuição dos artistas contemporâneos para a decoração dos monumentos.
6. Que os arquitectos e os arqueólogos colaborem estreitamente.
7. Que os arquitectos e os arqueólogos colaborem para assegurar a integração dos monumentos no ordenamento das cidades.

5. Carta de Veneza – 1964

No segundo Congresso Internacional de Arquitectos e Técnicos de Monumentos Históricos, decorrido em Veneza em 1964,
foram adoptadas 13 resoluções pelos Congressistas. A primeira será a CARTA INTERNACIONAL DO RESTAURO, mais
conhecida por CARTA DE VENEZA. A segunda será a criação do Conselho Internacional de Monumentos e Sitíos (ICOMOS)
sob a proposta da UNESCO.

Principais conclusões:

• Reconhecimento da responsabilidade de salvaguarda dos edifícios históricos para as gerações futuras;

• Alargamento do conceito de monumento histórico ao local onde o edifício se encontra implantado;

• Reconhecimento da importância, não apenas das grandes criações arquitectónicas, mas também de todas as outras que
tenham adquirido um significado cultural relevante;
• Necessidade de manutenções periódicas;

• Reconhecimento da importância para a conservação dos edifícios históricos e de lhes serem atribuídos fins sociais úteis;

• Ênfase na utilização de técnicas tradicionais, sempre que possível, nas acções de conservação;
• Reconhecimento da importância das contribuições de várias épocas existentes nos edifícios;

• Reconhecimento da anastylosis como único método válido de reconstrução de ruínas arqueológicas;

• Necessidade de existência de documentação e registos sistemáticos em todos os trabalhos de conservação.

6. ICOMOS – Conselho Internacional de Monumentos e Sítios – 1965

O Conselho Internacional de Monumentos e Sítios, fundado em 1965, reuniu principalmente peritos internacionais.

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Examina sobretudo problemas técnicos da salvaguarda, tendo-se debruçado sucessivamente, de 1967 a 1974, sobre a
salvaguarda dos conjuntos históricos, sobre os problemas da circulação, do aspecto das cidades antigas, da arquitectura
contemporânea num meio antigo e a sua integração.

7. Conselho da Europa

Considerando que uma política verdadeiramente eficaz apenas seria possível com o apoio dos governos, o Conselho da Europa
tentou convencê-los do perigo eminente que ameaça o seu património, tentando coordenar a sua acção.
Por isso, a partir de 1963, por iniciativa da assembleia consultiva, e ao longo de numerosos debates a que se seguiram, o
Conselho da Europa tentou lançar os fundamentos duma política de “defesa e valorização dos sítios e conjuntos históricos e
artísticos”.

8. Convenção do Património Mundial Cultural e Natural – UNESCO – 1972

Para esta convenção são considerados como património cultural:


Os Monumentos: obras arquitectónicas, de escultura ou pintura monumentais, elementos de estruturas de carácter
arqueológico, inscrições, grutas e grupos de elementos com valor universal excepcional do ponto de vista da arte, da história ou
da ciência.
Os Conjuntos: grupos de construção isolados ou reunidos que em virtude da sua arquitectura, unidade ou integração na
paisagem, têm um valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência.
Os Sítios: obras do homem e da natureza, e as zonas, incluindo os locais de interesse arqueológico, com valor universal
excepcional do ponto de vista histórico, estético, etnológico ou antropológico.

9. Carta de Amesterdão/ Carta Europeia do Património Arquitectónico – 1975

O Congresso de Amesterdão, ao encerrar o Ano Europeu do Património Arquitectónico de 1975, reunindo delegados vindos da
Europa, acolhe calorosamente a Carta Europeia do Património Arquitectónico promulgada pelo Comité dos Ministros do
Conselho da Europa. Reconhece que a arquitectura europeia é património comum a todos os seus povos e afirma a intenção
dos estados membros de cooperar entre si e com os outros estados europeus no sentido de proteger esse património.

Principais conclusões:

1. O património arquitectónico europeu é formado, não apenas pelos monumentos mais importantes, mas também pelos
conjuntos que constituem as nossas cidades antigas e as nossas aldeias com tradições no seu ambiente natural ou
construído.

2. A encarnação do passado no património arquitectónico constitui um ambiente indispensável ao equilíbrio e ao desabrochar


do homem.
3. O património arquitectónico é um capital espiritual, cultural, económico e social de valor insubstituível.
4. A estrutura dos patrimónios arquitectónicos favorece o equilíbrio harmonioso das sociedades.
5. O património arquitectónico tem valor educativo determinante.
6. Este património está em perigo.
7. A conservação integrada afasta as ameaças.

8. A conservação integrada pressupõe a colocação em prática dos instrumentos jurídicos, administrativos, financeiros e
técnicos.

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9. A participação de todos é indispensável ao sucesso da conservação.


10. O património arquitectónico é um bem comum do nosso continente.

10. Carta de Cracóvia 2000

Definições:

• Património é o conjunto das obras do homem nas quais uma comunidade reconhece os seus valores específicos e
particulares e com os quais se identifica. A identificação e a especificação do património é, assim, um processo relacionado
com a selecção de valores.
• Monumento é uma identidade identificada pelo seu valor e que constitui um suporte da memória. Nele, a memória
reconhece todos os aspectos relevantes que guardam uma relação com actos e pensamentos humanos, associados ao
curso da história e, todavia, acessíveis a todos.
• Autenticidade significa a soma de características substanciais, historicamente determinadas do original até ao estado
actual, como resultado de transformações que ocorreram ao longo do tempo.
• Identidade entende-se como referência comum de valores presentes, gerados na esfera de uma comunidade, e os valores
passados identificados na autenticidade do monumento.
• Conservação é o conjunto de atitudes de uma comunidade dirigidas no sentido de tornar perdurável o património e os seus
monumentos. A conservação é feita com respeito pelo significado da identidade do monumento e dos valores que lhe estão
associados.

• Restauro é uma intervenção dirigida sobre um bem patrimonial cujo objectivo é a conservação da sua autenticidade e da
sua apropriação pela comunidade.

Objectivos e métodos:

• Deve evitar-se a reconstrução no “estilo do edifício” de partes inteiras do mesmo. A reconstrução de partes muito limitadas
com significado arquitectónico pode ser excepcionalmente aceite, na condição de que se fundamente em documentação
precisa e irrefutável. Se for necessário, para o adequado uso do edifício incorporar partes espaciais e funcionais mais
extensas, deve reflectir-se nelas a linguagem actual. A reconstrução de um edifício na sua totalidade, destruído por um
conflito armado ou por desastres naturais, só é aceitável se existirem motivos sociais ou culturais excepcionais que estejam
relacionados com a identidade própria da comunidade.

• A conservação do património edificado é feita segundo o projecto de restauro, que inclui a estratégia para a sua
conservação ao longo prazo. Este projecto de restauro deverá basear-se numa gama de opções técnicas apropriadas e
preparadas segundo um processo cognitivo que integre a recolha de informação e o conhecimento profundo do imóvel e/ou
da sua localização. Este processo inclui o estudo estrutural, análises gráficas, de volumetria, e de identificação do
significado histórico, artístico e sociocultural. No projecto de restauro devem participar todas as disciplinas pertinentes, e a
coordenação deverá ser levada a cabo por uma pessoa qualificada e bem formada em conservação e restauro.

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