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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2013 - FIBRIA CELULOSE S.A.

Versão : 1

Índice

Dados da Empresa
Composição do Capital 1

DFs Individuais
Balanço Patrimonial Ativo 2

Balanço Patrimonial Passivo 4

Demonstração do Resultado 6

Demonstração do Resultado Abrangente 7

Demonstração do Fluxo de Caixa 8

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

DMPL - 01/01/2013 à 31/12/2013 11

DMPL - 01/01/2012 à 31/12/2012 12

DMPL - 01/01/2011 à 31/12/2011 13

Demonstração do Valor Adicionado 14

DFs Consolidadas
Balanço Patrimonial Ativo 16

Balanço Patrimonial Passivo 18

Demonstração do Resultado 20

Demonstração do Resultado Abrangente 22

Demonstração do Fluxo de Caixa 23

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

DMPL - 01/01/2013 à 31/12/2013 26

DMPL - 01/01/2012 à 31/12/2012 27

DMPL - 01/01/2011 à 31/12/2011 28

Demonstração do Valor Adicionado 29

Relatório da Administração 31

Notas Explicativas 49

Comentário Sobre o Comportamento das Projeções Empresariais 165

Proposta de Orçamento de Capital 188

Outras Informações que a Companhia Entenda Relevantes 190

Pareceres e Declarações
Parecer dos Auditores Independentes - Sem Ressalva 191
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Índice

Parecer do Conselho Fiscal ou Órgão Equivalente 193

Declaração dos Diretores sobre as Demonstrações Financeiras 194

Declaração dos Diretores sobre o Parecer dos Auditores Independentes 195


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Dados da Empresa / Composição do Capital

Número de Ações Último Exercício Social


(Unidades) 31/12/2013
Do Capital Integralizado
Ordinárias 553.591.822
Preferenciais 0
Total 553.591.822

Em Tesouraria
Ordinárias 342.824
Preferenciais 0
Total 342.824

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DFs Individuais / Balanço Patrimonial Ativo

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 31/12/2013 31/12/2012 31/12/2011
1 Ativo Total 27.716.882 27.948.681 27.632.621
1.01 Ativo Circulante 4.121.152 4.220.977 3.579.856
1.01.01 Caixa e Equivalentes de Caixa 548 5.355 24.755
1.01.02 Aplicações Financeiras 658.973 1.613.854 1.401.869
1.01.02.01 Aplicações Financeiras Avaliadas a Valor Justo 658.973 1.613.854 1.401.869
1.01.02.01.01 Títulos para Negociação 658.973 1.613.854 1.401.869
1.01.03 Contas a Receber 2.204.734 1.212.764 790.942
1.01.03.01 Clientes 1.459.433 1.212.764 790.942
1.01.03.02 Outras Contas a Receber 745.301 0 0
1.01.03.02.01 Contas a receber relativo a venda de terras e benfeitorias (Nota 1(e)) 745.301 0 0
1.01.04 Estoques 423.350 457.242 383.442
1.01.06 Tributos a Recuperar 133.089 145.642 225.890
1.01.08 Outros Ativos Circulantes 700.458 786.120 752.958
1.01.08.01 Ativos Não-Correntes a Venda 589.849 589.849 644.166
1.01.08.03 Outros 110.609 196.271 108.792
1.01.08.03.01 Instrumentos Financeiros Derivativos 22.537 18.344 31.638
1.01.08.03.02 Outros 88.072 177.927 77.154
1.02 Ativo Não Circulante 23.595.730 23.727.704 24.052.765
1.02.01 Ativo Realizável a Longo Prazo 4.265.342 3.915.751 3.856.138
1.02.01.02 Aplicações Financeiras Avaliadas ao Custo Amortizado 30.326 0 0
1.02.01.02.01 Títulos Mantidos até o Vencimento 30.326 0 0
1.02.01.05 Ativos Biológicos 1.741.810 1.791.704 1.970.870
1.02.01.06 Tributos Diferidos 915.921 809.906 753.754
1.02.01.06.01 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 915.921 809.906 753.754
1.02.01.08 Créditos com Partes Relacionadas 61 113 2.389
1.02.01.08.01 Créditos com Coligadas 61 113 2.389
1.02.01.09 Outros Ativos Não Circulantes 1.577.224 1.314.028 1.129.125
1.02.01.09.03 Instrumentos Financeiros Derivativos 71.017 26.475 43.446
1.02.01.09.04 Impostos a Recuperar 570.612 467.239 371.598

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DFs Individuais / Balanço Patrimonial Ativo

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 31/12/2013 31/12/2012 31/12/2011
1.02.01.09.05 Adiantamento a Fornecedores 506.591 517.023 510.122
1.02.01.09.06 Demais Contas a Receber 243.567 157.458 76.425
1.02.01.09.07 Depósitos Judiciais 185.437 145.833 127.534
1.02.02 Investimentos 9.299.814 8.851.967 8.810.543
1.02.02.01 Participações Societárias 9.299.814 8.851.967 8.810.543
1.02.02.01.01 Participações em Coligadas 0 0 7.506
1.02.02.01.02 Participações em Controladas 7.596.169 7.094.294 7.048.427
1.02.02.01.03 Participações em Controladas em Conjunto 1.656.723 1.716.999 1.754.610
1.02.02.01.04 Outras Participações Societárias 46.922 40.674 0
1.02.03 Imobilizado 5.400.568 6.247.777 6.581.826
1.02.03.01 Imobilizado em Operação 5.400.568 6.247.777 6.581.826
1.02.04 Intangível 4.630.006 4.712.209 4.804.258
1.02.04.01 Intangíveis 4.630.006 4.712.209 4.804.258
1.02.04.01.02 Intangíveis 4.630.006 4.712.209 4.804.258

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DFs Individuais / Balanço Patrimonial Passivo

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 31/12/2013 31/12/2012 31/12/2011
2 Passivo Total 27.716.882 27.948.681 27.632.621
2.01 Passivo Circulante 3.049.958 2.446.650 2.500.194
2.01.01 Obrigações Sociais e Trabalhistas 91.407 94.987 103.139
2.01.01.02 Obrigações Trabalhistas 91.407 94.987 103.139
2.01.01.02.01 Salários e Encargos Sociais 91.407 94.987 103.139
2.01.02 Fornecedores 344.487 239.725 235.126
2.01.02.01 Fornecedores Nacionais 332.752 230.944 231.061
2.01.02.02 Fornecedores Estrangeiros 11.735 8.781 4.065
2.01.03 Obrigações Fiscais 18.426 19.332 32.533
2.01.03.01 Obrigações Fiscais Federais 9.660 9.555 13.443
2.01.03.01.01 Imposto de Renda e Contribuição Social a Pagar 9.660 9.555 13.443
2.01.03.02 Obrigações Fiscais Estaduais 3.111 3.221 9.579
2.01.03.03 Obrigações Fiscais Municipais 5.655 6.556 9.511
2.01.04 Empréstimos e Financiamentos 1.159.173 732.307 763.658
2.01.04.01 Empréstimos e Financiamentos 1.159.173 732.307 763.658
2.01.04.01.01 Em Moeda Nacional 396.548 241.510 178.445
2.01.04.01.02 Em Moeda Estrangeira 762.625 490.797 585.213
2.01.05 Outras Obrigações 1.436.465 1.360.299 1.365.738
2.01.05.01 Passivos com Partes Relacionadas 600.339 499.225 981.467
2.01.05.01.02 Débitos com Controladas 600.339 499.225 981.467
2.01.05.02 Outros 836.126 861.074 384.271
2.01.05.02.01 Dividendos e JCP a Pagar 274 392 392
2.01.05.02.04 Obrigações com Instrumentos Derivativos 106.793 54.252 163.534
2.01.05.02.06 Demais Contas a Pagar 259.059 336.430 220.345
2.01.05.02.07 Passivos relacionados aos ativos mantidos para venda 470.000 470.000 0
2.02 Passivo Não Circulante 10.222.025 10.368.433 10.628.561
2.02.01 Empréstimos e Financiamentos 3.872.049 4.252.156 4.323.379
2.02.01.01 Empréstimos e Financiamentos 3.872.049 4.252.156 4.323.379
2.02.01.01.01 Em Moeda Nacional 2.013.955 1.838.801 1.651.186

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DFs Individuais / Balanço Patrimonial Passivo

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 31/12/2013 31/12/2012 31/12/2011
2.02.01.01.02 Em Moeda Estrangeira 1.858.094 2.413.355 2.672.193
2.02.02 Outras Obrigações 6.262.854 6.042.762 5.847.586
2.02.02.01 Passivos com Partes Relacionadas 5.698.947 5.575.731 5.547.501
2.02.02.01.02 Débitos com Controladas 5.698.947 5.575.731 5.547.501
2.02.02.02 Outros 563.907 467.031 300.085
2.02.02.02.03 Obrigações com Instrumentos Derivativos 451.087 263.646 125.437
2.02.02.02.05 Demais Contas a Pagar 112.820 125.928 98.388
2.02.02.02.06 Obrigações Fiscais 0 77.457 76.260
2.02.03 Tributos Diferidos 0 0 372.641
2.02.03.01 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 0 0 372.641
2.02.04 Provisões 87.122 73.515 84.955
2.02.04.01 Provisões Fiscais Previdenciárias Trabalhistas e Cíveis 87.122 73.515 84.955
2.02.04.01.05 Provisões para Contingências 87.122 73.515 84.955
2.03 Patrimônio Líquido 14.444.899 15.133.598 14.503.866
2.03.01 Capital Social Realizado 9.729.006 9.729.006 8.379.397
2.03.02 Reservas de Capital -7.658 -7.658 -7.658
2.03.02.05 Ações em Tesouraria -10.346 -10.346 -10.346
2.03.02.07 Reserva de Capital 2.688 2.688 2.688
2.03.04 Reservas de Lucros 3.109.281 3.815.584 4.520.290
2.03.04.01 Reserva Legal 303.800 303.800 303.800
2.03.04.10 Reserva para Investimentos 2.805.481 3.511.784 4.216.490
2.03.08 Outros Resultados Abrangentes 1.614.270 1.596.666 1.611.837

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DFs Individuais / Demonstração do Resultado

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2013 à 31/12/2013 01/01/2012 à 31/12/2012 01/01/2011 à 31/12/2011
3.01 Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 4.108.040 3.826.245 3.653.339
3.02 Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -3.527.183 -3.364.763 -3.516.146
3.03 Resultado Bruto 580.857 461.482 137.193
3.04 Despesas/Receitas Operacionais 765.524 -158.039 -124.016
3.04.01 Despesas com Vendas -107.699 -91.734 -118.311
3.04.02 Despesas Gerais e Administrativas -237.015 -196.199 -211.383
3.04.04 Outras Receitas Operacionais 606.085 60.639 88.153
3.04.06 Resultado de Equivalência Patrimonial 504.153 69.255 117.525
3.05 Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos 1.346.381 303.443 13.177
3.06 Resultado Financeiro -1.788.999 -1.362.511 -1.707.572
3.06.01 Receitas Financeiras 83.992 136.719 170.384
3.06.01.01 Demais Receitas Financeiras 83.992 136.719 170.384
3.06.02 Despesas Financeiras -1.872.991 -1.499.230 -1.877.956
3.06.02.01 Demais Despesas Financeiras -550.659 -562.816 -612.270
3.06.02.02 Resultado dos instrumentos financeiros derivativos -215.313 -184.465 -276.877
3.06.02.03 Variações monetárias e cambiais, líquidas -1.107.019 -751.949 -988.809
3.07 Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro -442.618 -1.059.068 -1.694.395
3.08 Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro -263.804 354.362 581.118
3.08.01 Corrente -557.943 -16.572 67.340
3.08.02 Diferido 294.139 370.934 513.778
3.09 Resultado Líquido das Operações Continuadas -706.422 -704.706 -1.113.277
3.10 Resultado Líquido de Operações Descontinuadas 0 0 240.655
3.10.01 Lucro/Prejuízo Líquido das Operações Descontinuadas 0 0 240.655
3.11 Lucro/Prejuízo do Período -706.422 -704.706 -872.622
3.99 Lucro por Ação - (Reais / Ação)
3.99.01 Lucro Básico por Ação
3.99.01.01 ON -1,28000 -1,34200 -2,38100
3.99.02 Lucro Diluído por Ação
3.99.02.01 ON -1,28000 -1,34200 -2,38100

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DFs Individuais / Demonstração do Resultado Abrangente

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2013 à 31/12/2013 01/01/2012 à 31/12/2012 01/01/2011 à 31/12/2011
4.01 Lucro Líquido do Período -706.422 -704.706 -872.622
4.02 Outros Resultados Abrangentes 17.604 -15.171 0
4.02.01 Ganhos/(perdas) atuariais de plano de benefício definido, líquido de impostos - Fibria 14.919 -15.171 0
4.02.02 Efeito reflexo das perdas atuariais de plano de ben. definido da investida Veracel, líq. de imposto -781 0 0
4.02.03 Variação cambial sobre os ativos disponíveis para venda, líquido de impostos - Ensyn 3.466 0 0
4.03 Resultado Abrangente do Período -688.818 -719.877 -872.622

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DFs Individuais / Demonstração do Fluxo de Caixa - Método Indireto

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2013 à 31/12/2013 01/01/2012 à 31/12/2012 01/01/2011 à 31/12/2011
6.01 Caixa Líquido Atividades Operacionais -141.489 -616.747 1.280.768
6.01.01 Caixa Gerado nas Operações 1.147.745 1.078.412 813.554
6.01.01.01 Lucro antes do IR e CS sobre o lucro líquido das operações continuadas -442.618 -1.059.068 -1.694.395
6.01.01.02 Lucro antes do imposto de renda e contribuição social de operações descontinuadas 0 0 364.629
6.01.01.03 Depreciação, exaustão e amortização 1.150.619 1.192.898 1.211.905
6.01.01.04 Resultado da equivalência patrimonial -504.153 -69.255 -117.525
6.01.01.05 Ajuste a valor presente (AVP) de contas a pagar por aquisição de ações 0 0 40.893
6.01.01.06 Perda (Ganho) na alienação de imobilizado 208.164 -74.446 -17.936
6.01.01.07 Apropriação de juros, ganhos e perdas sobre títulos e valores mobiliários -70.361 -117.593 -151.447
6.01.01.08 Apropriação de juros sobre financiamento 249.777 255.394 280.283
6.01.01.09 Crédito tributário -13.531 0 0
6.01.01.10 Variação no valor justo de ativos biológicos 48.074 -55.703 -1.322
6.01.01.11 Ganho de capital na alienação de investimento - Projeto Asset Light (Nota 1(e)) -728.844 0 0
6.01.01.12 Ganho na alienação de outros investimentos -3.201 0 0
6.01.01.13 Valor justo de contratos derivativos 215.313 184.465 276.877
6.01.01.14 Provisão para perda de créditos do ICMS 74.841 70.677 0
6.01.01.15 Ganho de capital na alienação de investimento (CONPACEL, KSR e Piracicaba) 0 0 -532.850
6.01.01.16 Variação cambial e monetária 1.107.019 751.949 988.942
6.01.01.17 Exaustão de madeira proveniente de operações de fomento 46.042 38.160 45.368
6.01.01.18 Reversão de provisão para contingência -116.042 0 0
6.01.01.19 Crédito-prêmio IPI (Nota 24 d(i)) -77.486 -93.152 0
6.01.01.20 Complemento de provisões e outros 4.132 54.086 120.132
6.01.02 Variações nos Ativos e Passivos -760.696 -1.590.806 496.242
6.01.02.01 Contas a receber de clientes -248.131 -420.968 -126.524
6.01.02.02 Estoques 35.927 -70.355 -102.444
6.01.02.03 Impostos a recuperar -147.595 -151.735 -161.946
6.01.02.04 Partes relacionadas -468 -462.853 -1.155
6.01.02.05 Outros ativos -8.239 -44.221 54.829
6.01.02.06 Fornecedores 102.588 2.767 -27.420

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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2013 - FIBRIA CELULOSE S.A. Versão : 1

DFs Individuais / Demonstração do Fluxo de Caixa - Método Indireto

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2013 à 31/12/2013 01/01/2012 à 31/12/2012 01/01/2011 à 31/12/2011
6.01.02.07 Impostos e taxas a recolher 2.056 -28.577 -8.097
6.01.02.08 Salários e encargos sociais -3.580 -8.152 15.414
6.01.02.09 Partes relacionadas -472.837 -212.184 955.543
6.01.02.10 Outros passivos -20.417 -194.528 -101.958
6.01.03 Outros -528.538 -104.353 -29.028
6.01.03.01 Juros recebidos sobre títulos e valores mobiliários 119.783 107.835 180.167
6.01.03.02 Juros pagos sobre financiamentos -249.502 -212.188 -209.195
6.01.03.03 Imposto de renda e contribuição social pagos -398.819 0 0
6.02 Caixa Líquido Atividades de Investimento 422.595 -322.858 -481.252
6.02.01 Caixa recebido na alienação de investimento - Projeto Asset Light (Nota 1(e)) 412.871 0 0
6.02.02 Aquisições de imobilizado, intangível e adições de florestas -840.984 -680.830 -813.807
6.02.04 Títulos e valores mobiliários 875.133 -202.227 152.032
6.02.05 Aumento de capital em controlada 0 -160 -522.206
6.02.06 Caixa recebido na venda de ativo imobilizado 29.158 268.638 61.149
6.02.07 Contratos de derivativos liquidados -24.065 -126.368 69.866
6.02.08 Dividendos recebidos 2.185 1.762 2.283
6.02.09 Caixa recebido de CONPACEL, KSR e Piracicaba 0 0 2.076.143
6.02.10 Adiantamento para aquisição de madeira proveniente de operações de fomento -35.610 -12.923 -23.837
6.02.11 Pagamentos decorrentes da aquisição da Aracruz 0 0 -1.481.569
6.02.12 Pagamentos decorrentes da aquisição da Ensyn 0 -40.674 0
6.02.13 Adiantamento recebido pela venda de ativos 0 470.000 0
6.02.14 Outros 3.907 -76 -1.306
6.03 Caixa Líquido Atividades de Financiamento -285.768 918.768 -783.412
6.03.01 Captações de empréstimos e financiamentos 809.613 621.370 1.248.524
6.03.02 Liquidação de empréstimos e financiamentos - Principal -1.095.009 -1.047.881 -1.753.919
6.03.06 Dividendos pagos 0 0 -263.902
6.03.08 Emissão de ações (antes dos efeitos fiscais) 0 1.343.546 0
6.03.09 Outros -372 1.733 -14.115
6.04 Variação Cambial s/ Caixa e Equivalentes -145 1.437 -239

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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2013 - FIBRIA CELULOSE S.A. Versão : 1

DFs Individuais / Demonstração do Fluxo de Caixa - Método Indireto

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2013 à 31/12/2013 01/01/2012 à 31/12/2012 01/01/2011 à 31/12/2011
6.05 Aumento (Redução) de Caixa e Equivalentes -4.807 -19.400 15.865
6.05.01 Saldo Inicial de Caixa e Equivalentes 5.355 24.755 8.890
6.05.02 Saldo Final de Caixa e Equivalentes 548 5.355 24.755

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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2013 - FIBRIA CELULOSE S.A. Versão : 1

DFs Individuais / Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido / DMPL - 01/01/2013 à 31/12/2013

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Capital Social Reservas de Capital, Reservas de Lucro Lucros ou Prejuízos Outros Resultados Patrimônio Líquido
Conta Integralizado Opções Outorgadas e Acumulados Abrangentes
Ações em Tesouraria
5.01 Saldos Iniciais 9.729.006 -7.658 3.815.584 0 1.596.666 15.133.598

5.03 Saldos Iniciais Ajustados 9.729.006 -7.658 3.815.584 0 1.596.666 15.133.598

5.04 Transações de Capital com os Sócios 0 0 -706.303 706.422 0 119

5.04.08 Reversão de dividendos propostos 0 0 119 0 0 119

5.04.09 Absorção do prejuízo do exercício 0 0 -706.422 706.422 0 0

5.05 Resultado Abrangente Total 0 0 0 -706.422 17.604 -688.818

5.05.01 Lucro Líquido do Período 0 0 0 -706.422 0 -706.422

5.05.02 Outros Resultados Abrangentes 0 0 0 0 17.604 17.604

5.07 Saldos Finais 9.729.006 -7.658 3.109.281 0 1.614.270 14.444.899

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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2013 - FIBRIA CELULOSE S.A. Versão : 1

DFs Individuais / Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido / DMPL - 01/01/2012 à 31/12/2012

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Capital Social Reservas de Capital, Reservas de Lucro Lucros ou Prejuízos Outros Resultados Patrimônio Líquido
Conta Integralizado Opções Outorgadas e Acumulados Abrangentes
Ações em Tesouraria
5.01 Saldos Iniciais 8.379.397 -7.658 4.520.290 0 1.618.824 14.510.853

5.02 Ajustes de Exercícios Anteriores 0 0 0 0 -6.987 -6.987

5.02.01 Efeito da adoção do CPC 33 (R1), líquido de impostos 0 0 0 0 -6.987 -6.987

5.03 Saldos Iniciais Ajustados 8.379.397 -7.658 4.520.290 0 1.611.837 14.503.866

5.04 Transações de Capital com os Sócios 1.349.609 0 -704.706 704.706 0 1.349.609

5.04.01 Aumentos de Capital 1.361.380 0 0 0 0 1.361.380

5.04.02 Gastos com Emissão de Ações -11.771 0 0 0 0 -11.771

5.04.08 Absorção do prejuízo do exercício 0 0 -704.706 704.706 0 0

5.05 Resultado Abrangente Total 0 0 0 -704.706 -15.171 -719.877

5.05.01 Lucro Líquido do Período 0 0 0 -704.706 0 -704.706

5.05.02 Outros Resultados Abrangentes 0 0 0 0 -15.171 -15.171

5.05.02.06 Resultado abrangente do exercício (efeito da adoção do 0 0 0 0 -15.171 -15.171


CPC 33(R1))
5.07 Saldos Finais 9.729.006 -7.658 3.815.584 0 1.596.666 15.133.598

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DFs Individuais / Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido / DMPL - 01/01/2011 à 31/12/2011

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Capital Social Reservas de Capital, Reservas de Lucro Lucros ou Prejuízos Outros Resultados Patrimônio Líquido
Conta Integralizado Opções Outorgadas e Acumulados Abrangentes
Ações em Tesouraria
5.01 Saldos Iniciais 8.379.397 -7.658 5.381.771 0 1.627.903 15.381.413

5.03 Saldos Iniciais Ajustados 8.379.397 -7.658 5.381.771 0 1.627.903 15.381.413

5.04 Transações de Capital com os Sócios 0 0 0 2.062 0 2.062

5.04.08 Reversão de Dividendos Prescritos 0 0 0 2.062 0 2.062

5.05 Resultado Abrangente Total 0 0 0 -872.622 0 -872.622

5.05.01 Lucro Líquido do Período 0 0 0 -872.622 0 -872.622

5.06 Mutações Internas do Patrimônio Líquido 0 0 -861.481 870.560 -9.079 0

5.06.02 Realização da Reserva Reavaliação 0 0 0 9.079 -9.079 0

5.06.05 Destinação para Reserva de Lucros 0 0 -861.481 861.481 0 0

5.07 Saldos Finais 8.379.397 -7.658 4.520.290 0 1.618.824 14.510.853

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DFs Individuais / Demonstração do Valor Adicionado

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2013 à 31/12/2013 01/01/2012 à 31/12/2012 01/01/2011 à 31/12/2011
7.01 Receitas 5.666.960 4.700.503 5.115.219
7.01.01 Vendas de Mercadorias, Produtos e Serviços 4.177.338 3.903.493 3.839.117
7.01.03 Receitas refs. à Construção de Ativos Próprios 1.487.672 793.634 1.298.339
7.01.04 Provisão/Reversão de Créds. Liquidação Duvidosa 1.950 3.376 -22.237
7.02 Insumos Adquiridos de Terceiros -3.008.537 -2.589.080 -2.830.422
7.02.01 Custos Prods., Mercs. e Servs. Vendidos -2.801.232 -2.426.398 -1.848.628
7.02.02 Materiais, Energia, Servs. de Terceiros e Outros -207.305 -162.682 -981.794
7.03 Valor Adicionado Bruto 2.658.423 2.111.423 2.284.797
7.04 Retenções -1.196.661 -1.231.058 -1.257.273
7.04.01 Depreciação, Amortização e Exaustão -1.150.619 -1.192.898 -1.211.905
7.04.02 Outras -46.042 -38.160 -45.368
7.04.02.02 Exaustão de Madeira Proveniente de Operações de Fomento -46.042 -38.160 -45.368
7.05 Valor Adicionado Líquido Produzido 1.461.762 880.365 1.027.524
7.06 Vlr Adicionado Recebido em Transferência 1.461.222 1.126.738 2.172.265
7.06.01 Resultado de Equivalência Patrimonial 504.153 69.255 117.525
7.06.02 Receitas Financeiras 957.069 1.057.483 2.054.740
7.07 Valor Adicionado Total a Distribuir 2.922.984 2.007.103 3.199.789
7.08 Distribuição do Valor Adicionado 2.922.984 2.007.103 3.199.789
7.08.01 Pessoal 396.352 370.306 427.930
7.08.01.01 Remuneração Direta 309.220 290.324 333.257
7.08.01.02 Benefícios 69.624 63.473 75.689
7.08.01.03 F.G.T.S. 17.508 16.509 18.984
7.08.02 Impostos, Taxas e Contribuições 443.073 -122.432 -157.331
7.08.02.01 Federais 364.338 -206.896 -291.050
7.08.02.02 Estaduais 60.000 64.396 117.727
7.08.02.03 Municipais 18.735 20.068 15.992
7.08.03 Remuneração de Capitais de Terceiros 2.789.981 2.463.935 3.801.812
7.08.03.01 Juros 2.789.981 2.463.935 3.801.812
7.08.04 Remuneração de Capitais Próprios -706.422 -704.706 -872.622

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DFs Individuais / Demonstração do Valor Adicionado

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2013 à 31/12/2013 01/01/2012 à 31/12/2012 01/01/2011 à 31/12/2011
7.08.04.03 Lucros Retidos / Prejuízo do Período -706.422 -704.706 -872.622

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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2013 - FIBRIA CELULOSE S.A. Versão : 1

DFs Consolidadas / Balanço Patrimonial Ativo

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 31/12/2013 31/12/2012 31/12/2011
1 Ativo Total 26.750.172 28.144.580 27.932.220
1.01 Ativo Circulante 5.807.001 6.245.933 5.295.563
1.01.01 Caixa e Equivalentes de Caixa 1.271.752 943.856 381.915
1.01.02 Aplicações Financeiras 1.068.182 2.351.986 1.677.926
1.01.02.01 Aplicações Financeiras Avaliadas a Valor Justo 1.068.182 2.351.986 1.677.926
1.01.02.01.01 Títulos para Negociação 1.068.182 2.351.986 1.677.926
1.01.03 Contas a Receber 1.284.671 754.768 945.362
1.01.03.01 Clientes 382.087 754.768 945.362
1.01.03.02 Outras Contas a Receber 902.584 0 0
1.01.03.02.01 Contas a receber relativo a venda de terras e benfeitorias (Nota 1(e)) 902.584 0 0
1.01.04 Estoques 1.265.730 1.183.142 1.178.707
1.01.06 Tributos a Recuperar 201.052 209.462 327.787
1.01.06.01 Tributos Correntes a Recuperar 201.052 209.462 327.787
1.01.08 Outros Ativos Circulantes 715.614 802.719 783.866
1.01.08.01 Ativos Não-Correntes a Venda 589.849 589.849 644.166
1.01.08.03 Outros 125.765 212.870 139.700
1.01.08.03.01 Instrumentos Financeiros Derivativos 22.537 18.344 31.638
1.01.08.03.02 Outros 103.228 194.526 108.062
1.02 Ativo Não Circulante 20.943.171 21.898.647 22.636.657
1.02.01 Ativo Realizável a Longo Prazo 6.437.480 5.966.249 5.978.456
1.02.01.02 Aplicações Financeiras Avaliadas ao Custo Amortizado 48.183 0 0
1.02.01.02.01 Títulos Mantidos até o Vencimento 48.183 0 0
1.02.01.05 Ativos Biológicos 3.423.434 3.325.604 3.264.210
1.02.01.06 Tributos Diferidos 968.116 879.606 995.368
1.02.01.06.01 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 968.116 879.606 995.368
1.02.01.08 Créditos com Partes Relacionadas 7.142 6.245 5.469
1.02.01.08.01 Créditos com Coligadas 7.142 6.245 5.469
1.02.01.09 Outros Ativos Não Circulantes 1.990.605 1.754.794 1.713.409
1.02.01.09.03 Instrumentos Financeiros Derivativos 71.017 26.475 43.446

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DFs Consolidadas / Balanço Patrimonial Ativo

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 31/12/2013 31/12/2012 31/12/2011
1.02.01.09.04 Impostos a Recuperar 743.883 657.830 677.232
1.02.01.09.05 Adiantamento a Fornecedores 726.064 740.310 760.611
1.02.01.09.06 Demais Contas a Receber 252.135 172.612 95.060
1.02.01.09.07 Depósitos Judiciais 197.506 157.567 137.060
1.02.02 Investimentos 46.922 40.674 7.506
1.02.02.01 Participações Societárias 46.922 40.674 7.506
1.02.02.01.01 Participações em Coligadas 0 0 7.506
1.02.02.01.04 Outras Participações Societárias 46.922 40.674 0
1.02.03 Imobilizado 9.824.504 11.174.561 11.841.247
1.02.03.01 Imobilizado em Operação 9.824.504 11.174.561 11.841.247
1.02.04 Intangível 4.634.265 4.717.163 4.809.448
1.02.04.01 Intangíveis 4.634.265 4.717.163 4.809.448
1.02.04.01.02 Intangíveis 4.634.265 4.717.163 4.809.448

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DFs Consolidadas / Balanço Patrimonial Passivo

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 31/12/2013 31/12/2012 31/12/2011
2 Passivo Total 26.750.172 28.144.580 27.932.220
2.01 Passivo Circulante 4.448.355 2.475.255 1.960.708
2.01.01 Obrigações Sociais e Trabalhistas 129.386 128.782 134.024
2.01.01.02 Obrigações Trabalhistas 129.386 128.782 134.024
2.01.01.02.01 Salários e Encargos Sociais 129.386 128.782 134.024
2.01.02 Fornecedores 586.541 435.939 373.692
2.01.02.01 Fornecedores Nacionais 487.545 330.745 326.209
2.01.02.02 Fornecedores Estrangeiros 98.996 105.194 47.483
2.01.03 Obrigações Fiscais 55.819 41.368 53.463
2.01.03.01 Obrigações Fiscais Federais 44.444 30.667 33.127
2.01.03.01.01 Imposto de Renda e Contribuição Social a Pagar 44.444 30.667 33.127
2.01.03.02 Obrigações Fiscais Estaduais 4.083 4.367 9.643
2.01.03.03 Obrigações Fiscais Municipais 7.292 6.334 10.693
2.01.04 Empréstimos e Financiamentos 2.972.361 1.138.005 1.092.108
2.01.04.01 Empréstimos e Financiamentos 2.972.361 1.138.005 1.092.108
2.01.04.01.01 Em Moeda Nacional 410.164 317.582 350.340
2.01.04.01.02 Em Moeda Estrangeira 2.562.197 820.423 741.768
2.01.05 Outras Obrigações 704.248 731.161 307.421
2.01.05.02 Outros 704.248 731.161 307.421
2.01.05.02.01 Dividendos e JCP a Pagar 2.374 2.076 1.520
2.01.05.02.04 Obrigações com Instrumentos Derivativos 106.793 54.252 163.534
2.01.05.02.06 Passivos relacionados aos ativos mantidos para venda 470.000 470.000 0
2.01.05.02.07 Demais Contas a Pagar 125.081 204.833 142.367
2.02 Passivo Não Circulante 7.810.563 10.498.518 11.438.824
2.02.01 Empréstimos e Financiamentos 6.800.736 9.629.950 10.232.309
2.02.01.01 Empréstimos e Financiamentos 6.800.736 9.629.950 10.232.309
2.02.01.01.01 Em Moeda Nacional 2.081.756 1.907.522 2.012.747
2.02.01.01.02 Em Moeda Estrangeira 4.718.980 7.722.428 8.219.562
2.02.02 Outras Obrigações 645.093 535.832 365.043

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DFs Consolidadas / Balanço Patrimonial Passivo

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 31/12/2013 31/12/2012 31/12/2011
2.02.02.02 Outros 645.093 535.832 365.043
2.02.02.02.03 Instrumentos Financeiros Derivativos 451.087 263.646 125.437
2.02.02.02.05 Demais Contas a Pagar 193.847 194.521 163.096
2.02.02.02.06 Impostos e taxas a recolher 159 77.665 76.510
2.02.03 Tributos Diferidos 235.896 227.923 739.878
2.02.03.01 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 235.896 227.923 739.878
2.02.04 Provisões 128.838 104.813 101.594
2.02.04.01 Provisões Fiscais Previdenciárias Trabalhistas e Cíveis 128.838 104.813 101.594
2.02.04.01.05 Provisões para Contingências 128.838 104.813 101.594
2.03 Patrimônio Líquido Consolidado 14.491.254 15.170.807 14.532.688
2.03.01 Capital Social Realizado 9.729.006 9.729.006 8.379.397
2.03.02 Reservas de Capital -7.658 -7.658 -7.658
2.03.02.05 Ações em Tesouraria -10.346 -10.346 -10.346
2.03.02.07 Reserva de Capital 2.688 2.688 2.688
2.03.04 Reservas de Lucros 3.109.281 3.815.584 4.520.290
2.03.04.01 Reserva Legal 303.800 303.800 303.800
2.03.04.10 Reserva para Investimentos 2.805.481 3.511.784 4.216.490
2.03.08 Outros Resultados Abrangentes 1.614.270 1.596.666 1.611.837
2.03.09 Participação dos Acionistas Não Controladores 46.355 37.209 28.822

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DFs Consolidadas / Demonstração do Resultado

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2013 à 31/12/2013 01/01/2012 à 31/12/2012 01/01/2011 à 31/12/2011
3.01 Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 6.917.406 6.174.373 5.854.300
3.02 Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -5.382.688 -5.237.258 -5.124.269
3.03 Resultado Bruto 1.534.718 937.115 730.031
3.04 Despesas/Receitas Operacionais 175.729 -230.620 -352.372
3.04.01 Despesas com Vendas -347.538 -298.052 -294.928
3.04.02 Despesas Gerais e Administrativas -300.131 -286.002 -310.425
3.04.04 Outras Receitas Operacionais 823.398 354.026 253.395
3.04.06 Resultado de Equivalência Patrimonial 0 -592 -414
3.05 Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos 1.710.447 706.495 377.659
3.06 Resultado Financeiro -2.054.023 -1.696.225 -1.868.671
3.06.01 Receitas Financeiras 110.723 167.646 217.000
3.06.01.01 Demais Receitas Financeiras 0 167.646 217.000
3.06.02 Despesas Financeiras -2.164.746 -1.863.871 -2.085.671
3.06.02.01 Demais Despesas Financeiras -1.016.526 -944.405 -873.005
3.06.02.02 Resultado dos instrumentos financeiros derivativos -215.313 -184.465 -276.877
3.06.02.03 Variações monetárias e cambiais, líquidas -932.907 -735.001 -935.789
3.07 Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro -343.576 -989.730 -1.491.012
3.08 Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro -354.006 291.760 382.243
3.08.01 Corrente -619.606 -42.167 67.835
3.08.02 Diferido 265.600 333.927 314.408
3.09 Resultado Líquido das Operações Continuadas -697.582 -697.970 -1.108.769
3.10 Resultado Líquido de Operações Descontinuadas 0 0 240.655
3.10.01 Lucro/Prejuízo Líquido das Operações Descontinuadas 0 0 240.655
3.11 Lucro/Prejuízo Consolidado do Período -697.582 -697.970 -868.114
3.11.01 Atribuído a Sócios da Empresa Controladora -706.422 -704.706 -872.622
3.11.02 Atribuído a Sócios Não Controladores 8.840 6.736 4.508
3.99 Lucro por Ação - (Reais / Ação)
3.99.01 Lucro Básico por Ação
3.99.01.01 ON -1,28000 -1,34200 -2,38100

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DFs Consolidadas / Demonstração do Resultado

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2013 à 31/12/2013 01/01/2012 à 31/12/2012 01/01/2011 à 31/12/2011
3.99.02 Lucro Diluído por Ação
3.99.02.01 ON -1,28000 -1,34200 -2,38100

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DFs Consolidadas / Demonstração do Resultado Abrangente

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2013 à 31/12/2013 01/01/2012 à 31/12/2012 01/01/2011 à 31/12/2011
4.01 Lucro Líquido Consolidado do Período -697.582 -697.970 -868.114
4.02 Outros Resultados Abrangentes 17.604 -15.171 0
4.02.01 Ganhos/(Perdas) atuarias de plano de benefício definido, líquido de impostos - Fibria 14.919 -15.171 0
4.02.02 Efeito reflexo das perdas atuariais de plano de ben. definido da investida Veracel, líq. de impostos -781 0 0
4.02.03 Variação cambial sobre os ativos disponíveis para venda, líquido de impostos - Ensyn 3.466 0 0
4.03 Resultado Abrangente Consolidado do Período -679.978 -713.141 -868.114
4.03.01 Atribuído a Sócios da Empresa Controladora -688.818 -719.877 -872.622
4.03.02 Atribuído a Sócios Não Controladores 8.840 6.736 4.508

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DFs Consolidadas / Demonstração do Fluxo de Caixa - Método Indireto

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2013 à 31/12/2013 01/01/2012 à 31/12/2012 01/01/2011 à 31/12/2011
6.01 Caixa Líquido Atividades Operacionais 2.163.530 1.914.333 1.348.200
6.01.01 Caixa Gerado nas Operações 2.755.052 2.212.530 1.913.644
6.01.01.01 Lucro antes do IR e CS sobre o lucro líquido das operações continuadas -343.576 -989.730 -1.491.012
6.01.01.02 Lucro antes do imposto de renda e contribuição social de operações descontinuadas 0 0 364.629
6.01.01.03 Depreciação, exaustão e amortização 1.751.947 1.720.067 1.838.827
6.01.01.04 Variação cambial e monetária 932.907 735.001 935.922
6.01.01.05 Valor justo de contratos derivativos 215.313 184.465 276.877
6.01.01.06 Resultado da equivalência patrimonial 0 592 414
6.01.01.07 Ganho de capital na alienação de investimento (CONPACEL, KSR e Piracicaba) 0 0 -532.850
6.01.01.08 Ajuste a valor presente (AVP) de contas a pagar por aquisição de ações 0 0 40.893
6.01.01.09 Perda (Ganho) na alienação de imobilizado 220.936 -64.419 -25.361
6.01.01.10 Apropriação de juros, ganhos e perdas sobre títulos e valores mobiliários -90.014 -143.809 -178.895
6.01.01.11 Apropriação de juros sobre financiamento 575.877 681.840 660.084
6.01.01.12 Crédito-prêmio IPI (Nota 24d(i)) -77.486 -93.152 0
6.01.01.13 Variação no valor justo de ativos biológicos -102.265 -297.686 -145.884
6.01.01.14 Crédito tributário -13.531 0 0
6.01.01.15 Ganho de capital na alienação de investimento - Projeto Asset Light (Nota 1(e)) -799.040 0 0
6.01.01.16 Provisão para perda de créditos do ICMS 91.192 90.248 0
6.01.01.17 Exaustão de madeira proveniente de operações de fomento 111.214 128.241 45.368
6.01.01.18 Encargos financeiros na recompra parcial dos Bonds 350.295 150.917 0
6.01.01.19 Reversão de provisão para contingência -116.042 0 0
6.01.01.20 Complemento de provisões e outros 47.325 109.955 124.632
6.01.02 Variações nos Ativos e Passivos 289.429 236.166 -178.126
6.01.02.01 Contas a receber de clientes 446.371 246.798 160.940
6.01.02.02 Estoques -62.662 45.236 -148.446
6.01.02.03 Impostos a Recuperar -144.192 -16.875 -177.117
6.01.02.04 Partes relacionadas 0 0 -161
6.01.02.05 Outros ativos -3.642 -20.857 63.506
6.01.02.06 Fornecedores 106.817 57.762 5.916

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DFs Consolidadas / Demonstração do Fluxo de Caixa - Método Indireto

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2013 à 31/12/2013 01/01/2012 à 31/12/2012 01/01/2011 à 31/12/2011
6.01.02.07 Impostos e taxas a recolher -18.464 -38.475 -26.321
6.01.02.08 Salários e encargos sociais 603 -5.241 22.386
6.01.02.10 Outros passivos -35.402 -32.182 -78.829
6.01.03 Outros -880.951 -534.363 -387.318
6.01.03.01 Juros recebidos sobre títulos e valores mobiliários 144.486 131.637 198.880
6.01.03.02 Juros pagos sobre financiamentos -602.112 -651.288 -582.047
6.01.03.03 Imposto de renda e contribuição social pagos -423.325 -14.712 -4.151
6.02 Caixa Líquido Atividades de Investimento 433.849 -1.160.803 -727.666
6.02.01 Pagamentos decorrentes da aquisição da Aracruz 0 0 -1.481.569
6.02.02 Aquisições de imobilizado, intangível e adições de florestas -1.189.716 -1.001.711 -1.240.189
6.02.03 Caixa recebido na alienação de investimento - Projeto Asset Light (Nota 1(e)) 500.000 0 0
6.02.04 Títulos e valores mobiliários 1.204.356 -660.951 -56.978
6.02.05 Caixa recebido de CONPACEL, KSR e Piracicaba 0 0 2.076.143
6.02.07 Adiantamentos para aquisição de madeira proveniente de operações de fomento -96.968 -76.556 -176.479
6.02.08 Caixa recebido na venda de ativo imobilizado 36.543 274.743 82.491
6.02.09 Contratos de derivativos liquidados -24.065 -126.368 69.982
6.02.10 Pagamento decorrentes da aquisição da Ensyn 0 -40.674 0
6.02.11 Adiantamento recebido pela venda de ativo (Losango) 0 470.000 0
6.02.12 Outros 3.699 714 -1.067
6.03 Caixa Líquido Atividades de Financiamento -2.275.991 -258.250 -649.133
6.03.01 Captações de empréstimos e financiamentos 1.279.414 864.334 2.707.265
6.03.02 Liquidação de empréstimos e financiamentos - principal -3.320.157 -2.410.719 -3.109.589
6.03.05 Dividendos pagos 0 0 -263.902
6.03.06 Emissão de ações (antes dos efeitos fiscais) 0 1.343.546 0
6.03.07 Prêmio pago na recompra parcial do Eurobonds "Fibria 2020" -236.536 -62.158 0
6.03.08 Outros 1.288 6.747 17.093
6.04 Variação Cambial s/ Caixa e Equivalentes 6.508 66.661 -20.949
6.05 Aumento (Redução) de Caixa e Equivalentes 327.896 561.941 -49.548
6.05.01 Saldo Inicial de Caixa e Equivalentes 943.856 381.915 431.463

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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2013 - FIBRIA CELULOSE S.A. Versão : 1

DFs Consolidadas / Demonstração do Fluxo de Caixa - Método Indireto

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2013 à 31/12/2013 01/01/2012 à 31/12/2012 01/01/2011 à 31/12/2011
6.05.02 Saldo Final de Caixa e Equivalentes 1.271.752 943.856 381.915

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DFs Consolidadas / Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido / DMPL - 01/01/2013 à 31/12/2013

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Capital Social Reservas de Capital, Reservas de Lucro Lucros ou Prejuízos Outros Resultados Patrimônio Líquido Participação dos Não Patrimônio Líquido
Conta Integralizado Opções Outorgadas e Acumulados Abrangentes Controladores Consolidado
Ações em Tesouraria
5.01 Saldos Iniciais 9.729.006 -7.658 3.815.584 0 1.596.666 15.133.598 37.209 15.170.807

5.03 Saldos Iniciais Ajustados 9.729.006 -7.658 3.815.584 0 1.596.666 15.133.598 37.209 15.170.807

5.04 Transações de Capital com os Sócios 0 0 -706.303 706.422 0 119 306 425

5.04.08 Reversão de dividendos propostos 0 0 119 0 0 119 0 119

5.04.09 Aumento de capital de não controladores - 0 0 0 0 0 0 2.405 2.405


Portocel
5.04.10 Dividendos propostos para não 0 0 0 0 0 0 -2.099 -2.099
controladores - Portocel
5.04.11 Absorção do prejuízo do exercício 0 0 -706.422 706.422 0 0 0 0

5.05 Resultado Abrangente Total 0 0 0 -706.422 17.604 -688.818 8.840 -679.978

5.05.01 Lucro Líquido do Período 0 0 0 -706.422 0 -706.422 8.840 -697.582

5.05.02 Outros Resultados Abrangentes 0 0 0 0 17.604 17.604 0 17.604

5.05.02.06 Resultado abrangente do exercício 0 0 0 0 17.604 17.604 0 17.604

5.07 Saldos Finais 9.729.006 -7.658 3.109.281 0 1.614.270 14.444.899 46.355 14.491.254

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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2013 - FIBRIA CELULOSE S.A. Versão : 1

DFs Consolidadas / Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido / DMPL - 01/01/2012 à 31/12/2012

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Capital Social Reservas de Capital, Reservas de Lucro Lucros ou Prejuízos Outros Resultados Patrimônio Líquido Participação dos Não Patrimônio Líquido
Conta Integralizado Opções Outorgadas e Acumulados Abrangentes Controladores Consolidado
Ações em Tesouraria
5.01 Saldos Iniciais 8.379.397 -7.658 4.520.290 0 1.618.824 14.510.853 28.822 14.539.675

5.02 Ajustes de Exercícios Anteriores 0 0 0 0 -6.987 -6.987 0 -6.987

5.02.01 Efeito da adoção do CPC 33(R1), líquido 0 0 0 0 -6.987 -6.987 0 -6.987


de impostos
5.03 Saldos Iniciais Ajustados 8.379.397 -7.658 4.520.290 0 1.611.837 14.503.866 28.822 14.532.688

5.04 Transações de Capital com os Sócios 1.349.609 0 -704.706 704.706 0 1.349.609 1.651 1.351.260

5.04.01 Aumentos de Capital 1.361.380 0 0 0 0 1.361.380 0 1.361.380

5.04.02 Gastos com Emissão de Ações -11.771 0 0 0 0 -11.771 0 -11.771

5.04.06 Dividendos 0 0 0 0 0 0 -1.684 -1.684

5.04.08 Aumento de capital de não controladores - 0 0 0 0 0 0 3.335 3.335


Portocel
5.04.09 Absorção do prejuízo do exercício 0 0 -704.706 704.706 0 0 0 0

5.05 Resultado Abrangente Total 0 0 0 -704.706 -15.171 -719.877 6.736 -713.141

5.05.01 Lucro Líquido do Período 0 0 0 -704.706 0 -704.706 6.736 -697.970

5.05.02 Outros Resultados Abrangentes 0 0 0 0 -15.171 -15.171 0 -15.171

5.07 Saldos Finais 9.729.006 -7.658 3.815.584 0 1.596.666 15.133.598 37.209 15.170.807

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DFs Consolidadas / Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido / DMPL - 01/01/2011 à 31/12/2011

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Capital Social Reservas de Capital, Reservas de Lucro Lucros ou Prejuízos Outros Resultados Patrimônio Líquido Participação dos Não Patrimônio Líquido
Conta Integralizado Opções Outorgadas e Acumulados Abrangentes Controladores Consolidado
Ações em Tesouraria
5.01 Saldos Iniciais 8.379.397 -7.658 5.381.771 0 1.627.903 15.381.413 23.433 15.404.846

5.03 Saldos Iniciais Ajustados 8.379.397 -7.658 5.381.771 0 1.627.903 15.381.413 23.433 15.404.846

5.04 Transações de Capital com os Sócios 0 0 0 2.062 0 2.062 881 2.943

5.04.01 Aumentos de Capital 0 0 0 0 0 0 881 881

5.04.08 Reversão de Dividendos Prescritos 0 0 0 2.062 0 2.062 0 2.062

5.05 Resultado Abrangente Total 0 0 0 -872.622 0 -872.622 4.508 -868.114

5.05.01 Lucro Líquido do Período 0 0 0 -872.622 0 -872.622 4.508 -868.114

5.06 Mutações Internas do Patrimônio Líquido 0 0 -861.481 870.560 -9.079 0 0 0

5.06.02 Realização da Reserva Reavaliação 0 0 0 9.079 -9.079 0 0 0

5.06.05 Destinação para Reseva de Lucros 0 0 -861.481 861.481 0 0 0 0

5.07 Saldos Finais 8.379.397 -7.658 4.520.290 0 1.618.824 14.510.853 28.822 14.539.675

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DFs Consolidadas / Demonstração do Valor Adicionado

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2013 à 31/12/2013 01/01/2012 à 31/12/2012 01/01/2011 à 31/12/2011
7.01 Receitas 8.982.121 7.593.427 7.710.862
7.01.01 Vendas de Mercadorias, Produtos e Serviços 7.047.581 6.313.193 6.100.059
7.01.03 Receitas refs. à Construção de Ativos Próprios 1.932.590 1.276.858 1.633.040
7.01.04 Provisão/Reversão de Créds. Liquidação Duvidosa 1.950 3.376 -22.237
7.02 Insumos Adquiridos de Terceiros -4.407.852 -4.013.655 -3.979.247
7.02.01 Custos Prods., Mercs. e Servs. Vendidos -3.943.595 -3.606.166 -2.756.456
7.02.02 Materiais, Energia, Servs. de Terceiros e Outros -464.257 -407.489 -1.222.791
7.03 Valor Adicionado Bruto 4.574.269 3.579.772 3.731.615
7.04 Retenções -1.863.161 -1.848.308 -1.884.195
7.04.01 Depreciação, Amortização e Exaustão -1.751.947 -1.720.067 -1.838.827
7.04.02 Outras -111.214 -128.241 -45.368
7.04.02.01 Exaustão de Madeira Proveniente de Operações de Fomento -111.214 -128.241 -45.368
7.05 Valor Adicionado Líquido Produzido 2.711.108 1.731.464 1.847.420
7.06 Vlr Adicionado Recebido em Transferência 835.073 990.504 2.780.347
7.06.01 Resultado de Equivalência Patrimonial 0 -592 -414
7.06.02 Receitas Financeiras 835.073 991.096 2.780.761
7.07 Valor Adicionado Total a Distribuir 3.546.181 2.721.968 4.627.767
7.08 Distribuição do Valor Adicionado 3.546.181 2.721.968 4.627.767
7.08.01 Pessoal 592.582 547.617 571.419
7.08.01.01 Remuneração Direta 456.307 420.040 441.752
7.08.01.02 Benefícios 110.337 103.130 104.888
7.08.01.03 F.G.T.S. 25.938 24.447 24.779
7.08.02 Impostos, Taxas e Contribuições 642.089 53.705 135.201
7.08.02.01 Federais 523.028 -63.399 -40.076
7.08.02.02 Estaduais 82.369 88.276 148.748
7.08.02.03 Municipais 36.692 28.828 26.529
7.08.03 Remuneração de Capitais de Terceiros 3.009.092 2.818.616 4.789.261
7.08.03.01 Juros 3.009.092 0 4.789.261
7.08.04 Remuneração de Capitais Próprios -697.582 -697.970 -868.114

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DFs Consolidadas / Demonstração do Valor Adicionado

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2013 à 31/12/2013 01/01/2012 à 31/12/2012 01/01/2011 à 31/12/2011
7.08.04.03 Lucros Retidos / Prejuízo do Período -706.422 -704.706 -872.622
7.08.04.04 Part. Não Controladores nos Lucros Retidos 8.840 6.736 4.508

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Relatório da Administração
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2013

MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO

Ao longo do ano de 2013 avançamos em relação a nossa estratégia de negócios e


fortalecimento financeiro, tendo como principal foco a obtenção do grau de investimento. Isso
se consolida com o anúncio da monetização de 206 mil hectares de terras para um fundo de
investimentos, fator que nos permite preservar o conceito de manter a gestão integral de
nossas florestas sem, no entanto, ter a propriedade de 100% das terras onde atuamos. O valor
total potencial da transação é de R$ 1,65 bilhão sendo que recebemos em 30 de dezembro de
2013 o valor de R$ 500 milhões e mais R$ 605 milhões até 29 de janeiro de 2014. O pagamento
do saldo remanescente, no valor de R$ 298 milhões, é esperado para o 1T14, após o
cumprimento de determinadas obrigações e registros legais. A Fibria ainda poderá receber o
valor adicional de R$ 248 milhões que está condicionado à valorização das terras durante o
período de 21 anos.

Conquistar admiração pelo valor que geramos de forma compartilhada é o nosso maior
objetivo. Para isso é essencial manter nossa filosofia de excelência operacional, foco na gestão
de custos de forma competitiva e investir em soluções inovadoras para fazer frente às
demandas de nossos clientes e buscar novas fontes de criação de valor para nossos ativos.

Uma das alavancas de valor que inspirou a criação da Fibria foi a oportunidade de prezar pela
disciplina de mercado. A disponibilidade de madeira em base competitiva é avaliada de forma
contínua, bem como a obtenção de licenças e a investigação de novas fronteiras de
crescimento. Entretanto, acreditamos que, apesar dos desafios, o crescimento pela
consolidação apresenta benefícios indiscutíveis.

O mercado de celulose no ano de 2013 foi caracterizado pela entrada de novas capacidades,
que teve impacto minimizado pelos fechamentos anunciados ao longo do período, em torno
de 1,2 milhão de t. Do lado da demanda, observou-se um aumento dos embarques de celulose
de eucalipto acumulados no ano de 5,6% com destaque para a China e América do Norte.

Ao longo do ano a Fibria obteve a elevação de seu rating para BB+ pela S&P e teve sua
perspectiva de rating alterada para “positiva” pelas agências Fitch e Moody’s. A empresa está
agora a um notch da conquista do Grau de Investimento pelas três agências de classificação de
risco.

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Relatório da Administração

Em linha com a estratégia de reduzir o endividamento recompramos em 2013 R$ 1,9 bilhão de


títulos de dívidas (Bonds) cujas taxas eram consideradas pouco atrativas. O total das
recompras proporcionará uma economia anual de US$ 67 milhões em pagamentos de juros.

A estabilização do dólar em patamares mais valorizados ao longo de 2013 contribuiu para que
a receita líquida e o EBITDA ajustado atingissem resultados recorde desde a criação da Fibria,
totalizando R$ 6,9 bilhões e R$ 2,8 bilhões, respectivamente. A geração de fluxo de caixa livre
a partir de nossas operações totalizou R$ 1,3 bilhão em 2013, 52% superior ao ano anterior,
representando um retorno sobre o valor de mercado das ações de 8,3% em 31/12/2013.

Com a elevação do EBITDA e o pagamento inicial de R$ 500 milhões referente à venda de


terras a alavancagem da Fibria, medida pela relação dívida líquida/EBITDA em dólares (que é a
métrica para cálculo dos covenants financeiros) foi reduzida para 2,6x em 2013, menor
patamar desde a criação da Companhia. Se considerarmos o recebimento da segunda parcela
da venda de terras no valor de R$ 903 milhões, boa parte já recebida em janeiro de 2014, a
relação seria de 2,3x em dólares.

Na dimensão socioambiental progredimos no relacionamento com as comunidades vizinhas,


em que antigos conflitos deram lugar à cooperação. Os projetos de engajamento da Fibria com
a comunidade, como o Programa de Desenvolvimento Rural Territorial (PDRT), Programa de
Sustentabilidade Tupiniquim Guarani e Colmeias seguiram firmes e atenderam cerca de 3.600
famílias. A Fibria também fortaleceu sua atuação social com o apoio do programa Redes, uma
proposta que uniu o Instituto Votorantim e o BNDES, e continuou a liderar a agenda do
programa Rede Responsável, em conjunto com clientes, fornecedores e parceiros, com o
objetivo de ampliar os investimentos na melhoria da qualidade de vida local.

Gostaríamos de destacar também que a Diretoria Executiva da Fibria teve seu quadro 100%
renovado nos últimos três anos devido, na maioria dos casos, aos processos de aposentadoria
que estavam previstos. As reposições feitas, em 80% dos casos, foram preenchidas
internamente, valorizando e reforçando ainda mais as crenças de Meritocracia e Cultivo de
Talentos.

Nosso trabalho recebeu importantes reconhecimentos, como a Empresa do Ano do Prêmio


Valor 1000, a liderança setorial no Índice Dow Jones de Sustentabilidade (IDJS), a melhor
empresa do setor pelo Guia Exame de Sustentabilidade. Dentre outros reconhecimentos que

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Relatório da Administração
levaram a menção da Fibria, fomos destaque ainda no “10 Top Game Changers”, que indica as
10 companhias no mundo que estão mudando o planeta para melhor, por meio da atuação
empresarial.

Gostaríamos de agradecer a todos - empregados, clientes, ONGs, parceiros, fornecedores,


investidores - que contribuíram para os ótimos resultados colhidos até aqui. Cada um de vocês
é um personagem fundamental nessa história de sucesso que a Fibria vem construindo.

Marcelo Strufaldi Castelli José Luciano Penido


Diretor Presidente Presidente do Conselho de Administração

CONJUNTURA DE MERCADO

As expectativas positivas para o mercado de celulose em 2013 foram confirmadas ao longo do


ano. Apesar das novas capacidades de celulose, os fechamentos de fábricas ocorridos em
diversas regiões amenizaram o impacto da entrada dos novos volumes no mercado, na medida
em que novas capacidades de produção de papel impulsionaram a demanda por celulose em
mercados importantes.

O bom desempenho do mercado global de celulose foi motivado principalmente pelo


crescimento das vendas de celulose de eucalipto que corresponderam a cerca de 80% desse
volume adicional. As vendas de celulose de eucalipto cresceram 5,6% (ou 844 mil toneladas)
em 2013, devido principalmente aos resultados apresentados pelos mercados dos Estados
Unidos (+11,9%) e da China (+23,0%), que concentraram a maior parte dos projetos de novas
capacidades de papel instalados durante o ano.

ANÁLISE DE DESEMPENHO

Em 2013, a produção de celulose da Fibria totalizou 5,3 milhões de toneladas. Com relação a
2012, a redução de 1% deveu-se principalmente ao menor número de dias de produção em
2013 e ao impacto das chuvas no mês de dezembro na Unidade Aracruz.

O volume de vendas de celulose no ano de 2013 atingiu 5,2 milhões de toneladas, 3% inferior
ao volume comercializado no ano anterior por uma necessidade de trazer os estoques de
celulose para níveis normalizados em 2013, além do menor número de dias nesse ano. A
distribuição de vendas da Fibria por uso final e região refletiu a estratégia comercial da

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Relatório da Administração
companhia, que é a de focar nas empresas líderes que vão sustentar e aumentar suas
participações no mercado. A venda para o segmento de Papéis Sanitários representou 53% do
total das vendas em 2013, seguida por 30% para Imprimir e Escrever e 17% para Papéis
Especiais. A Europa permaneceu como principal destino das vendas representando 39%,
seguida da América do Norte, com 28%, da Ásia, com 24% e de 9% para o Brasil/outros.

A receita operacional líquida da Fibria totalizou R$ 6,9 bilhões em 2013, 12% superior à
registrada em 2012. Esse aumento é explicado principalmente pelo preço médio de celulose
em reais 16% superior, por sua vez decorrente da valorização do câmbio médio de 11% no
período e do aumento do preço médio de celulose em dólares de 5%.

O custo do produto vendido (CPV) totalizou R$ 5,4 bilhões, um aumento de R$ 146 milhões ou
3% em relação a 2012. Contribuíram para esse resultado: (i) o aumento do custo-caixa de
produção e (ii) o efeito do câmbio sobre os custos logísticos.

As despesas administrativas somaram R$ 300 milhões, um aumento de 5% em relação a 2012.


Esse resultado é decorrente de maiores gastos com encargos, indenizações e serviços de
assessoria. Esses fatores compensaram o efeito positivo do benefício de desoneração da folha
de pagamentos anunciado pelo governo, com vigência para os anos de 2013 e 2014.

Já as despesas com vendas totalizaram R$ 348 milhões, um aumento de 17% em relação ao


ano anterior. O aumento é explicado principalmente por maiores despesas com terminais e
também pela valorização de 11% do dólar médio ante o real. Importante destacar que a
relação entre despesas de vendas e receita líquida ficou estável (5%) na comparação com o
ano anterior.

Em 2013, o EBITDA ajustado da Fibria foi de R$ 2,8 bilhões com margem de 40%. Na
comparação com o ano anterior houve um aumento de 24% no EBITDA, atingindo o melhor
resultado desde a criação da companhia, e um aumento de 4 p.p na margem. Esse resultado é
explicado principalmente pelo preço médio da celulose em reais 16% superior, por sua vez
decorrente da valorização do câmbio médio de 11% no período e do aumento do preço médio
da celulose em dólares de 5%.

O resultado financeiro totalizou despesa de R$ 2 bilhões, comparada à despesa de R$ 1,7


bilhão em 2012. Essa diferença deveu-se: (i) ao efeito da variação cambial fruto da valorização
do dólar de fechamento de 15% em 2013, maior do que a valorização de 9% em 2012, sobre o

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Relatório da Administração
total do endividamento atrelado ao dólar da companhia, que por sua natureza exportadora
mantém grande parte de sua dívida denominada na moeda norte-americana; e (ii) à maior
despesa com encargos financeiros provenientes da recompra de títulos de dívida (Bonds) em
2013, cujo volume foi de R$ 1,9 bilhão, comparado a R$ 1 bilhão recomprado em 2012.

Em 2013 os fatores de risco da Fibria relacionados a processos tributários foram reduzidos


substancialmente. Anunciamos em dezembro de 2013 que optamos pelo pagamento na
modalidade à vista dos débitos devidos até 31 de dezembro de 2012 para com a Fazenda
Nacional, relativos ao imposto de renda das pessoas jurídicas (IRPJ) e à contribuição social
sobre o lucro líquido (CSLL) referente a resultados auferidos em controladas no exterior. O
valor total a ser pago, com redução de 100% das multas e dos juros, totaliza o montante de R$
560 milhões. Desse montante, a Fibria utilizou créditos de prejuízo fiscal e base negativa de
contribuição social para compensar R$ 168 milhões, o equivalente a 30% do valor principal,
trazendo o desembolso efetivo de caixa ao montante de R$ 392 milhões.

No ano de 2013, a Fibria registrou prejuízo de R$ 698 milhões, explicado principalmente pela
valorização do dólar sobre o real no período e pelo resultado de imposto de renda e
contribuição social, devido à despesa decorrente da adesão ao REFIS.

ESTRATÉGIA

Em 2013, a Fibria avançou em sua estratégia de fortalecimento da estrutura de capital,


consolidada através da monetização de parte de suas terras para um fundo de investimentos.
Esse movimento permite a desmobilização de parte das terras onde a empresa atua,
preservando a gestão integral das florestas. O valor total potencial da transação é de R$ 1,65
bilhão sendo que em 30 de dezembro de 2013 foi recebido o valor de R$ 500 milhões a título
de sinal, e princípio de pagamento, e mais R$ 605 milhões até 29 de janeiro de 2014. O
pagamento do saldo remanescente, no valor de R$ 298 milhões, é esperado para o 1T14após o
cumprimento de determinadas obrigações e registros legais. A Fibria ainda poderá receber o
valor adicional de R$ 248 milhões que está condicionado à valorização das terras durante o
período de 21 anos e, caso devido, será pago em três parcelas, no 7º, 14º e 21º anos, a contar
do dia 30 de dezembro de 2013.

Além disso, mantendo como parte de sua estratégia de negócio o foco em crescimento com
disciplina, a Fibria está preparada para, no momento oportuno, expandir sua capacidade de

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Relatório da Administração
produção com o projeto de ampliação da Unidade localizada em Três Lagoas, em Mato Grosso
do Sul.

INVESTIMENTOS DE CAPITAL

Em 2013, os investimentos de capital da Fibria totalizaram R$ 1,3 bilhão, em linha com o


guidance divulgado ao mercado. Para 2014, a Administração da companhia planeja investir R$
1,5 bilhão. O aumento de 18% na comparação com 2013 deve-se principalmente aos contratos
de parceria florestal assinados em razão da venda de terras realizada em dezembro de 2013 e
de um impacto não recorrente relativo à compra de madeira, cuja expectativa é de que
perdure entre dois a dois anos e meio, e então retorne a níveis normais.

GESTÃO DO ENDIVIDAMENTO

Em 2013, a Fibria manteve o foco na estratégia de redução do endividamento e geração de


fluxo de caixa livre visando à retomada do grau de investimento pelas agências de rating. No
ano de 2013, a Fibria recomprou e cancelou R$ 1,9 bilhão referentes a títulos de dívidas
(Bonds) cujas taxas eram consideradas pouco atrativas. O total das recompras proporcionará
uma economia anual de US$ 67 milhões em pagamentos de juros. A geração de fluxo de caixa
livre em 2013 ficou em R$ 1,3 bilhão, 52% superior ao ano anterior, representando um retorno
sobre o valor de mercado das ações de 8,3% em 31 de dezembro de 2013.

A Fibria chegou ao final de 2013 com uma sólida posição financeira. O caixa da companhia,
incluindo a marcação a mercado dos instrumentos de hedge, totalizou R$ 1,9 bilhão. A
empresa possui, desde maio de 2011, uma linha de crédito rotativo (revolving credit facilities)
no valor total de US$ 500 milhões, com prazo de disponibilidade de quatro anos (a partir da
contratação). Adicionalmente, em abril de 2013, foi contratada nova linha de crédito rotativo
com valor total de R$ 300 milhões, prazo de 5 anos e custo de 100% do CDI acrescido de 1,5%
a.a., quando utilizado (no período de não utilização, o custo em reais será de 0,5% a.a.). Esses
recursos, apesar de não utilizados, contribuem para melhorar as condições de liquidez da
empresa. Dessa forma, além do atual caixa de R$ 1,9 bilhão, a empresa conta também com R$
1,5 bilhão de recursos contratados, ainda não utilizados, provenientes desses “stand by credit
facilities”, que possuem liquidez imediata. Tendo isso em vista, a relação entre o caixa
(incluindo essas “stand by credit facilities”) e a dívida de curto prazo foi de 2,3x em 31 de
dezembro de 2013 sem considerar a reclassificação do Bond 2020 de longo prazo para curto
prazo, em função do resgate agendado para o dia 26 de março de 2014.

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Relatório da Administração
A dívida líquida ficou em R$ 7,8 bilhões, um aumento de 1% em relação a 2012, devido
especialmente à valorização de 15% do dólar ante o real. A Fibria fechou o ano de 2013 com
um indicador dívida líquida/EBITDA em dólar em 2,6x. Considerando o recebimento dos R$ 903
milhões, boa parte já recebida em janeiro de 2014, a relação dívida líquida/EBITDA ficaria em
2,3x em dólares e 2,5x em reais.

DIVIDENDOS

O estatuto social da companhia assegura um dividendo mínimo anual correspondente a 25%


do lucro líquido, ajustado pelas movimentações patrimoniais das reservas, conforme
preconizado pela legislação societária brasileira. Não foram propostos dividendos para o
exercício findo em 31 de dezembro de 2013, em razão do prejuízo líquido de R$ 698 milhões
apurado no exercício.

MERCADO DE CAPITAIS

As ações da Fibria listadas no Novo Mercado da BM&FBovespa, sob o código FIBR3,


encerraram o ano com alta de 23% cotadas a R$ 27,65. Na Bolsa de Valores de Nova York
(NYSE), os ADRs nível III, negociados sob o código FBR, fecharam cotados a US$ 11,68 com alta
de 3% no ano. O volume médio diário de títulos negociados em 2013 na BM&FBovespa e na
NYSE foi de 2,8 milhões, 21% inferior em relação a 2012. O volume financeiro médio diário das
ações da Fibria negociadas em 2013 foi de US$ 31,9 milhões, 7% superior em relação a 2012.

Total de ações em circulação 553.934.646 ações ordinárias (ONs)


ADR (American Depositary Receipt) 1 ADR = 1 ação ordinária
Valor de mercado em 31/12/2013 R$ 15,3 bilhões | US$ 6,5 bilhões

As ações da Fibria fazem parte da carteira teórica do Índice Bovespa, com uma participação de
1% no índice. Além disso, a Fibria também foi selecionada para participar do Índice de
Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa pelo quinto ano consecutivo.

GOVERNANÇA CORPORATIVA

O ano de 2013 foi marcado pela continuidade na busca do aprimoramento da governança da


Fibria. Promovemos a elaboração da Política de Transações com Partes Relacionadas, bem

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Relatório da Administração
como a Política Anticorrupção, ambas aprovadas pelo Conselho de Administração, visando
trabalhar pela manutenção dos nossos negócios dentro dos mais elevados patamares de
integridade e transparência.

Também em 2013, visando fortalecer a governança, instalamos o Comitê de Auditoria


Estatutário (CAE), órgão colegiado de assessoramento e instrução vinculado diretamente ao
Conselho de Administração da companhia. O CAE tem o objetivo de supervisionar a qualidade
e a integridade dos relatórios financeiros, a aderência às normas legais, estatutárias e
regulatórias, a adequação dos processos relativos à gestão de riscos e as atividades dos
auditores internos e externos. A existência do CAE e a atuação de seus membros
independentes representam um fator de transparência, confiabilidade e importante
ferramenta para a gestão de riscos.

Após a elaboração do Manual de Gestão de Crises e o estabelecimento das Comissões


Regionais de Gestão de Crises em 2012, a companhia avançou em 2013 com as seguintes
iniciativas: estabelecimento da Comissão Corporativa de Gestão de Crise, mapeamento de
cenários e eventos de crise, atualização do mapa de stakeholders, construção de planos de
emergência e continuidade de negócios. A Fibria mantém uma atitude proativa trabalhando
com a prevenção, tentando se antecipar aos problemas e resolvê-los com eficiência e rapidez,
evitando impactos negativos ao negócio.

Adicionalmente, em 2013 a Fibria implementou uma gerência de Controles e Compliance,


vinculada à gerência geral de Governança, Riscos e Compliance (GRC), reforçando a
importância desses temas na organização. As obrigações oriundas de normas internas,
exigências externas e obrigações contratuais são monitoradas periodicamente, de modo a
permitir o acompanhamento da exposição a riscos de compliance e endereçar ações para
mitigá-los e/ou reduzir seu impacto. O reporte do monitoramento ocorre por meio de uma
estrutura independente, com reporte funcional ao Comitê de Auditoria Estatutário.

SUSTENTABILIDADE

A Fibria é o primeiro elo de uma extensa cadeia de valor, que se inicia na floresta e se estende
até os consumidores finais de diversos tipos de papel amplamente utilizados na educação,

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Relatório da Administração
higiene e saúde. Atuante em mercados globais onde é crescente a exigência por
responsabilidade socioambiental ao longo da cadeia produtiva, nossa empresa se relaciona
com uma ampla gama de interlocutores, entre eles algumas comunidades rurais bastante
carentes, vizinhas a nossas operações. Com foco na inovação, na excelência operacional e no
diálogo com nossos públicos de interesse, buscamos mitigar os impactos negativos e ampliar
nossa contribuição à sociedade para bem além de nosso negócio principal – produzir e
comercializar celulose branqueada de eucalipto. Um objetivo que estamos empenhados em
atingir pela adoção de práticas sustentáveis no cultivo de florestas renováveis, pela busca
constante de ecoeficiência na atividade industrial e logística e pela firme disposição de
compartilhar valor com todas as partes interessadas. Em 2013, esse compromisso com a
sustentabilidade e com o compartilhamento de valor conquistou importantes
reconhecimentos nacionais e internacionais, tais como o Guia Exame de Sustentabilidade e
Época Negócios 360°. Foi também apontada como líder do setor na carteira 2013/2014 dos
índices Dow Jones de Sustentabilidade Global (DJSI World) e Dow Jones de Sustentabilidade
Mercados Emergentes (DJSI Emerging Markets) da bolsa de Nova York, além de ter sido
selecionada pela RobecoSAM (empresa avaliadora do Índice Dow Jones de Sustentabilidade)
como uma das dez empresas do mundo, a única companhia da América Latina, como “Game
Changer” do Futuro.

Os avanços alcançados em 2013 reforçam o foco nas questões mais relevantes para a empresa
e a sociedade, expressas como compromissos nas Metas de Longo Prazo de Sustentabilidade e
identificadas na Matriz de Materialidade(1), construída em 2009 e que leva em conta os
interesses do negócio e dos públicos com os quais nos relacionamos.

(1) Considerando as transformações da sociedade e a evolução da companhia, a Fibria realizou


uma atualização dessa matriz para conferir uma abordagem ainda mais atual aos temas
considerados prioritários na sua atuação e que serão divulgados no Relatório de
Sustentabilidade 2013.
Impacto das plantações na biodiversidade: A Fibria mantém cerca de 38% de suas áreas
conservadas, por meio de proteção, restauração, manejo e integração com a base de plantios
florestais, buscando também minimizar as pressões externas e os fatores de degradação que
possam estar atuando sobre esses fragmentos. A Fibria estabeleceu como Meta de Longo
Prazo promover restauração ambiental em 40 mil hectares de áreas próprias, entre 2012 e
2025. A biodiversidade existente nas áreas florestais da Fibria é alvo de pesquisas que buscam

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conhecer, proteger e ampliar as espécies e as populações de fauna e flora nativas, bem como
de monitoramento da qualidade ambiental das áreas mantidas pela companhia.

Certificações e compromissos voluntários: A Fibria possui certificações de seus sistemas de


gestão de qualidade, ambiental, de segurança e saúde ocupacional, e de seu manejo florestal.
Todas as Unidades da Fibria são certificadas pelo sistema Forest Stewardship Council ® (FSC®) e
pelo Cerflor/PEFC. A companhia também participa, voluntariamente, em diversos fóruns,
associações ou grupos de trabalho como o World Business Council for Sustainable
Development (WBCSD), o The Forests Dialogue (TFD), o Pacto Global da Organização das
Nações Unidas (ONU) e o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica.

Ética: O Código de Conduta da Fibria estabelece os padrões de comportamento desejados nas


relações profissionais e pessoais e se aplica a todos os trabalhadores, diretos ou indiretos,
independentemente do nível hierárquico. A companhia mantém uma Ouvidoria com três
canais de comunicação externos (telefone, caixa postal e internet) e um interno (intranet) para
o recebimento de denúncias sobre violação do Código de Conduta ou consultas, com garantia
de confidencialidade e sigilo das informações. Em 2013 a ouvidoria recebeu 103 registros
procedentes, sendo 58 anônimos e 45 identificados. Apenas 11 registros não foram encerrados
no ano de 2013. Para reforçar a aplicação do Código de Conduta, uma Comissão de Ética e
Conduta, constituída por membros da direção e da gerência, examina as possíveis
transgressões, assegura a uniformidade de critérios na avaliação dos casos, indica medidas
para questões não previstas pelo Código e monitora o bom funcionamento da Ouvidoria.
Casos de fraude, desvio de recursos ou dano ao patrimônio são tratados pela Auditoria Interna
e pelo Comitê de Auditoria Estatutário. A empresa deu importantes passos para a consolidação
da ética em seu ambiente de negócios em 2013 com a implementação do seu Programa
Anticorrupção, englobando, entre outras ações, treinamentos presenciais e online sobre o
assunto a seus funcionários.

Uso da água: A Fibria monitora continuamente as microbacias hidrográficas representativas de


sua área de atuação, visando evitar ou minimizar possíveis impactos do manejo florestal sobre
a quantidade e a qualidade da água. Não há indícios nos resultados mais recentes desse
monitoramento que apontem impactos significativos das operações florestais da companhia
nas reservas hídricas das regiões onde opera. A partir do uso das melhores tecnologias práticas
disponíveis para gestão do recurso hídrico, e adotando procedimentos eficazes de prevenção e
controle, conseguimos alcançar altos níveis de reutilização desse insumo. Como membro do
Water Footprint Network, a Fibria é pioneira no setor de celulose e papel brasileiro nessa

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avaliação (water footprint), tendo como premissa o gerenciamento do recurso hídrico na
cadeia de valor do processo de obtenção de celulose. A captação de água para abastecimento
das fábricas é realizada por meio de outorgas e obedece à legislação ambiental de cada
localidade e às licenças de operação das Unidades. Todas as Unidades Industriais estão dentro
dos padrões internacionais em relação ao consumo de água e qualidade de efluentes.

Estratégia/compromisso com a sustentabilidade: As estratégias de negócios da Fibria têm


entre seus principais fundamentos o uso responsável dos recursos naturais, o fomento do
desenvolvimento e do bem-estar das comunidades vizinhas e a conservação e a recuperação
dos ecossistemas nativos. A governança de sustentabilidade é reforçada pelo Comitê de
Sustentabilidade, que assessora o Conselho de Administração, formado por representantes da
companhia e por profissionais externos independentes de diferentes áreas do conhecimento,
o qual em 2013 criou forças-tarefa para explorar melhores práticas e tendências nos temas
Mudanças Climáticas e Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos. A governança conta ainda
com a Comissão Interna de Sustentabilidade, formada por gestores de diversas áreas, que
garantem e monitoram a execução dos compromissos assumidos.

Os objetivos de sustentabilidade são representados por um conjunto de metas de longo prazo,


além de metas anuais, que são compromissos públicos com temas fundamentais como a
otimização do uso da terra, a proteção da biodiversidade, a mitigação das mudanças
climáticas, a ecoeficiência e a qualidade de nosso relacionamento com a sociedade, incluindo
nossa contribuição para o desenvolvimento sustentável das comunidades.
Relacionamento com as comunidades vizinhas: Reflexo de sua extensa área de atuação, a
Fibria mantém contato com comunidades de diferentes realidades econômicas, sociais e
culturais, que são afetadas positiva ou negativamente e em diferentes graus pelos plantios e
operações industriais. O relacionamento com as comunidades vizinhas segue um modelo
baseado no engajamento com as comunidades, que é definido de acordo com a intensidade
das atividades de operação nesses núcleos populacionais. Dentre esses projetos de
engajamento, o que mais se destaca é o Programa de Desenvolvimento Rural Territorial
(PDRT), realizado em parceria com órgãos públicos. O objetivo do programa é prover
assistência técnica especializada aos moradores e direcionamento para a comercialização dos
produtos em iniciativas federais de incentivo de agricultura familiar. Expandido em 2013, o
PDRT contemplou 1.146 famílias de 40 comunidades da Bahia e do Espírito Santo, 610 famílias
de 7 comunidades do Mato Grosso do Sul. Em São Paulo, o programa iniciou em 2013 e já
trouxe benefícios a 67 famílias de 3 comunidades. A renda média mensal familiar, decorrente
das atividades do PDRT, teve um incremento de 44% nos estados da Bahia (BA) e Espírito

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Santo (ES) e de 24% no Mato Grosso do Sul (MS), no comparativo dos anos 2012 e 2013. Para a
BA e ES, isto representou um aumento de R$1.155 na renda mensal familiar, enquanto que
para MS o incremento foi de R$2.100.

Fomentados (fornecedores de madeira): Além de reduzir a necessidade de aquisição de terras,


o fornecimento de madeira por produtores autônomos é uma forma de incluir na cadeia de
valor da Fibria os produtores rurais próximos às fábricas de celulose, com a promoção da
geração de renda e trabalho e a diversificação da agricultura. A Fibria atualmente conta com
2.914 contratos com fomentados distribuidos em 86.518 ha que, em 2013, corresponderam a
19% da madeira utilizada pela companhia em seus processos produtivos. A área média de
contrato é de 29,7 hectares. O programa Produtor Florestal (ES, BA, MG e RJ) comporta a
maior parte do fomento florestal da Fibria. Nos demais Estados onde atua, o programa da
Companhia para garantir o fornecimento de madeira por terceiros é o Poupança Florestal, pelo
qual proprietários rurais são estimulados a produzir madeira para a Fibria, em contratos de
prazos longos e com garantias de financiamento, fornecimento de mudas e compromisso de
compra ao final do ciclo de cultivo, que dura em média sete anos.

Riscos ambientais: A Fibria possui uma Política de Gestão de Riscos, que fornece diretrizes à
companhia, e uma área de Gestão de Riscos, que auxilia a companhia a mapear os riscos
significativos e a analisar e recomendar o devido tratamento. São consideradas diversas
naturezas de riscos (fatores que causam impacto nos resultados corporativos e exigem
constante monitoramento em razão das metas de crescimento e da expectativa de
rentabilidade a que a companhia está exposta) como de mercado, operacionais, de crédito, de
reputação, socioambientais, de eventos físicos naturais e regulatórios. As mudanças climáticas
podem impactar no resultado econômico-financeiro da Fibria em razão da própria natureza do
negócio da companhia, que é baseado na utilização de recursos naturais. Há uma exposição a
riscos devido às alterações climáticas, que podem afetar o equilíbrio dos ecossistemas, a
produtividade dos plantios e a disponibilidade de água e energia para a indústria.

A Fibria adota o princípio da precaução no gerenciamento e na operação de suas atividades


industriais e florestais, por meio da adoção de medidas de controle e monitoramento da
produção, como estudos agronômicos, melhoramento genético clássico na produção de
eucalipto, que contempla a adaptação de espécies em diferentes condições climáticas,
monitoramento do consumo de água nas áreas florestais, fechamento setorial de efluentes
industriais e reutilização de água no processo de fabricação.

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Emissões, efluentes e resíduos: A Fibria apresenta um balanço positivo entre as emissões de
carbono equivalente nas operações florestais, industriais e de logística e o sequestro de
carbono da atmosfera em suas florestas plantadas e nativas. Para cada tonelada de celulose
produzida a Fibria sequestra 0,8 tonelada de carbono equivalente. Além de buscar reduzir e
controlar as fontes (equipamentos e processos) geradoras de odor, a companhia mantém a
Rede de Percepção de Odor (RPO), formada por voluntários das comunidades vizinhas que são
treinados para identificar o odor e comunicar a companhia ao detectarem a ocorrência de
odor nas proximidades das fábricas, além de outros canais de comunicação exclusivos para
partes interessadas. Em 2013 foram registradas 45 ocorrências referentes a odor pela RPO e
outras partes interessadas. Em linha com a Meta de Longo Prazo, a empresa estabeleceu uma
meta de, até 2025, de 91% do volume de resíduos sólidos destinados a aterros. A Fibria vem
fazendo esforços para utilizar resíduos industriais, que são coprocessados e transformados em
produtos para aplicação na correção da acidez dos solos onde são mantidos plantios de
eucalipto. Essa prática proporciona ganhos ambientais e econômicos, com a redução da
disposição dos resíduos em aterros e com a substituição de matéria-prima comprada pelos
resíduos reaproveitados nas operações de silvicultura. Em 2013, nas Unidades Jacareí e Três
Lagoas, iniciamos o reaproveitamento do lodo biológico, um resíduo do sistema de tratamento
de efluentes, para ser queimado na caldeira de biomassa, obtendo-se ganhos ambientais
expressivos pela redução da disposição em aterros industriais. Em 2013, o total de resíduos
(dregs, grits, lama de cal e cinzas da caldeira) reaproveitados nos plantios foi de 53.146
toneladas, gerando uma economia de cerca de R$ 8,5 milhões.

Relacionamento com comunidades específicas: Em algumas comunidades específicas


localizadas em regiões mais carentes do norte do Espírito Santo e do sul da Bahia, existem
conflitos sociais de raízes nem sempre associadas à companhia, cuja solução escapa
frequentemente de sua vontade e gestão. Apesar da complexidade do desafio, contribuir para
o encerramento desses conflitos é uma prioridade para a Fibria, que vem atuando seja
diretamente com as comunidades, seja por meio do engajamento com outros atores que
também podem contribuir para a construção de soluções, como o governo em seus vários
níveis, ONGs e outras empresas. Algumas comunidades têm merecido atenção especial da
companhia, que vem desenvolvendo, muitas vezes com a participação de órgãos
governamentais e entidades socioambientais independentes, projetos específicos de inclusão
social. É o caso de comunidades negras, parte delas já reconhecidas como descendentes de
quilombolas ou que reivindicam essa condição; índios das etnias tupiniquim e guarani;
integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST); e famílias de pescadores
artesanais. A Fibria tem como Metas de Longo Prazo ajudar a comunidade a tornar

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Relatório da Administração
autossustentáveis, até 2025, 70% dos projetos de geração de renda apoiados pela empresa e
atingir 80% de aprovação nas comunidades vizinhas às suas operações. Uma das principais
ferramentas de avaliação da evolução desse índice é a pesquisa de favorabilidade, realizada
com as comunidades no primeiro semestre de 2013. De acordo com esse levantamento, 72%
dos moradores consultados aprovam as atividades da Fibria.

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

A Fibria é uma das empresas do setor que mais investem em pesquisa e tem feito isso, de
forma consistente, há mais de 40 anos. Em 2013, investiu cerca de R$ 45 milhões em um
portfólio de projetos de pesquisa que abrange desde o melhoramento de plantas e avanços do
manejo florestal até o desenvolvimento de novos produtos. No Centro de Tecnologia da Fibria
são desenvolvidas tecnologias visando: (i) aumentar a produtividade das florestas; (ii)
melhorar a qualidade da madeira utilizada como matéria-prima; (iii) aumentar a eficiência dos
processos produtivos e da produção industrial; e (iv) desenvolver produtos inovadores de alta
qualidade, de forma sustentável.

Em 2013, a área de Manejo Florestal e Recursos Naturais contribuiu para o negócio florestal
com o desenvolvimento de sistemas de silvicultura de precisão que monitoram o estado de
fertilidade e conservação do solo e otimizam a alocação dos recursos disponíveis, com
impactos na redução de custos e no aumento da produção de biomassa florestal. Foram
obtidas também melhorias no planejamento dos plantios e áreas de conservação, na
quantificação dos serviços ecossistêmicos, bem como na calibração e na aplicação de modelos
hidrológicos. A identificação de áreas de alto valor de conservação, as melhorias no programa
de restauração florestal e a retomada do desenvolvimento de sistemas agroflorestais
contribuíram para a agregação de valor para a gestão dos recursos naturais da empresa, além
de abrir novas oportunidades relacionadas à base florestal de conservação existente. Na
proteção florestal, o foco contínuo no uso do controle biológico de pragas contribuiu para a
estratégia de redução do uso de químicos, em linha com o apoio dado pela Fibria para o
desenvolvimento de uma política de uso de químicos no sistema FSC.

Os avanços obtidos em Melhoramento Genético e Biotecnologia foram expressivos ao longo


do ano. Merece destaque a atualização na recomendação de materiais genéticos para todas as
Unidades da Fibria, que contemplou novas soluções buscando a máxima adaptação dos clones
de eucalipto às diferentes condições ambientais, com minimização de riscos de
susceptibilidade a estresses bióticos e abióticos, e maximização da produtividade potencial.

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Também foram obtidos resultados preliminares promissores no desenvolvimento da Seleção
Genômica Ampla, tecnologia que poderá viabilizar a antecipação de ganhos do programa de
melhoramento genético, através da seleção de clones superiores com base nos padrões de
variação no nível do DNA (marcadores moleculares). Houve também avanço no
desenvolvimento de uma nova tecnologia de propagação clonal que envolve a produção de
micro-estacas em biorreatores de imersão temporária, para a qual foram depositadas patentes
no Brasil e nos Estados Unidos, e cujo conceito deve mudar os padrões dos viveiros florestais
quanto à qualidade da planta e à duração dos ciclos de produção. Ainda em 2013, a Fibria
manteve seu programa de pesquisa em transformação genética do eucalipto, envolvendo
parcerias nacionais e internacionais e seguindo rigorosamente as recomendações legais e de
certificadoras, com a finalidade de avaliar o potencial benefício desta tecnologia para o
negócio e para a sociedade.

Na área industrial, os desenvolvimentos priorizaram tanto a criação de novos produtos quanto


o aprimoramento dos já existentes. Novas alternativas foram oferecidas aos clientes para
melhoria do desempenho de seus processos e/ou produtos, especialmente quanto à melhoria
de maciez e resistência, permitindo à Fibria disponibilizar tecnologias exclusivas em um
mercado de commodities. Essa estratégia certamente contribuiu para que a Fibria fosse
considerada, em 2013, a melhor parceira comercial e de pesquisa e desenvolvimento (P&D)
por alguns de nossos mais importantes clientes. O desenvolvimento de bioprodutos e
biocombustíveis, a partir de biomassa e de subprodutos do processo Kraft, também seguiu
como um importante tema no portfólio de pesquisa da Fibria, com investimentos significativos
em equipamentos que permitem a caracterização da matéria-prima e dos novos produtos
(biocombustíveis e ligninas). O estabelecimento de alianças estratégicas permitiu acelerar as
pesquisas e desenvolvimentos em biorrefinaria. Exemplificando, o bio-óleo produzido pela
Ensyn (joint venture com a Fibria) a partir da biomassa florestal foi testado em parceria com
potenciais clientes e parceiros estratégicos, com excelentes resultados.

Em 2013 anunciamos duas parcerias importantes na área de inovação: com a Embraer, para
cooperação tecnológica no segmento de materiais renováveis, e com a SweTree Technologies,
para o desenvolvimento de clones aprimorados de eucalipto.

Na área de inovação de processos a Fibria incentiva seus empregados a desenvolver ideias


inovadoras, oferecendo recompensas financeiras aos autores das propostas aprovadas, por
meio do programa i9. Em 2013, foram apresentadas 495 sugestões para redução de custos,
aumento de receita, incremento da produtividade, simplificação dos processos operacionais

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ou algum tipo de melhoria na rotina de trabalho. Delas, 288 foram consideradas viáveis e
implantadas, 210 das quais foram classificadas como quantitativas, por propiciarem algum tipo
de economia para a empresa. Para cada real investido, o retorno sobre o investimento (ROI)
foi de R$ 61.

FORNECEDORES

A Fibria procura engajar sua cadeia produtiva e compartilhar as melhores práticas


socioambientais, com o objetivo de mapear e reduzir as emissões de carbono, usar de forma
responsável os recursos naturais e assegurar o respeito aos direitos dos trabalhadores. Além
disso, os fornecedores também são orientados sobre a importância de reduzir ao máximo os
impactos socioambientais negativos gerados por suas atividades.

A Fibria foi a primeira empresa do setor florestal no mundo a aderir ao Carbon Disclosure
(CDP) Supply Chain. Pelo quarto ano consecutivo, através do CDP Supply Chain a empresa
continua buscando exercer influência positiva na sua cadeia de valor, sensibilizando seus
parceiros para a necessidade de ação em relação à divulgação e à redução das emissões de
carbono na cadeia de valor. Em 2013, a Fibria atingiu o percentual do índice de respondentes
para 91% dos fornecedores convidados, sendo que a meta estipulada foi de 90%.

PESSOAS

A estratégia de atuação da área de Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO) vem


sendo reforçada desde 2011, com base em nossas Crenças de Gestão, Cultura e Estratégia
Organizacional. O objetivo é gerar impacto positivo no clima organizacional e, assim, reforçar
nossa atratividade, o engajamento e a retenção de pessoas.

A Fibria está fortemente comprometida com a segurança e saúde de seus profissionais e dos
provedores de serviços em todas as suas operações. Seu sistema de gestão de Saúde e
Segurança do Trabalho contempla ferramentas e práticas que direcionam para a prevenção de
acidentes, incidentes e doenças ocupacionais. Essas práticas suportam o atendimento aos
requisitos da Norma OHSAS 18.001 (Terminal Portuário de Santos) e as certificações de
manejo florestal sustentável: CERFLOR e FSC (Forest Stewardship Council). O avanço fica
demonstrado pela obtenção de uma taxa de frequência com perda de tempo de 0,91
acidentes por milhão de horas-homem trabalhadas em 2013. Infelizmente, apesar de todos

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esses esforços, houve o registro de dois acidentes fatais envolvendo motoristas em serviços de
transporte logístico de madeira e pessoas.

A área de Desenvolvimento e Captação de Pessoas vem trabalhando, desde então, na


consolidação dos principais objetivos da área, que são: (i) criar contínuo valor para a
organização por intermédio das pessoas; (ii) apoiar e estimular os gestores na construção de
uma cultura baseada nas Crenças de Gestão; (iii) facilitar e estimular o autodesenvolvimento
das pessoas; (iv) identificar e influenciar mudanças na estrutura e nos processos
organizacionais para aumentar a capacidade competitiva da Fibria; e (v) trabalhar com a
liderança na construção da causa que inspire e engaje pessoas e times.

A Fibria continuou com o Ciclo de Gestão de Desempenho para os executivos e o ampliou para
os níveis administrativo e operacional. O processo resultou em feedbacks para os envolvidos e
na elaboração dos Planos de Desenvolvimento Individuais (PDIs), cujo objetivo é nortear e
priorizar as ações de desenvolvimento profissional, por meio de planos e metas para que
objetivos atuais e futuros dos executivos e da organização sejam alcançados. Além disso, foi
possível ter uma visão geral sobre esses grupos e criar o plano sucessório da organização,
dando andamento a ações de desenvolvimento específicas. O índice de aproveitamento
interno no nível gerencial no ano de 2013 foi 76%.

Com base nos resultados da segunda Pesquisa de Clima da Fibria, realizada em outubro de
2012, os planos de ação foram construídos buscando a melhoria continua e criando uma
cultura de gestão de clima. As principais ações corporativas foram focadas no aperfeiçoamento
de gestão de pessoas, sendo: o ciclo de gestão de desempenho desdobrado para os níveis
administrativo e operacional, conforme mencionado acima, e a preparação dos líderes do
primeiro nível, que possuem gestão de pessoas, com o objetivo capacitar e desenvolver os
profissionais da Fibria, proporcionando conhecimentos e habilidades para apoio no
desempenho de sua função, contribuindo para o alcance das estratégias e para a
sustentabilidade da Fibria.

Além disso, ampliamos o nosso investimento em 34% em programas de treinamento e


desenvolvimento.

RELACIONAMENTO COM AUDITORES INDEPENDENTES

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Relatório da Administração
Em atendimento à determinação da Instrução CVM 381/2003, informamos que, no exercício
encerrado em 31 de dezembro de 2013, contratamos nossos auditores independentes para
trabalhos diversos daqueles correlatos da Auditoria externa, relacionados à revisão de
obrigações fiscais acessórias e outros. Esses serviços foram realizados em um prazo de duração
inferior a um ano e os honorários correspondentes não excederam 5% do valor dos honorários
consolidados relativos à Auditoria externa para a Fibria. Em razão do escopo e dos
procedimentos executados, esses serviços não afetaram a independência e a objetividade dos
auditores independentes.

A política de atuação da companhia na contratação de serviços não relacionados à Auditoria


externa com os nossos auditores independentes se fundamenta nos princípios que preservam
a independência do auditor independente. Esses princípios internacionalmente aceitos,
consistem em: (a) o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho; (b) o auditor não deve
exercer funções gerenciais em seu cliente e (c) o auditor não deve promover os interesses de
seu cliente.

Adicionalmente, as demonstrações financeiras da companhia de 31 de dezembro de 2013


foram auditadas pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes.

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Notas Explicativas

Fibria Celulose S.A. e suas controladas


Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

1 Contexto operacional

(a) Considerações gerais

A Fibria Celulose S.A. e suas empresas controladas, doravante referidas nesta demonstração financeira
como "Fibria" ou "Companhia", está constituída de acordo com as leis da República Federativa do Brasil
e é uma sociedade anônima de capital aberto, com sede social na cidade de São Paulo, Estado de São
Paulo, Brasil.

A Fibria possui ações listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBOVESPA) e na Bolsa de Valores
de Nova Iorque (NYSE), reportando suas informações à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à
Securities and Exchange Commission (SEC).

A Fibria tem como atividade preponderante o plantio de florestas renováveis e sustentáveis e a


industrialização e o comércio de celulose branqueada de eucalipto. A Fibria opera em um único
segmento operacional relacionado à industrialização e o comércio de celulose de fibra curta.

A produção de celulose branqueada é realizada apenas a partir de árvores de eucalipto resultando em


uma variedade de madeira dura de alta qualidade, com fibras curtas, geralmente melhor adequadas à
fabricação de papel sanitário, papel revestido e não revestido para impressão e escrita. São utilizadas
energias térmica e elétrica no processo produtivo, que são substancialmente provenientes de geração
própria e inclui licor negro, biomassa derivada de descasque de madeira, lascas e resíduos. Os principais
insumos e matérias primas utilizados pela Fibria em seu processo produtivo são: madeira, energia,
produtos químicos e água.

Os negócios da Companhia são fortemente afetados pelos preços que vigoram no mercado mundial de
celulose, historicamente cíclicos e sujeitos a flutuações significativas em períodos curtos, em
decorrência de vários fatores, tais como: (i) demanda mundial por produtos derivados de celulose;
(ii) capacidade de produção mundial e estratégias adotadas pelos principais produtores;
(iii) disponibilidade de substitutos para esses produtos e (iv) flutuação do dólar norte-americano. Todos
esses fatores estão fora do controle de gestão da Companhia.

Em 2012, a Companhia estabeleceu aliança estratégica com a Ensyn Corporation ("Ensyn"), mediante a
compra de aproximadamente 6% do seu capital social pelo valor de US$ 20.000 (equivalentes a
R$ 40.674 naquela data) com a finalidade de alavancar sua expertise em florestas e sua posição
competitiva no Brasil para desenvolver alternativas de alto valor agregado que possam complementar
sua liderança global e excelência em produção de celulose. A Companhia acredita que suas
competências, juntamente com a plataforma tecnológica da Ensyn, podem criar um negócio relevante de
biocombustíveis no futuro.

(b) Plantas em operação e base florestal

A Fibria opera plantas fabris de celulose branqueada, com capacidade instalada em 31 de dezembro
de 2013 no total de aproximadamente 5,3 milhões de toneladas por ano, distribuídas nas seguintes
localizações:

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Notas Explicativas

Fibria Celulose S.A. e suas controladas


Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Capacidade anual instalada


Planta de celulose Localização (toneladas por ano )

Aracruz Espírito Santo 2.340.000


Três Lagoas Mato Grosso do Sul 1.300.000
Jacareí São Paulo 1.100.000
Veracel (*) Bahia 560.000

5.300.000

(*) Capacidade produtiva equivalente à participação de 50% da Fibria na operação em conjunto Veracel Celulose S.A.

As florestas da Fibria são compreendidas por árvores de eucalipto, que possuem ciclo médio de extração
entre seis e sete anos e estão localizadas em seis estados brasileiros, em uma área aproximada de 962 mil
hectares em 31 de dezembro de 2013, considerando as áreas de reflorestamento e conservação
ambiental, conforme segue:

Área destinada
ao plantio Área total

Estado
São Paulo 78.117 144.952
Minas Gerais 13.009 27.349
Rio de Janeiro 1.638 3.368
Mato Grosso do Sul 224.911 341.904
Bahia 134.583 264.001
Espírito Santo 104.537 180.097

556.795 961.671

A base florestal do Estado do Rio Grande do Sul foi desconsiderada na tabela acima, pois os referidos
ativos foram descontinuados e estão sendo apresentados na rubrica "Ativos mantidos para a venda",
conforme detalhado no item (d)(i) a seguir e na Nota 36.

(c) Logística para exportação de celulose

A celulose produzida para exportação é entregue aos clientes por meio de transporte marítimo com base
em contratos de afretamento de longo prazo.

A Companhia opera em dois portos, Santos e Barra do Riacho. O porto de Santos fica localizado na costa
do Estado de São Paulo e escoa a celulose produzida nas plantas de Jacareí e Três Lagoas e é operado
sob regime de concessão do Governo Federal através da Companhia Docas do Estado de São Paulo -
CODESP. O prazo de concessão de um dos terminais no porto de Santos se encerra em 2017; entretanto,
a Companhia já busca alternativas para o escoamento da sua produção de modo a preservar sua
capacidade de exportação em linha com a produção no longo prazo.

O porto de Barra do Riacho é um porto especializado em celulose e fica localizado a cerca de


três quilômetros da unidade Aracruz, no Estado do Espírito Santo, escoando a celulose produzida nas
plantas de Aracruz e Veracel. Esse porto é operado por uma empresa controlada pela Fibria
(participação de 51% no capital social) denominada Portocel - Terminal Especializado Barra do Riacho
S.A. A Portocel opera sob autorização da União conforme contrato de adesão assinado em 14 de
novembro de 1995.

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Notas Explicativas

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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Em outubro de 2010, foram assinados quatro contratos com a empresa sul-coreana Pan Ocean Co. Ltd.
(antiga “STX Pan Ocean”), pelo prazo de 25 anos que previam a construção de 20 navios. Cinco desses
navios foram entregues pelo estaleiro, dos quais, quatro já estão dedicados ao transporte de celulose e
um tem a previsão de iniciar o transporte a partir de fevereiro de 2014.

Em função das dificuldades financeiras enfrentadas pela Pan Ocean, os contratos estão em processo de
renegociação entre as partes envolvidas (Fibria, bancos e Pan Ocean).

Independentemente da renegociação em andamento, as operações de exportação de celulose e seus


respectivos custos logísticos não serão afetados, uma vez que a Companhia possui contratos de
afretamento com outros armadores e operadores logísticos capazes de atender à demanda para
exportação, com garantia de alto padrão de serviço e custo.

(d) Ativos circulantes mantidos para a venda

Durante os exercícios de 2012 e de 2011, a Companhia aprovou a venda de determinadas Unidades


Geradoras de Caixa (UGC) e ativos, conforme demonstrado na tabela a seguir:

Data da disposição
e reclassificação Data da efetivação
Ativos Referência Classificação contábil da venda

Projeto Losango Nota 1(d)(i) Ativos mantidos para a venda Junho de 2011 Ainda não
consumada

Ativos florestais e
terras localizados
no sul da Bahia Nota 1(d)(ii) Ativos mantidos para a venda Março de 2012 Dezembro de 2012

(i) Projeto Losango

Em 28 de dezembro de 2012, a Companhia e a CMPC Celulose Riograndense S.A. ("CMPC") assinaram


um compromisso de compra e venda de todos os ativos do Projeto Losango, que inclui aproximadamente
100 mil hectares de áreas próprias e aproximadamente 39 mil hectares de eucaliptos plantados em áreas
próprias e em áreas arrendadas de terceiros, localizados no Estado do Rio Grande do Sul, pelo valor total
de R$ 615 milhões, foi recebido como adiantamento na data da assinatura a primeira parcela no valor de
R$ 470 milhões e a segunda parcela, no valor de R$ 140 milhões, foi depositada em conta caução
(escrow account), que deverá ser liberada após as demais aprovações governamentais aplicáveis e outras
condições precedentes. A parcela final de R$ 5 milhões será paga quando da efetiva transferência de
contratos de arrendamento de terras existentes relacionados ao ativo e após as aprovações
governamentais aplicáveis. O contrato define o prazo de 48 meses para as aprovações regulamentares
adicionais necessárias, com a possibilidade de prorrogação adicional de acordo com a decisão da CMPC
por mais 48 meses. Se as aprovações não forem obtidas, o valor de R$ 470 milhões deverá ser
reembolsado à CMPC com correção de juros e o depósito na conta caução será resgatado. A Companhia
registrou o adiantamento referente à primeira parcela no passivo na rubrica "Passivos relacionados aos
ativos mantidos para venda".

Desde a assinatura do compromisso de compra e venda celebrado com a CMPC, a Companhia vem
trabalhando para obter as aprovações necessárias, bem como o cumprimento das demais condições
precedentes, com destaque para a obtenção da documentação que será apresentada aos órgãos
governamentais aplicáveis.

A conclusão da venda depende da obtenção de tais aprovações complementares e com isso a

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Notas Explicativas

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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Administração concluiu que esses ativos devem permanecer classificados como ativos mantidos para
venda em 31 de dezembro de 2013. O valor contábil desse acervo líquido foi comparado com o seu valor
justo menos as despesas necessárias para a venda e não houve a necessidade de registro de perda por
impairment. Esses ativos não geraram impactos no resultado dos exercícios findos em 31 de dezembro
de 2013 e de 2012.

(ii) Ativos florestais e terras localizados


no Sul da Bahia

Em 8 de março de 2012, em linha com os esforços de adequar a alavancagem da Companhia, a


Administração aceitou oferta vinculante do Fundo Florestas do Brasil ("Fundo"), por meio de sua
subsidiária Caravelas Florestal S.A., para a venda de certos ativos florestais e terras localizados no Sul da
Bahia. Esses ativos perfazem cerca de 16.152 hectares de efetivo plantio de eucalipto para serraria e
celulose, com produção anual média de 660 mil m3 de madeira.

No dia 29 de junho de 2012, a Companhia assinou o contrato de alienação desses ativos pelo valor de
R$ 200 milhões, o qual foi recebido na data de assinatura do referido contrato. Em 7 de dezembro de
2012, as partes assinaram o termo de aceite tomando conhecimento da finalização da inspeção das terras
e dos ativos florestais relacionados às referidas terras.

A transação gerou um ganho de capital no montante de R$ 19.551, líquido de impostos, no exercício de


2012, conforme demonstrado na Nota 36(b).

(e) Projeto Asset Light

Em 15 de novembro de 2013, a Companhia (através da Controladora e sua subsidiária Fibria-MS


Celulose Sul Mato-Grossense Ltda), assinou um Contrato de Compra e Venda de Ações e Outras Avenças
com a empresa Parkia Participações S.A. (“Parkia”), para a alienação de determinadas terras localizadas
nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia e Espírito Santo, perfazendo um total de
aproximadamente 210 mil hectares.

Em 30 de dezembro de 2013, após a obtenção das aprovações regulatórias obrigatórias e da conclusão da


auditoria comprobatória pela Parkia, foi concluído e assinado o Primeiro Aditivo ao Contrato de Compra
e Venda de Ações e Outras Avenças, assinado em 15 de novembro de 2013, tendo sido ajustada a área
total objeto da transação para aproximadamente 206 mil hectares de terras, pelo valor total de R$
1.402.584, sendo recebido pela Companhia o montante de R$ 500.000 no ato da assinatura. O saldo
remanescente, no valor de R$ 902.584, será recebido após o cumprimento de determinadas obrigações e
registros legais, a serem realizados pela Companhia, vide Nota 38.

Um valor adicional limitado à R$ 247.515 poderá ser recebido pela Companhia em três parcelas de até
1/3 (um terço) do valor, no 7º, 14º e 21º aniversários do contrato de compra e venda, sendo o valor a
receber contingente a depender da valorização das terras em cada aniversário, a ser mensurado de
acordo com as premissas pré-definidas no contrato, reajustado pela variação do IGP-M até a data dos
efetivos pagamentos.

Em 30 de dezembro de 2013, a Companhia assinou Contratos de Parceria Florestal e de Fornecimento


de Madeira em Pé com as subsidiárias da Parkia (“contraparte”), ambos com prazo de até 24 anos (ou
quatro ciclos de rotação de aproximadamente 7 anos), durante o qual a Companhia continuará a operar
suas florestas localizadas nas áreas vendidas. Os contratos não prevêem renovações ou extensões no
prazo.

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Notas Explicativas

Fibria Celulose S.A. e suas controladas


Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Em troca do direito da Companhia usar as terras para suas atividades florestais, o contrato de parceria
florestal confere à contraparte, agora proprietária das terras, o direito a 40% do volume de madeira (em
m3) produzido pela Companhia nessas áreas durante cada ciclo de rotação, limitado a um “cap”
estabelecido contratualmente.

Através do contrato de fornecimento de madeira em pé, a Companhia irá adquirir esses 40% do volume
de madeira, do qual a contraparte tem direito, de acordo com cada contrato de parceria florestal, ao
preço por m3 de madeira definido em contrato. O preço em m3 está definido em dólar norte-americano
(que é a moeda funcional da contraparte) e será reajustado de acordo com o índice de preços ao
consumo da economia norte-americana (United States Consumer Price Index - US-CPI). Os pagamentos
são devidos trimestralmente. Ao final de cada ciclo de rotação, qualquer diferença entre o total dos
pagamentos feitos trimestralmente pela Companhia e o equivalente a 40% do volume de madeira
efetivamente produzida durante o ciclo será liquidada entre as partes, mas somente no caso em que os
pagamentos trimestrais feitos pela Companhia durante o ciclo tenham sido maiores que o equivalente a
40% do volume de madeira efetivamente produzida ao final do ciclo de rotação. Neste caso a Companhia
será reembolsada pelo valor pago em excesso.

O Contrato de Compra e Venda de Ações concede à Parkia o direito de retirar do contrato de parceria
florestal e de fornecimento de madeira em pé até 30% da área total do contrato, desde que respeitado
um cronograma pré-definido. Em relação às áreas não sujeitas à retirada e que permaneceram até o
prazo final do contrato, caso à contraparte decida por sua venda, a Fibria tem o direito de fazer, de
acordo com condições pré-estabelecidas, uma primeira oferta, e/ou cobrir a oferta de um concorrente.

Caso seja efetivada a venda de qualquer porção de áreas para um terceiro e que não esteja incluída nos
30% acima mencionados, o novo proprietário da terra herdará todos os direitos e obrigações do contrato
com a Fibria até o término do prazo da parceria florestal.

O Contrato de Compra e Venda não contém nenhuma cláusula que concede à Fibria a opção de
recompra dessas terras durante, ou ao final do prazo do contrato.

Enquadramento contábil da transação

O conjunto dos contratos de compra e venda das terras, de parceria florestal e de fornecimento de
madeira em pé, resulta em uma obrigação trimestral a pagar da Companhia à contraparte pelo uso das
terras, a ser mensurado com base em inventários pré-corte, limitado ao “cap” definido para a operação.
O desembolso anual estimado pela Companhia com a transação é de aproximadamente US$ 46 milhões.
A Companhia tem a capacidade e o direito de operar as terras durante o período do contrato de parceria
e, ao mesmo tempo obterá 100% da produção florestal decorrente da terra, conforme seu percentual de
participação na parceria (60%) e pela compra da madeira em pé da contraparte (40%).

Portanto, para fins contábeis, e conforme o ICPC 03 - Aspectos Complementares das Operações de
Arrendamento Mercantil, os contratos devem ser considerados dentro do escopo do Pronunciamento
Técnico CPC 06(R1) - Operações de arrendamento mercantil. Isto é, a Companhia contabiliza a
transação como uma venda e retroarrendamento (sale leaseback) considerando o retroarrendamento
como operacional com pagamentos exclusivamente contingentes.

De acordo com o CPC 38 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, a Companhia


contabiliza de forma separada ao seu valor justo o derivativo embutido correspondente ao ajuste do
preço do pagamento em função de variações do US-CPI por considerar que esse índice de reajuste do
preço não se relaciona com a inflação do ambiente econômico onde as áreas estão localizadas.

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Notas Explicativas

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financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Considerando que os contratos de parceria florestal e fornecimento de madeira em pé foram assinados


em 30 de dezembro de 2013, o valor justo do derivativo embutido em 31 de dezembro de 2013 é próximo
de zero e, portanto, não foi contabilizado.

A Companhia não contabilizou de forma separada o valor justo do derivativo embutido correspondente à
denominação do preço do contrato de fornecimento de madeira em pé em dólar norte-americano devido
à moeda funcional de a contraparte ser o dólar norte-americano e, consequentemente, estar
intimamente relacionado com o contrato principal.

Ganho de capital na transação

A transação gerou um ganho de capital que foi reconhecido na demonstração de resultado no momento
da venda, conforme demonstrado abaixo:

Valor da venda (excluindo o valor contingente) 1.402.54


(-)Custo dos ativos líquidos baixados
Ativos imobilizados - Terras e benfeitorias Consolidado (Nota 19) (596.528)
(-)Outros gastos (7.016)

(=)Ganho de capital antes de imposto de renda e contribuição social 799.040

(-)Despesa de imposto de renda e contribuição social (271.674)

(=)Ganho de capital líquido de imposto de renda e contribuição social 527.366

(f) Alteração na estrutura societária internacional

Em novembro de 2011, a Administração da Fibria aprovou, sujeito ao atendimento de certos parâmetros


preestabelecidos, o projeto de reorganização societária internacional.

Em 1º de julho de 2013 houve a transferência das operações comercial, logística, administrativa e


financeira da controlada Fibria Trading International Kft. para outra empresa controlada, localizada na
Áustria, denominada Fibria International Trade GmbH.

Em dezembro 2013, o investimento direto detido pela Companhia na Fibria International Trade GmbH
foi contribuído à Fibria International Celulose GmbH, subsidiária integral da Companhia.

O projeto de reorganização societária internacional está dividido em fases e a conclusão total está
prevista para dezembro de 2015. Contudo, a efetivação das etapas previstas da reorganização total
depende da confirmação das autoridades de cada país envolvido.

(g) Incorporação de empresa sem efeito


nas demonstrações financeiras

Em 30 de setembro de 2013, a Companhia realizou a incorporação da controlada direta Normus


Empreendimentos e Participações Ltda. (“Normus”). A Companhia detinha 100% do capital da Normus,
que estava localizada no Brasil. Com isso as controladas indiretas Fibria International Trade GmbH(*),
Fibria Overseas Holding KFT e Fibria International Celulose GmbH passaram a ser controladas diretas
da Companhia.

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31 de dezembro de 2013
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(*) Como mencionado na Nota 1(f) acima essa controlada direta foi contribuída para Fibria International Celulose GmbH em
dezembro de 2013.

(h) Oferta Pública de Ações

Em 30 de abril de 2012, a Fibria concluiu a oferta pública de distribuição primária de ações ordinárias
de emissão da Companhia ("Oferta de Ações"). O montante bruto obtido com a oferta totalizou
R$ 1.361.380. A Oferta de Ações foi mais uma etapa do processo de fortalecimento da estrutura de
capital da Companhia e reforça a meta de buscar um nível de alavancagem adequado ao estabelecido na
Política de Gestão de Endividamento e Liquidez. Os detalhes sobre a operação estão descritos na Nota
27(a).

2 Apresentação das demonstrações financeiras e resumo


das principais práticas contábeis adotadas

2.1 Base de apresentação

(a) Demonstrações financeiras consolidadas

As demonstrações financeiras consolidadas da Companhia foram preparadas e estão sendo apresentadas


conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê
de Pronunciamentos Contábeis (CPCs), referendados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e
conforme as normas internacionais de relatório financeiro (International Financial Reporting
Standards (IFRS)) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB).

A apresentação da Demonstração do Valor Adicionado (DVA), individual e consolidada, é requerida pela


legislação societária brasileira e pelas práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis a companhias
abertas. As normas IFRS não requerem a apresentação dessa demonstração. Como consequência, pelas
normas IFRS, essa demonstração está apresentada como informação suplementar, sem prejuízo do
conjunto das demonstrações contábeis.

(b) Demonstrações financeiras individuais

As demonstrações financeiras individuais da controladora foram preparadas conforme as práticas


contábeis adotadas no Brasil emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPCs) e são
divulgadas em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas.

Nas demonstrações financeiras individuais, as controladas são contabilizadas pelo método de equivalência
patrimonial. No caso da Fibria, as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicadas nas demonstrações
financeiras individuais diferem do IFRS apenas pela avaliação dos investimentos em coligadas pelo
método de equivalência patrimonial, enquanto conforme IFRS seria pelo custo ou valor justo.

(c) Aprovação das demonstrações financeiras

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e pela Diretoria em 29


de janeiro de 2014.

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2.2 Consolidação

2.2.1 Demonstrações financeiras consolidadas

(a) Controladas

Controladas são todas as entidades cujas atividades financeiras e operacionais podem ser conduzidas
pela Companhia e nas quais normalmente há uma participação acionária de mais da metade dos direitos
de voto. A Companhia controla uma entidade quando está exposta ou tem direito a retorno variáveis
decorrentes de seu envolvimento com a entidade e tem a capacidade de interferir nesses retornos devido
ao poder que exerce sobre a entidade. A existência e o efeito de potenciais direitos de voto, que são
atualmente exercíveis ou conversíveis, são levados em consideração ao avaliar se a Fibria controla outra
entidade. As controladas são integralmente consolidadas a partir da data em que o controle é transferido
e deixam de ser consolidadas a partir da data em que o controle cessa.

A participação no fundo de investimento exclusivo foi consolidada considerando a segregação dos


investimentos que compõem o patrimônio do fundo.

Transações intercompany, saldos e ganhos e perdas não realizados em transações entre empresas do
grupo são eliminados. Perdas não realizadas também são eliminadas a não ser que a transação possua
evidências de perda de valor (impairment) do ativo transaferido. As políticas contábeis das controladas
foram modificadas onde necessário para garantir consistência com as políticas adotadas pela
Companhia.

A alteração na classificação dos investimentos trazida pelo IFRS 11 e CPC 19(R2) não impactou os saldos
da Companhia em comparação à metodologia de consolidação das controladas que era adotada pela
Companhia até 31 de dezembro de 2012.

(b) Operações em conjunto

A partir de 1º de janeiro de 2013, as empresas Veracel Celulose S.A. ("Veracel"), Asapir Produção
Florestal e Comércio Ltda. ("Asapir") e VOTO - Votorantim Overseas Trading Operations IV Limited
("VOTO IV") passaram a ser consideradas operações em conjunto (joint operation), de acordo com o
conceito introduzido pelo IFRS 11 e CPC 19(R2) - Negócios em Conjunto. Essa alteração na classificação
dos investimentos trazida pelo IFRS 11 e CPC 19(R2) não impactou os saldos consolidados da
Companhia em comparação à metodologia de consolidação proporcional permitida pela norma até 31 de
dezembro de 2012, uma vez que os ativos e passivos, receitas e despesas são reconhecidos com base na
parcela de sua participação na operação em conjunto.

Essas operações em conjunto são empresas na qual a Companhia mantém o compartilhamento do


controle, contratualmente estabelecido, sobre sua atividade econômica e que existe somente quando as
decisões estratégicas, financeiras e operacionais relativas à atividade exigirem o consentimento unânime
das partes que compartilham o controle.

Transações entre as empresas controladas, bem como os saldos e os ganhos não realizados nessas
operações, são eliminados. Os prejuízos não realizados também são eliminados a menos que a operação
forneça evidência de uma perda de valor (impairment) do ativo transferido. As políticas contábeis das
controladas são ajustadas, quando necessário, para assegurar a consistência com as políticas contábeis
adotadas pela Companhia.

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Os saldos do ativo circulante, ativo não circulante, passivo circulante, passivo não circulante, receitas e
despesas, relativo aos anos de 2013 e de 2012 das operações em conjunto Veracel, Asapir e VOTO IV,
estão a seguir demonstrados:

2013

Veracel Asapir VOTO IV

100% 50% 100% 50% 100% 50%

Ativo
Ativo circulante
Caixa e equivalentes de caixa 5.946 2.973 278 139 54.394 27.197
Outros ativos circulantes 682.534 341.267 3.934 1.967
688.480 344.240 4.212 2.106 54.394 27.197
Ativo não circulante 3.047.072 1.523.536 290 145 741.752 370.876

Total do ativo 3.735.552 1.867.776 4.502 2.251 796.146 398.073

Passivo e patrimônio líquido


Passivo circulante
Empréstimos e financiamentos 318.650 159.325
Fornecedores e outras contas a pagar 51.094 25.547 252 126
Demais contas a pagar 20.518 10.259 2.148 1.074
390.262 195.131 2.400 1.200
Passivo não circulante
Empréstimos e financiamentos 456.772 228.386 728.344 364.172
Fornecedores e outras contas a pagar 878 439
Demais contas a pagar 51.498 25.749 1.686 843 24.675 12.337
509.148 254.574 1.686 843 753.019 376.509
Patrimônio líquido 2.836.142 1.418.071 416 208 43.127 21.564

Total do passivo e patrimônio líquido 3.735.552 1.867.776 4.502 2.251 796.146 398.073

Resultado
Receita 1.018.772 509.386
Custos dos serviços prestados (861.620) (430.810)

Lucro bruto 157.152 78.576

Despesas administrativas (36.542 ) (18.271) (890) (445)


Despesas comerciais (36.380) (18.190)
Outras receitas (despesas) operacionais (29.108 ) (14.554) (596 ) (298 )

Resultado operacional 55.122 27.561 (1.486) (743)

Resultado financeiro, líquido (71.832) (35.916) (900 ) (450 ) (22.864 ) (11.432)

Resultado antes do IR e CS (16.710) (8.355) (2.386) (1.193) (22.864 ) (11.432)


IR e CS corrente e diferido (1.029 ) (514 )

Prejuízo do exercício (17.739 ) (8.869) (2.386) (1.193) (22.864 ) (11.432)

Apenas a operação em conjunto Veracel registrou como despesa de depreciação, amortização e exaustão
no exercício encerrado em 2013 o montante de R$191.324 correspondente a 50% da participação da
Companhia.

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Notas Explicativas

Fibria Celulose S.A. e suas controladas


Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

2012

Veracel Asapir VOTO IV

100% 50% 100% 50% 100% 50%

Ativo
Ativo circulante
Caixa e equivalentes de caixa 4.162 2.081 100 50 4.324 2.162
Outros ativos circulantes 456.902 228.451 43.764 21.882 1.930 965
461.064 230.532 43.864 21.932 6.254 3.127
Ativo não circulante 3.277.348 1.638.674 406 203 829.662 414.831

Total do ativo 3.738.412 1.869.206 44.270 22.135 835.916 417.958

Passivo e patrimônio líquido


Passivo circulante
Empréstimos e financiamentos 348.534 174.267
Fornecedores e outras contas a pagar 47.570 23.785 260 130
Demais contas a pagar 28.176 14.088 1.734 867
424.280 212.140 1.994 997
Passivo não circulante
Empréstimos e financiamentos 352.600 176.300 778.494 389.247
Demais contas a pagar 106.088 53.044 5.474 2.737
458.688 229.344 5.474 2.737 778.494 389.247
Patrimônio líquido 2.855.444 1.427.722 36.802 18.401 57.422 28.711

Total do passivo e patrimônio líquido 3.738.412 1.869.206 44.270 22.135 835.916 417.958

Resultado
Receita operacional líquida 988.442 494.221
Custos dos serviços prestados (840.732) (420.366)

Lucro bruto 147.710 73.855

Despesas administrativas (34.510) (17.255)


Despesas comerciais (26.192 ) (13.096)
Outras receitas (despesas) operacionais 45.483 22.742 (2.728 ) (1.364)

Resultado operacional 132.491 66.246 (2.728 ) (1.364)

Resultado financeiro, líquido (68.622 ) (34.311) (1.374) (687) 1.742 871

Resultado antes do IR e CS 63.869 31.935 (4.102) (2.051) 1.742 871


IR e CS corrente e diferido (16.014 ) (8.007)

Lucro líquido (prejuízo) do exercício 47.855 23.928 (4.102) (2.051) 1.742 871

Apenas a operação em conjunto Veracel registrou como despesa de depreciação, amortização e exaustão
no exercício encerrado em 2012 o montante de R$194.771 correspondente a 50% da participação da
Companhia.

A operação em conjunto Veracel possui sua sede no extremo sul da Bahia na cidade de Eunápolis, com
participação no capital social de 50% pela Companhia e 50 % pela empresa sueco-finlandesa Stora Enso
Amsterdam B.V.

Foi constituída em 15 de julho de 1991, e tem por objeto principal a silvicultura, produção e
comercialização de papel, celulose e madeira.

(c) Coligadas

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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Coligadas são todas as entidades sobre as quais a Companhia tem influência significativa, mas não o
controle, geralmente por meio de uma participação societária de 20% a 50% dos direitos de voto. Os
investimentos em coligadas são contabilizados pelo método de equivalência patrimonial e são,
inicialmente reconhecidos pelo seu valor de custo, e o montante acrescido ou reduzido da sua
participação no resultado da coligada após a data de aquisição.

Em 31 de dezembro de 2013, de 2012 e 1º de janeiro de 2012, a Companhia possui participação


exclusivamente na coligada Bahia Produtos de Madeira S.A. a qual foi incluída nas demonstrações
financeiras consolidadas como investimento avaliado pelo método de equivalência patrimonial, na
rubrica "Investimentos" em função de haver somente influência significativa (Nota 17 (a)).

A alteração na classificação dos investimentos trazida pelo IFRS 11 e CPC 19(R2) não impactou os saldos
da Companhia em comparação à metodologia de reconhecimento da coligada que era adotada pela
Companhia até 31 de dezembro de 2012.

(d) Empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas

As empresas controladas incluídas na consolidação estão demonstradas a seguir:

Percentual do capital total

2013 2012

Direta Indireta Total Total

No Brasil
Normus Empreendimentos e Participações Ltda.(i) 100
Fibria-MS Celulose Sul Mato-Grossense Ltda. 100 100 100
Fibria Terminais Portuários S.A. 100 100 100
Projetos Especiais e Investimentos S.A. 100 100 100
Portocel - Terminal Especializado de Barra do Riacho S.A. 51 51 51
Veracel Celulose S.A. (ii) 50 50 50
Asapir Produção Florestal e Comércio Ltda. (ii) 50 50 50

No exterior
VOTO - Votorantim Overseas Trading Operations IV Limited (ii) 50 50 50
Fibria Trading International KFT. 48,3 51,7 100 100
Fibria Overseas Holding KFT. 100 100 100
Fibria Overseas Finance Ltd. 100 100 100
Fibria International Trade GmbH. 100 100 100
Fibria Celulose (USA) Inc. 100 100 100
Fibria (Europe) S.A. 100 100 100
Fibria International Celulose GmbH. 100 100
Green Parrot BV 100 100

(i) Empresa incorporada conforme detalhado na Nota 1(f).


(ii) Operações em conjunto.

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2.2.2 Demonstrações financeiras individuais

No balanço patrimonial individual, as participações em controladas e coligadas são avaliadas pelo


método de equivalência patrimonial. De acordo com esse método, o investimento é inicialmente
reconhecido pelo custo e posteriormente ajustado pelo reconhecimento da participação atribuída à
Companhia nas alterações dos ativos líquidos da investida. Ajustes no valor contábil do investimento
também são necessários pelo reconhecimento da participação proporcional da Companhia nas variações
de saldo dos componentes dos ajustes de avaliação patrimonial da investida, reconhecidos diretamente
em seu patrimônio líquido. Tais variações são reconhecidas de forma reflexa, ou seja, em ajuste de
avaliação patrimonial diretamente no patrimônio líquido.

2.3 Apresentação de relatórios por segmentos

As demonstrações financeiras não incluem informações por segmento tendo em vista que a Companhia
não possui outro segmento operacional além do segmento celulose.

2.4 Conversão em moeda estrangeira

(a) Moeda funcional e moeda de apresentação

A moeda funcional da Companhia e de todas as suas controladas e coligadas é o Real, mesma moeda de
preparação e apresentação das demonstrações financeiras da Companhia, individuais e consolidadas.

(b) Transações e saldos

As operações com moedas estrangeiras são convertidas em moeda funcional, utilizando as taxas de
câmbio vigentes nas datas das transações ou na data da avaliação, para os itens que são remensurados.
Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão pelas taxas
de câmbio do final do exercício, referentes aos ativos e passivos monetários em moedas estrangeiras, são
reconhecidos na demonstração do resultado e apresentados na rubrica "Variações monetárias e
cambiais, líquidas".

2.5 Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários, outros investimentos de curto
prazo de alta liquidez, cujos vencimentos originais são inferiores há três meses, que são prontamente
conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignificante risco de
mudança de valor.

2.6 Ativos financeiros

2.6.1 Classificação

A Companhia e suas controladas classificam seus ativos financeiros nas seguintes categorias: (a)
mensurados ao valor justo por meio do resultado, (b) investimentos mantidos até o vencimento, (c)
empréstimos e recebíveis e (d) ativos financeiros disponíveis para venda. A classificação depende da
finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos.

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(a) Mensurados ao valor justo por meio


do resultado

Os ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado são ativos financeiros mantidos para
negociação. Os instrumentos derivativos, incluindo derivativos embutidos, são classificados como
mantidos para negociação exceto quando são um instrumento de proteção numa relação de hedge
accounting. Esses ativos são mensurados por seu valor justo, e suas variações são reconhecidas no
resultado do exercício, na rubrica "Receitas financeiras" ou "Despesas financeiras", dependendo do
resultado obtido.

(b) Investimentos mantidos até


o vencimento

Os investimentos em valores mobiliários não derivativos que a Companhia tem habilidade e intenção em
manter até a data de vencimento são classificados como investimentos mantidos até o vencimento e são
registrados inicialmente pelo valor justo, incluindo o custo da transação e posteriormente pelo custo
amortizado. A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de que um ativo financeiro
ou um grupo de ativos financeiros está registrado por valor acima de seu valor recuperável. Quando
aplicável, é reconhecida provisão para desvalorização desse ativo.

(c) Empréstimos e recebíveis

Os empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos, com pagamentos fixos ou
determináveis, que não são cotados em um mercado ativo. São apresentados como ativo circulante,
exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data do balanço (estes são
classificados como ativos não circulantes). Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem
"Contas a receber de clientes”, “partes relacionadas” e “caixa e equivalentes de caixa".

(d) Ativos financeiros disponíveis para venda

Os ativos financeiros disponíveis para venda são instrumentos não derivativos, que são designados nessa
categoria ou que não são classificados em nenhuma das categorias anteriores. Eles são apresentados
como ativos não circulantes, a menos que a Administração pretenda alienar o investimento em até 12
meses após a data do balanço.

2.6.2 Reconhecimento e mensuração

As compras e as vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data de negociação - data
na qual a Fibria se compromete a comprar ou vender o ativo. Os investimentos são, inicialmente,
reconhecidos pelo valor justo, acrescidos dos custos da transação para todos os ativos financeiros não
mensurados ao valor justo por meio do resultado. Os ativos financeiros mensurados ao valor justo por
meio de resultado são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, e os custos da transação são
debitados à demonstração do resultado. Os ativos financeiros são baixados quando os direitos de receber
fluxos de caixa dos investimentos tenham vencido ou tenham sido transferidos; neste último caso, desde
que a Companhia tenha transferido, significativamente, todos os riscos e os benefícios da propriedade.
Os ativos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado são contabilizados pelo valor justo.
Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa de juros
efetiva.

As variações no valor justo dos ativos financeiros disponíveis para venda têm o seu reconhecimento
dividido da seguinte forma: (i) o efeito da variação cambial e das variações no valor justo sobre o
investimento no capital da investida são reconhecidos diretamente no patrimônio líquido da

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Companhia, em “Outros resultados abrangentes” e; (ii) o efeito da variação cambial e das variações no
valor justo da opção são reconhecidos na demonstração do resultado do exercício.

2.6.3 Compensação de instrumentos financeiros

Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é reportado no balanço patrimonial
quando há um direito legalmente aplicável de compensar os valores reconhecidos e há uma intenção de
liquidá-los numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.

2.6.4 Impairment de ativos financeiros

(a) Ativos mensurados ao custo amortizado

A Companhia avalia no final de cada período de apresentação do relatório se há evidência objetiva de


que o ativo financeiro ou o grupo de ativos financeiros está deteriorado. Um ativo ou grupo de ativos
financeiros está deteriorado e os prejuízos de impairment são incorridos somente se há evidência
objetiva de impairment como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial
dos ativos (um "evento de perda") e aquele evento (ou eventos) de perda tem um impacto nos fluxos de
caixa futuros estimados do ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros que pode ser estimado de
maneira confiável.

Os critérios que a Companhia usa para determinar se há evidência objetiva de uma perda por
impairment incluem:

. dificuldade financeira relevante do emitente ou tomador;

. uma quebra de contrato, como inadimplência ou mora no pagamento dos juros ou principal;

. a Companhia, por razões econômicas ou jurídicas relativas à dificuldade financeira do tomador de


empréstimo, garante ao tomador uma concessão que o credor não consideraria;

. torna-se provável que o tomador declare falência ou outra reorganização financeira;

. o desaparecimento de um mercado ativo para aquele ativo financeiro devido às dificuldades


financeiras;

. dados observáveis indicando que há uma redução mensurável nos futuros fluxos de caixa estimados a
partir de uma carteira de ativos financeiros desde o reconhecimento inicial daqueles ativos, embora a
diminuição não possa ainda ser identificada com os ativos financeiros individuais na carteira,
incluindo:

.. mudanças adversas na situação do pagamento dos tomadores de empréstimo na carteira;

.. condições econômicas nacionais ou locais que se correlacionam com as inadimplências sobre os


ativos na carteira.

O montante do prejuízo é mensurado como a diferença entre o valor contábil dos ativos e o valor
presente dos fluxos de caixa futuros estimados descontados à taxa de juros em vigor original dos ativos
financeiros. O valor contábil do ativo é reduzido e o valor do prejuízo é reconhecido na demonstração do
resultado. Se um empréstimo tiver uma taxa de juros variável, a taxa de desconto para medir uma perda
por impairment é a atual taxa de juros efetiva determinada de acordo com o contrato. Como um
expediente prático, a Fibria pode mensurar o impairment com base no valor justo de um instrumento

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utilizando um preço de mercado observável.

Se, num período subsequente, o valor da perda por impairment diminuir e a diminuição puder ser
relacionada objetivamente com um evento que ocorreu após o impairment ser reconhecido (como uma
melhoria na classificação de crédito do devedor), a reversão da perda por impairment reconhecida
anteriormente será reconhecida na demonstração do resultado.

(b) Ativos classificados como disponível para venda

A Companhia avalia na data de cada balanço se há evidência objetiva de que um ativo financeiro ou
um grupo de ativos financeiros está deteriorado. No caso de investimentos classificados como
disponíveis para venda, uma queda relevante ou prolongada no valor justo do título abaixo de seu
custo também é uma evidência de que o ativo está deteriorado. Se qualquer evidência desse tipo
existir para ativos financeiros disponíveis para venda, a perda acumulada - medido como a diferença
entre o custo de aquisição e o valor justo atual, menos qualquer perda por impairment sobre o ativo
financeiro reconhecido anteriormente no resultado - será reconhecido na demonstração do resultado.

2.7 Instrumentos financeiros derivativos e


atividades de hedge

Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de derivativos
é celebrado e são, subsequentemente, mensurados ao seu valor justo com as variações lançadas em
contrapartida do resultado na rubrica “Resultado dos instrumentos financeiros derivativos” na
demonstração do resultado.

Os derivativos embutidos em contratos principais não derivativos são tratados como um derivativo
separadamente quando seus riscos e suas características não forem intimamente relacionados aos dos
contratos principais e estes não forem mensurados pelo valor justo por meio do resultado.

No caso de derivativos embutidos sem característica de opções, estes são separados do seu contrato
principal de acordo com os seus termos substantivos expressos ou implícitos, para que tenham valor
justo zero no reconhecimento inicial.

Embora a Companhia faça uso de derivativos com o objetivo de proteção, não foi aplicada contabilização
de hedge (hedge accounting) para os períodos apresentados. O valor justo dos instrumentos derivativos
está divulgado na Nota 11.

2.8 Contas a receber

As contas a receber correspondem aos valores a receber de clientes pela venda de celulose no decurso
normal das atividades da Companhia. Se o prazo de recebimento é equivalente há um ano ou menos,
as contas a receber são classificadas no ativo circulante. Caso contrário, estão apresentadas no ativo
não circulante.

São inicialmente reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo método da taxa
de juros efetiva menos a provisão para impairment, se necessária. As contas a receber no mercado
externo são atualizadas com base nas taxas de câmbio vigentes na data de encerramento do balanço.

A provisão para impairment é estabelecida quando existe uma evidência objetiva de que a Companhia
não será capaz de cobrar todos os valores devidos de acordo com os prazos originais das contas a
receber. O cálculo da provisão é baseado em estimativa suficiente para cobrir prováveis perdas na
realização das contas a receber, considerando a situação de cada cliente e respectivas garantias

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oferecidas.

Nesse sentido, mensalmente a área de Tesouraria da Fibria analisa a posição de vencimentos da carteira
de clientes nacionais e no exterior e seleciona os clientes cujas faturas estejam vencidas para avaliar a
situação específica de cada cliente, bem como exerce o julgamento sobre o risco de perda envolvido,
considerando a existência de seguros contratados, cartas de crédito, existências de garantias reais,
situação financeira do cliente e envolvimento da área Jurídica em alguma execução. O resultado desse
julgamento estabelece um percentual que é aplicado sobre o saldo das faturas detidas contra o cliente e
determina o montante financeiro a ser contabilizado como impairment.

A constituição e a baixa da provisão para contas a receber são registradas no resultado do exercício na
rubrica "Despesas com vendas".

2.9 Estoques

Os estoques são demonstrados pelo menor valor entre o custo médio das compras ou da produção e o
valor de realização. O custo dos produtos acabados e dos produtos em elaboração compreende matérias-
primas, mão de obra direta, outros custos diretos e despesas gerais de produção.

As matérias-primas provenientes dos ativos biológicos são mensuradas ao valor justo menos as despesas
de venda no ponto da colheita, quando são transferidas do ativo biológico para o grupo de estoques.

As importações em andamento são demonstradas ao custo acumulado de cada importação.

O valor líquido de realização é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios, menos as
despesas comerciais variáveis aplicáveis.

2.10 Imposto de renda e contribuição social


corrente e diferido

Os tributos sobre o lucro compreendem o imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido,
correntes e diferidos. Esses tributos são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto na
proporção em que estiverem relacionados com itens reconhecidos diretamente no patrimônio. Nesse
caso, também são reconhecidos no patrimônio em outros resultados abrangentes, na rubrica "Ajuste de
avaliação patrimonial".

O encargo corrente é calculado com base nas leis tributárias promulgadas nos países em que a
Companhia e suas empresas controladas e coligadas atuam e geram lucro tributável. A Administração
avalia, periodicamente, as posições assumidas nas declarações de imposto de renda com relação às
situações em que a regulamentação fiscal aplicável dá margem a interpretações e estabelece provisões,
quando apropriado, com base nos valores que deverão ser pagos às autoridades fiscais.

Os tributos diferidos passivos são reconhecidos sobre as diferenças temporárias entre as bases fiscais
dos ativos e passivos e seus valores contábeis nas demonstrações financeiras. Entretanto, não é
reconhecido se resultante do reconhecimento inicial de ágio, bem como se resultar do reconhecimento
inicial de um ativo ou passivo em uma operação que não seja uma combinação de negócios, a qual, na
época da transação, não afeta o patrimônio ou o resultado contábil, nem o lucro real ou o prejuízo fiscal.
Os tributos diferidos são determinados com base nas alíquotas vigentes na data do balanço e, que devem
ser aplicadas quando forem realizados ou quando forem liquidados.

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Impostos diferidos ativos são reconhecidos na extensão em que seja provável que o lucro futuro
tributável esteja disponível para ser utilizado na compensação das diferenças temporárias, com base em
projeções de resultados futuros elaboradas e fundamentadas em premissas internas e em cenários
econômicos futuros que podem, portanto, sofrer alterações.

O imposto de renda e a contribuição social diferidos são reconhecidos sobre as diferenças temporárias
decorrentes dos investimentos em controladas e coligadas, exceto quando o momento da reversão das
diferenças temporárias seja controlado pela Companhia, e desde que seja provável que a diferença
temporária não seja revertida em um futuro previsível.

Os impostos de renda diferidos ativos e passivos são apresentados pelo líquido no balanço quando há o
direito legal e a intenção de compensá-los quando da apuração dos tributos correntes, em geral
relacionado com a mesma entidade legal e mesma autoridade fiscal. Dessa forma, impostos diferidos
ativos e passivos em diferentes entidades ou em diferentes países, em geral são apresentados em
separado, e não pelo líquido.

2.11 Ativos intangíveis

(a) Ágio fundamentado na expectativa


de rentabilidade futura

O ágio é representado pela diferença positiva entre o valor pago e/ ou a pagar pela aquisição de um
negócio e o montante líquido do valor justo dos ativos e passivos da entidade adquirida. O ágio de
controladas é registrado como "ativo intangível". O ágio é testado no mínimo anualmente para verificar
prováveis perdas (impairment) e contabilizado pelo seu valor de custo menos as perdas acumuladas por
impairment. O valor contábil do ágio é comparado ao seu valor recuperável, que é o maior entre o seu
valor em uso e o valor justo líquido de despesas de venda. Perdas por impairment reconhecidas sobre
ágio não são revertidas.Os ganhos e as perdas da alienação de uma investida incluem o valor contábil do
ágio relacionado à entidade vendida.

O ágio é alocado à Unidade Geradora de Caixa (UGC) ou grupo de unidades geradoras de caixa para fins
de teste de impairment. A alocação é feita para a UGC que deve se beneficiar da combinação de negócios
da qual o ágio se originou. Cada UGC ou grupo de UGCs para qual o ágio é alocado representa o menor
nível dentro da entidade na qual o ágio é monitorado para propósitos internos da Administração.

(b) Banco de dados

Compreende o conhecimento técnico construído ao longo de vários anos e à base de dados de tecnologia
florestal e industrial originado da aquisição da Aracruz. Estes ativos proporcionam uma melhora na
produtividade dos eucaliptos por hectare e nos processos industriais de produção de celulose.

O banco de dados foi reconhecido pelo valor justo na data da aquisição, uma vez que tem vida útil
definida e está registrada pelo seu valor de custo menos a amortização acumulada. A amortização é
calculada pelo método linear, à taxa anual de 10%, e registrada no resultado no grupo "Outras receitas
(despesas) operacionais, líquidas".

A base de dados de tecnologia florestal e industrial é composta por: CEDOC (Centro de Documentação),
BIP (base de informação de processo e pesquisa), KDP (software utilizado na gestão de conhecimento) e
Microbacia (sensores e marcadores que captam o efeito da chuva nas áreas plantadas ao longo do seu
ciclo).

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(c) Patente

A patente registrada foi adquirida na aquisição da Aracruz e corresponde ao desenvolvimento efetuado


pela área de pesquisa e do processamento de polpa celulósica para uma aplicação e cliente específico.

A patente foi reconhecida pelo valor justo na data da aquisição, uma vez que tem vida útil definida e está
registrada pelo seu valor de custo menos a amortização acumulada. A amortização é calculada pelo
método linear, com base na taxa anual de 15,9%.

(d) Relacionamento com fornecedor

Este ativo intangível abrange o valor do contrato legado pela Companhia na aquisição da Aracruz,
relacionado ao fornecimento de óleo diesel e álcool combustível e para fornecimento de produtos
químicos.

Esse ativo foi reconhecido pelo valor justo na data da aquisição, uma vez que tem vida útil definida e está
registrado pelo seu valor de custo menos a amortização acumulada. A amortização, é calculada pelo
método linear, com base na taxa anual de 20% para fornecedores de óleo diesel e álcool e de 6,3% para
produtos químicos.

(e) Desenvolvimento e implantação de


sistemas (softwares)

Os custos associados à manutenção de softwares são reconhecidos como despesa, conforme incorridos.
Os custos de desenvolvimento que são diretamente atribuíveis ao projeto e aos testes de produtos de
software identificáveis e exclusivos são reconhecidos como ativos intangíveis quando os seguintes
critérios são atendidos: (i) é tecnicamente viável concluir o software para que ele esteja disponível para
uso; (ii) a Administração pretende concluir o software e usá-lo ou vendê-lo; (iii) o software pode ser
vendido ou usado; (iv) o software gerará benefícios econômicos futuros prováveis, que podem ser
demonstrados; (v) estão disponíveis recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados para
concluir o desenvolvimento e para usar ou vender o software; e (vi) o gasto atribuível ao software
durante seu desenvolvimento pode ser mensurado com segurança.

Outros gastos de desenvolvimento que não atendam a esses critérios são reconhecidos como despesa,
conforme incorridos.

Os custos de desenvolvimento de softwares reconhecidos como ativos são amortizados pelo método
linear, com base na taxa anual de 20%.

2.12 Imobilizado

Os bens do imobilizado são registrados ao custo e depreciados pelo método linear, considerando-se a
estimativa da vida útil-econômica dos respectivos componentes. As taxas anuais de depreciação estão
mencionadas na Nota 19. Os terrenos não são depreciados.

O custo das principais reformas é capitalizado quando os benefícios econômicos futuros ultrapassam o
desempenho inicialmente estimado para o ativo. As reformas são depreciadas ao longo da vida útil
restante do ativo relacionado.

Reparos e gastos com manutenção são apropriados ao resultado no período de competência.

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Notas Explicativas

Fibria Celulose S.A. e suas controladas


Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Os custos dos encargos sobre empréstimos tomados para financiar a construção do imobilizado são
capitalizados durante o período necessário para executar e preparar o ativo para o uso pretendido.

Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, caso aplicável, ao final de cada
exercício.

Se o valor contábil de um ativo for maior do que seu valor recuperável, constitui-se uma provisão para
impairment de modo a ajustá-lo ao seu valor recuperável estimado.

Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação dos resultados com o valor
contábil e são reconhecidos em "Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas" na demonstração
do resultado.

2.13 Operações de arrendamento mercantil

No começo de um contrato a Companhia define se um contrato ou conjunto de contratos é ou contém


um arrendamento. Isso é o caso se as duas condições a seguir são atendidas: (i) cumprimento do
contrato é dependente do uso daquele ativo especificado e, (ii) o contrato contém direito de utilização do
ativo.

Os arrendamentos mercantis de imobilizado nos quais a Companhia fica substancialmente com todos
os riscos e os benefícios de propriedade são classificados como arrendamento financeiro. Os
arrendamentos financeiros são registrados como se fossem uma compra financiada, reconhecendo, no
seu início, um ativo imobilizado e um passivo de financiamento (arrendamento).

Os arrendamentos mercantis nos quais uma parte significativa dos riscos e benefícios de propriedade
fica com o arrendador são classificados como arrendamentos operacionais.

Os valores de pagamentos mínimos devidos pelos arrendamentos operacionais (líquidos de todo


incentivo concedido pelo arrendador) são apropriados ao resultado pelo método linear ao longo do
período do arrendamento. Os valores de pagamento contingentes (que são aqueles que não são uma
quantia fixada mas se baseiam na quantia futura de um fator que se altera como por exemplo volume de
madeira em pé) são contabilizados nos períodos em que são incorridos.

Os valores de arrendamento financeiro ou operacional são contabilizados contra resultado exceto


quando correspondem a arrendamento de terras usadas na plantação de florestas quando são
reconhecidos contra o custo do ativo biológico.

2.14 Ativos biológicos

Os ativos biológicos são mensurados ao valor justo, deduzidos dos custos estimados de venda no
momento do corte. Sua exaustão é calculada com base no corte das florestas.

Os ativos biológicos correspondem às florestas de eucalipto provenientes exclusivamente de plantios


renováveis e são destinados para produção de celulose branqueada. O processo de colheita e replantio
tem um ciclo aproximado de seis a sete anos.

Na determinação do valor justo foi utilizado o método de fluxo de caixa descontado, considerando a
quantidade cúbica de madeira existente, segregada em anos de plantio, e os respectivos valores de venda
de madeira em pé até o esgotamento das florestas. O preço médio líquido de venda foi estimado com
base no preço para eucalipto para o mercado local, baseado em estudo de mercado e amostras de
algumas pesquisas de transações, ajustado para refletir o preço da "madeira em pé". Os volumes

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Notas Explicativas

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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

utilizados na avaliação foram calculados em função do incremento médio anual de cada região (Nota 18).

A Companhia possui uma política de avaliação do valor justo de seus ativos biológicos com periodicidade
semestral.

2.15 Combinação de negócios

O método de aquisição é usado para contabilizar cada combinação de negócios realizada pela
Companhia. A contraprestação transferida por uma aquisição de controlada é o valor justo dos ativos
transferidos, dos instrumentos patrimoniais emitidos e dos passivos incorridos ou assumidos na data da
troca. As despesas relacionadas à aquisição são reconhecidas na demonstração do resultado, conforme
incorridas. A contraprestação transferida inclui o valor justo de qualquer ativo ou passivo resultante de
um acordo de contraprestação contingente.

Os ativos identificáveis adquiridos e passivos assumidos são mensurados ao valor justo na data da
aquisição. A participação de não controladores na adquirida é avaliada ao valor justo dessa participação
ou pela parte que lhes cabe no valor justo dos ativos identificáveis líquidos da adquirida. O excesso do
custo de aquisição relativamente ao valor justo dos ativos identificáveis adquiridos e passivos assumidos
é registrado como ágio (Nota 2.11(a)) e, caso seja inferior, é registrado como ganho por compra vantajosa
no resultado do exercício na data de aquisição.

Em transações que a Companhia adquire o controle da empresa na qual ela mantinha uma participação
de capital imediatamente antes da data da aquisição, esta participação inicial é avaliada pelo valor justo
na data da aquisição do controle e, caso haja ganho, este é reconhecido no resultado do período.

Nas demonstrações financeiras individuais, o excesso de valor justo dos ativos identificáveis adquiridos e
dos passivos assumidos em relação ao patrimônio líquido na data da aquisição das controladas
permanece registrado na conta de investimento na rubrica mais valia de ativos de controladas.

2.16 Impairment de ativos não financeiros


exceto ágio

Os ativos que estão sujeitos à amortização são revisados para a verificação de impairment sempre que
eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Uma
perda por impairment é reconhecida quando o valor contábil do ativo excede seu valor recuperável, o
qual representa o maior valor entre o valor justo de um ativo menos seus custos de venda e o seu valor
em uso. Para fins de avaliação do impairment, os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os
quais existam fluxos de caixa identificáveis separadamente (Unidades Geradoras de Caixa (UGC)). Os
ativos não financeiros, exceto o ágio, que tenham sido ajustados por impairment, são revisados
subsequentemente para a análise de uma possível reversão do impairment na data do balanço.

2.17 Contas a pagar aos fornecedores

As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos de
fornecedores no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes se o
pagamento for devido no período de até um ano. Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas
como passivo não circulante.

Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo
amortizado com o uso do método de taxa de juros efetiva. São normalmente reconhecidas ao valor da
fatura correspondente.

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Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

2.18 Empréstimos e financiamentos

Os empréstimos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo, líquido dos custos da transação
incorridos, quando relevantes, e são, subsequentemente, apresentados ao custo amortizado. Qualquer
diferença entre os valores captados e o valor de liquidação é reconhecida na demonstração do resultado
durante o período em que os empréstimos estejam em andamento, utilizando o método de taxa efetiva
de juros.

Os custos dos empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, à construção ou à produção de
ativo qualificável formam parte do custo de tal ativo. Outros custos de empréstimos são reconhecidos
como despesas, de acordo com o regime contábil de competência.

2.19 Outros ativos e passivos (circulantes e


não circulantes)

Um ativo é reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que seus benefícios econômicos
futuros serão gerados em favor da Companhia e seu custo ou valor puder ser mensurado com segurança.
Um passivo é reconhecido no balanço patrimonial quando a Companhia tem uma obrigação legal ou
constituída como resultado de um evento passado, sendo provável que um recurso econômico seja
requerido para sua liquidação. São acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e das
variações monetárias ou cambiais incorridas. As provisões são registradas tendo como base as melhores
estimativas do risco envolvido.

Os ativos e os passivos são classificados como circulantes quando sua realização ou liquidação é provável
nos próximos 12 meses. Caso contrário, são demonstrados como não circulantes.

2.20 Benefícios a administradores e empregados

(a) Obrigações de aposentadoria

A Companhia e suas controladas participam de plano de pensão, administrado por entidade fechada de
previdência privada, que provê a seus empregados benefícios pós-emprego, classificado como
contribuição definida. Nesse plano, a Companhia faz contribuições fixas a uma entidade separada e não
tem obrigações legais nem contratuais de fazer contribuições se o fundo não tiver ativos suficientes para
pagar a todos os empregados os benefícios relacionados com o serviço no período corrente e anterior. As
contribuições regulares compreendem os custos líquidos e são registrados no resultado do período em
que são devidas.

(b) Assistência médica (pós-aposentadoria)

A Companhia oferecia benefício de assistência médica pós-aposentadoria a seus empregados em função


de um acordo coletivo já extinto. Esse acordo estabelecia a concessão vitalícia desse benefício a um
grupo determinado de empregados. Esse benefício está fechado há cinco anos para novos participantes e
não existem empregados ativos elegíveis a esse benefício desde julho de 2007.

O passivo relacionado ao plano de assistência médica aos aposentados é registrado pelo valor presente
da obrigação. A obrigação de benefício definido é calculada anualmente por atuários independentes. O
valor presente da obrigação de benefício definido é determinado pela estimativa de saída futura de caixa,
usando-se uma taxa de desconto, conforme detalhado na Nota 28(c).

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Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

As alterações no valor presente do plano decorrentes dos juros incorridos são reconhecidas
imediatamente no resultado do exercício. As alterações no valor presente do plano decorrentes do
ganhos e perdas atuariais são reconhecidos diretamente no patrimônio líquido, na linha de “Outros
resultados abrangentes”.

(c) Participação nos lucros e programa de bônus

A Companhia reconhece um passivo e uma despesa de participação nos resultados e pagamento de


bônus, calculadas com base em metas qualitativas e quantitativas definidas pela Administração e
contabilizadas em contas de benefícios a empregados no resultado do exercício.

(d) Remuneração com base em ações

A Companhia oferece um plano de remuneração referenciado na valorização de suas ações, a partir de


um preço prefixado e um prazo predeterminado. O plano consiste em uma remuneração em dinheiro,
não havendo, no entanto, a previsão de negociação efetiva das ações, uma vez que não haverá emissão
e/ou entrega de ações para liquidação do plano. São elegíveis ao plano, o diretor-presidente e os
diretores executivos.

Esses valores são registrados como uma provisão a pagar aos diretores, com sua contrapartida no
resultado do exercício, com base no valor justo das opções outorgadas e pelo período de aquisição ao
direito de exercício (vesting period). O valor justo deste passivo é revisado e atualizado a cada período
de divulgação, de acordo com a variação do valor justo do benefício outorgado e a aquisição do direito de
exercício.

2.21 Ativos e passivos contingentes

As práticas contábeis para registro e divulgação de ativos e passivos contingentes e obrigações legais são
as seguintes: (a) ativos contingentes são reconhecidos somente quando há garantias reais ou decisões
judiciais favoráveis, transitadas em julgado e cujo valor seja possível de mensurar. Os ativos
contingentes com êxitos prováveis são apenas divulgados em nota explicativa; (b) passivos contingentes
são provisionados na medida em que a Companhia espera desembolsar fluxos de caixa. Processos
tributários e cíveis são provisionados quando as perdas são avaliadas como prováveis e os montantes
envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Quando a expectativa de perda nestes
processos é possível, uma descrição dos processos e montantes envolvidos é divulgada nas notas
explicativas. Processos trabalhistas são provisionados com base no percentual histórico de desembolsos.
Passivos contingentes avaliados como de perdas remotas não são provisionados nem divulgados.

2.22 Provisão com obrigações de


desmobilização de ativos

Refere-se, basicamente, aos custos para o descomissionamento de células de aterro industrial, com a
finalização das atividades e desativação dos ativos vinculados aos aterros. A provisão é constituída com o
registro de passivo de longo prazo com contrapartida a um item do ativo imobilizado. O registro inicial
desse passivo e do ativo corresponde aos valores das obrigações futuras trazidos a valor presente por
uma taxa livre de risco ajustada (valor presente do fluxo de caixa dos pagamentos futuros). O passivo de
longo prazo é atualizado financeiramente pela taxa de desconto de longo prazo atualizada e registrado
contra o resultado do exercício, na despesa financeira. O ativo é depreciado linearmente pela vida útil do
bem principal e registrado contra o resultado do exercício.

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Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

2.23 Reconhecimento de receita

A Companhia reconhece a receita quando: (i) o valor da receita pode ser mensurado com segurança;
(ii) é provável que benefícios econômicos futuros fluam para a Companhia, e (iii) quando critérios
específicos tiverem sido atendidos em cada uma das vendas realizadas, quais sejam transferência de
propriedade e do risco da mercadoria ao cliente, comprovação da transação segundo evidências previstas
pelo Incoterms correspondente utilizado e confirmação do crédito para a realização da transação. A
receita é o rendimento líquido das vendas, após dedução de impostos, descontos e devoluções.

(a) Venda de produtos

O reconhecimento da receita nas vendas internas e para exportação se baseia nos princípios a seguir:

(i) Celulose - mercado interno - de um modo geral, as vendas são feitas a prazo, cujo prazo médio de
recebimento de 12 dias. A receita é reconhecida quando o cliente recebe o produto seja nas dependências
do transportador ou em suas próprias dependências, ponto onde os riscos e benefícios são transferidos.

(ii) Celulose - mercado de exportação - os clientes no exterior são atendidos por centros de distribuição
terceirizados próximos aos clientes, localizados nos diversos mercados atendidos pela Fibria, com prazo
médio de recebimento é de 24 dias. Essas vendas são reconhecidas, em geral, quando os riscos da
propriedade da celulose são transferidos ao cliente de acordo com os termos específicos acordados para
cada transação. Os contratos de exportação geralmente estabelecem a transferência de riscos com base
nos Incoterms (2010).

(b) Receita financeira

A receita financeira é reconhecida conforme o prazo decorrido, usando o método da taxa de juros efetiva,
e é reconhecida à medida que há expectativa de realização provável.

2.24 Distribuição de dividendos

A distribuição de dividendos para os acionistas da Companhia é reconhecida como um passivo nas


demonstrações financeiras ao final do exercício, com base no estatuto social. Qualquer valor acima do
mínimo obrigatório somente é provisionado na data em que são aprovados pelos acionistas, em
assembléia geral.

2.25 Ativo não circulante mantido para a venda e


resultado de operações descontinuadas

A Companhia classifica um ativo não circulante como mantido para a venda se o seu valor contábil será
recuperado por meio de transação de venda. Para que esse seja o caso, o ativo ou o grupo de ativos
mantido para venda deve estar disponível para venda imediata em suas condições atuais, sujeito apenas
aos termos que sejam habituais e costumeiros para venda de tais ativos mantidos para venda. Com isso,
a sua venda deve ser altamente provável.

Para que a venda seja altamente provável, a Administração deve estar comprometida com o plano de
venda do ativo, e deve ter sido iniciado um programa firme para localizar um comprador e concluir o
plano. Além disso, o ativo mantido para venda deve ser efetivamente colocado à venda por preço que
seja razoável em relação ao seu valor justo corrente. Ainda, deve-se esperar que a venda seja concluída
em até um ano a partir da data da classificação, ao menos que a conclusão ultrapasse um ano como
resultado de eventos fora do controle da Companhia. Essas circunstâncias incluem por exemplo,

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quando, na data que a Companhia se compromete com o plano de venda, existem expectativas razoáveis
que outras partes que não o comprador (como reguladores ou requerimentos legais) impõem condições
que ultrapassaram o período de um ano para conclusão da venda e, quando: (a) ações requeridas para
atingir tais condições não puderem ser iniciadas até a obtenção final do contrato de compra, e
(b) o compromisso de compra for provável dentro de um ano.

O grupo de ativos mantidos para a venda é mensurado pelo menor entre seu valor contábil e o valor
justo menos as despesas de venda. Caso o valor contábil seja superior ao seu valor justo, uma perda por
impairment é reconhecida na demonstração de resultado do exercício. Qualquer reversão ou ganho
somente será registrado até o limite da perda reconhecida.

A depreciação dos ativos mantidos para negociação cessa quando um grupo de ativos é designado como
mantido para a venda. Os ativos e passivos do grupo de ativos descontinuados são apresentados em
linhas únicas no ativo e no passivo.

O resultado das operações descontinuadas é apresentado em montante único na demonstração do


resultado, contemplando o resultado total após o imposto de renda destas operações menos qualquer
perda relacionada à impairment.

2.26 Adoção das novas normas, alterações e interpretações


de normas emitidas pelo IASB e CPC, e reapresentação dos saldos comparativos

As seguintes novas normas, alterações e interpretações de normas foram emitidas pelo IASB e CPC com
vigência a partir de 1º de janeiro de 2013:

• IAS 1 / CPC 26 (R1) - Apresentação das Demonstrações Financeiras


• IAS 19(R) / CPC 33 (R1) - Benefícios a Empregados
• IAS 28(R) / CPC 18 (R2) - Investimentos em Coligadas e Controladas em Conjunto
• IFRS 7 / CPC 40 (R1) - Instrumentos Financeiros: Evidenciação
• IFRS 10 / CPC 36 (R3) - Demonstrações Financeiras Consolidadas
• IFRS 11 / CPC 19 (R2) – Negócios em Conjunto
• IFRS 12 / CPC 45 - Divulgação de Participações em Outras Entidades
• IFRS 13 / CPC 46 - Mensuração do Valor Justo

Das novas normas, alterações e interpretações de normas emitidas pelo IASB e CPC mencionadas acima,
são aplicáveis à Companhia:

• IAS 1/ CPC 26 (R1) - Apresentação das Demonstrações Financeiras, com as principais mudanças
refletidas na "Demonstração do resultado abrangente" da Companhia;
• IFRS 7 / CPC 40 (R1) - Instrumentos Financeiros: Evidenciação, sem impactos relevantes;
• IFRS 10 / CPC 36 (R3) - Demonstrações Financeiras Consolidadas, sem impactos relevantes;
• IFRS 11 / CPC 19 (R2) – Negócios em Conjunto, cujo reflexo está descrito na Nota 2.2.1 (b);
• IFRS 12 / CPC 45 - Divulgação de Participações em Outras Entidades, com impacto para fins de
divulgação nessas demonstrações financeiras;
• IFRS 13 / CPC 46 - Mensuração do Valor Justo, com impacto para fins de divulgação nessas
demonstrações financeiras;
• IAS 19(R) / CPC 33 (R1) - Benefícios a Empregados cujo efeito está descrito abaixo:

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IAS 19(R) / CPC 33(R1) – Benefício a Empregados

A prática contábil da Companhia até 31 de dezembro de 2012 era contabilizar ganhos e perdas atuariais
pelo método do “corredor”, onde os ganhos e perdas atuariais eram somente reconhecidos no resultado
na medida em que superassem o valor do “corredor” e amortizados ao longo da vida média estimada
remanescente da população que possui os benefícios, na medida em que tais ganhos e perdas atuariais
não excedem o valor do “corredor”; portanto, os ganhos e perda atuariais mensurados num período não
eram reconhecidos imediatamente. Como resultado deste método o valor reconhecido no passivo diferia
do valor presente estimado das obrigações pelo valor dos ganhos e perdas atuariais ainda não
reconhecidos.

O principal impacto na adoção da norma nas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2013,


com efeito retroativo às demonstrações financeiras da Companhia correspondentes ao exercício findo
em 31 de dezembro de 2012 e saldo de abertura em 1º de janeiro de 2012 foi o reconhecimento dos
ganhos e perdas atuariais que não eram reconhecidos em contrapartida a “Outros Resultados
Abrangentes”, dada a extinção do método do “corredor” para reconhecimento dos resultados atuariais.

Abaixo demonstramos a reconciliação dos novos saldos patrimoniais das obrigações atuariais relativos
ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012 e ao saldo de abertura, em 1º de janeiro de 2012, afetados
pela alteração na norma:

31 de dezembro 1º de janeiro
de 2012 de 2012

Saldo das obrigações atuariais conforme prática contábil anterior 60.362 55.715

Efeito da adoção do CPC 33(R1) 33.572 10.587

Saldo das obrigações atuariais após mudança de prática contábil (*) 93.934 66.302
(*) O saldo das obrigações atuariais está registrado na rubrica “Demais contas a pagar” no passivo não circulante nas
demonstrações financeiras dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013, em 31 de dezembro de 2012 e saldo de abertura
em 1º de janeiro de 2012.

Em função do ajuste descrito acima decorrente da adoção do CPC 33(R1), os saldos das rubricas
“Impostos diferidos” no ativo não circulante, “Demais contas a pagar” no passivo não circulante e
“Ajuste de avaliação patrimonial” no patrimônio líquido, de 31 de dezembro de 2012 e de 1º de janeiro
de 2012, relativos aos períodos comparativos a essa demonstração financeira, foram ajustados da
seguinte maneira:

Controladora

31 de dezembro de 2012 1° de janeiro de 2012

Saldo Saldo Saldo Saldo


original Ajuste reapresentado original Ajuste reapresentado

Ativo não circulante


Impostos diferidos 798.492 11.414 809.906 750.154 3.600 753.754

Passivo não circulante


Demais contas a pagar 92.356 33.572 125.928 87.801 10.587 98.388

Patrimônio líquido
Ajuste de avaliação patrimonial 1.618.824 (22.158) 1.596.666 1.618.824 (6.987) 1.611.837

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2.27 Novas normas, alterações e interpretações


de normas que ainda não estão em vigor

Um número de novas normas e alterações de normas e interpretações com validade para períodos
anuais iniciados após 1º de janeiro de 2013 foram emitidos em 2013 mas não foram aplicados na
preparação dessa demonstração financeira anual. A Administração da Companhia não espera que essas
novas normas e alterações de normas e interpretações produzam efeitos significativos nas suas
demonstrações financeiras consolidadas, exceto pelos seguintes assuntos:

. IFRS 9 - "Instrumentos Financeiros", emitido em novembro de 2009 e outubro de 2010. O IFRS 9 é o


primeiro padrão emitido como parte de um projeto maior para substituir o IAS 39. O IFRS 9 retém,
mas simplifica, o modelo de mensuração e estabelece duas categorias de mensuração principais para
os ativos financeiros: custo amortizado e valor justo. A determinação deve ser feita no momento
inicial da contratação do instrumento financeiro. A base de classificação depende do modelo de
negócios da entidade e das características contratuais do fluxo de caixa dos ativos financeiros. Para
passivos financeiros a norma retém a maior parte dos requerimentos do IAS 39. A principal alteração
refere-se aos casos onde o valor justo dos passivos financeiros calculado deve ser segregado de forma
que a parte relativa ao valor justo relativa ao risco de crédito da própria entidade seja reconhecida em
“Outros resultados abrangentes” e não no resultado do período. A orientação incluída no IAS 39
sobre impairment dos ativos financeiros e contabilização de hedge continua a ser aplicada. A norma é
aplicável a partir de 1o de janeiro de 2015. A Companhia está avaliando todos os impactos da norma e
não se espera que haja impactos relevantes nas demonstrações financeiras da Fibria.

. IFRIC 21 - "Taxas do Governo", trata da contabilização de taxas impostas pelo Governo, consistindo
numa interpretação a IAS 37 – Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes. A
Interpretação tipifica as taxas do Governo, e os eventos que dão origem à sua responsabilidade de
pagamento, esclarecendo o momento em que estas devem ser reconhecidas. A Companhia não está
atualmente sujeita a taxas significativas e, por esse motivo, o impacto não é material.

Não há outras normas, alterações de normas e interpretações que não estão em vigor que a Companhia
espera ter um impacto material decorrente de sua aplicação em suas demonstrações financeiras.

3 Estimativas e premissas contábeis críticas

As estimativas e premissas contábeis críticas são aquelas que são importantes para descrever e registrar
a situação financeira da Companhia e exigem poder de análise e decisão. A aplicação dessas políticas
contábeis críticas exige com frequência análise e decisão pela Administração a respeito dos efeitos de
assuntos que são inerentemente incertos com relação aos resultados operacionais e ao valor contábil dos
ativos e passivos. Os resultados operacionais e a situação financeira reais da Companhia poderão ser
diferentes daqueles previstos. As estimativas e premissas que apresentam um risco significativo, com
probabilidade de causar um ajuste relevante nos valores contábeis de ativos e passivos para o próximo
exercício financeiro, estão contempladas a seguir.

(a) Tributos sobre o lucro

Os ativos e passivos fiscais diferidos são baseados principalmente em diferenças temporárias entre os
valores contábeis nas demonstrações financeiras e a base fiscal. Se a Companhia e suas subsidiárias
operarem com prejuízo ou não forem capazes de gerar lucro tributável futuro suficiente, ou se houver
uma mudança material nas atuais taxas de imposto ou período de tempo no qual as diferenças
temporárias subjacentes se tornem tributáveis ou dedutíveis, seria necessário uma reversão de parte

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Notas Explicativas

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significativa de nosso ativo fiscal diferido, podendo resultar em um aumento na taxa efetiva de imposto.

A Companhia apresenta histórico de lucro tributável que vem absorvendo recorrentemente os créditos
diferidos ativados. A Administração entende, com base nas projeções de resultado aprovadas pelos
níveis de Governança Corporativa, que a realização dos créditos diferidos continuarão ocorrendo nos
próximos exercícios.

Conforme descrito na Nota 15(e), em novembro de 2011 a Companhia decidiu transferir certas operações
comerciais entre controladas no exterior, o que resultou na incerteza em relação à capacidade de
utilização da totalidade de créditos tributários registrados pela subsidiária afetada, portanto, esses
créditos tributários não podem ser mais considerados de realização provável. A utilização dos créditos
dependerá do nível de lucro tributável futuro, o que resultou no registro de impairment no montante de
R$ 278.486.

(b) Benefícios a empregados

O valor atual de obrigações do plano de assistência médica depende de uma série de fatores que são
determinados com base em cálculos atuariais e utilizam uma série de premissas. Entre as premissas
usadas na determinação do custo (receita) líquido para os saldos das obrigações atuariais, está a taxa de
desconto. A Companhia considera a taxa de desconto apropriada aquela calculada com base nas taxas de
retorno oferecidas pelo Governo, sendo estes mantidos na moeda em que os benefícios serão pagos e que
têm prazos de vencimento próximos aos prazos das respectivas obrigações do plano de assistência
médica.

Informações adicionais, incluindo a análise de sensibilidade, estão divulgadas na Nota 28.

A provisão de remuneração baseada em ações está registrada pelo valor justo da opção, o qual é
calculado pela Companhia com base no modelo Binomial-Trimonial Tree.

Quaisquer mudanças nas premissas utilizadas para o cálculo dessas obrigações afetarão o valor contábil
na data do balanço.

(c) Valor justo de derivativos e outros


instrumentos financeiros

O valor justo de instrumentos financeiros que não são negociados em mercados ativos é determinado
mediante o uso de técnicas de avaliação. A Companhia utiliza seu julgamento para escolher diversos
métodos e definir premissas que se baseiam principalmente nas condições de mercado existentes na
data do balanço. A Companhia utiliza também seu julgamento para definir os cenários e valores
apresentados na análise de sensibilidade, demonstrada na Nota 5.

Quaisquer alterações nas premissas utilizadas para os cálculos envolvendo o valor justo de instrumentos
financeiros poderiam afetar significativamente a posição patrimonial e financeira da Companhia. Veja a
Nota 5 para a análise de sensibilidade dos derivativos e outros instrumentos financeiros da Companhia
em 31 de dezembro de 2013.

(d) Ativos biológicos

O cálculo do valor justo dos ativos biológicos leva em consideração diversas premissas com alto grau de
julgamento, tais como preço estimado de venda, quantidade cúbica de madeira e incremento médio
anual por região. Quaisquer mudanças nessas premissas utilizadas podem implicar na alteração do
resultado do fluxo de caixa descontado e, consequentemente, na valorização ou desvalorização desses

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ativos.

Segue abaixo as principais premissas utilizadas pela Administração no cálculo do valor justo dos ativos
biológicos, e correlação entre as mudanças nessas premissas e no valor justo dos ativos biológicos:

Premissa utilizadas Impacto no valor justo dos ativos biológicos


Área de efetivo plantio (hectare) Aumenta a premissa, aumenta o valor justo
Incremento médio anual (IMA) - m3/hectare Aumenta a premissa, aumenta o valor justo
Preço líquido médio de venda - reais/m3 Aumenta a premissa, aumenta o valor justo
Remuneração dos ativos próprios que contribuem - % Aumenta a premissa, diminui o valor justo
Taxa de desconto - % Aumenta a premissa, diminui o valor justo

(e) Reconhecimento de receita e redução ao


valor recuperável de contas a receber

A Companhia reconhece a receita e os custos associados de vendas no momento em que os produtos são
entregues aos clientes ou quando os riscos e benefícios associados são transferidos. A receita é registrada
pelo valor líquido de vendas (após deduções de impostos, descontos e devoluções).

A provisão para redução ao valor recuperável destes créditos é constituída em montante considerado
suficiente para cobrir as prováveis perdas em sua realização. A política contábil para estabelecer a
provisão requer a análise individual das faturas de clientes inadimplentes em relação às medidas de
cobrança adotadas por departamento responsável e, de acordo com o estágio da cobrança, é estimado
um montante de provisão a ser constituída, que pode representar um percentual do título de acordo com
histórico ou sua totalidade.

(f) Revisão da vida útil e recuperação de


propriedades, plantas e equipamentos

A capacidade de recuperação dos ativos que são utilizados nas atividades da Companhia é avaliada
sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil de um ativo ou
grupo de ativos pode não ser recuperável com base em fluxos de caixa futuros. Se o valor contábil destes
ativos for superior ao seu valor recuperável, o valor líquido é ajustado e sua vida útil readequada para
novos patamares. No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2013, a Companhia realizou testes de
impairment, assim como a análise de sensibilidade sobre as principais premissas utilizadas nos testes
conforme detalhado na Nota 37.

(g) Ativos e passivos contingentes e


obrigações legais

A Companhia é parte envolvida em processos trabalhistas, cíveis e tributários que se encontram em


instâncias diversas. As provisões para contingências, constituídas para fazer face a potenciais perdas
decorrentes dos processos em curso, são estabelecidas e atualizadas com base na avaliação da
Administração, fundamentada na opinião de seus assessores legais e requerem elevado grau de
julgamento sobre as matérias envolvidas. A Companhia avalia parte substancial dos processos nos quais
é parte envolvida individualmente.

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(h) Avaliação de perda (impairment) estimada do ágio

Anualmente, ou em período menor, quando há alguma alteração nas circunstâncias que acarretariam na
redução do valor recuperável das unidades geradoras de caixa para as quais existem ágios registrados, a
Companhia realiza testes para eventuais perdas (impairment) no ágio, de acordo com a prática contábil
apresentada na Nota 2.16. Os valores recuperáveis das UGCs foram determinados com base em cálculos
do valor em uso, efetuados com base em estimativas. Veja a Nota 37 para maiores informações sobre o
cálculo, assim como a análise de sensibilidade sobre as principais premissas utilizadas nos testes de
impariment.

4 Gestão de riscos

A Gestão de Riscos da Companhia é realizada pela área de Governança, Riscos e Compliance (GRC), que
integra as atividades de Gestão de Riscos, Governança Corporativa, Controles Internos, Compliance,
Auditoria Interna e Ouvidoria. O objetivo é garantir a sinergia entre as áreas, contribuir com a criação de
valor para o negócio e, principalmente, fortalecer a governança da Companhia. Essa gerência geral
reporta-se diretamente à Presidência e responde sobre os seus processos ao Comitê de Auditoria
Estatutário (CAE), órgão de assessoramento do Conselho de Administração.

O projeto Enterprise Risk Management (ERM) foi iniciado em 2010 e atualmente conta com a análise,
avaliação, tratamento e monitoramento de riscos. Para aqueles riscos priorizados (níveis elevados de
impactos potenciais e probabilidade de ocorrência), várias frentes de ação são conduzidas na
Companhia, como definição de planos de ação (ações de tratamento) e monitoramento de indicadores de
risco (KRI - Key Risk Indicators).

A abordagem da gestão de risco da Fibria classifica os riscos inerentes ao negócio nas seguintes categorias:

(a) Risco Financeiro - São os riscos decorrentes de inadequada gestão de caixa, das aplicações de recursos
em operações novas, desconhecidas, complexas e/ou de alto risco. O detalhamento das políticas de
gestão de risco de mercado , risco de crédito e risco de liquidez está apresentado a seguir, nos tópicos
4.2.1(a) , 4.2.1(b) e 4.2.1(c) respectivamente.

(b) Risco de compliance - essa abordagem refere-se às sanções legais ou regulatórias, de perda financeira ou
de reputação que a empresa pode sofrer como resultado de qualquer descumprimento legal. Para evitá -
lo, a Companhia monitora permanentemente o estrito respeito às leis, normas e regulamentos, bem
como a observância de políticas e procedimentos, a implementação e a funcionalidade dos planos de
contingência e a segregação de funções - evitando o conflito de interesses e facilitando a avaliação dos
riscos e dos controles internos da Companhia. Essa abordagem inclui a avaliação dos riscos
socioambientais, trabalhistas e fiscais. Todo o processo de monitoramento é devidamente documentado
e relatado para a alta Administração.

(c) Risco operacional - ocorre quando há falta de consistência ou de adequação nos sistemas de informação,
no processamento e controle de operações, no gerenciamento de recursos e nos controles internos, ou
ainda no caso de fraudes que prejudiquem o exercício das atividades da Companhia. Uma das etapas do
processo de gestão de risco operacional da Fibria, desenvolvido de forma matricial, compreende a
análise do cálculo de materialidade e dos direcionadores estratégicos para definir controles e ações
prioritárias para as contas e processos mais relevantes. A Companhia realiza trimestralmente a validação
de sua matriz de riscos e controles na ferramenta referência de mercado GRC Process Control, o que
facilita a verificação da eficácia do controle, a geração de relatórios e a correção de eventuais desvios nos
processos, considerada esta uma estratégia unificada que orienta os gestores, padroniza processos e
integra o GRC a cada nível da organização, tendo como produto final um repositório único dos riscos,
uma taxonomia única e o maior comprometimento da alta gestão na carta de controles. O trabalho

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desenvolvido pela Gerência de Controles e Compliance, que atua juntamente com os gestores do negócio
para a busca de conformidade dos controles internos, realiza-se por meio do monitoramento dos
processos, sendo fator mitigante da ocorrência de risco operacional pela adequação dos controles à
atividade.

(d) Risco estratégico - está relacionado aos eventos originados tanto interna quanto externamente que
gerem instabilidade às partes interessadas ou comprometam de alguma forma a reputação e a
sustentabilidade da Companhia. São os riscos decorrentes da falta de capacidade ou habilidade da
empresa em resposta a mudanças que possam interromper o alcance de objetivos estratégicos
estabelecidos.. A Companhia monitora continuamente esses eventos de risco, buscando se antecipar às
ocorrências indesejáveis e se preparar para os riscos estratégicos dos quais a Companhia está exposta.

Apresentamos a seguir um detalhamento das políticas de gestão de risco socioambiental e financeiro.

4.1 Gestão de riscos socioambientais

(a) Riscos associados às mudanças climáticas

Há uma exposição a riscos devido às alterações climáticas, que podem afetar o equilíbrio dos
ecossistemas, a produtividade dos plantios e a disponibilidade de água e energia para a indústria.

A Fibria adota o princípio da precaução no gerenciamento e na operação de suas atividades industriais


e florestais, por meio da adoção de medidas de controle e monitoramento da produção, como estudos
agronômicos, melhoramento genético na produção de eucalipto que contempla a adaptação de espécies
em diferentes condições climáticas, monitoramento do consumo de água nas áreas florestais, entre
outros.

(b) Riscos ambientais

(i) Recursos hídricos - a Fibria monitora permanentemente a situação das microbacias hidrográficas
representativas de sua área de atuação, para poder agir contra alterações na quantidade ou na qualidade
da água que possam estar relacionadas ao manejo silvicultural adotado pela empresa. A captação de
água para abastecimento das fábricas é realizada a partir de outorgas e obedece à legislação ambiental de
cada localidade e às licenças de operação das Unidades.

(ii) Proteção florestal - na Fibria, a proteção florestal contra pragas, doenças, plantas daninhas e incêndios
baseia-se em uma estratégia de ciclos sucessivos de prevenção, monitoramento e controle. Além dos
esforços contínuos na seleção e no plantio de materiais genéticos mais resistentes, a Companhia se
preocupa com a preservação do equilíbrio ecológico e com a geração de conhecimentos para melhorias
no manejo.

(iii) Biodiversidade - as atividades florestais da Companhia são licenciadas pelos órgãos competentes e
objeto de planejamento socioambiental. São mantidas porções significativas de matas nativas
entremeadas com plantios de eucalipto. Nesse contexto, a Fibria busca conservar suas áreas protegidas
na forma de Reservas Legais (RLs), Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Particulares do
Patrimônio Natural (RPPNs), por meio de proteção, restauração, manejo e integração com a matriz de
plantios florestais, buscando também minimizar as pressões externas e os fatores de degradação que
possam estar atuando sobre esses fragmentos.

(iv) Resíduos - a Fibria vem fazendo esforços para utilizar resíduos da fabricação de celulose que são
coprocessados e transformados em produtos para aplicação na área florestal e são aproveitados na

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correção da acidez dos solos onde são mantidos plantios de eucalipto. Essa prática proporciona ganhos
ambientais e econômicos com a redução da disposição dos resíduos em aterros e com a substituição de
matéria-prima comprada pelos resíduos reaproveitados nas operações de silvicultura.

(c) Impactos nas comunidades

A Companhia mantém contato com comunidades de diferentes realidades econômicas, sociais e


culturais, que são afetadas positiva ou negativamente e em diferentes graus pelo cultivo do eucalipto.
Para garantir um bom relacionamento com todas elas, a Companhia elaborou um Plano de
Relacionamento com Comunidades, revisado anualmente, em que esses núcleos populacionais vizinhos
são classificados conforme a intensidade de relacionamento. O Modelo de Relacionamento é aplicado em
100% das operações florestais, nas etapas de silvicultura e colheita.

(d) Contratação de fornecedores

Para se certificar da não utilização de mão de obra infantil ou análoga à escrava por parte de seus
fornecedores, a Fibria exige que eles assinem declarações formais à respeito dessas normas. Outros dois
requisitos mandatórios nas contratações são o cumprimento das políticas de meio ambiente e dos
critérios de segurança no transporte adotados pela Fibria (Programa Estrada Segura). Todos os
contratos firmados com os fornecedores e demais parceiros de negócios são acompanhados do Código de
Conduta ou fazem menção ao mesmo, o que reforça a proibição de qualquer prática discriminatória ou
em desacordo com a legislação vigente. A homologação de fornecedores ocorre a cada dois anos.

4.2 Gestão de riscos financeiros

4.2.1 Fatores de risco financeiro

As atividades da Companhia a expõe a diversos riscos financeiros: risco de mercado (incluindo risco de
moeda, risco de taxa de juros, risco de preço e de commodities), risco de crédito e risco de liquidez.
Parcela substancial das vendas da Companhia é denominada em dólares norte-americanos e com
predominância dos seus custos denominados em reais. Deste modo, há um descasamento natural de
moedas entre os custos e as receitas.

O programa de gestão de risco de mercado da Fibria se concentra na diminuição, mitigação ou


transferência de exposições aos riscos de mercado. Neste contexto, a utilização de operações de hedge
são para fins exclusivos de proteção e é pautada nos seguintes termos: (a) proteção do fluxo de caixa
contra descasamento de moedas, (b) proteção do fluxo de receita para pagamento de amortizações e
juros das dívidas às oscilações de taxas de juros e moedas e (c) oscilações no preço da celulose ou outros
fatores de risco.

A execução das operações para mitigação dos riscos de mercado é realizada pela tesouraria da Fibria,
segundo as políticas financeiras aprovadas pelo Conselho de Administração. O controle dos riscos e
compliance das políticas, por sua vez, é realizado pela Gerência Geral de Governança, Riscos e
Compliance, que possui independência para apontar eventuais desenquadramentos das políticas,
mensurar e analisar os riscos de mercado, reportando diretamente ao presidente da Companhia e ao
Comitê de Finanças. A Gerência Geral de Governança, Riscos e Compliance faz o acompanhamento
criterioso de todas as exposições de riscos de mercado e o controle estrito do cumprimento às políticas
financeiras vigentes. A Tesouraria é a responsável pela identificação, avaliação e busca de proteção
contra eventuais riscos financeiros. O Conselho de Administração aprova, anualmente, a revisão das
políticas financeiras que estabelecem os princípios e normas para a gestão de risco global, áreas
envolvidas nestas atividades, uso de instrumentos financeiros derivativos e não derivativos e alocação

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dos excedentes de caixa.

Políticas de utilização de instrumentos financeiros derivativos

O Conselho de Administração da Fibria aprovou em 13 de dezembro de 2012 a revisão anual da Política


de Gestão de Riscos de Mercado, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2013. O uso de instrumentos
financeiros para hedge e aplicação de caixa são pautados por tais políticas. No que diz respeito ao uso de
operações de hedge para a proteção dos fatores de risco de mercado, a política é, na visão da
Administração, conservadora, sendo que toda operação contratada deve sempre estar vinculada a um
risco proveniente de um ativo objeto, advindo principalmente de fluxo operacional, preço de
commodities ou dívida. Deste modo, só são permitidas operações se vinculadas a uma exposição efetiva
e não são permitidos instrumentos de proteção que resultem em operações alavancadas.

(a) Risco de mercado

Relacionado às oscilações de preços e taxas como taxas de juros, paridades cambiais e preços de
commodities. Estas variações podem afetar os retornos esperados de um investimento, de uma aplicação
financeira, das expectativas de receitas de vendas, dos valores do serviço e da amortização das dívidas
contratadas. Neste sentido, foram criados mecanismos de mensuração desses riscos. Foi criada a
ferramenta interna de avaliação que possibilita o cálculo dos impactos de cenários de estresse e
sensibilidade e lacunas de descasamento. Em relação às políticas de riscos em vigor, foi criada pela área
de Riscos uma ferramenta de verificação de compliance.

(i) Risco cambial

A Companhia atua internacionalmente e está exposta ao risco cambial decorrente de exposições a


algumas moedas, principalmente com relação ao dólar norte-americano.

A política financeira da Companhia destaca que as operações de hedge têm como objetivos diminuir a
volatilidade no fluxo de caixa, proteger a exposição cambial e evitar o descasamento entre moedas sob a
ótica consolidada.

Apresentamos a seguir os saldos contábeis consolidados de ativos e passivos indexados ao dólar norte-
-americano na data de encerramento dos balanços patrimoniais:

Consolidado

2013 2012

Ativos em moeda estrangeira


Caixa e equivalentes de caixa (Nota 9) 1.247.404 891.046
Títulos e valores mobiliários (Nota 10) 98.153 432.706
Contas a receber de clientes (Nota 12) 375.711 714.142

1.721.268 2.037.894

Passivos em moeda estrangeira


Empréstimos e financiamentos (Nota 23) 7.281.177 8.542.851
Contas a pagar aos fornecedores 98.996 105.194
Instrumentos financeiros derivativos (Nota 11) 464.326 273.079

7.844.499 8.921.124

Exposição passiva (6.123.231) (6.883.230)

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A Fibria calcula sua exposição líquida para cada um dos fatores de risco. Quando o fator de risco se
refere ao dólar ou ao euro, são determinados limites máximos de hedge para até 18 meses, sendo
obrigatória a recomendação do Comitê de Finanças para prazos entre 12 a 18 meses.

A exposição da Companhia à moeda estrangeira dá origem a riscos de mercado associados a variações


da taxa de câmbio. Os passivos calculados em moeda estrangeira incluem empréstimos captados,
principalmente, em dólares norte-americanos. As vendas da Companhia para o exterior são, em sua
maioria, em dólares norte-americanos. Os valores das vendas de celulose no Brasil são atrelados ao dólar
e recebidos em reais. Deste modo, os passivos da Companhia funcionam como uma proteção natural de
parcela da exposição à moeda das receitas de exportação, eliminando parte do descasamento de moedas
entre ativo e passivo.

(ii) Risco do fluxo de caixa ou valor justo


associado com taxa de juros

Considerando que a Companhia não possui ativos significativos em que incidam juros, o resultado e
os fluxos de caixa operacionais são, substancialmente, independentes das mudanças nas taxas de juros
do mercado.

O risco de taxa de juros decorre de empréstimos. Os empréstimos emitidos com taxas variáveis expõem
a Fibria ao risco de taxa de juros e de fluxo de caixa. Os empréstimos emitidos com taxas fixas expõem a
Companhia ao risco de valor justo associado à taxa de juros.

A política de utilização de operações de hedge para o fator de risco taxas de juros determina que podem
ser realizadas operações que tenham prazo e montantes compatíveis com as respectivas dívidas, bem
como determina a manutenção mínima de 50% da dívida em taxas prefixadas. A Companhia administra
o risco de fluxo de caixa associado com a taxa de juros e moedas através de operações de swap e de
acordo com os limites e condições impostas pela política.

(iii) Risco do preço de commodities

Este risco está relacionado com a possibilidade de oscilação no preço da celulose, produto final da
Companhia, que é considerado uma commodity. Os preços flutuam em função da demanda, da
capacidade produtiva, estoque dos produtores, das estratégias comerciais dos grandes produtores
florestais, dos produtores de papel e da disponibilidade de substitutos no mercado.

Este risco é abordado de distintas maneiras. A Companhia conta com equipe especializada, que efetua o
monitoramento do preço da celulose e analisa as tendências futuras, ajustando as projeções da
Companhia, de modo a auxiliar na tomada de medidas preventivas para enfrentar da melhor maneira
possível os distintos cenários. Para essa commodity não existe mercado com liquidez suficiente para
mitigar o risco de parte relevante das operações da Fibria. As operações de proteção de preço da celulose
disponíveis no mercado têm baixa liquidez, baixo volume e grande distorção na formação do preço.

Atualmente, a Companhia não possui nenhum tipo de operação contratada para proteção do preço da
celulose.

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(b) Risco de crédito

Relacionado à possibilidade do não cumprimento do compromisso da contraparte de uma operação.

Para cada tipo de exposição de crédito e para cada tipo de contrato é feita uma modelagem específica
para a averiguação dos riscos, obtenção das exposições e sensibilização dos limites.

Para todas as esferas, a quantificação das exposições e análise dos riscos é alvo de um relatório mensal
realizado pela área de Governança, Riscos e Compliance. O risco de crédito é administrado
corporativamente e decorre de equivalentes de caixa, instrumentos financeiros derivativos, depósitos em
bancos, Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), box de renda fixa, operações compromissadas,
cartas de crédito (Letters of Credit (LC)), seguradoras, clientes (prazo para pagamento), fornecedores
(dos adiantamentos para novos projetos), entre outros.

(i) Bancos e instituições financeiras

Para bancos e instituições financeiras (aplicações, conta-corrente e derivativos) foram criadas métricas
quantitativas de aferição da exposição de crédito. O valor esperado de exposição Expected Credit
Exposure (ECE) e de pior exposição esperada Worst Credit Exposure (WCE) de todas as exposições de
contrapartes financeiras são calculados. Apresentamos os ratings dessas instituições na Nota 8.

A Companhia tem como política trabalhar com emissores privados que possuam, um rating mínimo, na
avaliação de uma das seguintes agências de rating: Fitch, Moody’s ou Standard & Poors. O rating
mínimo exigido para as contrapartes é "AA-" (ou "Aa3" em escala local - Brasil) ou "A" (ou "aA2" em
escala global). Nenhum emissor privado deverá ter, isoladamente, mais de 20% do caixa total da
Companhia ou um valor superior a 10% do último saldo de patrimônio líquido publicado pela
contraparte, ou mais de 15% do último saldo de patrimônio líquido da Companhia.

(ii) Clientes e adiantamentos a fornecedores

No caso do risco de crédito decorrente de concessão de crédito a clientes e adiantamentos a


fornecedores, a Fibria avalia, por meio da Comissão de Crédito, a qualidade do crédito, levando em
consideração principalmente o histórico de relacionamento e indicadores financeiros, definindo limites
individuais de crédito, os quais são regularmente monitorados.

Os principais clientes da Fibria são empresas de grande porte, sólidas e, em grande parte, com mais de
20 anos de relacionamento, minimizando o risco de crédito.

São realizadas análises de crédito frequentes dos clientes e, quando considerado necessário, são obtidas
cartas de crédito ou cobertura de seguro de crédito para proteger os interesses da Companhia. A maior
parte das vendas por exportação para Europa e Ásia está protegida por cartas de crédito ou seguro de
crédito junto à Compagnie Française d' Assurance pour le Commerce Extérieur (COFACE).

A provisão para deterioração do saldo de contas a receber é registrada em quantia considerada suficiente
para cobrir todas as perdas prováveis quando da execução das contas a receber de clientes, baseada em
informações históricas, e é incluída nas despesas de vendas (Nota 12).

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(c) Risco de liquidez

Com relação ao risco de liquidez, a Fibria tem como política manter em caixa e aplicações financeiras um
valor correspondente aos desembolsos operacionais que atendam ao ciclo de conversão de caixa e
desembolsos financeiros (amortização e serviços da dívida) de 12 meses.

As aplicações financeiras possuem, predominantemente, liquidez imediata, sendo permitida pela política
financeira uma pequena parcela de aplicações com liquidez em até 365 dias.

Todos os derivativos contratados foram efetuados em mercado de balcão e não necessitam de depósito
de margens de garantia.

A tabela a seguir analisa os passivos financeiros a serem liquidados, por faixas de vencimento,
correspondentes ao período remanescente no balanço patrimonial até a data contratual do vencimento.
Os valores divulgados na tabela são os fluxos de caixa não descontados contratados, portanto esses
valores podem não ser conciliados com os valores divulgados no balanço patrimonial para empréstimos,
instrumentos financeiros derivativos, fornecedores e outras obrigações.

Controladora

Entre um e Entre dois e Acima de


Até um ano dois anos cinco anos cinco anos

Em 31 de dezembro de 2013
Empréstimos e financiamentos 1.314.257 1.606.929 2.837.946 487.527
Instrumentos financeiros derivativos 99.259 136.072 479.812 173.044
Fornecedores e demais contas a pagar 603.546 27.076

2.017.062 1.770.077 3.317.758 660.571

Em 31 de dezembro de 2012
Empréstimos e financiamentos 830.473 1.884.253 2.568.481 897.371
Instrumentos financeiros derivativos 44.853 50.739 246.710 117.785
Fornecedores e demais contas a pagar 499.539 31.994

1.374.865 1.966.986 2.815.191 1.015.156

Em 1º de janeiro de 2012
Empréstimos e financiamentos 974.243 1.811.171 2.353.712 1.902.560
Instrumentos financeiros derivativos 134.886 6.321 104.913 16.099
Fornecedores e demais contas a pagar 455.471 32.086

1.564.600 1.849.578 2.458.625 1.918.659

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Consolidado

Entre um e Entre dois e Acima de


Até um ano dois anos cinco anos cinco anos

Em 31 de dezembro de 2013
Empréstimos e financiamentos 3.259.720 2.375.473 4.041.476 1.922.459
Instrumentos financeiros derivativos 99.259 136.072 479.812 173.044
Fornecedores e demais contas a pagar 710.198 34.873 24.617 43.080

4.069.177 2.546.418 4.545.905 2.138.583

Em 31 de dezembro de 2012
Empréstimos e financiamentos 1.739.139 2.881.125 4.163.566 5.878.870
Instrumentos financeiros derivativos 44.853 50.739 246.710 117.785
Fornecedores e demais contas a pagar 564.172 54.234 14.516 31.452

2.348.164 2.986.098 4.424.792 6.028.107

Em 1° de janeiro de 2012
Empréstimos e financiamentos 1.636.635 2.723.403 3.919.605 7.916.925
Instrumentos financeiros derivativos 134.886 6.321 104.913 16.099
Fornecedores e demais contas a pagar 516.061 47.197 14.516 35.081

2.287.582 2.776.921 4.039.034 7.968.105

4.2.2 Gestão de capital

A Administração monitora o endividamento com base no índice de alavancagem financeira consolidado


(dívida líquida dividida pelo lucro antes dos juros, impostos sobre renda incluindo contribuição social
sobre o lucro líquido, depreciação e amortização ajustado - "LAJIDA ajustado"). A dívida líquida, por sua
vez, corresponde ao total de empréstimos, subtraído do montante de caixa e equivalentes de caixa,
títulos e valores mobiliários e o valor justo dos instrumentos financeiros derivativos.

A política de gestão do endividamento e liquidez da Fibria tem como objetivo estabelecer diretrizes
visando a retomada e manutenção do grau de investimento, segundo a classificação das três principais
agências de risco, S&P, Moody’s e Fitch. Essa classificação possibilitará a Companhia diversificar suas
fontes de financiamento, acesso permanente a mercados de dívida, redução do custo do endividamento e
também a criação de valor para os acionistas. A política é parte dos controles internos e da governança
corporativa da Companhia e complementa a "Política de Gestão de Riscos de Mercado". A área de
Governança, Riscos e Compliance possui a prerrogativa de controlar e reportar, de forma independente
da Tesouraria, o enquadramento dos indicadores descritos.

A política prevê a relação dívida líquida sobre índice LAJIDA ajustado (EBITDA) dentro do intervalo
de 2,0x e 2,5x, podendo, em determinado momento do ciclo de investimento, atingir temporariamente o
nível máximo de 3,5x. As decisões estratégicas e de gestão da Companhia não deverão implicar que esta
relação exceda 3,5x. Essa relação deve ser calculada com base no último dia de cada trimestre com a
divisão da dívida líquida do fechamento do trimestre pelo índice acumulado dos últimos quatro
trimestres. Caso os indicadores da política se desenquadrem dos limites estabelecidos, devido ao
impacto de fatores exógenos, todos os esforços deverão ser feitos para que os mesmos sejam
reenquadrados.

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Notas Explicativas

Fibria Celulose S.A. e suas controladas


Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

A Companhia deverá manter um saldo mínimo de caixa, equivalentes de caixa e títulos e valores
mobiliários, de modo a evitar que a ocorrência de descasamento em seu fluxo de caixa afete sua
capacidade de pagamento. Esse saldo mínimo de caixa é definido pela soma do: (a) saldo de caixa
mínimo operacional, que reflete o ciclo de conversão operacional de caixa e (b) saldo mínimo para
cobertura do serviço da dívida, que inclui juros e principal de curto prazo. Adicionalmente, a
Administração poderá buscar reforço de caixa, incluindo linhas compromissadas, para atender às
métricas de caixa mínimo das agências de rating. O monitoramento da liquidez será feito
principalmente pela projeção de fluxo de caixa de 12 meses. A projeção de fluxo de caixa irá considerar
testes de stress em fatores de riscos exógenos de mercado, como taxa de câmbio, taxa de juros e preço de
celulose, além dos fatores endógenos.

A gestão de endividamento financeiro e liquidez deverá ainda considerar os covenants financeiros


contratuais, contemplando uma margem de segurança para que os mesmos não sejam excedidos.

A Administração priorizará captações na mesma moeda e/ou indexador da sua geração de caixa,
buscando dessa forma um hedge natural para o seu fluxo de caixa. Os instrumentos deverão ser
compatíveis com o perfil de dívida pretendido. Todas as captações deverão estar suportadas por cotações
e aprovadas pelas instâncias requeridas pelo Estatuto Social, políticas e procedimentos vigentes.

A Tesouraria da Fibria é responsável pela elaboração do plano de contingência que contemple as ações
necessárias para solucionar eventual ocorrência desta natureza. Este plano deverá ser submetido ao
Comitê de Finanças e devidamente acompanhado pelas instâncias envolvidas.

Os índices de alavancagem financeira podem ser assim sumarizados:

Consolidado

31 de 31 de 1° de
dezembro dezembro janeiro
de 2013 de 2012 de 2012

Empréstimos e financiamentos (Nota 23) 9.773.097 10.767.955 11.324.417


Menos - caixa e equivalentes de caixa (Nota 9) 1.271.752 943.856 381.915
Mais – instrumentos financeiros derivativos (Nota 11) (464.326) (273.079) (213.887)
Menos - títulos e valores mobiliários (Nota 10) 1.116.365 2.351.986 1.677.926

Dívida líquida 7.849.306 7.745.192 9.478.463


LAJIDA ajustado 2.795.675 2.253.326 1.981.031

Índice de alavancagem financeira em reais 2,8 3,4 4,8

Índice de alavancagem financeira em dólar 2,6 3,3 4,2

O índice de alavancagem reduziu de 3,4 em 31 de dezembro de 2012 para 2,8 em 31 de dezembro de


2013, principalmente em virtude do incremento do LAJIDA , do aumento do caixa pela venda de ativos e
da redução do nível de endividamento bruto no período por conta das liquidações antecipadas.

A partir de junho de 2012, para fins de análise dos covenants financeiros, incluindo o índice de
alavancagem financeira, a moeda de mensuração passou a ser o dólar norte-americano, conforme
detalhado na Nota 23. Uma vez que os índices usados acima para o exercício findo em 31 de dezembro de
2013 e 2012 foram mensurados em reais, há diferença entre esse índice e o índice mensurado para fins
de análise dos covenants e de alavancagem financeira seguindo as novas premissas adotadas.

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Notas Explicativas

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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

A Companhia segue com foco em diversas frentes tais como redução do custo fixo, custo variável,
despesas de vendas, CAPEX e melhoria do capital de giro, bem como em ações que promovam eventos
adicionais de liquidez, como a alienação dos ativos não estratégicos. Dessa forma, o objetivo da
Companhia é fortalecer sua estrutura de capital, buscando um nível de alavancagem adequado.

5 Demonstrativo da análise de sensibilidade


Apresentamos a seguir, os impactos que seriam gerados por mudanças nas variáveis de riscos
pertinentes às quais a Companhia está exposta no final do exercício.
De acordo com a Deliberação CVM no 475/08, a seguir é apresentado o valor justo da carteira de
derivativos, dívida e aplicações financeiras, em dois cenários adversos e que poderiam gerar prejuízos
materiais para a Companhia.

Analise de sensibilidade para mudanças na taxa de câmbio

As variáveis de riscos relevantes para a Companhia, levando em consideração o período projetivo de três
meses para a avaliação é sua exposição à flutuação do dólar. Foi adotado como cenário provável o valor
justo considerando as curvas de mercado de 31 de dezembro de 2013.

Considerando este cenário projetivo em comparação com a média cambial de R$ 2,1579 realizada no
exercício, as receitas de venda seriam reconhecidas em um montante superior em 8%, que representa
um montante aproximado de R$ 555 milhões, considerando o volume e preço das vendas do exercício de
2013.

Para o cálculo do cenário provável foi utilizada a taxa cambial no fechamento dessas demonstrações
financeiras (R$ x US$ = 2,3426). Como os valores já estão registrados, não há efeitos adicionais no
resultado para esse cenário. Os cenários possível e remoto consideram uma extrapolação de 25% e 50%
em relação ao cenário provável.

Consolidado

Impacto da alta do dólar no valor justo das carteiras

Provável Possível (25%) Remoto (50% )


Carteira R$ 2,3426 R$ 2,9283 R$ 3,5139

Derivativos (869.974 ) (1.988.700 )


Empréstimos e financiamentos (1.731.012) (3.462.024 )
Aplicações financeiras 336.389 672.779

Impacto total (2.264.597 ) (4.777.945 )

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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Analise de sensibilidade para mudanças na taxa de juros

Foi adotado como cenário provável o valor justo considerando as curvas de mercado de 31 de dezembro
de 2013. Os valores já estão registrados, não há efeitos adicionais no resultado para esse cenário. Os
cenários possível e remoto consideram uma extrapolação de 25% e 50% em relação ao cenário provável:

Consolidado

Impacto da alta da taxa de juros no valor justo

Provável Possível (25%) Remoto (50%)

Derivativos (53.390) (103.079)


Empréstimos e financiamentos(a) (3.892 ) (6.207)
Aplicações financeiras (b) 21.324 44.424

Impacto total (35.958 ) (64.862)

(a) Para fins da análise de sensibilidade foi considerada apenas a exposição da Companhia em relação aos empréstimos e
financiamentos para os quais não foram contratados instrumentos financeiros derivativos de proteção.

(b) Para fins da análise de sensibilidade foi considerada apenas os títulos e valores mobiliários indexados à taxas pós-fixadas.

6 Estimativa do valor justo dos ativos e passivos


mensurados ao valor justo

Os ativos e passivos mensurados ao valor justo e reconhecidos no balanço patrimonial são classificados
nos níveis da hierarquia de mensuração pelo valor justo:
. Nível 1 - preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos.
O valor justo dos ativos e passivos negociados em mercados ativos (como títulos mantidos para
negociação e disponíveis para venda) é baseado nos preços de mercado, cotados na data do balanço.
Um mercado é visto como ativo se os preços cotados estiverem pronta e regularmente disponíveis a
partir de uma Bolsa, distribuidor, corretor, grupo de indústrias, serviço de precificação, ou agência
reguladora, e aqueles preços representam transações de mercado reais e que ocorrem regularmente em
bases puramente comerciais. A Companhia possui apenas os títulos e valores mobiliários composto pelos
títulos públicos, classificados como Nível 1.

. Nível 2 - informações, além dos preços cotados, incluídas no Nível 1 que são adotadas pelo mercado
para o ativo ou passivo, seja diretamente (ou seja, como preços) ou indiretamente (ou seja, derivados
dos preços).

O valor justo dos ativos e passivos que não são negociados em mercados ativos (por exemplo, derivativos
de balcão) é determinado mediante o uso de técnicas de avaliação. Essas técnicas de avaliação
maximizam o uso dos dados adotados pelo mercado onde estão disponíveis com o menor uso possível de
estimativas específicas da Companhia. Se todas as informações relevantes exigidas para o valor justo de
um ativo ou passivo forem adotadas pelo mercado, o ativo ou passivo estará incluído no Nível 2.
. Nível 3 - informações para os ativos ou passivos que não são baseadas nos dados adotados pelo
mercado (ou seja, inserções não observáveis).

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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Se uma ou mais informações relevantes não estiver baseada em dados adotados pelo mercado, o ativo ou
passivo estará incluído no Nível 3.

Técnicas de avaliação específicas utilizadas para valorizar os ativos e passivos ao valor justo incluem:
. preços de mercado cotados ou cotações de instituições financeiras ou corretoras para instrumentos
similares;
. o valor justo de swaps de taxa de juros calculado pelo valor presente dos fluxos de caixa futuros
estimados com base nas curvas de rendimento adotadas pelo mercado;

. o valor justo dos contratos de câmbio futuros determinado com base nas taxas de câmbio futuras na
data do balanço, com o valor resultante descontado ao valor presente;
. outras técnicas, como a análise de fluxos de caixa descontados, são utilizadas para determinar o valor
justo para os ativos ou passivos remanescentes.

. o valor justo de contratos futuros de taxas de inflação (como o derivativo embutido contido nos
contratos contabilizado como arrendamento mercantil descritos na Nota 1(e)) com base nas taxas de
inflação futuras na data do balanço, com o valor resultante descontado ao valor presente.

A tabela abaixo apresenta os ativos e passivos consolidados da Companhia mensurados pelo valor justo
em 31 de dezembro de 2013 e 2012:

31 de dezembro de 2013

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total

Mensurações do valor justo recorrentes


Ativos
Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado
Instrumentos financeiros derivativos (Nota 11) 93.554 93.554
Opções de compra de ações – Ensyn (Nota 17) 7.098 7.098
Títulos e valores mobiliários (Nota 10) 589.605 478.577 1.068.182

Ativo financeiro disponível para venda


Outros investimentos – Ensyn (Nota 17) 39.824 39.824

Ativo biológico (Nota 18) (*) 3.423.434 3.423.434

Total do ativo 589.605 572.131 3.470.356 4.632.092

Passivo
Passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado
Instrumentos financeiros derivativos (Nota 11) 557.880 557.880

Total do passivo 557.880 557.880

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Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

31 de dezembro de 2012

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total

Mensurações do valor justo recorrentes


Ativos
Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado
Instrumentos financeiros derivativos (Nota 11) 44.819 44.819
Opções de compra de ações – Ensyn (Nota 17) 6.101 6.101
Títulos e valores mobiliários (Nota 10) 567.265 1.784.721 2.351.986

Ativo financeiro disponível para venda


Outros investimentos – Ensyn (Nota 17) 34.573 34.573

Ativo biológico (Nota 18) (*) 3.325.604 3.325.604

Total do ativo 567.265 1.829.540 3.366.278 5.763.083

Passivo
Passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado
Instrumentos financeiros derivativos (Nota 11) 317.898 317.898

Total do passivo 317.898 317.898

1º de janeiro de 2012

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total

Mensurações do valor justo recorrentes


Ativos
Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado
Instrumentos financeiros derivativos (Nota 11) 75.084 75.084
Títulos e valores mobiliários (Nota 10) 362.998 1.314.928 1.677.926

Ativo biológico (Nota 18) (*) 3.264.210 3.264.210

Total do ativo 362.998 1.390.012 3.264.210 5.017.220

Passivo
Passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado
Instrumentos financeiros derivativos (Nota 11) 288.971 288.971

Total do passivo 288.971 288.971

(*) A movimentação do valor justo do ativo biológico está demonstrada na Nota 18.

Não houve transferência entre os Níveis 1 e 2 durante o exercício.

6.1 Valor justo dos empréstimos e financiamentos

O valor justo dos passivos financeiros relacionados aos empréstimos, cujos saldos contábeis são
mensurados ao custo amortizado, é calculado de duas formas. O valor justo dos bonds é obtido pela
cotação do título no mercado secundário. O valor utilizado é uma média de fechamento calculada pela
Bloomberg. Para os demais passivos financeiros que não possuem mercado secundário ou para os quais
o mercado secundário não apresenta liquidez suficiente, utiliza-se a mensuração com base no valor
presente, utilizando-se a projeção de mercado para taxas pós-fixadas e dados contratuais vigentes para
os prefixados, trazidos a valor presente pela taxa de mercado atual, considerando também o risco de
crédito da Companhia. A seguir, apresentamos os detalhes dos valores justos estimados dos

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31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

empréstimos e financiamentos:

Controladora Consolidado

Curva de 31 de 31 de 1º de 31 de 31 de 1º de
desconto dezembro dezembro janeiro dezembro dezembro janeiro
(*) de 2013 de 2012 de 2012 de 2013 de 2012 de 2012
Cotados no mercado secundário
Em moeda estrangeira
Bonds - VOTO IV 428.329 501.430 418.757
Bonds - VOTO III 126.676 126.676
Bonds - Fibria Overseas 3.372.843 4.928.110 4.852.233
Estimados ao valor presente
Em moeda estrangeira
Créditos de exportação
(pré-pagamento) LIBOR US$ 2.052.947 2.365.513 2.585.767 2.888.240 2.937.262 3.057.792
Créditos de exportação
(ACC/ACE) DDI 258.174 485.279 520.162 455.141 661.363 618.796
Leasing LIBOR US$ 9.041 14.942
Crédito de exportação
(Finnvera) LIBOR US$ 234.809 262.511 287.359
EIB Europe Inv. Bank LIBOR US$ 781
Em moeda nacional
BNDES - TJLP DI 1 1.275.111 1.407.218 1.293.229 1.304.644 1.469.549 1.444.994
Cesta de moedas DI 1 262.375 225.270 178.603 297.964 264.602 238.096
FINEP DI 1 1.970 2.487 1.886 1.970 2.487 1.886
FINAME DI 1 13.643 9.933 9.013 13.643 14.450 9.013
NCE em reais DI 1 938.248 706.210 586.440 938.248 726.727 627.590
Fundo Centro-Oeste DI 1 42.902 56.960 63.070
4.802.468 5.201.910 5.310.817 9.978.733 11.825.451 11.761.985

(*) Curva de desconto utilizada para cálculo do valor presente dos empréstimos.

6.2 Valor justo dos instrumentos financeiros


derivativos (inclusive derivativos embutidos)
Os instrumentos financeiros derivativos (inclusive derivativos embutidos) são mensurados e
reconhecidos ao valor justo, conforme detalhado na Nota 11. Esses instrumentos foram classificados em
sua totalidade no Nível 2 de mensuração.

A Fibria apura o valor justo dos contratos derivativos e reconhece que tais valores podem ser diferentes
dos valores marcados a mercado (MtM), que representam o valor estimado para uma eventual
liquidação antecipada. Uma divergência no valor pode ocorrer por condições de liquidez, spreads,
interesse da contraparte na liquidação antecipada, dentre outros aspectos. Os valores calculados pela
Companhia são também comparados e validados internamente com os valores de MtMs referenciais das
contrapartes (bancos) e com cálculos de uma consultoria externa especializada.

A Administração acredita que os valores obtidos para tais contratos, de acordo com os métodos descritos
a seguir, representam, da maneira mais fidedigna, seus valores justos.

Os métodos de apuração do valor justo dos instrumentos financeiros derivativos (inclusive derivativos
embutidos) utilizados pela Fibria para as operações de proteção pautaram-se pela utilização de
procedimentos comumente utilizados no mercado e concordantes com embasamentos teóricos
amplamente aceitos.

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Toda a metodologia de cálculo de marcação a mercado e contabilização adotados pela Companhia está
descrita em manual específico desenvolvido pela área de Governança, Riscos e Compliance (GRC).

Para cada um dos instrumentos, descreve-se a seguir um resumo do procedimento utilizado para a
obtenção dos valores justos:

. Non-deliverable forward – é feita uma projeção da cotação futura da moeda, utilizando-se das
curvas de cupom cambial e prefixada em reais para cada vencimento. A seguir, verifica-se qual a
diferença entre esta cotação obtida e a taxa que foi contratada. Tal diferença é multiplicada pelo valor
nocional de cada contrato e trazida a valor presente pela curva prefixada em reais.

. Contratos de swap – tanto o valor presente da ponta ativa quanto da ponta passiva são estimados
pelo desconto dos fluxos de caixa projetados pela taxa de juros de mercado da moeda em que o swap
é denominado. O valor justo do contrato é a diferença entre essas duas pontas. A única exceção é o
swap TJLP x US$, no qual os fluxos de caixa da ponta ativa (TJLP x PRE) são projetados por uma
curva constante em 5% durante toda a duração do swap, divulgada pela BM&F .

. Opções (Zero Cost Collar) – para o cálculo do valor justo das opções foi utilizado o modelo de
Garman Kohlhagen. Os dados de volatilidades e taxas de juros foram obtidos da BM&FBOVESPA
para apuração dos valores justos.

. Swap de US-CPI – os fluxos de caixa da ponta passiva são projetados pela curva de inflação norte-
americana (US-CPI), obtida pelas taxas implícitas aos títulos americanos indexados à inflação (TIPS),
divulgada pela Bloomberg. Os fluxos de caixa da ponta ativa são projetados pela taxa fixa estabelecida
no derivativo embutido. O valor justo do derivativo embutido é a diferença entre as duas pontas,
trazida a valor presente.

As curvas utilizadas para o cálculo do valor justo em 31 de dezembro de 2013 estão apresentadas a
seguir:

Curvas de juros

Cupom de dólar
Brasil Estados Unidos sujo

Vértice Taxa (a.a.) - % Vértice Taxa (a.a.) - % Vértice Taxa (a.a.) - %


1M 9,97 1M 0,18 1M -2,52
6M 10,28 6M 0,26 6M 0,89
1A 10,58 1A 0,31 1A 1,64
2A 11,62 2A 0,47 2A 2,01
3A 12,28 3A 0,85 3A 2,41
5A 12,83 5A 1,78 5A 3,52
10A 13,22 10A 3,17 10A 6,02

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7 Instrumentos financeiros por categoria

No quadro a seguir realizamos a classificação dos instrumentos financeiros da Companhia por categoria
em cada uma das datas apresentadas:

Controladora

31 de dezembro 31 de dezembro 1º de janeiro de


de 2013 de 2012 2012
(reapresentado) (reapresentado)

Ativos
Empréstimos e recebíveis
Caixa e equivalentes de caixa (Nota 9) 548 5.355 24.755
Contas a receber de clientes (Nota 12) 1.459.433 1.212.764 790.942
Contas a receber relativos a venda de terras
e benfeitorias Projeto Asset Light (Nota 1(e)) 745.301
Outros ativos 331.639 335.385 153.579

2.536.921 1.553.504 969.276

Ao valor justo por meio do resultado


Instrumentos financeiros derivativos (Nota 11) 93.554 44.819 75.084
Opções de compra de ações (Nota 17) 7.098 6.101
Títulos e valores mobiliários (Nota 10) 658.973 1.613.854 1.401.869

759.625 1.664.774 1.476.953

Investimentos mantidos até o vencimento


Títulos e valores mobiliários (Nota 10) 30.326

Ativo financeiro disponível para venda


Outros investimentos (Nota 17) 39.824 34.573

Passivos
Ao custo amortizado
Empréstimos e financiamentos (Nota 23) 5.031.222 4.984.463 5.087.037
Fornecedores e demais contas a pagar 716.366 702.083 553.859

5.747.588 5.686.546 5.640.896

Ao valor justo por meio do resultado


Instrumentos financeiros derivativos (Nota 11) 557.880 317.898 288.971

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Notas Explicativas

Fibria Celulose S.A. e suas controladas


Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Consolidado

31 de dezembro 31 de dezembro 1º de janeiro


de 2013 de 2012 de 2012

Ativos
Empréstimos e recebíveis
Caixa e equivalentes de caixa (Nota 9) 1.271.752 943.856 381.915
Contas a receber de clientes (Nota 12) 382.087 754.768 945.362
Contas a receber relativos a venda de terras
e benfeitorias Projeto Asset Light (Nota 1(e)) 902.584
Outros ativos 355.363 367.138 203.122

2.901.786 2.065.762 1.530.399

Ao valor justo por meio do resultado


Instrumentos financeiros derivativos (Nota 11) 93.554 44.819 75.084
Opções de compra de ações (Nota 17) 7.098 6.101
Títulos e valores mobiliários (Nota 10) 1.068.182 2.351.986 1.677.926

1.168.834 2.402.906 1.753.010

Investimentos mantidos até o vencimento


Títulos e valores mobiliários (Nota 10) 48.183

Ativo financeiro disponível para venda


Outros investimentos (Nota 17) 39.824 34.573

Passivos
Ao custo amortizado
Empréstimos e financiamentos (Nota 23) 9.773.097 10.767.955 11.324.417
Fornecedores e demais contas a pagar 905.469 835.293 679.155

10.678.566 11.603.248 12.003.572

Ao valor justo por meio do resultado


Instrumentos financeiros derivativos (Nota 11) 557.880 317.898 288.971

8 Qualidade dos créditos dos


ativos financeiros

A qualidade dos créditos dos ativos financeiros pode ser avaliada mediante referência às classificações
externas de crédito (se houver) ou às informações históricas sobre os índices de inadimplência das
contrapartes, análise das demonstrações financeiras e de restrições de mercado. Para a qualidade de
crédito de contrapartes que são instituições financeiras, como caixa e derivativos, a Companhia
considera o menor rating da contraparte divulgada pelas três principais agências internacionais de
rating (Moody's, Fitch e S&P), conforme política interna de gerenciamento de riscos de mercado:

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Notas Explicativas

Fibria Celulose S.A. e suas controladas


Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Controladora

31 de dezembro 31 de dezembro 1º de janeiro


de 2013 de 2012 de 2012

Contas a receber de clientes


Contrapartes sem classificação externa de crédito
A - Baixo risco 1.454.048 1.194.066 782.714
B - Médio risco 2.720 4.686 7.464
C - Médio/alto risco 2.665 14.012 764
D - Alto risco de falência 12.158 61.955 74.114

Total de contas a receber de clientes (Nota 12) 1.471.591 1.274.719 865.056

Caixa e equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários


brAAA 621.786 1.311.979 989.966
brAA+ 201.291 273.060
brAA 57.863
brAA- (ii) 10.128 70.052 44.385
brA (ii) 30.532 119.096
Outros (i) 70 5.355 117

689.847 1.619.209 1.426.624

Ativos financeiros derivativos


brAAA 87.145 40.603 63.183
brAA+ 3.650 7.957
Outros 6.409 566 3.944

93.554 44.819 75.084

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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Consolidado

31 de dezembro 31 de dezembro 1º de janeiro


de 2013 de 2012 de 2012

Contas a receber de clientes


Contrapartes relevantes com classificação externa
de crédito (S&P - Standard Poor's e D&B - Dun & Bradstreet)
S&P-AA- 18.965 124.188 158.628
S&P-A 84.576 74.236 149.735
S&P-BBB+ 10.174
S&P-BBB 6.006 66.726 21.523
S&P-BB 586 75.913 27.347
D&B 2 40.220

Contrapartes sem classificação externa de crédito


A - Baixo risco 101.399 261.129 128.819
B - Médio risco 117.151 125.174 287.195
C - Médio/alto risco 43.230 27.402 131.895
D - Alto risco de falência 12.158 61.955 76.212

Total de contas a receber de clientes (Nota 12) 394.245 816.723 1.021.574

Caixa e equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários


brAAA 2.140.746 2.641.602 1.578.282
brAA+ 12 231.333 274.015
brAA 170.824 194.047 57.006
brAA- (ii) 10.145 70.052 119.096
A (ii) 27.449 64.252 24.266
Outros (i) 38.941 94.556 7.176

2.388.117 3.295.842 2.059.841

Ativos financeiros derivativos


brAAA 87.145 40.603 63.183
brAA+ 3.650 7.957
Outros 6.409 566 3.944

93.554 44.819 75.084

(i) Foram incluídas nesta categoria contas-correntes e aplicações em bancos que não possuem
avaliação pelas três agências de rating utilizadas pela Companhia.

(ii) Transação aprovada pelo Comitê de Finanças, órgão de assessoramento do Conselho de


Administração.

Apresentamos a seguir um quadro com a avaliação de rating das principais instituições financeiras
contrapartes da Companhia durante o exercício:

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financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Rating Agência de
Contraparte considerado Rating

Banco ABC Brasil S.A. AA.br Fitch


Banco Alfa de Investimento S.A. AA.br Fitch
Banco Bradesco S.A. AAA.br Fitch
Banco BTG Pactual S.A. AA.br Fitch
Banco Credit Agricole Brasil S.A. AAA.br Fitch
Banco Daycoval S.A. AA.br Fitch
Banco do Brasil S.A. AAA.br Fitch
Banco Itaú BBA AAA.br Fitch
Banco Mizuho do Brasil S.A. A S&P
Banco Safra S.A. AAA.br Fitch
Banco Santander Brasil S.A. AAA.br Fitch
Banco Volkswagen S.A. AAA.br S&P
Banco Votorantim S.A. AA+.br Fitch
Bank of America Corp BBB Moody's
Bank of Austria BBB+ Moody's
BNP Paribas Brasil AAA.br S&P
Caixa Economica Federal AAA.br Fitch
Citibank Brasil AAA.br S&P
Credit Suisse AG A- S&P
Deutsche Bank S.A.- Banco Alemão AAA.br Fitch
Goldman Sachs Group Inc BBB+ Moody's
HSBC Brasil AAA.br Moody's
JPMorgan Chase Bank NA A+ Fitch
Morgan Stanley BBB Moody's
Standard Chartered PLC A Moody's

A classificação de ratings foi padronizada, sendo, por exemplo, AA+ equivalente a Aa1, com os ratings
nacionais na forma "AAA br" e os globais na forma de "AAA". A classificação interna de risco para
clientes está descrita a seguir:

. A - Baixo risco - cliente com alta solidez financeira, sem restrições de mercado, sem histórico de
inadimplência e com longo prazo de relacionamento, ou coberto por seguro de crédito.

. B - Médio risco - cliente com solidez financeira, sem restrições de mercado e sem histórico de
inadimplência.

. C - Médio/alto risco - cliente com solidez financeira razoável, moderadas restrições de mercado e
histórico baixo de inadimplência.

. D - Alto risco de falência - cliente com baixa solidez financeira, moderadas a significativas restrições
de mercado e histórico insatisfatório de pagamento junto a Fibria e provisionado na deterioração de
créditos de contas a receber.

Nenhum dos ativos financeiros totalmente adimplentes foi renegociado no último exercício. Nenhum
dos empréstimos com partes relacionadas está vencido ou sujeito a provisão para deterioração.

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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

9 Caixa e equivalentes de caixa

Controladora Consolidado

Taxa média de
remuneração 31 de 31 de 1° de 31 de 31 de 1° de
das aplicações dezembro dezembro janeiro dezembro dezembro janeiro
- % a.a. de 2013 de 2012 de 2012 de 2013 de 2012 de 2012

Caixa e bancos 548 5.355 24.755 24.348 52.810 62.989


Equivalentes de caixa
Em moeda estrangeira
Depósito a prazo fixo 0,32 1.247.404 891.046 318.926

548 5.355 24.755 1.271.752 943.856 381.915

10 Títulos e valores mobiliários

Os títulos e valores mobiliários incluem ativos financeiros classificados como ativos financeiros
mantidos para negociação, conforme a seguir:

Controladora Consolidado

31 de 31 de 1° de 31 de 31 de 1° de
dezembro dezembro janeiro dezembro dezembro janeiro
de 2013 de 2012 de 2012 de 2013 de 2012 de 2012

Em moeda nacional
Títulos públicos
LFT 32.824 268.984 208.602 52.151 268.984 208.602
LTN Over 29.988 111.907 149.730 47.645 111.907 149.730
NTN-F 308.268 186.374 489.809 186.374
NTN-B (*) 30.326 48.183
Outros públicos 4.666 4.666

Títulos privados
Compromissadas 167.355 480.260 1.006.179 241.084 766.281 1.282.236
CDB Pós 119.538 565.329 31.750 138.340 584.734 31.750
CDB Box 942 942
Títulos de capitalização 1.000 1.000 1.000 1.000

Em moeda estrangeira
Títulos privados
Time deposits 98.153 432.706

Títulos e valores mobiliários 689.299 1.613.854 1.401.869 1.116.365 2.351.986 1.677.926

Parcela circulante 658.973 1.613.854 1.401.869 1.068.182 2.351.986 1.677.926

Parcela não circulante 30.326 48.183

(*) Esse título está classificado na categoria de investimentos mantidos até o vencimento e possui uma remunação média de 5,97%
a.a. e vencimento em 15 de agosto de 2020.

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Notas Explicativas

Fibria Celulose S.A. e suas controladas


Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

As aplicações financeiras em títulos privados estão substancialmente representadas por Certificados de


Depósito Bancário (CDB) e operações compromissadas de compra e revenda de CDBs e possuem, em sua
maioria, liquidez imediata e rendimentos atrelados à variação do Certificado de Depósito
Interbancário (CDI). Os títulos públicos estão representados por letras e notas emitidas pelo Tesouro
Nacional. O rendimento médio da carteira no exercício findo em 31 de dezembro de 2013 foi de 102,56%
do CDI (102,66% do CDI em 31 de dezembro de 2012 e 102,47% do CDI em 1º de janeiro de 2012). As
aplicações em moeda estrangeira correspondem substancialmente por Time Deposits de prazo superior
a 90 dias e rendimento médio de 0,99% a.a.

11 Instrumentos financeiros derivativos

Nas tabelas a seguir são apresentados os derivativos contratados pela Companhia, segregados por tipo
de contrato, abertos por ponta ativa e passiva das operações (para contratos de swap, aqueles que
possuem ponta ativa e passiva), valores justos e liquidados por estratégias de proteção adotada e por
cronograma de desembolso dos contratos. A totalidade das operações foi contratada pela controladora,
portanto essas informações contábeis são as mesmas para as demonstrações financeiras consolidadas.

(a) Descrição por tipo de contrato

Valor de referência
(nocional) - em US$ Valor justo

31 de 31 de 31 de 31 de
dezembro dezembro 1° de janeiro dezembro dezembro 1° de janeiro
Tipo do derivativo de 2013 de 2012 de 2012 de 2013 de 2012 de 2012

Hedge operacional
Hedge de fluxo de exportação
NDF (US$) – venda 170.000 921.900 (26.432) (134.206)
Zero Cost Collar 1.122.000 410.000 162.000 (12.451) 1.171 (6.954)

Hedge de dívida
Hedge de taxa de juros
Swap LIBOR x Fixed (US$) 540.309 564.012 227.891 15.332 (8.145) (10.655)

Hedge cambial
Swap JPY x US$ (JPY) 45.000 27.804
Swap DI x US$ (US$) 422.946 306.226 233.550 (149.807) (78.345) 11.373
Swap TJLP x US$ (US$) 275.712 349.860 416.478 (225.340) (148.123) (92.165)
Swap Pré x US$ (US$) 273.472 97.737 41.725 (92.060) (13.205) (9.084)

(464.326) (273.079) (213.887)

Classificados
No ativo circulante 22.537 18.344 31.638
No ativo não circulante 71.017 26.475 43.446
No passivo circulante (106.793) (54.252) (163.534)
No passivo não circulante (451.087) (263.646) (125.437)

(464.326) (273.079) (213.887)

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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

(b) Contratos abertos por ponta ativa


e passiva e tipo de contrato

Valor de referência (nocional) -


na moeda de origem Valor justo

31 de 31 de 1° de 31 de 31 de 1° de
dezembro dezembro janeiro dezembro dezembro janeiro
Tipo de contrato de 2013 de 2012 de 2012 de 2013 de 2012 de 2012

Contratos futuros
Hedge de fluxo de caixa (US$) 170.000 921.900 (26.432) (134.206)

Contratos de swap
Posição ativa
Iene fixo (iene para dólar) 4.754.615 136.077
Dólar LIBOR (LIBOR para Fixed) 540.309 564.012 227.891 1.266.940 1.153.420 427.843
Real CDI (real CDI para dólar) 822.168 551.195 399.370 1.036.022 706.349 514.257
Real TJLP (real TJLP para dólar) 447.925 569.708 679.784 425.413 572.177 611.091
Real Pré (real pré para dólar) 559.353 183.427 66.468 450.066 170.934 64.391
Posição passiva
Dólar Fixo (iene para dólar) 45.000 (108.273)
Dólar Fixo (LIBOR para Fixed) 540.309 564.012 227.891 (1.251.608) (1.161.565) (438.498)
Dólar Fixo (real CDI para dólar) 422.946 306.226 233.550 (1.185.829) (784.694) (502.884)
Dólar Fixo (real TJLP para dólar) 275.712 349.861 416.478 (650.753) (720.300) (703.256)
Dólar Fixo (real pré para dólar) 273.472 97.737 41.725 (542.126) (184.139) (73.475)

Total dos contratos de swap (451.875) (247.818) (72.727)

Hedge de Fluxo de Caixa


Zero Cost Collar 1.122.000 410.000 162.000 (12.451) 1.171 (6.954)

(464.326) (273.079) (213.887)

(c) Valores justos e liquidados por


estratégia de proteção

Valor justo Valores (pagos) ou recebidos

31 de 31 de 1° de 31 de 31 de
dezembro dezembro janeiro dezembro dezembro
Tipo do derivativo de 2013 de 2012 de 2012 de 2013 de 2012

Hedge operacional
Hedge de fluxo de exportação (12.451) (25.261) (141.160) (14.554) (151.109)
Hedge de dívida
Hedge de taxa de juros 15.332 (8.145) (10.655) (10.767) (8.743)
Hedge cambial (467.207) (239.673) (62.072) 1.256 33.484

(464.326) (273.079) (213.887) (24.065) (126.368)

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Notas Explicativas

Fibria Celulose S.A. e suas controladas


Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

(d) Valores justos por cronograma


de vencimentos e contraparte

Apresentamos a seguir o detalhamento das informações sobre os instrumentos financeiros derivativos


agrupados por faixa de vencimento, contraparte, valores de vencimento de principal e valores justos. Os
valores justos dos contratos de swap, quando pertinente, foram abertos conforme cronograma de
amortização e pagamento de juros.

A seguir é apresentado a concentração mensal dos valores justos por vencimentos:

31 de dezembro de 2013

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 Total

Janeiro (3.923) (6.285) (5.215) (3.814) (857) (1.698) (21.792)


Fevereiro (7.632) (8.889) (6.652) (5.296) 2.126 429 419 (25.495)
Março (5.441) (6.278) (4.097) (3.590) (1.468) (1.759) (22.633)
Abril (6.544) (7.187) (4.802) (4.074) (1.122) (1.777) (25.506)
Maio (10.307) (9.637) (6.772) (5.353) 173 (1.176) (33.072)
Junho (9.701) (10.182) (7.968) (6.832) (1.637) (1.832) (38.152)
Julho (5.063) (6.407) (3.423) (693) (1.474) (1.862) (18.922)
Agosto (8.266) (8.810) (5.253) (2.732) (16.953) (18.222) (19.081) (79.317)
Setembro (5.360) (15.188) (12.574) (55.700) (33.734) (122.556)
Outubro (6.106) (6.676) (3.535) (3.768) (1.611) (21.696)
Novembro (7.967) (8.961) (5.276) (2.749) (371) (25.324)
Dezembro (7.947) (9.440) (6.484) (4.334) (1.656) (29.861)

(84.257) (103.940) (72.051) (98.935) (58.584) (27.897) (18.662) (464.326)

31 de dezembro de 2012

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Total

Janeiro (11.875) (2.652) (4.065) (4.067) (3.311) (25.970)


Fevereiro (10.120) (3.188) (4.586) (3.882) (2.976) 1.651 1.096 292 (21.713)
Março (2.092) (1.856) (2.784) (2.403) (2.238) (80) (11.453)
Abril (3.195) (3.095) (4.511) (3.932) (3.420) 15 (18.138)
Maio (1.873) (3.590) (4.915) (3.952) (2.987) 628 279 (16.410)
Junho 93 (3.578) (5.154) (4.499) (3.674) (116) (16.928)
Julho (1.058) (3.453) (3.852) (3.077) (1.683) (13.123)
Agosto (1.965) (3.993) (4.176) (2.969) (1.231) (9.170) (11.040) (12.195) (46.739)
Setembro 770 (2.111) (7.304) (6.637) (27.668) (15.716) (58.666)
Outubro (1.459) (3.791) (3.980) (3.202) (1.722) (14.154)
Novembro (1.813) (4.189) (4.228) (3.051) (1.288) 500 (14.069)
Dezembro (1.320) (4.546) (4.465) (3.567) (1.818) (15.716)

(35.907) (40.042) (54.020) (45.238) (54.016) (22.288) (9.665) (11.903) (273.079)

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Notas Explicativas

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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Adicionalmente, apresentamos uma tabela organizada por contraparte, valor nocional e valor justo:

31 de dezembro de 2013 31 de dezembro de 2012 1° de janeiro de 2012

Nocional - Nocional - Nocional -


dólares norte- Valor dólares norte- Valor dólares norte-
-americanos justo -americanos justo -americanos Valor justo

Banco Itaú BBA S.A. 371.800 (44.568 ) 243.261 (17.865) 382.812 (49.975 )
Deutsche Bank S.A. 342.450 247 143.450 (2.033 ) 37.500 (3.699 )
Banco CreditAgricole Brasil S.A. 245.457 (8.473 ) 213.950 (3.844 )
Banco Citibank S.A. 234.732 (65.783) 138.181 (39.734) 240.376 (6.695 )
Bank of America Merrill Lynch 229.657 1.120 96.400 (20.041 )
Banco Santander Brasil S.A. 211.958 (143.371) 248.918 (93.734) 255.556 (57.139 )
Banco Safra S.A. 209.559 (102.127 ) 221.226 (55.131 ) 233.550 11.372
Banco BNP Paribas Brasil S.A. 207.000 (3.336) 125.000 853
HSBC Bank Brasil S.A. 190.810 (41.271) 154.601 (21.101 ) 135.046 (22.460 )
Banco Bradesco S.A. 141.618 (45.960) 85.000 (23.214 )
Banco J. P Morgan S.A. 125.000 274
Goldman Sachs do Brasil 64.650 (1.073) 123.250 (3.107 ) 186.850 (17.507 )
Banco Votorantim S.A. 27.966 (9.668) 42.086 200
Banco Mizuho do Brasil S.A. 20.000 (195) 45.500 (2.521 )
Morgan Stanley & CO. 11.782 (142) 58.912 (1.747 ) 229.042 (22.415 )
Banco ABC Brasil S.A.
Rabobank Brasil S.A. 50.000 (2.389 )
Banco Standard de Investimentos 35.000 (6.821 ) 14.500 (1.791 )
Standard Chartered Bank 57.500 (8.285 )
BES Investimento do Brasil S.A. 10.000 (1.772)

2.634.439 (464.326) 1.897.835 (273.079 ) 2.049.132 (213.887 )

O valor justo não representa a obrigação de desembolso imediato ou recebimento de caixa, uma vez que
tal efeito somente ocorrerá nas datas de verificação contratual ou de vencimento de cada operação,
quando será apurado o resultado, conforme o caso e as condições de mercado nas referidas datas.

Ressalta-se que todos os contratos em aberto em 31 de dezembro de 2013 são operações de mercado de
balcão, registradas na CETIP, sem nenhum tipo de margem de garantia ou cláusula de liquidação
antecipada forçada por variações provenientes de Mark to Market (MtM).

A seguir, são descritos cada um dos contratos vigentes e os respectivos riscos protegidos.

(i) Non-Deliverable Forward (NDF)

A Fibria não realizou vendas de futuro de dólar convencional e não possui operações em aberto em 31 de
dezembro de 2013.

(ii) Swap LIBOR x Fixed

A Fibria possui posições de swaps convencionais de LIBOR 3M x Fixed com o intuito de fixar o fluxo de
pagamento de dívidas atreladas a uma taxa pós-fixada.

(iii) Swap DI x US$

A Fibria possui posições de swaps convencionais de Depósitos Interbancários (DI) versus dólar com o
objetivo de atrelar a dívida em reais, atrelada ao DI, para uma dívida fixa em dólar. Tais swaps estão
atrelados às dívidas no que diz respeito a valores, prazos e fluxo de caixa.

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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

(iv) Swap TJLP x US$

A Fibria possui posições de swaps convencionais de Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) versus dólar
com o objetivo de atrelar a dívida em reais, indexada pela TJLP, para uma dívida fixa em dólar. Tais
swaps estão atrelados às dívidas no que diz respeito a valores, prazos e fluxo de caixa.

(v) Zero Cost Collar Exportador

A Fibria possui posições de Zero Cost Collar Exportador, instrumento que consiste na combinação
simultânea de opções de compra e venda de dólares, com mesmo valor nocional e vencimento sem
alavancagem, com o objetivo de proteger o seu fluxo de exportação em dólares, criando um piso e um
teto para a cotação do dólar.

(vi) Swap Pré x US$

A Fibria possui posições de swaps convencionais de reais em taxa prefixada (Pré) versus dólar com taxa
fixa com o objetivo de atrelar a dívida em reais para uma dívida fixa em dólar. Tais swaps estão
atrelados às dívidas no que diz respeito a valores, prazos e fluxo de caixa.

(vii) Apuração do valor justo dos instrumentos


financeiros derivativos

Conforme explicado na nota 6.2, a Fibria apura o valor justo dos contratos derivativos e reconhece que
tais valores podem ser diferentes dos valores marcados a mercado (MtM), que representam o valor
estimado para uma eventual liquidação antecipada. Uma divergência no valor pode ocorrer por
condições de liquidez, spreads, interesse da contraparte na liquidação antecipada, dentre outros
aspectos. Os valores calculados pela Companhia são também comparados e validados internamente com
os valores de MtMs referenciais das contrapartes (bancos) e com cálculos de uma consultoria externa
especializada.

(e) Derivativo embutido em contrato de


parceria florestal e fornecimento de madeira em pé

Conforme descrito na Nota 1(e), os contratos de parceria florestal e de fornecimento de madeira em pé


assinados em 30 de dezembro de 2013 tem o seu preço denominado em dólar norte-americano por m3
de madeira em pé reajustado de acordo com o US-CPI, o qual não é considerado como relacionado com a
inflação no ambiente econômico onde as áreas estão localizadas.

O derivativo embutido é um contrato de swap de venda das variações do US-CPI no prazo dos contratos
de parceria florestal e fornecimento de madeira. Considerando que o preço do arrendamento é
contingente (determinado como 40% do volume de madeira efetivamente colhido em cada ciclo de
rotação multiplicado pelo preço de compra da madeira em pé por m3), a Companhia considerou como
valor de referência (nocional) do derivativo embutido o volume máximo de pagamentos possíveis
estabelecido contratualmente (“cap”). O valor de referência do derivativo (nocional) é reduzido à medida
que a Companhia realiza os pagamentos. Por se tratar de um derivativo embutido, não existiram
desembolsos ou recebimentos referentes ao derivativo e os desembolsos corresponderão ao pagamento
pela compra de madeira em pé conforme os termos contratuais.

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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Considerando que os contratos de parceria florestal e fornecimento de madeira em pé foram assinados


em 30 de dezembro de 2013, o valor justo do derivativo embutido em 31 de dezembro de 2013 é próximo
a zero e, portanto, não foi contabilizado.

A tabela a seguir apresenta as variações no derivativo embutido, em dois cenários adversos, que
poderiam gerar perdas significativas à Companhia.

Para o cálculo do cenário provável, foi considerado o US-CPI da data de assinatura dos contratos de
parceria florestal e de fornecimento de madeira em pé. Como o valor em 31 de dezembro de 2013 foi
zero, não existem efeitos no resultado da Companhia nesse cenário. O cenário provável foi extrapolado
considerando um aumento de 25% e 50%.

Consolidado

Impacto da alta do US-CPI no valor justo

Carteira Provável Possível (25%) Remoto (50% )

Derivativo embutido em contrato de parceria


florestal e fornecimento de madeira em pé(*) (109.410) (227.390)

(*) O nocional envolvido nessa operação é de US$ 936 milhões.

12 Contas a receber de clientes

(a) Composição dos saldos contábeis

Controladora Consolidado

31 de 31 de 1° de 31 de 31 de 1° de
dezembro dezembro janeiro dezembro dezembro janeiro
Descrição de 2013 de 2012 de 2012 de 2013 de 2012 de 2012

Clientes no País
Intercompanhia (*) 10.345 13.033 20.388 3.981 2.980 2.878
Demais 21.293 85.542 83.760 14.553 99.601 102.305
Clientes no exterior
Intercompanhia (*) 1.439.953 1.174.983 759.997
Demais 1.161 911 375.711 714.142 916.391

1.471.591 1.274.719 865.056 394.245 816.723 1.021.574

Provisão para impairment


de créditos a receber (12.158) (61.955) (74.114) (12.158) (61.955) (76.212)

1.459.433 1.212.764 790.942 382.087 754.768 945.362

(*) As contas a receber intercompanhias referem-se, substancialmente, à embarques de celulose realizados para a controlada
Fibria International Trade GmbH, que é responsável pela administração, comercialização, operacionalização, logística,
financeira, controle e contabilização dos produtos na Europa, Ásia e América do Norte.

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financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Em 2013, foram realizadas cessões de crédito sem direito de regresso de certos clientes no montante de
R$ 1.331.898 (R$ 686.619 em 31 de dezembro de 2012 e R$ 306.787 em 1° de janeiro de 2012), de forma
que esses ativos não foram reconhecidos como contas a receber de clientes e não compõem o saldo
acima.

(b) Análise dos vencimentos

Apresentamos a seguir uma análise de vencimento da carteira de clientes consolidada em 31 de


dezembro de 2013:

31 de dezembro 31 de dezembro 1º de janeiro


de 2013 de 2012 de 2012

Vincendos
Até dois meses 155.342 438.069 511.079
De dois meses a seis meses 165.019 247.297 306.411
De seis meses até um ano 579 16

Vencidos
Até dois meses 61.726 63.576 125.363
De dois meses a seis meses 1.962 330
De seis meses até um ano 2.069 609
Mais que um ano 1.216 1.554

382.087 754.768 945.362

Em 31 de dezembro de 2013, as contas a receber de clientes no valor consolidado de R$ 61.726


(R$ 68.823 em 31 de dezembro de 2012 e R$ 127.856 em 1º de janeiro de 2012) encontram-se vencidas,
mas não sujeitas à provisão para deterioração. A Administração mantém procedimentos de cobrança e
acredita que não incorrerá em perdas nestes clientes.

Em 31 de dezembro de 2013, as contas a receber de clientes no total consolidado de R$ 12.158


(R$ 61.955 em 31 de dezembro de 2012 e R$ 76.212 em 1º de janeiro de 2012), estavam provisionadas.
As contas a receber individualmente sujeitas à provisão para deterioração referem-se principalmente aos
clientes em cobrança judicial, com baixa probabilidade de recuperação dos créditos.

A movimentação na provisão para impairment de contas a receber de clientes da Companhia são as


seguintes:

Controladora Consolidado

31 de 31 de 1º de 31 de 31 de 1º de
dezembro dezembro janeiro de dezembro dezembro janeiro de
de 2013 de 2012 2012 de 2013 de 2012 2012

No início do exercício (61.955) (74.114) (54.016) (61.955) (76.212) (56.114)


Reversão (provisão) para
impairment de contas a receber 1.950 3.376 (22.237) 1.950 3.376 (22.237)
Contas a receber de clientes
provisionadas em exercícios
anteriores e baixadas durante o
exercício como incobráveis 47.847 8.842 2.139 47.847 10.940 2.139
Variações cambiais (59) (59)

No final do exercício (12.158) (61.955) (74.114) (12.158) (61.955) (76.212)

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(c) Informação sobre os principais clientes

A Companhia possui três clientes que representam 50% da "Receita líquida de vendas" em 31 de
dezembro de 2013 (32% em 31 de dezembro de 2012 e 29% em 1º de janeiro de 2012 representados por
dois clientes).

(d) Composição dos saldos por moeda

As contas a receber consolidadas são mantidas nas seguintes moedas:

31 de dezembro 31 de dezembro 1º de janeiro


de 2013 de 2012 de 2012

Reais 6.376 41.345 29.632


Dólares norte-americanos 367.475 707.609 914.048
Euros 8.236 5.814 1.682

382.087 754.768 945.362

(e) Garantias em operações de compror e


desreconhecimento dos ativos

A Companhia é garantidora de operações de compror realizadas por alguns de seus clientes no Brasil,
cujo montante garantido em 31 de dezembro de 2013 totalizava R$36.825 (R$ 67.389 em 31 de
dezembro de 2012 e R$ 84.376 em 1º de janeiro 2012). Essas garantias possuem valor de mercado não
material em função destes não possuírem histórico de inadimplência e, portanto, não há nenhum valor
registrado.

A Companhia realiza cessões de crédito sem direito de regresso de certos clientes de forma que esses
ativos foram desreconhecidos da conta de clientes e não compõem o saldo de contas a receber.

13 Estoques

Controladora Consolidado

31 de 31 de 1° de 31 de 31 de 1° de
dezembro dezembro janeiro dezembro dezembro janeiro
de 2013 de 2012 de 2012 de 2013 de 2012 de 2012

Produtos acabados
Na fábrica/depósitos 61.329 62.142 75.666 128.893 131.806 135.110
No exterior 587.032 470.082 518.305
Produtos em processo 15.726 15.265 11.728 15.592 13.438 31.141
Matérias-primas 260.221 290.085 214.581 385.447 422.288 360.473
Almoxarifado 81.234 86.732 77.574 140.873 142.288 129.298
Importações em andamento 4.537 2.248 1.735 7.587 2.333 2.140
Adiantamentos a fornecedores 303 770 2.158 306 907 2.240

423.350 457.242 383.442 1.265.730 1.183.142 1.178.707

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14 Impostos a recuperar

Controladora Consolidado

31 de 31 de 1° de 31 de 31 de 1° de
dezembro dezembro janeiro dezembro dezembro janeiro
de 2013 de 2012 de 2012 de 2013 de 2012 de 2012

Impostos retidos e antecipações de


impostos IRPJ e CSLL 192.552 153.004 164.427 226.410 187.941 208.993
ICMS sobre aquisição de imobilizado 13.749 12.901 16.049 17.869 16.140 19.520
ICMS e IPI a recuperar 667.346 583.107 499.727 816.727 715.904 614.274
PIS e COFINS a recuperar 340.271 310.606 312.063 542.237 526.410 669.805
Provisão para perda nos créditos
do ICMS (510.217) (446.737) (394.778) (658.308) (579.103) (507.573)

703.701 612.881 597.488 944.935 867.292 1.005.019

Parcela circulante 133.089 145.642 225.890 201.052 209.462 327.787

Parcela não circulante 570.612 467.239 371.598 743.883 657.830 677.232

A Fibria vem acumulando créditos de ICMS com os Estados do Espírito Santo e do Mato Grosso do Sul,
pelo fato de sua atividade, nesses Estados, ser preponderantemente exportadora. A Administração
revisou a perspectiva de realização dos referidos créditos e constituiu provisão para perda: (a) integral
do montante com baixa probabilidade de realização, para a unidade no Estado do Mato Grosso do Sul,
e (b) provisão parcial equivalente a aproximadamente 80% do saldo dos créditos para a unidade no
Estado do Espírito Santo. Para o caso de provisão constituída parcialmente, a Administração
implementou ações e vem recuperando parcela destes tributos em sua operação naquele Estado.

A realização dos créditos, relativos aos impostos a recuperar ocorrerá até o final de 2020, de acordo com
a projeção orçamentária aprovada pela Administração, conforme demonstrado a seguir:

Consolidado

Montante Percentual

Nos próximos 12 meses 201.052 24


Em 2015 174.694 21
Em 2016 191.441 23
Em 2017 77.138 10
Em 2018 109.997 13
Em 2019 30.355 4
Em 2020 45.001 5

829.678 100

PIS e COFINS sobre ativo imobilizado (*) 115.257

Total dos impostos a recuperar 944.935

(*) Os créditos de PIS e COFINS remanescentes sobre o ativo imobilizado não foram incluídos na
projeção, pois se tornarão disponíveis ao longo da vida útil dos ativos.

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As movimentações na provisão para impairment de impostos a recuperar da Companhia são as


seguintes:

2013 2012

Em 1o de janeiro (579.103) (507.573)


Provisão para impairment de créditos gerados no exercício (79.205) (71.530)

Em 31 de dezembro (658.308) (579.103)

A constituição e a reversão da provisão para impostos a recuperar foram registradas no resultado do


exercício como "Custo dos produtos vendidos".

15 Tributos sobre o lucro

A Companhia e suas controladas sediadas no Brasil utilizam a sistemática do lucro real. As controladas
sediadas no exterior utilizam sistemáticas de apuração dos tributos sobre o lucro, bem como calcularam
e registraram seus impostos com base nas alíquotas efetivas vigentes na data de elaboração das
demonstrações financeiras.

(a) Composição dos saldos de impostos diferidos

Os créditos tributários diferidos de imposto de renda e contribuição social são decorrentes de prejuízos
fiscais e de diferenças temporárias referentes (i) ao efeito da variação cambial apurada (sistemática de
apuração do imposto de renda e contribuição social pelo regime de caixa - efeitos cambiais); (ii) ajuste a
valor justo dos instrumentos financeiros derivativos; (iii) provisões não dedutíveis até o momento da sua
efetiva realização; (iv) investimentos na atividade rural e (v) diferenças temporárias surgidas na
aplicação dos CPCs.

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Controladora Consolidado

31 de 31 de 1° de 31 de 31 de 1° de
dezembro dezembro janeiro dezembro dezembro janeiro
de 2013 de 2012 de 2012 de 2013 de 2012 de 2012

Prejuízos fiscais e base negativa de


contribuição social (*) 29.660 203.642 208.442 172.519 349.010 320.982
Provisão para contingências 76.129 29.897 24.865 118.237 65.578 30.506
Provisões (impairment, operacionais e
perdas diversas) 374.965 366.201 327.541 417.574 401.113 383.395
Diferimento do resultado nos contratos de
derivativos reconhecidas para fins fiscais
com base caixa 157.871 92.847 72.537 157.871 92.847 72.537
Variação cambial - tributação pelo regime
de caixa (MP no 1.858-10/99 artigo 30) 577.734 409.506 5.833 646.286 470.825 73.412
Amortização fiscal do ágio 110.940 113.178 110.936 110.940 113.178 110.936
Ganho atuarial sobre plano de assistência
médica (SEPACO) 3.729 11.414 3.600 3.729 11.414 3.600
Depreciação incentivada (9.518) (11.391) (14.986)
Custos com reflorestamento já deduzido
para fins fiscais (18.293) (40.631) (311.965) (299.632) (284.020)
Valor justo dos ativos biológicos (41.514) (96.321) (106.090) (199.861) (239.094) (214.952)
Efeito da combinação de negócios na
aquisição da Aracruz (13.973) (31.998) (45.212) (13.972) (31.998) (45.212)
Aproveitamento fiscal do ágio não
amortizado contabilmente (357.835) (268.376) (178.917) (357.835) (268.376) (178.917)
Outras provisões (1.785) (1.791) (1.791) (1.785) (1.791) (1.791)

Total dos impostos diferidos, líquido 915.921 809.906 381.113 732.220 651.683 255.490

Imposto diferido ativo líquido, por entidade 915.921 809.906 753.754 968.116 879.606 995.368

Imposto diferido passivo líquido, por entidade 372.641 235.896 227.923 739.878

(*) O saldo do Consolidado em 31 de dezembro de 2013 inclui o valor de R$ 278.486 (R$ 238.201 em 2012 e R$ 200.711 em 2011)
relativo à provisão para perda, conforme detalhado no item (e) a seguir.

Em 27 de novembro de 2013, a Companhia utilizou R$ 174.985 de créditos relativos ao prejuízo fiscal e à


base negativa da contribuição social para pagamento dos débitos relativos às adesões ao REFIS,
conforme Nota 25 (a) e (b).

A expectativa de realização dos créditos relativos ao prejuízo fiscal e à base negativa da contribuição
social e às diferenças temporárias ocorrerá de acordo com o cronograma a seguir:

Consolidado
Montante Percentual
Nos próximos 12 meses 161.242 10
Em 2015 194.510 12
Em 2016 152.517 9
Em 2017 215.152 13
Em 2018 212.360 13
Entre 2019 a 2020 286.784 18
Entre 2021 a 2022 145.468 9
A partir de 2023 259.123 16

1.627.156 100

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Notas Explicativas

Fibria Celulose S.A. e suas controladas


Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Nos próximos 12 meses, esperamos realizar o montante de R$ 116.770 relativos aos impostos diferidos
passivos.

As movimentações na provisão para impairment de créditos tributários no exterior da Companhia são as


seguintes:
31 de dezembro 31 de dezembro 1º de janeiro
de 2013 de 2012 de 2012

No início do exercício (238.201) (200.711)


Provisão constituída (200.711)
Variação cambial (40.285) (37.490)

No final do exercício (278.486) (238.201) (200.711)

A movimentação do saldo líquido das contas de imposto de renda diferido é a seguinte:


Controladora Consolidado

2013 2012 2013 2012

No início do exercício 809.906 377.513 651.683 251.890


Prejuízos fiscais e base negativa (173.983) (4.800) (136.206) 28.558
Provisão para perda de créditos tributários no exterior (40.285) (37.490)
Diferenças temporárias relacionadas a provisões operacionais 54.997 43.692 69.120 52.790
Diferimento de resultados de instrumentos financeiros derivativos 65.024 20.310 65.024 20.310
Amortização de ágio (91.697) (87.217) (91.697) (87.217)
Custos com reflorestamento e depreciação incentivada 18.293 22.338 (10.460) (12.018)
Diferimento de variação cambial não realizada 168.228 403.673 175.461 434.373
Ativos biológicos 54.807 9.769 39.233 (24.141)
Perda atuarial sobre plano de assistência médica (SEPACO) (7.685) 11.414 (7.685) 11.414
Outros 18.031 13.214 18.032 13.214

No final do exercício 915.921 809.906 732.220 651.683

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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

(b) Reconciliação da despesa de IR e CSLL

Controladora Consolidado

2013 2012 2013 2012

Prejuízo antes do IR e da CSLL (442.618) (1.059.068) (343.576) (989.730)


Imposto de renda e contribuição
social à taxa nominal - 34% 150.490 360.083 116.816 336.508

Demonstrativo da origem da despesa de


imposto de renda efetiva
Adesão ao Refis (MP nº 627/2013) (Nota 25) (560.454) (560.454)
Efeito da equivalência patrimonial 171.412 23.547 (201)
Custo de transação na emissão de ações (6.063) (6.063)
Tributação de lucro das subsidiárias
no exterior no Brasil (15.306) (5.420) (15.306)
Diferença de reconhecimento de tributação
das subsidiárias do exterior 4.446 (91.963)
Efeitos decorrentes das eliminações das
operações intercompanhias 114.181 74.923
Outras diferenças permanentes,
principalmente provisões não dedutíveis (9.946) (17.785) (13.689) (21.444)

Imposto de renda e contribuição


social do exercício(*) (263.804) 354.362 (354.006) 291.760

Taxa efetiva - % (59,6) 33,5 (103,0) 29,5

(*) Em 2013, os valores apresentados de R$ (263.804) na Controladora e R$ (354.006) no Consolidado, contemplam os valores de
R$ 294.139 e R$ 265.600, respectivamente, relativo a receita de Imposto de renda e contribuição social diferido demonstrados
na demonstração do resultado do exercício.

Em 2012, os valores apresentados de R$ 354.362 na Controladora e R$ 291.760 no Consolidado, contemplam os valores de R$


370.934 e R$ 333.927, respectivamente, relativo a receita de Imposto de renda e contribuição social diferido demonstrados na
demonstração do resultado do exercício

(c) Regime Tributário de Transição (RTT)

Para fins de apuração do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido dos exercícios
de 2013 e de 2012, a Companhia e suas controladas optaram pelo RTT, que permite à pessoa jurídica
eliminar os efeitos contábeis da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08, convertida na Lei no 11.941/09, por
meio de registros no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) ou de controles auxiliares, sem qualquer
modificação da escrituração mercantil.

No dia 11 de novembro de 2013 foi publicada a Medida Provisória (MP) nº 627 que revoga o Regime
Tributário de Transição (RTT) e dispõe sobre a tributação das pessoas residentes no Brasil referente aos
lucros auferidos no exterior. Um dos objetivos da norma é estabelecer os ajustes que devem ser
efetuados em livro fiscal para a apuração da base de cálculo do imposto sobre a renda da pessoa jurídica
(IRPJ) e da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL), com o fim da neutralidade tributária aos
novos métodos e critérios contábeis introduzidos pela Lei 11.638/07 e Lei 11.941/09. A Fibria analisou os
potenciais efeitos da nova norma, os considerou imateriais, e aguarda a conversão desta em Lei para
decisão quanto à adesão optativa a partir de 2014.

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financeiras individuais e consolidadas em
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Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

(d) Tributos sobre o lucro originados


em combinações de negócios

A Companhia possui diferença temporária tributável associada ao deságio na troca de ativos com a
International Paper, cujo passivo fiscal diferido, no valor de R$ 605.540, não foi reconhecido, uma vez
que todos os aspectos relativos à realização destes ganhos estão sob controle da Administração, que não
possui planos para a sua realização.

O saldo do ágio fundamentado na expectativa de rentabilidade futura gerado na aquisição da Aracruz a


ser amortizado fiscalmente é de R$ 1.359.420, que representa um crédito tributário de IR e CSLL no
montante de R$ 462.203, a ser apropriado em 62 meses.

(e) Provisão para perda de créditos tributários

Conforme mencionado na Nota 3(a), em função da controlada Fibria Trading International Kft. possuir
saldo de prejuízos fiscais registrados em sua apuração fiscal, equivalente ao crédito tributário de
US$ 133.550 mil, que representa R$ 312.854 em 31 de dezembro de 2013, e não ser possível a utilização
integral desse saldo por conta da transferência das operações para a empresa Fibria International Trade
GmbH, a Administração realizou um estudo técnico para avaliar a capacidade de recuperação desse
crédito tributário, mediante a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros.

Desta forma, a Companhia registrou uma provisão para perda de parcela substancial do crédito
tributário registrado naquela controlada, no montante de US$ 118.679 mil, equivalente a R$ 278.485 em
31 de dezembro de 2013 (US$ 116.565 mil, equivalente a R$ 238.201 em 31 de dezembro de 2012 e
US$ 107.000 mil, equivalentes a R$ 200.711 em 1º de janeiro de 2012), registrado na rubrica "Imposto
de renda e contribuição social - diferidos".

16 Transações e saldos relevantes


com partes relacionadas

(a) Partes relacionadas

A Companhia é controlada através do Acordo de Acionistas celebrado entre a Votorantim


Industrial S.A. ("VID"), que detém 29,42% das suas ações, e o BNDES Participações S.A. (BNDESPAR),
que detém 30,38% das suas ações. As operações comerciais e financeiras da Companhia com suas
subsidiárias, controladas, empresas do Grupo Votorantim e outras partes relacionadas são efetuadas a
preços e condições normais de mercado, contendo valores, prazos e taxas usuais normalmente aplicados
em transações com partes não relacionadas, e seus saldos estão a seguir enumerados:

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Notas Explicativas

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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

(i) Nos ativos e passivos


Saldos a receber (pagar)

Controladora Consolidado

31 de 31 de 1° de 31 de 31 de 1° de
dezembro dezembro janeiro dezembro dezembro janeiro
Natureza de 2013 de 2012 de 2012 de 2013 de 2012 de 2012

Transações com acionistas


controladores
Votorantim Industrial S.A. Prestação de serviços (698) (704) (60) (716) (722) (63)
Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES) Financiamentos (1.713.500) (1.641.809) (1.553.878) (1.796.757) (1.747.272) (1.773.842)

(1.714.198) (1.642.513) (1.553.938) (1.797.473) (1.747.994) (1.773.905)

Transações com empresas


controladas e operações
em conjunto
Fibria - MS Celulose Sul
Mato-Grossense Ltda. Rateio de despesas 3.574 6.677 14.976
Fibria - MS Celulose Sul
Mato-Grossense Ltda. Compra de recebíveis (241.828)
Portocel - Porto Especializado
Barra do Riacho Serviços portuários 618 1.004 2.042
Fibria Trading International Venda de celulose 2.505 1.174.983 759.997
Fibria Trading International Pré-pagamento
intercompanhia (1.785.231) (5.643.357) (5.890.387)
Fibria International Trade Venda de celulose 1.437.448
Fibria International Trade Pré-pagamento
intercompanhia (4.148.541)
VOTO IV Empréstimo
Bond (364.493) (409.665) (376.046)
Asapir Produção Florestal
e Comércio Ltda. Conta corrente (850) (20.275) (17.330)
Bahia Produtos de
Madeira S.A. Venda de madeira 3.815 2.980 2.878 3.815 2.980 2.878

(4.851.155) (4.887.653) (5.745.698) 3.815 2.980 2.878

Empresas pertencentes ao
Grupo Votorantim
VOTO III Empréstimo Bond (117.767) (117.767)
Votener - Votorantim
Comercializadora Fornecimento
de Energia de energia (388) (388) (388) (388)
Aplicações financeiras
e instrumentos
Banco Votorantim S.A. financeiros (9.668) 167.739 175.209 (9.668) 197.782 176.156
Votorantim Cimentos S.A. Fornecimento
de energia 74 74
Votorantim Cimentos S.A. Fornecimento de
insumos (34) (11) (87) (34) (11) (87)
Votorantim Cimentos S.A. Venda de terras 31.362 31.362
Votorantim Siderurgia S.A. Venda de sucata 24 57 47 24 57 47
Sitrel Siderurgia Três Lagoas Fornecimento
de energia 267
Votorantim Metais Ltda. Fornecimento de
produtos químicos (125) (118) (79) (241) (228) (214)
Votorantim Metais Ltda. Arrendamento de
terras (788) (1.476) (788) (1.476)
Companhia Brasileira de Arrendamento de
Alumínio - CBA terras (37) (33) (33) (37) (33) (33)

(10.554) 197.132 56.902 (10.403) 227.065 57.714

Subtotal líquido (6.575.907) (6.333.034) (7.242.734) (1.804.061) (1.517.949) (1.713.313)

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Fibria Celulose S.A. e suas controladas


Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Saldos a receber (pagar)

Controladora Consolidado

31 de 31 de 1° de 31 de 31 de 1° de
dezembro dezembro janeiro dezembro dezembro janeiro
de 2013 de 2012 de 2012 de 2013 de 2012 de 2012

Classificados nas seguintes rubricas


Nos ativos
Títulos e valores mobiliários (Nota 10) 167.739 175.209 191.537 170.687
Contas a receber de clientes (Nota 12) 1.450.298 1.188.016 780.385 3.981 2.980 2.878
Partes relacionadas - não circulante 61 113 2.389 7.142 6.245 5.469
Demais ativos – circulante 31.362 31.362
Nos passivos
Empréstimos e financiamentos (Nota 23) (1.713.500) (1.641.809) (1.671.645) (1.796.757) (1.747.272) (1.891.609)
Instrumentos financeiros
derivativos (Nota 11) (9.668) (9.668)
Fornecedores (3.812) (3.499) (104) (8.759) (2.801) (738)
Partes relacionadas - circulante (600.339) (499.225) (981.467)
Partes relacionadas - não circulante (5.698.947) (5.575.731) (5.547.501)

(6.575.907) (6.333.034) (7.242.734) (1.804.061) (1.517.949) (1.713.313)

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financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

(ii) No resultado do exercício


Receitas (despesas)

Controladora Consolidado

Natureza 2013 2012 2013 2012

Transações com acionistas controladores


Votorantim Industrial S.A. Prestação de serviços (10.479) (10.511) (10.682) (10.776)
Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) Financiamentos (155.582) (139.755) (165.774) (156.339)

(166.061) (150.266) (176.456) (167.115)

Transações com empresas controladas e


operações em conjunto
Fibria - MS Celulose Sul
Mato-Grossense Ltda. Rateio de despesas 10.585 47.096
Portocel - Porto Especializado
Barra do Riacho Serviços portuários (21.946) (31.691)
Fibria Trading International Venda de celulose 1.719.903 3.732.398
Fibria Trading International Pré-pagamento
intercompanhia (722.930) (757.129)
VOTO IV Empréstimo
Bond (90.185) 69.496
Fibria International Trade Venda de celulose 2.256.706
Fibria International Trade Pré-pagamento
intercompanhia (317.395)
Bahia Produtos de Madeira S.A. Venda de madeira 11.332 9.614 11.332 9.614

2.846.070 3.069.784 11.332 9.614

Empresas pertencentes ao Grupo


econômico Votorantim
VOTO III Empréstimo Bond 7.994 7.994
Votener - Votorantim
Comercializadora de - Energia Fornecimento de energia (38.190) (17.919) (40.425) (19.546)
Aplicações financeiras e
Banco Votorantim S.A. instrumentos financeiros (5.031) 14.205 (2.589) 16.372
Votorantim Cimentos S.A. Fornecimento de energia 74 22 7.753 22
Votorantim Cimentos S.A. Fornecimento de insumos (503) (396) (503) (396)
Votorantim Cimentos S.A. Venda de terras 31.362 31.362
Votorantim Siderurgia S.A. Venda de sucatas 83 135 83 135
Sitrel Siderurgia Três Lagoas Fornecimento de energia 1.034
Votorantim Metais Ltda. Fornecimento de
produtos químicos (1.400) (1.506) (4.363) (5.560)
Votorantim Metais Ltda. Arrendamento de terras (9.164) (9.709) (9.164) (9.709)
Companhia Brasileira de
Alumínio - CBA Arrendamento de terras (441) (394) (441) (394)

(54.572) 23.794 (48.615) 20.280

(iii) Comentários sobre as principais transações


e contratos com partes relacionadas

A seguir, apresentamos um resumo da natureza e condições das transações realizadas com as seguintes
partes relacionadas:

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31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Empresas que controlam a Companhia


mediante acordo de acionistas

A Companhia possui contratos celebrados com a VID relativos às prestações de serviços do Centro de
Soluções Compartilhados (CSC), cujo objetivo é a terceirização de serviços operacionais de atividades
administrativas, departamento de Pessoal, back office, contabilidade, tributos e compartilhamento da
infraestrutura de tecnologia da informação entre as empresas do Grupo Votorantim, para o qual
existe um acordo técnico de nível de serviços. Os contratos prevêem uma remuneração global
anual de R$ 10.706 e possuem prazo de um ano, com renovação anual mediante confirmação formal
das partes.

Adicionalmente, a VID contrata diversos serviços relativos a assessorias técnicas, treinamentos,


compreendendo a preparação e realização de programas de capacitação e desenvolvimento gerencial,
bem como a locação de equipamentos e espaço para a realização destes programas. Estes serviços são
contratados em favor de todo o Grupo Votorantim, de forma que a Fibria faz o reembolso destas
despesas, proporcionalmente à utilização da Companhia destes serviços.

A Companhia possui contratos de financiamentos celebrados com o Banco Nacional do


Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), acionista controlador do BNDESPAR, com a
finalidade de financiamento de investimentos em infraestrutura, aquisição de máquinas e
equipamentos, bem como a ampliação e modernização de ativos fixos. O detalhamento dos saldos,
condições contratuais de rescisão e garantias estão descritos na Nota 23(e).

A Administração entende que estas transações foram celebradas em termos equivalentes aos que
prevalecem nas transações com partes independentes baseada em levantamentos técnicos realizados
quando da contratação destas operações.

Empresas controladas, operações


em conjunto e coligadas

A Companhia compartilha sua estrutura administrativa com sua controlada Fibria MS e


mensalmente efetua o rateio destas despesas administrativas contra esta controlada, sobre o qual não
há inclusão de qualquer margem de lucro. Estas operações possuem prazo médio de recebimento
de 90 dias. As demais controladas com operação, Portocel e Veracel, possuem corpo administrativo
próprio e não é necessário o rateio destas despesas.

A Companhia realiza o escoamento de sua produção da Unidade Aracruz mediante a contratação de


serviços portuários com sua controlada Portocel. Este porto é controlado pela Companhia e tem como
sócia a Cenibra - Celulose Nipo-Brasileira, que detém participação de 49%. Os preços e condições das
transações realizadas são idênticos para os dois acionistas, mediante acordo entre as partes.

A Companhia mantém saldo de contas a receber relativo à venda de celulose realizados para a
controlada Fibria International Trade GmbH., que é responsável pela administração,
comercialização, operacionalização, logística, controle e contabilização dos produtos na Europa, Ásia
e América do Norte. Os preços e prazos de venda de celulose para esta controlada seguem um
planejamento estratégico e financeiro da Companhia e respeitam os limites fiscais de preço de
transferência. Adicionalmente, a Companhia contratou operações financeiras de pré-pagamento de
exportação intercompanhia com esta controlada, indexado a taxa de mercado LIBOR 3M e spread
médio de 4% a.a., com pagamento de principal e juros trimestralmente e vencimento em 2018.

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Fibria Celulose S.A. e suas controladas


Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Em 1º de julho de 2013, devido a transferência das operações comerciais, logística, administrativa e


financeira da controlada Fibria Trading International Kft. para a controlada Fibria International
Trade GmbH, os saldos de contas a receber e das operações de pré-pagamento de exportação
intercompanhia até aquela data foram parcialmente transferidos entre as controladas, sendo que o
saldo remanescente continuou com as mesmas condições anteriormente contratadas.

Em 24 de junho de 2005, a Companhia contratou empréstimo com a VOTO IV, no montante de


US$ 200.000 mil, remunerada a taxa de 8,5% a.a. e vencimento em 2020. Em setembro de 2013, a
Companhia amortizou antecipadamente o montante de US$ 24.700 (equivalentes a R$ 55.471). Em
outubro de 2013, a Companhia amortizou antecipadamente o montante de US$ 20.000 (equivalentes
a R$ 43.232).

A Companhia possui saldos a pagar com a Asapir, referentes à transferência de numerários realizadas
com o intuito da adequação do capital social dessa operação em conjunto para os níveis necessários
de suas atividades operacionais.

A Companhia possui contas a receber com a Bahia Produtos de Madeira S.A., no montante de
R$ 3.815 referente venda de madeira para serraria com vencimento em 2019 podendo o mesmo ser
renovado por mais 15 anos.

Empresas pertencentes ao Grupo


Econômico Votorantim

A Companhia possui contrato de compra e venda de energia elétrica com a Votener - Votorantim
Comercializadora de Energia Ltda. (Votener), para atendimento de sua unidade consumidora de
Jacareí. O valor total contratado totaliza aproximadamente R$ 15.000, garantindo 115.704
megawatts/hora e possui prazo de duração de cinco anos, encerrando em 31 de dezembro de 2014.
Em caso de rescisão contratual, a parte solicitante ficará obrigada a liquidar 50% do saldo
remanescente do contrato. Adicionalmente, a Companhia firmou contrato de compra e venda de
energia com a Votener com prazo até 31 de dezembro de 2014, para atendimento das unidades
Aracruz e Três Lagoas. Tendo em vista que essas unidades são geradoras de energia elétrica, o
contrato foi firmado com o objetivo de maximizar a competitividade da matriz energética, uma vez
que excedentes poderão ser vendidos e eventuais necessidades são garantidas a preço de mercado. O
valor total contratado pode variar em função das necessidades e excedentes auferidos pelas unidades.

A Companhia mantém aplicações em Certificados de Depósitos Bancários – CDBs e operações


compromissadas emitidas pelo Banco Votorantim S.A., cuja remuneração média é 103,5% do CDI e
com liquidez diária a partir de setembro de 2013 e vencimento em abril de 2015. A Companhia
administra as aplicações financeiras procurando garantir eficiência na rentabilidade e garantia de
liquidez, com base na Política de Gestão de Caixa e de acordo com práticas de mercado. Além dessas
aplicações, a Companhia contratou instrumentos financeiros derivativos com o Banco
Votorantim S.A. O acordo de acionistas limita a exposição com partes relacionadas em até
R$ 200 milhões para aplicações financeiras e em até R$ 100 milhões de valor nocional para
instrumentos derivativos.

Em janeiro de 2012, a Companhia firmou contrato de compra da matéria-prima "Ácido


Sulfúrico 98%" com a Votorantim Metais, no valor total aproximado de R$ 18.500, garantindo o
fornecimento de 36.000 toneladas de ácido, pelo prazo de dois anos, encerrado em 31 de dezembro
de 2013.

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Notas Explicativas

Fibria Celulose S.A. e suas controladas


Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

A Companhia mantém acordo de fornecimento com a Votorantim Cimentos para a compra de


insumos para estrada, tais como pedra e calcário, no valor total aproximado de R$ 11.706 com prazo
final em 12 de dezembro de 2014. Esse acordo poderá ser rescindido a qualquer momento mediante
aviso prévio de trinta dias, sem quaisquer multas contratuais.

Em dezembro de 2012 a Companhia assinou contrato com a Votorantim Cimentos para a venda de
terras, no valor total de R$ 31.362, o qual foi liquidado em novembro de 2013.

A Companhia mantém contratos de arrendamento de terra, em uma área estimada de


22.400 hectares de fazendas, com a Votorantim Metais Ltda., cujo vencimento será em 2019 e o
volume financeiro estimado do contrato é de R$ 76.496.

A Companhia mantém contratos de arrendamento de terra, em uma área estimada de 2.062 hectares
de fazendas, com a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), cujo vencimento final será em 2023 e o
volume financeiro estimado do contrato é de R$ 4.062.

No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2013 e de 2012, não foram reconhecidas quaisquer


provisão para perdas em relação aos ativos mantidos com partes relacionadas.

(b) Remuneração dos administradores

As despesas com remuneração dos executivos e administradores da Companhia e suas controladas,


incluindo todos os benefícios, são resumidas conforme a seguir:

Consolidado

2013 2012

Benefícios de curto prazo aos administradores 23.933 24.495


Benefícios de rescisão de contrato de trabalho 1.587 2.839
Benefícios de longo prazo aos administradores 6.384 3.887
Programa de remuneração baseado em ações - Phantom Stock
Options (Nota 29) 5.425 471

37.329 31.692

Os benefícios de curto prazo incluem remuneração fixa (salários e honorários, férias e 13o salário),
encargos sociais (contribuições para a seguridade social (INSS), Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS)) e programa de remunerações variáveis. Os benefícios de longo prazo referem-se ao
programa de remuneração baseado em ações (Phantom Stock Options) e programa de remuneração
variável.

Os valores de benefícios de curto prazo a administradores não incluem o montante de R$ 1.286 em 2013
(R$ 917 em 2012) correspondente aos membros dos Comitês de Auditoria e Riscos, Finanças, Pessoas e
Remuneração e Sustentabilidade.

A Companhia não oferece a seus administradores nenhum benefício adicional de pós-emprego, bem
como não oferece outros benefícios, como licença por tempo de serviço.

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Notas Explicativas

Fibria Celulose S.A. e suas controladas


Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Os saldos a pagar aos executivos e administradores da Companhia estão registrados nas seguintes
rubricas do passivo circulante e não circulante:

Controladora Consolidado
31 de 31 de 1° de 31 de 31 de 1° de
dezembro dezembro janeiro dezembro dezembro janeiro
de 2013 de 2012 de 2012 de 2013 de 2012 de 2012

Passivo circulante
Salários e encargos sociais 7.995 7.355 6.335 8.080 7.418 6.427

Passivo não circulante


Demais contas a pagar 12.280 4.358 12.827 4.861 313

20.275 11.713 6.335 20.907 12.279 6.740

17 Investimentos

Os investimentos estão representados:

Controladora Consolidado

31 de 31 de 1° de 31 de 31 de 1° de
dezembro dezembro janeiro dezembro dezembro janeiro
de 2013 de 2012 de 2012 de 2013 de 2012 de 2012

Controladas, operações em
conjunto e coligada (a) 9.259.805 8.818.206 8.810.543 6.913 6.913 7.506
Impairment de investimento (a) (6.913) (6.913) (6.913) (6.913)
Outros investimentos avaliados
ao valor justo (d) 46.922 40.674 46.922 40.674

9.299.814 8.851.967 8.810.543 46.922 40.674 7.506

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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado
Notas Explicativas

(a) Investimentos em controladas, operações


em conjunto e coligadas
Nossa participação

Informações das controladas,


operações em conjunto e coligadas No patrimônio líquido No resultado do exercício

31 de 31 de 1° de 31 de 31 de
Patrimônio Resultado do dezembro dezembro janeiro dezembro dezembro
líquido exercício % de 2013 de 2012 de 2012 de 2013 de 2012
Controladora
Controladas e operações em conjunto
No Brasil
Fibria-MS Celulose Sul Mato-Grossense Ltda. 4.889.475 118.026 100 4.889.475 4.771.450 4.704.966 118.026 66.483
Veracel Celulose S.A. 2.885.868 (17.739) 50 1.442.934 1.454.636 1.432.897 (8.869) 23.928
Normus Empreendimentos e Participações Ltda. (Nota 1(f)) 184.385 100 1.165.377 1.182.273 184.385 (16.896)
Portocel - Terminal Especializado Barra do Riacho S.A. 94.601 18.043 51 48.247 38.728 29.999 9.202 7.011
Asapir Produção Florestal e Comércio Ltda. 416 (2.386) 50 208 18.401 20.452 (1.193) (2.051)
Projetos Especiais e Investimentos Ltda. 3.299 194 100 3.299 3.105 4.975 194 (2.030)
Fibria Terminais Portuários S.A. 357 (12) 100 357 369 356 (12) 13
No exterior
Fibria Trading International KFT 2.531.096 347.932 48,3 1.222.519 1.054.468 1.080.442 168.051 (25.973)
Fibria Celulose (USA) Inc. 63.438 17.312 100 63.438 46.125 32.961 17.312 13.164
VOTO - Votorantim Overseas Trading Operations IV Limited 43.127 (14.295) 50 21.564 28.711 25.556 (7.148) 3.155
Fibria Overseas Finance Ltd. 741 6.015 100 741 (5.274) (8.318) 6.015 3.045
Fibria Overseas Holding KFT (Nota 1(f)) 1.308.834 837 100 1.308.834 837
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Fibria International Trade GmbH (Nota 1(f)) 17.359 100 17.359


Fibria International Celulose GmbH (Nota 1(f)) 59.051 (6) 100 59.051 (6)
Newark Financial Inc. 100 10 (2)

9.060.667 8.576.096 8.506.569 504.153 69.847

Coligadas avaliadas pelo MEP


Bahia Produtos de Madeira S.A. 20.740 33,33 6.913 6.913 7.506 (592)

Impairment de investimento
Bahia Produtos de Madeira S.A. (i) (6.913) (6.913)

9.060.667 8.576.096 8.514.075 504.153 69.255

Mais-valia de ativos na aquisição da Aracruz alocados à Veracel e Portocel 192.225 235.197 296.468

Total do investimento da controladora 9.252.892 8.811.293 8.810.543 504.153 69.255


(i) Em dezembro de 2012, foi constituído impairment para o investimento na coligada Bahia Produtos de Madeira S.A.

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financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

(b) Informações sobre as empresas controladas

Conforme requerimentos de divulgação de informações sobre empresas controladas, operações em


conjunto e coligadas, apresentamos a seguir, um resumo das seguintes informações financeiras
selecionadas de nossas controladas em 31 de dezembro de 2013:

Passivos Receitas
Ativos totais totais líquidas

Controladas
Fibria-MS Celulose Sul Mato-Grossense Ltda. 6.577.684 1.688.208 1.337.529
Veracel Celulose S.A. 3.735.552 899.410 1.018.772
Fibria Trading International KFT. 2.544.934 13.838 2.850.370
Portocel - Terminal Especializado Barra do Riacho S.A. 126.420 31.818 104.202
Asapir Produção Florestal e Comércio Ltda. 4.502 4.086
Fibria Celulose (USA) Inc. 227.884 164.447 1.962.160
Fibria Overseas Holding KFT 1.308.845 12
Votorantim Overseas Trading Operations Limited IV 796.146 753.019
Fibria Overseas Financial Ltd. 3.006.030 3.005.289
Projetos Especiais e Investimentos Ltda. 5.809 2.509
Fibria International Celulose GmbH. 59.050
Fibria Terminais Portuários S.A. 359 2

(c) Movimentação dos investimentos

2013 2012

No início do exercício 8.851.967 8.810.543


Resultado de equivalência patrimonial 504.153 69.255
Aporte de capital em dinheiro (Newark) 160
Aporte de capital em bens (Portocel) 2.415 2.298
Dividendos a receber (2.185) (580)
Reversão de dividendos 88
Redução de capital em Controlada (Asapir) (17.000)
Amortização de mais-valia de controladas e passivos incorporados
de controladas (45.024) (63.461)
Aquisição de participação - Ensyn Corporation (Nota 17) 40.674
Impairment de investimentos (6.913)
Efeito líquido da incorporação da Normus (67)
Efeito reflexo no resultado abrangente referente o Passivo atuarial (781)
Atualização da participação na empresa “Ensyn” (Nota 17) 6.248
Outros (9)

9.299.814 8.851.967

Nenhuma das controladas, coligada e operações em conjunto possuem preço de mercado cotado para
suas ações.

Não há passivos contingentes relacionados com a participação da Companhia na coligada. As provisões e


passivos contingentes relacionados às controladas e operações em conjunto da Companhia estão

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Notas Explicativas

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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

descritos na Nota 24.

Adicionalmente, a Companhia não possui nenhuma restrição significativa com relação às suas coligadas
e operações em conjunto e não possui nenhum compromisso relacionado às suas operações em
conjunto.

(d) Outros investimentos

A Companhia possui participação de aproximadamente 6% no capital da Ensyn representado por ações.


A Administração realizou avaliação dos direitos relativos às ações detidas e concluiu que não possui
influência significativa na gestão dessa investida, portanto essa participação acionária não se qualifica
como investimento em coligada.

Não houve movimentação significativa no valor justo da participação da Companhia na Ensyn entre a
data do investimento (outubro de 2012) e 31 de dezembro de 2013. Abaixo demonstramos a
movimentação do valor do investimento em 31 de dezembro de 2013:

2013

No início do exercício 40.674


Valor justo da opção, reconhecido no resultado 70
Variação cambial da opção, reconhecido no resultado 927
Variação cambial do investimento, reconhecido em “Outros resultados abrangentes” 5.251

46.922

18 Ativos biológicos

Os ativos biológicos da Companhia estão representados pelas florestas em formação, destinadas ao


fornecimento de madeira para a produção de celulose. As florestas em formação encontram-se
localizadas nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo
e Bahia.

A conciliação dos saldos contábeis no início e no final do exercício é a seguinte:

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financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Controladora Consolidado

2013 2012 2013 2012

No início do exercício
Custo histórico 1.408.679 1.530.333 2.451.612 2.477.271
Valor justo 383.025 440.537 873.992 786.939
1.791.704 1.970.870 3.325.604 3.264.210

Adições (manejo e compra de madeira em pé) 594.886 505.215 860.134 755.531


Exaustão
Custo histórico (429.577) (412.255) (580.192) (502.691)
Valor justo (166.307) (202.321) (283.333) (365.726)
Variação de valor justo (48.074) 55.703 102.265 297.686
Baixa (822) (125.650) (822) (129.745)
Transferências (i) 142 (222) 6.339

No final do exercício 1.741.810 1.791.704 3.423.434 3.325.604


Custo histórico 1.573.166 1.408.679 2.730.510 2.451.612
Valor justo 168.644 383.025 692.924 873.992

(i) Contempla transferência realizada entre as rubricas de ativo biológico, ativo imobilizado e intangível.

Para a determinação do valor justo dos ativos biológicos foi utilizado o modelo Discounted Cash
Flow (DCF), cujas projeções estão baseadas em um único cenário projetivo, com produtividade e área de
plantio (cultura de eucalipto) para um ciclo de corte de seis a sete anos.

O período dos fluxos de caixa foi projetado de acordo com o ciclo de produtividade das áreas objeto de
avaliação. O volume de produção de "madeira em pé" de eucalipto a ser cortada foi estimado
considerando a produtividade média por m3 de madeira de cada plantação por hectare na idade de corte.
A produtividade média varia em função do material genético, condições edafo-climáticas (clima e solo) e
dos tratamentos silviculturais. Este componente de volume projetado consiste no Incremento Médio
Anual (IMA) por região.

O preço líquido médio de venda considerado foi projetado com base no preço estimado para eucalipto no
mercado local, em estudo de mercado e amostras de algumas pesquisas de transações, ajustado para
refletir o preço da "madeira em pé" por região. O custo-padrão médio estimado contempla gastos com as
atividades de roçada, controle químico de matocompetição, combate a formigas e outras pragas,
adubação, manutenção de estradas, insumos e serviços de mão de obra. Foram também considerados os
efeitos tributários com base nas alíquotas vigentes, bem como os ativos que contribuem, tais como o
ativo imobilizado e terras próprias, considerando uma taxa média de remuneração para estes ativos,
baseado na média dos contratos de aluguéis vigentes.

Considerando que o modelo de precificação considera os fluxos de caixa líquidos, após a dedução dos
tributos sobre o lucro, a taxa de desconto utilizada também considera os benefícios tributários.

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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Na tabela a seguir apresentamos as principais premissas consideradas no cálculo do valor justo dos
ativos biológicos:

2013 2012

Área de efetivo plantio (hectare) 446.544 446.168


Incremento médio anual (IMA) - m3/hectare 41 41
Preço líquido médio de venda - reais/m3 56,53 53,86
Remuneração dos ativos próprios que contribuem - % 5,6 5,6
Taxa de desconto - % 6,26 6,45

A variação positiva do valor justo dos ativos biológicos durante o exercício de 2013 é justificada pela
variação dos indicadores acima mencionados, que combinados, resultaram em um variação positiva de
R$ 102.265. As mudanças no valor justo dos ativos biológicos são reconhecidas no resultado do
exercício, na linha de “Outras receitas e despesas operacionais” (Nota 33).

Consolidado

2013 2012

Valor justo da renovação de florestas no exercício (13.127) 144.729


Crescimento de plantios existentes (IMA, área e idade) (88.738) 9.197
Variação de preço e taxa de desconto 204.130 143.760

102.265 297.686

As avaliações dos valores justos dos ativos biológicos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 foram
realizadas pela Administração. Os ativos biológicos estão classificados como Nível 3 no nível hierárquico
de valor justo. Não houveram transferências entre níveis durante o exercício de 2013.

A Companhia não possui ativos biológicos dados em garantia no exercício encerrado em 31 de dezembro
de 2013.

Em 2013 o volume de madeira cortada a partir do ativo biológico da Companhia foi 15.796 milhões de
m3.

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19 Imobilizado
Controladora
Máquinas,
equipamentos Adiantamentos a Obras em
Terrenos Imóveis e instalações fornecedores andamento Outros Total
Saldo em 1º de janeiro de 2012 1.358.900 935.020 3.926.177 204.346 128.811 28.572 6.581.826
Adições 299 2.036 3.594 160.806 471 167.206
Baixas (56.761) (5.095) (6.463) (419) (68.738)
Depreciação (69.161) (341.398) (8.779) (419.338)
Transferências e outros (i) 19.917 33.353 73.297 58 (144.707) 4.903 (13.179)
Saldo em 31 de dezembro de 2012 1.322.056 894.416 3.653.649 207.998 144.910 24.748 6.247.777
Adições 162 2.821 (36.251) 278.484 882 246.098
Baixas (27.668) (446) (87.005) (148.966) (13.224) (277.309)
Depreciação (69.310) (341.943) (7.429) (418.682)
Baixa relativa ao Projeto Asset
Light (Nota 1(e)) (386.228) (36.083) (422.311)
Transferências e outros (i) 8.246 83.845 211.876 (297.237) 18.265 24.995
Saldo em 31 de dezembro de 2013 916.406 872.584 3.439.398 22.781 126.157 23.242 5.400.568
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Em 31 de dezembro de 2013
Custo 916.406 1.816.760 8.075.674 22.781 126.157 179.931 11.137.709
Depreciação acumulada (944.176) (4.636.276) (156.689) (5.737.141)
Saldo contábil líquido 916.406 872.584 3.439.398 22.781 126.157 23.242 5.400.568
Em 31 de dezembro de 2012
Custo 1.322.056 1.834.594 8.076.084 207.998 144.910 186.722 11.772.364
Depreciação acumulada (940.178) (4.422.435) (161.974) (5.524.587)
Saldo contábil líquido 1.322.056 894.416 3.653.649 207.998 144.910 24.748 6.247.777
Em 1º de janeiro de 2012
Custo 1.358.900 1.811.960 8.037.201 204.346 128.811 183.478 11.724.696
Depreciação acumulada (876.940) (4.111.024) (154.906) (5.142.870)
Saldo contábil líquido 1.358.900 935.020 3.926.177 204.346 128.811 28.572 6.581.826
(i) Contempla transferência realizada entre as rubricas de ativo biológico, ativo imobilizado e intangível.

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Fibria Celulose S.A. e suas controladas
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado
Notas Explicativas

Consolidado
Máquinas,
equipamentos Adiantamentos a Obras em
Terrenos Imóveis e instalações fornecedores andamento Outros Total
Saldo em 1º de janeiro de 2012 1.853.243 1.562.120 7.975.675 205.783 197.866 46.560 11.841.247
Adições 32 299 2.886 3.061 230.475 950 237.703
Baixas (56.768) (5.201) (14.509) (518) (76.996)
Depreciação (122.268) (676.576) (15.389) (814.233)
Transferências e outros (i) 19.179 54.809 115.201 63 (213.980) 11.568 (13.160)
Saldo em 31 de dezembro de 2012 1.815.686 1.489.759 7.402.677 208.907 214.361 43.171 11.174.561
Adições 342 14.310 (35.624) 347.837 2.696 329.561
Baixas (31.202) (3.641) (97.443) (148.966) (13.608) (294.860)
Depreciação (121.831) (676.386) (15.123) (813.340)
Baixa relativa ao Projeto Asset
Light (Nota 1(e)) (544.126) (52.402) (596.528)
Transferências e outros (i) 8.974 114.365 259.559 (371.169) 13.381 25.110
Saldo em 31 de dezembro de 2013 1.249.332 1.426.592 6.902.717 24.317 191.029 30.517 9.824.504

Em 31 de dezembro de 2013
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2013 - FIBRIA CELULOSE S.A.

Custo 1.249.332 2.650.750 13.219.529 24.317 191.029 223.623 17.558.580


Depreciação acumulada (1.224.158) (6.316.812) (193.106) (7.734.076)
Saldo contábil líquido 1.249.332 1.426.592 6.902.717 24.317 191.029 30.517 9.824.504

Em 31 de dezembro de 2012
Custo 1.815.686 2.663.057 13.192.701 208.907 214.361 236.772 18.331.484
Depreciação acumulada (1.173.298) (5.790.024) (193.601) (7.156.923)
Saldo contábil líquido 1.815.686 1.489.759 7.402.677 208.907 214.361 43.171 11.174.561

Em 1º de janeiro de 2012
Custo 1.853.243 2.619.911 13.144.928 205.783 197.866 226.921 18.248.652
Depreciação acumulada (1.057.791) (5.169.253) (180.361) (6.407.405)
Saldo contábil líquido 1.853.243 1.562.120 7.975.675 205.783 197.866 46.560 11.841.247
(i) Contempla transferência realizada entre as rubricas de ativo biológico, ativo imobilizado e intangível.

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Notas Explicativas

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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Abaixo segue as taxas médias anuais de depreciação dos bens classificados no ativo imobilizado em 31 de
dezembro de 2013 e 2012, de acordo com a vida útil estimada dos bens:

Taxa anual de depreciação

Imóveis 4%
Máquinas, equipamentos e instalações 5,5%
Outros 10% a 20%

O saldo de obras em andamento é composto substancialmente por projetos de expansão e otimização


das unidades industriais da Fibria, sendo R$ 52.104 na unidade de Jacareí, R$ 17.700 por projetos da
área florestal, R$ 49.858 da Fibria-MS, R$ 51.197 na unidade de Aracruz e R$ 13.201 em Veracel.

Os encargos financeiros sobre empréstimos capitalizados no exercício foram calculados com base no
custo médio ponderado da dívida elegível. No primeiro semestre de 2013 a taxa utilizada foi de
3,61% a.a., e, conforme política interna, foi revisada no mês de julho, sendo alterada para 3,84% a.a.
Em 2012, a taxa utilizada foi de 5,08% a.a. no primeiro semestre e de 3,88% a.a. no segundo semestre.

Os montantes consolidados referentes à despesa com depreciação, exaustão e amortização que foram
debitados ao resultado nas rubricas de custo dos produtos vendidos, despesas comerciais e
administrativas estão demonstrados na Nota 33.

O montante consolidado relativos aos ativos dados em garantias de empréstimos está descrito
na Nota 23.

O montante das baixas ocorridas no ano de 2013 refere-se, substancilamente, ao adiantamento do


Projeto Guaíba que não se materializou.

A Companhia não possui bens do ativos imobilizado que espera abandonar ou alienar e que exigiriam a
constituição de provisão para obrigações por descontinuação de ativos.

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Notas Explicativas

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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

20 Intangível

Controladora
31 de dezembro 31 de dezembro 1º de janeiro
de 2013 de 2012 de 2012
Taxa anual de
amortização Amortização
-% Custo acumulada Líquido Líquido Líquido
Ágio fundamentado na expectativa
de rentabilidade futura
UGC Aracruz 4.230.450 4.230.450 4.230.450 4.230.450
Desenvolvimento e implantação de
sistemas 20 170.658 (142.560) 28.098 35.059 44.017
Intangíveis adquiridos na
combinação de negócios
Banco de dados 10 456.000 (228.000) 228.000 273.600 319.200
Patente 15,9 129.000 (103.200) 25.800 46.820 67.365
Relacionamento - fornecedor
Óleo diesel e álcool 20 29.000 (29.000) 2.668 9.251
Produtos químicos 6,3 165.000 (51.562) 113.438 123.420 133.815
Outros 4.220 4.220 192 160
5.184.328 (554.322) 4.630.006 4.712.209 4.804.258

Consolidado
31 de dezembro 31 de dezembro 1º de janeiro
de 2013 de 2012 de 2012
Taxa anual de
amortização Amortização
-% Custo acumulada Líquido Líquido Líquido

Ágio fundamentado na expectativa


de rentabilidade futura
UGC Aracruz 4.230.450 4.230.450 4.230.450 4.230.450
Desenvolvimento e implantação de
sistemas 20 188.573 (156.224) 32.349 40.004 49.199
Intangíveis adquiridos na
combinação de negócios
Banco de dados 10 456.000 (228.000) 228.000 273.600 319.200
Patente 15,9 129.000 (103.200) 25.800 46.820 67.365
Relacionamento - fornecedor
Óleo diesel e álcool 20 29.000 (29.000) 2.668 9.251
Produtos químicos 6,3 165.000 (51.562) 113.438 123.420 133.815
Outros 4.228 4.228 201 168

5.202.251 (567.986) 4.634.265 4.717.163 4.809.448

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financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

(a) Conciliação do valor contábil no


início e no final do exercício
Controladora Consolidado

2013 2012 2013 2012

No início do exercício 4.712.209 4.804.258 4.717.163 4.809.448


Amortização de banco de dados, patentes
e fornecedores (79.271) (83.124) (79.271) (83.124)
Movimentação de softwares, líquida (6.992) (8.956) (7.687) (9.192)
Outros 4.060 31 4.060 31

4.630.006 4.712.209 4.634.265 4.717.163

A amortização dos ativos intangíveis foi reconhecida nas rubricas "Despesas gerais e administrativas" e
"Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas".

O teste de impairment para o ágio relativo a UGC Aracruz está descrito na Nota 37.

21 Acordos de arrendamento
financeiro e operacional

(a) Arrendamentos financeiros

Os arrendamentos classificados como financeiros estão relacionados com a compra de equipamentos


florestais para corte e transporte de madeira e também para a compra de equipamentos industriais para
processamento de produtos químicos e oxigênio. Os contratos de arrendamento financeiro possuem
opção de compra ao término do período de arrendamento.

Estes ativos estão registrados substancialmente na rubrica "Máquinas, equipamentos e instalações" no


grupo “Ativo imobilizado” e a respectiva obrigação está registrada no grupo “Demais contas a pagar”.
31 de dezembro 31 de dezembro 1º de janeiro
de 2013 de 2012 de 2012

Depreciação
Custo acumulada Líquido Líquido Líquido

Máquinas florestais 13.775 (13.453) 322 8.205 17.386


Plantas químicas e de oxigênio 88.990 (32.661) 56.329 67.689 73.369

102.765 (46.114) 56.651 75.894 90.755

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financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Apresentamos a seguir um cronograma com o valor presente e dos futuros pagamentos mínimos para
cada um dos períodos discriminados a seguir:
Anos Valor presente Valor futuro

2014 10.940 11.336


2015 a 2019 45.032 56.676
Acima de 2019 28.137 48.173

84.109 116.185

Não existem restrições impostas pelos acordos de arrendamento financeiro.

(b) Arrendamentos operacionais

(i) Pagamentos mínimos obrigatórios

. Arrendamento de terras - a Companhia arrenda áreas de plantio de madeira com base em


arrendamentos operacionais de terceiros como uma fonte de matérias-primas para os produtos. Os
arrendamentos, são geralmente efetuados pelo prazo de até 21 anos. Os pagamentos de
arrendamentos, equivalentes a valor de mercado, são efetuados de acordo com cláusula contratual.
Esses contratos possuem opção de renovação à valor de mercado.

. Transporte marítimo (nacional) - a Companhia é parte em um contrato de longo prazo de prestação


de serviços de transporte marítimo, cujo prazo é de 20 anos e tem por objeto a operação de
transporte marítimo de cabotagem, mediante a utilização de empurradores e barcaças marítimas
para transportar matéria-prima (madeira) do Terminal de Caravelas (BA) ao de Portocel (ES).

. Transporte marítimo (exportação) - a Companhia é parte em um contrato de longo prazo com a STX
para serviços de frete marítimo por 25 anos para transporte de celulose do Brasil a diversos portos na
Europa, América do Norte e Ásia.

Em 31 de dezembro de 2013, os pagamentos mínimos de arrendamentos operacionais futuros eram


os seguintes:
Transporte Transporte
Arrendamento marítimo marítimo
Anos de terras (nacional) (exportação)

2014 97.924 49.985 70.223


2015 a 2016 184.178 99.969 140.446
2017 a 2019 265.626 149.954 210.669
Acima de 2020 494.254 199.938 1.281.570

1.041.982 499.846 1.702.908


(ii) Pagamentos contingentes

. Contratos de parceria florestal - conforme Nota 1(e), a Companhia firmou em 30 de dezembro de


2013, contratos de parceria florestal e fornecimento de madeira em pé por um prazo de até 24 anos,
com pagamentos contingentes através da recompra do volume de madeira em pé que a contraparte
tem de direito pela parceria florestal, por um preço em dólar norte-americano definido no contrato e
reajustado de acordo com o US-CPI.

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Uma vez que não existe um volume obrigatório de madeira pelo contrato de parceria florestal que
garanta à contraparte pagamentos mínimos a serem efetuados pela Companhia, não há valores de
pagamentos mínimos futuros a serem divulgados. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de
2013, não foram reconhecidos pagamentos contingentes.

22 Adiantamentos a fornecedores -
Programa Produtor Florestal

O Programa Produtor Florestal é uma parceria com produtores rurais, iniciada em 1990 no Estado do
Espírito Santo e ampliada para outros Estados, como Bahia, Minas Gerais e, mais recentemente,
Rio de Janeiro, destinado ao plantio de florestas de eucaliptos nas terras dos parceiros. Pelo programa, a
Companhia disponibiliza tecnologia, assistência técnica, insumos e recursos financeiros, de acordo com
a modalidade do contrato, garantindo, dessa forma, insumos de madeira para sua produção de celulose.
Estes adiantamentos serão reembolsados pela entrega de madeira por parte dos produtores florestais
(fomentados). Demonstramos a seguir uma movimentação dos saldos no início e final do exercício
apresentados:
Controladora

31 de dezembro de 31 de dezembro de 1º de janeiro


2013 2012 de 2012

No início do exercício 517.023 510.122 565.358


Adiantamentos realizados 57.508 24.620 23.837
Colheita (46.042) (38.160) (45.368)
Transferência para florestas e outros (21.898) (12.709) (1.272)
Reversão (reclassificação) de ativos mantidos para a
venda (i) 33.150 (32.433)

506.591 517.023 510.122

Consolidado

31 de dezembro de 31 de dezembro de 1º de janeiro


2013 2012 de 2012

No início do exercício 740.310 760.611 693.490


Adiantamentos realizados 134.035 87.500 176.479
Colheita (111.214) (128.241) (45.368)
Transferência para florestas e outros (37.067) (12.710) (31.557)
Reversão (reclassificação) de ativos mantidos para a
venda (i) 33.150 (32.433)

726.064 740.310 760.611

(i) Refere-se a0 Projeto Losango (Nota 1(d)(i)).

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Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado
Notas Explicativas

23 Empréstimos e financiamentos

(a) Abertura dos saldos contábeis por modalidade


Controladora

Circulante Não circulante Total

Encargos 31 de 31 de 1° de 31 de 31 de 1° de 31 de 31 de 1° de
anuais dezembro dezembro janeiro dezembro dezembro janeiro dezembro dezembro janeiro
Modalidade/finalidade médios - % de 2013 de 2012 de 2012 de 2013 de 2012 de 2012 de 2013 de 2012 de 2012

Em moeda estrangeira
BNDES - cesta de moedas 6,0 52.665 30.588 19.719 257.388 209.622 184.786 310.053 240.210 204.505
Bonds - JPY 2.223 115.544 117.767
Créditos de exportação (pré-pagamento) 2,9 454.690 194.728 33.265 1.600.706 1.989.166 2.368.458 2.055.396 2.183.894 2.401.723
Créditos de exportação (ACC/ACE) 3,0 255.270 265.481 524.492 214.567 255.270 480.048 524.492
Leasing 5.514 3.405 8.919

762.625 490.797 585.213 1.858.094 2.413.355 2.672.193 2.620.719 2.904.152 3.257.406

Em moeda nacional
BNDES - TJLP 7,7 344.511 209.315 151.560 1.058.936 1.192.284 1.197.813 1.403.447 1.401.599 1.349.373
FINAME 4,2 4.853 2.960 2.336 10.410 7.182 2.344 15.263 10.142 4.680
Nota de crédito à exportação 12,1 46.770 28.821 24.544 942.665 636.982 443.513 989.435 665.803 468.057
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2013 - FIBRIA CELULOSE S.A.

Agência de fomento (FCO e FINEP) 4,5 414 414 5 1.944 2.353 7.516 2.358 2.767 7.521

396.548 241.510 178.445 2.013.955 1.838.801 1.651.186 2.410.503 2.080.311 1.829.631

1.159.173 732.307 763.658 3.872.049 4.252.156 4.323.379 5.031.222 4.984.463 5.087.037

Juros sobre financiamento 35.423 41.226 34.662 35.328 105.053 64.495 70.751 146.279 99.157
Financiamentos captados a longo prazo 1.123.750 691.081 728.996 3.836.721 4.147.103 4.258.884 4.960.471 4.838.184 4.987.880

1.159.173 732.307 763.658 3.872.049 4.252.156 4.323.379 5.031.222 4.984.463 5.087.037

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Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado
Notas Explicativas

Consolidado

Circulante Não circulante Total

Encargos 31 de 31 de 1° de 31 de 31 de 1° de 31 de 31 de 1° de
anuais dezembro dezembro janeiro dezembro dezembro janeiro dezembro dezembro janeiro
Modalidade/finalidade médios - % de 2013 de 2012 de 2012 de 2013 de 2012 de 2012 de 2013 de 2012 de 2012

Em moeda estrangeira
BNDES - cesta de moedas 5,9 53.038 49.075 48.790 304.091 233.397 220.471 357.129 282.472 269.261
Agência de fomento – Finnvera 3,5 52.210 46.319 42.731 173.244 193.959 217.218 225.454 240.278 259.949
Bonds – US$ 7,3 1.547.708 65.763 34.575 1.816.385 4.577.197 5.103.839 3.364.093 4.642.960 5.138.414
Bonds – JPY 2.223 115.544 117.767
Créditos de exportação (pré-pagamento) 3,0 457.523 218.662 29.051 2.425.260 2.503.308 2.777.003 2.882.783 2.721.970 2.806.054
Créditos de exportação (ACC/ACE) 2,3 451.718 440.604 623.632 214.567 451.718 655.171 623.632
Capital de giro 784 784
Leasing 8.773 5.958 14.731

2.562.197 820.423 790.559 4.718.980 7.722.428 8.440.033 7.281.177 8.542.851 9.230.592

Em moeda nacional
BNDES – TJLP 7,7 346.593 248.731 242.321 1.093.035 1.216.069 1.262.260 1.439.628 1.464.800 1.504.581
FINAME 4,2 4.853 7.483 2.336 10.410 7.182 7.516 15.263 14.665 9.852
Nota de crédito à exportação 12,1 46.770 49.344 45.203 942.665 636.982 463.987 989.435 686.326 509.190
Agência de fomento (FCO e FINEP) 8,2 11.948 12.024 11.689 35.646 47.289 58.513 47.594 59.313 70.202
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410.164 317.582 301.549 2.081.756 1.907.522 1.792.276 2.491.920 2.225.104 2.093.825

2.972.361 1.138.005 1.092.108 6.800.736 9.629.950 10.232.309 9.773.097 10.767.955 11.324.417

Juros sobre financiamento 94.946 117.992 114.432 35.337 105.053 65.828 130.283 223.045 180.260
Financiamentos captados a curto prazo 29.670 111.898 98.667 29.670 111.898 98.667
Financiamentos captados a longo prazo 2.847.745 908.115 879.009 6.765.399 9.524.897 10.166.481 9.613.144 10.433.012 11.045.490

2.972.361 1.138.005 1.092.108 6.800.736 9.629.950 10.232.309 9.773.097 10.767.955 11.324.417

As taxas médias foram calculadas considerando a curva forward das taxas às quais as dívidas são indexadas, ponderando-se pelo vencimento de
cada parcela das mesmas e incluindo os custos de emissão/contratação das dívidas quando aplicável.

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(b) Cronograma de vencimentos

No quadro a seguir, apresentamos o escalonamento dos vencimentos da parcela não circulante da dívida em 31 de dezembro de 2013:

Controladora

2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 Total

Em moeda estrangeira
BNDES - cesta de moedas 48.986 38.037 41.558 32.773 21.919 35.488 34.747 3.880 257.388
Créditos de exportação
(pré-pagamento) 222.953 241.055 205.916 366.703 457.597 106.482 1.600.706

271.939 279.092 247.474 399.476 479.516 141.970 34.747 3.880 1.858.094

Em moeda nacional
BNDES - TJLP 317.075 176.482 154.704 108.920 76.255 99.985 98.612 22.287 4.616 1.058.936
FINAME 4.959 3.225 2.059 167 10.410
Nota de crédito à
exportação 116.425 107.846 329.867 302.079 43.225 43.223 942.665
Agência de fomento
(FCO e FINEP) 409 409 409 409 308 1.944
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438.868 287.962 487.039 411.575 119.788 143.208 98.612 22.287 4.616 2.013.955

710.807 567.054 734.513 811.051 599.304 285.178 133.359 26.167 4.616 3.872.049

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Notas Explicativas

Consolidado

2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 Total

Em moeda estrangeira
BNDES - cesta de moedas 48.986 38.037 50.582 46.308 32.975 45.304 38.019 3.880 304.091
Agência de fomento -
Finnvera 49.419 49.419 49.419 24.987 173.244
Bonds - US$ 143.547 369.439 1.303.399 1.816.385
Créditos de exportação
(pré-pagamento) 285.455 442.942 650.262 482.522 457.597 106.482 2.425.260

383.860 530.398 750.263 553.817 634.119 521.225 1.341.418 3.880 4.718.980

Em moeda nacional
BNDES - TJLP 317.242 176.649 162.010 119.684 84.877 106.048 99.622 22.287 4.616 1.093.035
FINAME 4.959 3.225 2.059 167 10.410
Nota de crédito à
exportação 116.425 107.846 329.867 302.079 43.225 43.223 942.665
Agência de fomento
(FCO e FINEP) 11.643 11.643 11.643 409 308 35.646

450.269 299.363 505.579 422.339 128.410 149.271 99.622 22.287 4.616 2.081.756
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834.129 829.761 1.255.842 976.156 762.529 670.496 1.441.040 26.167 4.616 6.800.736

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(c) Abertura por moeda e indexadores

Os empréstimos e financiamentos consolidados são segregados pelas seguintes moedas:

Moedas

31 de dezembro 31 de dezembro 1° de janeiro


de 2013 de 2012 de 2012

Real 2.491.920 2.225.104 2.093.825


Dólar 6.924.048 8.260.379 8.843.564
Iene 117.767
Cesta de moedas 357.129 282.472 269.261

9.773.097 10.767.955 11.324.417

Os empréstimos e financiamentos consolidados são segregados pelos seguintes indexadores:

Indexadores

31 de dezembro 31 de dezembro 1° de janeiro de


de 2013 de 2012 2012

CDI 989.435 686.326 509.190


TJLP 1.397.463 1.449.587 1.504.491
LIBOR 3.107.014 2.756.150 2.929.970
UMBNDES 357.129 282.472 269.261
Prefixada 3.922.056 5.593.420 6.111.505

9.773.097 10.767.955 11.324.417

(d) Cronograma de amortização dos


custos de captação

O quadro a seguir demonstra os efeitos anuais nas despesas financeiras decorrentes dos custos de
captação na taxa efetiva de juros:

Controladora

2013

2019 em
Descrição 2014 2015 2016 2017 2018 diante Total

Créditos de exportação
(pré-pagamento) 5.678 659 659 659 659 275 8.589

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31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Consolidado

2013

2019 em
Descrição 2014 2015 2016 2017 2018 diante Total

Crédito de exportação
(Finnvera) 830 830 830 830 138 3.458
Bonds - US$ 64.310 13.400 13.400 13.400 13.400 19.918 137.828
Créditos de exportação
(pré-pagamento) 6.426 1.407 1.407 1.407 1.093 275 12.015

71.566 15.637 15.637 15.637 14.631 20.193 153.301

A capitalização dos custos de transação aos empréstimos e financiamentos aumenta o custo médio
efetivo da dívida em 0,40 % a.a.

(e) Movimentação dos saldos contábeis

Apresentamos a seguir uma movimentação do saldo dos empréstimos e financiamentos:


Controladora Consolidado

2013 2012 2013 2012

No início do exercício 4.984.463 5.087.037 10.767.955 11.324.417


Captações 809.613 621.370 1.279.414 864.334
Juros apropriados 249.777 255.394 575.877 681.840
Variação cambial 325.915 272.712 927.278 803.641
Liquidação de principal (1.095.009) (1.047.881) (3.320.157) (2.410.719)
Liquidação de juros (249.502) (212.188) (602.112) (651.288)
Amortização proporcional de custo de captação na recompra
parcial do Bonds 113.759 88.759
Outras (*) 5.965 8.019 31.083 66.971

No fim do exercício 5.031.222 4.984.463 9.773.097 10.767.955

(*) Inclui amortização de custos de captação.

(i) Créditos de exportação (pré-pagamentos)

Em abril de 2013, a Companhia, através de sua controlada Fibria Trading International KFT. firmou um
contrato de crédito de exportação com 3 bancos no montante de US$ 100 milhões (equivalentes a R$
201.540 na respectiva data), com vencimento até 2018 e taxa de juros inicial de 1,63% a.a. acima da
LIBOR trimestral.

Em setembro de 2012, a Companhia firmou contrato de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) no


montante total de US$ 105 milhões (equivalentes a R$ 212.950) com vencimentos em setembro de 2014
e taxa de juros de 2,95% ao ano.

Em agosto de 2012, a Companhia amortizou antecipadamente, com recursos próprios, o montante de


US$ 100 milhões (equivalentes a R$ 202.090) referente a um contrato de pré-pagamento captado em
janeiro de 2011, cujo vencimento original seria em abril de 2018 e taxa de juros fixa de 2,95% ao ano.

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financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

No primeiro trimestre de 2012, a Companhia, através de sua controlada Veracel, firmou contratos de
Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) no montante total de US$ 43 milhões (equivalentes a
R$ 76.939) com vencimentos entre agosto de 2012 e setembro de 2013 e taxa de juros fixa entre
3,35% e 4,75% ao ano.

Em fevereiro de 2012, a Companhia, através de sua controlada Veracel, liquidou antecipadamente cinco
contratos de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) no montante de US$ 14 milhões (equivalentes
a R$ 24.314) captados em setembro e dezembro de 2011, cujos vencimentos originais eram em 12 de
março de 2012.

Em fevereiro de 2012, a Companhia, através de sua controlada Veracel, captou uma linha de
Pré-Pagamento de Exportação no valor de US$ 33 milhões (equivalentes a R$ 56.694) com pagamento
de juros semestrais a taxa de 5% ao ano acima da LIBOR e amortização do principal em parcela única
com vencimento para 2017.

Em junho de 2011, a Companhia firmou seis contratos de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC)
no valor total de US$ 125 milhões (equivalentes a R$ 197.575) com vencimento em janeiro de 2013 e
taxa de juros fixa, sendo US$ 75 milhões a 2,05% ao ano e US$ 50 milhões a 2,09% ao ano.

Em maio de 2011, a Companhia captou uma linha de pré-pagamento de exportação com 11 bancos
estrangeiros, no valor de US$ 300 milhões (equivalentes a R$ 488.850 na respectiva data) com
pagamento de juros trimestrais a taxa de 1,80% ao ano acima da LIBOR (podendo diminuir a 1,60%
ao ano, em caso da obtenção da condição de Investment Grade) pelo prazo de oito anos, sendo as
amortizações anuais somando US$ 15 milhões em 2012; US$ 30 milhões em 2015; US$ 15 milhões
em 2016; US$ 90 milhões em 2018 e US$ 150 milhões em 2019.

Em janeiro de 2011, a Companhia firmou três contratos de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC)
no montante de US$ 50 milhões cada, perfazendo o total US$ 150 milhões (equivalentes a R$ 248.640
nas respectivas datas), com vencimento em junho de 2012 e taxa de juros fixa a 2,09% ao ano. Em
março de 2012, a Companhia liquidou antecipadamente o valor de US$ 50 milhões, equivalentes a
R$ 90.675 correspondente a um dos contratos e, em setembro de 2012 a Companhia liquidou os outros
dois contratos no valor de US$ 100 milhões, equivalentes a R$ 90.675.

Em 30 de setembro de 2010, a Companhia firmou um contrato de crédito de exportação com 11 bancos


no montante de US$ 800 milhões (equivalentes naquela data a R$ 1.355.360) com vencimentos até 2018
e taxa de juros inicial de 2,755% ao ano acima da LIBOR trimestral, podendo ser reduzida até 2,3%,
conforme desalavancagem e o rating da Companhia. Os créditos estão garantidos por contratos de
exportação e os vencimentos das parcelas são coincidentes com os embarques. Esta linha foi utilizada
para pagar antecipadamente dívidas com custos mais elevados e com prazos menos atrativos. Em 29 de
março de 2011, a Companhia liquidou antecipadamente o valor de US$ 600 milhões (equivalentes
naquela data a R$ 992.760), com recursos oriundos da venda da CONPACEL e da captação do
Bond Fibria 2021.

Em 29 de setembro de 2010, a Companhia firmou um contrato de crédito de exportação bilateral no


montante de US$ 250 milhões (equivalentes naquela data a R$ 423.550) com vencimentos até 2020 e
taxa de juros de 2,55% ao ano acima da LIBOR semestral. Os créditos estão garantidos por contratos de
exportação e os vencimentos das parcelas são coincidentes com os embarques. Essa linha foi utilizada
para pagar antecipadamente dívidas com custos mais elevados e com prazos menos atrativos.

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financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Em março de 2010, a Companhia firmou um Contrato de Crédito de Exportação bilateral no montante


de US$ 535 milhões (equivalentes naquela data a R$ 956.152) com taxa de juros de 2,95% ao ano acima
da LIBOR trimestral e com vencimentos até 2017. Os créditos estão garantidos por contratos de
exportação e os vencimentos das parcelas são coincidentes com os embarques. Em 31 de março foram
liberados US$ 314 milhões (equivalentes naquela data a R$ 558.991) e o saldo remanescente de
US$ 221 milhões (equivalentes a R$ 389.310), foi liberado em 6 de abril de 2010. Essa linha foi
integralmente utilizada para pagar dívidas com custos mais elevados e com prazos menos atrativos. Em
abril de 2011, a Companhia liquidou antecipadamente o montante de US$ 100 milhões (equivalentes
naquela data a R$ 160.970), obtendo um prazo maior para pagamento do saldo remanescente (de 2013
até 2018, com amortizações trimestrais). Em 2012, a Companhia liquidou antecipadamente o montante
de US$ 200 milhões, sem alteração nas demais condições.

A Companhia mantém contratos de pré-pagamento de exportação junto ao Banco Bradesco no montante


de US$ 150 milhões, a taxa de 0,78% acima da LIBOR e vencimento final em 2014.

A Companhia mantém contratos de pré-pagamento de exportação junto ao Banco Nordea no montante


de US$ 50 milhões, a taxa de 0,80% acima da LIBOR e vencimento final em 2013.

(ii) Empréstimo - VOTO III (Bonds)

Em 16 de janeiro de 2004, a subsidiária integral da Votorantim Participações S.A. (VPAR), a Votorantim


Overseas Trading Operations III (VOTO III), captou no mercado internacional US$ 300 milhões
(equivalentes naquela data a R$ 873.000) com prazo de vencimento de dez anos e taxa anual de 4,25%.
A Companhia recebeu 15% do total captado, ou seja, US$ 45 milhões equivalentes naquela data a
R$ 131.000. Em dezembro de 2012, a Companhia liquidou antecipadamente 100% da operação junto aos
credores.

(iii) Empréstimo - VOTO IV (Bonds)

Em 24 de junho de 2005, a Votorantim Overseas Trading Operations Limited IV (VOTO IV), operação
em conjunto com a Votorantim Participações, captou no mercado internacional US$ 400 milhões
(equivalentes naquela data a R$ 955.000) com vencimento em 24 de junho de 2020 e taxa anual
de 8,50%. A Companhia recebeu 50% do total captado, ou seja, US$ 200 milhões equivalentes naquela
data a R$ 477.000. Em 2013 a Companhia amortizou antecipadamente um montante de US$ 42 milhões
(equivalentes naquela data a R$ 93.034). Essa operação gerou uma despesa no montante de R$ 13.496,
registrada no resultado financeiro, representada por R$ 12.341 relativos ao prêmio pago e R$ 1.155
relativos a amortização proporcional do custo de transação originado na recompra desse Bond.

(iv) Empréstimos - Fibria 2020 e Fibria 2021 (Bonds)

Durante o ano de 2013, a Companhia recomprou e cancelou, com recursos próprios, o montante de US$
855 milhões (equivalentes a R$ 1.758.155) dos Bonds "Fibria 2020" e “Fibria 2021” captados em maio de
2010, março de 2011 e junho de 2005, cujos vencimentos originais são em maio de 2020 e março de
2021, com taxas de juros fixas a 7,5% e 6,75% ao ano, respectivamente. Essa operação gerou uma
despesa no montante de R$ 336.799, registrada no resultado financeiro, representada por R$ 224.195
relativos ao prêmio pago aos detentores dos referidos títulos que aderiram a oferta e R$ 112.604
relativos a amortização proporcional do custo de transação originado na troca desses Bonds.

O saldo remanescente do Bond “Fibria 2020”, no montante de R$ 1.616 milhões, está registrado no
passivo circulante devido à decisão da Companhia de recompra antecipada, conforme Nota 38.

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Notas Explicativas

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financeiras individuais e consolidadas em
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Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Em julho de 2012, a Companhia amortizou antecipadamente, com recursos próprios, mediante


realização de oferta pública de ações, o montante de US$ 514 milhões (equivalentes a R$ 1.044.698)
referente a recompra do Bond "Fibria 2020" captado em maio de 2010, cujo vencimento original é em
maio de 2020 e taxa de juros fixa a 7,5% ao ano. Essa operação gerou uma despesa no montante de
R$ 150.917, registrada no resultado financeiro (Nota 32), representada por R$ 62.158 relativos aos
prêmios pagos aos detentores dos referidos títulos que aderiram à oferta e R$ 88.759 relativos à
amortização proporcional do custo de transação originado na emissão desse Bond.

Em março de 2011, a Companhia, por intermédio da sua subsidiária internacional Fibria Overseas
Finance Ltd. captou no mercado internacional US$ 750 milhões ("Fibria 2021", equivalentes naquela
data a R$ 1.240.875) com vencimento em dez anos e opção de recompra a partir de 2016, com
pagamento de juros semestrais e taxa de 6,75% ao ano.

Em maio de 2010, a Companhia por intermédio da sua subsidiária internacional Fibria Overseas
Finance Ltd. captou no mercado internacional US$ 750 milhões ("Fibria 2020", equivalentes a
R$ 1.339.650) com vencimento em dez anos e opção de recompra a partir de 2015, com pagamento de
juros semestrais e taxa de 7,50% ao ano.

Em outubro de 2009, a Companhia por intermédio da sua subsidiária internacional Fibria Overseas
Finance Ltd. captou no mercado internacional US$ 1 bilhão ("Fibria 2019", equivalentes a R$ 1.744.000)
com vencimento em dez anos com pagamento de juros semestrais e taxa de 9,25% ao ano. Em maio
de 2010, a Companhia anunciou a oferta de troca do Fibria 2019, por meio da reabertura do Fibria 2020,
visando adequar a curva de juros e melhorar a liquidez dos papeis, além de flexibilizar as cláusulas de
covenants para a nova realidade da Companhia. A adesão à oferta de troca foi de 94%.

A taxa efetiva destas operações, incluindo os custos de transação necessários para captação dos recursos
é de 8,66% a.a.

(v) BNDES

Em 2013, foram firmados quatro contratos utilizando o limite de crédito de R$ 1,7 bilhão definido em
2011, nos valores de R$ 499,3 milhões (financiamento de projetos florestais), R$ 49,9 milhões
(financiamento dos investimentos industriais), R$ 30,7 milhões (financiamento dos projetos em
inovação tecnológica) e R$ 167,8 milhões ( financiamento para a restauração florestal de áreas de
preservação ). Desses contratos foram liberados em 2013 um montante de R$ 267.427, representando
36%. Em 31 de dezembro de 2013, considerados os contratos em vigor desde 2005, o saldo
remanescente dos empréstimos da Fibria com o BNDES era de R$ 1,797 bilhão, sendo R$ 1,440 bilhão
indexado à taxa de juros de longo prazo (TJLP) e R$ 357 milhões a uma Cesta de Moeda.

Em 31 de dezembro de 2013, consolidamos proporcionalmente os saldos contábeis de empréstimos e


financiamentos da Veracel Celulose, representados por contratos com o BNDES. O montante total de
principal é de R$ 82.614 com prazo de amortização no período de 2014 a 2021, sujeito a juros variando
entre TJLP + 1,8% a 3,3% ao ano e UMBNDES + 1,8% ao ano.

No primeiro semestre de 2009, um novo financiamento no valor de R$ 673.294 foi aprovado, com juros
variando entre TJLP acrescidos de 0% a 4,41% e UMBNDES + 2,21% ao ano, com vencimento final até
julho de 2017. Desse financiamento, 93% do montante foi liberado para a Companhia e o saldo
remanescente não será utilizado. A UMBNDES é um índice que contempla a variação cambial de uma
cesta de moedas, predominantemente do dólar norte-americano.

No segundo semestre de 2008, um novo financiamento com o BNDES de R$ 540.000 foi aprovado,

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Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

indexados pela TJLP acrescida de 1,36% a 1,76% e UMBNDES acrescida de 2,45% ao ano, com
vencimento final até abril de 2015. Desse financiamento, 62% do montante foi liberado para a
Companhia e o saldo remanescente não será utilizado.

Em outubro de 2007, foi celebrado um contrato de financiamento com o BNDES no montante total de
R$ 21.701, indexados pela TJLP + 1,8% e UMBNDES + 1,3% ao ano. A liquidação de principal ocorreu
em julho de 2012.

Em novembro de 2006, também foi celebrado um contrato de financiamento com o BNDES no


montante de R$ 596 milhões, no qual encontrava-se liberado 99% do valor em 31 de dezembro de 2013,
indexados a TJLP variando entre 0% e 2,9% ao ano e UMBNDES acrescida de 1,4% a 2,4% ao ano, com
prazo de amortização no período de 2009 a 2016.

Em 2005, foram assinados três contratos junto ao BNDES nos meses de dezembro, agosto e maio. No
contrato assinado em dezembro a liberação total de recursos foi de R$ 139.284, com prazo de
amortização no período de 2007 a 2016, sujeito a juros variando entre TJLP + zero a 4,5% ao ano e
UMBNDES + 2,0% a 3,0% ao ano. No contrato de agosto a liberação foi de R$ 55.222, parte indexada à
TJLP acrescida de 3,5% a 4,5% e parte indexada à UMBNDES acrescida de 3% ao ano. O vencimento
final desse contrato será em 2015. No contrato de maio, a liberação foi de R$ 99.109, sendo parte
indexada à TJLP acrescida de 4,5% ao ano e parte indexada pela UMBNDES acrescida de 4,5% ao ano. O
principal tem vencimento final em 2015.

Como principal garantia aos pagamentos destes financiamentos, foram dadas as plantas de celulose
localizadas nas unidades de Jacareí - SP e Três Lagoas - MS.

(vi) Obrigações por arrendamento


mercantil financeiro - leasing

Em dezembro de 2009, a Companhia renegociou os termos e o valor em aberto da sua operação de


leasing financeiro com o Banco Société Générale, originalmente contratado em 2008 para aquisição de
máquinas e equipamentos florestais. O vencimento original deste contrato era em 2013. Entretanto, em
junho de 2012, a Companhia liquidou 100% das operações de leasing referente à aquisição de máquinas
e equipamentos florestais.

As obrigações de arrendamento mercantil financeiro são garantidas por meio de alienação fiduciária dos
bens arrendados.

(vii) Nota de Crédito à Exportação (NCE)

Em junho de 2013, a Companhia contratou com o Banco do Brasil uma nota de crédito à exportação no
montante de R$ 497.745, com vencimento final em 2018 e custo de 105,85% do CDI. Esta operação
também está vinculada a um swap com objetivo de troca de moeda real para dólar e alteração da taxa
flutuante para fixa, sendo o custo final de 4,16% a.a., acrescido da variação cambial.

Em setembro de 2012, a Companhia captou uma linha de Nota de Crédito à Exportação no valor de
R$ 172.899 com pagamento de juros semestrais a taxa de 100% do CDI e amortização do principal em
quatro parcelas anuais que vencem a partir de 2017.

Em 28 de setembro de 2010, a Companhia contratou uma nota de crédito à exportação no montante de


R$ 427.500, com vencimento final em 2018 e custo de 100% do CDI mais 1,85% a.a. Esta operação está
vinculada a um swap com o objetivo de troca da moeda real para dólar e alteração da taxa flutuante para

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fixa, sendo o custo final de 5,45% a.a., acrescido da variação cambial.

Em dezembro de 2008, a Companhia contratou, através de sua controlada Portocel, NCE com o
Banco HSBC no montante de R$ 94.014 com vencimento final em dezembro de 2013 e custo
de 100% do CDI. A operação foi liquidada no vencimento.

(viii) Agência de fomento (Finnvera)

Em 30 de setembro de 2009, a Companhia contratou empréstimo no montante de € 125 milhões com a


Finnvera (agência Finlandesa de fomento destinado a empresas comprovadamente comprometidas com
sustentabilidade), cujo prazo total é de 8,5 anos e o custo indexado à LIBOR seis meses + 3,325% ao ano.

(ix) Agência de fomento Fundo Constitucional de


Financiamento do Centro-Oeste (FCO)

Em 31 de dezembro de 2009, a Companhia captou R$ 73.000 com o Banco do Brasil, por meio de sua
subsidiária Fibria-MS, com vencimento final em dezembro de 2017, carência de seis meses, pagamento
de principal e juros mensais e taxa de 8,5% ao ano.

(x) Cláusulas contratuais covenants

Alguns financiamentos da Companhia e suas controladas têm cláusulas que determinam níveis máximos
de endividamento e alavancagem, bem como níveis mínimos de cobertura de juros a vencer.

Covenants requeridos

No dia 6 de junho de 2012, a Fibria concluiu a renegociação dos covenants financeiros das suas dívidas,
que passaram a ser calculados com base nos dados financeiros consolidados convertidos para o dólar e
alterando o índice dívida líquida sobre LAJIDA ajustado para 4,5 vezes. A medição em dólar mitiga
eventuais efeitos cambiais decorrentes de flutuação da taxa.

Uma parcela substancial da dívida da Companhia é denominada em dólar americano e devido ao


resultado da desvalorização do real perante o dólar, o impacto foi significativo no nível do
endividamento quando mensurado em reais. De acordo com o critério adotado anteriormente, a
desvalorização do valor da dívida líquida no final do exercício aumentaria quando mensurado em reais.
Com o novo critério adotado de conversão do LAJIDA de reais para dólar americano à taxa média do
câmbio de cada trimestre, o impacto da desvalorização do real é mitigado.

A seguinte tabela apresenta o nível de endividamento dos covenants:

Dezembro
de 2012 e após

Cobertura de serviço da dívida (i) Maior que 1,00


Nível de endividamento (ii) Menor que 4,50

(i) Para o cálculo do índice Cobertura de serviço da dívida, definido como (i) LAJIDA ajustado de acordo
com as práticas adotadas no Brasil e ajustado (para os quatro últimos trimestres sociais) convertido para
dólar somado ao caixa, equivalentes de caixa, títulos e valores mobiliários convertidos para dólar no dia
do fechamento em relação à (ii) dívida que deverá vencer durante os quatro trimestres sociais

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consecutivos acrescida de despesas financeiras pagas durante os quatro trimestres sociais passados
convertidos ao dólar.

(ii) O índice Nível de endividamento, definido como (i) dívida líquida consolidada convertida para dólar
pela taxa de fechamento em relação ao (ii) LAJIDA ajustado (para os quatro últimos trimestres
sociais convertidos para o dólar).

Os covenants acordados nos contratos firmados com os bancos foram cumpridos pela Companhia em
31 de dezembro de 2013, sendo que o indicador de cobertura de serviço da dívida totalizou 1,4 (2,3 sem
considerar a reclassificação do passivo não circulante para passivo circulante da recompra do Bond
Fibria 2020 conforme mencionado na Nota 38(b)) e o indicador de nível de endividamento, medido em
dólares, totalizou 2,6.

Estes mesmos contratos incluem como principais eventos de default:

. não pagamento, em tempo hábil, do principal ou juros devidos;

. inexatidão de qualquer declaração, garantia ou certificação prestada;

. inadimplemento cruzado (cross-default) e inadimplemento de julgamento cruzado (cross-judgment


default), sujeito a um valor mínimo acordado de US$ 50 milhões;

. sujeição a certos períodos de resolução em caso de violação de obrigações previstas nos contratos;

. ocorrência de certos eventos de falência ou insolvência da Companhia, de suas principais subsidiárias


ou da Veracel Celulose S.A.

(xi) Garantias de empréstimos e


financiamentos

Conforme mencionado anteriormente na análise dos contratos de empréstimos e financiamentos, em


31 de dezembro de 2013, certos empréstimos e financiamentos estão garantidos por bens do ativo
imobilizado, representados substancialmente, pela planta fabril de Três Lagoas (MS), Jacareí (SP) e
Aracruz (ES). O valor líquido contábil destes ativos é de R$ 6.966.056 (31 de dezembro de 2012 -
R$ 7.954.206 e 1º de janeiro de 2012 - R$ 8.456.937), suficientes para a cobertura dos respectivos
empréstimos.

(xii) Linhas de créditos não utilizadas

Em abril de 2013, a Companhia obteve uma linha de crédito rotativo (stand by facility) bilateral, no
valor de R$ 300 milhões com prazo de disponibilidade de cinco anos e custo semestral de CDI acrescido
de 1,50% a.a. quando utilizada. No período de não utilização, a Companhia pagará trimestralmente o
equivalente a 0,50% a.a. A Companhia ainda não utilizou os créditos.

Em maio de 2011, a Companhia, por intermédio de sua subsidiária internacional Fibria Trading
International Kft. obteve uma linha de crédito rotativo (revolving credit facility) com onze bancos
estrangeiros, no valor total de US$ 500 milhões com prazo de disponibilidade de quatro anos e custo
pago trimestralmente de LIBOR três meses acrescida de 1,40% a.a. a 1,70% a.a. quando utilizada. No
período de não utilização, a Companhia pagará trimestralmente o equivalente a 35% do spread
acordado.

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financeiras individuais e consolidadas em
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Os valores pagos pela Companhia relativos às linhas de créditos não utilizadas até 31 de dezembro de
2013 foi de R$ 8.873.

24 Contingências

A Companhia e suas controladas são partes envolvidas em processos trabalhistas, cíveis e tributários que
se encontram em instâncias diversas. As provisões para contingências, constituídas para fazer face a
potenciais perdas decorrentes dos processos em curso, são estabelecidas e atualizadas com base na
avaliação da Administração, fundamentada na opinião de seus assessores legais.

Um sumário das provisões constituídas e depósitos judiciais efetuados é apresentado como segue:
Controladora

31 de dezembro de 2013 31 de dezembro de 2012 1° de janeiro de 2012

Depósitos Provisão Depósitos Provisão Depósitos Provisão


judiciais Provisão líquida judiciais Provisão líquida judiciais Provisão líquida

Natureza dos
processos
Tributários 86.921 102.756 15.835 123.791 162.120 38.329 119.021 173.474 54.453
Trabalhistas 40.869 109.611 68.742 36.444 69.443 32.999 37.889 62.525 24.636
Cíveis 9.294 11.839 2.545 6.347 8.534 2.187 724 6.590 5.866

137.084 224.206 87.122 166.582 240.097 73.515 157.634 242.589 84.955

Consolidado

31 de dezembro de 2013 31 de dezembro de 2012 1° de janeiro de 2012

Depósitos Provisão Depósitos Provisão Depósitos Provisão


judiciais Provisão líquida judiciais Provisão líquida judiciais Provisão líquida

Natureza dos
processos
Tributários 86.921 102.906 15.985 123.791 162.222 38.431 119.572 173.823 54.251
Trabalhistas 55.250 152.442 97.192 47.703 108.014 60.311 47.819 88.834 41.015
Cíveis 9.503 25.164 15.661 6.520 12.591 6.071 821 7.149 6.328

151.674 280.512 128.838 178.014 282.827 104.813 168.212 269.806 101.594

A Companhia está envolvida em outros processos tributários e cíveis surgidos no curso normal dos seus
negócios, os quais, na opinião da Administração e de seus assessores legais, têm expectativa de perda
classificada como possível. Consequentemente, nenhuma provisão foi constituída para fazer face ao
possível desfecho desfavorável destes. Os montantes desses processos, em 31 de dezembro de 2013, são:
tributário R$ 4.383.236 (ver item (b) a seguir) e cíveis R$ 952.988.

Segue um demonstrativo da movimentação da provisão para contingências:


Controladora Consolidado

2013 2012 2013 2012

Saldo inicial 240.097 242.589 282.827 269.806


Baixa / reversão de processos (121.816) (36.852) (125.203) (39.129)
Entrada de novos processos 49.009 2.325 60.633 8.923
Atualização monetária 56.916 32.035 62.255 43.227

Montante provisionado 224.206 240.097 280.512 282.827

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(a) Comentários sobre os passivos contingentes


tributários com probabilidade de
perda provável

Os processos tributários com probabilidade de perda provável estão representados por discussões
relacionadas a tributos federais, estaduais e municipais, para os quais, substancialmente, existem
depósitos judiciais como garantia, não existindo portanto, exposição material relevante para a
Companhia.

(b) Comentários sobre passivos contingentes


tributários com probabilidade de
perda possível

A seguir são comentados os passivos contingentes relacionados à processos tributários em andamento


com probabilidade de perda possível, para os quais não há qualquer provisão contabilizada. No quadro
abaixo apresentamos uma análise da relevância desses processos em 31 de dezembro de 2013:

Montante

Auto de infração - Normus (i)


Incentivos fiscais - (ADENE) (ii) 101.163
IRPJ/CSLL - homologação parcial (iii) 145.000
IRPJ/CSLL - Newark (iv) 221.569
Auto de infração - IRPJ/CSLL permuta de ativos industriais e florestais (v) 1.798.207
Auto de Infração – IRPJ/CSLL - Fibria Trading International (vi) 274.835
Demais processos tributários (a) (vii) 1.937.602

Total de passivos contingentes com probabilidade possível 4.478.376

(a) Inclui o montante de R$ 95.140 relativo aos processos da operação em conjunto Veracel.

(i) Auto de infração - Fibria Celulose (“Normus”)

Em dezembro de 2007, a controlada Normus Empreendimentos e Participações Ltda., incorporada


pela Companhia em 30 de setembro de 2013, foi autuada por autoridades da Receita Federal do
Brasil (RFB) por suposta falta de recolhimento de imposto de renda e contribuição social sobre os
resultados auferidos no exterior por sua subsidiária, referente aos exercícios de 2002 a 2006.

Em outubro de 2011, foi publicada a decisão do julgamento proferido pelo Conselho Administrativo
de Recursos Fiscais (CARF) que decidiu, com base no voto de qualidade, após empate de três a três
entre os seis conselheiros, manter o lançamento da autuação. Desta decisão a Companhia recorreu
(foram opostos Embargos de Declaração), e atualmente os autos aguardam julgamento.

Em setembro de 2011, a Normus foi novamente autuada pela Receita Federal do Brasil (RFB), por
alegada falta de recolhimento de imposto de renda e contribuição social sobre resultados auferidos
no exterior por sua subsidiária e reconhecidos no Brasil como resultado de equivalência patrimonial,
referente ao exercício de 2007.

Em março de 2013, a Normus, foi autuada novamente pela Receita Federal do Brasil (RFB), onde a

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RFB alegou falta de recolhimento de imposto de renda e contribuição social sobre resultados
auferidos no exterior por sua subsidiária e reconhecidos no Brasil como resultado de equivalência
patrimonial, referentes ao exercício de 2008.

A subsidiária em questão, constituída na Hungria, concentrava suas atividades na venda de celulose


no mercado mundial.

Em nosso entendimento, e na opinião de nossos consultores jurídicos independentes, a subsidiária


húngara estava sujeita à tributação integral de suas operações no país em que está constituída,
portanto, o posicionamento adotado pela Receita Federal do Brasil (RFB) contraria diretamente
determinadas normas do ordenamento jurídico pátrio, especialmente o tratado para evitar a dupla
tributação firmado entre o Brasil e a Hungria, o qual exime de tributação no Brasil os lucros
auferidos por subsidiárias constituídas na Hungria.

Desde o ano de 2001, tramita junto ao Supremo Tribunal Federal a Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) no 2.588, proposta pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com
o objetivo de questionar a constitucionalidade do artigo 74 da MP no 2.158, que instituiu a tributação
pelo imposto de renda e pela contribuição social, dos lucros auferidos por empresas controladas ou
coligadas no exterior, independentemente da disponibilização para a controladora ou coligada no
Brasil.

Em 17 de agosto de 2011, o STF realizou nova sessão de julgamento da ADI em questão, resultando
em cinco votos favoráveis à constitucionalidade do artigo 74 da MP no 2.158 e quatro votos
desfavoráveis à sua constitucionalidade. A sessão de julgamento foi novamente suspensa para
aguardar o retorno do Ministro Joaquim Barbosa, último a votar o caso.

Face ao desfecho da sessão de julgamento descrita acima, os consultores jurídicos internos e


externos da Companhia deliberaram por adotar uma posição mais conservadora em relação ao
prognóstico de perda, anteriormente classificado como perda remota, e que passou a ser considerada
como perda possível em 2011.

Entretanto, conforme divulgado na Nota 25 (a), os autos de infração acima mencionados foram
incluídos no programa de parcelamento de débitos (REFIS) instituído pela Lei nº 12.865/13 e pela
Medida Provisória nº 627/13, na modalidade de pagamento à vista, tendo sido liquidados em 27 de
novembro de 2013, pelo valor total de R$ 560.453. A companhia protocolou, nos autos de cada
processo administrativo, correspondente pedido de desistência informando sua inclusão no REFIS,
de forma que aguarda a homologação de tais pedidos, bem como o arquivamento dos autos.

(ii) Incentivos fiscais - Agência de Desenvolvimento


do Nordeste (ADENE)

A Companhia possui unidades de negócios localizadas na área de abrangência da ADENE. Por esta
razão, tendo em vista que o setor de papel e celulose é considerado como prioritário para o
desenvolvimento regional (Decreto no 4.213, de 16 de abril de 2002), em dezembro de 2002, a
Companhia pleiteou e teve reconhecido pela Secretaria da Receita Federal (SRF) sob a condição de
realizar novos investimentos nas mencionadas unidades, o direito de usufruir do benefício da
redução do IRPJ e adicionais não restituíveis apurados sobre o lucro da exploração para as fábricas
A e B (período de 2003 a 2013) e fábrica C (período de 2003 a 2012), todas da unidade Aracruz,
depois de ter aprovado com a SUDENE os devidos laudos constitutivos.

Em 9 de janeiro de 2004, a Companhia recebeu o Ofício no 1.406/03 do inventariante extrajudicial


da extinta Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), informando que

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"acatando reexame da Consultoria Jurídica do Ministério da Integração no que tange à abrangência


especial da concessão do referido incentivo", julgou improcedente o direito à fruição do benefício
anteriormente concedido e auferido e que providenciaria a sua revogação.

Diante da anulação dos respectivos laudos constitutivos e, consequentemente, da iminente cobrança


dos benefícios fiscais já aproveitados nos anos de 2003 e 2004, a Companhia impetrou Mandado de
Segurança, no qual restou assegurada a manutenção dos benefícios até o encerramento do processo
administrativo de cassação. Esse processo, instaurado em seguida, só veio a terminar com a
intimação da Companhia em 4 de janeiro de 2005 sobre a decisão de segunda instância da ADENE,
autarquia sucessora da SUDENE, à época extinta.

Não obstante, foi lavrado auto de infração pela SRF em dezembro de 2005, por meio do qual são
exigidos os valores relativos ao incentivo fiscal até então usufruído, acrescidos de juros, mas sem
imposição de multa, totalizando R$ 316.355. A Companhia impugnou o auto de infração, o qual foi
julgado procedente em primeira instância administrativa. A Companhia recorreu contra essa decisão
e, em agosto de 2011, obteve decisão definitiva proferida pelo Conselho Administrativo de Recursos
Fiscais (CARF), que julgou parcialmente procedente o lançamento efetuado pelas autoridades
fiscais, para reconhecer o direito da Companhia de usufruir do incentivo fiscal até o ano de 2003,
afastando-o, porém, em relação ao ano de 2004, reduzindo, assim, o valor autuado para R$ 101.163
(atualizado por variação monetária até 31 de dezembro de 2013).

A Administração da Companhia, assessorada por seus consultores jurídicos, acredita que a decisão
de cancelamento dos referidos benefícios fiscais é equivocada e não deve prevalecer, seja com
respeito aos benefícios já usufruídos, seja em relação ao prazo ainda por decorrer.

Com relação aos benefícios usufruídos até 2004, entende a Administração, calcada na opinião de
seus assessores jurídicos, que a exigência de recolhimento do tributo é insubsistente, posto que a
Companhia se utilizou dos benefícios estritamente de acordo com os parâmetros legais e em
conformidade com os atos da SRF e os laudos constitutivos regularmente emitidos, de modo que a
cassação pretendida pela ADENE só poderia operar efeitos a partir do término do processo
administrativo de cassação, ocorrido em 4 de janeiro de 2005, como assegurado pelo Mandado de
Segurança supramencionado.

Tendo em vista que o CARF manteve a exigência dos benefícios aproveitados em 2004, no valor de
R$ 73.100, a Companhia ofertou Carta de Fiança bancária como garantia do valor total em discussão
e aguarda o ajuizamento da competente execução fiscal onde discutirá o referido débito.

Quanto aos prazos restantes de fruição, que se estendem até 2012 (fábrica C) e 2013 (fábricas A e B),
entende a Administração, amparada por pareceres de seus assessores jurídicos, ser ilegal a revogação
de benefícios fiscais cuja concessão foi condicionada ao cumprimento de condições preestabelecidas
(implantação, expansão ou modernização de empreendimento industrial), sendo assegurado o
direito adquirido ao gozo dos referidos benefícios fiscais até o final dos prazos assinalados na Lei e
nos atos de concessão.

Em que pese a convicção na solidez de seu direito, a Companhia, diante dos fatos ocorridos durante
os exercícios de 2004 e de 2005, que revelaram o propósito da ADENE e da SRF de promoverem o
cancelamento dos benefícios fiscais, decidiu adotar uma postura conservadora e interromper o
registro da fruição dos benefícios fiscais a partir de 2005, até que tenha sido proferida decisão
judicial definitiva na Ação Ordinária que trata especificamente desse assunto.

Estando os benefícios fiscais usufruídos até o ano de 2003 definitivamente assegurados pelo
Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, restam em discussão os benefícios usufruídos no ano
de 2004 e àqueles ainda por usufruir a partir de 2005, sendo a probabilidade de perda avaliada

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Notas Explicativas

Fibria Celulose S.A. e suas controladas


Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

como possível e, consequentemente, sem provisão constituída.

(iii) IRPJ/CSLL - homologação parcial

A Companhia deu entrada em três processos de homologação de créditos de IRPJ com a Secretaria
da Receita Federal do Brasil (SRFB), referentes aos anos-calendário de 1997, de 1999 e ao quarto
trimestre de 2000, no total de R$ 134 milhões. A Secretaria da Receita Federal do Brasil homologou
apenas R$ 83 milhões, gerando um débito de R$ 51 milhões que, atualizados em 31 de dezembro
de 2013 totaliza R$ 145 milhões. A Companhia impugnou e apresentou manifestações de
inconformidade tempestivas em todos os processos. Referente ao ano de 1997, o processo aguarda
decisão de recurso voluntário solicitado pela Companhia, bem como o processo relativo ao quarto
trimestre de 2000. Para o caso referente ao ano de 1999 aguarda-se julgamento de recurso especial.
Por orientação dos advogados externos, a Companhia não registra provisão para esses processos de
prognóstico de perda possível.

(iv) IRPJ/CSLL - Newark

Em dezembro de 2007 e 2010 foram lavrados dois autos de infração exigindo o recolhimento de
IRPJ e CSLL sobre o resultado da controlada Newark reconhecido na Fibria por equivalência
patrimonial. No entanto, este resultado, que foi considerado como sendo da controlada Newark,
refere-se à distribuição de dividendos de uma empresa brasileira, logo tal valor já foi tributado no
Brasil. Atualmente o valor dos dois autos de infração atualizados totaliza R$ 221 milhões. Com base
na opinião dos advogados internos e externos, a probabilidade de perda em relação ao primeiro auto
de infração (dezembro de 2007 - R$ 120 milhões) é remota e em relação ao segundo (dezembro de
2010 - R$ 101 milhões) é possível, motivo pelo qual não foi constituída qualquer provisão.

(v) Auto de infração - IRPJ/CSLL - permuta de


ativos industriais e florestais

Em dezembro de 2012 a Companhia recebeu autuação fiscal da Receita Federal do Brasil referente a
imposto de renda e contribuição social no valor total de R$ 1.666 milhões, sendo R$ 556 milhões de
principal e R$ 1.110 milhões de multa e juros. A autoridade fiscal questiona um suposto ganho de
capital em operação realizada em fevereiro de 2007 na qual a Fibria celebrou um acordo com a
International Paper, cujo objeto foi a permuta de ativos industriais e florestais das duas empresas.
Em 9 de janeiro de 2013 a Companhia protocolou defesa administrativa junto à Delegacia da Receita
Federal do Brasil.

Em 13 de novembro de 2013 foi proferida decisão pela Delegacia Regional de Julgamento-DRJ de


Brasília – Distrito Federal, julgando procedente o recurso apresentado pela Companhia, exonerando
o crédito tributário em questão. Importante ressaltar que esta decisão é de 1ª instância
administrativa e que haverá recurso de ofício para o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais –
CARF. Com base na opinião dos consultores jurídicos internos e externos da Companhia a
probabilidade de perda foi classificada como possível e consequentemente não foi constituída
qualquer provisão. O valor atualizado do processo, em 31 de dezembro de 2013, é de R$ 1.798.207.

(vi) Auto de infração - IRPJ/CSLL – Fibria Trading International

Em outubro de 2013 a Companhia recebeu um Auto de Infração exigindo o recolhimento do IRPJ e


CSLL sobre o resultado da empresa Fibria Trading International, referente ao período de 2010,
reconhecido na Companhia por equivalência patrimonial. No entanto, para esta autuação não foram
considerados pela fiscalização, os prejuízos apurados em períodos anteriores. Atualmente o valor do
auto de infração totaliza o montante de R$ 274.835. Com base na opinião dos advogados internos e
externos, a probabilidade de perda é possível, motivo pelo qual não foi constituída qualquer
provisão.

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financeiras individuais e consolidadas em
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Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

(vii) Demais processos tributários com probabilidade


de perda possível

Além dos processos tributários com probabilidade de perda possível mencionados anteriormente, a
Companhia apresenta outros 570 processos com valores individuais inferiores a R$ 100 milhões, os
quais totalizam R$ 1.937.602 com valor médio unitário de R$ 3,4 milhões.

(c) Comentários relevantes sobre os


processos trabalhistas/cíveis

A Companhia tem aproximadamente 5.835 processos trabalhistas movidos por ex-empregados, terceiros
e sindicatos, cujos pleitos consistem em sua maioria em pagamento de verbas rescisórias, adicionais por
insalubridade e periculosidade, horas extras, horas in itinere, indenizações por danos materiais e
morais, pagamento de diferenças de expurgos inflacionários sobre multa de 40% do FGTS, bem como
1.075 ações cíveis, das quais a maioria consiste em pedidos de indenização de ex-funcionários ou
terceiros, por supostas doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, ações de cobrança e habilitações de
crédito em falência ajuizadas pela Companhia, ressarcimento de recursos financeiros movidas contra
produtores rurais inadimplentes e ações possessórias ajuizadas com o objetivo de proteger o patrimônio
imobiliário da Companhia. A Companhia tem apólice de seguro - responsabilidade civil geral que cobre,
nos limites fixados na apólice, eventuais condenações a título de danos materiais referentes aos pedidos
de indenização na esfera cível.

(i) Processos cíveis com probabilidade


de perda possível

Em junho de 2012 foi ajuizada Ação Civil Pública pelo Ministério Público Federal do Distrito Federal,
objetivando, em sede liminar, que fosse determinado à Companhia que se abstenha de trafegar em
qualquer rodovia federal com excesso de peso, sob pena de multa, o que foi deferido pelo Juiz de
primeira instância, bem como a ação pleiteia o pagamento de danos morais e materiais em decorrência
de suposto danos às rodovias federais, ao meio ambiente e à ordem econômica. O Ministério Público
Federal atribuiu à ação o valor de R$ 889.181. A Companhia apresentou recurso à decisão liminar que a
impedia de trafegar em rodovias federais com suposto excesso de peso, no que obteve êxito, bem como
apresentou defesa com relação aos demais pontos pleiteados na ação.

O processo encontra-se em fase inicial, sendo que o período de produção de provas ainda não está
concluído. No entendimento dos assessores legais da Companhia a probabilidade de perda é possível,
razão pela qual não há provisão constituída.

(ii) Class action

Em novembro de 2008, foi interposta uma ação judicial coletiva, de natureza privada contra a
Companhia e alguns de seus executivos, em nome de possíveis compradores de ADRs do período entre 7
de abril e 2 de outubro de 2008. A referida ação alega violações de regras da Securities Exchange Act, na
medida em que a Companhia teria divulgado informações insuficientes sobre perdas em certas
operações envolvendo instrumentos derivativos.

Em dezembro de 2012 a Companhia ratificou em reunião de seu Conselho de Administração, acordo no


qual, a Companhia e os demais corréus, concordaram em pagar o valor total de US$ 37,5 milhões
(equivalentes em 31 de dezembro de 2012 a R$ 76,6 milhões) à totalidade dos detentores de ADRs no
período de 7 de abril a 2 de outubro de 2008.

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financeiras individuais e consolidadas em
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Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Em 28 de março de 2013, a Companhia efetuou o pagamento no valor de US$ 37,5 milhões (equivalentes
a R$ 75,4 milhões) utilizando o seguro Directors and Officers (D&O), conforme acordo firmado entre a
Companhia e os demais corréus em 2012.

(d) Comentários relevantes sobre os


processos tributários

(i) Crédito-prêmio IPI

A Companhia ingressou com um processo judicial tributário, em janeiro de 1995, objetivando o


ressarcimento do incentivo fiscal denominado Crédito-prêmio de IPI. Após decisão transitado em
julgado do processo em favor da Companhia reconheceu-se o montante de R$ 170.638 (sendo R$ 77.846
em 2013 e R$ 93.152 em 2012) na rubrica "Outros ativos" no grupo "Ativo não circulante" em
contrapartida a "Outras receitas operacionais", líquido dos honorários advocatícios. Foi requerida a
expedição do precatório no processo judicial.

(ii) Programa BEFIEX

A Companhia obteve decisão judicial favorável, transitada em julgado em outubro de 2013, em Mandado
de Segurança proposto em 2002 visando ao reconhecimento do direito ao crédito-prêmio de IPI,
decorrente de incentivo fiscal, relativo às exportações realizadas no período compreendido entre
dezembro de 1993 e maio de 1997, na vigência do Programa BEFIEX.

O crédito-prêmio de IPI era um benefício fiscal-financeiro destinado às empresas exportadoras,


instituído como forma de ressarcimento pago na aquisição de matérias primas. Tal benefício foi
regulamentado pelo Decreto n.º 64.833/69, após ser instituído pelo Decreto 461/69, sendo mantido até
o ano de 1983, ano do término previsto na legislação. Entretanto, as normas que regulamentavam o fim
do prazo para aproveitamento do benefício, entretanto, foram revogadas pelos Decretos-Lei n.ºs
1.724/79 e 1.894/81, de forma que não houve disposição legal acerca do prazo final de utilização do
benefício.

Posteriormente, os Decretos-Lei foram declarados inconstitucionais, o que gerou numerosas discussões


judiciais acerca da data do término do benefício. A Jurisprudência vem se consolidando no sentido de
limitar o aproveitamento de tais créditos até o ano de 1990, porém, o caso da Companhia diverge de tal
discussão, já que esta aderiu ao Programa BEFIEX, que por se tratar de benefício fiscal concedido sob
condições específicas e por prazo determinado, resultou em direito adquirido, conforme reconhecido nos
autos do mandado de segurança acima citado.

No primeiro semestre de 2014 a Companhia protocolará pedido de habilitação do crédito obtido por
meio da decisão mencionada acima. Após a aprovação do pedido de habilitação por parte da Receita
Federal do Brasil, o valor do crédito será conhecido e registrado pela Companhia.

(e) Depósitos judiciais remanescentes (consolidado)

A Companhia possui em 31 de dezembro de 2013 R$ 106.060 (R$ 157.567 em 31 de dezembro de 2012 e


R$ 137.060 em 1º de janeiro de 2012) depositados judicialmente em processos classificados pelos
assessores jurídicos externos como de perda remota ou possível, portanto, sem respectiva provisão para
contingências. Os processos referem-se à PIS, COFINS, IRPJ e questionamentos relativos às
contribuições destinadas ao INSS, dentre outros de menor valor. Adicionalmente, neste mesmo grupo,
está registrado o montante de R$ 53.209 relativo ao saldo credor do REFIS, conforme detalhado na Nota
25.

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(f) Comentários sobre processos


relevantes encerrados

Ao decorrer do ano 2013 a Companhia possuía um montante de R$ 29.178 provisionado, relativo a


autuação recebida em agosto de 2009, da Fazenda do Estado de São Paulo, no valor original de R$
21.841, incluindo multa e juros. Tal auto de infração foi lavrado com fundamentação na alegação de que
a Companhia realizou operações em que indicou o Distrito Federal como destino de mercadorias, sendo
que estas não saíram do território paulista, o que gerou diferencial entre as alíquotas aplicadas e as que
seriam aplicáveis. Considerando o prognóstico de perda do processo classificado como provável, em
junho de 2013, a Companhia optou por aderir ao Programa Especial de Parcelamento, para pagamento
do débito com redução de multa e juros, tendo sido paga a quantia de R$ 14,8 milhões, em julho de
2013.

(g) Benefício fiscal Drawback Suspensão - Veracel

Durante a construção da fábrica de celulose da Veracel, parte da planta foi adquirida junto a um
fornecedor. A planta era elegível ao benefício fiscal intitulado Drawback Suspensão que previa a isenção
de tributos sobre importação, caso o recurso captado para pagamento ao fornecedor fosse captado no
exterior. Porém, parte da fábrica foi financiada com recursos captados no Brasil e, por esse motivo, a
Receita Federal do Brasil autuou o fornecedor e cancelou o benefício do Drawback.

O fornecedor da Veracel entrou com recurso sobre a autuação recebida, o qual ainda encontra-se
pendente de julgamento, e em paralelo, iniciou um procedimento de arbitragem contra a Veracel para
definir quem seria responsável pelo pagamento da autuação caso essa seja procedente.

Em 20 de setembro de 2013, a Câmara Internacional de Arbitragem Comercial decidiu que a Veracel e


seu fornecedor deveriam dividir a possível contingência, sendo 75% para a Veracel e 25% para o seu
fornecedor. Em novembro de 2013, a Veracel aderiu ao REFIS na modalidade de pagamento à vista para
regularização do débito, com impacto de R$ 22 milhões para a Companhia (correspondente a 50% da
nossa participação na Veracel).

25 Programa de Recuperação Fiscal (REFIS)

(a) Lei 12.865/13 e MP 627/13 – Lucros no exterior

Com a publicação da Lei 12.865/13 e da Medida Provisória 627/13, em outubro e novembro de 2013,
respectivamente, ficou instituído o programa de parcelamento de débitos oriundos de autos de infração
decorrente da tributação no Brasil de lucros apurados no exterior por companhias controladas por
empresas brasileiras ou coligadas a estas.

Com base no programa proposto pelo Governo Federal, a Companhia decidiu, em 25 de novembro de
2013, aderir ao referido programa na modalidade de pagamento à vista para os débitos oriundos dos
autos de infração recebidos pela sua antiga controlada Normus, descritos na Nota 24 (b)(i), com o
abatimento de 30% do principal mediante a utilização de créditos de prejuízo fiscal e base negativa da
contribuição social sobre o lucro líquido, e redução de 100% das multas de mora, ofício ou isoladas, dos
juros de mora e do encargo legal.

O valor pago na adesão ao programa foi de R$ 560.453, sendo R$ 168.136 mediante a utilização de
créditos de prejuízo fiscal e base negativa da contribuição social sobre o lucro líquido e R$ 392.317 com
desembolso de caixa da Companhia, em 27 de novembro de 2013.

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(b) Lei 11.941/09 – Programa de Recuperação Fiscal

Em novembro de 2009, a Companhia aderiu ao Programa de Recuperação Fiscal, instituído pela Lei
no 11.941/09, cujo objetivo é regularizar os passivos fiscais por meio de um sistema especial de
pagamento e de parcelamento de obrigações fiscais e previdenciárias.

Em 28 de junho de 2011, a Companhia efetuou a consolidação dos débitos no Programa de Recuperação


Fiscal, cumprindo de fato todas as formalidades previstas na legislação.

Apresentamos a seguir um resumo dos valores definitivos incluídos no programa, bem como os
benefícios obtidos:

Detalhamento do débito
Total dos débitos atualizados incluídos no programa 532.734
Benefício por redução de multas e juros (78.030)
Multas e juros compensados com prejuízo fiscal e base negativa (129.397)

Total do débito 325.307


Pagamentos realizados na adesão (21.356)

Saldo do débito consolidado no programa 303.951

Total dos depósitos judiciais incluídos 349.802

Saldo credor consolidado 45.851

Em função do direito legal de compensação dos depósitos judiciais relacionados aos débitos incluídos no
programa e em função dos depósitos judiciais serem superiores ao passivo remanescente após as
reduções legais, o saldo credor remanescente, conforme demonstrado acima, atualizado até 31 de
dezembro de 2013, é de R$ 53.209 e foi classificado no ativo não circulante, na rubrica "Depósitos
judiciais" e é atualizado mensalmente pela SELIC.

Com a reabertura do prazo para o REFIS da Lei 11.941/2009, instituído pela Lei 12.865/2013, a
Companhia optou por incluir 13 processos na modalidade de pagamento à vista, no valor total de R$
13.168 (valor com descontos previstos em Lei, atualizados até dezembro de 2013), sendo que R$ 6.849
foi quitado com prejuízo fiscal, e a diferença a Companhia realizou desembolso de caixa, no dia 27 de
dezembro de 2013.

26 Compromissos de longo prazo

A Companhia firmou contratos de longo prazo de Take or Pay com fornecedores de energia, transporte,
óleo diesel, produtos químicos e gás natural por um período médio de 9,8 anos. Os contratos preveêm
cláusulas de rescisão e suspensão de fornecimento por motivos de descumprimento de obrigações
essenciais. Geralmente, a Companhia compra o mínimo acordado contratualmente e por essa razão não
existem passivos registrados em 31 de dezembro de 2013. As obrigações contratuais assumidas em 31 de
dezembro de 2013 representam R$ 228.057 por ano (R$ 258.694 em 31 de dezembro de 2012 e
R$ 301.117 em 1º de janeiro de 2012).

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27 Patrimônio líquido

(a) Capital social

O capital social em 31 de dezembro de 2013 e 2012, totalmente subscrito e integralizado, está


representado por 553.934.646 ações ordinárias sem valor nominal (467.934.646 ações ordinárias
nominativas sem valor nominal em 1º de janeiro de 2012).

Em 30 de abril de 2012, a Fibria concluiu o processo de emissão de ações, representado pela emissão de
86.000.000 ações ordinárias sem valor nominal, objeto de oferta pública primária de ações. Desta
forma, o montante líquido obtido com a referida operação é conciliado conforme a seguir:

Número de Recursos
ações brutos

American depositary shares 12.319.972 195.025


Ações ordinárias ofertadas no Brasil 73.680.028 1.166.355

Total de ações ofertadas 86.000.000 1.361.380

Total dos custos com a emissão (*) (17.834)


Imposto de renda e contribuição social sobre os custos 6.063

Total dos custos de captação líquidos (11.771)

Total do aumento de capital líquido 1.349.609

(*) Os custos com emissão estão representados substancialmente por comissões aos agentes financeiros
que participaram da oferta, bem como serviços jurídicos e de auditoria.

(b) Dividendos e juros sobre capital próprio

O estatuto da Companhia assegura um dividendo mínimo anual correspondente a 25% do lucro líquido,
ajustado pelas movimentações patrimoniais das reservas, conforme preconizado pela legislação
societária.

Não foram propostos dividendos para o exercício findo em 31 de dezembro de 2013 em função do
prejuízo apurado no exercício.

(c) Reserva de lucros

A reserva legal é constituída mediante apropriação de 5% do lucro líquido do exercício. A reserva para
investimento, que corresponde ao lucro remanescente, após a destinação para reserva legal, visa
principalmente atender aos planos de investimentos previstos em orçamento de capital, processos de
modernização e manutenção das fábricas, aprovados pelos Conselhos Fiscal e de Administração.

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(d) Ações em tesouraria

A Companhia possui 342.824 ações ordinárias mantidas em tesouraria pelo valor de R$ 30,18 por ação
que corresponde ao montante de R$ 10.346.

28 Benefícios a empregados

(a) Programa de remuneração variável

A Companhia e suas controladas dispõem de um programa de remuneração variável para seus


funcionários, vinculada ao seu plano de ação e ao alcance de objetivos específicos de acordo com a
geração de caixa, os quais são estabelecidos e acordados no começo de cada ano. O montante registrado
como despesa no exercício encerrado em 2013 é de R$ 55.742 (R$ 56.402 em 31 de dezembro de 2012).

(b) Plano de previdência privada de


contribuição definida

Em 2000, a Companhia aderiu à Fundação Senador José Ermírio de Moraes (FUNSEJEM), entidade de
previdência complementar sem fins lucrativos, que atende a empregados de empresas do Grupo
Votorantim. Nos termos do regulamento do plano de benefícios, as contribuições da Companhia à
FUNSEJEM acompanham as contribuições dos empregados, podendo variar de 0,5% a 6% do salário
nominal. As contribuições realizadas pela Companhia no exercício encerrado em 2013 totalizaram
R$ 8.829 (R$ 8.519 em 31 de dezembro de 2012).

(c) Plano de assistência médica aos aposentados

A Companhia firmou um acordo com o Sindicato da Indústria de Papel, Celulose e Pasta de Madeira
para Papel do Estado de São Paulo, assegurando o custeio de assistência médica (SEPACO) de forma
permanente para os seus funcionários, para os seus dependentes, até que estes completem a maioridade,
e para os seus cônjuges, de forma vitalícia.

A política da Companhia define que o custo do benefício será alocado durante a carreira ativa do
empregado, no período entre a data de admissão na Companhia e a data em que o empregado atinge a
elegibilidade ao recebimento do benefício de assistência médica.

A partir da adoção do Pronunciamento Técnico CPC 33 (R1) - "Benefícios a Empregados", está extinto o
método do “corredor” para o reconhecimento dos resultados atuariais, devendo a Companhia, a partir
dessa alteração, reconhecer imediatamente no balanço patrimonial no período em que ocorrerem, à
conta de “Outros resultados abrangentes”. O montante registrado no resultado do exercício encerrado
em 31 de dezembro de 2013 como despesa foi de R$ 4.065 (R$ 4.647 em 31 de dezembro de 2012)

Premissas atuariais

2013 2012

Taxa de desconto real - % 6,25 4,0


Taxa real de crescimento nominal dos custos médicos - % 3,0 3,0
Taxa de aumento de utilização da assistência médica - % 3,0 3,0
Inflação de longo prazo - % 5,0 4,25
Tábua biométrica de mortalidade geral AT-2000 AT-83
Tábua biométrica de mortalidade de inválidos IAPB 57 IAPB 57

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A sensibilidade do saldo da obrigação de plano de assistência médica às mudanças nas principais


premissas ponderadas é a seguinte:

Mudança na Aumento na Redução na


premissa premissa premissa

Taxa de desconto real 0,50% Redução de 5,5% Aumento de 6,1%


Taxa de tendência dos custos médicos 0,50% Aumento de 6,4% Redução de 5,9%
Mortalidade 1 ano Aumento de 4,3% Redução de 4,2%

As análises de sensibilidade acima baseiam-se em uma mudança na premissa enquanto são mantidas
constantes todas as outras premissas.

A posição do passivo atuarial, reconhecido na rubrica “Demais contas a pagar” na data de encerramento
dos balanços era a seguinte:

2013 2012
(Reapresentado)

Reconciliação do passivo
Valor presente das obrigações atuariais 93.934 66.302
Custo do serviço corrente
Juros sobre as obrigações atuariais e outros 7.750 8.618
Benefícios pagos (3.684) (3.971)
Ganho (perdas) atuariais reconhecidos em “Outros resultados
abrangentes” (21.421) 22.985

Saldo das obrigações atuariais 76.579 93.934

(d) Composição dos gastos com


benefícios a empregados

Controladora Consolidado

2013 2012 2013 2012

Salários, encargos e benefícios de curto prazo 324.291 335.340 501.453 497.327


Fundo de garantia e indenizações de rescisão 27.456 25.850 37.972 36.572
Custos previdenciários (INSS) 6.537 54.104 17.888 82.701
Outros benefícios 16.556 9.116 24.801 13.717

374.840 424.410 582.114 630.317

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29 Programa de remuneração baseado em


ações - Phantom Stock Options (PSO)

Em 28 de abril de 2010, o Conselho de Administração aprovou o programa de incentivo de longo prazo,


que consiste no plano para outorga de Phantom Stock Options (PSO) que tem por objetivo integrar
executivos no processo de desenvolvimento da Companhia a médio e longo prazos, facultando
participarem das valorizações das ações da Companhia.

O programa é baseado no conceito de PSO, que consiste em uma premiação em dinheiro baseada na
valorização da ação da Companhia, em relação a um preço de exercício preestabelecido pelo programa
em um prazo predeterminado. O plano não prevê negociação efetiva (compra e venda) das ações. São
elegíveis ao plano o diretor-presidente e diretores executivos da Companhia.

A cada outorga, o executivo elegível recebe uma quantidade de PSO definida com base em uma
premiação-alvo e na expectativa de valorização da Companhia. A meta de valorização das ações da
Companhia é estabelecida pelo Conselho de Administração e o número de PSO outorgadas será
calculado de tal forma que, se atingida a meta de valorização, a premiação resultante será igual ao valor-
-alvo.

As PSOs somente poderão ser exercidas se respeitados o prazo de carência (vesting) de três anos, a
partir da data de outorga estabelecida nos contratos e possuem prazo máximo de exercício de cinco anos,
quando vencem. Excepcionalmente, a primeira outorga denominada Programa 2009 possui período de
carência escalonado.

O preço de exercício das opções na data da outorga é calculado pelo preço médio dos últimos três meses
do preço de fechamento das ações FIBR3.

Os programas outorgados até 31 de dezembro de 2013 são os seguintes:


Programas outorgados

Data da Direito ao Validade da Preço de


Programa outorga exercício opção Opções exercício

2009 26.08.10 27.08.10 31.12.16 17.889 27,55


2009 26.08.10 26.12.10 31.12.16 17.889 27,55
2009 26.08.10 27.10.11 31.12.16 17.889 27,55
2010 26.08.10 28.08.13 31.12.17 37.997 27,55
2011 02.01.12 02.01.14 31.12.18 67.656 28,31
2012 02.01.12 02.01.15 31.12.19 278.724 14,09
2013 02.01.13 02.01.16 31.12.20 241.032 20,37

Premissas e cálculo do valor justo


das opções outorgadas

A precificação das opções foi realizada com base no modelo Binomial Trinomial Trees (BTT) devido à
facilidade de implementação, de validação e inclusão das peculiaridades do programa. Este modelo é
uma aproximação numérica da metodologia risk-neutral ou martingales e é muito utilizado na
precificação de instrumentos que não podem possuir fórmulas fechadas de precificação.

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Notas Explicativas

Fibria Celulose S.A. e suas controladas


Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

Para determinação desse valor foram utilizadas as seguintes premissas econômicas.

2013 2012

Volatilidade anualizada do preço da ação (i) - % 3,35 3,77


Taxa de retorno livre de risco (ii) - % 9,77 a 13,07 6,55 a 8,58
Preço médio das ações (média três meses anteriores) 27,90 18,63
Preço de exercício das opções 19,55 21,57
Prazo médio ponderado de exercício da opção (meses) 13,69 15,27
Prazo médio ponderado de vida da opção (meses) 71,91 73,11
Valor justo da opção resultante do modelo (média) 5,19 1,82

(i) Baseado na volatilidade diária para um período de três meses.


(ii) Foi utilizada a curva da taxa de juros prefixada DI (Brasil) na data da mensuração.

Cabe ressaltar que em função da valorização das ações FIBR3 ao longo de 2013, o valor justo das opções
em 31 de dezembro de 2013 foi R$ 5.425 (R$ 471 em 31 de dezembro de 2012).

A Companhia efetuará a liquidação desse plano de benefícios aos executivos, em dinheiro, quando do
exercício das opções.

As variações nas quantidades de opções de compra de ações e seus correspondentes preços médios
ponderados do exercício estão apresentadas a seguir:
2013 2012

Preço médio Preço médio


Quantidade de ponderado de Quantidade de ponderado de
opções exercício opções exercício

Em aberto no início do exercício 607.399 21,57 379.851 27,55


Outorgadas durante o exercício 241.032 20,37 553.710 21,15
Canceladas (169.356) 27,94 (326.162) 27,83

Em aberto no final do exercício 679.075 19,55 607.399 21,57

Opções exercíveis no final do exercício 424.491 20,44 353.511 24,25

No exercício findo em 31 de dezembro de 2013, houve provisão de despesa totalizando R$ 5.425 (em
2012 não houveram despesas reconhecidas e a provisão foi reduzida em R$ 471 ), contabilizada no
resultado na rubrica "Despesas gerais e administrativas" e o passivo, registrado na rubrica "Outras
contas a pagar".

30 Provisão para desmobilização de ativos

A Companhia utiliza diversos julgamentos e premissas quando mensura as obrigações referentes à


descontinuação de uso de ativos. Sob o ponto de vista ambiental, refere-se às obrigações futuras de
restaurar/ recuperar o meio ambiente, para as condições ecologicamente similares às existentes, antes
do início do projeto ou atividade. Essas obrigações surgem a partir do direito de uso do ativo, o qual
causa degradação ambiental, objeto da operação ou a partir de compromissos formais assumidos com o
órgão ambiental, cuja degradação precisa ser compensada, dando outras destinações e uso para o local
impactado.

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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

A desmontagem e retirada da operação de um ativo ocorre quando ele for permanentemente desativado,
por meio de sua paralisação, venda ou alienação. Esta obrigação futura será reconhecida no resultado,
uma parte, via depreciação durante toda a vida útil do ativo que a originou e, outra parte, pela reversão
do ajuste a valor presente mais a atualização do passivo pela inflação. Por serem obrigações de longo
prazo são ajustadas a valor presente, pela taxa real de juros e atualizadas periodicamente pelo índice de
inflação.

O saldo da provisão para desmobilização de ativos em 31 de dezembro de 2013 é de R$ 14.315 e está


registrado na rubrica “Demais contas a pagar” no passivo não circulante.

31 Receita

(a) Reconciliação das receitas

Controladora Consolidado

2013 2012 2013 2012

Receita bruta de vendas 4.177.366 3.903.531 8.053.038 7.208.452


Impostos sobre as vendas (69.298) (77.248) (130.175) (138.820)
Abatimentos (28) (38) (1.005.457) (895.259)

Receita líquida de vendas 4.108.040 3.826.245 6.917.406 6.174.373

(b) Informações sobre produtos

Controladora Consolidado

2013 2012 2013 2012

Celulose
Volumes (ktons)
Mercado interno 167.218 215.082 447.429 530.566
Mercado externo 3.262.718 3.260.712 4.750.337 4.825.990

3.429.936 3.475.794 5.197.766 5.356.556

Receita líquida de celulose


Mercado interno 199.524 222.333 503.649 508.533
Mercado externo 3.908.516 3.603.912 6.341.772 5.597.725

4.108.040 3.826.245 6.845.421 6.106.258

Preço médio (R$/ton) 1.198 1.101 1.317 1.140

Receita líquida
Mercado interno 199.524 222.333 503.649 508.533
Mercado externo 3.908.516 3.603.912 6.341.772 5.597.725
Serviços 71.985 68.115

4.108.040 3.826.245 6.917.406 6.174.373

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(c) Informações sobre áreas geográficas

As áreas geográficas são determinadas baseadas na localização dos clientes. As receitas da Companhia
classificadas por área geográfica podem ser demonstradas como segue:

Consolidado

2013 2012

Europa 2.679.705 2.539.214


América do Norte 1.930.893 1.581.021
Ásia 1.708.368 1.454.963
Brasil e outros 598.440 599.175

6.917.406 6.174.373

32 Resultado financeiro
Controladora Consolidado

2013 2012 2013 2012

Despesas financeiras
Juros sobre empréstimos e financiamentos (484.568) (495.731) (575.877) (681.840)
Amortização de custos de captação (7.683) (9.681) (22.118) (72.800)
Encargos financeiros na recompra parcial do
Bonds (350.295) (150.917)
Outras despesas financeiras (58.408) (57.404) (68.236) (38.848)

(550.659) (562.816) (1.016.526) (944.405)

Receitas financeiras
Aplicações financeiras 71.651 122.551 96.942 151.728
Outras receitas financeiras 12.341 14.168 13.781 15.918

83.992 136.719 110.723 167.646

Resultado dos instrumentos financeiros derivativos


Receitas 376.750 438.896 376.750 438.896
Despesas (592.063) (623.361) (592.063) (623.361)

(215.313) (184.465) (215.313) (184.465)

Variações cambiais
Variação cambial sobre empréstimos
e financiamentos (1.131.012) (792.444) (910.316) (803.641)
Variações cambiais - outros ativos e passivos (*) 23.993 40.495 (22.591) 68.640

(1.107.019) (751.949) (932.907) (735.001)

Resultado financeiro líquido (1.788.999) (1.362.511) (2.054.023) (1.696.225)

(*) Incluem efeitos das variações cambiais de clientes, fornecedores, caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras e outros.

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33 Despesas por natureza

Controladora Consolidado

2013 2012 2013 2012

Custo dos produtos vendidos


Depreciação, exaustão e amortização (1.177.620) (1.213.139) (1.833.548) (1.811.974)
Fretes (315.916) (308.743) (774.851) (691.994)
Benefícios a empregados (252.845) (279.810) (412.624) (442.459)
Custos variáveis (matérias-primas e
materiais de consumo) (1.780.802) (1.563.071) (2.361.665) (2.290.831)

(3.527.183) (3.364.763) (5.382.688) (5.237.258)

Despesas com vendas


Benefícios a empregados (6.069) (5.788) (19.881) (17.541)
Despesas de comercialização (i) (95.182) (85.094) (299.979) (260.327)
Arrendamentos operacionais (260) (212) (1.758) (1.310)
Depreciações e amortizações (1.029) (944) (6.957) (12.609)
Outros (5.159) 304 (18.963) (6.265)

(107.699) (91.734) (347.538) (298.052)

Despesas administrativas
Benefícios a empregados (104.978) (67.640) (122.223) (113.915)
Serviços de terceiros (ii) (91.825) (68.178) (111.480) (103.149)
Depreciações e amortizações (18.012) (16.975) (22.656) (23.725)
Doações e patrocínios (3.426) (9.336) (5.690) (9.402)
Impostos, taxas e contribuições (4.899) (4.431) (5.851) (4.628)
Arrendamento operacional e seguros (6.974) (7.115) (9.198) (8.657)
Outras (6.901) (22.524) (23.033) (22.526)

(237.015) (196.199) (300.131) (286.002)

Outras receitas e despesas operacionais


Participação no resultado (39.000) (45.844) (55.742) (56.402)
Amortização de mais valia de ativos (42.971) (61.271)
Variação do valor justo dos ativos
biológicos (Nota 18) (48.075) 55.703 102.265 297.686
Créditos fiscais 27.781 29.973
Crédito-prêmio de IPI (Nota 24 d (i)) 77.486 93.152 77.486 93.152
Ganho de capital relativo a venda de terras e
benfeitorias Projeto Asset Light (Nota 1 (e)) 728.844 799.040
Perda/(ganho) na alienação de imobilizado (208.164) 74.446 (220.936) 64.419
Reversão de provisão para contingência 116.042 116.042
Outros (5.858) (55.547) (24.730) (44.829)

606.085 60.639 823.398 354.026


(i) Contemplam gastos com manuseios de mercadoria, despesas de terminais, comissões e outros.
(ii) Contemplam honorários advocatícios, consultorias, auditorias, serviços administrativos e outros.

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34 Cobertura de seguros

A Fibria mantém cobertura de seguro para risco operacional com limite máximo para indenização de
R$ 5.000.000. Adicionalmente, mantém cobertura de seguro de responsabilidade civil geral no
montante de US$ 25 milhões, correspondentes a R$ 58.565 em 31 de dezembro de 2013.

A Administração da Companhia considera esse valor suficiente para cobrir possíveis riscos de
responsabilidades, sinistros com seus ativos e lucros cessantes.

A Fibria não tem seguro para suas florestas. Visando minimizar o risco de incêndio, são mantidos, pela
brigada interna de incêndio, um sistema de torres de observações e uma frota de caminhões. A
Companhia não apresenta histórico de perdas relevantes com incêndio de florestas.

A Companhia dispõe de apólice de seguro de transporte nacional e internacional (importações e


exportações) com vigência até 31 de janeiro de 2014, com renovação prevista para um período
de 12 meses.

Além das coberturas anteriores, a Fibria mantém em vigor as apólices de responsabilidade civil dos
executivos e diretores em montantes considerados adequados pela Administração.

35 Lucro por ação

(a) Básico

O lucro básico por ação é calculado mediante a divisão do lucro atribuível aos acionistas da Companhia
pela quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas durante o período, excluindo as ações
ordinárias compradas pela Companhia e mantidas como ações em tesouraria. São reduzidos do lucro
atribuído aos acionistas da controladora, quaisquer dividendos de ações preferencialistas e eventuais
prêmios pagos na emissão de ações preferenciais durante o período.

31 de 31 de
dezembro dezembro
de 2013 de 2012

Prejuízo das operações atribuível aos acionistas da controladora (706.422 ) (704.706 )

Quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas 553.591.822 524.925.157


Prejuízo básico por ação (em reais) (1,28 ) (1,34 )

O número médio ponderado de ações nos períodos apresentados são representados pelo número total de
ações que compõem o capital da Companhia, no total de 553.934.646 ações para os exercícios findos em
31 de dezembro de 2013 e 2012, menos aquelas mantidas em tesouraria, que totalizam 342.824 ações em
31 de dezembro de 2013 e 342.822 ações em 31 de dezembro de 2012. No exercício findo em 31 de
dezembro de 2013 não houve movimentação na quantidade de ações da Companhia.

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Ações em circulação

2013 2012

Janeiro a abril 553.591.822 467.591.824


Maio a dezembro 553.591.822 553.591.824

Média ponderada 553.591.822 524.925.157

(b) Diluído

A Companhia não possui dívida conversível em ações e opção de compra de ações, dessa forma, não
apresenta ações ordinárias potenciais para fins de diluição.

36 Ativo circulante mantido para a venda


e ativos vendidos

Conforme mencionado na Nota 1(d)(ii) as florestas e terras localizadas no sul da Bahia foram vendidas
em 2012. A Companhia também classificou os ativos do Projeto Losango como ativos mantidos para
venda desde junho de 2011.

As terras e florestas localizadas no sul da Bahia não atendem a definição de operação descontinuada por
não representarem um negócio relevante ou área geográfica.

(a) Ativos mantidos para venda

Os ativos mantidos para a venda referem-se ao Projeto Losango, conforme detalhado na Nota 1(d)(i):

31 de 31 de 1º de
dezembro dezembro janeiro de
de 2013 de 2012 2012

Projeto Losango
Ativos biológicos 284.217 284.217 269.918
Ativo imobilizado - substancialmente terras 305.632 305.632 341.784
Outros ativos 32.464

589.849 589.849 644.166

Depois de classificados como ativos mantidos para venda, os valores contábeis desses ativos foram
comparados aos seus valores justos menos despesas para venda, e nenhum indicador de impairment foi
identificado.

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(b) Ganho de capital dos ativos no sul da Bahia

Apresentamos a seguir o ganho de capital auferido em 2012 resultante da alienação desses ativos:

2012

Ativos no sul
da Bahia

Valor de venda 210.000


(-) Custo dos ativos líquidos baixados
Ativos imobilizados e biológicos (139.399)
Mais valia CPC 15 e CPC 29 (29.319)
Outros gastos (11.660)

(=) Ganho de capital bruto antes do imposto de renda e da contribuição social 29.622

(-) Despesa de imposto de renda e contribuição social (10.071)

(=) Ganho de capital líquido do imposto de renda e da contribuição social 19.551

(c) Obrigações remanescentes das


unidades alienadas

Em decorrência das alienações dos ativos no sul da Bahia, a Companhia assumiu certos compromissos
de indenização por perdas e/ou contingências, caso venham a ocorrer, conforme disposto nos
respectivos contratos de compra e venda, os quais determinam inclusive limites, prazos e procedimentos
aplicáveis.

37 Testes para verificação de impairment

No exercício findo em 31 de dezembro de 2013, conforme a prática contábil descrita na Nota 2.11(a), a
Companhia realizou o teste anual de impairment da UGC Aracruz, conforme descrito no item (a) a
seguir. Adicionalmente, conforme requerido pelos parágrafos 8 e 12 do CPC 01/IAS 36, quando a
Companhia possuir o valor contábil dos ativos líquidos superior a sua capitalização de mercado deve ser
elaborada uma estimativa formal do valor recuperável dos demais ativos representativos. Desta forma,
conforme descrito no item (b) a seguir, realizamos o teste de impairment dos ativos relacionadas às
UGCs de Jacareí - SP e Três Lagoas - MS.

(a) Unidade geradora de caixa com


ágio alocado - Aracruz

Em 31 de dezembro de 2013, a Companhia avaliou a recuperação do montante do ágio com base


no seu valor em uso, utilizando o modelo de fluxo de caixa descontado para a Unidade Geradora de
Caixa (UGC). O processo de estimativa do valor em uso envolve a utilização de premissas, julgamentos e
estimativas sobre os fluxos de caixa futuros e representa a melhor estimativa da Companhia, tendo sido
as referidas projeções aprovadas pela Administração. O teste de recuperação da UGC não identificou a
necessidade de reconhecimento de perda.

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O ágio foi alocado a um grupo de UGCs (Aracruz e Veracel), cujo montante em 31 de dezembro
de 2013 é de R$ 4.230.450.

Os fluxos de caixa foram descontados a valor presente através da aplicação da taxa determinada pelo
Custo Médio Ponderado de Capitais (Weighted Average Cost of Capital (WACC)). Esta taxa considera
diversos componentes do financiamento, dívida e capital próprio utilizados pela Companhia para
financiar suas atividades. O custo do capital próprio da Fibria foi calculado pelo método CAPM (Capital
Asset Pricing Model).

A projeção de fluxo de caixa contemplou o período de dez anos, sendo o montante resultante dessa
projeção acrescido do valor residual calculado pela perpetuação do saldo de caixa no décimo ano,
descontado ao valor presente pelo WACC e diminuído da expectativa de crescimento do PIB. Foi
utilizado um período de dez anos em função de a Administração considerar que o impacto nos preços
globais de celulose podem ser afetados por diversos fatores, cujos desdobramentos normalmente são
superiores ao ciclo produtivo de sete anos.

As principais premissas utilizadas nos cálculos do valor em uso em 31 de dezembro de 2013, para a UGC,
são as que seguem:

Premissas

Taxa de câmbio utilizada no período - reais 2,15


Margem bruta média - % 45,4
Taxa de desconto - WACC (bruta e líquida dos créditos tributários) - % 12,10 e 6,26

A Administração determinou a margem bruta orçada com base no desempenho passado e em suas
expectativas para o desenvolvimento do mercado. As taxas de crescimento médias ponderadas utilizadas
são consistentes com as previsões incluídas nos relatórios do setor.

A Administração acredita ser razoavelmente possível que alterações futuras no preço de celulose
combinadas com os efeitos cambiais correlatos possam fazer com que o valor recuperável da UGC seja
alterado.

Desta forma, para fins de sensibilidade, uma queda isolada de 10% no preço da celulose e na taxa de
câmbio para os próximos 4 anos do fluxo de caixa descontado faria com que o valor recuperável da UGC
em 31 de dezembro 2013 fosse superior ao seu valor em uso, não sendo necessário o reconhecimento de
provisão para impairment.

O valor recuperável da UGC para fins de teste de impairment excede o valor contábil em
R$ 5,4 bilhões.

(b) Unidades Jacareí e Três Lagoas

A Companhia avaliou em 31 de dezembro de 2013 a recuperação do valor contábil dos ativos líquidos das
UGCs Jacareí e Três Lagoas com base no seu valor em uso, utilizando o modelo de fluxo de caixa
descontado. O processo de estimativa do valor em uso seguiu as mesmas premissas e julgamentos do
modelo mencionado no item (a) anteriormente. O teste de recuperação destes ativos não resultou na
necessidade de reconhecimento de perdas por redução ao valor recuperável.

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Notas Explicativas

Fibria Celulose S.A. e suas controladas


Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2013
Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado

38 Eventos subsequentes

(a) Contas a receber relativo a venda de terras


e benfeitorias - Projeto Asset Light

Conforme mencionado na Nota 1(e), o valor de R$ 902.584 referente à venda de terras estava pendente
de recebimento e sujeito ao cumprimento de determinadas obrigações e registros legais. Em janeiro de
2014, a Companhia recebeu R$ 604.618. O saldo remanescente no valor de R$ 297.966 será recebido da
seguinte forma: R$ 106.084 no dia 30 de janeiro de 2014 e R$ 191.882 até o final do 1º trimestre de
2014.

(b) Recompra antecipada - Bond Fibria 2020

Em janeiro de 2014, a Administração da Companhia aprovou a recompra antecipada de 100% dos títulos
Bond Fibria 2020, cuja taxa de juros é de 7,5% a.a. Em 31 de dezembro de 2013, o saldo em aberto é de
R$ 1.616 milhões (US$ 690 milhões). A expectativa de conclusão da liquidação está prevista para ocorrer
em março de 2014 e, consequentemente, o saldo está apresentado no passivo circulante.

* * *

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Comentário Sobre o Comportamento das Projeções Empresariais

Resultados 4T13

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Comentário Sobre o Comportamento das Projeções Empresariais Resultados 4T13


EBITDA recorde de R$ 2,8 bilhões e Fluxo de Caixa Livre de R$ 1,3 bilhão em 2013
4T13 vs 4T13 vs 2013 vs
Principais Indicadores Unidade 4T13 3T13 4T12 2013 2012
3T13 4T12 2012

Produção de celulose 000 t 1.358 1.347 1.370 1% -1% 5.259 5.299 -1%

Vendas de celulose 000 t 1.441 1.301 1.510 11% -5% 5.198 5.357 -3%

Receita líquida R$ milhões 1.958 1.841 1.853 6% 6% 6.917 6.174 12%


(1) 8% 9% 24%
EBITDA ajustado R$ milhões 823 762 753 2.796 2.253
Margem EBITDA % 42% 41% 41% 1 p.p. 1 p.p. 40% 36% 4 p.p.

Resultado financeiro(2) R$ milhões (599) (226) (260) 165% 130% (2.054) (1.696) 21%

Lucro (Prejuízo) líquido R$ milhões (185) 57 48 - - (698) (698) -

Fluxo de Caixa Livre (3) R$ milhões 746 122 399 513% 87% 1.268 836 52%

Dívida bruta (US$) US$ milhões 4.172 4.254 5.269 -2% -21% 4.172 5.269 -21%

Dívida bruta (R$) R$ milhões 9.773 9.487 10.768 3% -9% 9.773 10.768 -9%

Caixa (4) R$ milhões 1.924 1.246 3.023 54% -36% 1.924 3.023 -36%

Dívida líquida R$ milhões 7.849 8.240 7.745 -5% 1% 7.849 7.745 1%

Dívida líquida/EBITDA UDM x 2,8 3,0 3,4 -0,2 x -0,6 x 2,8 3,4 -0,6 x

Dívida Líquida/EBITDA UDM (US$)(5) x 2,6 2,9 3,3 -0,4 x -0,7 x 2,6 3,3 -0,7 x

(1) Ajustado em itens não recorrentes, sem impacto caixa | (2) Inclui resultado de aplicações f inanceiras, variações monetárias e cambiais, marcação a mercado de instrumentos de hedge e juros

(3) Não consideradas vendas de ativos realizadas | (4) Inclui o valor justo dos instrumentos de hedge | (5) Para fins de verificação de covenants

Destaques do 4T13
Relação Dívida Líquida/EBITDA em dólar em 2,6x (Set/13: 2,9x | Dez/12: 3,3x). Se considerarmos o recebimento da segunda parcela da venda
de terras no valor de R$ 903 milhões, boa parte já recebida em janeiro de 2014, a relação seria de 2,3x em US$ e 2,5x em R$.
Dívida bruta foi de R$ 9.773 milhões, 3% superior ao 3T13 e 9% inferior ao 4T12.
Custo da dívida em moeda estrangeira em 4,6% a.a. (3T13: 4,5% a.a. | 4T12: 5,2% a.a.). Considerando a recompra do saldo em aberto do bond
2020, anunciada em janeiro, o custo médio da dívida em moeda estrangeira ficaria em 4,0% a.a.
Produção de celulose de 1,4 milhão t, 1% superior ao 3T13 e 1% inferior ao 4T12. Em 2013, a produção atingiu 5,3 milhões t.
Vendas de celulose de 1,4 milhão t, 11% superior ao 3T13 e 5% inferior ao 4T12. Nos UDM, as vendas alcançaram 5,2 milhões t.
Receita líquida trimestral recorde de R$ 1.958 milhões (3T13: R$ 1.841 milhões e 4T12: R$ 1.853 milhões).
Custo caixa do ano de 2013 ficou em R$ 505/t, 6,7% superior a 2012. Excluindo o impacto do câmbio e das chuvas ocorridas na Unidade
Aracruz, o aumento teria sido de 4,6%, abaixo da inflação do ano.
EBITDA ajustado trimestral recorde de R$ 823 milhões, 8% superior ao 3T13, explicado principalmente pelo maior volume de vendas. Em
relação ao 4T12, o aumento de 9% se deve ao maior preço médio líquido em reais. O EBITDA dos últimos 12 meses totalizou R$ 2.796 milhões,
maior nível desde a criação da Fibria e 24% superior a 2012.
Margem EBITDA de 42%, 1 p.p superior ao 3T13 e 4T12, respectivamente.
EBITDA/t no trimestre de R$ 571 (US$ 251/t), 2% inferior ao 3T13 e 15% superior ao 4T12.
Fluxo de caixa livre ficou em R$ 746 milhões, 6 vezes superior ao 3T13 em função da melhoria do capital de giro e elevação do EBITDA. Em
2013 alcançou R$ 1.268 milhões (US$ 113/t), 52% superior a 2012, representando 8,3% de free cash flow yield em 31/12/2013.
Capex 2013: R$ 1.287 milhões, em linha com o guidance.
Fibria foi novamente selecionada para compor a carteira 2014 do Índice de Sustentabilidade Empresarial da BM&FBovespa. A Companhia
também foi reconhecida no anuário da RobecoSAM como líder no segmento de produtos florestais e papel.
III Encontro Anual com Investidores em NY – Fibria Day em 03/12/2013.
A Companhia aderiu ao REFIS e efetuou o pagamento dos débitos relativos ao IRPJ e CSLL referente à tributação dos resultados apurados em
controladas no exterior no montante total de R$ 560 milhões, com desembolso efetivo de caixa no montante de R$ 392 milhões (vide mais
detalhes pág. 4).
A Fibria concluiu em 30/12/2013 a operação de alienação de 206 mil ha de terras pelo valor potencial de R$ 1,65 bilhão, recebendo R$ 500
milhões a título de primeiro pagamento no 4T13.

Eventos Subsequentes
Recebimento de R$ 605 milhões, referente à parte do pagamento da venda de terras, ocorrido até 29/01/2014.
Anunciado o resgate de 100% do saldo total do Bond com vencimento em 2020, equivalente a US$ 690 milhões.
Valor de Mercado – 31/dez/2013: Teleconferência: 23/out/2013 Relações com Investidores

R$ 15,3 bilhões | US$ 6,5 bilhões Português: 11hs (Brasília) | Tel: +55 11 4688-6361 Guilherme Cavalcanti
André Gonçalves
FIBR3: R$ 27,65
ÍndiceFBR: US$ 11,68 Inglês: 12hs (Brasília) | Tel: +1 412 317-6776
Camila Nogueira
Roberto Costa
Ações Emitidas: Isabela Cerbasi
Webcast: www.fibria.com.br/ri
553.934.646 ações ON ir@fibria.com.br | +55 (11) 2138-4565
As informações operacionais e financeiras da Fibria Celulose S.A. do 4º trimestre de 2013 (4T13) foram apresentadas neste documento com base em números consolidados e expressos em reais, não auditados e
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elaborados conforme os requisitos da Legislação Societária. Os resultados da Veracel Celulose S.A. foram incluídos neste documento considerando a consolidação proporcional de 50%, eliminando todos os efeitos
das operações intercompanhia.
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Comentário Sobre o Comportamento das Projeções Empresariais Resultados 4T13

Sumário Executivo ....................................................................................................................... 4


Mercado de Celulose ................................................................................................................... 5
Produção e Vendas...................................................................................................................... 6
Análise do Resultado ................................................................................................................... 7
Resultado Financeiro ................................................................................................................. 10
Resultado Líquido ...................................................................................................................... 12
Endividamento ........................................................................................................................... 13
Investimentos de Capital ............................................................................................................ 15
Fluxo de Caixa Livre .................................................................................................................. 16
Mercado de Capitais .................................................................................................................. 16
Eventos subsequentes ............................................................................................................... 17
Anexo I – Faturamento x Volume x Preço* ................................................................................ 18
Anexo II – DRE .......................................................................................................................... 19
Anexo III – Balanço Patrimonial ................................................................................................. 20
Anexo IV – Fluxo de Caixa ......................................................................................................... 21
Anexo V – Composição do EBITDA e EBITDA ajustado (Instrução CVM 527/2012)................. 22
Anexo VI – Dados Econômicos e Operacionais ......................................................................... 23

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Comentário Sobre o Comportamento das Projeções Empresariais Resultados 4T13


Sumário Executivo

O mercado de celulose no ano de 2013 foi caracterizado pela entrada de novas capacidades, mas também pelos fechamentos
anunciados ao longo do período em torno de 1,1 milhão de t, que ajudaram a equilibrar o nível de oferta na indústria (aumento
líquido aproximado de 515 mil t). Do lado da demanda, observou-se um aumento dos embarques de celulose de eucalipto
acumulados no ano, com destaque para a China e América do Norte. Com relação aos estoques dos produtores de fibra curta,
observou-se um movimento de queda a partir de agosto, finalizando o ano em 39 dias, em linha com a média histórica. Como
resultado desses eventos, o preço da celulose médio em US$ subiu 5% em relação a 2012. Em paralelo, a apreciação do dólar
ao longo do ano continuou a impulsionar o preço da celulose em reais, cujo aumento contribuiu para que o EBITDA ajustado
anual da Fibria fosse recorde. Com a elevação do EBITDA e o recebimento da primeira parcela referente à venda de terras,
conforme descrito a seguir, a alavancagem foi reduzida para 2,6x em US$.

Em 13 de novembro de 2013, a Fibria assinou um contrato vinculante com Parkia Participações S.A para a alienação de
determinadas terras localizadas nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia e Espírito Santo, perfazendo um total
de aproximadamente 210.000 hectares. Em 30 de dezembro de 2013, após a obtenção das aprovações regulatórias
obrigatórias e da conclusão da auditoria confirmatória pela Parkia, foi concluído e assinado o Primeiro Aditivo ao Contrato de
Compra e Venda de Ações e Outras Avenças, tendo sido ajustada a área total objeto da transação para aproximadamente 206
mil hectares de terras, pelo valor total de R$ 1,4 bilhão. A Companhia recebeu o montante de R$ 500 milhões em 30 de
dezembro de 2013 e R$ 605 milhões ocorrido até 29 de janeiro de 2014. O pagamento do saldo remanescente, no valor de R$
298 milhões, é esperado para o 1T14. Um valor adicional de até R$ 248 milhões poderá ser recebido pela Companhia em três
prestações do valor, no 7º, 14º e 21º aniversários do contrato de compra e venda, com o valor a receber sendo determinado
em função da valorização das terras em cada aniversário. Nessa mesma data, a Companhia assinou contratos de parceria
florestal e de fornecimento de madeira em pé; ambos com prazo de até 24 anos. A transação gerou um ganho de capital
líquido de imposto de renda e contribuição social de R$ 527 milhões. Não houve desembolso efetivo de caixa para pagamento
desses tributos devido ao aproveitamento do prejuízo fiscal gerado no ano de 2013.

A Fibria optou pelo pagamento à vista dos débitos vencidos até 31/12/12 relativos ao Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas
(IRPJ) e à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), decorrentes da aplicação do art. 74 da Medida Provisória 2.158-
35/01, referente à tributação dos resultados auferidos em controladas no exterior. O valor total a ser pago na modalidade à
vista, com redução de 100% das multas de mora e de ofício, das multas isoladas, dos juros de mora e do valor do encargo
legal, totaliza o montante de R$ 560 milhões, cujo efeito foi registrado no 4T13. Deste montante, a Companhia utilizou créditos
de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social para compensar R$ 168 milhões, equivalente a 30% do valor principal,
trazendo o desembolso efetivo de caixa ao montante de R$ 392 milhões.

No 4T13, a produção de celulose foi de 1,4 milhão t, 1% superior em relação ao 3T13, em função da ausência das paradas
programadas para manutenção, parcialmente compensada pelos efeitos das chuvas na Unidade Aracruz (ES), o que também
explica grande parte da redução de 1% em relação ao 4T12. O volume de vendas totalizou 1,4 milhão t, equivalente a 106% da
produção do trimestre, e 11% superior ao 3T13 em função da sazonalidade do período, com destaque para a Europa. Em
2013, as vendas da Fibria totalizaram 5,2 milhões t (98% da produção do ano), queda de 3% na comparação com 2012,
quando tivemos recorde de volume vendido e estoques abaixo de 50 dias. Adicionalmente, houve menor disponibilidade como
resultado da redução do volume produzido. Os estoques encerraram o ano de 2013 em 50 dias.

O custo caixa de produção do ano foi de R$ 505/t, 6,7% superior a 2012, em grande parte explicado pelo maior custo com
madeira, efeito câmbio e maior preço de insumos. Se excluirmos o impacto do câmbio e das chuvas ocorridas na Unidade
Aracruz, o aumento teria sido abaixo da inflação do ano. No trimestre o custo caixa foi de R$ 466/t, representando uma queda
de 7% em relação ao 3T13, por conta da ausência de paradas programadas para manutenção e menor custo com madeira

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Comentário Sobre o Comportamento das Projeções Empresariais Resultados 4T13


(menor participação de madeira de terceiros), parcialmente compensados pelo efeito das chuvas na Unidade Aracruz (R$ 7/t
no custo caixa consolidado). Em relação ao mesmo período do ano anterior, a elevação de 5% se deve principalmente ao
maior impacto da madeira (maior custo com transporte) e maior consumo de insumos (em boa parte influenciado pelas chuvas
na Unidade Aracruz), além do efeito do câmbio de R$ 7/t. A Fibria continuará perseguindo oportunidades para controle dos
custos e melhoria da eficiência operacional.

O EBITDA ajustado do 4T13 totalizou R$ 823 milhões, resultado trimestral recorde, com margem de 42%. No ano a elevação
foi de 24%, atingindo o melhor resultado desde a criação da Companhia. Na comparação com o 3T13, houve um aumento de
8%, explicado pelo maior volume de vendas. Na comparação com o 4T12, houve um aumento de 9% do EBITDA como
resultado do maior preço líquido da celulose em reais (+11%), por sua vez explicado pela valorização do dólar médio frente ao
real (11%). O EBITDA dos últimos 12 meses totalizou R$ 2.796 milhões, 24% superior ao EBITDA realizado em 2012 (R$
2.253 milhões), com margem de 40%. O fluxo de caixa livre no trimestre foi de R$ 746 milhões em comparação a R$ 122
milhões e R$ 399 milhões no 3T13 e 4T12, respectivamente (mais detalhes na página 16), devido à melhora do capital de giro
(excluindo o efeito não recorrente da venda de terras) e ao aumento no EBITDA. No ano de 2013, a geração de caixa ficou em
R$ 1.268 milhões, 50% superior ao ano anterior, representando 8,3% de free cash flow yield em 31/12/2013.

O resultado financeiro foi negativo em R$ 599 milhões no 4T13 contra um resultado negativo de R$ 226 milhões no 3T13. A
variação é explicada principalmente pelo maior efeito da variação cambial sobre a dívida (valorização de 5% do dólar de
fechamento) e sobre as operações de hedge (principalmente swaps de dívida). Em relação ao 4T12, a maior despesa se deve
à valorização do dólar frente ao real, parcialmente compensada pela redução de 16% nas despesas de juros, mesmo com a
valorização do dólar de 11% frente ao real, o que demonstra os esforços da Companhia para redução do custo da dívida.

A dívida bruta em dólar era de US$ 4.172, 2% e 21% inferior ao 3T13 e 4T12. Considerando o recebimento da primeira parcela
do pagamento inicial da venda de terras (R$ 500 milhões) e a geração de caixa das operações, a Fibria encerrou o ano com
posição de caixa de R$ 1.924 milhões. A relação dívida líquida/EBITDA em dólar ficou em 2,6x, e se considerarmos o
recebimento da segunda parcela da venda de terras no valor de R$ 903 milhões (R$ 605 milhões já recebidos até 29 de janeiro
de 2014), a relação seria de 2,3x em US$ e 2,5x em R$. Foi anunciada no mês janeiro a recompra de 100% do saldo em
aberto do Bond Fibria 2020, equivalente a US$ 690 milhões e cupom de 7,5% a.a. A liquidação ocorrerá em Março de 2014.
Com isso, o custo médio da dívida em moeda estrangeira pro forma cairia para 4,0% a.a. dos 4,6% a.a. atuais, proporcionando
uma economia anual de juros no valor de aproximadamente US$ 52 milhões.

Como resultado do exposto acima, a Fibria registrou prejuízo de R$ 185 milhões no 4T13, contra um lucro de R$ 57 milhões no
3T13 e lucro de R$ 48 milhões no 4T12 (mais informações, vide pág. 12). No ano, o prejuízo foi de R$ 698 milhões, explicado
principalmente pela valorização do dólar sobre o real no período e pelo impacto de imposto de renda e contribuição social,
devido à despesa decorrente quando da adesão ao REFIS.

Mercado de Celulose

As expectativas positivas para o mercado de celulose em 2013 foram confirmadas ao longo do ano. Apesar das novas
capacidades de celulose, os fechamentos de fábricas ocorridos em diversas regiões amenizaram o impacto da entrada dos
novos volumes no mercado, na medida em que novas capacidades de produção de papel impulsionaram a demanda por
celulose em mercados importantes.

De acordo com as estatísticas divulgadas pelo Pulp and Paper Products Council (PPPC), a produção global de papéis de
Imprimir e Escrever do tipo woodfree permaneceu praticamente estável durante os 11 meses de 2013 na comparação com o

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Comentário Sobre o Comportamento das Projeções Empresariais Resultados 4T13


mesmo período do ano anterior (-0,6%), apesar das mudanças estruturais enfrentadas pelo mercado de papéis gráficos nos
1
últimos anos. Em contrapartida, a produção de papéis sanitários cresceu 2,4% de Janeiro a Novembro de 2013 .

No 4T13, as vendas globais de celulose totalizaram 11,5 milhões, um aumento de 1,4% e 2,1% em comparação ao 3T13 e ao
4T12, respectivamente, segundo o relatório World-20 do PPPC. Os estoques dos produtores de celulose acompanharam o
aumento da demanda e reduziram-se ao longo do trimestre. Os estoques dos produtores de fibra curta terminaram o ano em
39 dias, após cair três dias dos níveis registrados no final do mês de setembro. Adicionalmente, o trimestre foi marcado pelo
aumento da diferença de preços entre fibra longa e fibra curta que atingiu US$ 136/t no último PIX/FOEX para Europa
divulgado em 2013, após subir US$ 33/t durante o período.

As vendas globais de celulose aumentaram 2,5% (ou 1,1 milhão de t) em 2013 com relação ao ano anterior. Os fundamentos
favoráveis de mercado possibilitaram uma estabilidade da relação entre embarques e capacidades em 93% comparado com a
média registrada em 2012 e, devido ao aumento da capacidade, os estoques dos produtores fecharam o ano em 33 dias,
ficando apenas um dia acima do nível do final de 2012.

Vendas de celulose de mercado 2013 vs. 2012

1.200 +2,5%

1.000
+5,6%
800
+2,8%
600 +2,3%
1.087
400 844
515 566
200

0
Global Fibra Longa Fibra Curta(1) Eucalipto

(1) Inclui as vendas de celulose de Eucalipto

O bom desempenho do mercado global de celulose foi motivado principalmente pelo crescimento das vendas de celulose de
eucalipto que corresponderam a cerca de 80% desse volume adicional. As vendas de celulose de eucalipto cresceram 5,6%
(ou 844 mil t) em 2013, devido principalmente aos resultados apresentados pelos mercados dos Estados Unidos (+11,9%) e da
China (+23,0%), que concentraram a maior parte dos projetos de novas capacidades de papel instalados durante o ano.

Após um ano bastante positivo para o mercado de celulose, alguns desafios são esperados para 2014. Apesar do início das
operações de novas fábricas de celulose, a previsão de um melhor desempenho da economia nos Estados Unidos e Europa
quando comparado a períodos anteriores combinada com novas máquinas de papel que entraram em operação em 2013 e
demais investimentos esperados para o ano devem suportar um aumento da demanda.
1
Inclui alguns países selecionados: América do Norte, Europa Ocidental, Brasil, Ásia/África (exclui China). Fonte: PPPC World Tissue Paper Flash Report, Outubro 2013.

Produção e Vendas
4T13 vs 4T13 vs 2013 vs
Produção (mil t) 4T13 3T13 4T12 2013 2012
3T13 4T12 2012
Celulose 1.358 1.347 1.370 1% -1% 5.259 5.299 -1%

Volume de Vendas (mil t)

Celulose Mercado Interno 112 116 141 -3% -20% 448 531 -16%

Celulose Mercado Externo 1.329 1.185 1.369 12% -3% 4.750 4.826 -2%

Total de Vendas 1.441 1.301 1.510 11% -5% 5.198 5.357 -3%

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Comentário Sobre o Comportamento das Projeções Empresariais Resultados 4T13


A produção de celulose totalizou 1.358 mil t no 4T13, 1% superior quando comparada ao 3T13, explicada principalmente pela
ausência de paradas programadas para manutenção, parcialmente compensada pelos impactos causados pelas chuvas no
estado do Espírito Santo na Unidade Aracruz. Esse último fator explica a queda de 1% na produção em relação ao 4T12. Na
comparação de 2013 com 2012, a produção foi 1% inferior em decorrência principalmente do menor número de dias em 2013 e
ao impacto das chuvas na Unidade Aracruz. O estoque de celulose somou 743 mil t (50 dias), 10% inferior ao 3T13 – 827 mil t
(56 dias) e 8% superior ao estoque do 4T12 – 690 mil t (46 dias).

Abaixo o calendário de paradas programadas para manutenção nas unidades da Fibria em 2014.

Calendário de Paradas Programadas para Manutenção − Fibria 2014

Fábrica Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago


Aracruz "A"

Aracruz "B"
Aracruz "C"
Jacareí

Três Lagoas
Veracel

As vendas de celulose totalizaram 1.441 mil t, 11% acima do 3T13 devido à sazonalidade do período, com destaque para a
melhora das vendas para a Europa (70 mil t adicionais). As vendas foram 5% inferiores na comparação com o 4T12, quando
tivemos recorde de vendas e estoques abaixo de 50 dias, o que gerou uma necessidade de recomposição de estoques em
2013. No ano, as vendas da Fibria totalizaram 5.198 mil t, 3% inferior a 2012. No 4T13, as vendas para a Europa totalizaram
36% do volume total vendido, seguida pela América do Norte com 30%, Ásia 26% e América Latina 8%. O volume de vendas
de celulose representou 106% da produção do 4T13 e 98% da produção do ano de 2013.

Análise do Resultado

4T13 vs 4T13 vs 2013 vs


Receita Líquida (R$ milhões) 4T13 3T13 4T12 2013 2012
3T13 4T12 2012

Celulose Mercado Interno 132 140 147 -6% -10% 504 509 -1%

Celulose Mercado Externo 1.809 1.681 1.688 8% 7% 6.342 5.598 13%

Total Celulose 1.941 1.821 1.835 7% 6% 6.845 6.106 12%

Portocel 17 20 18 -17% -7% 72 68 7%

Total 1.958 1.841 1.853 6% 6% 6.917 6.174 12%

A receita líquida trimestral foi recorde e totalizou R$ 1.958 milhões no 4T13, 6% superior ao 3T13, em virtude do maior volume
de vendas. Com relação ao 4T12, houve um aumento de 6% na receita, explicado pelo preço médio líquido em reais 11%
superior, por sua vez decorrente da valorização do câmbio médio de 11% no período. Em 2013, a receita líquida foi recorde de
R$ 6.917 milhões, 12% superior à receita registrada no ano de 2012.

O custo do produto vendido (CPV) foi 7% superior na comparação com o 3T13 em função do maior volume de vendas,
parcialmente compensado pela melhora no custo caixa de produção, conforme descrito a seguir. Em relação ao 4T12, o CPV
ficou estável pois a elevação do custo caixa de produção e o efeito do câmbio, principalmente sobre o frete, compensaram a
queda no volume de vendas.

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O custo caixa de produção de celulose no 4T13 foi de R$ 466/t, redução de 7% em relação ao 3T13, em função principalmente
da ausência de paradas programadas para manutenção no 4T13 e do menor custo com madeira, por sua vez, explicado pela
menor participação de madeira de terceiros (4T13: 5% | 3T13: 11%). Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo
pelas chuvas na Unidade Aracruz que tiveram impacto de R$ 7/t no custo caixa da Fibria no 4T13, que ocasionaram maior
necessidade do consumo de químicos, energéticos e madeira. Em relação ao 4T12, o aumento de 5% foi decorrente do maior
custo com transporte de madeira, maior consumo de energéticos e madeira (na maior parte explicado pelas chuvas no ES), e
do efeito de R$ 7/t da valorização do dólar médio (11%). Esses impactos foram parcialmente compensados pelo menor custo
fixo (desoneração da folha de pagamento a partir de jan/2013) e menores gastos com serviços de manutenção (R$ 4/t), como
parte de planos para redução de custos. O custo caixa de produção do ano foi de R$ 505/t, 6,7% superior a 2012, em grande
parte explicado pelo maior custo com madeira, efeito câmbio e maiores gastos com insumos. A inflação observada no ano de
2013 foi de 5,9% (IPCA) e a valorização do dólar frente ao real atingiu 11%, sendo que cerca de 15% do custo caixa está
atrelado ao dólar. Se excluirmos o efeito do câmbio de R$ 7/t e o impacto não recorrente das chuvas na Unidade Aracruz de
R$ 2/t, o aumento do custo caixa anual teria sido de 4,6%, portanto, abaixo da inflação do período. Para 2014, são esperados
impactos no custo caixa relacionados ao aumento do fornecimento de madeira de terceiros, os quais a Companhia buscará
minimizar por meio de ações de melhoria operacional, mantendo a meta de aumento do custo abaixo da inflação. A tabela a
seguir apresenta a evolução do custo caixa de produção e as explicações para as principais variações no trimestre e no ano:

Custo Caixa de Produção de Celulose R$/t

3T13 501

Efeito das chuvas no ES (maior consumo de insumos e maior custo com madeira) 7
Custo Caixa de Produção
(R$/t)
Efeito das paradas programadas para manutenção (20)
501
Madeira (menor participação de madeira de terceiros (4T13: 5% | 3T13: 11%) (15) 466
446
Melhor resultado com utilidades (maior preço da energia) (4)

Menor preço de insumos (3)

4T13 466
4T12 3T13 4T13

Custo Caixa de Produção de Celulose R$/t


Custo Caixa Anual
4T12 446 de Produção (R$/t)

Madeira (maior custo com transporte) 14 505


473
Efeito câmbio 7

Efeito das chuvas no ES (maior consumo de insumos e maior custo com madeira) 7

Menores gastos com serviços de manutenção (4)

Menor custo fixo (desoneração da folha de pagamento) (5) 2012 2013

Outros 1

4T13 466

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Custo Caixa de Produção Custo Caixa de Produção


4T12 4T13

Outros Fixos Outros Fixos


5% Pessoal
Pessoal 4%
6%
7%
Manutenção
Manutenção 10%
11%
Madeira Madeira
Outras variáveis 42% 45%
1%
Combustíveis
Combustíveis 12%
11%

Químicos
Químicos
23%
23%

Custos Variáveis Custos Fixos

As despesas de vendas totalizaram R$ 95 milhões no 4T13, 5% superiores em relação ao 3T13, explicado pelo maior volume
de vendas, parcialmente compensado por menores gastos com terminais. Na comparação com o 4T12, as despesas de
vendas ficaram 31% maiores devido a maiores despesas com terminais (efeito do mix geográfico das vendas) e ao efeito
câmbio (valorização de 11% do dólar médio em relação ao real). Importante destacar que a relação despesas de vendas sobre
receita líquida ficou estável (5%) na comparação com ambos os períodos.

As despesas administrativas totalizaram R$ 88 milhões, 20% e 13% superiores em relação ao 3T13 e 4T12, respectivamente,
devido a maiores gastos com serviços de terceiros e consultorias.

A rubrica outras receitas (despesas) operacionais totalizou receita de R$ 825 milhões no 4T13, em comparação com uma
despesa de R$ 11 milhões no 3T13 e uma receita de R$ 137 milhões no 4T12, em função principalmente do ganho de capital
de R$ 799 milhões resultante das vendas de terras concluídas em 30 de dezembro.

EBITDA (R$ milhões) e


Margem EBITDA (%) EBITDA/t
(R$/t)

42%
41%
41%

823
586 571
499
762
753

4T12 3T13 4T13 4T12 3T13 4T13

O EBITDA ajustado alcançou recorde de R$ 823 milhões no 3T13, com margem de 42%. Comparando-se com o 3T13, o
EBITDA teve aumento de 8%, explicado principalmente pelo maior volume de vendas. Na comparação com o 4T12, o aumento
do EBITDA foi de 9%, com expansão de 1 p.p. da margem EBITDA. Este resultado deveu-se ao maior preço médio líquido de
celulose em reais (11% superior), por sua vez explicado pela valorização do dólar médio frente ao real (11%), parcialmente
compensado pelo menor volume vendido. O gráfico abaixo apresenta as principais variações ocorridas no trimestre:

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EBITDA 4T13 x 3T13
(R$ milhões) 1.633
836

196
823
762
744
(71) (9) (45) (4) (15) (810)
(17)

EBITDA Efeitos não EBITDA 3T13 Volume Preço Câmbio Custo do Desp. Desp. Outras desp. EBITDA 4T13 Efeitos não EBITDA
Ajustado 3T13 recorrentes / Produto Comerciais Administrativas operacionais(1) recorrentes / Ajustado 4T13
não caixa Vendido não caixa

(1)Contempla o efeito do ganho de capital na venda de terras

Resultado Financeiro
4T13 vs 4T13 vs 2013 vs
(R$ milhões) 4T13 3T13 4T12 2013 2012
3T13 4T12 2012
Receitas Financeiras (incluindo resultado de hedge) (84) 60 (4) - - (116) (34) 241%
Juros sobre aplicações financeiras 19 24 28 -21% -32% 99 150 -34%

Resultado de hedge(1) (103) 36 (32) - - (215) (184) 17%

Despesas Financeiras (138) (144) (165) -4% -16% (576) (683) -16%

Juros sobre empréstimos e financiamentos em moeda local (51) (51) (48) 0% 6% (198) (192) 3%
Juros sobre empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira (87) (93) (117) -6% -26% (378) (491) -23%

Variações Cambiais e Monetárias (356) (68) (58) 424% 514% (933) (734) 27%
Variação cambial dívida (346) (55) (52) 529% 565% (927) (808) 15%
Outras variações cambiais e monetárias (10) (13) (6) - 67% (6) 74 -108%

Outras Receitas e Despesas Financeiras(2) (21) (74) (33) -72% -36% (429) (245) 75%

Resultado Financeiro Líquido (599) (226) (260) 165% 130% (2.054) (1.696) 21%
(1)Variação da marcação a mercado (4T13: R$ (464) milhões | 3T13: R$ (366) milhões) somado aos ajustes recebidos e pagos.
(2)Dos R$ 22 milhões, R$ 6 milhões referem-se aos encargos financeiros provenientes da recompra de títulos no 4T13.

A receita de juros sobre aplicações financeiras foi de R$ 19 milhões, 21% inferior se comparado ao 3T13, devido
principalmente à diminuição de títulos e valores mobiliários aplicados no período. Os recursos recebidos no mês de dezembro
referentes à venda de terras e ao desconto de recebíveis não impactaram a receita de juros do período, pois foram aplicados
nos últimos dias do mês. Em relação ao 4T12, a redução de 32% é explicada pela utilização do caixa no pagamento de dívidas
de custo menos atrativo. O resultado de operações de hedge foi negativo em R$ 103 milhões, sendo R$ 98 milhões
decorrentes da variação negativa do valor justo dos instrumentos de hedge de dívida (vide capítulo sobre derivativos – página
11).

As despesas financeiras de juros sobre empréstimos e financiamentos totalizaram R$ 138 milhões no 4T13, 4% inferior em
relação ao 3T13 devido principalmente às amortizações no período. Em relação ao 4T12, a redução de 16% (R$ 27 milhões)
deveu-se principalmente à redução de dívida em dólar ocorrida entre estes períodos.

A despesa financeira de variação cambial proveniente da dívida denominada em moeda estrangeira (95% da dívida bruta total)
foi de R$ 346 milhões, comparado à despesa de R$ 55 milhões no 3T13. Este aumento da despesa deveu-se principalmente à
variação do dólar de fechamento no período (4T13: R$ 2,34 | 3T13: R$ 2,23). Em relação ao 4T12, houve um aumento de R$
294 milhões na despesa, como resultado da maior valorização do dólar frente ao real.

A rubrica “outras receitas e despesas financeiras” somou despesa de R$ 21 milhões, uma diferença de R$ 53 milhões em
relação ao 3T13, devido principalmente à menor recompra dos títulos com vencimento em 2020, em comparação ao trimestre

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anterior, ocasionando um menor efeito contábil das despesas incorridas com essas operações (R$ 17 milhões neste trimestre).
O mesmo fator explica a variação em relação ao 4T12.

A marcação a mercado dos instrumentos financeiros derivativos em 31 de dezembro de 2013 foi negativa em R$ 464 milhões
(sendo R$ 12 milhões negativo de hedge operacional e R$ 452 milhões negativo de hedge de dívida), contra a marcação
negativa de R$ 366 milhões em 30 de setembro de 2013, perfazendo uma variação negativa de R$ 98 milhões. O resultado é
explicado principalmente pela desvalorização do real no período, impactando as operações de swaps de dívida em aberto. O
desembolso de caixa, referente à realização de operações que venceram no período, foi de R$ 5 milhões. Desta forma, o
impacto no resultado financeiro foi negativo em R$ 103 milhões. A tabela a seguir reflete a posição dos instrumentos de
derivativos ao final de dezembro:

Valor de
referência Valor justo
Contrato de Swap Prazo (até)
(nocional)
dez/13 set/13 dez/13 set/13
Posição Ativa
Dólar Libor (1) mai/19 $ 540 $ 571 R$ 1.267 R$ 1.275
Real CDI (2) ago/20 R$ 822 R$ 831 R$ 1.036 R$ 1.024
Real TJLP (3) jun/17 R$ 448 R$ 478 R$ 425 R$ 457
Real Pré (4) dez/17 R$ 559 R$ 580 R$ 450 R$ 465

Total: Posição Ativa (a) R$ 3.178 R$ 3.221

Posição Passiva
Dólar Fixo (1) mai/19 $ 540 $ 571 R$ (1.252) R$ (1.263)
Dólar Fixo (2) ago/20 $ 423 $ 428 R$ (1.186) R$ (1.130)
Dólar Fixo (3) jun/17 $ 276 $ 294 R$ (651) R$ (656)
Dólar Fixo (4) dez/17 $ 273 $ 284 R$ (542) R$ (526)

Total: Posição Passiva (b)


R$ (3.631) R$ (3.575)
Resultado Líquido (a+b) R$ (453) R$ (354)

Opções
Opção de Dólar até 12M $ 1.122 $ 912 R$ (12) R$ (13)

Total: Opções (d) R$ (12) R$ (13)

Derivativos Embutidos - Contratos de Parceria Florestal e Fornecimento de


Madeira em Pé
Posição Ativa
Dólar Fixo dez/34 $ 936 R$ - R$ -

Posição Passiva
Dólar US-CPI dez/34 $ 936 R$ - R$ -
Total: Derivativos
Embutidos (e) R$ - R$ -

Resultado Líquido
(a+b+c+d+e) R$ (464) R$ (366)

As operações de zero cost collar tornaram-se mais adequadas no atual cenário de câmbio, especialmente devido à volatilidade
do dólar, pois permite travar o câmbio ao mesmo tempo em que minimiza impactos negativos caso ocorra uma elevada
depreciação do Real. O instrumento consiste na proteção de um intervalo de câmbio favorável ao fluxo de caixa, dentro do qual
a Fibria não paga e não recebe o ajuste. Ao mesmo tempo em que a empresa fica protegida nesses cenários, esta
característica permite que se capture um maior benefício nas receitas de exportação em um eventual cenário de valorização do
dólar. Atualmente, as operações contratadas tem prazo máximo de 12 meses, cobertura de 42% da exposição cambial líquida
e têm como única finalidade a proteção da exposição do fluxo de caixa.

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Já os instrumentos derivativos utilizados para hedge de dívida (swaps) têm como objetivo transformar uma dívida em real para
uma dívida em dólares ou proteger a dívida existente contra oscilações adversas nas taxas de juros. Sendo assim, todas as
pontas ativas dos swaps correspondem aos fluxos das respectivas dívidas protegidas. O valor justo dessas operações
corresponde ao valor presente líquido dos fluxos esperados até os vencimentos (45 meses em média) e, portanto, tem impacto
caixa reduzido.

Os contratos de parceria florestal e de fornecimento de madeira em pé assinados em 30 de dezembro de 2013 tem o seu preço
denominado em dólar norte-americano por m3 de madeira em pé reajustado de acordo com a inflação americana medido pelo
CPI (Consumer Price Index), o qual não é considerado como relacionado com a inflação no ambiente econômico onde as áreas
estão localizadas, caracterizando-se portanto um derivativo embutido. Tal instrumento apresentado na tabela acima é um
contrato de swap de venda das variações do US-CPI no prazo dos contratos de parceria florestal e fornecimento de madeira.
Vide nota 11 (e) das Demonstrações Financeiras de 2013 para maiores detalhes e análise de sensibilidade do valor justo frente
a uma variação acentuada do US-CPI.

Todos os instrumentos financeiros foram contratados conforme parâmetros estabelecidos na Política de Gestão de Riscos de
Mercado, sendo instrumentos convencionais, sem alavancagem e sem chamada de margem, devidamente registrados na
CETIP (Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos), com os ajustes de caixa observados apenas nos
respectivos vencimentos e amortizações. A área de Governança, Riscos e Compliance da Companhia é responsável pelo
compliance e controle das posições que envolvem risco de mercado e reporta-se, de forma independente, administrativamente
ao CEO e funcionalmente ao Comitê de Auditoria Estatutário e às demais áreas e órgãos envolvidos no processo, garantindo a
aplicabilidade da política. A Tesouraria da Fibria é responsável pela execução e gestão das operações financeiras.

Resultado Líquido

No 4T13, a Companhia registrou prejuízo de R$ 185 milhões, contra lucro de R$ 57 milhões e R$ 48 milhões no 3T13 e 4T12,
respectivamente. A variação foi explicada principalmente pelo resultado financeiro negativo, por sua vez, impactado pelo efeito
da valorização do dólar frente ao real sobre a dívida e pelo aumento da despesa com imposto de renda e contribuição social ao
aderir ao Refis. Os mesmos fatores explicam grande parte do prejuízo apurado no ano de R$ 698 milhões. Excluindo os efeitos
não recorrentes (ganho de capital com a baixa de imobilizado, despesa com IR/CS quando da adesão ao Refis, os créditos
tributários e recuperação de contingência obtidos e despesas financeiras com a recompra de bonds), variação cambial e hedge
de dívida, o lucro teria sido de aproximadamente R$ 323 milhões no 4T13 e R$ 834 milhões no ano de 2013.

Hedge de dívida Lucro Líquido (R$ milhões)


810
∆ cambial dívida

(444) (5)
(118)
823 REFIS

(506)

(713) (32) (185)

EBITDA Ajustado Receita (Despesa) ∆ cambial dívida / ∆ MtM hedge Juros líquidos Depreciação, IR/CS(3) Outros(1) Lucro Líquido 4T13
4T13 não recorrentes / não Mtm hedge dívida operacional Amortização e
caixa(2) Exaustão

(1) Inclui receita financeira, outras variações cambiais e monetárias , outras despesas e receitas financeiras e despesas não recorrentes/não caixa
(2) Inclui o ganho de capital com a venda das terras
(3) Inclui o pagamento do REFIS no valor de R$ 560 milhões

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Endividamento
Dez/13 vs Dez/13 vs
Unidade Dez/13 Set/13 Dez/12
Set/13 Dez/12
Dívida Bruta Total R$ milhões 9.773 9.487 10.768 3% -9%

Dívida Bruta em R$ R$ milhões 489 474 796 3% -39%


(1) R$ milhões 9.284 9.012 9.972 3% -7%
Dívida Bruta em US$
Prazo Médio meses 52 54 63 -2 -11

Custo da Dívida (Moeda Estrangeira) % a.a. 4,6% 4,5% 5,2% 0,1 p.p. -0,6 p.p.

Custo da Dívida (Moeda Nacional) % a.a. 7,4% 7,4% 7,5% 0,0 p.p. -0,1 p.p.
(4) -1 p.p. 4 p.p.
Parcela de curto prazo % 15% 16% 11%
Caixa em R$ R$ milhões 1.042 787 1.927 32% -46%

Caixa em US$ R$ milhões 1.346 826 1.369 63% -2%

Valor justo dos instrumentos derivativos (hedge) R$ milhões (464) (367) (273) 27% 70%

Caixa (2) R$ milhões 1.924 1.246 3.023 54% -36%

Dívida Líquida R$ milhões 7.849 8.240 7.745 -5% 1%

Dívida Líquida/EBITDA (R$) x 2,8 3,0 3,4 -0,2 -0,6

Dívida Líquida/EBITDA (US$)(3) x 2,6 2,9 3,3 -0,3 -0,7


(1) Inclui sw aps de Real para Dólar. A dívida bruta original em dólar era de R$ 7.281 milhões (75% da dívida total) e a dívida em real R$ 2.492 milhões (25% da dívida total).
(2) Inclui títulos e valores mobiliários e o valor justo dos instrumentos derivativos
(3) Métrica para verificação dos covenants
(4) Sem considerar a reclassificação de longo prazo para curto prazo da recompra do Bond 2020

O saldo de dívida bruta em 31 de dezembro de 2013 foi de R$ 9.773 milhões, aumento de R$ 286 milhões em relação ao 3T13
explicado pela variação cambial do período. Em comparação com 4T12 houve redução de R$ 1,0 bilhão, como resultado
principalmente da continuidade das ações para gestão do endividamento. No trimestre foram recompradas R$ 39 milhões (US$
17 milhões) referentes a título de dívidas (Bonds) cujos vencimentos ocorriam em 2020, à taxa de 7,50% a.a e 7,75% a.a. O
total das recompras ocorridas no ano de R$ 1.851 milhões (US$ 897 milhões), proporcionará uma economia anual de US$ 67
milhões em pagamentos de juros. As captações ocorridas no trimestre referem-se majoritariamente a empréstimos com o
BNDES. O gráfico abaixo demonstra as movimentações da dívida bruta ocorridas no trimestre:

Dívida Bruta (R$ milhões)

346 7 9.773
9.487 137

138

(342)

Dívida Bruta Set/13 Captações Amortização Apropriação Juros Variação cambial Outros Dívida Bruta Dez/13
Principal/Juros

A relação dívida líquida/EBITDA ficou em 2,6x em dólar e 2,8x em reais, e se considerarmos o recebimento da segunda
parcela da venda de terras no valor de R$ 903 milhões (R$ 605 milhões já recebidos até 29 de janeiro de 2014), a relação seria
de 2,3x em US$ e 2,5x em R$.

O custo médio da dívida bancária em moeda nacional em Dez/13 foi de 7,4% a.a. (Set/13: 7,4% a.a. | Dez/12: 7,5% a.a.) e o
custo em moeda estrangeira ficou em 4,6% a.a. (Set/13: 4,5% a.a. | Dez/12: 5,2% a.a.), superior ao 3T13 como resultado
principalmente do aumento das taxas internacionais de juros de referência (Libor). Considerando a recompra de 100% do saldo

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em aberto do Bond Fibria 2020, o custo médio da dívida ficaria em 4,0% a.a. e proporciona uma economia anual de juros no
valor de aproximadamente US$ 52 milhões. Os gráficos abaixo apresentam o endividamento da Fibria por instrumento,
indexador e moeda (incluindo os swaps de dívida):

Endividamento Bruto Endividamento Bruto Endividamento Bruto


por Instrumento por Indexador por Moeda
3%
7% 10% 5%
18%
10% 28%

20%

34% 69% 95%

Pré-Pagamento Bond Libor Pré Moeda Nacional


BNDES NCE
Outros TJLP Outros Moeda Estrangeira

O prazo médio da dívida total foi de 52 meses em Dez/13 comparado com 54 meses em Set/13 e 63 meses em Dez/12. A
recompra neste período dos bonds com vencimento em 2020 não impactou significativamente o prazo médio da Companhia no
4T13, porém, se considerarmos a recompra do saldo em aberto anunciada em janeiro de 2014, o prazo cairia para 47 meses.
O gráfico a seguir apresenta o cronograma de amortização da dívida total da Fibria e o pro-forma considerando esta operação.
Importante destacar que o cronograma abaixo não considera a reclassificação do longo prazo para o curto prazo do Bond
2020, em função do resgate agendado para o dia 26 de março de 2014.

Parcela referente
Cronograma de Amortização ao Bond 2020 com
(R$ milhões) liquidação prevista
para o dia
26/03/2014
2.169
149
1.474 1.441
1.256
100
410 1.498
834 830 506 976 762
299 422 128 1.341
1.064 450
530 750 554 634 522 26
384 5-
22
4 5
2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023
Moeda Estrangeira Moeda Nacional

A posição de caixa e equivalentes de caixa em 31 de dezembro era de R$ 1.924 milhões, incluindo o primeiro recebimento da
venda de terras no valor de R$ 500 milhões, a geração de caixa operacional e a marcação a mercado dos instrumentos de
hedge negativa em R$ 464 milhões (basicamente relacionado a swaps de dívida). Excluindo o efeito da marcação a mercado
do caixa, 44% estavam aplicados em moeda local, em títulos públicos e de renda fixa e o restante estava aplicado em
investimentos de curto e médio prazo no exterior.

A empresa possui, desde maio de 2011, uma linha de crédito rotativo (revolving credit facilities) no valor total de US$ 500
milhões com prazo de disponibilidade de quatro anos (a partir da contratação). Adicionalmente, em abril de 2013, foi contratada
nova linha de crédito rotativo com valor total de R$ 300 milhões, prazo de 5 anos e custo de 100% do CDI acrescido de 1,5%
a.a., quando utilizado (no período de não utilização o custo em reais será de 0,5% a.a.). Estes recursos, apesar de não
utilizados, contribuem para melhorar as condições de liquidez da empresa. Desta forma, além do atual caixa de R$ 1.924
milhões, a empresa conta também com R$ 1.471 milhões de recursos contratados, não utilizados, provenientes destes “stand
by credit facilities”, que possuem liquidez imediata. Tendo isto em vista, a relação entre o caixa, que incluindo estas “stand by
credit facilities” totaliza R$ 3,4 bilhões, e a dívida de curto prazo foi de 2,3x em 31 de dezembro de 2013, sem considerar a

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reclassificação do Bond 2020 de longo prazo para curto prazo, em função do resgate agendado para o dia 26 de março de
2014.

O gráfico a seguir demonstra a evolução do endividamento da Fibria desde Dez/12:

Dívida Líquida / EBITDA (x)


(R$) 3,4
3,1 3,3
(US$) 3,0
3,3 3,1 2,8
3,0 2,9 2,5
2,6
2,3

8.253 8.240

7.849
7.745
Dívida Líquida 7.516
(R$ Milhões)

6.946

Dez/12 Mar/13 Jun/13 Set/13 Dez/13 Dez 13


Pro forma

Investimentos de Capital
4T13 vs 4T13 vs 2013 vs
(R$ milhões) 4T13 3T13 4T12 2013 2012
3T13 4T12 2012
Expansão Industrial 4 4 1 13% - 8 4 100%
Expansão Florestal 13 12 16 6% -21% 65 66 -2%

Subtotal Expansão 17 16 17 7% 0% 73 70 4%
Segurança/Meio Ambiente 14 8 9 78% 63% 31 47 -34%
Manutenção de Florestas 187 213 159 -12% 18% 752 653 15%
Programa produtor florestal (fomento) 28 40 10 -29% 173% 97 77 27%
Manutenção, TI, P&D, Modernização 78 47 55 66% 42% 253 166 52%

Subtotal Manutenção 308 308 233 0% 32% 1.133 943 20%


50% Veracel 20 19 17 10% 20% 81 65 24%

Total Capex 345 343 267 1% 29% 1.287 1.078 19%

O Investimento de Capital (CAPEX) no trimestre totalizou R$ 345 milhões, estável em relação ao 3T13. Na comparação com o
4T12, o aumento deveu-se principalmente à elevação dos gastos com compra de madeira em pé. O Capex em 2013 totalizou
R$ 1.287 milhões, em linha com a previsão de R$ 1.244 milhões divulgada ao mercado.

Para 2014, a Administração aprovou um orçamento de capital no valor de R$ 1.520 milhões. O aumento de 18% na
comparação com 2013 se deve principalmente aos contratos de parceria florestal assinados em razão da venda de terras
realizada em dezembro de 2013 e de um impacto não recorrente relativo à compra de madeira, cuja expectativa é que perdure
entre 2 a 2,5 anos e então retorne a níveis normais.

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Fluxo de Caixa Livre
(R$ milhões) 4T13 3T13 4T12 2013 2012

EBITDA ajustado 823 762 753 2.796 2.253


(-) Capex incluindo adiantamento a fomento (345) (343) (267) (1.287) (1.078)

(-) Juros (pagos)/recebidos (98) (92) (158) (458) (520)

(-) Imposto de renda e contribuição social (11) (4) (11) (31) (15)

(+/-) Capital de Giro 388 (189) 116 289 236


(+/-) Outros (10) (12) (21) (41) (41)
Fluxo de Caixa Livre (1)(2)(3) 746 122 410 1.268 836
(1) Não fo ram co nsideradas a venda de terras e as vendas de ativo s realizadas em 2012 e 2013
(2) Não inclui o desembo lso co m a reco mpra de B o nds
(3) Não inclui o pagamento do s débito s de IR/CS referente ao REFIS so bre lucro s auferido s no exterio r

O resultado do capital de giro foi positivo em R$ 388 milhões no 4T13, excluindo a venda de terras que impactou a variação do
contas a receber, em comparação ao resultado negativo de R$ 189 milhões no 3T13. A elevação se deu principalmente em
função do decréscimo na linha de contas a receber, por sua vez, explicada pelas antecipações de recebíveis ocorridas no
trimestre, além do maior volume de vendas impactando na queda dos estoques.

A rubrica capital de giro explica a principal variação na geração do fluxo de caixa livre (FCL) da Fibria na comparação com
ambos os períodos, além do aumento de 8% no EBITDA. Importante destacar que a adesão ao Refis com o pagamento não
recorrente de débitos de IR e CSLL referentes a tributação de resultados em subsidiárias no exterior no valor de R$ 392
milhões e a venda de terras (R$ 1,4 bilhão) não estão incluídos no cálculo. Em 2013, o fluxo de caixa livre totalizou R$ 1.268
milhões, representando 8,3% de free cash flow yield em 31/12/2013.

Mercado de Capitais

Renda Variável

Volume Financeiro Médio Diário Negociado Volume de Negócios Médio Diário


(US$ milhões) 4 (milhões de ações) Média diária:
60 Média diária: 2,0 milhões de ações
US$ 24,1 milhões 4
3
40 3
2
2
20
1
1

0 0
out-13 nov-13 dez-13 out-13 nov-13 dez-13

BM&FBovespa NYSE BM&FBovespa NYSE

O volume médio diário negociado das ações da Fibria foi de aproximadamente 2 milhões de títulos, 35% inferior se comparado
com ao 3T13. O volume financeiro médio diário no 4T13 foi de US$ 24,1 milhões, 30% inferior em relação ao 3T13, sendo US$
14,5 milhões na BM&FBovespa e US$ 9,6 milhões na NYSE.

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Renda Fixa

Dez/2013 vs. Dez/2013 vs.


Yield to call Unidade 31/dez/13 30/set/13 31/dez/12
Set/2013 Dez/2012
Fibria 2019 % 7,4 7,2 6,9 0,2 p.p. 0,5 p.p.

Fibria 2020 % 5,9 6,0 5,6 -0,2 p.p. 0,3 p.p.

Fibria 2021 % 5,2 5,6 5,1 -0,4 p.p. 0,1 p.p.

Treasury 10 anos % 3,0 2,6 1,8 0,4 p.p. 1,3 p.p.

Dez/2013 vs. Dez/2013 vs.


Preço Unidade 31/dez/13 30/set/13 31/dez/12
Set/2013 Dez/2012
Fibria 2019 USD/k 108,7 110,0 112,6 -1% -3%

Fibria 2020 USD/k 108,6 107,9 111,5 1% -3%

Fibria 2021 USD/k 109,3 107,1 111,3 2% -2%

III Fibria Day

A Fibria realizou no dia 3 de dezembro de 2013 o terceiro Fibria Day na Bolsa de Nova York (NYSE) com o objetivo de
fortalecer o diálogo e transparência com o mercado por meio de uma apresentação para aproximadamente 70 investidores e
analistas do mercado local.

Eventos subsequentes

Resgate do bond 2020

Em janeiro a companhia anunciou o resgate de 100% do saldo em aberto do Bond Fibria 2020, equivalente a US$ 690 milhões,
cujo custo é de 7,5% a.a. O resgate ocorrerá em 26 de março de 2014. Com esta operação, o custo médio da dívida existente
em moeda estrangeira cai dos atuais 4,6% a.a. para 4,0% a.a. e proporciona uma economia anual de juros no valor de
aproximadamente US$ 52 milhões.

Recebimento da segunda parcela do pagamento inicial da venda das terras

Como parte do pagamento referente à alienação de determinadas terras localizadas nos estados de São Paulo, Mato Grosso
do Sul, Bahia e Espírito Santo, a Fibria recebeu até 29 de janeiro de 2014 o valor de R$ 605 milhões. A expectativa é que os
R$ 298 milhões restantes sejam recebidos ainda no 1T14.

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Anexo I – Faturamento x Volume x Preço*
4T13 vs 3T13 Vendas (Tons) Faturamento (R$ mil) Preço Médio (R$/Ton) 4T13 vs 3T13 (%)

4T13 3T13 4T13 3T13 4T13 3T13 Tons Fat. Pç Med

Celulose

Mercado Interno 111.925 115.691 131.906 140.249 1.179 1.212 (3,3) (5,9) (2,8)

Mercado Externo 1.329.032 1.185.462 1.809.209 1.681.206 1.361 1.418 12,1 7,6 (4,0)

Total 1.440.957 1.301.154 1.941.115 1.821.454 1.347 1.400 10,7 6,6 (3,8)

4T13 vs 4T12 Vendas (Tons) Faturamento (R$ mil) Preço Médio (R$/Tons) 4T13 vs 4T12 (%)

4T13 4T12 4T13 4T12 4T13 4T12 Tons Fat. Pç Med

Celulose

Mercado Interno 111.925 140.558 131.906 147.126 1.179 1.047 (20,4) (10,3) 12,6

Mercado Externo 1.329.032 1.369.481 1.809.209 1.687.576 1.361 1.232 (3,0) 7,2 10,5

Total 1.440.957 1.510.039 1.941.115 1.834.702 1.347 1.215 (4,6) 5,8 10,9

2013 vs 2012 Vendas (Tons) Faturamento (R$ mil) Preço Médio (R$/Tons) 2013 vs 2012 (%)

2013 2012 2013 2012 2013 2012 Tons Fat. Pç Med

Celulose

Mercado Interno 447.429 530.566 503.649 508.533 1.126 958 (15,7) (1,0) 17,4

Mercado Externo 4.750.337 4.825.990 6.341.772 5.597.725 1.335 1.160 (1,6) 13,3 15,1

Total 5.197.766 5.356.556 6.845.420 6.106.258 1.317 1.140 (3,0) 12,1 15,5

*Não inclui Portocel

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Anexo II – DRE
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS - CONSOLIDADO (R$ milhões)
4T13 3T13 4T12 4T13 vs 3T13 4T13 vs 4T12
R$ AV% R$ AV% R$ AV% (%) (%)
Receita Líquida 1.958 100% 1.841 100% 1.853 100% 6% 6%
Mercado Interno 149 8% 160 9% 166 9% -7% -10%
Mercado Externo 1.809 92% 1.681 91% 1.688 91% 8% 7%
Custo Produtos Vendidos (1.473) -75% (1.380) -75% (1.479) -80% 7% 0%
Custos relacionados à produção (1.248) -64% (1.175) -64% (1.274) -69% 6% -2%
Frete (224) -11% (205) -11% (205) -14% 10% 9%
Lucro Bruto 485 25% 461 25% 374 20% 5% 30%
Despesas de Vendas (95) -5% (91) -5% (73) -4% 5% 31%
Despesas Gerais e Administrativas (88) -5% (74) -4% (78) -4% 20% 13%
Resultado Financeiro (599) -31% (226) -12% (260) -14% 165% 130%
Outras Rec (Desp) Operacionais 825 42% (11) -1% 137 7% -7650% 503%
LAIR 527 27% 60 3% 100 5% 786% 427%
Imposto de Renda Corrente (592) -30% (15) -1% (28) -1% 3770% 2043%
Imposto de Renda Diferido (121) -6% 13 1% (24) -1% -1011% 402%
Resultado Líquido do exercício (185) -9% 57 3% 48 3% -423% -483%
Resultado Líquido do exercício atribuível aos acionistas da Companhia (187) -10% 54 3% 47 3% -443% -499%
Resultado Líquido do exercício atribuível aos acionistas não-controladores 2 0% 3 0% 2 0% -49% -3%
Depreciação, Amortização e Exaustão 506 26% 458 25% 509 27% 10% -1%
EBITDA 1.632 83% 744 40% 870 47% 119% 88%
Equivalência Patrimonial - 0% - 0% (0) 0%
Valor justo de ativos biológicos (66) -3% - 0% (32) -2% 0% -
Baixa de Imobilizado (609) -31% (3) 0% (18) -1% 19151% 3223%
Provisões para perdas sobre créditos de ICMS 22 1% 24 1% 27 1% -8% -19%
Crédito Tributário/recuperação de contingência (157) -8% (3) 0% (93) -5% 4793% -
EBITDA ajustado 823 42% 762 41% 753 41% 8% 9%

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS ACUMULADOS - CONSOLIDADO (R$ milhões)


2013 2012 2013 vs 2012
R$ Milhões R$ AV% R$ AV% (%)
Receita Líquida 6.917 100% 6.174 100% 12%
Mercado Interno 576 8% 578 9% 0%
Mercado Externo 6.342 92% 5.596 91% 13%
Custo Produtos Vendidos (5.383) -78% (5.237) -85% 3%
Custos relacionados à produção (4.608) -67% (4.545) -74% 1%
Frete (775) -11% (692) -11% 12%
Lucro Bruto 1.535 22% 937 15% 64%
Despesas de Vendas (348) -5% (298) -5% 17%
Despesas Gerais e Administrativas (300) -4% (286) -5% 5%
Resultado Financeiro (2.054) -30% (1.696) -27% 21%
Equivalencia Patrimonial - 0% (1) 0% -100%
Outras Rec (Desp) Operacionais 823 12% 354 6% 133%
LAIR (344) -5% (990) -16% -65%
Imposto de Renda Corrente (620) -9% (42) -1% -
Imposto de Renda Diferido 266 4% 334 5% -20%
Resultado Líquido do exercício (698) -10% (698) -11% 0%
Resultado Líquido do exercício atribuível aos acionistas da Companhia (706) -10% (705) -11% 0%
Resultado Líquido do exercício atribuível aos acionistas não-controladores 9 0% 7 0% 31%
Depreciação, Amortização e Exaustão 1.862 27% 1.848 30% 1%
EBITDA 3.573 52% 2.555 41% 40%
Equivalência Patrimonial - 0% (1) 0% 0%
Valor justo de ativos biológicos (102) -1% (298) -5% -66%
Baixa de Imobilizado (581) -8% (1) 0% -
Provisões para perdas sobre créditos de ICMS 91 1% 90 1% 1%
Crédito Tributário/recuperação de contingência (184) -3% (93) -2% 0%
EBITDA ajustado 2.796 40% 2.253 36% 24%

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Anexo III – Balanço Patrimonial
BALANÇO PATRIMONIAL - CONSOLIDADO (R$ milhões)
ATIVO Dez/13 Set/13 Dez/12 PASSIVO Dez/13 Set/13 Dez/12
CIRCULANTE 5.807 4.600 6.246 CIRCULANTE 4.448 2.683 2.475
Caixa e equivalentes de caixa 1.272 770 944 Financiamentos 1.474 1.288 1.138
Títulos e valores mobiliários 1.068 843 2.352 Reclassificação referente ao resgate do Bond 2020 1.498 - -
Instrumentos financeiros derivativos 23 29 18 Instrumentos financeiros derivativos 107 79 54
Contas a receber de clientes 382 612 755 Fornecedores 587 577 436
Estoques 1.266 1.385 1.183 Salários e encargos sociais 129 131 129
Impostos a recuperar 201 211 209 Impostos e taxas a recolher 56 41 41
Ativos mantidos para a venda 590 590 590 Dividendos a pagar 2 0 2
Contas a receber relativo a venda de terras e benfeitorias 903 Passivos relacionados aos ativos mantidos para venda 470 470 470
Demais contas a receber e outros ativos 103 160 195 Demais contas a pagar 125 96 205

NÃO CIRCULANTE 3.014 3.092 2.640 NÃO CIRCULANTE 7.811 9.113 10.499
Titulos e valores mobiliários 48 Financiamentos 6.801 8.199 9.630
Instrumentos financeiros derivativos 71 72 26 Provisão para contingências 129 85 105
Impostos diferidos 968 1.211 880 Impostos diferidos 236 176 228
Impostos a recuperar 744 731 658 Impostos e taxas a recolher 0 79 78
Adiantamento a fomentados 726 718 740 Instrumentos financeiros derivativos 451 389 264
Demais contas a receber e outros ativos 457 360 336 Demais contas a pagar 194 185 195

Investimentos 47 41 41 PATRIMÔNIO LÍQUIDO ATRIBUÍDO A CONTROLADORA 14.445 14.614 15.134


Imobilizado 9.825 10.705 11.175 Capital Social 9.729 9.729 9.729
Ativos biológicos 3.423 3.366 3.326 Reserva de capital 3 3 3
Intangível 4.634 4.654 4.717 Reserva de lucros 3.109 3.296 3.816
Ajuste de avaliação patrimonial 1.614 1.597 1.597
Ações em tesouraria (10) (10) (10)
Acionista não controlador 46 47 37
PATRIMÔNIO LÍQUIDO TOTAL 14.491 14.661 15.171
TOTAL ATIVO 26.750 26.457 28.145 TOTAL PASSIVO 26.750 26.457 28.145

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Anexo IV – Fluxo de Caixa
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA - CONSOLIDADO (R$ milhões)
4T13 3T13 4T12 2013 2012
############
LUCRO (PREJUÍZO) ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 527 60 100 (344) (990)
Ajustes para reconciliar o Lucro (prejuizo) ao caixa gerado pelas atividades operacionais:
(+) Depreciação, exaustão, amortização 506 459 509 1.863 1.848
(+) Variação cambial e monetária 356 68 58 933 735
(+) Valor justo de contratos derivativos 103 (36) 32 215 184
(+) Variação no valor justo e ativos biológicos (66) - (32) (102) (298)
(+) Ganho de capital na alienação de terras e benfeitorias - Projeto Asset Light (799) (799)
(+) Perda (ganho) na alienação de imobilizado/investimento 190 (4) (63) 218 (64)
(+) Apropriação de juros s/ títulos e valores mobiliários (19) (23) (25) (90) (144)
(+) Apropriação de juros s/ financiamento 138 144 165 576 682
(+) Encargos Financeiros na recompra de bonds 7 56 350 151
(+) Provisão de perda para créditos do ICMS 22 24 27 91 90
(+) Complemento de provisões e outros 28 6 (52) 51 110
(+) Crédito Tributário (77) (3) (91) (93)
(+) Reversão de provisão para contingência (102) (116)
Decréscimo (acréscimo) em ativos
Clientes 266 (132) 8 446 247
Estoques 79 (4) 110 (63) 45
Impostos a recuperar (23) (42) (24) (144) (17)
Demais contas a receber 66 (22) (24) (4) (21)
Acréscimo (Decréscimo) em passivos
Fornecedores (22) 35 40 107 58
Impostos e Taxas a recolher (19) (14) (6) (18) (38)
Salários e contrib. sociais (2) 23 (3) 1 (5)
Demais contas a pagar 42 (33) 15 (35) (32)
Caixa proveniente das operações
Juros recebidos de títulos e valores mobiliários 27 33 21 144 132
Juros pagos sobre financiamento (125) (125) (179) (602) (651)
Imposto de renda e contribuição social pagos (403) (4) (11) (423) (15)
CAIXA GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 699 465 665 2.164 1.914
Atividades de Investimento
Adições de imobilizado e adições de florestas (317) (303) (256) (1.190) (1.002)
Adiantamento para aquisição de madeira proveniente de operações de fomento (28) (40) (10) (97) (77)
Títulos e valores mobiliários (273) 618 (335) 1.204 (661)
Caixa recebido na alienação de terras e benfeitorias - Projeto Asset Light 500 500
Receita na venda de imobilizado (8) 9 254 37 275
Contratos de derivativos liquidados (5) (4) (15) (24) (126)
Adiantamento recebido pela venda de ativos 270 470
Pagamentos decorrente da aquisição Ensyn (41) (41)
Outros (0) 1 (1) 4 1
CAIXA APLICADO PELAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS (131) 281 (134) 434 (1.161)
Atividades de Financiamento
Captações de empréstimos e financiamentos 137 162 203 1.279 864
Pagamento de financiamentos - principal (218) (704) (437) (3.320) (2.411)
Premio pago na recompra de bonds (6) (43) - (237) (62)
Emissão de ações 1.344
Outros (0) (3) 4 1 6
CAIXA APLICADO PELAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS (87) (588) (230) (2.276) (258)
Efeitos de variação cambial no caixa 20 (6) - 7 66
Acréscimo (decréscimo) líquido em caixa e aplicações financeiras 501 153 301 328 562
Caixa e aplicações financeiras no início do exercício 770 618 643 944 382
Caixa e aplicações financeiras no final do exercício 1.272 770 944 1.272 944

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Comentário Sobre o Comportamento das Projeções Empresariais Resultados 4T13

Anexo V – Composição do EBITDA e EBITDA ajustado (Instrução CVM 527/2012)

Composição do EBITDA Ajustado (R$ milhões) 4T13 3T13 4T12

Resultado líquido do período (185) 57 48

(+/-) Resultado financeiro, líquido 599 226 260

(+/-) IR/CSLL 713 2 52

(+) Depreciação, exaustão, amortização 506 458 509

EBITDA 1.632 744 870

(-) Valor justo de ativos biológicos (66) - (32)

(+/-) Perda (ganho) nas baixas de imobilizado (609) (3) (18)

(+) Provisão para perda de ICMS a recuperar 22 24 27

(-) Crédito Tributário/recuperação de contingência (157) (3) (93)

EBITDA Ajustado 823 762 753

O EBITDA não é uma medida definida pelas normas brasileiras e internacionais de contabilidade e representa o lucro (prejuízo)
do período, antes dos juros, imposto de renda e contribuição social, depreciação, amortização e exaustão. A Companhia está
apresentando o seu EBITDA ajustado de acordo com a Instrução CVM n° 527, de 4 de outubro de 2012, adicion ando ou
excluindo do indicador a provisão para perda com ICMS a recuperar, perda (ganho) nas baixas de imobilizado, o valor justo de
ativos biológicos e o crédito tributário a partir de recuperação de contingência, de forma a proporcionar melhores informações
sobre a sua capacidade de geração de caixa, de pagamento de dívida e da manutenção dos investimentos realizados. Ambas
as medidas não devem ser consideradas como alternativas ao lucro operacional da Companhia e ao seu fluxo de caixa
operacional, na qualidade de indicador de liquidez, para os períodos apresentados.

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Comentário Sobre o Comportamento das Projeções Empresariais Resultados 4T13


Anexo VI – Dados Econômicos e Operacionais
4T13 vs 4T13 vs 3T13 vs 4T12 vs 2013 vs
Taxa de Câmbio (R$/US$) 4T13 3T13 2T13 4T12 3T12 2013 2012
3T13 4T12 2T13 3T12 2012
Fechamento 2,3426 2,2300 2,2156 2,0435 2,0306 2,3426 2,0435 5,0% 14,6% 0,6% 0,6% 14,6%

Médio 2,2755 2,2880 2,0666 2,0569 2,0289 2,1589 1,9540 -0,5% 10,6% 10,7% 1,4% 10,5%

4T13 vs 4T13 vs 2013 vs


Distribuição de vendas de celulose por região 4T13 3T13 4T12 2013 2012
3T13 4T12 2012
Europa 35% 43% 41% -7 p.p. 0 p.p. 39% 41% -2 p.p.

América do Norte 31% 28% 26% 2 p.p. 4 p.p. 28% 25% 3 p.p.

Ásia 26% 21% 23% 5 p.p. 3 p.p. 24% 24% 0 p.p.

Brasil e Outros 9% 8% 10% 1 p.p. -1 p.p. 9% 10% -1 p.p.

PIX/FOEX BHKP (US$/t)* dez/13 nov/13 out/13 set/13 ago/13 jul/13 jun/13 mai/13 abr/13 mar/13 fev/13 jan/13

Europa 770 772 772 774 791 805 821 819 812 801 791 784

*Final do período

Indicadores Financeiros dez/13 set/13 dez/12

Dívida líquida / EBITDA ajustado (UDM*) (R$) 2,8 3,0 3,4

Dívida líquida / EBITDA ajustado (UDM*) (US$) 2,6 2,9 3,3

Dívida total / Capital total (dívida bruta + patrimônio) 0,4 0,4 0,4

Caixa + EBITDA (UDM*) / Dívida de curto prazo 3,2 3,2 4,5


*UDM: Últimos doze meses

Reconciliação do lucro líquido base caixa (R$ milhões) 4T13 3T13 4T12

Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e contribuição social 527 60 100

(+) Depreciação, exaustão, amortização 506 459 509

(+) Variação cambial e monetária 356 68 58

(+) Valor justo de contratos derivativos 103 (36) 32

(+) Variação no valor justo e ativos biológicos (66) - (32)

(+) Ganho de capital na alienação de investimento - Projeto Asset Light (799) - -

(+) Perda (ganho) na alienação de imobilizado 190 (4) (63)

(+) Apropriação de juros s/ títulos e valores mobiliários (19) (23) (25)

(+) Apropriação de juros s/ financiamento 138 144 165

(+) Encargos Financeiros na recompra do EUROBONDS 7 56 -

(+) Provisão de perda para créditos do ICMS 22 24 27

(+) Complemento de provisões e outros 28 6 (52)

(+) Crédito Tributário (77) (3) -

(+) Reversão de provisão para contingência (102) - -

Lucro líquido base caixa (R$ milhões) 812 751 718

Nº de ações (milhões) 554 554 554

Lucro base caixa/ação (R$) 1,5 1,1 1,3

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Proposta de Orçamento de Capital

Aos Srs. Acionistas da

FIBRIA CELULOSE S.A.

Proposta de Orçamento de Capital (ANEXO IV)

De acordo com o previsto no artigo 196 da Lei 6404/76, com a redação dada pela Lei
n.º10.303 de 31.10.2001, a administração da Fibria Celulose S.A. ("Fibria" ou
"Companhia") vem apresentar a presente proposta de Orçamento de Capital.

O Plano de Investimentos para 2014, devidamente aprovado em reunião do Conselho de


Administração realizada no dia 12 dezembro 2013, totaliza o montante de R$ 1.520
milhões, assim distribuídos:

R$ Milhões
Manutenção 234
Expansão 37
Modernização 24
Pesquisa e Desenvolvimento 5
Tecnologia da Informação 14
Florestal – Expansão 95
Florestal – Renovação 1.082
Segurança/Meio Ambiente 29

Total de Orçamento de Capital 1.520

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Proposta de Orçamento de Capital

Estes investimentos serão realizados prioritariamente com recursos próprios (gerados


com atividade operacional durante o exercício) /Terceiros.

Quadro Resumo de Fontes e Usos

Fontes R$ milhões

Recursos próprios (gerados com atividade


operacional durante o exercício)/Terceiros 1.520

Sendo esta a proposta que tinha a apresentar, a Administração coloca-se à disposição


dos Senhores Acionistas para prestar os esclarecimentos adicionais que julgarem
necessários.

São Paulo, 29 de janeiro de 2014.

A DIRETORIA

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Outras Informações que a Companhia Entenda Relevantes

Cláusula compromissória

"A Companhia está vinculada à arbitragem na Câmara de Arbitragem do Mercado,


conforme Cláusula Compromissória constante do seu Estatuto Social."

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Pareceres e Declarações / Parecer dos Auditores Independentes - Sem Ressalva

Relatório dos auditores independentes


sobre as demonstrações financeiras
individuais e consolidadas

Aos Administradores e Acionistas


Fibria Celulose S.A.

Examinamos as demonstrações financeiras individuais da Fibria Celulose S.A. ("Companhia" ou "Controladora") que compreendem o
balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2013 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das
mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, assim como o resumo das principais políticas
contábeis e as demais notas explicativas.

Examinamos também as demonstrações financeiras consolidadas da Fibria Celulose S.A. e suas controladas ("Consolidado") que
compreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2013 e as respectivas demonstrações consolidadas do
resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, assim
como o resumo das principais políticas contábeis e as demais notas explicativas.

Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras

A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras
individuais de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e dessas demonstrações financeiras consolidadas de acordo com
as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as práticas
contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de
demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou por erro.

Responsabilidade dos auditores independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria,
conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências
éticas pelo auditor e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações
financeiras estão livres de distorção relevante.

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e das
divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor,
incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou
por erro.
Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das
demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas
não para expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui também a avaliação da
adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a
avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Opinião sobre as demonstrações financeiras individuais

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos
relevantes, a posição patrimonial e financeira da Fibria Celulose S.A. em 31 de dezembro de 2013, o desempenho de suas operações
e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos
relevantes, a posição patrimonial e financeira da Fibria Celulose S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de 2013, o desempenho
consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as normas
internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as práticas contábeis
adotadas no Brasil.

Ênfase

Conforme descrito na Nota 2, as demonstrações financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil. No caso da Fibria Celulose S.A., essas práticas diferem das IFRS, aplicáveis às demonstrações financeiras

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Pareceres e Declarações / Parecer do Conselho Fiscal ou Órgão Equivalente

FIBRIA CELULOSE S.A.


Companhia Aberta

CNPJ/MF n.º 60.643.228/0001-21


NIRE 35.300.022.807

Parecer do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal da FIBRIA CELULOSE S.A. (“Fibria” ou “Companhia”), em conformidade com as atribuições previstas no art. 163 da
Lei 6.404/76, em reunião realizada em 27 de janeiro de 2014 na sede da Companhia, examinou as Demonstrações Financeiras:
Individual (controladora) e Consolidada (Fibria e suas controladas) e as notas explicativas integrantes das mesmas, o Relatório Anual
da Administração e os demais demonstrativos elaborados pela Companhia, relativos ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013,
bem como as propostas neles contidas, inclusive a proposta de orçamento de capital para o exercício social de 2014. Com base nos
exames efetuados e considerando-se ainda o parecer dos auditores independentes, PricewaterhouseCoopers, datado de 29 de janeiro
de 2014, apresentado sem ressalvas, bem como as informações e esclarecimentos prestados por representantes da Companhia no
decorrer do exercício, os membros do Conselho Fiscal abaixo assinados concluíram por unanimidade, em consonância com o disposto
no art. 163 da Lei 6.404/76, opinar favoravelmente quanto ao encaminhamento dos referidos documentos e propostas para aprovação
da Assembléia Geral Ordinária do exercício de 2013.

São Paulo, 29 de janeiro de 2014.

Mauricio Aquino Halewicz


Presidente do Conselho

Gilsomar Maia Sebastião


Conselheiro

Sérgio Mamede Rosa do Nascimento


Conselheiro

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Pareceres e Declarações / Declaração dos Diretores sobre as Demonstrações Financeiras

FIBRIA CELULOSE S.A.


Companhia Aberta

CNPJ/MF n.º 60.643.228/0001-21


NIRE 35.300.022.807

DECLARAÇÃO

Os Diretores da Fibria Celulose S.A. (“Fibria” ou “Companhia”) declaram, para os fins do disposto no parágrafo 1º, do artigo 25, incisos
V e VI, da Instrução CVM nº 480, de 07 de dezembro de 2009, que:

a)reviram, discutiram e concordam com as opiniões expressas no parecer dos auditores independentes sobre as demonstrações
financeiras da Companhia, do exercício findo em 31 de dezembro de 2013; e

b)reviram, discutiram e concordam com as demonstrações financeiras da Companhia, do exercício findo em 31 de dezembro de 2013.

São Paulo, 29 de janeiro de 2013.

Marcelo Strufaldi Castelli

Aires Galhardo

Paulo Ricardo Pereira da Silveira

Guilherme Perboyre Cavalcanti

Henri Philippe van Keer

Luiz Fernando Torres Pinto

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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2013 - FIBRIA CELULOSE S.A. Versão : 1

Pareceres e Declarações / Declaração dos Diretores sobre o Parecer dos Auditores


Independentes
FIBRIA CELULOSE S.A.
Companhia Aberta

CNPJ/MF n.º 60.643.228/0001-21


NIRE 35.300.022.807

DECLARAÇÃO

Os Diretores da Fibria Celulose S.A. (“Fibria” ou “Companhia”) declaram, para os fins do disposto no parágrafo 1º, do artigo 25, incisos
V e VI, da Instrução CVM nº 480, de 07 de dezembro de 2009, que:

a)reviram, discutiram e concordam com as opiniões expressas no parecer dos auditores independentes sobre as demonstrações
financeiras da Companhia, do exercício findo em 31 de dezembro de 2013; e

b)reviram, discutiram e concordam com as demonstrações financeiras da Companhia, do exercício findo em 31 de dezembro de 2013.

São Paulo, 29 de janeiro de 2013.

Marcelo Strufaldi Castelli

Aires Galhardo

Paulo Ricardo Pereira da Silveira

Guilherme Perboyre Cavalcanti

Henri Philippe van Keer

Luiz Fernando Torres Pinto

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