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Diagnóstico Geral

Enquanto candidatura responsável assumimos, com sentido de responsabilidade e espírito


construtivo, que a Covilhã precisa de mudar com segurança e tranquilidade. Nem tudo está bem
na Covilhã.
A Covilhã e a Região que a circunda têm uma taxa de desemprego superior à média
nacional. Trata-se de um Concelho que um conjunto de alterações sociais, culturais, económicas e
políticas conduziu a um envelhecimento acentuado. Verifica-se a existência de dificuldades para
atrair e fixar jovens. Os estudos demonstram a existência de uma falha populacional na faixa etária
dos 25 aos 34 anos, que espelha a procura de melhor nível de vida fora do concelho.
O modelo económico e o tipo de emprego prevalecente, assente na existência de grandes
superfícies comerciais e de “call centers” não cria emprego estável. Não constitui um pólo de
atracção para a fixação de quadros.
A Covilhã sofreu uma transformação que conduziu à perda de indústrias de relevo.
Simultaneamente, assistiu-se ao enfraquecimento ou mesmo ao encerramento generalizado do
pequeno e médio comércio, gerador de riqueza e de emprego. A dependência do sector serviços
revelou-se insuficiente para as necessidades da cidade.
A resposta dada para estes problemas está longe de ser suficiente. A Câmara Municipal
não desenvolveu uma política virada para a atracção de empresas que promovam riqueza e criem
emprego de qualidade. Não existiu uma clarificação dos sectores económicos estratégicos onde
valesse a pena apostar para que estas empresas surjam. Não se pensou nas condições de
competitividade nomeadamente fiscais para levar por diante uma política de atracção e fixação de
população e de investimento.
Faltou agressividade e liderança na promoção da Covilhã no que respeita à atracção de
empresas e à criação de emprego. Durante 12 anos seguidos de maioria absoluta pouco foi feito
para inverter esta situação.
Ao mesmo tempo, a Covilhã cresceu enviesadamente no que respeita o ao seu
ordenamento. Surgiram as urbanizações em torno da Anil e do Eixo T-C-T. Porém, descurou
quase toda a malha urbana que fica a norte da Rua Marquês de Ávila e Bolama. Na zona norte da
Cidade, verifica-se o estrangulamento generalizado do trânsito, a ausência de condições para a
instalação de actividades económicas e de serviços, a desertificação das casas, a desvalorização
e consequente degradação do património habitacional construído. O problema do estacionamento,
ao longo de doze anos, não foi resolvido. As soluções encontradas não servem.
O Centro Histórico da Cidade corre o risco de se tornar uma “zona de ninguém”. Tratando-
se de uma zona envelhecida sob o ponto de vista da população, não oferece todavia as condições
necessárias a uma circulação confortável das pessoas mais idosas que a habitam. Entretanto, nas
chamadas zonas novas, as opções foram casuisticamente determinadas pelos interesses
imobiliários.

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Os aspectos mais positivos deste Centro Histórico – o seu valor cultural e patrimonial –
continuam a precisar de uma intervenção de fundo que os valorize como elementos de atracção ao
serviço da imagem de uma cidade que deve ter o Turismo como um dos seus elementos de
dinamização e valorização. Também, aqui, ao longo de doze anos de maioria absoluta, nada foi
feito para além de obras de conservação e de restauro.
Sob o ponto de vista da prestação de serviços de qualidade – um dos elementos de
atractividade e competitividade dos Concelhos – há um rotundo falhanço. O 1ºCiclo do Ensino
Básico – decisivo para a formação das gerações futuras e para a atracção e fixação de quadros –
foi o parente pobre do investimento, no que diz respeito aos elementos que exigem a intervenção
municipal. Há agrupamentos de escolas sem recursos humanos nem materiais suficientes para o
aproveitamento de tempos livres nem para as actividades extra-curriculares e nem sequer para o
desempenho das tarefas lectivas normais. Alguns agrupamentos de escolas apresem taxas
elevadíssimas de degradação dos edifícios escolares, apresentando, inclusive, taxas
elevadíssimas de degradação sanitária. Continuam a faltar quer na cidade quer nas freguesias
rurais equipamentos essenciais de natureza desportiva e de apoio pedagógico.
As políticas sociais do concelho ignoraram os jovens: há concelhos onde uma gestão
cuidadosa das verbas municipais permite que o regresso às aulas seja suavizado: nomeadamente
as famílias mais desfavorecidas têm acesso aos livros e ao equipamento escolar no todo ou em
parte. As opções sociais da Câmara foram quase todas direccionadas para o entretenimento e o
lazer. Só quando a crise explodiu foram tomadas algumas medidas que, efectivamente, se
traduzissem numa diminuição do esforço de sobrevivência dos mais pobres. Faltaram medidas
estruturais e continuadas que gerassem aumento do rendimento disponível das famílias
desfavorecidas,
A política cultural não existe. Limita-se à contratação de espectáculos caros, faltando a
dinamização de projectos culturais próprios, ignorando-se por vezes, de forma discricionária,
baseada na escolha e até na simpatia pessoal, alguma da melhor criação que se faz no concelho.
Sem dúvida que há obra feita. Porém, ao longo de doze anos, particularmente nesta fase
terminal, acumulam-se os exemplos de obras de fachada, de escassa utilidade e de retorno social
e económico nulo. Simultaneamente, multiplicam-se os estudos que apontam para a escassez de
equipamentos colectivos de qualidade em comparação com os concelhos vizinhos. Segundo tais
estudos, a Covilhã tem um longo caminho a percorrer para se tornar atractiva para a fixação de
novos habitantes, particularmente mais jovens contrariando assim, a tendência de desertificação
dos últimos anos.
Apesar disto a dívida líquida da CMC alcançou em 31 de Dezembro de 2008 o seu valor
mais alto de sempre: 87, 9 milhões de Euros, não se conhecendo o endividamento ao nível do
Polis Covilhã, ParKUBIS, ADC, Sociedade de Reabilitação Urbana Nova Covilhã, ICOV e ADS. A
dívida da Câmara cresceu 6,5% em relação a 2005, 63% em relação a 2001, 408,62% em relação
a 1997. Quando perspectivamos o futuro avolumam-se com muita seriedade as suspeitas de que o
perfil da dívida bancária se alterará dramaticamente quanto à afectação do seu equilíbrio.

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Em face disto, pode-se dizer que a actual maioria na Câmara Municipal esgotou o seu
prazo de validade. Gradualmente, de forma cada vez mais acelerada, a actual Câmara em face
dos montantes financeiros de que dispôs, é cada vez mais uma solução esgotada e uma Câmara
de oportunidades perdidas. Por tudo isto acreditamos que se um ciclo de mudança. A Covilhã não
pode ficar para trás. Os próximos anos coincidirão com enormes mudanças: mudança inevitável de
lideranças; alteração do contexto económico de acção do município: (os fundos acabam, a dívida
aumenta); eventual criação da Região Centro e necessidade de competir com Leiria, Coimbra e
Viseu entre outros. É um fim de ciclo e uma óbvia exigência de mudança. O Partido Socialista está
hoje mãos do que nunca preparado para esta inevitável mudança. A responsabilidade a qual todos
somos chamados neste momento de mudança de ciclo é muito grande. Estejamos à altura delas.
O PS – asseguro-vos – irá estar com toda a certeza!

Finanças Municipais

Diagnóstico Actual:
A sustentabilidade financeira do Município está em risco. Nestes últimos 12 anos gastou-se
mais do que conseguimos arrecadar de receita, o que levou a uma situação de endividamento
galopante, atingindo em Dezembro de 2008 o valor mais elevado de sempre, 87.9 Milhões de
Euros (crescimento de 408,6% face a 1997).
Esta fórmula de sucesso eleitoral terá consequências severas para todos os covilhanenses
no futuro. Os custos com o serviço da divida crescerão dramaticamente e a redução de receitas
manterá uma incontornável tendência de descida.
As responsabilidades deste executivo são conhecidas e deixam-nos uma pesada herança
para as gerações futuras: 25.4 Milhões de Euros de dívidas aos fornecedores; 47.4 Milhões de
Euros de dívidas aos Bancos; Hipoteca das rendas futuras da habitação social (nas próximas 2
décadas); Alienação de 49% do capital dos ex-SMAS: 9ª Autarquia mais endividada, segundo o
Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses em 2007.

Constituem ideias chave do nosso programa:

1 – Aposta numa política de rigor e de transparência quanto à situação financeira do Município.

2 – Garantia da sustentabilidade financeira da Autarquia no Médio/Longo Prazo.

3 - Lançamento de uma auditoria rigorosa e independente às contas municipais, a fim de, se


necessário reorganizar as participações sociais da Autarquia (ICOVI, PARKURBIS, ADC, SRU)

4 - Reanálise das grandes opções do Plano. (análise SWOT às GOP)

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Desenvolvimento económico:

Possuímos uma agricultura quase de subsistência, meia moribunda, composta


maioritariamente de pequenas explorações, que não conseguiu adaptar-se aos ventos da europeia
PAC – política agrícola comum – a precisar de modernização.
Temos um subsector industrial em crise – sector dos lanifícios e da confecção – que não
conseguiu adaptar-se ao fenómeno da globalização.
O Parque de Ciência e Tecnologia – Parkurbis – tem uma trintena de empresas promissoras
a darem uma preciosa ajuda na reconversão industrial e de serviços, e no emprego de jovens
altamente especializados, mas infelizmente ainda é de pequena dimensão.
O sector comercial assenta em 3 ou 4 unidades de grandes dimensões (Serra Shopping,
Covilhã Shopping, Intermarché e Lidl).
O comércio tradicional no centro histórico da Covilhã e nas freguesias agoniza carecendo
de urgente especialização para sobreviver;
O sector florestal está muito abalado pelos fogos das últimas décadas mas com algum
potencial de crescimento.
O índice de poder de compra per capita é quase 20% abaixo da média nacional.
A mão-de-obra jovem, qualificada ou muito qualificada (licenciados e mestres), carece de
postos de trabalho condizentes que a absorvam e remunerem adequadamente;
A zona rural está envelhecida, em vias desertificação, com muitos reformados abonados
com pensões muito baixas e baixos níveis de literacia.

As nossas propostas:

1 - Constituição de uma Empresa Municipal de Capital de Risco apoiando a criação de micro,


pequenas e médias empresas em sectores prioritários e estratégicos.

2 - Criação do Gabinete de Apoio ao Investimento, ajudando quem deseja investir na Covilhã e


procurando potenciais investidores

3 - Criação da Plataforma Municipal de Emprego e do Observatório Municipal do Emprego com


participação das Escolas, Centros de Formação, Empresários, Sindicatos e outras instituições.

4 - Incentivos à fixação de empresas. Promoção de Incentivos fiscais à criação e fixação de


empresas (IMI, Derrama) e quadros (IRS).

5 - Aposta muito clara nas Parcerias Publico Privadas como forma de partilha de custos e
benefícios nos investimentos futuros (ex: construção e exploração de barragens, parques eólicos,
energia fotovoltaica, etc.)

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6 - Lançamento de programas de estágio directamente proporcionados pela autarquia, empresas
municipais e outras empresas contratualizadas com a autarquia.

7 - Apoio a sectores de maior potencial de crescimento, nomeadamente Turismo (de Natureza e de


Lazer), Ambiente e Energias e, eventualmente, madeiras (construção de mobílias, de pallettes,
madeira para o sector da construção.);

8 - Desenvolvimento do cluster da saúde através do Parkurbis Medical.

9 - Captação de investimento na área da aeronáutica, aproveitando assim a existência na UBI da


única formação de ensino superior em Engenharia Aeronáutica.

10 - Lançamento, estímulo e dinamização de programas de reabilitação urbana, com vista ao


direccionamento da indústria imobiliária.

11 - Fornecimento de terrenos infraestruturados às empresas que se instalem de novo ou que


apresentem projectos de ampliação das instalações existentes e que criem postos de trabalho em
todas as freguesias do concelho e nos parques industriais;

12 - Concessão de apoios financeiros aos empresários que se instalem de novo ou que


apresentem projectos de ampliação das instalações existentes e que criem postos de trabalho no
concelho (apoios por posto de trabalho);

Cidadania e participação cívica:

Há sinais preocupantes de asfixia política na qualidade da democracia na Covilhã: A


ausência de transparência e eficácia nas decisões camarárias estimula o favorecimento pessoal e
partidário. A participação dos eleitos de outras forças políticas é tratada como um incómodo. A
participação da sociedade civil e dos munícipes não é valorizada nem estimulada. A política de
informação e comunicação reflecte um pendor propagandista e promocional, evitando dinâmicas de
interacção com os munícipes.

Comprometemo-nos com:

1 - Criação do Provedor do Munícipe, com a missão promover a igualdade de tratamento, impedir a


discricionariedade e assegurar a transparência na relação com os munícipes.

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2 - Criação da Loja Municipal do Cidadão vocacionada para o atendimento desburocratizado e
célere.

3 - Criação da Conta do Cidadão – Através da atribuição de uma senha, os cidadãos acederão


acesso a uma área na Internet – a conta do cidadão – onde preencherão formulários e obterão
informação sobre processos pendentes se deslocarem à sede do Município.

4 - Implementação do Orçamento Participativo, garantindo a participação dos cidadãos e da


sociedade civil na decisão sobre a afectação de recursos no Plano e no Orçamento.

5 - Lançamento da Rede Electrónica Municipal (REM) – com sistemas de correio electrónico e de


conferência por computador para pôr os munícipes em contacto com os Departamentos Municipais
e com os representantes eleitos.

6 - Adequação dos horários das reuniões dos órgãos autárquicos de forma a incentivar a natureza
pública e a participação dos cidadãos.

7 - Digitalização dos Arquivos e Publicitação electrónica de documentos legais

8 - Remodelação do Website da Câmara Municipal da Covilhã como portal interactivo de prestação


de serviços.

9 - Lançamento de protocolos aos fornecedores de serviços para embaratecimento das chamadas


locais e da utilização de Internet a pessoas com mais de 65 anos.

10 - Instituição do Conselho Municipal de Juventude da Covilhã, com envolvimento das instituições


representativas dos jovens.

Educação

Os sinais de alerta que nos têm chegado apontam para uma agravada iliteracia na língua
materna no final da escolaridade obrigatória, continuando esses sinais nos estudos secundários e
no ensino superior. O que está na base deste insucesso é uma educação elementar, deficiente,
vitimada por muitos abandonos, muitos silêncios, muita pobreza.
Elegemos como prioridade o 1º ciclo da escolaridade de que muitos falam mas que só
alguns (poucos) apoiam.

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Assim comprometemo-nos prioritariamente a:

1 - Criar centros escolares do 1º ciclo com Jardim-de-infância, em zonas distanciadas dos


Agrupamentos;

2 - Recuperar antigos edifícios escolares para fins sociais, desportivos e culturais.

3 - Instalar Centro Cívico e Biblioteca nas localidades do concelho.

4 - Criar bibliotecas e ludotecas em todas as escolas do concelho.

5 - Garantir que as actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) sejam ministradas por docentes
à espera de colocação.

6 - Disponibilizar Tempos Livres grátis ao longo de todo o ano, mesmo durante as pausas lectivas.

7 - Lançar um programa social de apoio às famílias com oferta de material escolares e apoios
substanciais na aquisição de manuais (livros) escolares.

8- Oferecer refeições ao longo do todo o dia.

Cultura, Património e Associativismo

Diagnóstico:
Estas áreas têm sido objecto de um tratamento camarário que obedece a uma lógica de
instrumentalização/auto-promoção. A área da Cultura configura uma lógica de encomenda de
eventos e de desvalorização.
O Associativismo pauta-se por uma lógica de instrumentalização da sociedade civil, mercê
da asfixia económica das associações e colectividades. A área do Património acentua o abandono,
minimização e esquecimento a que o sector tem sido votado.

Os nossos compromissos prioritários:


1 - Lançamento de um Festival de Cinema de Inverno, promovendo sinergias com a Universidade
da Beira Interior.

2 - Promoção de um Festival de Artes Multimédia (Bienal de Artes do Interior), promovendo


sinergias com escolas e Agentes de produção culturais locais.

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3 - Lançamento do Centro de Artes e Espectáculos e Auditório Municipal.

4 - Identificação e recuperação do Património Industrial da Covilhã

5 - Criação de um grande Museu Industrial, que, ao excelente trabalho do Museu Têxtil, adicione as
peças de património industrial catalogadas e recuperadas.

6 - Identificação e Recuperação do Património existente no Centro Histórico

7 - Lançamento de uma candidatura no âmbito do Projecto Cidades Criativas, para a criação de


clusters criativos à semelhança do que aconteceu em outros municípios do País (Paredes, Óbidos,
Guimarães).

8 - Disponibilização de edifícios industriais em desuso para fins culturais em troca da sua


recuperação total ou parcial.

Urbanismo, Habitação e Transportes

Face às enormes transformações enunciadas, de uma maneira geral, a política urbana


seguida foi minimalista. A autarquia limitou-se a enquadrar a tendência nacional de expansão
imobiliária e mostrou-se incapaz de implementar um modelo urbano coerente, que articulasse os
centros com as periferias e travasse o êxodo das aldeias para a cidade.
Apesar de algumas obras públicas, muitas de ostentação, escasseiam equipamentos
determinantes para a vida colectiva. Constata-se que mesmo o apoio à construção de lares ou à
manutenção das escolas e colectividade surge apenas de quatro em quatro anos, por razões
óbvias.
À parte a vertente caritativa (e oportunista) da distribuição dos cheques do PERID, o
problema da habitação não foi encarado com a seriedade que merece. A câmara deixou campo
aberto à especulação, esquecendo a sua responsabilidade na criação dos ghettos de habitação
social.
Apesar do investimento do POLIS na requalificação das ribeiras e na construção de dois
grandes jardins (Goldra e Lago), a criação de espaços verdes pela Câmara resume-se aos
canteiros dos separadores centrais e às rotundas, ambos com uma manutenção onerosa e escasso
proveito para o cidadão. O espaço público, inclusive nas zonas novas, é pouco aprazível. A Câmara
cuida pouco das zonas residenciais e comerciais e revela pouca vontade de tornar os espaços
habitados mais amigáveis, seguros, verdes, acessíveis e inclusivos, como demonstra o elevado
grau de degradação e a progressiva desqualificação material dos passeios e praças.

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Apesar de algumas “peças” do POLIS, como a Ponte da Carpinteira e o Elevador de Santo
André, a articulação entre os bairros das margens das ribeiras e entre a parte alta e a parte baixa
da cidade está longe de assegurada. Falta um verdadeiro Plano Intermodal de Mobilidade e
Transporte que permita aos cidadãos contornar os problemas resultantes da distância e da
dispersão urbanística na sua vida quotidiana.
Fugindo à prestação de contas aos munícipes, a Sociedade Reabilitação Urbana não
inverteu a decadência do núcleo antigo. Não atraiu investimento, não contribuiu para criar emprego
especializado, nem para fixar pessoas.
A política municipal tem sido igualmente indiferente à mais-valia da Universidade para fixar
população qualificada, sobretudo por não elevar os seus standards de qualidade em resposta a
uma sociedade mais exigente e cosmopolita.
Volvidos quatro mandatos autárquicos, o PSD foi incapaz de conceber um modelo global de
desenvolvimento do território. A sua administração é considerada pouco transparente, ao sabor dos
ciclos eleitorais, de caprichos circunstanciais e de investimentos mal explicados. A burocracia e a
morosidade atrasam os empreendimentos e acentuam o lamentável panorama de ineficácia.
O PSD não resolveu os complexos problemas enunciados. Continua a promover obras
faustosas a crédito, revelando um completo desprezo pelas crescentes dificuldades do dia-a-dia
das pessoas. Temos de inverter esta linha política enquanto é tempo.

Prioridades:

1 - Elevar o padrão dos serviços prestados, fazendo da Covilhã um município exemplar do ponto de
vista da limpeza, da iluminação, da circulação e da civilidade residencial;

2 - Viabilizar uma política de arquitectura, com potencial económico, patrimonial e cultural;

3 - Adoptar o urbanismo de proximidade, impondo o planeamento de pormenor como regra;

4 - Desenvolver um Programa Municipal de Habitação (PH) que facilite o acesso a habitações


condignas a todos os cidadãos, dinamize o mercado de arrendamento, incentive a ocupação de
fogos devolutos e melhore as condições de habitabilidade, o conforto e a eficiência energética;

5 - Colocar o património municipal no mercado, à disposição da sociedade, associações e


colectividades, para instalação de oficinas, escritórios e ateliers;

6 - Valorizar o centro tradicional. Paralelamente, promover novas centralidades nos espaços


recentes, libertando alguns dos efeitos nocivos da circulação automóvel, e estimulando a
mobilidade sustentável com ciclovias ou mesmo um eléctrico rápido no TCT;

7 - Implementar um programa que permita aos cidadãos participar na gestão do seu bairro;

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8 - Qualificar o espaço público de forma a garantir plena acessibilidade e a mobilidade segura.

9 - Alargar e repavimentar os passeios, removendo as barreiras e obstáculos, tendo em vista


também a segurança rodoviária, especialmente junto às escolas;

10 - Alargar a cobertura de equipamentos escolares, pré-escolares e creches de qualidade,


adaptando-os à diversificação dos horários de trabalho;

11 - Criar uma rede de equipamentos de referência, tais como o Centro de Artes e um Fórum
urbano, que sirvam o convívio intergeracional e funcionem irradiem actividade cultural;

12 - Executar o Programa de Eficiência Energética os edifícios públicos;

13 - Racionalizar a rede de iluminação pública, adequando-a às necessidades reais de conforto e


segurança, relocalizando e substituindo lâmpadas, a fim de reduzir o desperdício energético;

14 - Desenvolver o projecto-piloto de um ECOBAIRRO sustentável;

15 - Aumentar o estacionamento automóvel nas zonas residenciais, pólos da UBI e Centro


Hospitalar da Cova da Beira;

16 - Melhorar a articulação da rede viária regional, aumentando a permeabilidade entra as vias


primárias e secundárias e as artérias urbanas, dissipando os fluxos através de nós e de circulares
mais eficazes, de forma a aliviar o tráfego de atravessamento e promover o uso de transportes
alternativos (e.g. ciclovias).

17 - Rectificar o traçado do eixo TCT. Concluir o acesso norte à cidade (A23).

18 - Ligar a Rua Mateus Fernandes à estrada nacional na zona dos Penedos Altos;

19 - Promover a centralidade metropolitana da Covilhã, pelo que propugnaremos pela ligação


rodoviária Covilhã/Coimbra como eixo complementar das acessibilidades regionais;

20 - Criar plano estratégico dos transportes e construir uma Gare Intermodal;

21 - Aumentar a segurança e a resposta operacional (bombeiros e de protecção civil) a eventuais


catástrofes e calamidades, prevenindo os riscos.

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Juventude:

Diagnóstico:
Apesar da desertificação acentuada do concelho da Covilhã, destaca-se uma insensibilidade
chocante e gravosa para com a Juventude, essencial para a dinamização do tecido social,
económico e demográfico.

As nossas prioridades:

1 - Criação do Concelho Municipal da Juventude;

2 - Repovoamento do Centro Histórico por Jovens através de mecanismos de arrendamento ou


venda custos controlados;

3 - Instituição de limites mínimos de habitação a custos controlados para Jovens:

4 - Negociação com os promotores imobiliários parra definição de percentagens mínimas de fogos a


custos controlados para jovens.

5 - Lançamento de políticas económicas e de emprego com repercussão na Juventude e jovens


licenciados.

6 - Relacionamento privilegiado com a UBI na captação de investimento empresarial em áreas


científicas de formação nesta instituição de ensino superior.

Ordenamento do Território e Ambiente

Diagnóstico:
Nas últimas décadas o Concelho registou grandes transformações, essencialmente ditadas
pela alteração da sua base económica, pela expansão urbanística e pela aplicação dos fundos
europeus em infraestruturas. Não obstante algumas melhorias, o concelho continua com
dificuldade em reter população e apresenta-se desorganizado, com muitos sítios em processo de
descaracterização e uma estrutura ecológica deficitária. – Há muito a fazer em matéria de eficiência
e de poupança de recursos!
O executivo autárquico do PSD tem menorizado o interesse público e sacrificado a
qualidade de vida a favor da especulação fundiária. Ao longo destes quatro mandatos foi incapaz
de delinear um sistema de planeamento regular e de atenuar os desequilíbrios sociais resultantes

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de um mercado imobiliário pouco interessado nas áreas abandonadas e nos interstícios dos
loteamentos, cuja reabilitação é determinante para a qualidade de vida das comunidades. Salvo
raras excepções, mesmo os investimentos públicos e as obras municipais não têm elevado o
patamar qualitativo.
Só o PS pode inverter este estado de coisas, desde logo assegurando o cumprimento da Lei
de Bases do Ordenamento do Território, no que concerne ao aproveitamento racional dos recursos
naturais, à preservação do equilíbrio ambiental – essencial até para o turismo –, à humanização e à
funcionalidade dos espaços edificados. Se há coisa que autarquia cessante já provou, foi a sua
incapacidade para equacionar os caminhos do futuro num horizonte de sustentabilidade.

Prioridades

Realizar um Plano de Desenvolvimento Estratégico do Município, fundamentado no


diagnóstico das debilidades e potencialidades, com alcance prospectivo e metas calendarizadas;

Adoptar regras claras de ocupação do território, definindo os eixos preferenciais de


desenvolvimento, de forma a dar um sinal às populações de prevalência do interesse público;

Promover a revisão do PDM com participação efectiva dos cidadãos na discussão pública,
particularmente no que respeita à circunscrição dos perímetros urbanos e das REN e RAN;

Implementar planos de desenvolvimento das freguesias rurais, atendendo às suas


necessidades e especificidade patrimonial e paisagística, integrando-as em redes de cooperação
como as Aldeias de Xisto;

Inventariar, promover e preservar o património natural, artístico e arquitectónico;

Salvaguardar a estrutura ecológica do Concelho, valorizando a agricultura, a floresta, os


cursos de água e as orlas ribeirinhas;

Reforçar a captação, armazenamento e abastecimento de água.

Racionalizar a recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos.

Monitorizar as ETARs, alargando a sua cobertura;

Coordenar o traçado e a localização das infraestruturas e com os usos do solo;

Fomentar, em parceria com a Direcção Regional de Agricultura, a Direcção-Geral de

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Florestas e os produtores a reflorestação de áreas ardidas, acompanhada da construção de
represas e de corredores corta-fogo, essenciais para o combate aos incêndios;

Concertar com os municípios confinantes o Plano Regional de Ordenamento do Território.

Políticas Sociais e Comunitárias

Num concelho caracterizado pelo envelhecimento de uma importante percentagem dos seus
habitantes – o que provoca reduzido dinamismo social em algumas freguesias e aumenta a procura
de serviços de apoio aos idosos – a acção da Câmara Municipal deve dirigir-se com grande
prioridade à Terceira Idade e, ao mesmo tempo, à Infância e à protecção dos mais desfavorecidos.

Assim, defende-se:

Manutenção e reforço dos apoios aos idosos e às crianças e seu alargamento aos sectores
da população em situação de carência socio-económica.

Melhoria do funcionamento dos serviços e respostas municipais de apoio social

Aumento da organização de actividades de convívio, lazer e turismo sénior em colaboração


com as instituições de solidariedade social e com as Juntas de Freguesias;

Estabelecimento de protocolos com as Ipss’s para fornecimento, a preços comparticipados


pela Câmara Municipal, de apoio de alimentação ou de serviços de saúde.

Criação de um Observatório Social concelhio para monitorização regular do “ estado social”


do concelho.

Estabelecimento com as ipss’s interessadas de protocolos para reforçar os serviços de


acção social e de saúde a toda a população idosa;

Reforço do apoio à recuperação de habitações degradadas, na cidade e nas freguesias,


para que seja mais fácil às famílias e às ipss apoiarem os idosos nas suas habitações;

Ajuda às Ipss’s e outras entidades que precisem de melhorar e ampliar ou de construir


novos equipamentos de centros de dia, lares, creches e infantários de forma a completar a total
cobertura concelhia;

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O Nosso Programa:

Finanças Municipais:

• Implementaremos uma profunda modernização administrativa, a qual terá consequências sob o


ponto de vista da melhoria dos serviços prestados aos cidadãos mas também de eficiência
económica

• Reanalisaremos e reequacionaremos as Grandes Opções do Plano para que as mesmas


cumpram não só os anseios das populações, mas também as linhas estratégicas de
desenvolvimento do concelho (análise SWOT às GOP)

• Solicitaremos uma Auditoria externa para conhecer a real situação financeira do município
(questão dos protocolos e das participações sociais) e se necessário reorganizar as participações
sociais da Autarquia (ICOVI, PARKURBIS, AdC, SRU)

Economia:

• Incentivaremos o Investimento e o desenvolvimento do nosso Concelho através do reforço dos


modernos factores de competitividade (infra-estruturas, fiscalidade, qualificações, modernização
administrativa, …)

• Desenvolveremos medidas com vista a alterar do paradigma de crescimento económico,


nomeadamente, o lançamento de acções concretas para transformar a Covilhã numa cidade onde o
Turismo, Energia, Educação, Saúde, TIC e os Serviços serão os motores do desenvolvimento
sócio-económico.

• Promoveremos a constituição de uma Empresa Municipal de Capital de Risco a qual visa apoiar
a criação de micro, pequenas e médias empresas em sectores considerados prioritários e
estratégicos.

• Criaremos o Gabinete de Apoio ao Investimento o qual promoverá campanhas com impacte


nacional e internacional, divulgando todas as medidas e incentivos em conjugação de esforços com
a UBI, PARKURBIS, ANIL, Associação Comercial e os sindicatos.

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• Proveremos e participaremos activamente no lançamento da Plataforma Municipal de Emprego
e do Observatório Municipal do Emprego com participação das Escolas, Centros de Formação,
Empresários, Sindicatos e outras instituições.

• Promoveremos o incentivo à fixação de empresas. Lançaremos um mecanismo de incentivos à


fixação de projectos empresariais de investigação, de novas tecnologias, de inovação e de
tecnologias da saúde. Neste capítulo, a promoção de Incentivos fiscais à criação e fixação de
empresas (IMI, Derrama,) e quadros (IRS) terão um papel relevante

• Apostaremos nas Parcerias Publico Privadas como forma de partilha de custos e benefícios nos
investimentos futuros (ex: construção e exploração de barragens, parques eólicos, energia
fotovoltaica, ….)

• Incentivaremos o lançamento de programas de estágio profissional directamente proporcionados


pela autarquia, empresas municipais e outras empresas contratualizadas com a autarquia.

• Dinamizaremos, apoiaremos verdadeiros e rigorosos programas de formação profissional.

• Procederemos à definição rigorosa de objectivos estratégicos no apoio à atractividade de


sectores de maior potencial de crescimento Turismo (de Natureza e de Lazer), Ambiente e Energias
e madeiras (construção de mobílias, de pallettes, madeira para o sector da construção,...);

• Promoveremos uma maior ligação entre a UBI e a Câmara Municipal da Covilhã na captação de
investimento empresarial em áreas científicas de formação nesta instituição de ensino superior;

• Incentivaremos o desenvolvimento do cluster da saúde (através do Parkurbis Medical).

• Promoceremos a captação de investimento na área da aeronáutica, aproveitando a existência


na UBI da única formação de ensino superior em Engenharia Aeronáutica;

• Implementaremos o lançamento, estímulo e dinamização de programas de reabilitação urbana,


com vista ao direccionamento da indústria imobiliária, uma vez esgotado o mercado da nova
habitação.

• Daremos todo o apoio ao comércio tradicional, favorecendo a sua especialização.

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Cidadania e participação cívica:

• Implementaremos o Orçamento Participativo – Envolverá a comunidade na identificação dos


problemas do Concelho e na formulação de propostas para a sua solução ou minimização,
contribuindo, desse modo, para a elaboração do Orçamento da Autarquia.

• Criaremos a Loja Municipal do Cidadão – vocacionada para o atendimento desburocratizado e


célere e para o atendimento e recepção. A loja municipal do cidadão disponibilizará também apoio
técnico jurídico que auxilie o cidadão a orientar-se no sistema da administração local

• Lançaremos a Conta do Cidadão – Através da criação de ferramentas informáticas na Internet e


da atribuição de uma senha, os cidadãos, através do seu fácil registo, poderão preencher
formulários relativos a licenciamentos, requerimentos, pareceres, pedidos de viabilidade, aceder a
procedimentos de concurso e cadernos de encargo, e outros actos administrativos, informarem-se
do andamento dos respectivos processos sem se deslocarem à sede do Município.

• Desenvolveremos a Rede Electrónica Municipal (REM) – Utilização de correio electrónico e de


sistemas de conferência por computador para pôr os munícipes em contacto com os
Departamentos Municipais e com os representantes eleitos, numa lógica de democracia electrónica.

• Criaremos o Provedor do Munícipe: O Provedor do Munícipe, encaminhará reclamações,


indagará do andamento de processos e fornecer a informação respectiva, auxiliará os cidadãos em
petições, reclamações e exposições e disporá de poderes para proceder a chamadas de atenção,
recomendações e sugestões junto dos Serviços e junto do executivo municipal.

• Adequaremos os horários das reuniões dos órgãos autárquicos de forma a incentivar a natureza
pública e a participação dos cidadãos, nomeadamente jovens e população activa.

• Digitalizaremos Arquivos e Publicitação electrónica de documentos legais

• Remodelaremos o Website da Câmara Municipal da Covilhã de forma a deixar de ser um


elemento de informação estática para se tornar um portal interactivo, como elemento de interface
com a Rede Electrónica Municipal (REM).

• Proporemos protocolos aos fornecedores de serviços para embaratecimento das chamadas


locais e da utilização de Internet a pessoas com mais de 65 anos.

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• Instituiremos o Conselho Municipal de Juventude da Covilhã, criando assim um fórum de
participação cívica e de discussão sobre assuntos autárquicos que envolva as diferentes
instituições representativas dos jovens.

Educação:

• Combateremos a escassez de recursos físicos, materiais e deficientes condições de trabalho.

• Para atingir este objectivo lançaremos as seguintes medidas:

• Criação de centros escolares do 1º ciclo com Jardim-de-infância, em zonas distanciadas dos


Agrupamentos.

• Recuperação de antigos edifícios escolares para fins sociais, desportivos e culturais.

• Instalação de Centro Cívico e Biblioteca nas localidades do concelho.

• Criação de bibliotecas e ludotecas em todas as escolas do concelho.

• Remodelação e actualização do material didáctico existente nas escolas.

• Fornecimento de material informático.

• Responderemos as necessidades resultantes das mudanças na organização das actividades


extra-curriculares para o que consideramos essencial o seguinte:
o As actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) deverão ser ministrados
sempre por docentes à espera de colocação.
o Disponibilização de Tempos Livres grátis ao longo de todo o ano, mesmo durante
as pausas lectivas.

• Teremos em consideração a necessidade de atender à natureza polivalente e fragmentada do


trabalho do professor. Por isso impõe-se:
o Aumentar o número de Assistentes Operacionais e Técnicos.
o Proporcionar-lhes formação adequada.
o Distribuí-los pelos lugares cuja formação fizeram para o efeito.

• Promoveremos o combate aos Níveis de iliteracia nas famílias que constituem uma dificuldade
muito séria para o desenvolvimento do concelho. Para isso urge:

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o Financiar projectos inovadores capazes de envolver as famílias com efectivas
práticas de leitura e de escrita.
o Combateremos a desigualdade social no acesso ao ensino

É urgente:

• A Criação de mais bolsas de estudo.

• A Oferta de material escolar e o apoio na aquisição de manuais escolares.

• A Oferta de refeições ao longo do todo o dia.

Cultura, Património e Associativismo

• Daremos particular atenção à aposta nos eventos distintivos, que projectem os valores locais,
em particular na lógica da internacionalização. Por isso apostaremos em eventos culturais de média
/grande escala como recurso simbólico decisivo na visibilidade e no marketing da cidade. Nesse
sentido:

• Promovermos o lançamento de um Festival de Cinema de Inverno, em colaboração com a


Universidade da Beira Interior que dispõe de uma Licenciatura em Cinema e de quadros
especializados nesta área.

• Promoveremos a criação de um Festival de Artes que resulta da congregação dos esforços


desenvolvidos por Agentes Locais de acordo com a lógica de convergência / maximização de
esforços e de concepção de eventos multiculturais.

• Apoiaremos significativamente os agentes sociais e culturais de produção cultural, não


dependendo exclusivamente da contratação de espectáculos provenientes do exterior.

• Apostaremos num conceito integrado de “cidade criativa” através da dinamização de novas


indústrias culturais e da promoção de novos agentes sociais e culturais em áreas que gerem valor
acrescentado

• Disponibilizaremos edifícios industriais em desuso em troca da sua recuperação total ou parcial.


Promoveremos a atracção de artistas nacionais e internacionais num modelo de residência artística.

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• Lançaremos uma candidatura no âmbito do Projecto Cidades Criativas, `para a criação de
clusters criativos à semelhança do que aconteceu em outros municípios do País (Paredes, Óbidos,
Guimarães).

• Promoveremos a descentralização, a vários pólos do concelho de estruturas e actividades e


dinamizaremos o envolvimento das freguesias no processo cultural;

• Lançaremos a criação de um Centro de Artes e Espectáculos/ Auditório Municipal que seja, em


simultâneo, sede de empresas e entidades de dinamização cultural.

• Apoiaremos o alargamento do Museu Têxtil da Universidade da Beira Interior na lógica de


“museu vivo”, promovendo a integração de edifícios e o desenvolvimento de pequenos comércios
associados.

• Defendemos um aprofundamento das relações com a Universidade no sentido de, aproveitando


o trabalho desenvolvido no Museu Têxtil, aprofunda-lo e redimensioná-lo no sentido da
configuração como um grande museu industrial da Região.

• Em colaboração com o Centro de Estudos Judaicos, promoveremos todos os esforços de


recuperação da Judiaria e área envolvente. Para esse efeito, defendemos que seja lançando um
programa de sensibilização dos proprietários dos edifícios no sentido da utilização de materiais e
soluções estéticas compatíveis com a recuperação desta área da Cidade.

• Encararemos o apoio ao associativismo na perspectiva de as associações poderem ser agentes


privilegiados na formação de públicos, com vista à sua fidelização e ao seu alargamento.

Urbanismo, Habitação e Transportes

O modelo de ocupação do território urbano e rural apresenta duas realidades preocupantes:


o potencial centrípeto da cidade tem esvaziado as aldeias; a fragmentação e os vazios intersticiais
dificultam a constituição de um contínuo urbano e a emergência de novas centralidades cívicas.
Perante este cenário é necessário preparar o Município para o futuro, valorizando o
povoamento e o património, reestruturando as acessibilidades, o parque habitacional e o espaço
público, de forma a fazer face às novas exigências energéticas e ambientais.
Promoveremos o rejuvenescimento do Concelho numa atitude pró-activa de relacionamento
com os agentes responsáveis pela actividade desportiva, cultural e solidária, sem discriminações.

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Requalificaremos os espaços públicos da vida de todos os dias, junto às escolas, às zonas
residenciais, repondo perfis viários e pavimentos dos passeios consonantes com o espaço urbano.
Apostamos num modelo de reabilitação que favorece a imagem da cidade. Tomando a
articulação da arquitectura antiga com a contemporânea como mais-valia, promoveremos
concursos de projecto que estimulem a criatividade. Assim, reorientaremos a política de reabilitação
com pragmatismo e sustentabilidade, alterando a tendência de expropriação e demolição massiva
e sem critério.
Candidataremos a construção de equipamentos colectivos ao QREN/Mais Centro, a fim de
promover a disseminação pelo concelho de equipamentos de resposta integrada que melhorem a
qualidade de vida das pessoas.
A mobilidade ou acessibilidade urbana é, sem dúvida, um dos aspectos mais pertinentes da
qualidade de vida. Mas a Covilhã está hoje muito desajustada dos fluxos gerados pelas
deslocações obrigatórias casa/trabalho/escola. Os equipamentos estão distantes, os serviços
públicos fora de portas, as áreas comerciais concentradas, o povoamento disperso e as famílias
atomizadas. A estes factores junta-se uma rede de transportes públicos ineficaz. É óbvio que os
problemas que as pessoas enfrentam pedem um urbanismo diferente, alternativo ao foguetório e às
obras de regime.
Apostamos na modernização do comércio de pequena e média dimensão, dando prioridade
à sua fixação nas ruas da cidade. Renovaremos o mercado municipal, encarando-o como factor de
dinamização económica.
O espaço público bem desenhado contribui para humanizar a cidade, tornando-a mais
atraente e confortável. A intervenção neste âmbito deve harmonizar as necessidades dos peões
com as do tráfego automóvel, não sobrepondo a função de circulação à fruição da cidade à escala
humana, o que não tem acontecido. Apesar das obras levadas a efeito sob pretexto de aumentar a
mobilidade, a actuação da Câmara PSD não produziu uma cidade estruturalmente pedonalizada,
nem aumentou os locais de sociabilização. Pelo contrário, tem destruído unidades de vizinhança.
As zonas verdes devem tender para a auto-sustentação ecológica, optando por espécies
que permitam diminuir o encargo com a manutenção (regas, podas, etc.), privilegiando os espaços
de média dimensão, com maior poder congregador das pessoas. Deve procurar-se uma ligação,
através de corredores verdes com a Serra, os espaços rurais circundantes e o rio Zêzere, quase
esquecido.
Temos consciência de que os problemas são complexos, pelo que só a ignorância permite
pensar em alterações bruscas no funcionamento do Município, fruto de gestos de algum iluminado.
Ao contrário, propomos um rumo, cientes de que as mudanças devem ser contínuas, graduais e
suaves e que nem todas as obras são para inaugurar por quem as lança. Constatamos que, ao
contrário do que parece, o executivo cessante tem sido demasiado conformista. Sobre as
enumeradas questões de fundo nada propõe, limitando-se a apresentar iniciativas avulsas.

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A política de Ordenamento do Território, Urbanismo, Habitação e Transportes que propomos
é pragmática na acção e audaz nos objectivos. Pretende assegurar os “direitos de cidadania”, que
vão da habitação à paisagem, da mobilidade à centralidade. Sem esbanjar recursos, atreve-se a
olhar para diante, ciente de que o território é um instrumento de liberdade e de igualdade capaz de
induzir profundas mudanças culturais.

Juventude:

• Instituiremos o Conselho Municipal de Juventude da Covilhã, criando assim um fórum de


participação cívica e de discussão sobre assuntos autárquicos que envolva as diferentes
instituições representativas dos jovens.

• Implementaremos e finalizaremos do Projecto de Reabilitação do Centro Histórico da Covilhã


com vista ao seu repovoamento por parte dos jovens, através dos mecanismos do arrendamento ou
venda a custos controlados;

• Instituiremos limites mínimos de habitação a custos controlados para jovens em determinadas


zonas urbanizáveis na sequência da revisão do PDM;

• Na sequência do licenciamento de loteamentos negociaremos contrapartidas aos promotores ao


nível de percentagens mínimas de fogos atribuíveis a habitação para jovens a custos controlados;

• Lançaremos politicas económicas e de emprego com repercussão na Juventude e jovens


licenciados através de um relacionamento privilegiado com a UBI na captação de investimento
empresarial em áreas científicas de formação nesta instituição de ensino superior.

Ambiente e ordenamento do Território

Graças ao seu potencial de intermediação no sistema urbano nacional, a Covilhã é uma


“cidade média”, cuja importância advém mais da capacidade de articular as diversas hierarquias e
escalas do território que do seu tamanho, da sua dimensão demográfica ou do seu peso
económico. Assim, não deve perder de vista o seu bom relacionamento com os concelhos
limítrofes, nem deve comprometer a sua capacidade de se envolver em parcerias com instituições
ou agentes locais e supra-regionais, em particular com o litoral e com Espanha. A imagem populista
de permanente conflito que Carlos Pinto cultivou prejudicou a imagem da cidade, afectando a sua
capacidade de atrair investimento.

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Connosco esta postura de confronto cessará e Covilhã recuperará o seu capital simbólico de
cidade empreendedora e cooperante, essencial nos processos negociais e nas parcerias
operacionais para o desenvolvimento.
O construído não pode continuar a expandir-se ao acaso, esvaziando os centros urbanos e
motivando a dispersão do comércio, dos serviços e dos equipamentos. A recuperação dos sectores
urbanos degradados deve respeitar a sua identidade. O retorno das intervenções sobre os centros
urbanos é fortemente condicionado pelo modelo global, começando pelos usos e critérios de
ocupação do solo, plasmados no PDM, até à localização das grandes superfícies comerciais. O
preconceito do PSD de que a centralidade é exclusiva dos centros históricos tem destruído os
centros (veja-se o Pelourinho) e inviabilizado um modelo territorial polinucleado.
O tecido urbano da Covilhã continua a inscrever as tramas da segregação socio-espacial.
Os executivos de Carlos Pinto têm insensíveis à implicação do planeamento do território na
qualidade e nos modos de vida e ao modo como a educação ambiental encoraja a cidadania.
Aproveitando o particular simbolismo da presença da UBI na área urbana consolidada, a
cidade precisa de uma estratégia consentânea com a sua progressiva conotação com um centro
produtor e difusor de conhecimento. A diversidade funcional é economicamente vantajosa e
indutora de coesão social. Delinearemos um modelo capaz de impulsionar as indústrias criativas,
não poluentes, atractivas de investimento e de população.
Zelaremos pela qualidade ambiental e pela preservação da paisagem, conjugando os
investimentos e os negócios com a oportunidade de inovação, sobretudo social, em vez de
perseverar no ultrapassado modelo da suburbanização e “embelezamento” circunstancial.
Concretizaremos o Plano Verde, que aumentará a oferta de jardins de proximidade e a
arborização da cidade, alterando as práticas de poda. Importa igualmente salvaguardar o equilíbrio
ecológico da Serra da Estrela, cientes de que a paisagem, a beleza natural e a memória dos
lugares, o património e a programação cultural, são os recursos turísticos mais apreciados e de que
o turismo de montanha não é incompatível com o alojamento em espaço rural e urbano, podendo
mesmo contribuir para a reabilitação de aldeias despovoadas com arquitectura de qualidade e
evitar a proliferação de novos espaços de lazer em áreas protegidas.
As questões rurais (usos do solo, agricultura, floresta, gestão da água, etc.) deverão ganhar
mais peso na política de ordenamento, a fim de obter a necessária coesão. As circunscrições da
Reserva Ecológica Nacional (REN) e da Reserva Agrícola Nacional (RAN) devem ser revistas,
combatendo as transacções especulativas e as suspeições de tráfico de influências e favores e em
matéria de licenciamento de obras, na ocupação dos baldios, na ocupação de cabeceiras de
nascentes, de leitos de cheia, de zonas declivosas, etc.
A revisão do PDM deve ir mais além do cumprimento de formalidades e prazos. Deve surgir
de uma discussão alargada com as comunidades e de um rigoroso trabalho de campo. Tanto no
estabelecimento da carta de condicionantes como na elaboração dos planos de urbanização e de

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pormenor sectoriais a participação dos cidadãos é desejável e deve ser promovida, pois temos
consciência de que governar uma cidade é gerir conflitos.
Só uma autarquia com coragem e capacidade política de aumentar a transparência na
gestão do território tem legitimidade para reivindicar maior descentralização administrativa. A
Covilhã precisa de uma classe dirigente informada, com argúcia estratégica mas trato afável, capaz
de promover o desenvolvimento sustentável participado, como o preconizado pela Agenda 21
Local, em prol da qualidade de vida da população.

Serviços Sociais e Comunitários:

• Melhorar o funcionamento dos serviços e respostas municipais de apoio social;

• Aumentar a organização de actividades de convívio, lazer e turismo sénior em colaboração com


as instituições de solidariedade social e com as Juntas de Freguesias;

• Estabelecer protocolos com as Ipss’s para fornecimento, a preços comparticipados pela Câmara
Municipal, de apoio de alimentação ou de serviços de saúde (como sejam transportes de idosos e
dependentes a consultas ao hospital ou ao centro de saúde), de modo a que em todo o concelho os
idosos e os mais carenciados possam beneficiar de apoios que agora só estão ao dispor dos
habitantes na cidade;

• Dinamizar, no âmbito da Rede Social, a criação de um Observatório Social concelhio que seja
uma plataforma de ipss’s, misericórdia, câmara municipal, juntas de freguesia, paróquias e serviços
públicos de ensino, segurança social, saúde e emprego para monitorização regular do “ estado
social” do concelho. A esse Observatório caberá também recomendar linhas de actuação para
resolução integrada de problemas de inacessibilidade aos serviços, aos centros de dia, aos lares e
problemas de dificultação de soluções em casos de problemas sociais agravados por abandono,
toxicodependência, alcoolismo e isolamento;

• Estabelecer com as ipss’s interessadas protocolos para reforçar os serviços de acção social e
de saúde a toda a população idosa, dependente e carenciada. As Ipss’s, desse modo, com a
comparticipação regular da Câmara poderão promover apoio domiciliário integrado a todos os
cidadãos necessitados e não apenas aos seus utentes regulares;

• Reforçaremos o apoio à recuperação de habitações degradadas, na cidade e nas freguesias,


para que seja mais fácil às famílias e às ipss apoiarem os idosos nas suas habitações;

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• Daremos ajuda às Ipss’s e outras entidades que precisem de melhorar e ampliar ou de construir
novos equipamentos de centros de dia, lares, creches e infantários de forma a completar a total
cobertura concelhia;

• Particular atenção será atribuída ao ensino básico, ao primeiro ciclo do ensino básico e aos
jardins-de-infância, dotando as escolas e jardins das melhores condições, seja em termos de
renovação de instalações e equipamentos, seja em termos de dotação de materiais educativos
modernos. Nesse sentido fazemos o compromisso de junto de cada escola de primeiro ciclo instalar
um moderno parque de jogos e diversões, reconvertendo em alguns casos os parques infantis em
más condições de segurança e sem equipamentos educativos.

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