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5 MEIOS PARA PEGAR UM MENTIROSO

Por Maureen Mackey

Um amigo diz que enviou um presente pelo correio e é mentira. A vizinha jura
que adorou sua porta nova quando na verdade não aguenta nem olhar para ela.
Um vendedor afirma que a loja está oferecendo grandes descontos em todo o
estoque, mas apenas alguns ítens estão em promoção. "Mentiras acontecem
entre amigos, entre professor e aluno, médico e paciente, marido e mulher,
testemunha e jurados, advogado e cliente, e vendedor e comprador", explica
Paul Ekman, professor emérito de Psicologia da Universidade da Califórnia, em
São Francisco. Ekman vem estudando o comportamento enganoso há mais de
40 anos e é autor de vários livros sobre o assunto. "Mentir é uma característica
tão primordial da vida", ele afirma, "que entendê-la melhor é fundamental para
quase todas as questões humanas."
Como podemos identificar as mentiras que nos são contadas, tanto as
pequenas, que não fazem muita diferença, quanto as grandes, que fazem?
Experimente estas dicas.

Atenção à voz
Você já percebeu alguma mudança anormal do tom de voz de uma pessoa?
Ouviu a voz falsear quando não é do tipo que falseia? Preste atenção a
mudanças como essas; elas podem muito bem indicar má-fé.
Quando Paul Ekman se associou à Maureen O´Sullivan, professora de
Psicologia da Universidade de São Francisco, para testar a capacidade de 509
pessoas de identificar mentirosos, os resultados foram surpreendentes. No
grupo havia funcionários do Serviço Secreto, da CIA e do FBI, além de
psiquiatras e estudantes universitários. Eles assistiram a um vídeo com dez
indivíduos que podiam estar mentindo ou dizendo a verdade. Na fita, uma
mulher descrevia as lindas flores que supostamente admirava. Apesar de ela
sorrir enquanto falava, alguns poucos observadores atentos detectaram uma
estranha hesitação em sua voz. Faltava alegria às palavras da mulher, e as
mãos pareciam tensas, não estavam relaxadas. Um dos agentes do Serviço
Secreto qualificou-a como mentirosa, e acertou. Ela não estava olhando para flor
alguma, e sim para um filme que os avaliadores lhe mostravam.
Embora outros comportamentos importantes também precisem ser levados em
consideração, mudanças vocais muito fora do normal às vezes indicam que a
pessoa está mentindo. "Pode haver uma alteração também na velocidade do
discurso, rápido demais ou lento demais, e mudanças no padrão respiratório",
explica Maureen.

Atenção a certas palavras


E quanto ao material escrito? Podemos identificar um comportamento
enganador em cartas, documentos, e-mails e até mesmo currículos?
Na Universidade do Texas, em Austin, o professor de Psicologia James
Pennebaker e colegas desenvolveram um software que analisa conteúdos
escritos e verbais relativos a mentiras, as quais, segundo explica Pennebaker,
podem se revelar de duas maneiras significativas.
Em primeiro lugar, os mentirosos tendem a usar menos pronomes de primeira
pessoa - palavras como eu, mim, meu - do que quem fala a verdade. É como se
estivessem colocando uma distância psicológica entre eles e suas histórias; eles
não são os "donos" da mensagem. "Os relatórios foram enviados ontem" é um
exemplo que contrasta com o direto e pessoal "Enviei os relatórios ontem".
Segundo, os mentirosos usam palavras de exclusão - mas, nem, exceto,
enquanto. É evidente que eles têm dificuldade com ideias complexas, dis
Pennebaker.

Não se prenda aos olhos


Embora muitas pessoas tendam a interpretar olhos inquietos e desconcentrados
como sinal clássico de mentira, o importante é considerar o contexto do
comportamento.
"Se as pessoas olham para longe quando estão tentando pensar em algo difícil,
não faz mal", diz a professora Maureen. "Mas se olham para longe quando estão
buscando uma resposta para algo que seria fácil responder, aí, sim, você deve
se perguntar por quê."
E, afinal, a conversa é sobre o quê? O assunto é crucial. "Se as pessoas estão
mentindo sobre algo de que sentem vergonha, vai ser difícil manterem o olhar
fixo", ela observa. "No caso de pequenas mentiras, no entanto, ou de mentiras
que não as deixam envergonhadas, as pessoas podem até mesmo manter o
olhar ainda fixo."

Observe a linguagem corporal


Uma região isolada do corpo ou do rosto, como os olhos, o nariz, as orelhas ou
as mãos, não consegue nos contar toda a história quando se trata de uma
mentira. Não é tão fácil assim. "Não existe nariz de Pinóquio", diz Ekman sem
rodeios. Na verdade, "você deve levar em consideração a combinação de rosto,
corpo, voz e discurso para obter altos níveis de precisão".
Isso significa observar a "pessoa inteira", sempre que possível. "Mudanças em
pequenos movimentos das mãos, alterações na quantidade dos gestos, atitudes
como 'encolher os ombros' incompatíveis com o que está sendo dito - vale a
pena analisar tudo", explica Maureen. E também convém observar diferenças de
postura corporal em determinados pontos da conversa. Procure perceber
"alguma mudança na atitude normal", oriente Maureen.

Procure a "deixa" emocional


Pequenos sinais na fisionomia das pessoas quase sempre expõem o que elas
verdadeiramente estão sentindo ou pensando, ao contrário do que querem que
pensemos, explica Ekman. Mas esses movimentos faciais ultra-rápidos, que às
vezes duram menos de um segundo, não são fáceis de perceber. Os mentirosos
premeditados tendem a encobri-los com outras expressões, como, por exemplo,
um sorriso, para disfarçar melhor a mentira. Mesmo assim, há indícios. "Não é a
frequência do sorriso que importa, mas o tipo de sorriso", explica Ekman. "Há
sorrisos de pura felicidade, que envolvem não somente os lábios mas também
os músculos ao redor dos olhos. E há sorrisos fingidos, criados para encobrir
medo, raiva, tristeza ou desilusão."
Vamos torcer, então, para que, da próxima vez que alguém nos contar uma
mentira, estejamos mais bem preparados para perceber.
Reportagem de Nancy Long Tafoyaa

Revista Seleções, 09/2006 - pp. 121 a 123

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