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DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO NA ESCOLA Aborda o artigo *RODRIGUES, Judite Filgueiras. Diagnóstico pedagógico na escola. Ago. 2009. Disponível em: . Acesso em: 23 set. 2009. discutido na disciplina Fundamentos Culturais e Psicológicos da Educação do Curso de Pós-Graduação em Pedagogia Gestora da FETREMIS
DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO NA ESCOLA Aborda o artigo *RODRIGUES, Judite Filgueiras. Diagnóstico pedagógico na escola. Ago. 2009. Disponível em: . Acesso em: 23 set. 2009. discutido na disciplina Fundamentos Culturais e Psicológicos da Educação do Curso de Pós-Graduação em Pedagogia Gestora da FETREMIS
Drepturi de autor:
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DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO NA ESCOLA Aborda o artigo *RODRIGUES, Judite Filgueiras. Diagnóstico pedagógico na escola. Ago. 2009. Disponível em: . Acesso em: 23 set. 2009. discutido na disciplina Fundamentos Culturais e Psicológicos da Educação do Curso de Pós-Graduação em Pedagogia Gestora da FETREMIS
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Erroneamente se pensa que a aprendizagem de uma criança se dá de
maneira uniforme e contínua, mas, na realidade, em cada uma das diversas fases percorridas em busca do conhecimento podem ocorrer períodos de dificuldades que devem ser acompanhados com bastante atenção por parte de pais e professores. E, neste ponto, a psicopedagogia salienta-se como um rico diferencial capaz de favorecer em muito o processo de construção do saber. De acordo com Weiss (2002), freqüentemente considera-se que alunos de classes baixas possuem menores condições de aprender devido a aspectos orgânicos, porém, os aspectos sociais que envolvem as questões de aproximação mais imediata com o campo da cognição e influências familiares e sócio-culturais são os que na maioria das vezes colocam estes alunos em situação inferior, mas, no entanto, não de impotência. Esse sujeito não-aprendente, se oportunizado dentro de práticas pedagógicas adequadas, poderá desenvolver-se plenamente e, para que isto seja possível, deve-se investigar as causas de seu não-aprender e organizar as aprendizagens dentro de uma perspectiva que se aproxime do modo de pensar do aluno, provocando neste o desejo de saber. Segundo Neves (2009), o problema de aprendizagem é um sintoma no sentido de que o não-aprender não configura um quadro permanente, mas ingressa numa constelação peculiar de comportamentos, nos quais se destaca como sinal de descompensação. Assim, a dificuldade de aprendizagem no aluno deve ser analisada com o propósito de entender o significado que esta não-aprendizagem representa. Weiss (2002) afirma que, para que o fracasso escolar seja vencido, é preciso considerar que todos têm capacidade de aprender e de que igualmente todos
Acadêmica do Curso de Pós-Graduação Lato-Sensu Habilitação em Educação Pedagogia Gestora:
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Orientação Educacional, pela FETREMIS. Porto Xavier (RS).
2
devem ter acesso à escolarização, principalmente a uma escola de qualidade e de
condições iguais de ensino em todas as classes sociais. Neste ponto a psicopedagogia desempenha um papel fundamental. Esta ciência desmembra-se em dois grandes ramos: a psicopedagogia clínica (realizada por profissionais especializados no ambiente médico-clínico), e a psicopedagogia institucional (exercida por profissionais capacitados em ambientes tais como escolas e empresas). De acordo com Lopes (2008, p. 16): "O psicopedagogo é, portanto, um profissional que atua, no campo clínico e institucional, no sentido de investigar as causas relativas ao fato de não aprender, tanto em seu caráter diagnóstico quanto preventivo". E Bossa (1995, p. 31) acrescenta que: "A Psicopedagogia é uma área de atuação profissional que tem, ou melhor, busca uma identidade e que requer uma formação de nível interdisciplinar, o que já é sugerido no próprio termo Psicopedagogia". Segundo Weiss (2002), todo diagnóstico psicopedagógico é, em si, uma investigação do que não vai bem com o aluno em relação a uma conduta esperada. A ação diagnóstica deve considerar o aluno de forma ampla, como sujeito de relações sociais dentro e fora do espaço escolar, um indivíduo provido de historicidade. Esta ação investigativa deve ser cautelosa e buscar elencar fatos ou fatores importantes que possam estar causando no aluno a incapacidade de aprender. Assim, deve considerar vários aspectos, principalmente cognição, afetividade e questões pedagógicas. Rodrigues (2009, p. 1) lembra que:
Quando falamos em diagnóstico, pensamos logo em análise, porém só
podemos analisar algo se pudermos encontrar o que estamos analisando. Por esta razão quando dizemos que estamos fazendo um diagnóstico temos que saber o que estamos diagnosticando, para que estamos diagnosticando e por que diagnosticar.
Para Weiss (2002), o sucesso de um diagnóstico não reside no grande
número de instrumentos utilizados, mas na competência e sensibilidade do terapeuta em explorar a multiplicidade de aspectos revelados em cada situação. Faz-se necessário interpretar, estar atento aos movimentos e depoimentos que envolvem o sujeito em questão, de modo que se possa identificar o foco responsável pelos aparentes problemas surgidos. Essas informações serão responsáveis pelo bom andamento do trabalho investigativo e de possível solução desses empecilhos, indiferente de sua origem. 3
De acordo com o supramencionado autor, a queixa (entende-se por queixa
uma reclamação, um sintoma de que algo não vai bem com o processo de aprendizagem de determinado educando) está expressa na fala da escola que conduziu o sujeito à avaliação psicopedagógica e também nas falas e depoimentos da família e do próprio sujeito. Faz-se necessário interpretar cautelosamente o que as partes estão exigindo do aluno e, conseqüentemente, o que ele pode estar oferecendo, dentro de suas limitações. Assim, pode-se avaliar a pressão do meio sobre este sujeito e como isso está ou não interferindo no seu campo emocional e de valoração de si próprio. Neste sentido, Rodrigues (2009) assevera que olhar a queixa trazida pelos responsáveis (professores, pais e pelo próprio aluno) para o atendimento psicopedagógico requer um olhar transdisciplinar, construído. Desta forma, esta construção precisa partir do que já se sabe, isto é, do conhecimento anterior que já se tem para então construir o presente visualizando o passado com os olhos no futuro. Weiss (2002) afirma que no primeiro encontro o principal elemento de conduta entre terapeuta, paciente e família é o de confiança. Por isso, deve-se traçar uma situação de conforto, onde o psicopedagogo necessita se valer de estratégias de ação que propiciem o paciente a se sentir à vontade para interagir com a nova situação à qual está sendo submetido. Quanto a este ponto Rodrigues (2009, p. 3) expõe que:
Sempre que pensamos em diagnóstico psicopedagógico temos que saber
ouvir o que o outro tem a dizer, não podemos ter respostas prontas, não existe um caso igual ao outro, existem situações, que com a experiência conseguimos fazer a pergunta mais apropriada para aquele momento.
Especificamente quanto à psicopedagogia institucional Neves (2009, p. 1),
afirma que:
É auxiliando na identificação dos problemas no processo de aprender, é
lidando com as dificuldades de aprendizagem através de instrumentos e técnicas específicas através da articulação de várias áreas, que o psicopedagogo interfere na aprendizagem. Apoiando-se em pressupostos científicos da Psicanálise, Epistemologia, Genética, Psicologia Social, da Lingüística... que a Psicopedagogia Institucional busca suporte para responder aos sintomas da problemática de ensino-aprendizagem. 4
Segundo Carlberg (1998), o psicopedagogo institucional faz seu diagnóstico
de forma semelhante ao proposto pela psicopedagogia clínica, envolvendo os seguintes fatores: queixa, contrato, enquadramento; Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem (E.O.C.A.); primeiro sistema de hipóteses; seleção dos instrumentos de pesquisa; segundo sistema de hipóteses; seleção de instrumentos de pesquisa complementares (quando necessário); linha de pesquisa para anamnese; informações complementares; terceiro sistema de hipóteses ou hipótese diagnóstica com indicações e prognóstico; devolutiva e informe psicopedagógico. Apesar de valerem-se de práticas semelhantes, a psicopedagogia clínica e a psicopedagogia institucional diferem em determinados aspectos. Carlberg (1998), destaca que a principal destas diferenças é a primeira entrevista (E.O.C.A.), onde a psicopedagogia institucional prevê uma aproximação ao objeto de estudo de maneira a perceber o que o indivíduo sabe e, não simplesmente, o que o sujeito não sabe, como ocorre na psicopedagogia clínica. Este saber é relativo à operatividade do educando, objetivando pesquisar a dinâmica, a temática e o produto em si. A intenção não é a pesquisa isolada desses aspectos, mas sim sua articulação e seu significado. Em conclusão, pode-se afirmar que as dificuldades de aprendizagem revelam-se um problema marcante da Educação no Brasil. Desta forma, torna-se de todo necessário que os profissionais da educação busquem soluções capazes de reverter este quadro. Neste sentido, a psicopedagogia mostra-se de extremo valor, uma vez que investiga, analisa e estuda os problemas de aprendizagem de determinado aluno na sua origem, isto é, no diagnóstico do aluno em questão e nas suas relações com a escola e a família.
REFERÊNCIAS
BOSSA, Nádia. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
CARLBERG, Simone. Psicopedagogia Institucional: uma práxis em construção.