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24 enuncia o princpio da unidade e indissolubilidade do matrimnio como o prprio contedo da palavra de Deus, expressa na mais antiga revelao. 4. Poder-se-ia, nesta altura, defender que o problema est terminado, que as palavras de Jesus Cristo confirmam a lei eterna, formulada e instituda por Deus desde o princpio, desde a criao do homem. Poderia tambm parecer que o Mestre, ao confirmar esta lei primordial do Criador, no faz seno estabelecer exclusivamente o prprio sentido normativo dela, apelando para a autoridade mesma do primeiro Legislador. Todavia, aquela expresso significativa desde o princpio, repetida por Cristo, leva claramente os interlocutores a refletirem sobre o modo como no mistrio da criao foi moldado o homem, precisamente como homem e mulher, para se compreender corretamente o sentido normativo das palavras do Gnesis. Ora isto no tem menor valor para os interlocutores de hoje do que teve para os de ento. Portanto, no presente estudo, considerando tudo isto, devemos colocar-nos exatamente na posio dos atuais interlocutores de Cristo. 5. Durante as sucessivas reflexes das quartas-feiras, nas audincias gerais, procuraremos, como atuais interlocutores de Cristo, deter-nos demoradamente nas palavras de So Mateus (19, 3 ss.). Para responder indicao, que encerrou Cristo nelas, procuraremos penetrar naquele princpio, a que Ele se referiu de modo to significativo; e assim seguiremos de longe o grande trabalho, que sobre este tema, agora precisamente, empreendem os participantes no prximo Snodo dos Bispos. Ao lado deles, tomam parte nele numerosos grupos de pastores e at de leigos, que sentem especial responsabilidade acerca das obrigaes impostas por Cristo ao matrimnio e famlia crist: as obrigaes que Ele imps sempre, e ainda impe na nossa poca, no mundo contemporneo. O ciclo das reflexes que iniciamos hoje, com a inteno de continu-lo durante os seguintes encontros das quartas-feiras, tem ainda, alm do mais, como finalidade, por assim dizer, acompanhar de longe os trabalhospreparatrios do Snodo, no entrando porm diretamente no seu tema, embora dirigindo a ateno para as razes profundas de que ele brota. i Mt 19, 3 ss; Cf. tambm Mc 10, 2 ss.