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SERMÃO PREGADO

POR CHARLES HADDON SPURGEON

INTITULADO

TODOS TÊM QUE TRABALHAR PARA JESUS

Sermão Pregado pela manhã de quarta-feira na Christ Church(Igreja de Cristo) em 09 de


maio de 1877, para vários pastores e missionários de várias denominações pertencentes
à sociedade missionária de Londres. Esta Igreja foi inaugurada em 1876 com capacidade
para 2500 pessoas, construída pelo metodista Dr. Newman Hall, amigo de Spurgeon. Era
uma igreja congregacional que dava oportunidade a vários pregadores, os quais tratavam
de temas relevantes interdenominacionais. Spurgeon nesse dia foi convidado a tratar
sobre a imprescindível importância de que todo o povo de Deus esteja engajado na obra
de anunciação do Evangelho de Cristo.
TODOS TÊM QUE TRABALHAR PARA JESUS

“E voltaram a Josué e lhe disseram: não suba todo o povo; subam uns dois ou três mil homens, a ferir Ai;
não fatigueis ali todo o povo; porque são poucos os inimigos.” Josué 7:3

“Disse o Senhor a Josué: não temas, não te atemorizes; toma contigo toda a gente de guerra, e dispõe-
te, e sobe a Ai; olha que entreguei nas tuas mãos o rei de Ai, e o seu povo, e a sua cidade, e a sua terra.”
Josué 8:1

Tenho tomado dois textos de dois capítulos consecutivos do livro de Josué. Primeiro é do
capitulo sete do versículo terceiro. Os espias que haviam sido enviados a Ai regressaram a Josué e lhe
disseram: não suba todo o povo, mas apenas dois ou três mil homens. Essa estratégia produziu uma
desastrosa derrota. Agora encontramos em nosso texto seguinte Jeová dizendo a Josué que não temas;
toma contigo toda a gente de guerra e levanta-te e suba a Ai. Os textos podem ser condensados nisto:
primeiro o conselho dos espias de empregar somente uma parte do povo no assalto ao povo de Ai. E em
segundo lugar, o mandamento de Deus, que ordena: “Toma toda a gente de guerra”.

Irmãos, como Israel, somos chamados à guerra, e temos uma guerra maior que Josué. Há uma
herança que, todavia, tem sido conservada pelo adversário, e em nome de Deus temos que achar força.
Com segurança experimentaremos dificuldades mui similares àquelas com as quais enfrentaram as
tribos de Israel. E eu não duvido que sua história( acaso não foi escrita para que aprendamos?) resultará
ser sumamente interessante para nós, se lhe dermos a devida consideração.

Poderemos experimentar suas mesmas derrotas se cairmos nos mesmos pecados; por outro
lado, ganharemos semelhantes vitórias se formos obedientes aos mandamentos que Deus nos têm
dado, que são muito similares aos que foram dirigidos a Israel de antes. No texto que temos em nossa
frente há uma lição a ser meditada, e que peçamos a Deus que, por sua graça, nos dê a capacidade de
aprender.

Primeiramente, consideremos O CONSELHO DOS ESPIAS, que conduziu tão vergonhosamente


Israel à derrota.

E aqui teremos que tratar com o erro de supor que unicamente uma parte da igreja bastará para
fazer o trabalho coletivo. O erro é supor que uma grande proporção de pessoas pode estar ociosa,
enquanto o restante é suficiente para pelejar na batalha do Senhor. Sinto que é um erro que, ainda que
talvez não seja sustentado teoricamente por nenhum de nós, porém na prática pode se vê por todas as
parte em nossas igrejas, e isso precisa ser identificado e resolvido.

Ele começa o capitulo nos dizendo que o Senhor Deus estava irado porque os filhos de Israel
haviam cometido uma prevaricação, deixaram de expulsar o pecado do meio de Israel. A ira de Jeová se
acendeu contra o pecado do povo por causa do pecado de Acã. Essa foi a razão real de sua derrota
perante Ai; mas dessa causa secreta brotou a fonte mais visível da derrota: era que, devido a que Deus
estava descontente com eles, foram deixados sozinhos – Deus se ausentou – e por esta razão adotaram
uma estratégia fatal. Quando Deus estar no meio de uma igreja, ele guia seus discípulos e dirige os
corações dos homens para que saiam a trabalhar da maneira mais sábia.

Podem estar seguros que quando chega a ser doutrina que unicamente se espera que certas
categorias especiais de homens trabalhem na igreja, então há algo ruim em sua substância. Na igreja
que, mais que qualquer outra, tem caído nesta falácia, e tem deixado pintado que aqueles que não
foram chamados ao sacerdócio, ou seja, os pobres laicos desafortunados estão fora dos labores cristãos,
não lhes permitindo fazer algo em particular: nessa igreja, digo, os erros mais mortais têm encontrado
lugar.

Nós podemos, também, dar por fato que quando começamos a deixar que a obra cristã seja
levada a cabo por um ministro, ou as visitas aos pobres sejam realizadas somente por um missionário
pago, temos um Acã no acampamento, com um manto babilônico muito bem escondido em sua tenda.
Há de haver um anátema em algum lado ou outro que tem causado o fato de sermos abandonados a
uma insensatez tão grande: seja a mundaneidade, ou o ócio, ou a profunda degradação do coração,
devem estar na raiz desta estratégia descuidada e indolente.

Não estar na mente de Deus que isto seja assim; e, evidentemente, nos tem deixado a nós
mesmos sozinhos quando este método fatal é adotado. Quando o Espírito Santo descansa sobre a igreja,
esta necessidade é praticamente evitada, nem sequer é concebida. Que Deus conceda às igrejas
representadas aqui hoje o caminhar na sã doutrina e tenham a espiritualidade da vida, que possam ser
cheias da presença divina, e não sonhem nunca nem por um momento enviar unicamente uma parte de
seus membros à guerra, e deixar os restantes sentados tranquilamente! Não podemos permitir que as
batalhas de nosso Senhor sejam pelejadas utilizando tropas mercenárias; o exército inteiro de homens
que se oferecem no dia do poder do Senhor, tem de sair sob o comando de nosso divino Josué para
enfrentar o inimigo.

Esta estratégia errônea surgiu da presunção engendrada pelo êxito que Israel havia obtido
quando havia marchado ao redor de Jericó durante seis dias, e no sétimo, quando gritaram, os muros da
cidade foram derrubadas completamente até ao chão. Talvez começaram a dizer: “se caíram esses
sólidos muros quando nós os rodeamos e se caíram somente por uns gritos, o Heteu e Haveu e todos os
demais inimigos afundaram diante de nós, portanto que necessidade haveria para que marchem tantos
homens? Dois ou três mil homens serão mais que suficientes para tomar por assalto essa pequena
cidade. Nós podemos fazer maravilhas, e, portanto, não necessitamos empregar toda nossa fortaleza!”
Irmãos, muitos perigos estão ao redor do êxito. Nenhum de nós pode suportá-lo muito. Quando nesta
ou naquela outra parte do mundo, a igreja vê muitos convertidos como o fruto de seus labores e
quando há grandes reuniões, e uma boa quantidade de gritos, e um grande interesse se tem gerado, e
haja conversões de multidões, é muito natural supor que o trabalho tem sido feito com facilidade e que
não se requer de ninguém esforço severo ou geral. Alimenta-se a idéia de que agora não há necessidade
de contínuas visitas de casa em casa, que não há necessidade de mais missionários, que nem há mais
necessidade de serviço regular com tarefas na escola ou na reunião na casa do campo, e que não há
necessidade de colocar para trabalhar para Cristo nossos jovens de ambos os sexos.

Os exércitos e organizações do exercício regular estão em perigo de serem super estimados com
muita rapidez. Toca a corneta e os muros caem com facilidade. Dizem: “como Jericó tem caído com
gritos e com marchas, então nos reunamos e mostremos que somos um povo poderoso, que não
necessitamos mais subir unânime e laboriosamente, com cada um tendo o direito de ir à luta como foi
com os nossos pais”. Ah irmãos, este espírito maligno deve ser exorcizado, pois provêm do diabo. Deus
não nos abençoará se tolerarmos este espírito. Será que alguns de nós já somos demasiadamente
grandes para que nosso Senhor não nos use em sua obra? Como Saul, nosso Davi é inapropriado para
vestir as nossas armaduras no confronto com o gigante Golias. Temos que sermos mais sensíveis a nossa
própria debilidade; mais conscientes que a conversão das almas é obra da onipotência, do contrário
veremos que se consegue muito pouco.

Não esqueçamos que estes filhos de Israel estavam esquecendo e violando o Mandamento de
Deus. É uma terrível verdade que as tribos haviam sido tiradas do Egito para que fossem os executores
da divina vingança sobre as raças que haviam cometidos crimes capitais, que por causa disso o Senhor
Deus os havia condenado a serem desarraigadas. O galardão dos ministros da justiça haviam de ser a
terra que os povos infames haviam profanado. A ordem que foi dada não foi dada unicamente a Josué e
aos anciãos, mas a todas as tribos. Da mesma maneira que todos esperavam contar com uma morada
em Canaã, assim todos haviam de conquistar o território por meio de seus próprios esforços. Todos eles
conformaram seu exército alistado para Deus, e Ele nunca ordenou que somente uma parte saísse em
sua grande controvérsia com os cananeus condenados. Se alguma vez nos esquecermos de prestar um
serviço universal como Igreja de Cristo, nós estaríamos nos apartando de nossa responsabilidade e de
nosso chamamento, pois o Senhor tem enviado a todos seus discípulos a testificar acerca dEle e se opor
contra o pecado. Ele nos tem enviado a todos para que demos a conhecer, por todos os lados, de
conformidade com a nossa habilidade, as Boas Novas de sua Salvação. Cristo não tem dado esta ordem
a este ou aquele homem, ou a este ou aquele grupo, mas a todos os seus escolhidos. Cada membro tem
o seu próprio trabalho a fazer, e não se pode permitir que nenhuma parte de seu corpo(igreja) se
aquiete a dormir. Ele não tem dito: “Ide, comei gorduras, e bebei vinho doce, e criticai àqueles que
realizam a obra”; mas a Todos seus santos nosso Senhor Jesus lhes diz: “como me envio o Pai, assim
também eu vos envio”. Todo cristão é descrito na Escritura como uma luz que não pode ser ocultada,
mas que tem de ser vista pelos homens. Não somente os ministros são sal da terra e a luz do mundo;
porém, diz que “Vós” sois sal da terra. “Vós” sois a luz do mundo; todos sem exceção, cada um em sua
própria proporção e em seu próprio lugar tem de ser usado como um vaso na grandiosa casa do Senhor.
Nós nos afastaremos de nossa verdadeira posição e de nosso elevado chamado, se nós arranjarmos
desculpas para não fazer o nosso serviço pessoal, para logo ir e participar de reuniões e agradecer a
Deus por que outras pessoas têm feito a obra de Deus em nosso lugar.

Estes Israelitas estavam saindo seguindo seu próprio modelo. Esse modelo sem dúvida era seu
assedio a Jericó, porém nessa marcha havia muita dependência de Deus, gritaram e rodearam a cidade,
estavam cumprindo as ordens de Deus. Veja que naquela ocasião “Todos” eles foram e marcharam ao
redor de Jericó; todos deram o grito e os muros vieram à baixo. Porém agora Israel estava saindo de seu
modelo quando disseram: “não cansemos todo o povo, fazendo-os ir”. Então como é o nosso modelo
como Igreja? Acaso não são os dias de Pentecostes? Acaso não constituem aqueles primeiros dias, uma
época de ouro no partir o pão de casa em casa? Acaso não havia um ardente entusiasmo no corpo
inteiro de discípulos? Sabemos que era assim. E temos de ver de novo os triunfos daqueles tempos
primitivos; devemos regressar à prática da Igreja primitiva.

Eu suponho que não há nenhuma pessoa presente que não haja lido aquele famoso sermão de
Matthew Wilks sobre o serviço universal. O argumento do pregador naquela ocasião foi o mesmo sobre
o que eu gostaria de insistir agora: que todos devem participar na obra do SENHOR. São diversas as
funções, porém as metas são as mesmas. Que assim seja. Queira Deus que a igreja reconheça isto mais
plenamente, pois precisamos imediatamente subir na confiança da fé, uma vez que os espias estão a
desencorajar uma parte do povo de Deus. Atrevo-me a dizer que há espias que dizem que as multidões
em Israel seriam um estorvo na batalha, que toda a gente comum seriam obstáculos para o combate
efetivo, e que deixasse a batalha para os guerreiros treinados. Eu sei que alguns amigos, irmãos capazes,
compartilham dessa forma de pensar. Acaso não tem dito – ainda que sem palavras – “esse jovenzinho
está pregando e comete tais torpezas com o inglês da rainha! Tem muito zelo, porém há muito perigo
nele. E essas irmãs? Sabemos que fazem uma grande quantidade de trabalho que nunca havia sido feito
antes, mas...” e balançam suas cabeças de um lado para o outro, não, não... diante delas. Essa é
freqüentemente a principal contribuição para o serviço de Deus dos pertencentes à classe mais
prudente de pessoas! Estes freqüentemente balançam suas cabeças sobre os jovens devido às suas
inovações e seu zelo. Jovem, estás na escola dominical? Bem, essa é uma coisa muito adequada porque
é uma instituição muito bem reconhecida, porém se se começa hoje pela primeira vez, muitos lhe
balançariam as cabeças em sinal de reprovação. O trabalho da missão na cidade, de igual maneira, é um
modo de operação provado e comprovado; no entanto, em tempos passados, se pensava que havia
perigos em uma agência laica, especialmente devido ao fato que os jovens não tinham um treinamento
universitário. Sei que há outras instituições santas que todavia se tem que inventar, e ainda que
nenhumas delas serão perfeitas, porém os jarros de água fria que jogamos em cima delas, não vão
torná-las melhores. Seria de muito melhor ajuda deixarmos de prevenir os pequenos danos que possam
advir dessas instituições imperfeitas, pois qualquer coisa é melhor do que frieza e a letargia. Então não
apaguemos o fogo que há, mas tratemos de usá-los para propósitos santos, pois é o que precisamos. Se
temos o fogo do céu para a glória dos céus, ele pode ser regulado com facilidade, porém a calamidade
mais terrível é não ter fogo algum do todo.

“Porém” – diz alguém – “a defesa ignorante da verdade por parte de pessoas sem as devidas
qualificações, não poderia comprometer e fazer muito dano à causa de Cristo?” Poderia fazer, no
entanto, acaso a verdade em que crês é tão débil para estar assim em tão sério perigo? Será que ela
não é capaz de se auto-defender? Meus irmãos, tudo o que a verdade deve temer é a ação humana
paralizante e imobilizadora de excessiva prudência. Escutamos com freqüência dizerem que não há
necessidade de tanta excitação e esforço; e, isto, também, nos chega procedente de nossos homens
prudentes. Dizem: “devemos ir com calma, pois as coisas saíram suficientemente bem nos dias de
nossos avós, e os grandes homens do passado o fizeram bem, sem a necessidade de toda esta
comoção.” Diante do que temos observado, os jarros de água fria estão em promoção em nossos dias, e
podem ser conseguidos a preços muito mais baixos que antes.

Há um bendito descanso que goza o coração quando se queda aos pés de Jesus, porém pelo
menos eu sinto que há muito trabalho por fazer e todo meu pequeno poder é entregue a este trabalho.
Havia pessoas que se queixavam, nos dias de Wesley e Whitefield, porque o zelo na obra de Deus dos
dois causava muito fanatismo; entretanto, graças a Deus, o bendito “fanatismo” se propagou por toda a
terra; e não está extinto ainda agora, nem estará, pois seguirá aumentando até que Cristo venha!
Subamos todos a Ai e, tão certo como Deus esteve com seu povo de antes, assim também Deus estará
conosco e o mundo aprenderá que há um Deus em Israel!

Somente uma coisa mais sobre este ponto. Estou seguro que o Senhor tem o propósito de
manter todos seus escolhidos como um só exército, e instruí-los como um só grupo. Quando somos
mais visivelmente “uno”? Quando nos colocamos a trabalhar. Se tu vens para discutir teus pontos
particulares, te dou um bom dia, e vou embora; porém, se vás a trabalhar para Jesus, permita-me que
eu vá contigo. Tenho observado a história das organizações formadas sem um propósito prático, e
invariavelmente tem chegado ao seu fim, e não sei se devemos lamentar esse fato. Contudo o trabalho
desempenhado para Jesus é um poderoso laço de união. E isto é assim, pois o nosso Deus não tem o
propósito que somente seus ministros-pastores visitem todos os leitos de morte, e sejam os únicos
espectadores dos triunfos dos moribundos de seu povo. Não, meu irmãos e irmãs, tens de visitá-los
também, e que sua fé seja fortalecida e seus convertidos sejam mais brilhantes. Ele não deseja que
somente os pregadores dirijam-se a todos os que são convertidos e animem os que estão desanimados.
Não, sua sabedoria percebe que é bom que todos os seus servos contemplem os troféus de sua graça, e
saibam como utilizar os estímulos de suas promessas.

Meus irmãos, os homens que gastam seu tempo fornecendo ensaios e artigos nas revistas, são
na sua maioria pouco firmes em sua fé; porém se saíssem ao mundo da vida real para salvar os homens,
se tivessem que combater pessoalmente com os corações de pedra e paixões perversas na obra real de
conversão, descobririam que suas teorias belamente produzidas não servem para nada. Aprenderiam
que a fé puritana de nossos antepassados é a mais potente de todas as armas e a melhor adaptada para
o mundo tal como é, e que a velha verdade é a única espada com a qual pode perfurar os corações dos
homens. Que educação para o filantropo seria se fosse observar o que come o homem do campo? Ou
melhor ainda, o que não come! Que lição para o sanitarista seria se observasse com os seus próprios
olhos as condições sanitárias em que se aloja essa gente de Londres? Que educação para um homem de
dinheiro seria se passasse uma noite ou duas nas salas abarrotadas donde os obreiros cristãos
londinenses passam suas noites! Para um cristão, trabalhar para Jesus é uma verdadeira educação, e é
dessa forma que trabalhando entre as pessoas, entre o povo, que o santo serviço se constitui em um
verdadeiro treinamento, pois indo dessa forma conhecemos de fato o caminho da redenção e a
condição caída do homem.
Portanto, quando Jericó sucumbiu, todos foram. Se há de cair ante o poder divino, todos devem
estar ali para ver com os seus próprios olhos a glória do Senhor.

Em segundo lugar, meu texto contém O MANDAMENTO DE QUE TODO ISRAEL SE APRESENTE
AO COMBATE.

Eu vou me dirigir principalmente a meus irmãos em Cristo, e o que eu lhes disser, o digo falando
a mim mesmo primeiramente. Irmãos, temos de fazer com que todos os membros de nossas igrejas
entre na guerra. A bagagem de nosso exército é demasiadamente pesada; os viventes e os combatentes
são muitos. Necessitamos jogar fora os zangões e necessitamos de um incremento das verdadeiras
abelhas trabalhadoras. E como vamos fazer isso?

Meus irmãos, nós temos que está profundamente impressionados pelo mal que tem sobrevindo
à igreja por causa dos cristãos folgados e ociosos. Somente suponho que se não entregarmos uma tarefa
para um cristão obrar, ele se transformará em um insano intelectual e briguento, arranjando contendas
com todos os que sustentam opiniões contrárias às suas próprias opiniões; ou desonrando a Cristo pelo
pecado, pois vocês recordam como foi que Davi pecou no tocante a Bate-Seba. Era um tempo em que os
reis iam à guerra e, todavia, ele havia se tranqüilizado em Jerusalém. Davi não teria pecado se não
houvesse ficado e desempenhado o papel de zangão em casa. Onde estava o seu dever como
comandante-chefe? A indolência é uma tentação. Algumas de nossas igrejas estão sofrendo por causa
de uma doutrina equivocada, e o musgo cresce sobre ela e a ferrugem a estar carcomendo; o ouro se
põe opaco; a prata está perdendo seu brilho, e tudo por falta de uso. Suspiremos e clamemos quando
pensarmos nos membros inúteis de nossas igrejas como ramos que não dão frutos, pois estes serão
cortados e lançados fora para serem queimados. Há muita caridade, porém de um tipo mau; pois não se
enfrenta à verdade se há um desejo honesto pelo bem dos homens. Que tristeza encheria nossos
corações se refletirmos sobre isso.

E digo que “tristeza”, pois devemos compreender o dano que os ociosos causam aos demais.
Uma ovelha infecta o rebanho. Os líderes são vistos pelos demais como um tipo de modelo; e se fulano
de tal se contenta meramente em ocupar seu assento e oferta “tanto” por ano, então outros dirão:
“estaremos de conformidade com a norma se fizermos o mesmo”. Todo homem de um exército que não
seja eficiente e não seja realmente disposto ao serviço, estar do lado do inimigo. Que poderia desejar
mais o inimigo que o exército adversário esteja cheio de enfermos? Oh! professantes inúteis, não
poderiam servir de melhor maneira ao diabo que se unindo a uma igreja para não fazerem nada!

Quero que meus irmãos sintam isso mui profundamente. Não duvido que o sintam, porém eu
mesmo quisera senti-lo mais vividamente. E eu penso que é a falta de piedade vital em muitos casos. Eu
não sei como vê isso o meu amigo Sr. Newman Hall; suponho que eu não sofro muito como ele;
contudo, conheço pastores que afirmam ter como membro pessoas muito respeitáveis, mas que não se
pode fazer nada com eles. Em muitos casos as reuniões são suprimidas porque os membros
endinheirados chegam em casa à noite vindo do centro da cidade e jantam na hora usualmente
escolhida para a reunião de oração, e por causa disso, não podem assistir as reuniões de orações. Jantar
é um assunto importante, porém parece mais importante do que orar. Os homens de negócios estão
cansados, e é certo que os carpinteiros, os pedreiros e outros trabalhadores são o que se deleitam em
nossas reuniões de orações. Em alguns bairros encontra-se impossível continuar com a eficácia da obra
da igreja porque as próprias pessoas que deveriam ser obreiros e líderes, estão resolutos em
continuarem apenas com suas ofertas e com seus atos de adoração no culto de domingo. Dê-lhes algum
trabalho na obra santa, que eles te olham como se pensasse que tu tens perdido a razão ao lhes propor
um serviço árduo para eles. Agora isso tem que ser exposto e denunciado com toda fidelidade. É com
freqüência o pecado que brota da excessiva indolência e auto-indulgência, e a vida de luxo. Parece que
àquele a quem Deus mais dá, menos este oferece o retorno a Deus.
Que estás fazendo para Cristo? É uma pergunta que tenho de fazer a todos. Nós que somos
conhecidos como batistas somos da opinião que o batismo, como um ato pessoal de um crente, é uma
boa lição para que o nosso povo no tocante a sua consagração expressem, cada membro a
responsabilidade pessoal. Porém não vou supor nem por um momento que meus irmãos
pedobatistas[Nota do tradutor: referindo-se aos anglicanos, metodistas e presbiterianos presentes] sejam
menos empenhados em dar vigência a esta mesma verdade, pois vocês também crêem firmemente na
responsabilidade individual da verdadeira religião e ensinam a necessidade de fé e uma consagração
pessoal a Deus. Então concordamos sobre o grande beneficio de exortar a cada membro sobre o dever
de trabalhar pessoalmente para Cristo. Devemos fazer com que cada crente sinta que não se pertença,
que tem sido comprado por Jesus; que nenhuma oferta em dinheiro que seja vai compensar o labor, o
trabalho que pessoalmente deve fazer para seu Senhor.

Vi uma carruagem estacionada à beira do caminho esta manhã e tinha acorrentada uma de suas
rodas; não havia temor que se movesse com essa roda presa. Algumas vezes uma roda prendida em
uma igreja impedirá o movimento do todo. Todos somos parte de uma grande maquinaria, e a
paralização de uma parte não significa simplesmente uma detenção, e sim o comprometimento da
organização inteira. Um professante morto que se contenta em gozar das doutrinas bíblicas sem
cumprir os preceitos do Evangelho, se converte em uma fonte de sérios perigos para a igreja de Cristo
Jesus, e nós sabemos que isso pode acontecer.

Meus irmãos, devemos refletir sobre a importância do empreendimento em que nós estamos
envolvidos e atuemos de tal maneira que conduzamos outros a sentir a sua importância. Por que
esforçar-se tanto para ressaltar um ponto duvidoso de teologia, que não é de aplicação aqui na terra?
Por que se perder tempo toda manhã de domingo em discutir uma idéia disparatada de pontos da
doutrina? Que coisa é essa senão jogar com coisas insignificantes? Alguns são mui dados ao que eles
chamam de “pensar” ou “sonhar”. O melhor meio é tirar a espada da bainha e de imediato dirigir-se aos
corações dos homens e eliminar os seus pecados no Nome de nosso Senhor Jesus Cristo, pois é melhor
que ficar com especulações. Se diz de certos sermões que são “deleites intelectuais”, creio que é assim
que tenho ouvido; porém nossa religião cristã não deve ter esse propósito, mas sim uma luta contra o
pecado e é sobretudo uma obra prática e claramente real para Jesus. Nosso ensino vazio numa
linguagem elaborada fará que nossa gente pense que a piedade prática é um assunto sem importância,
e que o intelecto é melhor que a piedade. Devemos fazer sentir aos homens que salvar uma alma é
melhor que possuir todo o conhecimento. Que Deus nos dê capacidade de pregar com veemência e
mediante este instrumento adequado, a Palavra, avivados pelo Espírito Santo, conseguiremos fazer
com que toda a nossa gente marche adiante à Batalha!

Sobretudo, oremos pedindo graça. Não devemos nunca ler a história dos tempos antigos e dizer:
“que esplêndida denominação tem sido a nossa; então, não poderíamos descansar sobre a nossa coroa
de louros?” Impossível! Devemos ganhar louros mais frescos. Napoleão costumava dizer: “A conquista
me tem feito o que eu sou; e a conquista tem de me sustentar!” E o mesmo sucede com os cristãos.
Devem avançar; devem sobrepassar as proezas do passado, e eclipsar os fatos de seus ancestrais. A
batalha torna-se mais forte e como enfrentar as crescentes demandas sem uma graça sete vezes maior?
Nosso vigor espiritual requer que seja aumentado.

Se chegasse a acontecer alguma vez que o pastor e todo o seu rebanho saíssem à guerra por
causa do REI Jesus, que aconteceria? Se todos, sem exceção, que levam o nome de Cristo, fossem a sua
vinha com total entrega, quê vida haveria? E que unidade em todas as igrejas? Não haveria divisões se
todos fosse zelosos pela glória de Deus. Então não ouviríamos mais as queixas de que não estamos
sendo suficientemente fortes para fazer o trabalho de nossas cidades grandes e das dispersas aldeias. A
própria igreja mais débil, se cada um fizesse sua parte, seria o suficientemente forte para sua posição.
Ademais, não haveria escassez de recursos para nenhuma empreitada santa. Todavia a riqueza que
pertence a cristo e o serviço que não lhe é oferecido se corrompe nos cofres das pessoas e o resultado
de tudo isso é o roubo que está acima de qualquer cálculo. As sociedades missionárias, em geral mui
bem sustentadas, não recebem mais que uma décima parte ou centésima parte de tudo o que o povo
de Deus deveria dar para uma obra tão divina. Se o magnata comerciante que contribui para Cristo
desse tão somente na mesma proporção que a oferta de algumas senhoras piedosas que têm que
ganhar seu sustento com costuras por um centavo, e se todos dessem como dão os poucos fiéis, de
pronto poderíamos enviar missionários a todas as partes.

Eu não sei o que vocês pensam a respeito, mas me parece estranho que nós aqui nesta ilha(Grã
Bretanha) formemos um bloco compacto, e somente mandamos umas dezenas ou centenas de pessoas
ao campo missionário. Alguém pode dizer: “alguns de nós temos grandes áreas aqui, e não podemos
esperar que todos viajem, não é certo?” Eu respondo, o pregador mais capaz que haja, jamais é
demasiadamente bom para não ir para a obra missionária. O homem mais útil em casa é provavelmente
o mais adequado para o campo missionário. Que cada de nós questione nosso próprio coração quanto
ao clamor dos pagãos. No que toca a mim, não me atrevo a dormir até que haja considerado
suficientemente e honestamente se eu devo ir ou não. Eu digo aos meus jovens do colégio de pastores
que devem demonstrar o porquê não devem ir, pois não havendo impedimentos, seus deveres ficam
claro em relação ao campo missionário.

Quando observo o número de jovens que estão bem educados e podem ler importantes ensaios
do Instituto de engenharia mecânica, e que professam ser regenerados pelo Espírito Santo, me aflijo em
ver seus talentos dedicados a fins insiginificantes. França necessita do Evangelho. Vejam o que o amado
irmão tem sido capaz de fazer em Paris. Acaso não há nada que pudesse fazer o mesmo por outras
cidades nesse país vizinho? Por aqui e por lá, algum bom homem pode dizer: “tenho desenvolvido
minhas capacidades”, por que então não viver para empregar essa capacidade em algum lugar onde
possas trabalhá-la para a difusão do Reino do Redentor? Vejam o que o pastor Harms tem feito na
aldeia de Hermansburg, despertando toda a gente até que se entregaram a si mesmos ao Senhor e
depois as suas propriedades, e construíram um barco para a missão e viajaram nele ao redor da África,
um grupo atrás do outro, para evangelizar.

Deve ser a ambição de um ministro, quando este sente que deve ficar em sua terra, com a ajuda
do Espírito Santo em seu lugar onde pastoreia, pelo menos deve preparar um número respeitável de
missionários. Sei que virá o dia em que se considerará como o mais feliz o homem que mais fez, sofreu e
trabalhou por e para Cristo.

Ponhamo-nos todos a trabalhar para Cristo e sua Igreja redimida! Todos a trabalhar, em todo
tempo e de todas as maneiras para Cristo! Eu suplico para que cumpra isso. E logo tomemos outro lema
e diremos: o mundo para Cristo e Cristo para cada nação debaixo do céu! Isto se conseguirá quando o
Espírito Santo nos haja despertado a todos. Oh! Bendito Deus, converta à Igreja e converta o mundo!
Amém.

FIM

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