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Dança 15

Se não tê-las,
como sabê-las?
Umuarama, domingo, 4 de outubro de 2009

por Tiago K. Inforzato

Asas por Angela Russi Frasquete

O que fazer quando se está fisicamente longe de alguém que de mim, aquela com quem nasci de novo. Fui criança novamente,
você ama? Lembra-se dela. Imagina-se o que ela estaria fazendo adolesci. Tive momentos de extrema alegria e satisfação. Noites
A mulher é um mistério, um delicioso enigma. Se eu fosse geôm- naquele momento. Imagina-se como seria se ela estivesse ao seu insones e instantes de amargura. Resumindo, aquela com quem sou
etra diria que o homem é um polígono, com seus ângulos e pontas lado. Pensa-se. Pensa-se muito. Nela. feliz. Diante disso só posso dizer:”quem ama dá asas.”
facilmente medíveis – acidentado, bruto e exato; porém a mulher Pensar. Dói demais pensar porque o pensamento reaviva a    Malditas asas quando a levam. Benditas quando a trazem.
não teria outra forma senão a circular, curvilínea, cujo cálculo de sua saudade. Não pensar pode parecer mais prático, entretanto, é bem Podem as mesmas asas serem dois extremos? Podem, sim.
superfície exata é quase impossível, é aproximada, depende de arti- difícil mudar o foco do pensamento em momentos de saudade. En-  É assim que me sinto no início de ano letivo. Olhando as malditas
manhas como a constante π (um número irracional, de pelo menos 25 tão, penso, lembro, imagino. Sinto saudade. Quero-a perto de mim, asas afastando-se e que levam minha filha para a universidade em
casas decimais) ou de algoritmos avançados de computação – suave, mas, ao mesmo tempo quero-a crescendo longe de mim e galgando outra cidade, longe de mim.
delicada, nunca exata e sempre complexa. Ora, talvez a natureza já os degraus de sua própria vida.   Mas, quando essas mesmas benditas asas a trazem no fim de
tenha seguido algumas dessas dicas, não é mesmo?   Desde o início de 2008 repito uma frase para mim mesma quase semana ou nos feriados e ainda nas férias, que alegria. Ela volta tão
Divagações à parte, esta semana teremos ajuda na explorar que diariamente. “Quem ama dá asas.” A liberdade permite que o ser diferente, tão melhor, tão mais madura. Fico tão orgulhosa e agradeço
o misterioso universo feminino: em conjunto com a Secretaria da amado volte por vontade própria, por amar de volta,  por querer estar em pensamento a Deus que colocou essa frase tão certa para mim,
Cultura de Umuarama, o Projeto Palco Giratório do SESC, em perto.Quando a saudade dói demais digo:” quem ama dá asas.” realmente na medida de minha saudade. “Quem ama dá asas.”
sua 4ª etapa traz para Umuarama o espetáculo de dança Rito de   O que mais pode-se dizer quando o seu amor mais puro e verda-   Malditas e benditas. Acima de tudo, necessárias .Essas asas
Passagem, do grupo amazonense Índios.com Cia. de Dança. A deiro se afasta para crescer? Sim, é aquela pessoa que tive dentro que também respondem pelo nome de liberdade.
apresentação acontecerá neste dia 12 de Outubro (segunda-feira,
feriado), às 20h, no Centro Cultural Schubert, com entrada franca
(mas é preciso retirar os ingressos, com antecedência no SESC ou

Visão mecanicista disfarçada de


Fundação Cultural de Umuarama).
Com quase uma década de vida e evidente influência indígena
(o nome do grupo deixa claro), a Índios.com Cia. de Dança explora
movimentos contemporâneos e tem suas coreografias montadas com

nova teoria? Pane no sistema!


a utilização de técnicas de esportes verticais como o rapel, a tiroleza e
a escalada, além de técnicas circenses como a dança com tecido.
Apesar do rito de passagem em questão ser inspirado nos
costumes do povo indígena (houveram pesquisas com mulheres
das populações ribeirinhas do Amazonas), ele pode ser interpretado
de forma ampla e nos remeter às fases de evolução de todas as por Caroline Guimarães Gil
mulheres de todas as culturas, com seus tantos ritos de passagem
que acontecem nesse processo de formação da mente e do corpo   Quem já não ouviu a música
feminino. Certamente um espetáculo imperdível. “Admirável Chip Novo” da cantora
Serviço: Pitty? Tenho certeza que a maioria
Espetáculo: Rito de Passagem dirá sim, independente do gosto
Gênero: Dança musical; seja por algum veículo
Data: 12 de Outubro de 2009. da mídia, seja por algum amigo
Local: Centro Cultural Schubert, Umuarama. que curti, enfim, diversos meios.
Horário: 20 horas. Não quero esquadrinhar os bons
Duração: 40 min. + bate-papo entendedores de música, mas
Censura: a partir de 16 anos considero interessante o aspecto
Valor : Entrada Franca abordado pelo contexto dela. Pode
Detalhes: Retirar Ingressos antecipadamente no SESC e Centro parecer um pouco antiquado, falar
Cultural Schubert. de uma música que já obteve o seu
reconhecimento e já passou pelo seu
ápice considerado “moda”. Não que
tenha simplesmente se extinguido,
mas a freqüência em ouvi-la diminui.
Em contrapartida, o tema abordado,
é um motivo de causar-nos reflexão
profunda, pois aborda um tema que
perdura na sociedade atual, ou seja,
aborda uma forma de pensamento
que deixou resquícios no modo de
agir e pensar da sociedade na atu-
alidade: a visão mecanicista.
      Esta teoria filosófica segue os
preceitos de que o ser vivo é quase
como uma máquina, que pode ser
previsível e determinado. Conse-
qüentemente, pensa-se que, segundo este viés, o ser humano é o que digo, faço com que o outro fique a mercê da minha verdade,
reduzido a apenas seu aspecto biológico, sem considerar seu impulso submetido a minha realidade de enxergar o mundo, até que ele
vital, onde existe um espaço psíquico que nenhuma ciência alcança descubra por si mesmo que aquela não era uma verdade absoluta,
e explica em sua totalidade. que tinha a opção de escolher. E quando acontece isto? E quando
      Por meio desta afirmação, a música traça perfeitamente notamos que durante um bom tempo de nossa vida, achávamos que
esta idéia quando diz “parafuso e fluído em lugar de articulação”, não nos era permitido à escolha? Sejam lá as consideradas mais
ou mesmo “até achava que aqui batia o coração”, ou ainda “nada é diversas circunstâncias? “pane no sistema”, como descreve no
orgânico, é tudo programado”. Onde se encontra a subjetividade do início da música.
ser humano com esta linha de pensamento? Se pensarmos que o ser      Este pane é perceber que uma verdade tinha sido encoberta, que
vivo é uma máquina, estamos validando que ele pode ser controlado, toda a realidade não se concentrava em apenas uma afirmação. Agora,
ficando a mercê de um considerado comandante. Mas ainda não o sujeito enxerga pelos seus próprios olhos, e com certa consciência,
acaba por ai, no refrão da música, há verbos no imperativo, como passa a perceber uma nova realidade, precisa agora se reinventar,
se estivesse obrigando e mandando o sujeito a executar devidas já que havia se submetido a uma visão particular de outro.
tarefas, como “tenha, more, gaste e viva” ou “use, seja, ouça, diga”,      Esta visão mecanicista ainda existe em muitos ramos da ciência,
e no final do mesmo, há a resposta a este comando como “não senhor, em acreditar que ela é um campo restrito e autônomo, considerando
sim senhor”. o homem como um ser apto a ser manipulado e isolado. Um sistema
      Este pensamento, nega o ser vivo como ser. Nega a evolução maior de organização da sociedade se vê enclausurado se enxerga
do ser humano como ser cultural e social. Não há opção de escolha, que a sociedade inventada não deu certo, pois as pessoas estão
há apenas comandos a serem efetuados. Por que desconsiderar a descobrindo as verdades encobertas, dando novos sentidos e rumos.
escolha do sujeito? Portanto, faz-se necessário, segundo o sistema, reinventar uma nova
     É interessante abordar este ponto, entramos numa estrutura humanidade, uma nova forma de organização social, assim Pitty
histórica político-social da civilização, em que há o poder por meio finaliza sua música ao dizer “e lá vêm eles novamente, e sei o que
do saber. Quando conheço e convenço o outro de que é verdade aquilo vão fazer: reinstalar o sistema”. Vai um admirável chip novo ai?

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