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CACHAÇA
Apresentações de luxo
renovam a imagem do
destilado brasileiro
www.embalagemmarca.com.br
Tendências e Perspectivas
Wal-Mart, Pelly Design, Jequiti e
Johnson & Johnson confirmados MÁQUINAS: O incentivo oficial • BIOPLÁSTICOS: PLA chega ao Brasil
eDITORIaL }}} UMA CONvERSA COM O LEITOR
A
ta edição de embalagem- nha? Ou será que, de modo geral, aquele
marCa, de autoria de pesado consumo se deve a que a maioria
Guilherme Kamio, aborda do produto oferecido, suas embalagens,
problemas que afetam o seus rótulos e fechamentos são o que de
vasto mercado de cachaças, mas que, no o melhor o poder de compra de nosso
entendimento da redação, pode ser vista povo consegue alcançar?
como algo recorrente a várias outras Não se argumentará aqui que a renda
áreas. Como acontece no caso da bebida das classes C e D melhoraram nos últi-
típica brasileira, existem diversas cate- mos anos. O que se pergunta é se elas
gorias de produtos com excelentes opor- não estariam migrando da “marvada”
tunidades de realizar bons negócios, de para produtos “mais nobres”, a fim de
crescer e de exportar. No entanto não livrar-se do estigma de consumidor de
se nota por parte de muitas empresas “bebida de pobre”? Enquanto isso, há
com potencial para tirar proveito dessa notícias de que uma crescente parcela
situação a percepção de que podem dos bebedores de bebidas finas está ade-
fazê-lo. Pior, parece ser débil a vontade rindo ao destilado de cana, seja na forma
para tanto. de caipirinha, de batidas ou pura. Só que “Será que o pesado
É curioso observar que a aguardente essa faixa de consumidores exige produ- consumo de cachaça
feita à base de cana-de-açúcar, cantada tos de qualidade e embalagens que não
em prosa e verso como uma bebida fiquem a dever às de uísques, vodcas e se deve a que a
capaz de agradar os mais variados pala- conhaques importados. Pelo que apurou maioria do produto,
dares, em diferentes países, tem produ- a reportagem, quem está tirando maior
ção oficialmente contabilizada na casa proveito dessa tendência são fabricantes suas embalagens,
de 1,3 bilhão de litros por ano – porém
é vendida basicamente nos limites das
estrangeiros de embalagens. Quanto ao
produto, ouve-se cada vez com maior
seus rótulos e
fronteiras do País. Será que somente freqüência que os chineses estariam se fechamentos são o
alguns poucos especialistas estrangei-
ros (mais uma avassaladora massa de
preparando para produzir... cachaça. De
cana-de-açúcar.
que de melhor o
brasileiros) de bom gosto são capazes poder de compra
Wilson Palhares
de detectar com suas sensibilíssimas
de nosso povo
consegue alcançar?”
Diretor de redação: Wilson Palhares | palhares@embalagemmarca.com.br
emBAlAGemmARCA é Público-Alvo
uma publicação mensal da Editor executivo: Guilherme Kamio | guma@embalagemmarca.com.br
EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que
Bloco de Comunicação Ltda. Redação: redacao@embalagemmarca.com.br
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São Paulo, SP embalagem. São profissionais envolvidos com
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bebidas, cosméticos e medicamentos.
FOtO de caPa: stUdiO ag – andré gOdOy
2009
TECNOLOGIAPRODUTIVIDADEGIROCONVENIÊNCIAINOVAÇÃOREDUÇÃODECUSTOSIMPACTOAMBIENTAL
VIDADEPRATELEIRAAGREGAÇÃODEVALORLOGÍSTICAMATERIAISDESIGNCOMUNICAÇÃOSEGURANÇA
expressas em matérias assinadas não refletem
Grandes cases de embalagem
Circulação e Assinaturas (Assinatura anual: R$ 99,00): necessariamente a opinião da revista.
Marlyan Dulz | assinaturas@embalagemmarca.com.br
suMáRio }}} Nº 120 }}} AGOSTO 2009
Snacks 12
10 Lava-roupas ruffles tem embalagem
com arte diferenciada para
Frasco reutilizável para sabão alcançar público jovem
em pó é estratégia para
enobrecer produto popular
Reportagem
de capa: Cachaça 30 40 Azeites
selmi estréia no setor com embalagem
segmento superpremium revigora italiana que remete a híbrido de lata e garrafa
o prestígio e demanda melhores
embalagens para a bebida
42 Entrevista
Margarinas 48 executivo do bndes explica o pacote de
estímulos ao financiamento de bens de capital
recém-anunciado pela instituição
Plástico obtido do milho é a
novidade da embalagem de
52 66
margarina da bunge
Prêmio Alimentos
cresce o número de incrições camil lança feijão
54 Artigo
para a terceira edição do
PRÊMIO EMBALAGEMMARCA
pronto em embalagem
cartonada asséptica
bruno alcântara,
da Johnson &
Johnson, aborda
estratégias
56 Bebidas Andrew Eyles 62
para conquistar comexim ousa
com lançamento de designer norte-americano discorre
mercados
bebidas não alcoólicas sobre design sustentável e
emergentes
em “latas” de Pet funcional de embalagens
Só na web 8
O que a seção de notícias de www.embalagemmarca.com.br
e a e-newsletter semanal levam aos internautas
Panorama 36
Movimentação do mundo das embalagens e das marcas
Painel gráfico 58
Produtos e processos da área gráfica
para a produção de rótulos e embalagens
Display 68
Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens
Almanaque 74
Fatos e curiosidades sobre marcas e embalagens
www.embalagemmarca.com.br
INSCRIÇÕES ATÉ
* Empresas com cases inscritos têm 20% de desconto nos convites para o evento, e cada inscrição efetuada
online gerará um crédito adicional de r$ 20,00. para mais detalhes, consulte o regulamento.
21 DE AGOSTO
Patrocínio Premium
Patrocínio Master
Patrocínio Especial
internacional
Orgânicos personalizados
A agência sérvia Peter
Gregson Studio criou a nova
marca e as embalagens dos
sucos e geléias orgânicos cigarros
Sopocani, produzidos no Souza Cruz reformula embalagem de Free
mosteiro de mesmo nome.
A Souza Cruz reformulou a marca Free, que completa 25
As garrafas e os potes de
anos e ganha nova identidade visual em sua embalagem. A
vidro têm rótulos escritos
mudança, que já vinha sendo testada em Porto Alegre (RS),
manualmente pelos monges.
Piracicaba (SP) e Londrina (PR), agora será levada para
Leia mais em www.embalagemmarca.com.br/sopocani
todo o Brasil, começando por São Paulo.
Leia mais em www.embalagemmarca.com.br/novofree
internacional
panorama
Refil na área
Marca popular lança sabão em pó em frasco reutilizável
O
formato curvilíneo característico, as paredes Bazei Embalagens
(54) 3225-1999
azuis translúcidas e a tampa esférica, que se
www.bazei.com.br
desdobra em copo dosador, fazem crer que
se trata de mais um frasco de amaciante. Darioplast
(48) 3625-2000
Ledo engano. A embalagem plástica rígida www.darioplast.com.br
acondiciona sabão em pó, numa aposta em diferenciação
da catarinense Dupar, empresa detentora da marca Q’Lar Design Inverso
(47) 3028-7767
de materiais de limpeza com perfil popular. www.designinverso.com.br
A idéia é que o recipiente seja reutilizado. Os lava-
roupas comercializados com a mesma marca em bolsas Gráfica Estrela
(49) 3441-0200
plásticas funcionariam como refis, sustentando, na visão da www.graficaestrela.com.br
fabricante, uma proposta inusitada no mercado de sabões
em pó que não perde o apelo da economia. A possibilidade Melhor
conservação do
de dosagem, com a tampa medidora, evita desperdícios e produto e presença
oferece um diferencial em relação aos cartuchos e embala- de tampa dosadora
são trunfos em
gens flexíveis tradicionalmente utilizados para acondicio- relação a outras
nar lava-roupas. embalagens de
lava-roupas
“A nova embalagem soluciona ainda outros inconve-
nientes observados numa pesquisa que realizamos com
donas-de-casa: a instabilidade das flexíveis durante o manu-
seio e armazenagem e a má-conservação nos cartuchos, que
pode fazer o sabão em pó umedecer e petrificar”, comenta
Marcos Sebben, diretor da Design Inverso, agência respon-
sável pela concepção do produto.
Caras-metades
imagem de um casal
se beijando
L
íder no mercado brasileiro de sna- Group, responsável pelo desenvolvimen-
cks de batata, a Ruffles, da PepsiCo, to das embalagens, confeccionadas pela
apresenta uma nova linha de produ- Tecnoval. “Concluímos que a melhor
tos para o público adolescente, tendo maneira de abordar esses universos
a embalagem como carro-chefe. Os seria utilizar ícones associativos. Usa-
pacotes de “Ruffles do seu jeito” exploram símbolos mos cores vibrantes e elementos liga-
do universo feminino e masculino. Para as garotas, dos à moda na embalagem feminina e tons escuros,
a embalagem tem o símbolo de Vênus, o fundo cor- além de objetos vinculados a esportes e música, para
de-rosa, borboletas e a figura de uma adolescente. o produto masculino”, explica o executivo.
Na versão dos garotos, o símbolo é Marte, e apare- O argumento da PepsiCo é que os novos Ruffles
cem figuras como uma bola e uma guitarra. Nos ver- seguem a tendência de consumo mundial de desen-
sos das embalagens, o menino e a menina podem se volvimento de produtos customizados. Os consumi-
juntar: quando colocadas lado a lado, as flow packs dores buscam cada vez mais produtos alinhados com
criam uma imagem com os dois se beijando. seu estilo de vida, gostos e jeitos. “Todo o desen-
“Os jovens estão sempre juntos, pois se comple- volvimento do produto foi feito em parceria com
mentam e se atraem, mas existem diferenças entre os os jovens, que escolheram os sabores e formatos,
universos feminino e masculino”, diz Carla Araújo, definiram as embalagens e ajudaram no desenvolvi-
gerente de marketing da PepsiCo. “Em ‘Ruffles do mento do plano de comunicação”, ressalta a gerente
seu jeito’, desde a embalagem, passando pelos sabo- de marketing da PepsiCo.
res e formatos, ressaltam as peculiaridades de cada Pesquisas desenvolvidas com o público-alvo
Future Group
um”, complementa. também definiram os sabores e formatos da batata. (11) 5506-4160
“Nosso objetivo foi criar uma identidade visual Para elas, um sabor suave de Cream Cheese, em www.futuregroup.com.br
que se comunicasse com o público jovem, enten- uma batata lisa e mais fina. Para eles, um sabor mais
Tecnoval
dendo as diferenças entre meninos e meninas”, intenso: Costelinha Barbecue, com ondas maiores e (12) 2124-4400
conta Alexandre Gama, diretor de criação da Future mais grossas. (FP) www.tecnoval.com.br
A
ções que efetivamente acrescen-
tem conhecimento e, paralelamen-
te, oportunidades de ampliação da
rede de relacionamentos de seus
públicos. Esse é o objetivo central
que orienta iniciativas da Bloco de Comunica-
ção, como, entre outras, o Fórum Tendências e
Perspectivas 2010, que ocorrerá em 16 de setem-
bro próximo em São Paulo, no âmbito do Ciclo
de Conhecimento. O evento destina-se a contri-
buir com informações concretas, fornecidas por
agentes ativos da cadeia de valor de embalagem,
nesta fase do ano em que as empresas se voltam
para o planejamento do próximo exercício.
Ao planejar o Fórum, a Bloco de Comunica-
ção, editora da revista EmbalagemMarca, preo-
cupou-se em traçar o programa de maneira a que A agência se caracteriza, entre outros atribu-
fosse objetivo e compacto, mas ao mesmo tempo tos, por seu reconhecido êxito em design estraté-
denso em conteúdo. Com espaço reservado no gico inovador, com o mérito de desenvolver seus
Centro Brasileiro Britânico, o evento terá dura- projetos não só com base na criatividade de seus
ção de meio-dia e constará de quatro módulos. profissionais, mas também com o envolvimento
do meio acadêmico, dos governos e do estado
Um dos módulos, de abrangência global, da arte da tecnologia aplicada. Justificando a
será levado a cabo pelo designer Chuck Pelly, mudança do nome da empresa, Pelly considera
da Design Academy, novo nome da renomada que ele “descreve mais adequadamente a capaci-
agência californiana Pelly Design Management. dade da equipe para o relacionamento e sua apti-
Com projetos consagrados em diversas áreas dão para intermediar a ação entre o mundo dos
industriais, entre elas a de embalagem, a Design negócios, o acadêmico, os governos e a pesquisa
Academy engloba uma rede global de profissio- – e alcançar os resultados por eles objetivados”.
nais voltados para a inovação. Neste módulo do Fórum Tendências e Pers-
pectivas 2010, Chuck Pelly fará um prognóstico
divulgação
Do milho ao plástico
Um novo campo para
1. Colheita Famoso bioplástico de milho começa a ser oferecido
FOnte: natUreWOrKs/cargiLL
O milho é colhido
por fazendeiros, Por Andréa Espírito Santo
debulhado e
encaminhado a
D
emorou, mas chegou. O
usinas de moagem
Ingeo, polímero “verde”
lançado no início da década
e cada vez mais empregado
mundo afora na produção
de embalagens, como alternativa aos
plásticos convencionais, começa a ser
ofertado no Brasil pela Cargill. Trata-se
do mais famoso bioplástico do mundo, e
2. Cozimento uma referência em polímeros derivados
do amido de milho (veja o infográfico).
Nas usinas, os grãos de milho
passam por um processo de Conhecido tecnicamente como PLA
cozimento por até 40 horas (sigla em inglês para ácido polilático), o
a 50º C, que os faz inchar e Ingeo tem como pontos fortes, além da
amolecer origem num recurso natural renovável,
as características de compostabilidade e
biodegradabilidade. O material se desin-
tegra em cerca de três a quatro meses sob
3. Produção de açúcar
condições de compostagem industrial
O cozido é então (umidade de 80% e temperatura
triturado e peneirado por constante superior a 60º C) ou
máquinas especiais para
isolar o amido, que em um pouco mais se descartado na
seguida é transformado
em açúcar
5. Polimerização
As moléculas de ácido lático se unem,
formando anéis chamados de monômeros
lactídeos. Os anéis então se abrem e
começam a se ligar uns aos outros, formando
uma longa cadeia de polímero polilático
4. Fermentação
6. Granulação
Através da
fermentação, Os polímeros são então
microorganismos conformados como grânulos
convertem o (pellets), adquirindo o formato
açúcar em ácido definitivo da resina PLA
lático
7. Aplicação
A resina recebe aditivos de acordo
com o processo de transformação
pela qual passará, podendo então
ser utilizada na confecção de
embalagens (sopradas, injetadas,
termoformadas ou extrudadas) e de
outros produtos
8. Descarte
Os objetos de PLA são
biodegradáveis, desintegrando-se
na natureza sem deixar resíduos
tóxicos. São também compostáveis,
ou seja, podem ser transformados
em adubos – para fertilizar, por
exemplo, plantações de milho
A primeira fornada
Oxi-biodegradáveis estréiam em pães da
Bimbo no Brasil. Ação deverá se expandir
O
btidas com a mistu- invólucros.
ra de um aditivo pró- De acordo com a Bimbo, a tecno-
degradante a plásti- logia oxi-biodegradável não interfere
cos convencionais, as nas propriedades dos alimentos. E a
embalagens oxi-biode- resistência, a transparência e as pro-
gradáveis – que se desintegram em priedades de selagem e impressão da
poucos anos quando em contato com nova embalagem, entre outras carac-
agentes naturais como raios sola- terísticas, são idênticas às dos sacos
res, água e microorganismos – estão convencionais de PE.
debutando no mercado nacional de Tudo indica que a iniciativa com
alimentos. Lançamento da Bimbo, a a Nutrella Vitta Natural é só um ape-
linha de pães Nutrella Vitta Natural ritivo. De acordo com planos divul-
100% Integral é acondicionada em gados no início de 2008 no México,
sacos produzidos com polietileno seu país natal, a Bimbo pretende uti-
(PE) de rápida degradação. lizar a tecnologia oxi-biodegradável
O aditivo utilizado na confecção em larga escala. No Brasil, o impacto
das embalagens é o d2w, fabricado de tal ação teria grande magnitude
pela inglesa Symphony Plastics e no setor de pães. Além da Nutrella,
distribuído no mercado nacional pela a Bimbo controla outras duas marcas
Res Brasil. A Bimbo prefere não fortíssimas desse mercado: Pullman
revelar os nomes dos fabricantes dos e Plus Vita. (AES)
P
rimeiro foi o Moinho Pau-
lista, com a marca Nita, Após o enchimento a válvula é selada por
ultrassom, tornando o saco de papel inviolável
alguns meses atrás. Agora,
outro importante expoente
do mercado de farináceos, ambientes nos moinhos e nas padarias
o Moinho Catarinense, dono da marca constantemente sujos, podendo atrair
Werner, passa a utilizar sacos de papel insetos e roedores aos ambientes de
dotados de uma válvula soldável por estoque e manipulação”, afirma o exe-
ultrassom. Trata-se de uma proposta cutivo. A válvula é também prática para
da Klabin para substituir com alega- os confeiteiros e padeiros: facilita o des-
das vantagens o hegemônico – porém pejo e a dosagem dos ingredientes.
rústico – acondicionamento de grandes Moinho Catarinense está adotando a embalagem
volumes de farinhas e preparados para Diferencial competitivo em farinhas e preparados com a marca Werner
panificação em sacaria de ráfia. Para o enchimento e a selagem adequa-
A válvula, um prolongamento simi- dos dos sacos valvulados, adotados nas dindo ao fato de a embalagem de papel
lar a uma manga, enxertado no topo dos linhas de 25 quilos de farinha de trigo e ser reciclável e biodegradável, além de
sacos, facilita o enchimento em linhas de misturas para pães, o Moinho Cata- ostentar o selo FSC (Conselho de Mane-
de automatização avançada, minimizan- rinense investiu um valor não revelado jo Florestal), que garante sua proce-
do perdas nas usinas de moagem. Após na aquisição de duas ensacadoras esta- dência de fontes naturais corretamente
o enchimento essa válvula é fechada cionárias da multinacional alemã Haver administradas.
por um sistema de ultrassom, tornando & Boecker, referência em máquinas Quanto ao custo, um ingrediente
a embalagem inviolável. para trabalhos pesados com sacaria de importante em qualquer proposta de
De acordo com Antonio Andruciolli, alimentos em pó. migração de sistemas de acondiciona-
diretor da Unidade de Sacos Industriais Egon Werner, presidente do Moinho, mento de produtos, Andruciolli, da Kla-
da Klabin, a válvula é um complemento espera que a novidade impulsione ven- bin, assegura: a despeito da sofisticação,
que impede os vazamentos corriqueiros das. “O saco valvulado se encaixa na a embalagem valvulada “é extremamen-
dos sacos de ráfia, cuja trama é perme- qualidade cada vez maior implantada te competitiva” numa comparação com
ável, e as tradicionais costuras de boca pelas padarias e pelos demais clientes os sacos de ráfia. (GK)
são muitas vezes precárias. “Além de do setor de food service”, entende o
Haver & Boecker Klabin
causar grandes perdas, a ráfia permite industrial. “Outro ponto positivo é o (19) 3879-9100 (11) 3046-5888
contaminações dos produtos e deixa os apelo ecológico”, aponta Werner, alu- www.haverbrasil.com.br www.klabin.com.br
E
mbalagem com mais de seis déca- todos os sabores do Chiclets de caixinha (Tutti-
das de presença no Brasil, e que se frutti, Hortelã, Menta e Fusão Refrescante). Além
tornou uma marca registrada das do novo dispositivo easy open, as embalagens de
gomas de mascar Chiclets, o peque- Chiclets passam a ostentar novos grafismos.
nino cartucho de papel cartão con- De acordo com Oswaldo Nardinelli, gerente-
tendo duas unidades de produto jamais dispôs de geral de negócios da Cadbury para o Brasil, as
um sistema de fácil abertura. Isso acaba de mudar. mudanças “fazem parte de um processo de ino-
foto: carlos curado – bloco comunicação
Um picote agora permite “quebrar” as caixinhas vação constante”, e têm o objetivo de ampliar
pela metade, secionando-as parcialmente. Idéia a identificação da marca com os consumidores
da agência argentina Believe Branding, o sistema jovens. “Por isso investimos em embalagens cujo
Believe Branding
de abertura produz um estalo, parecido com um conceito se adapta ao público que está na faixa dos
+54 (11) 4545-4445
clique, ao ser partida a caixinha. 14 aos 17 anos”, diz o executivo da fabricante do www.believebranding.com
As novas embalagens também estão sendo Chiclets. Para comunicar as mudanças, a Cadbury
Brasilgrafica
introduzidas na Colômbia. No Brasil, confeccio- bancará uma campanha publicitária de 3 milhões (11) 4133-7777
nadas pela Brasilgrafica, serão utilizadas para de reais com alcance nacional. (FP) www.brasilgrafica.com.br
A alternativa alemã
Weidenhammer chega ao Brasil prometendo latas multifoliadas mais baratas
Por Andréa Espírito Santo
R
ecipientes tubulares constituídos ções completas, ou seja, cartonadas multifoliadas
por um corpo de papel cartão espi- pré-formadas, com o topo fechado pelo conjunto
ralado preso a uma base metálica, as membrana de selagem e sobretampa plástica
latas cartonadas multifoliadas ainda (nesse caso, o enchimento das embalagens ocorre
podem intensificar sua presença pelo fundo aberto, com o posterior recrave da base
nas gôndolas brasileiras. É por essa sensação, e metálica). “O mercado precisava de uma alternati-
também pelo fato de o mercado nacional contar va nesse campo”, diz Hélio Kikuchi, executivo de
somente com uma fornecedora dessas embala- vendas da Innovapack.
gens, a Sonoco For-Plas, que a alemã Weidenham- Fabricantes de alimentos, de pet food, de taba-
mer acaba de anunciar sua chegada oficial ao co, de produtos químicos e de defensivos agríco-
País. A princípio, seus produtos serão distribuídos las são os alvos primários da operação brasileira
pela Innovapack, fornecedora de embalagens com da Weidenhammer. “O intuito é capturar end-
quem fechou uma parceria comercial. users que utilizam latas de aço, como forma de
A empresa, que já tem atuação destacada na alavancar suas marcas”, explica Kikuchi. “Ocorre
Europa, pretende adotar um perfil de negócios que a lata multifoliada enobrece produ-
parecido ao da Sonoco For-Plas. Assim tos, por sua apresentação visual
como a concorrente, irá fornecer solu- de maior qualidade combinada
com um custo mais competi-
tivo em relação ao da emba-
lagem metálica”. De acordo
nicação
ado – bloco comu
fotos: carlos cur
F
abricante das geléias premium Que-
ensberry, a Kiviks Marknad lançou
em julho uma linha de
geléias em porções indi-
viduais, voltada ao seg-
mento de food service, cujas embalagens
(pequenas bandejas de alumínio, inéditas
no segmento de geléias individuais, geral-
mente acondicionadas em blisters plásticos)
marcam a primeira adoção, no Brasil, de mem-
branas peel off retortable – capazes de suportar
esterilização de alimentos sensíveis em autocla-
ve. “Essas embalagens propiciam o aumento do Exemplares
shelf-life do produto sem a necessidade do uso de de peel off
retort que a
conservantes químicos”, comenta Gerto de Rooij, desse tipo de embalagem, com a membrana de Interkommerz
comercializará no Brasil
diretor industrial da empresa. “Essa característica, alta barreira, é uma tendência mundial”, avalia
aliada à apresentação diferenciada, vai nos ajudar Álvaro Martinez, gerente da Hercosul. As mem-
a marcar presença no food service.” branas também serão fornecidas pela Interkom-
A membrana é da linha Alufix Retort, pro- merz, mas importadas da Alcan holandesa.
duzida pela Alcan Packaging na Alemanha. Sua As duas fabricantes de peel off instaladas no
importação é feita pela trading Interkommerz, que Brasil, a Metalgráfica Renda e a Sonoco For-Plas,
há cerca de quinze anos trabalha com membranas garantem também deter tecnologia para produzir
peel off de alumínio para fechamento de latas de membranas retortable. O gerente corporativo da
alimentos secos. “O conjunto do fechamento, que Renda, Ricardo Dehn, afirma que a empresa colo-
garante um shelf-life de até 18 meses aos produ- cará no mercado a partir de outubro uma mem-
tos, é formado por uma membrana de fácil abertu- brana confeccionada em alumínio policromado Peel off aplicado a
fotos: carlos curado – bloco comunicação
ra confeccionada em alumínio reciclável e selada com revestimento interno e externo, fabricada embalagem especial é
a aposta da Kiviks para
a um aro de alumínio ou de aço para aplicação a pela Alcan Packaging na Alemanha. Os alvos da introduzir geléias premium
recipientes de aço ou de alumínio especial”, expli- solução serão produtos úmidos que podem ser no setor de food service
ca Horst Klausgraber, diretor da Interkommerz esterilizados em autoclave como milho, ervilha,
Em setembro, a fabricante de pet food Her- molhos de tomate e conservas em geral.
cosul Alimentos, de Ivoti (RS), promete lançar Nos Estados Unidos, a americana Sonoco, da
rações úmidas para cães e gatos em bandejas de qual a Sonoco For-Plas é subsidiária, desenvolveu Innovapack
(Weidenhammer)
alumínio com o selo peel off retortable. “A adoção recentemente a membrana Retortable Ultra Seal (11) 4646-4462
(RUS) como solução para a selagem de emba- www.innovapack.com.br
lagens de produtos como alimentos prontos. O
Interkommerz
diretor-geral da Sonoco For-Plas, Luiz Geral- (11) 5042-4046
do Biagioni Martins, diz que esse tipo de
Renda
solução ainda não tem data certa para chegar (81) 2121-8100
ao Brasil. No entanto, deixa no ar certo ar de www.renda.com.br
mistério, afirmando que a empresa prepara
Sonoco For-Plas
novidades. “Elas serão oportunamente divul- (19) 3543-2500
Recipiente e peel off retortable em aplicação no segmento
de pet food: tendência mundial chega ao país em setembro gadas ao mercado”, explica. (AES) www.sonocoforplas.com.br
A sofisticação da “marvada”
Com prestígio em alta, a cachaça avança no segmento superpremium.
E passa a exigir mais e melhores opções para o seu acondicionamento
Por Guilherme Kamio
É
cachaça 51. Da mesma fabricante. de, o que não poderia deixar de abarcar as roupagens
Contudo, as semelhanças com a popu- dos produtos.”
laríssima aguardente, aquela do céle- O efeito mais extremado disso tudo foi o sur-
bre slogan “uma boa idéia”, acabam gimento das cachaças superpremium. São caninhas
aí. Novidade da Companhia Müller de selecionadas, de fabricação meticulosa e apresen-
Bebidas, a Reserva 51 é produzida com garapa de tações sofisticadas, que se nultiplicam no mercado
cana-de-açúcar selecionada e destilada em aparato para atrair os apreciadores de bebidas finas, acostu-
exclusivo. Nem branquinha ela é. Sua cor amarelada mados com os destilados apresentados em embala-
evidencia o envelhecimento em barris de carvalho. gens pomposas e marcantes.
Acondicionada numa garrafa luxuosa, a bebida
não é vendida por bagatela, como a maioria das pin- Para os exigentes
gas. Custa em torno de 120 reais. O produto chega ao É justamente nessa faixa que a Reserva 51 se encai-
mercado cercado de expectativas. Além de se tratar xa. Além de passar por uma produção diferente
de um requinte sem precedentes da marca líder, dona daquela realizada nas grandes colunas de destilação
de quase um terço do mercado, ele tende a dar mais das cachaças populares, a bebida é envasada numa
visibilidade à valorização de imagem por que passa a garrafa parecida com as dos melhores cognacs fran-
cachaça. Na verdade, uma revalorização. ceses, de vidro ultracristalino. O recipiente é fechado
Ocorre que a cachaça já foi praticamente uma por uma rolha sintética, da italiana Tapi, e decorada
unanimidade no Brasil, reverenciada até pelos ricos com um rótulo de papel reciclado com detalhes em
e famosos. Mas passou a ser vista como bebida de hot stamping, produzido pela Color G. “Valores
pobre, nauseabunda, a partir do fim do século 19. como status, requinte e exclusividade serão agrega-
“Foi quando a elite brasileira, ávida por produtos dos à marca através desse lançamento”, entende a
estrangeiros, passou a degustar champanhe e uís- coordenadora de marketing da Cia. Mülller, Paula
que e a discriminar a aguardente de cana”, afirma Videira.
o economista e especialista em cachaças Roberto Sagatiba Preciosa, Magnífica Reserva Soleira,
Morais Santiago, neto de Anísio Santiago – o criador Prazer de Minas Gold, Itagibá Reserva Especial,
daquela que muitos entendidos consideram a melhor Rochinha 1978, Cachaça da Quinta e Fogo da Cana
cachaça artesanal do Brasil, a mineira Havana (veja Premium são cachaças que também buscam esse
o quadro na página 32). status. Mas guardam, ainda, uma outra semelhança
Curiosamente, um movimento contrário, reforça- com a Reserva 51. Assim como o novo produto
do de cerca de cinco anos para cá, tem contribuído da Cia. Müller, elas também adotam garrafas da
para resgatar o prestígio da caninha e amansar sua Saverglass. Famosa pelas embalagens de alta finesse,
rejeição entre os brasileiros. Americanos e europeus essa vidraria francesa tem sido a principal fonte das
sedentos por novas descobertas em destilados vêm se garrafas utilizadas pelas aguardentes de sangue azul.
encantando com a bebida. “Aconteceu uma glamou- “Já atendemos dezoito marcas de cachaças. As con-
rização de fora para dentro”, diz Carlos Lima, diretor sultas não param”, relata Marcelo Falcão, diretor da
executivo do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), Premier Pack, representante exclusiva da Saverglass
entidade de classe criada em 2006 para promover o e de outras soluções para acondicionamento de bebi-
desenvolvimento da indústria aguardenteira. “Criou- das (como as rolhas da Reserva 51).
se um ciclo virtuoso, de aprimoramento de qualida- Não é novidade que a globalização encurtou
foto: divulgação
ga garrafas francesas, aponta outro inconveniente.
“As garrafas brasileiras são leitosas, não têm alta
cristalinidade, aspecto que consideramos funda-
mental para seduzir o consumidor mais exigente.”
Pulverização é um problema
Outra questão, colocada pela coordenadora de
marketing da Cia. Mülller, Paula Videira, diz
respeito aos volumes de pedidos. “A escolha pela
vidraria francesa só ocorreu porque as vidrarias
brasileiras que consultamos tinham batch mínimo
muito alto para a Reserva 51, que terá tiragem
limitada”, diz a executiva, que evita revelar o
CELULÓSICAS
FOtOs: divULgaçãO
que dispensa a plastificação interna, embalagem, com o nome Gatorade
garantindo segurança e proteção sendo substituído nos rótulos por
ao alimento”, explica Sandra Leal, um simples e grande “G”. A iniciativa
gerente de Suporte a Clientes da foi mal-digerida pelo público norte-
Carnes Taeq: solução cartonada
Suzano Papel e Celulose. em vez de bandejas plásticas americano e acabou tachada pelo
jornal nova-iorquino como “segundo
tropeço de marketing da empresa
RECICLAGEM
em seis meses”. O primeiro havia
Monumento inspirador sido o boicote dos consumidores
a um redesign da caixinha do suco
Obra de arte gigante, feita com latinhas, busca estimular a reciclagem
de laranja Tropicana, que obrigou a
Uma manifestação grandiosa para Inglaterra. Contratada pela Coca- PepsiCo a “ressuscitar”, em março,
mostrar o valor da reciclagem de Cola, uma equipe de artistas utilizou uma embalagem retirada do mercado
embalagens pôde ser vista no fim latinhas de alumínio pós-consumo, um mês antes (veja EMBALAGEMMARCA
de junho na costa de Sussex, na coletadas no território britânico, para nº 117, maio de 2009).
criar um desenho
com mais de 50
metros de largura.
Brandido como a
maior obra de arte
já feita no mundo
com embalagens
recicladas, o desenho
reproduz um pôster
da Coca-Cola
lançado em 1949,
em que uma mulher
Montagem, com 50 metros de vestida com trajes de
largura, reproduz pôster clássico banho relaxa ao sol.
Gatorade:
troca do
nome por
um “G” não
agradou
FLEXÍVEIS
Embalagens
da Nestlé e da
Kraft Foods
produzidas pela
Alcan Mauá:
perto da Dixie
Toga
GENTE
Aparecido Borghi é o novo gerente de desenvolvimento de embalagens de marcas
exclusivas do Grupo Pão de Açúcar. Borghi, que assume o posto antes ocupado por
Iorley Lisboa, hoje no Wal-Mart, tem no currículo passagens pelos departamentos de
embalagem de empresas como Unilever, Kimberly-Clark e Bertin. “Meu objetivo será o
de acrescentar a experiência de indústria a um grupo varejista que é grande referência
em embalagens bem desenvolvidas, inovadoras e de qualidade”, diz o profissional.
www.embalagemmarca.com.br
PanORaMa }}} MOvIMENTAçÃO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS
O NÚMERO
768
INOVAÇÃO
É
uma lata? Uma garrafa de vidro? Não.
reprodução
Trata-se da nova embalagem de azeite da
marca Renata, que a Selmi lança em agosto
em todo o País. Apesar de se assemelhar
a um híbrido de lata comum com algum
enxerto na forma de gargalo, trata-se de um design único,
composto por 99% de banda stagnata – uma placa de aço
recoberta por uma película de extrato de estanho, que evita
a oxidação do produto. A nova embalagem é a aposta de
Acima, o batoque plástico do
Ricardo Selmi, presidente da empresa, para conquistar um gargalo da embalagem
pedaço do mercado que fatura cerca de 800 milhões de
reais por ano e teve um crescimento de 13% em 2008.
O design e a tecnologia são italianos e foram desen-
volvidos pelo grupo ASA Metal Packaging. O interior
da embalagem, batizada pelo fabricante de Colombo, é
tratado com um verniz epóxi comestível para garantir a
conservação dos alimentos, uma vez que o azeite extra-
virgem de oliva tem no seu conteúdo um resíduo muito
baixo de umidade. No gargalo da garrafa, uma película
de revestimento plástica soldada no corpo da lata garante
a segurança e a conservação do azeite. O bocal da garrafa
acopla um batoque plástico, e é fechado por uma tampa de
rosca de alumínio.
Segundo Selmi, a vantagem do aço é ser mais leve
Lata com formato de
que o vidro, o que reduz o custo do transporte, sem contar garrafa é produzida
o fato de ser tão reciclável quanto o vidro. “A lata ainda a partir de uma
chapa de aço com
dispensa a utilização de rótulo, pois todas as informações extrato de estanho
são gravadas diretamente na embalagem”, acrescenta.
Apesar da comparação, a marca também conta com uma
versão de embalagem em vidro, que estréia no mercado
simultaneamente.
O Azeite Extra Virgem Renata Superiore é prensa-
do a frio, feito com azeitonas selecionadas, com acidez
máxima de 0,5%, é envasado e importado da região da
divulgação
FOtO: divULgaçãO
Com “juro real zero”
para o financiamento
de máquinas até o fim
do ano, BNDES espera
reverter quadro
desfavorável do setor
de bens de capital
aprimorando os graus
de competitividade
e de inovação das
indústrias. Executivo do
órgão governamental
explica a estratégia
U
m dos setores que mais financiamentos de maquinário através Qual a relevância das linhas do BNDES
sentiram os efeitos da do Banco Nacional de Desenvolvimen- no financiamento de bens de capital no
crise econômica mundial to Econômico e Social (BNDES). De Brasil?
foi o de bens de capital. 10,25%, a taxa praticada para compra São instrumentos de grande relevância,
Com a interrupção de e produção de bens de capital caiu para pois as estratégias do Banco visam for-
projetos em andamento e a suspensão 4,5% – ou “juro real zero”, haja vista talecer as indústrias do nosso País, uma
de novos investimentos pela indús- que o novo percentual é o mesmo da prioridade do governo federal. Nos
tria, a produção nacional de máquinas meta de inflação para 2009. últimos anos, o segmento industrial
e equipamentos recuou 31,4% entre Nesta entrevista, o superintendente da sofreu uma desaceleração de investi-
setembro de 2008 e março deste ano. área de Operações Indiretas do BNDES, mentos considerável e vem enfrentan-
No fim de junho, o governo federal Claudio Bernardo de Moraes, explica do forte concorrência de equipamentos
anunciou um pacote de medidas para como o “pacotaço”, válido até o fim e máquinas importados de países como
tentar reverter esse quadro, com des- do ano, poderá facilitar as renovações a China, situação que levou o governo
taques para a redução da cobrança dos parques de máquinas – inclusive federal a fortalecer esse setor da eco-
de Imposto sobre Produtos Industria- aqueles de embalagem –, beneficiando, nomia com um estímulo de peso como
lizados (IPI) para uma série de itens e assim, o aumento da competitividade a redução de juros dos financiamentos.
uma generosa redução dos juros para brasileira. (AES) Além disso, há a necessidade, avaliada
J
amais, no mundo, margarinas ou
similares haviam sido comerciali-
zados em um pote de plástico
“verde”, biodegradável e
proveniente de fonte natu-
ral renovável. A Bunge, no Brasil, está
quebrando essa escrita.
De leve, sem alarde, há cerca de
dois meses a agroindustrial começou
a abastecer alguns supermercados do Rio
ão
Grande do Sul com seu creme vegetal Cyclus
nicaç
Nutrycell numa nova roupagem: um pote de
o comu
ácido polilático, material derivado do amido
bloc
de milho e mais conhecido por sua sigla em
do –
inglês, PLA. Agora, o produto começa a ter sua
cura
distribuição expandida para o restante da região
rlos
Sul e também para todo o Sudeste do País.
s: ca
“Por meio da embalagem biodegradável que-
foto
remos unir o benefício à saúde, uma característica
da linha Cyclus, à responsabilidade ambiental”,
diz Adalgiso Telles, diretor corporativo da Bunge.
“É um ciclo ideal que, além de revolucionar o Bunge investiu
10 milhões de
mercado brasileiro de alimentos, consolida nossa reais e adaptou seu
política de sustentabilidade.” parque fabril para adotar o
pote de ácido polilático
Suor e aprendizado
O pré-marketing em solo gaúcho funcionou como ajustes das tintas para ancoragem satisfatória.
Cereplast
prova de fogo para a novidade, cuja adoção pela “Aprendemos demais”, diz Antonio Carlos Silva
+1 (310) 676-5000
Bunge exigiu investimento de cerca de 10 milhões Jr., diretor comercial da Poly-Vac. Atualmente, www.cereplast.com
de reais e mais de dois anos de estudos e de bate- um consórcio formado por mais duas especia-
Emplal
rias de testes de desempenho. Devido ao inedi- listas em termoformagem, a Emplal e a Fibrasa, (11) 4186-4168
tismo do projeto e ao uso até agora incipiente do garantem escala produtiva necessária para o “pote www.emplal.com.br
PLA no Brasil, equipes de P&D e de engenharia verde” do Cyclus Nutrycell.
Fibrasa
da fabricante da margarina e a Poly-Vac, trans- A embalagem de PLA também demandou (11) 5051-2984
formadora que capitaneou o desenvolvimento da modificações nas linhas de enchimento e fecha- www.fibrasa.com.br
embalagem, tiveram trabalho duro. mento do produto, que a Bunge prefere não espe-
Iraplast
Foram necessários ajustes de moldes e uma cificar. E, dada uma peculiaridade do PLA, o fato (19) 3456-2039
série de adaptações de processo, sobre a qual a de o material originar objetos mais quebradiços do www.iraplast.com
Poly-Vac mantém sigilo, para se chegar a um pote que outros plásticos, a logística também teve de Poly-Vac
de PLA com performance similar à daqueles con- ser revisitada. “Houve alterações significativas no (11) 5693-9988
vencionais de margarina, de polipropileno (PP). A sistema de acondicionamento dos potes nas caixas www.poly-vac.com.br
impressão do pote também trouxe desafios. Como de papelão, para maior proteção contra choques
o PLA é poroso, houve necessidade de diversos e vibrações, comuns no sistema de transporte”,
Resíduo orgânico
A gerente de marketing da Bunge explica que o
novo pote do Cyclus Nutrycell se decompõe em
cerca de seis meses ao sofrer ação simultânea de
oxigênio, umidade, microorganismos e calor. A
biodegradabilidade e a conformidade do invólu-
cro com padrões nacionais e internacionais para o
contato com alimentos têm chancelas da Anvisa,
do Cetea e da Universidade Regional de Blu-
menau (Furb), e a capacidade de decomposição
natural do material segue normas internacionais
de biodegradação e compostabilidade. “A emba-
lagem deve ser descartada junto aos resíduos
orgânicos”, recomenda Rosa, apontando que os
aterros sanitários dispõem de condições ideais
para a desintegração do recipiente.
A resina empregada na fabricação do novo
pote “verde” do creme vegetal da Bunge, especial
para termoformagem, é produzida pela americana
Cereplast a partir do PLA da conterrânea Natu-
reWorks, comercializado com a marca Ingeo e
que está chegando oficialmente ao Brasil (veja
reportagem na pág. 18). A importação é feita
pela Iraplast, de Iracemápolis (SP), representante
exclusiva da Cereplast. (GK)
Patrocínio
s c r i ç õ e s a té
In
- > R $ 2 9 0 ,00
31/8
após esta
- > R $ 3 4 0,00
data
L IM IT A D A S !
VAGAS
realização
para mais informações
consulte o site:
w w w. c i c l o d e
e Perspectivas 2010
Presença confirmada de Pelly Design
Management (EUA), Jequiti Cosméticos,
Johnson & Johnson, Femsa e Wal-Mart
econhecimento.com.br
}}} prêmio
A
s fichas de inscrição para a terceira
edição do Prêmio EmbalagemMar-
ca – Grandes Cases de Embala-
Patrocínio Premium
gem que têm chegado à Bloco de
Comunicação vêm confirmando os
melhores prognósticos dos organizadores. Pelo
que indica a comparação com as edições anterio-
res, o número de concorrentes deverá ser maior.
Também a qualidade dos cases vem se ajustando
a um patamar mais elevado, embora isso não
signifique que os cases apresentados em 2007 e
2008 fossem genericamente “piores”.
Na realidade, o que se percebe é que as des-
crições estão mais precisas, com destaque para
elementos importantes e, principalmente, com a Patrocínio Master
apresentação de resultados nos diferentes com-
ponentes dos cases. Como foi insistentemente
lembrado nas reportagens de EmbalagemMarca
e em todas as peças de comunicação, impressas
e eletrônicas, relativas à premiação, houve emba-
lagens inscritas na primeira e na segunda edi-
ção que, argumentou-se posteriormente, teriam
condições de votos mais positivos por parte dos
jurados que analisaram os cases.
Patrocínio Especial
No entanto, a simples observação dos objetos
apresentados não permite saber, por exemplo,
se sua realização resultou em economia de
materiais, em menor impacto no meio ambiente,
em mais eficácia nas linhas de enchimento, em
aumento de vendas e em tantas outras possibili- Apoio Operacional Organização
dades favoráveis. Ocorre que no Prêmio Emba-
lagemMarca o formato e os aspectos visuais das
embalagens são levados em sua devida e impor-
tantíssima conta – porém não são decisivos. Têm
Informações
O regulamento e a ficha de inscrição estão
disponíveis em www.grandescases.com.br
Como vencer em
mercados emergentes
Desafiar conceitos e entender o consumidor são fatores vitais
para desenvolver embalagens sob medida para a baixa renda
M
ercados emergentes representem maior economia por uni- O bom entendimento do consumi-
e consumidores de dade ou volume de produto, ou emba- dor é um dos fatores de sucesso para
baixa renda passaram lagens pequenas, que proporcionem qualquer categoria de produtos de
a ser foco das grandes menor desembolso na hora da compra. consumo, mas ainda mais importante
empresas nos últimos A definição de qual posicionamento quando o foco é o consumidor de
anos devido ao grande potencial de deve-se adotar precisa atentar à rea- mercados emergentes. Ocorre que na
crescimento em vendas e à crescente lidade de consumo do público-alvo, grande maioria das vezes as pessoas
globalização dos negócios. Para se definida em maior importância pela que participam do desenvolvimento
atingir sucesso nos lançamentos de forma e pela regularidade com que os de produtos para a baixa renda per-
produtos para esse tipo de alvo, o indivíduos recebem seus salários. tencem a classes sociais mais altas
desenvolvimento de embalagens deve A cadeia de suprimentos deve e vivem realidades muito distintas
ser diferente daquele voltado a merca- ser instigada em prol da obtenção da daquelas dos alvos desses produtos.
dos desenvolvidos. melhor relação entre custo e quali- Pesquisas com consumidores
Diversos aspectos da criação de dade, além de um tempo de respos- devem guiar o desenvolvimento de
uma embalagem devem ser desafia- ta ágil. Isso pode representar tanto produtos em suas diversas fases, seja
dos e uma estratégia específica deve um fortalecimento da parceria com numa primeira – para a criação de con-
ser cunhada para atender às neces- a base de fornecimento regular como ceitos e idéias com base nos hábitos,
sidades desses consumidores com uma grande oportunidade para novos rotinas, atitudes, crenças e necessida-
excelência, isto é, de forma rentável fornecedores, capazes de oferecer des dos consumidores – como numa
e ao mesmo tempo sustentável. Para melhores propostas. Porém, gran- segunda – para diagnóstico, seleção
que a estratégia seja eficiente, ela de parte dos consumidores de baixa de alternativas e avaliação de perfor-
deve envolver marketing, pesquisa e renda também almeja comprar os mance de protótipos – e também numa
desenvolvimento, qualidade, manufa- melhores produtos, que muitas vezes terceira – para testes confirmatórios e
tura, compras, vendas, logística. Não significam as marcas mais famosas. de quantificação de volumes de vendas
pode ser uma iniciativa isolada, com As maiores oportunidades em cui- aliados à estratégia de lançamento do
formas convencionais de execução dados pessoais ainda se concentram produto como um todo.
em áreas importantes do negócio. em produtos de necessidades básicas,
Isso pode redundar no fracasso do que podem apresentar rapidamente Bruno Alcântara (balcanta@its.jnj.com)
investimento. altas vendas com baixa oscilação – é responsável pelo desenvolvimento de
É necessário se estabelecer um garantindo, portanto, melhores condi- embalagens da divisão Beauty da Johnson
novo balanço entre custo e qualidade ções de negociação. Isso não significa & Johnson para a America Latina.
Participou recentemente de um projeto de
quando se decide focar a baixa renda, que outros produtos não possam apre-
lançamento de produtos de cuidados pes-
porque esse público muitas vezes sentar grandes chances de rentabili-
soais voltados ao público de baixa renda
avalia o custo/benefício dos produtos dade. Mas sua vulnerabilidade será na China, onde morou por seis meses. Ele
no ato da compra. Para atender as maior, por poderem ser facilmente participará do painel de debates do Fórum
necessidades desses consumidores é descartados da lista de compras dos Tendências e Perspectivas, a ser realizado
possível adotar dois posicionamentos consumidores de baixa renda que dia 16 de setembro próximo no âmbito do
distintos: embalagens grandes, que enfrentam dificuldades financeiras. CiClo de ConheCimento (ver página 14).
H
á mais de oitenta anos no negócio adotadas por alguns dos novos produtos, como a
de exportação de blends de café, o Tônica Vermont, o chá Maui e as águas saboriza-
Grupo Comexim está diversifican- das e os refrigerantes Jah!.
do atividades com o lançamento de A empresa não informa quem é o fornece-
bebidas não alcoólicas. A empresa dor das tampas de alumínio, similares àquelas
acaba de promover a estréia de uma extensa linha empregadas na produção de latas metálicas. E
de produtos que inclui chás prontos para beber, como é feita a junção dessa tampa com o corpo
água mineral, águas saborizadas (ou preparados de PET? “Isso é segredo de Estado”, argumenta
líqüidos aromatizados) e refrigerantes. A principal Venera. “Todos querem produzir a lata de PET,
diferença em relação aos produtos concorrentes que é mais barata, mas ninguém consegue. Por
está nas embalagens, todas desenvolvidas pelo que contaríamos como fazemos?”
departamento de marketing da Comexim. Destas,
o grande destaque é a “lata” de PET com tampa Garrafas personalizadas
de alumínio. Além das latas de PET, a Comexim decidiu traba-
A Comexim é a primeira empresa nacional a lhar com outras embalagens diferenciadas. Refri-
utilizar esse tipo de embalagem, que já existe no gerantes, água mineral, águas saborizadas e outras
exterior. “Estamos inovando no mercado, utilizan- bebidas são envasados em garrafas coloridas e
do a medida de 350 mililitros em formato de lata dotadas de formatos personalizados. “Decididmos
de PET, mostrando que uma coisa tão simples, desenvolver embalagens com cores vivas, que
como uma latinha de refrigerante, pode ser dife- remetem aos sabores das bebidas e são diferentes
rente”, comenta o diretor de marketing e vendas dos padrões de mercado, além dos formatos exclu-
da empresa, Léo Venera. sivos e sofisticados que destacam os produtos no
Decoradas com rótulos auto-adesivos de filme ponto-de-venda”, ressalta Venera. “Latas” de PET: redução
de polipropileno biorientado (BOPP), fornecidas A empresa investiu valor não revelado em uma de custo e tecnologia não
revelada para a junção da
pela Technopack, as “latas” transparentes foram fábrica própria de recipientes de PET, ao lado da tampa no corpo
Technopack
(51) 2139-9000
www.technopack.com.br
Reciclagem facilitada
Rigesa identifica embalagens de PP
VCP amplia programa
A Rigesa iniciou um trabalho de do material nas embalagens, os de ecoeficiência
“auto-declaração ambiental”, que catadores e sucateiros são orienta- Processo de certificação é realizado
consiste na impressão da simbolo- dos quanto à correta separação do em parceria com o Senai
gia do tipo de plástico utilizado na plástico, facilitando a reciclagem
embalagem. Com a identificação e garantindo a qualidade e quan- A votorantim Celulose e Papel (vCP), em
tidade final do plástico reciclado, parceria com o Senai (Serviço Nacional
já que não são misturados tipos de Aprendizagem Industrial), anunciou o
diferentes de plástico no processo “Programa vCP de Ecoeficiência na Gráfica”.
de produção.
Iniciado como projeto piloto em 2008, o pro-
Desde o início de 2009, já foram
impressas embalagens de poli- grama certificou quatro gráficas no Estado
FOtOs: divULgaçãO
E
Como a Natura, Method
m razão do consumi- credenciais sustentáveis das marcas aposta em materiais
dor ultra-exigente dos têm muito mais influência nos hábitos reciclados e refis
dias de hoje, ser ape- de compra do que a vã filosofia de
nas “verde” não basta. boa parte dos comerciantes permi-
Produtos têm que mos- te admitir, e que a causa ambiental
trar a que vieram. E a embalagem ainda é uma prioridade a despeito da
também. Cada vez mais o design sus- recessão.
tentável não é apenas desejável, mas O desafio para os designers é aten-
essencial. Contudo, o design susten- der a todas essas necessidades per-
tável tem de ser ótimo design – atra- manecendo, ao mesmo tempo, fiéis à
ente, encantador, criativo e funcional. marca para a qual estão projetando e
Design que não estimula compras e atingindo os preceitos básicos da boa
recompras, ou que não se encaixa num embalagem.
propósito, simplesmente não irá durar Certas marcas exemplificam como
ao teste do tempo. E se a embalagem cumprir magistralmente essa tarefa.
não sustentar suas promessas em todos No Brasil, as embalagens refiláveis
os níveis, o produto acondicionado da Natura refletem o etos da com-
estará condenado. panhia, o compromisso de melhorar Muitas fórmulas são biodegradáveis e
Existem crescentes evidências de as relações com os stakeholders e, alguns itens feitos somente com maté-
que, quando bem executado, o design mais importante, com a natureza como rias-primas naturais. As embalagens
sustentável é capaz de fazer enor- um todo. Os refis da Natura ensi- são agradáveis aos olhos e fáceis de
me diferença. Pode reduzir resíduos, nam como uma solução inteligente em manusear. São arrebatadoras, singela-
aumentar a produtividade, promover embalagem pode mostrar e aprimorar mente belas e altamente funcionais.
vendas, economizar milhões em cus- os valores de uma empresa enquanto A Mrs Meyer’s Clean Day é outro
tos com embalagem e eficiência na desempenha seus deveres capi- exemplo de marca americana
cadeia de abastecimento e conquistar tais de apresentar e proteger o de materiais de limpeza que
a preferência e a lealdade do consu- produto. oferece uma linha de produ-
midor. A abordagem da Natura tos ambientalmente amigáveis
Como aponta um recente docu- lembra a da marca americana acondicionada em embalagens
mento sobre tendências, do grupo Leo de limpeza doméstica e cui- muito bonitas. Diferentemente
Burnett, a recessão – e a austerida- dados pessoais Method, que do visual ultramoderno da
de dela derivada – “está mudando o faz uso extensivo de recipien- Method, a embalagem da Mrs
‘argumento verde’, transformando-o tes refiláveis e também uti- Meyer’s é deliciosamente retrô.
de uma questão moral para uma eco- liza material 100% reciclado Ela parece tão agradável e ami-
nômica”. Além disso, uma pesquisa em muitas embalagens. Assim gável externamente quanto a
realizada há pouco tempo pela Gyro como a Natura, a Method car- linha de produtos é projetada
Marketing, com consumidores ame- rega sua filosofia através dos Mrs Meyer’s
Clean Day:
para ser internamente. Os pro-
ricanos e europeus, mostra que as produtos e das embalagens. “verde” e retrô dutos são descritos como aro-
MUnicaçãO
– bLOcO cO
Os cUradO
FOtO: carL
A aposta da Camil:
basta tirar os feijões
das caixinhas e
aquecê-los por
dois minutos
O feijão maravilha
Novidade em caixinha contorna o trabalhoso preparo da iguaria
E
scolher, deixar de molho, colocar na tica, capaz de ser aberta sem utensílios por dispor
panela de pressão, cozinhar, refogar, de um sistema easy open, baseado em picotes, no
continuar cozinhando... Preparar seu topo (veja a ilustração ao lado). As caixinhas
feijão dá trabalho, o que desmotiva dos feijões prontos têm projeto gráfico da agência
seu consumo por muitas pessoas paulistana Spice Design.
sem tempo ou disposição para a tarefa. Mas o
consumidor já pode poupar esforços. Diversificação da Camil
Líder em beneficiamento de arroz e feijão no A novidade é resultado de mais de dois anos de
Brasil, a Camil acaba de lançar feijões prontos pesquisas da Camil e de um investimento de 20
para o consumo, acondicionados em caixinhas milhões de reais numa fábrica em São Paulo – por
Para abrir a Tetra Recart,
longa vida. Basta tirar o produto da embalagem, ora, a única praça em que o produto é comerciali- comprime-se o topo,
colocá-lo numa panela ou recipiente adequado e zado. A distribuição crescerá em breve. rasga-se o picote e pronto
esquentá-lo no fogão convencional ou no forno Para o lançamento, o estatuto social da Camil
de microondas. O alimento fica pronto em cerca teve de ser reformulado, a fim de incluir o pro-
de dois minutos. cessamento de alimentos entre as atividades da
Em porções de 380 gramas e disponíveis nas empresa. “O produto é uma extensão natural da
Spice Design
versões preto e carioca, o lançamento da Camil nossa linha”, diz Jacques Quartiero, diretor de
(11) 2977-2203
é uma nova conquista da Tetra Recart – caixi- marketing da empresa. Segundo ele, o conceito www.spicedesign.com.br
nha high tech da Tetra Pak voltada a alimentos “está sendo aprovado pelos consumidores, princi-
Tetra Pak
sensíveis, por ser capaz de suportar esterilização palmente pelos mais jovens, que têm dificuldade (11) 5501-3200
rigorosa (retort). Trata-se de uma embalagem prá- no preparo tradicional do feijão”. (FP) www.tetrapak.com.br
O mercado de cervejas para consu- menor volume para os apreciadores personificação da cerveja Itaipava:
mo individual abre espaço para duas de cerveja que preferem o consumo a lata de alumínio de 310 mililitros.
iniciativas inéditas em apresentação em garrafa. Por ora, o produto é Produzida pela Rexam, a nova latinha
de produto, uma da AmBev e outra encontrado no Estado de São Paulo é mais alta e esguia que as tradicio-
da Cervejaria Petrópolis. e na cidade de Londrina, no Paraná. nais latas de 355 mililitros, mas um
Comercializada exclusivamente em A AmBev não respondeu às solicita- pouco mais bojuda que aquelas do
bares, a Brahma 300 mililitros retor- ções de identificação dos fornece- tipo sleek, capazes de acondicionar
nável é a novidade da AmBev. O pro- dores do rótulo e da tampa da nova 270 mililitros. Assim como toda a
duto, acondicionado numa garrafa de embalagem. linha de latas da cervejaria, o novo
vidro personalizada da Saint-Gobain, Por sua vez, a Cervejaria Petrópolis modelo conta com selo higiênico de
chega como uma alternativa de introduz no mercado uma nova alumínio no topo.
Rexam
(21) 2104-3300
www.rexam.com/brazil
Saint-Gobain
(11) 2246-7214
www.sgembalagens.com.br
A Capicilin lança sua linha de produtos pós-coloração para cabelos, composta por
xampu, condicionador, creme para pentear e máscara intensiva. As embalagens do
xampu e do condicionador são de polietileno de alta densidade (PEAD), supridas
pela Frascomar, e contam com tampas de polipropileno (PP) da Seaquist Closures.
O creme para pentear e a máscara intensiva têm frascos e tampas forne-
cidos pela Igaratiba. Todos os frascos são decorados com rótulos auto-
adesivos de polipropileno biorientado (BOPP) impressos pela Bic Label.
O layout é da Mais Design.
Doces em pé
Tambaú acondiciona sobremesas em stand-up pouches
Coloridos e brilhantes
Produtos da Sillage têm potes de PET com rótulos metalizados
fotos: divulgação
empresas do mesmo grupo: em verniz UV impressos pela
Bypacking e Scamplastic, Etikor. A criação das embala-
respectivamente. Os potes gens é da Mais Design.
Baumgartem Owens-Illinois
(47) 3321-6666 (11) 2542-8084
www.baumgarten.com.br www.oidobrasil.com.br
Indeplast Rami
(11) 2806-5000 (11) 4587-1100
www.indeplast.com.br www.ramiprint.com.br
“Garrafa-casca de laranja”
Líder do mercado francês de sucos embalagem da bebida que faz mais Há tempos a Ypióca aproveita o
carbonatados, a Orangina teve sua sucesso é a garrafa de vidro bojuda potencial mercadológico das emba-
história iniciada em 1936, na Feira de 250 mililitros, utilizada desde lagens que, literalmente, cabem
de Marselha, na França, quando a década de 1930. O destaque da no bolso. Lançada em meados dos
um farmacêutico espanhol conheci- embalagem é sua textura, que anos 90, a garrafinha de PET de
do como Doutor Trigo apresentou simula a casca de uma laranja. meio litro da aguardente Sapupara,
ao público a Naranjina, palavra batizada de Meiota, caiu no gosto
derivada de Naranja (laranja em do consumidor do Nordeste.
espanhol), bebida feita de água, Muitos passaram a carregá-la nos
suco de laranja e polpa da fruta bolsos das calças, em festivais e
Garrafa de vidro
inventada por ele. Leon Beton, que da Orangina tem casas noturnas. Surgiu a associa-
vivia em Boufarik, na Argélia, então textura que alude à ção inevitável: o produto passou
casca da laranja
colônia francesa, comprou a marca a ser chamado de “celular”, uma
e começou a utilizar frutas frescas vez que o volume produzido nos
para fazer a nova bebida. Já com o bolsos lembrava os dos telefones
nome de Orangina, adaptado para “tijolões” da época. Lançada pouco
o francês, foi introduzida com enor- depois, a Ypióca Sport, acondi-
me sucesso na França em 1951. A cionada em embalagem de bolso,
ganhou o mesmo apelido.