Sunteți pe pagina 1din 144

1

Uma Introdução à Kabalah


Carlos A. P. Campani
campani@ufpel.edu.br

5 de março de 2007
MOTIVAÇÃO 2

Motivação
Quais são as motivações para estudar Kabalah?
• Estudar o judaı́smo para compreender as origens do
cristianismo;
• Compreender as tradições esotéricas do ocidente:
– Gnosticismo;
– Hermetismo;
– Maçonaria;
• Práticas cabalı́sticas.
OBJETIVOS 3

Objetivos
• Apresentar uma visão geral sobre o assunto;
• Mostrar os conceitos básicos que permitirão
compreender a literatura disponı́vel e serão suporte
para o estudo posterior;
• Introduzir brevemente a Kabalah mı́stica (Kabalah
meditativa).
DURAÇÃO PREVISTA 4

Duração prevista

1 hora e 45 minutos
SUMÁRIO 5

Sumário
1. O que é a Kabalah?
2. História
3. Alfabeto hebraico
4. Kabalah literal: Gematria; notaricon; e temura.
5. Kabalah dogmática e luriânica
6. A Árvore da Vida
7. Os mundos da Kabalah
8. Kabalah mı́stica
O QUE É A KABALAH? 6

O que é a Kabalah?
• Kabalah, KBLH, dlaw, cabalá provém do verbo
KBL, law, cabeil que significa receber ;
• Assim, Kabalah significa “tradição” ou
“conhecimento”;
• Tradição esotérica e mı́stica dos hebreus;
• Ao povo era oferecido o Velho Testamento (código
jurı́dico e moral, e recomendações de sanitarismo –
ausente de misticismo);
• A Kabalah era reservada apenas para os sacerdotes;
O QUE É A KABALAH? 7

• Conhecimento sagrado que era originalmente


transmitido apenas de forma oral;
• Os rabinos passaram a registrar de forma escrita a
Kabalah apenas na era cristã, devido à dispersão dos
judeus (diáspora) – que ameaçava com a perda deste
conhecimento;
• Nestas lâminas abordaremos a Kabalah nas
perspectivas judaica, hermética e cristã. Também
faremos comparações com outras tradições mı́sticas,
mitologia, filosofia e religião.
O QUE É A KABALAH? 8

Torá
O QUE É A KABALAH? 9

• A Torá (Pentateuco), cuja autoria é atribuı́da a


Moisés, é formada por:
1. Bereshit (Gênesis);
2. Shemot (Êxodo);
3. Vaikrá (Levı́tico);
4. Bemidbar (Números);
5. Devarim (Deuteronômio);
• A Torá é o livro mais sagrado dos judeus;
• A Kabalah, em parte, dedica-se a interpretar a Torá.
O QUE É A KABALAH? 10

As escrituras sagradas do judaı́smo tem quatro sentidos


(PRDS, qcxt, pardeis significando pomar ou paraı́so –
cascas e cerne da noz):
Pashut literal e histórico;
Remmez alegórico, introduzido por Ezra;
Derush moral;
Sod mı́stico.
O QUE É A KABALAH? 11

Pashut O Velho Testamento narra fatos históricos


relacionados com o povo hebreu que devem ser
considerados de forma literal;
Remmez Os fatos narrados devem ser considerados
como alegorias;
Derush O Velho Testamento é um código moral;
Sod Os fatos narrados no Velho Testamento são
simbólicos, e o objetivo destes sı́mbolos é guardar um
conhecimento sagrado – há um significado mais
profundo oculto nos textos sagrados (significado
mı́stico, Kabalah).
O QUE É A KABALAH? 12

Modalidades da Kabalah:
Kabalah não escrita a parte da Kabalah que
permanece oral;
Kabalah prática envolve a manipulação de sı́mbolos
mágicos (talismãs e quadrados mágicos) e a criação
do Golem (um ser humano artificial);
Kabalah literal preocupa-se com a interpretação da lei,
buscando significados ocultos nas escrituras;
Kabalah dogmática estuda a doutrina da Kabalah.
HISTÓRIA 13

História
• A tradição religiosa dos judeus é formada por:
Torá (Pentateuco) Atribuido a Moisés e
compilado há cerca de 3000 anos (recompilado
por Ezra);
Talmude Um complexo conjunto de tratados
(Mishnah e Gemarah), constituindo-se de
comentários à lei;
Kabalah Tradição que se desenvolveu em paralelo à
Torá e ao Talmude.
HISTÓRIA 14

• Segundo alguns estudiosos, a Kabalah surgiu na


época da construção do Segundo Templo, no ano de
515 a.C., embora outros estudiosos opinem que ela é
tão antiga quanto a própria Torá;
• A Kabalah é capaz de vivificar e reinterpretar o
Velho Testamento, dando-lhe o misticismo que está
aparentemente ausente;
• Retira os véus que cobrem o conhecimento sagrado
das escrituras;
• Segundo alguns rabinos cabalistas, a Torá é o corpo,
o Talmude, a alma, e a Kabalah, o espı́rito.
HISTÓRIA 15

Os dois principais tratados da Kabalah são:


Sepher Ietsirah Também conhecido como “Livro da
Criação”; apresenta um curioso esquema para a
criação e um paralelo entre as letras do alfabeto
hebraico, o homem, os planetas e os signos do
zodı́aco; sua autoria é atribuı́da em uma lenda ao
patriarca Abraão; crı́ticos modernos opinam que foi
compilado em torno de 200 d.C.;
HISTÓRIA 16

Zohar Conhecido como “Livro do Esplendor”; um


conjunto de tratados versando sobre a divindade, os
anjos, almas e cosmogênese; autoria atribuı́da ao
Rabino Simon Ben Iochai, que viveu no inı́cio da era
cristã; recompilado e publicado em 1290 na Espanha
pelo Rabino Moses de Leon.
ALFABETO HEBRAICO 17

Alfabeto hebraico
• Formado por vinte e duas letras mais cinco usadas no
final de palavras;
• Associa-se a cada letra do alfabeto um valor
numérico (“toda letra é um número e todo número é
uma letra”);
• Originalmente as letras representavam imagens
(pictogramas).
ALFABETO HEBRAICO 18

Nome Valor Translit. Pictograma Observação


` álef 1 A Boi Face Pequena
a bêt 2 B Casa/Tenda
b guimel 3 G Camelo
c dálet 4 D Porta
d hêi 5 H Atenção! Feminino
e váv 6 V Gancho Ligação
f zain 7 Z Espada
g rêt 8 Ch Cerca
h têt 9 T Serpente/Cesto
i iud 10 I Braço e mão Divindade
ALFABETO HEBRAICO 19

Nome Valor Translit. Pictograma Observação


k káf 20 Kh Palma da mão
l lámed 30 L Cajado
n mêm 40 M Água
p nun 50 N Semente/Peixe
q sâmer 60 S Suporte
r áin 70 Hw Olho Face Grande
t pêi 80 P Boca
v tzádik 90 Ts Homem de lado
w kuft 100 K Sol no horizonte
x rêsh 200 R Cabeça
y shin 300 Sh Dentes/Comer
z táv 400 Th Sinal/Cruz
ALFABETO HEBRAICO 20

Letras de final de palavra


j káf sofit 500
m mêm sofit 600
o nun sofit 700
s pêi sofit 800
u tzádik sofit 900
ALFABETO HEBRAICO 21

Observações:
• A escrita no hebraico é feita da direita para a
esquerda;
• Não existem vogais (podem ser representadas pelos
sinais massoréticos).
KABALAH LITERAL 22

Kabalah literal
• Os cabalistas descobriram significados ocultos e
profundos nas letras do alfabeto hebraico;
• As operações utilizadas para obter estes resultados
são: gematria; notaricon; e temura.
KABALAH LITERAL 23

Gematria
• Modo de interpretação em que cada nome ou palavra
possui um certo valor numérico que a coloca em
relação de equivalência com outra palavra que tenha
o mesmo valor;
KABALAH LITERAL 24

• Por exemplo, MShICh, giyn, mashirra que significa


“Messias” vale 358 (40+300+10+8), o mesmo que
IBA ShILH, dliy `ai, abei Shiloh significando
“Shiloh virá” – “O cetro não se arredará de Judá,
nem o bastão de entre seus pés, até que venha Shiloh;
e a ele obedecerão os povos.” (Gênesis 49:10);
• A serpente ardente que Moisés levantou no deserto,
NChSh, ygp, narrash também vale 358 (50+8+300);
KABALAH LITERAL 25

Messias = Cristo = Serpente


KABALAH LITERAL 26

“Fez Moisés uma serpente de bronze [ygp] e a pôs


sobre uma haste; sendo alguém mordido por alguma
serpente, se olhava para a de bronze, sarava.”
(Números 21:9);
“E do modo por que Moisés levantou a serpente no
deserto, assim importa que o Filho do Homem seja
levantado.” (João 3:14).
KABALAH LITERAL 27

A serpente que salva e cura


KABALAH LITERAL 28

• Explica-se o fato dos rabinos terem o números 26 e 8


(2+6) como sagrados, já que este é o valor de IHVH,
dedi (10+5+6+5), o sagrado e impronunciável nome

de Deus, o “Tetragrammaton”;
KABALAH LITERAL 29

• Gematria das partes da letra álef:


` = i+e+i
• 10+6+10=26=IHVH;
• O iud superior representa o aspecto não manifestado
de Deus (AHIH, did`, erriê – “Eu Sou”), o outro
iud representa a manifestação de Deus (IHVH), e o
váv no meio representa o gancho que liga ambos;
• Aspectos transcendente e imanente de Deus
(panenteı́smo).
KABALAH LITERAL 30

Teı́smo enfatiza o aspecto transcendente de Deus –


Deus fora do mundo;
Panteı́smo enfatiza o aspecto imanente de Deus – Deus
dentro do mundo;
Panenteı́smo Deus possui dois aspectos, um
transcendente, outro imanente ao mundo (Kabalah).
KABALAH LITERAL 31

Notaricon
• É uma forma de abreviação, em que uma palavra é
formada das letras iniciais ou finais de uma ou mais
palavras;
• Por exemplo, em Deuteronômio 30:12 está escrito
“Quem subirá por nós aos céus?”, MI IOLH LNV
HShMILH, dlinyd epl dlei in, que forma a palavra
MILH, dlin, milá, que significa circuncisão, e com as
letras finais forma IHVH, dedi, o nome de Deus. Isto
sugere que a circuncisão é o caminho para alcançar
Deus no céu.
KABALAH LITERAL 32

Temura
• Um complexo sistema de cifras em que as letras do
alfabeto são transpostas segundo certas regras,
permitindo obter novas interpretações;
• Um exemplo de cifra é escrever metade do alfabeto
sobre a outra metade, trocando a letra A, a primeira,
pela Th, a última, a segunda, B, pela penúltima Sh,
e assim por diante (cifra athbash):

A B G D H V Z Ch T I Kh
Th Sh R K Ts P Hw S N M L
KABALAH DOGMÁTICA 33

Kabalah dogmática
• Desenvolvida para resolver as questões:
– Natureza do Ser Supremo;
– Criação do mundo;
– Criação dos anjos e do homem;
– Destino do mundo e dos homens;
– Significado da Revelação, a Lei Sagrada (Torá).
KABALAH DOGMÁTICA 34

• Dificuldades relacionadas com o problema da criação:


– Creatio ex nihilo?
– Como a Unidade manifesta a pluralidade?
KABALAH DOGMÁTICA 35

• A Kabalah propõe as seguintes idéias:


– O Ser Supremo, que os cabalistas chamam de Ain
(ou Ain Soph), é incompreensı́vel, oculto, Não
Manifestado, Não Existência;
– Ain Soph não foi o criador do mundo material;
– O Ser Supremo é Ain (Existência Negativa),
Ain Soph (Ilimitado) e Ain Soph Aur (Luz
Ilimitada) – os Três Véus Ocultos, as Raı́zes
Negativas da Árvore da Vida.
KABALAH DOGMÁTICA 36

Ain Soph Aur

Ain Soph

Ain
KABALAH DOGMÁTICA 37

– Ain Soph, por meio de seu poder, manifesta


atributos que assumem duas formas
(faces, partsuf ):
∗ uma face passiva, feminina, negativa;
∗ uma face ativa, masculina, positiva;
KABALAH DOGMÁTICA 38

– Como passivo, Deus olha para dentro de si, em


direção a Ain Soph, e diz: “Eu Sou Nada” –
Deus-sem-Nome-e-Forma;
– Como ativo, Deus olha para o lado oposto, em
direção à criação, e diz: “Eu Sou Tudo” –
Deus-com-Nome-e-Forma;
– Estes dois aspectos são chamados de Face Grande
e Face Pequena;
– Aspectos transcendente e imanente de Deus.
KABALAH DOGMÁTICA 39

Tradição Ain Face Grande Face Pequena


Judaı́smo e Ain, oi`, AHIH, did`, IHVH, dedi, `,

Kabalah Lo, `l (Não) Macroprosopus, Microprosopus,


Arikh Anpin, Zauir Anpin
Ancião dos Dias,
r (Olho)
Islamismo La (Não) Illaha Allah
Hinduı́smo Parabrahman Brahman (neutro), Brahma (ativo),
(Não Ser) Shiva, Lingam Kali
Cristianismo Deus Pai Filho
KABALAH DOGMÁTICA 40

“. . . e ninguém conhece o Pai, senão o Filho . . . ”


(Mateus 11:27)
KABALAH DOGMÁTICA 41

– A única coisa que podemos compreender de


Ain Soph são suas emanações, seus atributos;
– Na Kabalah estas emanações são chamadas
Sephiroth, SPIROTh, zexitq, Sefirót;
– Estas Sephiroth são em número de dez
(Pitágoras);
KABALAH DOGMÁTICA 42

– A Kabalah rejeita a idéia de uma creatio ex nihilo;


– A criação é uma transformação da Luz de Ain
Soph Aur;
KABALAH DOGMÁTICA 43

– A criação é “intradivina” (contração, tsimtsum) –


“Porque Nele vivemos, e nos movemos, e
existimos.” (Atos 17:28);
– O tsimtsum é a auto-delimitação de Deus,
recolhimento em Si próprio – ocasionado pela
contemplação Dele por Si próprio (Plotino);
KABALAH DOGMÁTICA 44

– A manifestação divina procede da Fonte


Primordial em sucessivas emanações, cada uma
mais obscura que as anteriores, por estarem
progressivamente mais afastadas da Luz de Ain
Soph Aur;
– Os canais entre estas emanações são como “fluxos
de luz”;
– Devemos observar que expressões como “luz” ou
“recipiente” são sı́mbolos ou contrapartes fı́sicas
de aspectos espirituais;
KABALAH DOGMÁTICA 45

– Estas emanações (Sephiroth), e os canais que as


conectam, formam a Árvore da Vida – uma
hierarquia que constitui a natureza divina;
– Observe-se que esta idéia de “emanações”
também aparece no gnosticismo – aeons, seres
divinos que formam o pleroma.
KABALAH DOGMÁTICA 46

Resumindo:
Ain Não, Existência Negativa, Não Ser, Raiz
Desconhecida;
Face Grande Aspecto passivo, negativo, oculto de
Deus;
Face Pequena Aspecto ativo, positivo, manifestado de
Deus;
Árvore da Vida Formada pelas emanações de Deus,
representa a natureza divina.
KABALAH LURIÂNICA 47

Kabalah Luriânica
• Rabino Isaac Luria, ARI (1534–1572);
• Doutrina do “rompimento dos recipientes”
(schevirá):
– A natureza divina era perfeita pois estava contida
nos recipientes, mas algo saiu errado e os
recipientes “quebraram”, e cacos voaram para
todos os lados – formaram o material para as
klifót (cascas);
– As chispas divinas espalharam-se e ficaram
aprisionadas nas klifót;
KABALAH LURIÂNICA 48

• A Luz de Ain Soph Aur, que a tudo preenche,


ofuscaria toda a criação possı́vel. Assim, há a
necessidade de um “vazio” onde a criação possa
manifestar-se. Este “vazio” é o tsimtsum – “A terra
porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre
a face do abismo.” (Gênesis 1:2);
• O tsimtsum é o palco para o drama cósmico
(pleroma);
KABALAH LURIÂNICA 49

• No tsimtsum penetra o Raio de Luz de Ain Soph


Aur, que produz a manifestação;
• Há a necessidade de restringir o poder de Deus, por
isto esta Luz divina ficou contida dentro de
“recipientes”;
• No entanto, os recipientes não resistiram à Luz de
Ain Soph Aur e se “despedaçaram”, formando o
material para as klifót;
KABALAH LURIÂNICA 50

• O homem é o reflexo da natureza divina (Adam


Kadmon, o Homem Primordial) – “Criou Deus, pois,
o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou;
homem e mulher os criou.” (Gênesis 1:27);
• Assim, a instabilidade na natureza divina provocou o
pecado e a queda do homem;
• Segundo Luria, esta crise não é um acidente, mas um
ato de amor de Deus;
KABALAH LURIÂNICA 51

• A crise provocou o exı́lio de Shekhinah (presença


divina, aspecto feminino de Deus) – a Árvore da
Vida tornou-se “caı́da”;
• A redenção do homem constitui-se no tikun
(correção) – libertação das chispas divinas
aprisionadas nas klifót – era messiânica;
• Este mito tem paralelos claros com o mito de Sophia
dos gnósticos e com o mito cosmogônico do
maniqueı́smo;
KABALAH LURIÂNICA 52

• Reencarnação (metempsicose) – chamada por Luria


de zenypd leblb, gilgul ha-neshamot – crença popular
entre os judeus durante a época de Luria e depois
durante o Chassidismo (Baal Shem Tov, séc. XVIII);
• Aceita por grandes rabinos: Isaac Luria; Chaim
Vital; Shem Tov; Bahia Ben Asher; e Nachmânides.
A ÁRVORE DA VIDA 53

A Árvore da Vida
“O Senhor Deus, por isto, o lançou fora do jardim do
Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado. E,
expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim
do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para
guardar o caminho da árvore da vida.” (Gênesis 3:23,
24).
A ÁRVORE DA VIDA 54

• Se um fı́sico fosse descrever a formação do universo,


certamente faria referência às particulas subatômicas
como os elementos constitutivos deste universo;
• Um cabalista descreveria o mundo e a natureza
divina por meio dos elementos que formam a Árvore
da Vida;
• A Árvore da Vida é formada pelas dez Sephiroth
(plural de Sephira);
A ÁRVORE DA VIDA 55

• A palavra “Sephira” pode ser traduzida como


“emanação” ou “número”;
• Para os cabalistas as Sephiroth são ao mesmo tempo
a essência de Deus e o vaso que contém esta essência:
essência Luz de Ain Soph Aur;
vaso o que contém a Luz (pois a manifestação divina
é uma restrição do poder de Deus).
A ÁRVORE DA VIDA 56
A ÁRVORE DA VIDA 57

• A Árvore da Vida possui equivalentes em diversas


outras tradições (mitologia e religião):
Islamismo (Sufismo) Lataif (plural de Latifa);
Yoga e tantrismo Chakras;
Mitologia escandinava Yggdrasil;
Mitologia grega Árvore dos Pomos de Ouro;
Apocalipse de São João Igrejas, selos, anjos,
trombetas, etc.
A ÁRVORE DA VIDA 58

Árvore da Vida:
• Dez Sephiroth – emanações de Deus;
• Vinte e dois canais (associados às vinte e duas letras
do alfabeto hebraico) – fluxos de luz.
A ÁRVORE DA VIDA 59

lKhetherSS
lll SSS
l l l SSS
l ll SS
Binah
EE YYYYYYYYYY ee e e e Chokmah
EE YYeYeYeYeYeeee xxx
EE eeeeeee YYYYYY xx
eEe
e EE YYxxYY
GeburahRR EEE xxx Chesed
RRR xx ll
RRR EEE xx llll
x l
RR E xx lll
Thiphereth
R
lll RRR
l RRR
ll lll RRR
ll
Hod RRR kNetsach
RRR
RRR kkkkk
RR kkkk
k
Iesod

Malkhuth
A ÁRVORE DA VIDA 60

• A criação divina é entendida como a emanação das


Sephiroth, desde a mais elevada, até a mais inferior;
• Khether está imerso na Luz de Ain Soph Aur (por
isto muitas vezes não é considerado uma Sephira);
• Cada Sephira recebe luz das que estão acima e envia
luz para as inferiores;
• Malkhuth é a Sephira mais obscura, por isto é
associada ao mundo material.
A ÁRVORE DA VIDA 61

A Árvore da Vida é organizada em três pilares ou


colunas:
Pilar esquerdo feminino – Justiça;
Pilar central neutro – Temperança;
Pilar direito masculino – Misericórdia.
A ÁRVORE DA VIDA 62

Existem três formas diferentes de representar a Árvore da


Vida:
1. Como o corpo de um homem (enfatizando o aspecto
orgânico da Árvore da Vida);
2. Como uma seqüência de emanações
(progressivamente mais materiais e imperfeitas);
3. Como as cascas de uma cebola (mais no exterior,
mais material e imperfeito).
A ÁRVORE DA VIDA 63

Ã'!&%"#$D
zz DD
zz DD
zz DD
Ã'&!%"2#$zQQ mÃ'!&"%$#
Q
22 QQQ mmm ¯¯ m
22mmmmmQQQQQ¯¯
Ã'&!%"#$Dmm 22 ¯ QÃ'!&"%$#
DD 22 ¯¯ z
DD 2 ¯¯ zzz
DD2 ¯zz
Ã'!&%"¯#$zD
zzz DDD
zz DD
z z D
Ã'&!%"#$D Ã'!&"%$#
DD z
DD zzz
DD zz
Ã'!&%"#$z

Ã'!&%"#$

Árvore da Vida na forma de um homem


A ÁRVORE DA VIDA 64

Â_ _ _ _ _ _ _ _ Â
 Ã'!&%"#$D Â
 zz DDD
z
Â
/Â zz DD
Cabeça z z D Â
 Ã'&!"%2$#QQQ m mÃ'!&"%$# Â
_ _22 _QQ_QmQ_mm_m _¯¯ _
22mmmm QQQQ¯¯
Ã'&!/ "%$#Dmm 22 ¯ QÃ'!&"%o $#
Braço esquerdo DD 22 ¯
¯ z Braço direito
DD 2 ¯¯ zzz
D z
 _ _ _ _D2Ã'!&%"¯_#$z¯z _ _ _ Â
 zz DDD Â
/Â zz DD
Ventre zz DD Â
 Ã'&!"%$#D z Ã'!&"%$# Â
_ _DD_ _ _ _ z_z _
DD z
DD zzz
Órgão sexual Ã'/ !&%"#$z

Ã'!&o%"#$ Mulher
A ÁRVORE DA VIDA 65

Binah e Malkhuth são associadas ao feminino:


• Binah é chamada de Mãe;
• Malkhuth é chamada de Noiva.
A ÁRVORE DA VIDA 66

Khether(1) V
VVVV
VVV*
Binah(3) oZZZZZZZZ Chokmah(2)
ZZZZZZZZ
ZZZZZZZZ
ZZZZZ-
Geburah(5) Vo Chesed(4)
VVVVV
VV*
Thiphereth(6)
VVVV
VVVV
*
Hod(8) oVVV Netsach(7)
VVVV
VVVV
*
Iesod(9)
²
Malkhuth(10)
Seqüência de emanações das Sephiroth
A ÁRVORE DA VIDA 67

M alkhuth

Khether

Cascas de cebola
A ÁRVORE DA VIDA 68

Observações:
• Só existem dez Sephiroth;
• Khether possui um reflexo abaixo de Chokmah e
Binah;
• Este reflexo é a Sephira Daath (Conhecimento);
• Malkhuth (Shekhinah) é Daath caı́da.
A ÁRVORE DA VIDA 69

ii Khether UUU
i iii UUUU
i UUU
iiii
BinahKKZZZZZZZZZZ d dd d ddd Chokmah
s
KK ZZZdZdZdZdZdZdZdd d ss
K dddd ZZZZZZZ ss
ddKdKdKKddd s
ZsZsZZ
GeburahUU KKK s ss Chesed
UUUU KK ss iii
UUU KK sss iiiii
s ii
ThipherethU
iiii UUUU
iii UUUU
iiii U
Hod UUUUU ii Netsach
UUUU
UUUU iiiiii
iiii
Iesod

Malkhuth(Shekhinah)

Árvore caı́da
A ÁRVORE DA VIDA 70

ii Khether VVV
iiii VVVV
ii i V
Binah UUUU h hChokmah
UUUU hh h
UU hhhh
i ii Daath VVVV
ii VVVV
iiii V
Geburah UUU i i Chesed
UUUU i i
iiii
ThipherethU
i iii UUUU
i UU
iiii
Hod UUUUU hh Netsach
UUUU
UU hhhhhh
hh
Iesod
Árvore da Perfeição
A ÁRVORE DA VIDA 71

“Vinte e duas letras, Ele as gravou, as cortou, as pesou,


as permutou, as combinou, e formou com elas a alma de
tudo o que foi criado e a alma de tudo o que será criado
no futuro.” (Sepher Ietsirah, Capı́tulo 2, Mishnah 2).
A ÁRVORE DA VIDA 72

• Segundo o Sepher Ietsirah a criação é resultado das


combinações e permutações das letras do alfabeto
hebraico.
A ÁRVORE DA VIDA 73

“Dez Sephiroth do nada, e vinte e duas letras de


fundação, três são mães, sete são duplas e doze são
simples.” (Sepher Ietsirah, Capı́tulo 1, Mishnah 2).
A ÁRVORE DA VIDA 74

• O Sepher Ietsirah faz associações com os valores 3, 7


e 12:
– As três letras mães são: `, álef (ar); n, mêm
(água); e y, shin (fogo);
– 7 é associado aos sete planetas sagrados e às sete
direções do espaço (6 direções + Lugar Sagrado –
centro);
– 12 é associado aos doze meses do ano, aos doze
signos do zodı́aco e às doze arestas do cubo do
espaço;
A ÁRVORE DA VIDA 75

• n é associado à coluna da direita – Misericórdia –


Bem ou Água do Bem;
• y é associado à coluna da esquerda – Justiça e Rigor
– Mal ou Fogo do Mal;
• `é associado à coluna central – Temperança – e
media entre elas (conciliação);
A ÁRVORE DA VIDA 76

• As três letras mães representam a dimensão moral ;


• As sete direções do espaço representam a dimensão
espacial ;
• Os doze meses do ano representam a dimensão
temporal ;
A ÁRVORE DA VIDA 77

• A Árvore da Vida é formada por três triângulos


(trı́ades);
• Cada trı́ade é formado por duas Sephiroth que
representam princı́pios opostos (masculino e
feminino) e uma terceira Sephira que faz a
conciliação de ambas (filosofia de Hegel).
A ÁRVORE DA VIDA 78

lKhetherSS
lll SSS
l l l SSS
l ll SS
Binah
EE YYYYYYYYYY ee e e e Chokmah
EE YYeYeYeYeYeeee xxx
EE eeeeeee YYYYYY xx
eEe
e EE YYxxYY
GeburahRR EEE xxx Chesed
RRR xx ll
RRR EEE xx llll
x l
RR E xx lll
Thiphereth
R
lll RRR
l RRR
ll lll RRR
ll
Hod RRR kNetsach
RRR
RRR kkkkk
RR kkkk
k
Iesod

Malkhuth
A ÁRVORE DA VIDA 79

Khether(=)
ll RRRR
lll RRRR
lll R
Binah(−) Chokmah(+)

Geburah(−) Chesed(+)
RRR ll
RRR lll
RR llll
Thiphereth(=)

Hod(−) R Netsach(+)
RRR llll
RRR l
R llll
Iesod(=)

Malkhuth
A ÁRVORE DA VIDA 80

• As duas trı́ades inferiores (apontando para baixo) são


o reflexo da trı́ade superior (apontando para cima);
• A combinação de um triângulo apontando para cima
e um para baixo forma um conhecido sı́mbolo, o
duplo triângulo de Salomão ou estrela de Davi.
A ÁRVORE DA VIDA 81
A ÁRVORE DA VIDA 82
A ÁRVORE DA VIDA 83

Sephira Significado Personagem bı́blico Observação


Khether, xzk Coroa Vontade de Deus
Chokmah, dnkg Sabedoria
Binah, dpia Compreensão Lea
Chesed, cqg Bondade Abraão
Geburah, dgeab Coragem Isaac
Thiphereth, z`xtz Beleza Jacó Sol
Netsach, gvp Eternidade Moisés
Hod, ced Glória Arão
Iesod, ceqi Fundação Sustentação
Malkhuth, zekln Reino Lua
A ÁRVORE DA VIDA 84

Observações:
• Segundo a Kabalah, no princı́pio, antes da criação, só
existia Deus e a Sua Vontade (Ain Soph e Khether);
• Binah e Malkhuth são Sephiroth femininos (Mãe
superior e Mãe inferior);
• Lea é um personagem bı́blico que teve sete filhos, seis
homens (as seis Sephiroth seguintes) e uma mulher
(Malkhuth).
A ÁRVORE DA VIDA 85

Sephiroth (Nomes e Associações)


Zohar Sepher Ietsirah Associações
Khether Acima
Chokmah Leste Criador
Binah Norte
Daath Primeiro
Chesed Água 1o dia
Geburah Fogo 2o
Thiphereth Último 3o
Netsach Sul 4o Dias da criação
Hod Oeste 5o
Iesod Abaixo 6o Pilar de sustentação
Malkhuth 7o (Shabath) Mundo material
Descanso de Deus
A ÁRVORE DA VIDA 86

Acima

Sephiroth direcionais
W Pátio interno
WWWW+ xx
xxx
xx
Primeiro xxx
Oeste xx Norte
{xx
Água Fogo
Sul Último Leste

Abaixo
Árvore da Vida 3D (Sepher Ietsirah)
A ÁRVORE DA VIDA 87

Dimensão espacial Sephiroth direcionais;


Dimensão moral Água do Bem e Fogo do Mal;
Dimensão temporal Primeiro e Último (ou Começo e
Fim).
A ÁRVORE DA VIDA 88

Observações:
• Khether representa a Face Grande;
• As Sephiroth em torno de Thiphereth formam a Face
Pequena;
• A Árvore da Vida é considerada o “corpo” de Adam
Kadmon, o Ser Absoluto Manifestado ou Homem
Primordial (na vedanta: Purusha).
A ÁRVORE DA VIDA 89

Ã' !
& %
" #
$Uq ccccccc Face Grande
iiiii UUUUU
i ii ii UUUU
UUU
Ã'&!%"#$KiZiZiZZZZ Ã'&!"%$#
KK ZZZZZZZ dddddddddddsds
_ _ _ K_K _ _ d_dd_dd_dZdZZ_ZZ_ZZ_ _ _ss_ _ _
 d dd KKddd
d K ZZsZssZZZZ Â
Ã'&!%"#$ UdUUUU KK K s
s iiii Ã'&!"%$#
 UUUU KK s s i Â
 UUUKUK ssisisiiii i Â
 i i Ã'!&%"#$iUUU Â
ii ii UU UUUU
 i ii i UU Â
 Ã'&!%"#$UiiU i UUÃ'&!"%$# Â
 UUUU i iiii Â
UUUU i ii i
 UUU iiii Â
Ã'!&%"#$
 Â
_ _ _ _u :_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
uuu Ã'!&%"#$
Face Pequena
A ÁRVORE DA VIDA 90

Ã'!&%"#$D
zz DD
zz DD
zz DD
Ã'&!%"2#$zQQ mÃ'!&"%$#
Q
22 QQQ mmm ¯¯ m
22mmmmmQQQQQ¯¯
Ã'&!%"#$Dmm 22 ¯ QÃ'!&"%$#
DD 22 ¯¯ z
DD 2 ¯¯ zzz
DD2 ¯zz
Ã'!&%"¯#$zD
zzz DDD
zz DD
z z D
Ã'&!%"#$D Ã'!&"%$#
DD z
DD zzz
DD zz
Ã'!&%"#$z

Ã'!&%"#$

Adam Kadmon
A ÁRVORE DA VIDA 91

Face Grande ou Macroprosopus Khether


Pai de Microprosopus ou Aba Chokmah
Mãe de Microprosopus ou Ima Binah
Face Pequena ou Microprosopus Chesed, Geburah,
Thiphereth, Netsach, Hod, Iesod
Noiva de Microprosopus Malkhuth ou Shekhinah
A ÁRVORE DA VIDA 92

• O Microprosopus possui dois lados, masculino e


feminino (andrógino);
• O Macroprosopus possui apenas um lado, apenas a
face e o olho direito estão visı́veis (o lado esquerdo
está oculto em Ain Soph).
A ÁRVORE DA VIDA 93

“Esta é a tradição: Se o Olho se fechasse ao menos por


um momento, nada poderia subsistir. Portanto, Ele é
chamado Olho Aberto, Olho Sagrado, Olho Excelente,
Olho do Destino, o Olho que não dorme nem cochila, o
Olho que é o Guardião de todas as coisas, o Olho que é a
substância de todas as coisas.” (Zohar, Idra Rabba
Kadisha 136 e 137)
A ÁRVORE DA VIDA 94

Olho que tudo vê – sı́mbolo maçônico


A ÁRVORE DA VIDA 95

Sephiroth Letra
Khether o ponto superior de i

Chokmah i

Binah d

Chesed, Geburah, Thiphereth,


Netsach, Hod, Iesod e

Malkhuth d
A ÁRVORE DA VIDA 96

Iosher
Cabeça i

Braços d

Tronco e

Pernas d
A ÁRVORE DA VIDA 97

Iosher circundado pelo Leviatã


A ÁRVORE DA VIDA 98

Observações:
• Serpente mordendo o próprio rabo: Ouroboros
(alquimia) ou Leviatã (judaı́smo);
• A área fora do Leviatã é Ain Soph, a área dentro é o
tsimtsum;
• O Iosher é formado pelas gotas de veneno que
escorrem das mandı́bulas do Leviatã – o Raio de Luz,
vindo da Luz Ilimitada, através do centro que é
Khether;
• Semelhança com Jonas (Ionah, dpei) dentro do
Leviatã.
A ÁRVORE DA VIDA 99

Entrada do cinema
A ÁRVORE DA VIDA 100

Público aguardando o filme


A ÁRVORE DA VIDA 101

Interpretação:
Tudo fora do cinema Ain (ou Ain Soph);
O interior do cinema Tsimtsum;
Paredes do cinema Leviatã;
Projecionista Face Grande;
Projetor Face Pequena;
Filme e pessoas assistindo Ilusão (no budismo:
maya).
A ÁRVORE DA VIDA 102

• Somos uma ilusão na mente da Face Grande!


• A redenção é o despertar desta ilusão, saindo pela
porta que leva para fora do cinema;
• Lembra o mito da caverna de Platão.
OS MUNDOS DA KABALAH 103

Os mundos da Kabalah
• A Kabalah divide a manifestação divina em quatro
mundos: Atziluth (emanação), Briah (criação),
Ietsirah (formação) e Assiah (ação);

“a todos os que são chamados pelo meu nome, e os que,


para minha glória [Atziluth], criei [Briah], e que formei
[Ietsirah] e fiz [Assiah].” (Isaı́as 43:7);
OS MUNDOS DA KABALAH 104

• Cada mundo é progressivamente mais material e


imperfeito que o anterior, em uma escala decrescente;
• Os mundos são planos que se sobrepõem;
• Para alguns cabalistas existe uma Árvore da Vida
completa para cada mundo. Assim, são no total 40
Sephiroth;
• Para outros, os mundos se distribuem ao longo das
Sephiroth da Árvore da Vida.
OS MUNDOS DA KABALAH 105

Ain Soph

ee e Khether YYYY
eee e e YYY
Binah \RR\R\\b\b\b\b\b\b\b\b\b\b\b\b\b\b\b\b\bbllChokmah
bbR RR
Geburah XXXR ll ll\\ Chesed o 1o mundo
R
XXX R l
llfffffff
Thiphereth XX
f f XXXX
fYffff
Hod YYYYY e ee Netsach
YYYY eee e e e
Iesod
Malkhuth

ee e ee e Khether YYYYYYY
ee\
Binah \RRR\\b\b\b\b\b\b\b\b\b\b\b\b\b\b\b\b\bbllChokmah
bbR RR
Geburah XXXR ll ll\\ Chesed o 2o mundo
R
XXX R l
llfffffff
Thiphereth XX
f f f XXXX
fYfff
Hod YYYYY e ee Netsach
YYYY eee e e e
Iesod
Malkhuth
aos mundos inferiores
OS MUNDOS DA KABALAH 106

Mundo Significado Sephiroth


Atsiluth Emanação Khether
Briah Criação Chokmah, Binah
Ietsirah Formação Chesed, Geburah, Thiphereth,
Netsach, Hod, Iesod
Assiah Ação Malkhuth
OS MUNDOS DA KABALAH 107

Mundo Letras/palavras
Atsiluth Letras soltas ` a b c d e f g h i k

l n p q r t v w x y z

Briah Nomes divinos fios da barba do


Macroprosopus (Zohar)
Ietsirah Nomes angélicos
Assiah Torá midl` `xa ziy`xa

... ux`d z`e minyd z`


KABALAH MÍSTICA 108

Kabalah mı́stica
• Entende a Árvore da Vida como um “mapa” para a
iluminação espiritual;
• Caminhos da Árvore da Vida representam “portas”
para despertar a consciência em planos mais elevados
– ascensão pelos mundos (Assiah, Ietsirah, Briah e
Atsiluth);
• Quando alguém alcança Atsiluth, a Face Grande fica
“face a face” com a Face Pequena, e todas as ilusões
da existência desaparecem – experiência nas Raı́zes
Negativas da Árvore da Vida (na vedanta: nirvikalpa
samadhi).
KABALAH MÍSTICA 109

Khether
M MMM
MMM
M
Binah Chokmah

Geburah Chesed

T hiphereth

Hod N etsach
qqqq
q
qqq
Iesod

M alkhuth
Caminho dos anjos de Elohim
KABALAH MÍSTICA 110

• Este caminho caracteriza-se pela observância dos


preceitos morais e religiosos;
• “Via da mão direita”;
• Lento e longo.
KABALAH MÍSTICA 111

Khether
rrr
rrrX

Binah Chokmah

Geburah Chesed

T hiphereth

Hod L N etsach
LLL
LLL
L
Iesod

M alkhuth
Caminho dos anjos de destruição
KABALAH MÍSTICA 112

• Este caminho caracteriza-se por complexos rituais


mágicos e a busca de poderes psı́quicos;
• “Via da mão esquerda” ou “magia negra”;
• Rápido e mal sucedido (o adepto é lançado no “outro
lado”, Sitra Akra).
KABALAH MÍSTICA 113

“Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão


esquerda o que faz a tua direita.” (Mateus 6:3).
KABALAH MÍSTICA 114

Khether
M MMM
MMM
M
Binah VVV Chokmah
VVVV
VVVV
VVVV
V
Geburah
L Chesed
LLL
LLL
L
T hiphereth
MMM
MMM
MM
Hod L N etsach
LLL
LLL
L
Iesod

M alkhuth
Caminho do santo
KABALAH MÍSTICA 115

Khether
rrr
rrrX

Binah h Chokmah
hh
hhhhhh
h
hhhh
Geburah Chesed
qqq
qqqq
q
T hiphereth
rrrr
rrr
r
Hod N etsach
qqq
qqqq
q
Iesod

M alkhuth
Caminho do bruxo
KABALAH MÍSTICA 116

Khether

Binah Chokmah

Geburah Chesed

T hiphereth

Hod N etsach

Iesod

M alkhuth
Caminhos de coluna central (Kabalah mı́stica)
KABALAH MÍSTICA 117

• Nos caminhos de coluna central se busca a superação


da ilusão de pluralidade (não dualismo);
• Caminho reto e direto para cima;
• Buda: “caminho do meio”;
• Os dois ladrões crucificados nos dois lados de Jesus
crucificado simbolizam as colunas laterais.
KABALAH MÍSTICA 118

“. . . porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que


conduz para a vida, . . . ” (Mateus 7:14).
KABALAH MÍSTICA 119

Caminho de coluna direita Bem – observância da lei;


Caminho de coluna esquerda Mal – medo;
Caminho de coluna central Amor – prazer/desfrute.
KABALAH MÍSTICA 120

Práticas mı́sticas enfocam:


1. Face Grande;
2. Face Pequena;
3. Ambos.
KABALAH MÍSTICA 121

Ioga de Face Grande impessoal


(Deus-sem-Nome-e-Forma) – percebendo todo Nome
e Forma como ilusões – renúncia a toda a experiência
e dissolução da individualidade;
Ioga de Face Pequena pessoal
(Deus-com-Nome-e-Forma) – considerando a
pluralidade de Nome e Forma como uma Grande
Unidade na Face Pequena – submissão a um ideal de
Face Pequena escolhido (IHVH, Allah, Kali, etc.).
KABALAH MÍSTICA 122

Estas duas iogas representam as duas grandes escolas de


ioga da Índia:
Advaita não dualista, monista – Face Grande;

Coisas → Nada Existência → Não existência

Dualismo → Não dualismo

Dvaita dualista – Face Pequena;

Coisas → Um Coisas → Um → Nada


KABALAH MÍSTICA 123

Práticas ióguicas caracterizam-se por:


1. Vocalização de um Mantra-Raiz;
2. Visualizações;
3. Exercı́cios respiratórios (Pranayama).
KABALAH MÍSTICA 124
KABALAH MÍSTICA 125

• Vocalizações: combinações e permutações de IHVH e


as cinco vogais (Abraão Abulafia):

Io Ho Vo Ho
Ia Ha Va Ha
Iei Hei Vei Hei
Ii Hi Vi Hi
Iu Hu Vu Hu
• Visualização do nome de Deus – “E pus o nome do
Senhor diante de mim para sempre” (Salmos 16:8);
• Visualização dos seres como Iosher;
KABALAH MÍSTICA 126

“Eis o nome do SENHOR vem de longe, ardendo na sua


ira, no meio de espessas nuvens; os seus lábios estão
cheios de indignação, e a sua lı́ngua é como fogo
devorador.” (Isaı́as 30:27).
KABALAH MÍSTICA 127

“o nome de Deus é como fogo que queima” Sri Swami


Krishnananda (Japa Sadhana)
KABALAH MÍSTICA 128

Allah
KABALAH MÍSTICA 129

Existem dois tipos de ioga na Índia:


Dhyana Ioga libertação por meio de um esforço mental
(conhecimento, gnosis);
Kundalini Ioga prazer do despertar da divina Mãe
Kundalini.
KABALAH MÍSTICA 130

Kundalini Ioga:
• No homem existem centros de energia, chamados
pelos hindus de chakras;
• Eles são conectados por certos canais, chamados de
nadis; os três principais são:
– Shushumna – nadi central;
– Ida e Pingala – nadis laterais.
KABALAH MÍSTICA 131

Árvore Chakrica (tantrismo)


KABALAH MÍSTICA 132

• Shakti (aspecto manifestado de Deus) possui dois


polos:
– positivo, dinâmico – Prana;
– negativo, estático – Kundalini;
• Kundalini é a energia adormecida na base da Árvore
Chakrica, representada como uma serpente
enroscada; seu despertar e subida pela coluna vai
vitalizando os chakras;
• A chegada do Kundalini ao alto da cabeça culmina
com o samadhi.
KABALAH MÍSTICA 133

Caduceu de Mercúrio
KABALAH MÍSTICA 134

“Vejo os homens, porque como árvores os vejo,


andando.” (Marcos 8:24).
KABALAH MÍSTICA 135

Árvore caı́da homem caı́do; Shekhinah exilada;


Árvore da Perfeição redenção do homem; era
messiânica; anjos.
KABALAH MÍSTICA 136

Chakras Centros Sephiroth Lataif Igrejas


(Apocalipse)
Muladhara Ânus Malkhuth Qalabiya Éfeso
Svadistana Baixo-ventre Iesod Nafsiya Esmirna
Manipura Plexo solar Netsach, Hod Qalbiya Pérgamo
Anahata Coração Thiphereth Siriya Tiatira
Vishuda Garganta Daath Ruhiya Sardes
Ajna Testa Chokmah, Binah Khafiya Filadélfia
Sahasrara Alto da cabeça Khether Haqiqah Laodicéia
KABALAH MÍSTICA 137

Menorá
KABALAH MÍSTICA 138

A ascensão de Shekhinah pela Árvore da Vida (ascensão


do Kundalini pelos chakras) culmina com o Shabath, que
são as bodas de:
1. Senhor Messias e Rainha Shekhinah;
2. Senhor Shiva e sua consorte Shakti (tantrismo);
3. Coito do rei e da rainha ou o casamento do sol e da
lua (alquimia);
4. Esposo e sua noiva, a nova Jerusalém (Apocalipse de
São João).
KABALAH MÍSTICA 139

“Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que


descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva
adornada para o seu esposo.” (Apocalipse 21:2)
CONCLUSÃO 140

Conclusão
• A essência da Kabalah é comum a todas as tradições
mı́sticas e religiões;
• Esta essência foi filtrada e incorporada a estas
tradições, recebendo de cada uma delas uma
vestimenta diferente;
• Assim, a Kabalah permite desvendar o significado
esotérico de seus sı́mbolos e alegorias.
PARA SABER MAIS 141

Para saber mais


• F.V. Lorenz, Noções Elementares de Cabala: A
tradição esotérica do ocidente, Editora Pensamento,
1912.
• William Wynn Westcott, An Introduction to the
Study of the Kabalah, 1910. url: http:
//www.ufpel.edu.br/~campani/WWWKabalah.pdf.
PARA SABER MAIS 142

• Christopher P. Benton, An Introduction to the Sefer


Yetzirah. url:
http://www.maqom.com/journal/paper14.pdf.
• Gershom Scholem, A Cabala e seu Simbolismo,
Editora Perspectiva.
• Leonard Glotzer, The Fundamentals of Jewish
Mysticism, Jason Aronson, 1992.
PARA SABER MAIS 143

• Daniel Feldman, Qabalah: O Legado Mı́stico dos


Filhos de Abraão, Editora Madras.
• Daniel Feldman, Qabalah: The Mystical Heritage of
the Children of Abraham. url: http:
//www.workofthechariot.com/PDF/qabalah.pdf.
• David Cooper, Ecstatic Kabbalah, Sounds True.
• Sri Swami Krishnananda, Yoga, Meditation and Japa
Sadhana. url:
http://www.ufpel.edu.br/~campani/ymj.pdf.
144

Uma Introdução à Kabalah


Carlos A. P. Campani
campani@ufpel.edu.br

http://www.ufpel.edu.br/~campani/lamcabala.pdf
http://campani.greatnow.com

S-ar putea să vă placă și