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SIR WILLIAM CROOKES

SPIRITIST SOCIET Y
“Love one another. This is the first precept.
Educate yourselves. That is the second.”

A N O 3 ● Nº 9 ● S E T E M B R O ● 2 0 0 7

Nesta edição:

Editorial 2

Informações ● Eventos ● Palestras 3●4 ● 5

Que talento trazes contigo? 6

Saudades de Jesus . . . 7

Evangelização — Metologia - Currilo - 1.parte 8

Evangelización - Mensagem em Espanhol 9

Amai-vos e Instruí-vos 10

Preconceitos à luz da Doutrina Espírita 11

Medo da Morte 12

Entrevista com Geraldo Lemos Neto 13 ● 14 ● 15

Bezerra no Telão 16 ● 17

Jaguaretama 18

Sir Arthur Conan Doyle 19

Liberdade de expressão: O conteúdo das matérias deste Boletim, ainda que se pautem pela
Doutrina Espírita, não refletem necessariamente a opinião da editora.
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Sir William Crookes


Spiritist Society

E d i t o r i a l
Registered Charity
No. 1104534 (24.06.2004)

Boletim Informativo R e n o v a ç ã o
Espírita Cristão
Sir William Crookes
Como as estações do ano e as fases da vida se
Ano 3 ● n° 9 sucedem, assim também vemos se renovarem os
Setembro ● 2007 períodos do nosso aprendizado aqui na Terra. Se
insistimos em lamentar o fim do verão, se vemos com
Coordenador: desânimo a temperatura cair e os céus se
escurecerem, nem por isso pára a roda da vida e
Luís del Nero voluntariamente ou não somos levados a avançar. É
parte do plano divino que nada permaneça estático,
Redatora: que a vida se renove constantemente em toda parte,
Emilia F. da Silva custe o que custar.

Aprendizes da vida, peregrinos sem lugar onde


Home page:
repousar a cabeça, aprendamos a nos desapegar do
www.sirwilliam.org conforto que nos é familiar e dar as boas vindas às
novas oportunidades de aprendizado que a
E-mail: misericórdia divina se digna colocar em nosso
bi.sirwilliam@gmail.com caminho. Nas novas circunstâncias reencotraremos
as nossas velhas carências e o “Homem Velho”
dentro de nós tentará vesti-las com novas roupagens.
Enquanto não resolvermos dentro de nós mesmos as
charadas com que a Evolução nos desafia,
continuaremos a repetir os mesmos erros, a
perpetuar a recorrência, malgrado a mudança das
estações... Poderá chegar a primavera, que
continuaremos reclamando.

Nós te agradecemos, Pai, pelo NOVO em nossas


vidas! Queremos renovar a nós mesmos com o
renovar das circunstâncias, abraçar os novos
caminhos, os novos companheiros de jornada cheios
de entusiasmo pelo trabalho que nos espera. Que
possamos enxergar sempre o Divino Faroleiro que
caminha à nossa fretne, a nos indicar as Tuas
direções.
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Reuniões:

Oxford House,
Derbyshire Street
London
Bethnal Green – E2
(Bethnal Green Station)

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14:30 às 15:30
Estudos do Livro www.consejoespirita.com
e-mail: spiritist@spiritist.org
dos Espíritos
em português

15:30 às 17:30
Seminário em português
Palestra/Passe/Livraria/
Biblioteca e Café Palestra em português com Carlos Campetti
Dia: 9 de setembro Dia: 30 de setembro
14:30 às16:45
Horário: 15:30 horas das 14:00 às 17:30 horas
Evangelização
Infanto -Juvenil Tema: Reencarnação Local: Oxford House, Scott Room
Expositora: Ana Sinclair Tema: Atendimento Fraterno.
1°domingo de cada mês:
das 16:45 às 17:30
Estudo em Inglês
Assembléia Geral da Sociedade Espírita "Sir William Crookes"

Domingo, 23 de setembro de 2007 às 15:30 horas

Oxford House - Derbyshire Street - London, E2


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Que talento trazes contigo?

Evangelho Segundo Espiritismo


cap. XVI itens 5 e 6.

Há diversidade de talentos entre as criaturas.


A um é dada a facilidade de alegrar-se, contagiando os amigos com a benção do júbilo.
A outro é dado o dom da calma com que é chamado a colaborar na pacificação dos
companheiros.
Àquele outro facultam-se recursos amoedados com que é chamado a cooperar no
desenvolvimento material da vida em sociedade.
Um outro é favorecido com o dom da palavra em cuja fluência espontânea poderá erigir defesas
justas às conquistas morais de seu grupo social.
Outro então já conquistou sensibilidade mais alta para traduzir o belo distribuindo a nobreza de
seus mais elevados sentidos na benção da cultura e nos círculos da arte.
Aquele companheiro terá adquirido um pendor natural à organização, na sistematização racional
de métodos e processos, chamado a colaborar com a organização geral das instituições e
empresas.
Um ainda detém a possibilidade de trabalhar alimentos colaborando no serviço geral da reposição
de forças orgânicas de que todos necessitamos.
Ainda outro recebe recursos mediúnicos mais destacados para que coopere no passe ou na
consolação, no esclarecimento ou na orientação dos que lhe comungam a fé.
Determinadas facilidades intelectivas ou sentimentais são oferecidas a outros ainda para que
ressurjam na vida humana, colaborando profissionalmente na edificação do mundo melhor e mais
justo de amanhã, oferecendo a sua quota parte de serviços em favor dos semelhantes.
Em toda parte e em qualquer tempo podemos concluir, em nossas íntimas considerações, quais
são os talentos que nos favorecem a existência.
Sejam nas luzes da inteligência, nos píncaros da cultura, nas sensibilidades das artes, nas
responsabilidades de estado, nas atribuições empresariais, nas hostes fraternas, no campo da fé,
na singeleza do campo, no burburinho da civilização, no recinto do lar, no grupo de amigos, na vida
pública, no recesso da família, ou na humildade dos menores serviços de limpeza e conservação,
onde quer que estejamos, estaremos invariavelmente convocados a cooperar com os nossos
irmãos de jornada terrestre, oferecendo-lhes o de que já dispomos em benefício de todos, com
vistas ao mundo regenerado do grande amanhã.
Não adiemos, portanto, o oferecimento espontâneo dessas possibilidades que já nos favorecem a
existência.
Outrossim, multipliquêmo-las a benefício geral para que a paz de consciência nos envolva no
grande e inevitável dia da prestação de contas com a Bondade Universal.

Zeca Machado
Mensagem psicografada em reunião pública no
Centro Espírita Luz, amor e Caridade
- por Geraldo Lemos Neto (13.agosto.2007)
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SAUDADES DE JESUS...

Estávamos na residência do Chico. Seu estado de saúde não lhe permitia deslocar-se até o Centro. A
multidão se comprimia lá na rua em frente, quando o portão se abriu, a fila de pessoas tinha alguns
quarteirões. Foram passando uma a uma em frente ao Chico. Pessoas de todas as idades, de todas
as condições sociais e dos mais distantes lugares do País. Algumas diziam:
- Eu só queria tocá-lo...
- Meu maior sonho era conhecê-lo...
- Só queria ouvir sua voz e apertar sua mão.
Uns queriam notícias de familiares desencarnados, espantar uma idéia de suicídio. Outros nada
diziam, nada pediam, só conseguiam chorar. Com uma simples palavra do Chico, seus semblantes se
transfiguravam, saíam sorridentes. Ao ver as pessoas ansiosas para tocá-lo, a interminável fila, a
maneira como ele atendia a todos fiquei pensando: "Meu Deus, a aura do Chico é tão boa... seu
magnetismo é tão grande, que parece que pulveriza nossas dores e ameniza nossas ansiedades".
De repente, ele se volta para mim e diz:
- Comove-me a bondade de nossa gente em vir visitar-me. Não tenho mais nada para dar. Estou quase
morto. Por que você acha que eles vêm?
Perguntou-me e ficou esperando a resposta. Aí, pensei: Meu Deus, frente a um homem desses, a
gente não pode mentir nem dizer qualquer coisa que possa vir ofender a sua humildade (embora ele
sempre diga que nunca se considerou humilde). Comecei então a pensar que quando Jesus esteve
conosco, onde quer que aparecesse, a multidão o cercava. Eram pessoas de todas as idades, de todas
as classes sociais e dos mais distantes lugares. Muitos iam esperá-lo nas estradas, nas aldeias ou nas
casas onde Ele se hospedava. Onde quer que aparecesse, uma multidão o cercava. Tanto que Pedro
lhe disse certa vez: "Bem vês que a multidão te comprime". Zaqueu chegou a subir numa árvore
somente para vê-lo. Ver, tocar, ouvir era só o que queriam as pessoas. Tudo isso passou pela minha
cabeça com a rapidez de um relâmpago. E como ele continuava olhando para mim esperando a
resposta, animei-me a dizer:
- Chico, acho que eles estão com saudades de Jesus.
Palavras tiradas do fundo do coração, penso que elas não ofenderam sua modéstia.
A multidão continuou desfilando. Todos lhe beijavam a mão e ele beijava a mão de todos. Lá pelas
tantas da noite, quando a fila havia diminuído sensivelmente, percebi que seus lábios estavam
sangrando. Ele havia beijado a mão de centenas de pessoas. Fiquei com tanta pena daquele homem,
nos seus oitenta e oito anos, mais de setenta dedicados ao atendimento de pessoas, que me atrevi a
lhe perguntar:
- Por que você beija a mão deles?
A humildade de sua resposta continuará emocionando-me sempre:
- Porque não posso me curvar para beijar-lhes os pés.

(Momentos com Chico Xavier - Adelino da Silveira).


Geraldo Lemos Neto - Belo Horizonte - MG - Brasil
E-mail: lemosneto@gmail.com
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Evangelização Espírita Infanto-Juvenil


Elementos Fundamentais da Evangelização
M E T O D O L O G I A – C U R R Í C U L O - 1ª. Parte

Ao procurar elaborar informações sobre princípios e métodos didáticos para a tarefa da


Evangelização Espírita Infanto-Juvenil, duas figuras radiantes imediatamente surgem: a de
Jesus – O Mestre dos Mestres e a de Allan Kardec – O Codificador.
Ambos, profundamente identificados com a educação do homem, tinham uma maneira própria
de ensinar em que objetivos, conteúdos e métodos harmonizavam-se magnificamente
resultando numa avaliação do próprio indivíduo no tocante à sua evolução espiritual.
Antes de Jesus, a Terra recebeu educadores valorosos, Espíritos atuantes na grande tarefa do
progesso da Humanidade.
Com Jesus, inaugura-se a pedagogia do exemplo: todos os momentos de sua pregação são
utilizados para o ensino, em situações concretas com histórias da vivência do dia-a-dia do povo,
numa linguagem simples, clara, lógica e concisa, na qual todos os elementos, de maneira
harmonizados, tornam as lições acessíveis aos doutores e aos simples.
E a fixação é da aprendizagem é feita pela exemplificação do Mestre – o mais eficiente método
didático.
Essas lições perduram através dos séculos, até nossos dias, quais tesouros inesgotáveis de
sabedoria, desafiando, ainda, a compreensão do homem, mas como farol no caminho da
Humanidade.
Por isso, inspirados na metodologia de Jesus, o processo ensino-aprendizagem da
evangelização, sugere que os ensinamentos partam das situações da vida cotidiana, das
experiências mais imediatas do educando, para depois estabelecer as generalizações. Parte do
simples para o complexo e se amolda às experiências socioculturais e espirituais da criança/
jovem.
Guardadas as diferenças, segue o evangelizador as pegadas de Jesus, valendo-se das situações
concretas da vida para chegar às culminâncias da sabedoria espiritual que as Suas lições
encerram.
Mais recentemente, nos séculos XVIII e XIX, a Suíça recebeu Pestalozzi e a França recebeu
Hippolyte León Denizard Rivail, mais tarde chamado Allan Kardec, que se tornaram,
oportunamente, mestre e discípulo.
Pestalozzi revolucionou todo o ensino da época, realizando a primeira tentativa que a história
registra, de uma pedagogia experimental baseada no amor (ao homem, à natureza, às plantas,
aos animais), na liberdade, na observação e análise de todos os fenômenos e, sobretudo, no
respeito e valorização da alma infantil.
Rivail absorveu-lhe as preciosas lições, como verdadeiro filho espiritual, acrescentou ao
método pestalozziano sua própria filosofia e prática pedagógica, transportando-a para toda a
sua obra didática na França e, mais tarde, utilizando-as largamente na tarefa da Codificação.
E, como Allan Kardec, suas pesquisas e conclusões revelaram a objetividade, a disciplina, a
clareza, a lógica, o raciocínio reto, a linguagem apropriada e inteligível que tornaram sua obra
criteriosamente fundamentada no bom-senso, na razão e dirigida à libertação espiritual do
homem,
Do mesmo modo, recomenda-se que tenhamos também como orientação o método adotado
por Allan Kardec que, entre outros procedimentos didáticos, consegue, por meio de perguntas
e respostas, estabelecer as bases da Codificação Espírita, obtendo pela organização e
sabedoria das perguntas, a excelência das respostas.
Claudia Werdine - Viena
E-mail: claudiawerdine@hotmail.com
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EVANGELIZACIÓN
Es por medio de la evangelización que el espiritismo desarrolla su más valioso programa de asistencia educativa al
hombre.
La escuela normal sigue informando e instruyendo, haciendo con que la ciencia se fortalezca en las colectividades,
pero es la educación religiosa la que estimula la moral, liberando la criatura, manteniéndola despierta y vigilante junto a los
imperativos de la vida.
Juntando la sabiduría con el amor alcanzaremos equilibrio en nuestro trabajo educativo.
¡Educando al hombre tendremos un planeta renovado y feliz!
Vemos entonces con optimismo y jubilo, la Doctrina Espirita expandiendo y caminando en la dirección deseada de
la evangelización, pretendiendo con gran esfuerzo alcanzar el corazón humano en medio de la locura sin frenos de la carrera
del siglo… ¡Tan importante para el futuro!
Educadores y padres colaboran, juntos, en las esperanzas del Cristo, con gran esfuerzo a favor de los niños y jóve-
nes, con la más noble intención de acercarlos del Maestro y Señor Jesús.
Urge que así sea, porque la mejor fase para la total absorción de nuevas ideas, y que más favorece la tarea educati-
va del hombre, es el periodo de la niñez y juventud. Sin duda que la madurez carga una valiosa suma de experiencias, pero
también as veces el sabor amargo de situaciones ocurridas a lo largo del camino.
¡Es el Amor buscando servidores del Evangelio para la obra educativa de la Humanidad!
Benditos son los que trabajan en la orientación espirita, entregándose de muy buena voluntad a sembrar la buena
semilla.
Pero para un trabajo más gratificante, que busquen estudiar y estudiar, valorando también las propias convicciones.
Que se llenen de valor, decisión, paciencia, optimismo, esperanza y fe, para que se auxilien recíprocamente en el
saludable intercambio de experiencias, involucrándose con entusiasmo creciente.
Jamás se descuiden del estudio pedagógico, para que no se debiliten las buenas semillas en un suelo propicio, por
el inadecuado método y técnica de enseñanza. Todo trabajo rinde mucho más en manos hábiles.
Que no se estacionen en las experiencias alcanzadas, pero que aspiren siempre más, consultando libros, investi-
gando, aceptando nuevas ideas, haciendo cursos, promoviendo encuentros, realizando seminarios, en esa dinámica admi-
rable hay que dedicarse a la acción bendita de instruir y educar.
El evangelista consciente jamás se cree completo, que no tiene nada más que aprender, pero siempre sigue adelan-
te, avanza con el tiempo.
También es de mucha importancia que los padres tengan conciencia de que son responsables en la misión educati-
va de la familia.
Que prueben vivir cuando necesario la condición de evangelistas, igual se recomienda a los evangelistas que tomen
la posición en la condición de padres bondadosos y pacientes.
Que los padres envíen a sus hijos a las escuelas de evangelización, poniendo mucha atención en lo que están
aprendiendo, preguntando, dialogando, motivando….
También tenemos que considerar la importancia del acogimiento, del estímulo y del entusiasmo que deben estar
presentes en el ambiente de los núcleos espiritistas en el asunto de la evangelización.
Los dirigentes, directores, colaboradores directos e indirectos, tienen que poner mucha atención en el trabajo con
los niños y jóvenes en los agrupamientos espiritas, para que todo esté correctamente adaptado a la realidad de ellos, hacien-
do que la evangelización crezca, se desarrolle, ilumine…
Hay que reconocer en la tarea de evangelización de las almas una valiosa importancia en la Doctrina Espirita, mu-
cho más que las realizaciones de la asistencia social, su acción es preventiva, evitando nuevos desastres morales, respon-
sables por más probaciones y sufrimientos en el futuro.
¡Debemos evangelizar por amor!
Auxiliemos a todos, favoreciendo principalmente al niño y al joven para que tengan un mejor entendimiento de la
vida, de la reencarnación.
Sólo así moldearemos desde ahora las bases de una nueva humanidad para el futuro.
Es de gran importancia sostener las almas con la evangelización, colaborando de modo decisivo con todas las que
pasean por los caminos de la existencia.
Y no dudemos de que el niño y el joven evangelizados ahora, sean ciertamente aquellos ciudadanos del mundo,
conscientes, despiertos, listos para construir, por sus propios esfuerzos, los verdaderos caminos de la felicidad en la tierra.
Guillon Ribeiro
(Página recibida en 1963, durante el 1* curso de preparación de Evangelistas - CIPE, realizado por la federación Espirita Del Estado del Espirito Santo, por el Médium
Julio Cesar Grandi Ribeiro).
Colaboração: Claudia Werdine - Tradução para o Espanhol: Johnny M. Moix (Espanha)
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Amai-vos e Instruí-vos
O Espírito da Verdade veio nos relembrar um dos mais importantes ensinamentos de Jesus:amai-vos e
instruí-vos. Na verdade, estas duas formas verbais constituem-se numa síntese perfeita de tudo aquilo
que Jesus ensinou. E ainda representam a essência da evolução espiritual. O Espírito evolui sobre duas
asas, a do amor e a da sabedoria, como ensina Emmanuel. Estes são também os dois pilares básicos da
Doutrina Espírita: a moral e o intelecto.

Jesus veio à Terra numa missão de amor puro. Mostrou que Deus é Amor. E se Ele nos criou, somos
Amor também. Se somos amor, desfrutamos da capacidade ilimitada de amar. Por isso também, Jesus
nos exortou a amar a Deus, acima de todas as coisas, primeiro mandamento e primeiro dever de todo ser
criado. Depois, disse que deveríamos amar ao nosso próximo como a nós mesmos, como segundo
mandamento, semelhante ao primeiro. Convidou-nos ainda a amar os nossos inimigos e a nos
reconciliarmos com nossos adversários. Ademais, seus atos, suas curas, sua exemplificação, são formas
sublimadas de amor, convidando-nos a segui-Lo.

Já assimilamos a lição? Já estamos de fato amando a Deus, louvando a Sua criação e agradecendo por
tudo o que Ele nos oferece para o nosso progresso, aperfeiçoamento e felicidade? Ou ainda nos
esquecemos de Deus e de Suas leis na maior parte do tempo? Já reverenciamos a criação divina,
elevando a nossa fronte para o céu, ou continuamos aqueles seres cabisbaixos, que só olham para os seus
umbigos e se mantêm aferrados ao orgulho e ao egoísmo, tratando exclusivamente dos seus próprios
interesses e alimentando sua vaidade acima de tudo? E a nossa humildade, em que nível anda? Estamos
tentando exercitá-la ou ainda damos mais valor aos projetos grandiosos que fazem com que olhem mais
para o nosso cérebro do que para o nosso coração? Cabe aqui uma reflexão profunda...

No que tange ao nosso desenvolvimento intelectual, Jesus disse, entre outras coisas, “conhecereis a
verdade, e a verdade vos libertará”. A verdade, em aspectos muito mais grandiosos do que aqueles
desenvolvidos pelas muitas escolas filosóficas, chega-nos através do Espiritismo, que nos revela aquelas
coisas que Jesus não pôde nos falar, que restaura a pureza dos Seus ensinamentos e que acrescenta-nos
informações e detalhes preciosos acerca do mundo espiritual, da vida espírita, do processo
reencarnatório, dos estágios da evolução e de seus fins, das circunstâncias da vida material etc.

No entanto, parece que continuamos repetindo com Pilatos: “O que é a verdade?”. O que estamos, afinal,
fazendo do conhecimento que adquirimos? Ele tem servido para melhorar nossa vida? Em que sentido?
Tem nos ajudado a acertar mais ou apenas tem tornado conscientes os nossos erros? Temos
conquistado mais corações, temos pescado mais almas, ou temos simplesmente afastado de nós aqueles
que já marchavam ao nosso lado?

Jesus ensinou que não se pode servir a dois senhores, isto é, a Deus e a Mamom. Que é preciso dar a
César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Que não se deve juntar tesouros na Terra, mas antes é
imperioso juntar tesouros no Céu. Façamos como Maria, em relação a Marta, que escolheu a melhor
parte!!... Amemos a Deus acima de tudo, amemos o Mestre Jesus e amemos a Doutrina dos Espíritos e
tudo o mais nos será dado por acréscimo da misericórdia divina.

Manuel Portásio
manuelportasio12@yahoo.com.br
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PRECONCEITOS À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA

Numa viagem aérea, uma mulher branca, de aproximadamente 50 anos, ao ocupar seu lugar na classe
econômica, viu que o passageiro a seu lado era negro. Visivelmente perturbada, chamou a comissária de
bordo, dizendo-lhe ser um absurdo terem-na colocado ao lado de um negro. Portanto, exigia uma mudança de
assento... A aeromoça procurou acalmá-la, e afirmou que ia verificar a disponibilidade de lugares no avião.
Voltou, em seguida, confirmando que a classe econômica e a executiva estavam lotadas; contudo, havia um
lugar livre na 1ª classe. Explicou que essa troca de lugares não era permitida, mas que, tendo em vista as
circunstâncias, o comandante considerou que seria inadmissível obrigar um passageiro a viajar ao lado de
uma pessoa desagradável. Então, ante a surpresa da mulher branca, atenciosamente dirigiu-se ao senhor
negro, convidando-o a ocupar a poltrona da 1ª classe!... E foi aplaudida pelos outros passageiros...
Embora com elogiável desfecho, eis aí um terrível exemplo de preconceito, que é “qualquer opinião ou
sentimento, favorável ou desfavorável, concebido sem exame crítico, conhecimento ou razão, isto é, formado
antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos”; é uma “idéia preconcebida”, que leva à
aversão e à intolerância a outras raças, credos, religiões, etc, conduzindo até a entranhadas superstições.
Infelizmente, existe também entre crianças: numa Creche Municipal, em Salvador, a professora trouxe para
a sala de aula bonecos com vários tons de pele e fotos de pessoas de características físicas diferentes. Uma
das crianças, Brenda, com 3 anos e meio, apontou a fotografia de uma menina negra, e disse que era “feia’;
quando a professora lhe perguntou “por que era feia?”, ela respondeu “porque ela é igual a mim!...”
Absurdamente, vários desses conceitos que numerosas pessoas assumem como seus, foram-lhes
transmitidos de geração em geração, habitualmente sem justificação plausível que os ampare como legítimos:
“todo cigano é ladrão”, “todo judeu é avarento”, “os índios são improdutivos e preguiçosos” (preconceitos
étnicos); “mulher ao volante é um perigo”; “o velho está ultrapassado”, etc...
Dizem os psicólogos que os preconceitos geralmente estão ligados a três causas, que claramente se inter-
ligam: a ignorância (falta de conhecimento sobre determinado assunto), invariavelmente acompanhada de
teimosia, que é sua “escrava fiel”; o medo (o milenar da lepra, o da aids, o de tudo que é diferente ou
desconhecido, etc); e, finalmente, o orgulho. Como vemos, a base geral é sempre a ignorância.
E as conseqüências são terríveis, levando à discriminação, à marginalização, à violência, a antagonismos que
conduzem a débitos dolorosos... (exemplo: a 11 de maio deste ano, a internet transmitiu notícia do Estado
indiano de Gujarat, onde um homem, tornando-se pai de gêmeas, considerou que, por serem meninas, eram
sinal de má sorte; assim, matou-as ao enterrá-las vivas!...)
O Espiritismo aniquila qualquer forma de preconceito, através de seguros e comprovados esclarecimentos:
Deus é “Inteligência suprema, causa primária de todas as coisas” (L. Espíritos, # 1); os espíritos (nós) fomos
todos criados “simples e ignorantes, isto é, sem saber” (idem, # 115); todos temos o mesmo destino: a
felicidade absoluta, através da conquista da perfeição relativa (nunca seremos iguais a nosso Criador),
alcançada paulatinamente nas diversas encarnações; todos com as mesmas oportunidades de aprendizado e
progresso; reencarnaremos seguindo planejamento prévio visando resgatar erros pretéritos, ultrapassar
provas pedidas e realizar as missões - ainda pequenas - que nos cabem (idem, # 132: objetivo da encarnação);
desse modo, em cada encarnação vivenciamos determinadas situações (financeira, social, física, familiar, etc),
exatamente as que nos são necessárias ao aprendizado e à evolução; Deus ama a todos os seus filhos
igualmente, sem “protecionismo” (nada de “anjos”, “demônios”, etc).
Por conseguinte, somos todos iguais, irmãos (L. Espíritos: “Da Lei de Igualdade”); apenas as situações se
invertem nas diferentes encarnações, para nosso crescimento espiritual. Preconceito é anti-evangélico,
irracional, absurdo! A convicção lógica na reencarnação e a certeza da justiça e do amor divino o destroem!...
O Espiritismo, “Cristianismo Redivivo”, ensina-nos que o valor real de cada um de nós não está na aparên-cia,
mas no que pensamos, sentimos e agimos acorde com as leis divinas, seguindo os ensinos do Cristo, que é
para nós “o Caminho, a Verdade e a Vida”. Numa quermesse em pequena cidade da Amazônia, um senhor
vendia balões de cores variadas; bom vendedor, para chamar a atenção das crianças, deixou um balão
vermelho se soltar e elevar-se nos ares, depois um azul e um branco. Um indiozinho a tudo assistia fascinado,
observando que o balão amarronado, da cor de sua pele, não era solto. Foi ao vendedor e indagou: “Se o
senhor soltasse o marrom, ele subiria também?” O vendedor sorriu, e soltando o dito balão, respondeu: “Não é
a cor, filho, é o que está dentro dele que o faz subir.” É issso mesmo! Busquemos a verdade que anulará o
medo e destruirá o orgulho, pois somos todos “balões-irmãos” elevando-nos rumo Pai, nosso Criador!

Ivone Ghiggino - Rio de Janeiro


E-mail: ighiggino@terra.com.br
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Medo da Morte

"Com que fim Deus concedeu a todos os seres vivos o instinto de conservação?",
questão no 703 de "O Livro dos Espíritos". E os Espíritos respondem a Kardec:
"Porque todos devem colaborar nos desígnios da Providência, foi por isso que Deus
lhes deu a necessidade de viver. Depois, a vida é necessária ao aperfeiçoamento dos
seres; eles o sentem instintivamente, sem disso se aperceberem."

Sabemos que o instinto de conservação é uma Lei da Natureza.

Em tudo ao nosso redor se percebe a manifestação da Sabedoria de Deus. Se o


homem reencarnasse com a perfeita convicção do seu futuro espiritual para além do
túmulo, certamente generalizar-se-ia a fuga da vida física, tornando impossível o
mecanismo da reencarnação. Ou seja, ela deixaria de ser o instrumento de progresso
que na realidade é.

Se o homem descortina a morte como sendo o nada, ele luta para se preservar e adiar
ao máximo o final da sua existência.
E ele deixará, então, de temer a morte quando entender e valorizar o mecanismo da
reencarnação; quando admitir que ela é indispensável para a sua evolução espiritual.

Como sabiamente afirma Léon Denis no seu livro "Depois da Morte", " firmes nesses
prrincípios, deixaremos de temer a morte. E não haverá mais motivo para lágrimas,
cerimónias sinistras e cantos lúgubres. Os nossos funerais tornar-se-ão uma festa pela
qual celebraremos a liberdade da alma, a sua volta à verdadeira pátria".

Então, o instinto de conservação é o reflexo natural do anseio da imortalidade.

Perpetuar a espécie já significa perpetuar a oportunidade de renascer. Os homens


anseiam por se continuarem e perpetuarem nos seus descendentes.

O instinto de conservação, que é uma das mais belas e sábias Leis da Natureza, torna o
homem responsável por todos os seus atos. E, à medida que penetra no conhecimento
das Leis de Deus, deixa de fazer sentido recear a morte, visto que, enfim, ele percebe
que morte só a do corpo físico.

Noémia Maria José - Londres - Uk


Noemiajose59@yahoo.co.uk
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Nosso entrevistado deste mês é Geraldo Lemos Neto


que no campo espírita-cristão, seus laços pelo lado
materno, remontam à família Machado de Pedro Leopoldo, que o
iniciou nos estudos da Doutrina Espírita Cristã.

Geraldo Lemos Neto foi diretor da União Espírita Mineira sob a gestão
de Dona Neném Aluotto e Martins Peralva, responsabilizando-se pela
organização de vários livros em torno da mediunidade de Chico Xavier
como "Chico Xavier - Mandato de Amor"; " Bastão de Arrimo"; "Apelos
Cristãos"; "Aceitação e Vida" e "Índice Geral das Mensagens
Psicografadas por Francisco Cândido Xavier";

como ex-diretor do Departamento Editorial da UEM, foi também responsável pela edição dos
seguintes livros: "Presença de Chico Xavier em Araxá"; "Roseiral de
Luz"; "Pétalas da Primavera"; "Fulgor no Entardecer"; e "Migalha";
todos de Chico Xavier, e também "Mensageiros do Bem" de Martins Peralva
e "Bases do Espiritismo" de Jarbas Leone Varanda.

Atualmente dirige o Vinha de Luz - Serviço Editorial da Fraternidade Espírita Cristã


Francisco de Assis em Belo Horizonte, tendo publicado dois livros de
sua própria psicografia : " Réstia de Luz " e " Ignácio de Antioquia ", e
em Abril de 2006 lançou o " Sementeira de Luz " livro inédito da
psicografia de Chico Xavier pelo espírito de Neio Lúcio.

Em Pedro Leopoldo inaugurou em 2 de Abril de 2006 a " Casa de Chico Xavier ", no local da antiga residência do médium mineiro. Lá
estão expostas todas as obras psicografadas por Chico Xavier, todas as suas biografias, uma suite fotográfica, objetos pessoais, cartas
e documentos, além de um auditório para a realização de palestras e estudos do Evangelho e da Doutrina Espírita.

Participou também do lançamento do último livro ainda inédito da psicografia de Chico Xavier em parceria com o GEEM, lançado em
Outubro de 2006 e cujo título é " Mensagens de Inês de Castro ".

Em Belo Horizonte participa de reuniões do Centro Espírita Luz, Amor e


Caridade sob a direção do Des. Bady Curi onde também dirige o Grupo de Estudos Zeca Machado.
Na União Espírita Mineira colabora mediunicamente nas atividades de desobsessão sob a direção de Arnaldo Rocha.

BI — Geraldinho você conheceu pessoalmente o Chico e teve oportunidade de conviver com ele.
Em que sentido essa amizade marcou a sua vida?
Geraldinho — No sentido de que a presença do amado amigo, Chico Xavier, me fez enxergar mais
claramente que a missão do Espiritismo, como a Doutrina Consoladora dos Espíritos
do Senhor, é a de trazer de novo Jesus e sua excelsa mensagem de esperança ao
coração do povo sobrecarregado e aflito, sedento da água viva do esclarecimento e
faminto do pão da paz de espírito. Tudo o que fugir a este nobre objetivo superior é
perda de tempo ou mera vaidade dos homens.
BI — Considerando a Doutrina Espirita em seu tríplice aspecto, qual o aspecto que mais lhe atrai?
Geraldinho — Aprendi com Chico que todos os três aspectos da Doutrina Espírita são relevantes.
Contudo, tanto a filosofia que indaga como a ciência que responde são construções
eminentemente humanas, fruto do esforço da civilização, da evolução do conhecimento
geral através dos séculos, e, consequentemente, provisórias e imperfeitas, como os
próprios homens limitados no seu alcance sensorial. Portanto, somente a Religião nos
traz o aspecto Divino da Revelação a nos ligar novamente o imo d’alma ao seio
amoroso e compassivo do Criador de Eterna Bondade, Nosso Pai Celestial. Então,
em assim considerando, sou de opinião que o aspecto religioso do Espiritismo é o mais
importante para as nossas vidas, porque dirigido ao Espírito Eterno e à Vida Imortal.
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BI — Recentemente, você inaugurou a “Casa de Chico Xavier” o que esta Casa vem oferecendo ao
público espirita e não espírita?

Geraldinho — A Casa de Chico Xavier em Pedro Leopoldo, cidade natal do médium amigo, foi
entregue ao público em 2 de Abril de 2006 com o lançamento do livro “Sementeira de
Luz” contendo mensagens ainda inéditas do espírito de Neio Lúcio psicografadas por
Chico Xavier e organizadas por Wanda Joviano. Esta é a residência onde morou Chico
por vários anos a partir de 1946 até 1959, mantendo-a como seu pouso residencial em
Pedro Leopoldo mesmo após sua mudança para Uberaba em 1959 até a sua
desencarnação em 2002. Nosso objetivo foi o de transformá-la num centro de referência
à sua vida e à sua obra. Lá contamos com farta exposição fotográfica e documental de
sua vida, alguns objetos de seu uso pessoal, além do acervo de todas as 438 obras de sua
psicografia até hoje editadas e das outras 160 obras biográficas ou que se aseiam ou
referem à sua exemplar vida de Apóstolo do Espiritismo. Desde sua inauguração
caravanas de irmãos de vários estados do Brasil, e algumas até do exterior, têm estado
conosco, em visita fraterna de comunhão e saudade. Nesses 17 meses de atividades
diárias, de terças a domingos, o livro de presenças da Casa de Chico já registra mais de
25.000 visitas, o que nos alegra sobremaneira. Ficamos felizes ao sentir que a Casa de
Chico Xavier se transformou num local de comunhão elucidativa e solidária, como foi seu
próprio exemplo de vida. Suas atividades principais são O Culto do Evangelho de
Jesus no lar, realizado todos os domingos às 18 horas, e as visitas cristãs que o Grupo
Fraterno Veneranda realiza todas as terças-feiras às 19:30 horas nos povoados das
cercanias menos favorecidas da cidade.

BI — A editora Vinha de Luz tem publicado vários livros contribuindo assim com a divulgação do
Espiritismo. Quais as dificuldades encontradas para publicar livros espíritas no Brasil? Você já tem
outro livro sendo preparado para publicar?

Geraldinho — Peço-lhes permissão para citar o espírito do benfeitor espiritual Emmanuel, quando
perfeitamente materializado através da mediunidade de efeitos físicos do Chico, nos idos
de 1950, dissera aos circunstantes perplexos e admirados :“O Livro é chuva que fertiliza
lavouras imensas, alcançando milhões de almas !“ Assim, aceitando a luminosa destinação
que o benfeitor Emmanuel nos indicou para a tarefa do livro espírita, somos de opinião
que devamos vencer todos os obstáculos, todas as dificuldades e empecilhos, que
porventura se interponham no caminho da editoração espírita cristã, conscientes de que
estaremos superando dificuldades para que a mensagem de renovação e esperança do
Consolador possa chegar, enfim, pura e cristalina, ao coração necessitado de mais luzes
e alívios. Então todo o sacrifício que pudermos fazer em favor da divulgação do
Espiritismo será ainda muito pouco diante das enormes possibilidades que a Bondade
Infinita de Deus coloca em nossas vidas. Com a benção de Deus, temos sim a alegria de
poder continuar trabalhando e servindo neste setor da atividade espírita, muito embora
modestamente, e a misericórdia do Alto tem nos enviado mais trabalhos, que
presentemente se encontram no prelo. Cremos que o próximo lançamento será ainda no
final deste ano de 2007.

Parte da Biblioteca instalada na Casa de Chico


em Pedro Leopoldo - Minas Gerais onde foi criado
um acervo histórico sobre Chico Xavier. Aí estão as
438 obras psicografadas pelo médium, biografias
sobre Chico, fotografias, cartas pessoais, cartões,
mensagens, objetos pessoais e muito mais...

www.chicoxavier.org.br
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BI — As dificuldades de união dentro do movimento espirita tem sido uma constante. O que você tem
a nos dizer para abrandar essas dificuldades?

Geraldinho — Lembro a assertiva de Dr. Bezerra de Menezes através da psicografia de Chico


Xavier, quando escrevendo aos confrades responsáveis pelo movimento de
unificação no Brasil, no momento de sua estruturação efetiva, afirmara :

“ A Unificação é processo urgente, mas não apressado ! “

Raciocinando em cima deste alerta do benfeitor amado, é preciso que meditemos


na sublimidade de sua extensão. Antes de nos preocupar com o processo de
unificação dos espíritas, seria melhor que nos preocupássemos em nos amar mais.
Se descobríssemos uma maneira mais simples e direta de compreender que somos
seres humanos muito diferentes uns dos outros, trazendo conosco bagagens de
vida e experiência muito distintas umas das outras, com visões de mundo muito
próprias e particulares, consequentemente guardando opiniões diversas sobre
variados temas de nossas cogitações... Se apenas aprendêssemos a respeitar com
alma e coração essas diferenças tão naturais entre nós outros, companheiros do
mesmo ideal !

Talvez assim estaríamos no caminho de solucionar este enigma em nosso destino


de espíritos imortais, conquanto diferentes uns dos outros, o enigma de sabermos
finalmente encontrar a fórmula da unidade na diversidade que nos caracteriza !

Assim tudo o que é feito apressadamente em matéria de Unificação do


Movimento Espírita, infelizmente acaba descendo para a sombra do personalismo
petrificante, do exclusivismo dogmático ou da perturbação nas disputas estéreis e
vazias, na louca ilusão da vaidade humana, longe, mas muito longe mesmo, do coração
amoroso do Cristo de Deus.

Recordo sempre, neste particular, a lembrança amiga de Chico Xavier, quando ele
nos falava que : “Espiritismo é Jesus de novo para o coração do povo !”

E, falando nisso, com facilidade todos nós teremos necessariamente de nos


lembrar da recomendação do próprio Cristo Jesus quando ele nos alertou :

“Os meus discípulos serão reconhecidos por muito se amarem !”

Faxada da Casa de Chico em Pedro Leopoldo - Minas Gerais. Quarto usado pelo médium onde se
encontram objetos pessoais do mesmo. Esta casa pertenceu a Chico e agora, está transformada em um ponto
de referência para os espíritas e não espíritas que tenham interesse em conhecer mais sobre o Espiritismo.
Nessa Casa também é realizado Culto do Evangelho de Jesus e reuniões do Grupo Fraterno Veneranda.

www.chicoxavier.org.br
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Bezerra no telão
Filme sobre o "Médico dos Pobres" estreiou em agosto
Estrelado por Carlos Vereza, o filme "Bezerra de Menezes - o médico dos pobres", estreiou em agosto
nos cinemas de todo o Brasil. A vida do doutor Bezerra de Menezes, uma das mais destacadas
personalidades médicas e espíritas do Brasil, vira filme, interpretado por Carlos Vereza. O filme, conta
ainda com a participação especial dos atores Lúcio Mauro, Paulo Goulart Filho, Nanda Costa e Caio Blat.
Com direção de Glauber Filho e Joe Pimentel, o filme nos remete ao século 19, já que a história narra a
vida do médico desde o seu nascimento, no ano de 1831. Para isso foi realizada uma fiel reconstituição
da época no figurino, maquiagem e cenário.
A vida do homem, do médico, do espírita Bezerra de Menezes, será contada através de fatos ficcionais e
relatos de pesquisadores de sua obra. A produção do filme contou com cuidadosa pesquisa histórica de
Luciano Klein, biógrafo de Bezerra de Menezes, e também roteirista do filme ao lado de Glauber Filho.
Foram gravados também depoimentos de pesquisadores e estudiosos da vida de Bezerra de Menezes,
como Luiz Bassuma, Nazareno Feitosa e Nestor Massoti, entre outros. Seja como político devotado às
causas humanitárias ou como médico conhecido por jamais negar socorro a quem batesse à sua porta,
Bezerra de Menezes tornou-se um exemplo de homem e escreveu sua história de vida marcada pelo
amor e pela caridade.
Quem foi Dr. Bezerra de Menezes?
Nascido na antiga Freguesia do Riacho do Sangue, no Ceará, aos 29 dias do mês de agosto de 1831, e
desencarnando no rio de Janeiro, a 11 de Abril de 1900. Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti, no ano
de 1838, entrou para a escola pública da Vila do Frade, onde em dez meses apenas, preparou-se
suficientemente até onde dava o saber do mestre que lhe dirigia a primeira fase de educação. Bem cedo
revelou sua fulgurante inteligência, pois, aos onze anos de idade, iniciava o curso de humanidades e, aos
treze anos, conhecia tão bem o latim que ministrava, a seus companheiros, aulas dessa matéria,
substituindo o professor da classe em seus impedimentos.
Seu pai, o capitão das antigas milícias e tenente-coronel da Guarda Nacional, Antônio Bezerra de
Menezes, homem severo, de honestidade a toda prova e de ilibado caráter, tinha bens de fortuna em
fazendas de criação. Com a política, e por efeito do seu bom coração, que o levou a dar abonos de favor a
parentes e amigos, que o procuravam para explorar-lhe os sentimentos de caridade, comprometeu
aquela fortuna. Percebendo, porém, que seus débitos igualavam seus haveres, procurou os credores e
lhes propôs entregar tudo o que possuía, o que era suficiente para integralizar a dívida. Os credores,
todos seus amigos, recusaram a proposta, dizendo-lhe que pagasse como e quando quisesse. O velho
honrado insistiu; porém, não conseguiu demover os credores sobre essa resolução, por isso deliberou
tornar-se mero administrador do que fora sua fortuna, não retirando dela senão o que fosse
estritamente necessário para a manutenção da sua família, que assim passou da abastança às
privações.
Animado do firme propósito de orientar-se pelo caráter íntegro de seu pai, Bezerra de Menezes, com
minguada quantia que seus parentes lhe deram, e animado do propósito de sobrepujar todos os óbices,
partiu para o Rio de Janeiro a fim de seguir a carreira que sua vocação lhe inspirava: a medicina. Em
novembro de 1852, ingressou como praticante interno no Hospital da Santa Casa de Misericórdia.
Doutorou-se em 1856 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
Quando político, levantou-se contra ele, a exemplo do que ocorre com todos os políticos honestos, uma
torrente de injúrias que cobriu o seu nome de impropérios. Entretanto, a prova da pureza da sua alma
deu-se quando, abandonando a vida pública, foi viver para os pobres, repartindo com os necessitados o
pouco que possuía. Corria sempre ao tugúrio do pobre, onde houvesse um mal a combater, levando ao
aflito o conforto de sua palavra de bondade, o recurso da ciência de médico e o auxílio da sua bolsa
minguada e generosa. O doutor Carlos Travassos havia empreendido a primeira tradução das obras de
Allan Kardec e levara a bom termo a versão portuguesa de "O Livro dos Espíritos". Logo que esse livro
saiu do prelo levou um exemplar ao deputado Bezerra de Menezes, entregando-o com dedicatória. O
episódio foi descrito do seguinte modo pelo futuro médico dos pobres: "Deu-mo na cidade e eu morava na
Tijuca, a uma hora de viagem de bonde. Embarquei com o livro e, como não tinha distração para a longa
viagem, disse comigo: ora, adeus! Não hei de ir para o inferno por ler isto ...
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Depois, é ridículo confessar-me ignorante desta filosofia, quando tenho estudado todas as escolas
filosóficas. Pensando assim, abri o livro e prendi-me a ele, como acontecera com a Bíblia. Lia. Mas não
encontrava nada que fosse novo para meu Espírito. Entretanto, tudo aquilo era novo para mim!... Eu já
tinha lido ou ouvido tudo o que se achava no "O Livro dos Espíritos". Preocupei-me seriamente com este
fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou, mesmo como se diz
vulgarmente, de nascença".
No dia 16 de agosto de 1886, um auditório de cerca de duas mil pessoas da melhor sociedade enchia
a sala de honra da Guarda Velha, na rua da Guarda Velha, atual Avenida 13 de Maio, no Rio de Janeiro,
para ouvir em silêncio, emocionado, atônito, a palavra sábia do eminente político, do eminente médico,
do eminente cidadão, do eminente católico, doutor Bezerra de Menezes, que proclamava a sua decidida
conversão ao Espiritismo. Bezerra de Menezes tinha a função de médico no mais elevado conceito, por
isso, dizia ele: "Um médico não tem o direito de terminar uma refeição, nem de perguntar se é longe ou
perto, quando um aflito qualquer lhe bate à porta. O que não acode por estar com visitas, por ter
trabalhado muito e achar- se fatigado, ou por ser alta hora da noite, mau o caminho ou o tempo, ficar
longe ou no morro, o que sobretudo pede um carro a quem não tem com que pagar a receita, ou diz a
quem lhe chora à porta que procure outro - esse não é médico, é negociante de medicina, que trabalha
para recolher capital e juros dos gastos de formatura. Esse é um desgraçado, que manda para outro o
anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de
riqueza do seu Espírito, a única que jamais se perderá nos vaivéns da vida."
Em 1883, reinava um ambiente francamente dispersivo no seio do Espiritismo brasileiro. Os centros,
onde se ministrava a Doutrina, trabalhavam de forma autônoma. Cada um deles exercia a sua atividade
em um determinado setor, sem conhecimento das atividades dos demais. Esse sentimento levou-os à
fundação da Federação Espírita Brasileira. Em 1893, a convulsão provocada no Brasil pela Revolta da
Armada, ocasionou o fechamento de todas as sociedades espíritas ou não. Em 1894, o ambiente
mostrou tendências para melhora e o nome de Bezerra de Menezes foi lembrado como o único capaz
de unificar o movimento espírita. O infatigável batalhador, com 63 anos de idade, assumiu a presidência
da Federação Espírita Brasileira, cargo que ocupou até a sua desencarnação.
Iniciava- se o ano de 1900, e Bezerra de Menezes foi acometido de violento ataque de congestão
cerebral, que o prostrou no leito, de onde não mais se levantaria. Verdadeira romaria de visitantes
acorria à sua casa. Ora o rico, ora o pobre, ora o opulento, ora o que nada possuía. Ninguém
desconhecia a luta tremenda em que se debatia a família do grande apóstolo do Espiritismo. Todos
conheciam suas dificuldades financeiras, mas ninguém teria a coragem de oferecer fosse o que fosse,
de forma direta. Por isso, os visitantes depositavam suas espórtulas, delicadamente, debaixo do seu
travesseiro. No dia seguinte, a pessoa que lhe foi mudar as fronhas, surpreendeu-se por ver ali desde o
tostão do pobre até a nota de duzentos mil reis do abastado!...
Ocorrida a sua desencarnação verdadeira peregrinação demandou sua residência a fim de prestar-lhe
a última visita. Digno de registro foi um caso sucedido com o Dr. Bezerra de Menezes, quando ainda
era estudante de medicina. Ele estava em sérias dificuldades financeiras, precisando da quantia de
cinqüenta mil réis (antiga moeda brasileira), para pagamento das taxas da Faculdade e para outros
gastos indispensáveis em sua habitação, pois o senhorio, sem qualquer contemplação, ameaçava
despejá-lo.
Desesperado - uma das raras vezes em que Bezerra se desesperou na vida - e como não fosse
incrédulo, ergueu os olhos ao Alto e apelou a Deus. Poucos dias após bateram-lhe à porta. Era um
moço simpático e de atitudes polidas que pretendia tratar algumas aulas de matemática. Bezerra
recusou, a princípio, alegando ser essa matéria a que mais detestava, entretanto, o visitante insistiu e
por fim, lembrando-se de sua situação desesperadora, resolveu aceitar. O moço pretextou então que
poderia esbanjar a mesada recebida do pai, pediu licença para efetuar o pagamento de todas as aulas
adiantadamente. Após alguma relutância, convencido, acedeu. O moço entregou-lhe então a quantia de
cinqüenta mil réis. Combinado o dia e a hora para o início das aulas, o visitante despediu-se, deixando
Bezerra muito feliz, pois conseguiu assim pagar o aluguel e as taxas da Faculdade. Procurou livros na
biblioteca pública para se preparar na matéria, mas o rapaz nunca mais apareceu ...
Rosana Souza

Veja trailler oficial do filme de Bezerra de Menezes - http://br.youtube.com/watch?v=NIsmtkniZx4


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Comemoramos o Dia de Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti (29 de agosto), com uma
Aula Especial, no Curso de Orientação e Educação Mediúnica sob a coordenação de
Manuel Portásio e Maria Gomes, no Grupo Espírita Solidarity.
Veja no mapa abaixo onde nasceu o Médico dos Pobres que, teve como uma das tantas
incumbências, trabalhar pela união do Espiritismo e dos espíritas. Nosso querido Bezerra
nasceu no Estado do Ceará, no dia 29 de agosto de 1831, desencarnando no Rio da
Janeiro, no dia 11 de abril de 1900.

Saiba como visitar o local


consultando o site
http://www.gepe.org.br/polojaguaretama.htm
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Arthur Conan Doyle (1859 - 1930)


Segundo escreveu o saudoso Prof. José Herculano Pires, prefaciando a obra de
Arthur Conan Doyle, "História do Espiritismo", é um nome conhecido e lido no
mundo inteiro.
Dotado Conan Doyle de fértil imaginação, comunicabilidade natural de seu estilo,
a espontaneidade de suas criações tornaram-no um escritor apreciado e amado
por todos os povos.
Em nosso país a série Sherlock Holmes, a série Ficção Histórica e a série Contos
e Novelas Fantásticas aqui estão para comprovar a afirmação feita em favor do
extraordinário escritor.
Entretanto, é bom que se diga que ele não apenas se destacou naquelas linhas
compostas com três séries, pois além de historiador, pregou o uso de métodos
científicos na pesquisa policial, destacou-se também como um lúcido escritor
espírita em todo o mundo, revelando notável compreensão do problema espírita in-totum (como ciência, filosofia e
religião).
Então, além daquelas séries enumeradas no início destas considerações existem mais duas séries: a de História e a do
Espiritismo.
Ao ser lançada a primeira edição da obra "História do Espiritismo", a revista inglesa "Light" destacou o equilíbrio e a
imparcialidade com que o assunto foi abordado. Uma extensa Nota assinada por D.N.G. destacou que os críticos
haviam sido "agradavelmente surpreendidos", porque Conan Doyle, conhecido como ardoroso propagandista do
Espiritismo, fora de uma imparcialidade a toda prova. E o articulista da revista "Light" continuava: "Uma obra de
história, escrita com preconceitos favoráveis ou contrários, seria, pelo menos, antiartística, pecado jamais cometido
pelo autor de - The White Company -, em nenhum de seus trabalhos".
O próprio Autor define aquele critério ao falar do desejo de contribuir para que o Espiritismo tivesse sua história e o
objetivo da obra não era o de fazer propaganda de suas convicções, mas o de historiar o movimento espírita. Daí,
colocar-se imparcial e serenamente como observador dos fatos que se desenrolam aos seus olhos, através do tempo
e do espaço. (Ipsis litteris).
Reconhecendo a magnitude e amplitude do trabalho que se propôs realizar pediu auxílio a outras pessoas e encontrou
em Mrs. Leslie Curnow uma dedicada e eficiente colaboradora e com essa ajuda prosseguiu investigações até concluir
a obra.
Reconheceu não haver realizado um trabalho completo porque não dispunha de recursos necessários e tempo, mas,
com satisfação verificou que fez o que era possível no momento, diante da enorme extensão e complexidade do
assunto, além das condições de dificuldades do próprio movimento espírita da época. Arthur Conan Doyle nasceu em
22 de maio de 1859, em Edimburgo, faleceu em 7 de julho de 1930, em Cowborough (Susex), após viver 71 anos bem
proveitosos.
Em junho de 1887 escreveu uma carta ao Editor da revista "Lìght" explicando as razões de haver se convertido ao
Espiritismo. Tal carta foi publicada na edição de 2 de julho de 1887 da referida revista e republicada na edição de 27
de agosto de 1927. Em 15 de julho de 1929 a "Revista Internacional do Espiritismo", de Matão, São Paulo, dirigida por
Cairbar Schutel, publicou no Brasil a primeira tradução integral daquela carta, documento importante, onde o jovem
médico em 1887 revelava ampla compreensão do Espiritismo e a importância da Mensagem que a Doutrina trazia
para o mundo inteiro. Conan Doyle ainda escreveu um pequeno livro traduzido por Guillon Ribeiro e sob o título "A Nova
Revelação", que descreve em detalhes como se deu sua conversão. Outras obras doutrinárias de grande mérito,
revelando perfeito entendimento do problema religioso do Espiritismo, afirmando a condição essencialmente psíquica
da religião espírita, "A Religião Psíquica".
A doutrina da reencarnação determinou o aparecimento de uma divergência entre aquilo que se estabeleceu chamar
Espiritismo Latino e Espiritismo Anglo-Saxão. Estes, particularmente os ingleses e americanos, embora aceitassem a
Doutrina Espírita não admitiam o Princípio Reencarnacionista e tal motivou os ataques e críticas ao Espiritismo.
Embora a resistência mantida na Inglaterra e nos Estados Unidos contra o Princípio Reencarnacionista, Conan Doyle e
outros espíritas americanos e ingleses, de renome, admitiam a reencarnação.
Na obra "A Nova Revelação", Conan Doyle declara que "muitos estudiosos têm sido atraídos ao Espiritismo, uns pelo
aspecto religioso, outros pelo científico, mas, até agora ninguém tentou estabelecer a exata relação que existe entre
os dois aspectos do problema". Tal foi escrito entre 1927 e 1928, sessenta anos após a desencarnação de Kardec.
Sabemos que Kardec definiu e solucionou aquele problema ao apresentar o Espiritismo como Doutrina sob tríplice
aspecto: filosófica, científica e religiosa.
E Conan Doyle identificava-se com o pensamento de Kardec, aguardando que a codificação kardequiana aparecesse,
sem perceber que ela já existia e estava ao seu lado, para lá do Canal da Mancha.

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