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· Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP

Departamento de Engenharia de Construção Civil

ISSN 0103-9830
BT/PCC/515

o conceito de desempenho de edificações e a


sua importância para o setor da construção
civil no Brasil.
Carlos Alberto de Moraes Borges
Fernando Henrique Sabbatini
São Paulo - 2008
Escola Politécnica da .Universidade de São Paulo
Departamento de Engenharia de Construção Civil
Boletim Técnico - Série BT/PCC

Diretor: Profo Dr. Ivan Gilberto Sandoval Falleiros


Vice-Diretor: Profo Dr. José Roberto Cardoso

Chefe do Departamento: Prafo Dr. Orestes Marracini Gonçalves


Suplente do Chefe do Departamento: Praf. Dr. Alex Kenya Abiko

Conselho Editorial
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Profo Dr. Paulo Helene
Profo Dr. Cheng Liang Yee

Coordenador Técnico
Prof. Dr. Alex Kenya Abiko

O Boletim Técnico é uma publicação da Escola Politécnica da USPI Departamento de Engenharia de


Construção Civil, fruto de pesquisas realizadas por docentes e pesquisadores desta Universidade.

Este texto faz parte da dissertação de mestrado de título "O conceito de desempenho de edificações
e a sua importância para o setor da construção civil no Brasil", que se encontra à disposição com os
autores ou na biblioteca da Engenharia Civil.

FICHA CATALOGRÁFICA
Borges, Carlos Alberto de Moraes
O conceito de desempenho de edificações e a sua importância
para o setor da construção civil no Brasil. - São Paulo: EPUSP, 2008.
19 p. - (Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP,
Departamento de Engenharia de Construção Civil, BT/PCC/515)

10 Edificações 20 Desempenho de materiais de construção 3. Construção


Civil 40 Normas de construção
I. Sabbatini, Fernando Henrique 11. Universidade de São Paulo. Escola
Politécnica. Departamento de Engenharia de Construção Civil 1110 Título IV.
Série
ISSN 0103-9830
1

o CONCEITO DE DESEMPENHO DE EDIFICAÇÕES E A SUA


IMPORTÃNCIA PARA O SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO
BRASIL

The Concept of Building Performance and its importance for the


Construction Sector in Brazil

RESUMO

Este artigo apresenta um histórico sobre a evolução do conceito de desempenho


na construção civil e analisa as condições e caminhos necessários para a sua
aplicação no contexto atual de crescimento do mercado brasileiro e da recente
publicação da primeira Norma Brasileira de Desempenho de Edifícios.

ABSTRACT

This paper presents the evolution of the performance concept in construction and
analyse the conditions and steps that are necessary for its application today, in the
context of the growing Brazilian market and the publication of the First Brazilian
Perfomance Building Code.

1 INTRODUÇÃO

o Brasil vive, neste momento, uma grande expansão no setor da construção civil,
que é decorrente de vários fatores, entre eles o crescimento econômico e a
estabilidade do país, a melhoria crescente dos índices macro-econômicos
brasileiros e a grande capitalização do setor através da recente abertura de capital
de diversas incorporadoras e construtoras.

Como o déficit habitacional brasileiro está voltado, em sua quase totalidade, para
as classes de baixa renda, as incorporadoras e construtoras brasileiras
identificaram este segmento como o grande mercado a ser atendido, e estão se
estruturando para produzir um grande volume de habitações populares nos
próximos anos.

A construção de habitações populares em grande escala já ocorreu no passado,


principalmente na década de 70, época do "milagre" brasileiro, capitaneada por
investimentos do Banco Nacional da Habitação. Nessa ocasião, houve inúmeras
2

experiências no Brasil de utilização de técnicas construtivas inovadoras, inclusive


com a criação de metodologias para a sua avaliação, mas muitas delas
apresentaram resultados desastrosos, com várias patologias construtivas,
envelhecimento precoce e até problemas estruturais pouco tempo depois do
término das construções.

Em função deste histórico de baixa qualidade das habitações populares no Brasil,


é importante que se discuta, neste momento de crescimento de mercado, qual o
desempenho mínimo das novas moradias a serem construídas, até para que
sejam evitados os mesmos erros cometidos no passado.

A vida útil adequada para as habitações, os custos de manutenção que podem ser
absorvidos pelos usuários no pós-obra, o nível de patologias e defeitos aceitáveis,
as dimensões dos ambientes e o desempenho acústico adequado, são algumas
das questões que precisam ser discutidas e definidas pela sociedade técnica.

Apesar de todos esses temas já serem discutidos no Brasil há mais de 30 anos, o


atual arcabouço normativo existente não é suficiente para tratar de todos esses
assuntos e regular o mercado de maneira adequada.

o conceito de desempenho de edificações vem sendo estudado há mais de 40


anos no mundo todo, e pode ser entendido como o comportamento em uso das
construções ao longo da vida útil (BLACHERE, 1974).

Com a recente publicação da Norma Brasileira de Desempenho de Edificações,


em maio de 2008, este artigo faz uma análise sobre a evolução conceitual do tema
desempenho de edificações nos últimos 20 anos, e como tal conceito pode ser
aplicado no Brasil para a melhoria da qualidade das habitações brasileiras e
atendimento às expectativas dos seus usuários.

2 O CONCEITO DE DESEMPENHO NA CONSTRUÇÃO E SUA EVOLUÇÃO


AO LONGO DO TEMPO

2.1 A evolução do conceito

A palavra desempenho é utilizada de maneira coloquial por toda a sociedade, e


normalmente está associada a um nível de desempenho desejado comparado a
um desempenho entregue. O desempenho de um esportista, de uma empresa e
seus funcionários, de um aluno numa escola, podem ser citados como exemplos
de comparações.
3

Na construção civil, o conceito de desempenho está consolidado há muito tempo,


e a definição mais aceita pelo meio acadêmico é a elaborada por Gibson, em
1982, que afirma que a abordagem de desempenho é, acima de tudo, a prática de
se pensar em termos de fins e não de meios, com os requisitos que a construção
deve atender, e não com a forma como esta deve ser construída.

o desenvolvimento histórico do arcabouço normativo para a construção civil,


tanto
no Brasil como nos países desenvolvidos, é prescritivo, ou seja, especifica os
meios e não os fins que se deseja atingir, o que contraria o conceito de
desempenho e é uma das maiores dificuldades para a sua aplicação.

Até o final da década de 80, o foco das pesquisas sobre o desempenho na


construção civil estava voltado ao aspecto conceitual do tema, e a partir da
década de 90, impulsionado principalmente pelas questões de sustentabilidade,
voltou-se à aplicação do conceito de desempenho na concepção e execução das
construções.

A iniciativa mais estruturada para o estudo do desempenho teve início em 2000,


com a criação da Rede Temática PeBBu (Performance Based Building, ou
Abordagem de Desempenho na Construção), que foi um projeto de pesquisa
criado pela Comunidade Européia para consolidar todos os trabalhos anteriores
sobre o assunto. Os benefícios esperados pelos trabalhos gerados pela rede
PeBBu são os de permitir aos construtores uma flexibilidade considerável em
relação às soluções de projeto, ao criar possibilidades de inovação e prover a
oportunidade para soluções com custo otimizado e com melhor qualidade de
construção.

No Brasil, a evolução do conceito de desempenho tomou corpo na década de 80,


principalmente através de trabalhos realizados pelo IPT (Instituto de Pesquisas
Tecnológicas) para o Banco Nacional da Habitação, e depois para a Caixa
Econômica Federal, sua sucessora.

No ano de 2000, a Caixa Econômica Federal financiou, através do Finep 1, um


projeto para a criação de um sistema de avaliação de sistemas construtivos
inovadores baseado no conceito de desempenho, que resultou na publicação, em
2008, da Norma Brasileira de Desempenho de Edifícios até 5 pavimentos.

Os objetivos do projeto inicial foram ampliados, e a Norma especificou também


requisitos de desempenho mínimos para vários sistemas das edificações,
inovadores ou não, e definiu as incumbências dos intervenientes para a obtenção
do desempenho ao longo de uma vida útil mínima obrigatória.

I Finep é a Financiadora de Projetos Especiais, entidade pública para o financiamento de pesquisas.


4

2.2 Necessidades dos usuários e condições de exposição

Um dos grandes desafios para a utilização da abordagem de desempenho na


construção civil é a tradução das necessidades dos usuários em requisitos e
critérios que possam ser mensurados de maneira objetiva, dentro de determinadas
condições de exposição e uso, e que sejam viáveis técnica e economicamente
dentro da realidade de cada sociedade, região ou país.

As Normas ISO 6240 e 6241, de 1984, definiram os requisitos de desempenho a


serem atendidos nas edificações em função das condições de exposição a que
estão sujeitas, e que variam para cada caso. Apesar de tais normas terem sido
publicadas há muitos anos, ainda são válidas como referência para a elaboração
de normas de desempenho, e foram utilizadas na preparação da recém-publicada
Norma Brasileira de Desempenho.

Os requisitos de desempenho são expressos em termos qualitativos; os critérios


de desempenho, em termos quantitativos; e os métodos de avaliação para
mensuração do desempenho variam de acordo com o momento e os objetivos das
avaliações, que podem ser análises de projeto, inspeções em protótipo, medições
"in loco", ensaios laboratoriais, etc. A Figura 1 demonstra alguns dos requisitos
previstos na ISO 6241.
- - .
, '.
- - - - - - -- ~- -- -
.. Resistência mecânica a ações estáticas e dinâmicas, tanto individualmente quanto em
J.~~@is#~~~e"' · combinação.
estabilidade::> .....:•..•• Resistência a impactos, ações abusivas intencionais ou não, ações acidentais, efeitos
";.';,'> cíclicos.
·.·.;::·~.c ." .
"l·.·.·~,

','
2:;'~.qti~it() •.'ª~:H:» :.
Riscos de irrupção e de difusão de incêndio, respectivamente.
Efeitos psicológicos de fumaça e calor.
~:IJ:~ç~~Mtr~) . ; i:~~~~: :~~;uaa~:~~ad:d~~~~:~(ir~~~~~~~~~\~CÇãO e de alarme).
. . :.,. ,<..< Tempo de sobrevivência (compartimentalização do fogo).
.. .. . . .
,. ... Segurança relativa a agentes agressivos (proteção contra explosões, queimaduras,
. . . .• " 'c.'

"r. pontos e bordas cortantes, mecanismos móveis, descargas elétricas, radioatividade,


,_

~.~ê~~i.ij~.'d~;·.·;t contato ou inalação de substâncias venenosas, infecção.


~e~~ral'lçáeri'IIIS~" Segurança durante movimentação e circulação (limitação de escorregamento nos
... ... ,., pisos, vias não obstruídas, corrimãos, etc.).
. ::~,.,;.> . , : ' '': Segurança contra a entrada indevida de pessoas e/ou animais.
,':;.» .'..... ;'.> Vedação contra água (de chuva, do subsolo, de água potável, de águas servidas,
;Z~~:::~s~o~~ê,.<... ~~J~Ção de ar e de gás.
".•.:>:<: Vedação de poeira e de neve.

Figura 1 - Alguns requisitos de usuário 150 6241


...... --~

As condições de exposição a que as edificações estão sujeitas variam de acordo


com a região onde são construídas, e sua origem pode ser interna ou externa às
edificações. Agentes térmicos, tais como o calor e o congelamento, e agentes
químicos, tais como a umidade do ar, dejetos de pássaros e névoas salinas, são
exemplos de agentes de natureza externa. Já o calor emitido pela ação do
usuário, bactérias oriundas de plantas, impactos provenientes de atividades
humanas, cargas vivas, entre outros, são exemplos de agentes internos às
edificações.

A grande dificuldade na tradução das exigências dos usuários em requisitos e


critérios de desempenho é que estas são variáveis, crescentes e subjetivas, o que
torna sua definição muito difícil.

o conceito de desempenho é sistêmico e probabilístico, e sempre atenderá uma


parte da população numa parte do tempo. Por exemplo, o nível do desempenho
acústico de um ambiente pode atender às necessidades de conforto acústico de
90% dos usuários 95% do tempo, e atenderia a outro percentual de pessoas em
outro percentual de tempo se o nível de desempenho fosse diferente.

Além disso, existem os aspectos econômicos, que envolvem o custo do


desempenho, e os aspectos construtivos, pois há situações onde, tecnicamente, é
difícil atender ao usuário de maneira adequada.

Outra questão importante na tradução das exigências dos usuários é o caráter


temporal do desempenho, que, em princípio, deveria se manter ao longo de toda a
vida útil da edificação. Entretanto, muitas vezes isso pode não acontecer, em
decorrência de vários fatores, como por exemplo, mudanças climáticas, mudanças
de uso da edificação e falta de manutenção corretiva e preventiva por parte dos
usuários. Este assunto é discutido no próximo tópico.

2.3 Construção sustentável, vida útil e prazo de garantia

Recentemente, o mundo conscientizou-se sobre as questões ambientais, e temas


relacionados ao aquecimento global, ao consumo de energia, à destruição da
camada de ozônio, à geração de resíduos, entre outros, são discutidos
diariamente em todo o planeta.

A construção civil, por ser o setor industrial que mais impactos causa ao meio
ambiente (JOHN, 2000), tem um papel central nesta questão, e está sendo
pressionada tanto pelo governo quanto pela sociedade a mudar sua forma de
atuação.
.. ~ .. ..,..

Para que o setor da construção possa atender a tais demandas, é necessária uma
mudança na forma de se construir, incorporando uma visão de longo prazo, e o
arcabouço conceitual do desempenho é a ferramenta adequada para o tratamento
das questões ambientais. Da mesma forma que as necessidades dos usuários
precisam ser traduzidas em requisitos e critérios de desempenho, as
necessidades ambientais (redução do consumo de energia, por exemplo) também
o são, e num horizonte de longo prazo. Assim, a sustentabilidade naturalmente
tornou-se a razão filosófica e a principal motivação para todo o investimento atual
em pesquisas e iniciativas para a aplicação do conceito de desempenho.

A questão temporal, conforme já comentado, é fundamental para a abordagem do


desempenho, e é expressa através da vida útil e durabilidade dos sistemas,
elementos e componentes. A vida útil dos edifícios e dos seus sistemas é
entendida como o período de tempo durante o qual os mesmos mantêm o
desempenho esperado, quando submetidos apenas às atividades de manutenção
pré-definidas em projeto (NBR 15575-1).

Outro ponto também já abordado, a obtenção do desempenho ao longo de uma


determinada vida útil depende de várias partes para ser atingida, que vai desde
aqueles que concebem os empreendimentos até os responsáveis por sua
operação e manutenção. Projetistas, fabricantes de materiais, construtores,
incorporadores, administradores pós-obra, entre outros agentes do setor, são
"sócios" do desempenho, para que este seja obtido ao longo do tempo.

A concepção dos projetos para o atendimento a uma vida útil pré-definida envolve
aspectos técnicos complexos para serem resolvidos, além de aspectos de
responsabilidade legal.

Do ponto de vista técnico, a especificação de sistemas que tenham o potencial de


atingir às vidas úteis pré-determinadas em projeto depende de informações nem
sempre disponíveis sobre a durabilidade dos elementos e componentes que os
compõem, além do conhecimento sobre a relação entre a vida útil dos
componentes e dos sistemas.

No Brasil, os projetistas não possuem formação nem tradição para conceber os


projetos utilizando a abordagem de desempenho. Além disso, toda a normalização
técnica existente é prescritiva, o que dificulta também a utilização do conceito.
Ainda há um longo caminho a ser percorrido para que o conceito de desempenho
possa ser efetivamente aplicado na construção civil brasileira.

Quanto ao aspecto de responsabilidade legal, há uma confusão conceitual entre


vida útil e prazo de garantia, que é até natural, pois as duas definições envolvem
responsabilidade dos construtores, mas de formas diferentes.

O prazo de garantia é um prazo de responsabilidade legal, que varia de acordo


com a legislação de cada país ou região e, no caso brasileiro, é definido como
7

sendo de cinco anos pela solidez e segurança (Código Civil, artigo 618). Sistemas,
elementos e componentes que não afetam a solidez e segurança dos edifícios não
têm prazos de garantia definidos por lei, e são, geralmente, oferecidos e
informados pelos construtores através dos Manuais de Uso e Operação dos
Imóveis.

Durante o prazo de garantia, pela legislação brasileira, o ônus da prova é do


construtor, ou seja, este tem que provar que o defeito ou falha na edificação surgiu
por mau uso ou falta de manutenção por parte do usuário, e não por um problema
originário da construção ou do projeto (Del Mar, 2008). O prazo de garantia
poderia ser definido como um período de desempenho quase assegurado por
parte dos construtores.

A vida útil também envolve um período de exposição de responsabilidade por


parte do construtor, mas, neste caso, o ônus da prova é invertido, ou seja, quem
deve provar que o problema foi originário da construção ou projeto é o usuário dos
imóveis, e não o construtor (entre o término do prazo de garantia e o término da
vida útil de projeto).

Essa visão de responsabilidade parece sensata, pois há inúmeros fatores no pós-


obra que não estão na governabilidade dos construtores, e podem interferir na
manutenção do desempenho ao longo do tempo, como por exemplo, a não-
implementação de programas de manutenção preventiva e corretiva por parte dos
usuários.

A recém-publicada Norma Brasileira de Desempenho de Edifícios (NBR 15575-1)


definiu claramente as diferenças entre prazo de garantia e vida útil, especificou
vidas úteis mínimas obrigatórias para os sistemas nela contemplados e
acrescentou outra questão que afeta também a responsabilidade dos construtores,
expressa pela seguinte frase:

"Caso os requisitos de desempenho desta Norma tenham sido atendidos


e não surjam patologias significativas nos sistemas nela previstos depois
de decorridos 50% dos prazos de vida útil de projeto (VUP) conforme
Tabela 4, contados a partir do auto de conclusão da obra, considera-se
atendido o requisito de vida útil de projeto (VUP), salvo prova objetiva em
contrário."

Esta afirmação, embora não seja completamente defensável do ponto de vista


técnico, também parece bastante sensata para a estabilidade das relações
jurídicas, pois não teria sentido expor os construtores a um período de
responsabilidade ao longo de toda a vida útil da edificação. A Tabela 1 ilustra as
vidas úteis mínimas obrigatórias constantes na NBR 15575-1.
8

Tabela 1 - Vida útil de projeto (VUP)

3 A APLICAÇÃO DO CONCEITO DE DESEMPENHO

3.1 A abrangência e as motivações para a aplicação do conceito de


desempenho

A utilização da palavra desempenho, no mundo empresarial, está muitas vezes


associada à definição e mensuração dos resultados que os acionistas e dirigentes
das empresas esperam obter. Indicadores de desempenho definidos pelos
dirigentes das empresas traduzem desde os objetivos estratégicos das
organizações até os objetivos individuais dos funcionários, com uma grande
abrangência de aplicação. Na construção civil, o enfoque da aplicação do conceito
de desempenho é diferente, e normalmente está ligado ao atendimento das
, necessidades dos usuários dos imóveis e aos processos de negócio associados.

Mesmo com este enfoque específico, a aplicação do conceito em todo o macro-


setor da construção civil é ainda bastante abrangente, e significa coisas diferentes
para diferentes pessoas, dependendo do seu ponto de vista.

Os gerenciadores do ciclo de vida global de ativos construídos, os clientes que


adquirem imóveis e cada agente da cadeia produtiva, encaram o desempenho de
uma forma distinta. A abordagem de desempenho pode ser utilizada para comprar
pregos, para testar o desempenho de um piso, para definir uma nova metodologia
de projeto. O conceito se aplica a sistemas, elementos e componentes, e o
desempenho requerido varia muito em função do tipo de construção e de usuário
que se pretende atender.

Os principais benefícios esperados com a aplicação do conceito foram resumidos


pelos pesquisadores da Rede PeBBu, e são expressos da seguinte forma:

1. Facilitar a satisfação das necessidades dos usuários e proprietários.


2. Implementar as práticas de sustentabilidade nas construções.
3. Facilitar a inovação tecnológica.
O • .,..,.

4. Permitir maior flexibilidade de desígn nos projetos e reduzir custos necessários


de construção.
5. Facilitar o comércio internacional.
6. Facilitar a comunicação de todos os envolvidos.

No Brasil, as principais motivações dos agentes que participaram do processo de


elaboração da Norma Brasileira de Desempenho de Edifícios foram a de criar um
ambiente técnico mais claro para o setor da construção, tornando a concorrência
mais saudável, e proteger os usuários das habitações populares.

3.2 A influência do ambiente para a abordagem do desempenho

Sistemas regulatórios de construção civil consistem num conjunto de instrumentos


legais que têm a finalidade de garantir que as edificações, quando feitas em
acordo com tais sistemas, propiciem níveis socialmente aceitos de saúde,
segurança, bem-estar e comodidade aos seus usuários e para a comunidade onde
as edificações estão localizadas.

Esses sistemas são tipicamente feitos através de controles nas fases de projeto,
construção e operação das edificações. Um fato comum a todos os países, sejam
eles desenvolvidos ou não, é que os sistemas regulatórios existentes são
tradicionalmente prescritivos, e contam com seu desempenho implícito nas
soluções adotadas.

As normas prescritivas baseiam-se na experiência passada, e procuram atender


as necessidades sociais reconhecidas, evitando a repetição de danos causados
por acidentes ou situações perigosas. A migração de uma abordagem prescritiva
para uma de desempenho tem se mostrado difícil na prática por várias razões,
entre elas, o fato de que é necessária, na maioria dos casos, uma mudança
radical para substituir o arcabouço prescritivo existente, desenvolvido por
décadas, além da própria dificuldade e falta de experiência na explicitação das
necessidades dos usuários em requisitos de desempenho mensuráveis.

A iniciativa mais articulada para a migração de uma abordagem prescritiva para


uma de desempenho ocorreu em 1996, com a criação do IRee (Inter-
Jurisdíctíonal Regulatory Commíttee), formado por um grupo de entidades
pertencentes a diversos países, e que tem como propósito a identificação de
caminhos (como, por exemplo, políticas públicas) para a implementação e
gerenciamento de sistemas regulatórios baseados no desempenho.

Essa entidade produziu diversos trabalhos que foram e estão sendo utilizados por
inúmeros países, como os Estados Unidos e a Inglaterra, para o desenvolvimento
de sistemas regulatórios baseados no desempenho.
10

Outro aspecto importante relacionado aos sistemas regulatórios é o seu grau de


controle. A abordagem de desempenho, como o próprio conceito define, cobra
resultados e não as formas de como atingi-lo e, por essa razão, exige um maior
comprometimento dos construtores na geração dos resultados desejados, o que
nem sempre ocorre.

Houve experiências no mundo desenvolvido, como, por exemplo, na Nova


Zelândia, de problemas sistêmicos de falta de desempenho sob um regime
regulatório já baseado no desempenho, e chegou-se a conclusão de que o
problema não era o fato do sistema ser prescritivo ou baseado em desempenho, e
sim a sua falta de controle.

Os meios de controle de um sistema regulatório, normalmente por parte do


governo, baseiam-se em certificações, auditorias de terceira parte e outros tipos
de fiscalização, e, pelas razões citadas, são mais importantes em sistemas
regulatórios baseados no desempenho.

Apesar das dificuldades, há uma tendência mundial na migração para sistemas


regulatórios baseados no desempenho, em virtude do entendimento de que este é
o melhor caminho para o atendimento dos usuários.

3.3 Desempenho e inovação

O estímulo à inovação é citado em toda a literatura como sendo um dos maiores


benefícios decorrentes da aplicação do conceito de desempenho. O principal
argumento para esta visão é que a abordagem prescritiva significa uma barreira à
inovação, ao impedir o desenvolvimento de novos produtos e sistemas na
construção civil, que poderiam ser mais baratos e trazer melhor desempenho.

Sexton e Barrett (1998) definem inovação bem sucedida como a efetiva geração e
implementação de uma nova idéia, que aumenta o desempenho organizacional
como um todo. Esta definição implica numa visão de negócio, e não simplesmente
sob o aspecto técnico, pois qual seria a motivação de uma empresa em
desenvolver um produto ou sistema inovador se isso não trouxesse resultados
para o seu negócio?

Para que a inovação de fato aconteça, é necessário que existam condições que
independem da utilização de uma abordagem de desempenho, e a principal delas
é que as empresas tenham segurança de que o investimento despendido para a
geração de inovações possa ser recuperado através de uma maior
competitividade, rentabilidade ou imagem no mercado. A afirmação de que a
aplicação do conceito de desempenho, por si só, estimula a inovação, nem
sempre é verdadeira.
.'...".

11

3.4 Iniciativas para a aplicação do conceito de desempenho

Neste momento, existem muitas iniciativas em curso para a aplicação do conceito


de desempenho, sejam voltadas a investimentos em pesquisas científicas, a
migração de um sistema regulatório prescritivo para um baseado no desempenho,
ou ainda a elaboração de diretrizes e ações gerais para aplicação do conceito num
contexto definido.

Alguns exemplos destas iniciativas estão descritos abaixo:

1. Em 1993, o congresso norte-americano aprovou uma lei intitulada "O


Desempenho e Ações de Resultado" (GPRA), que obrigou todas as agências
governamentais a elaborarem planos estratégicos que incluam planos de
desempenho.

2. Em 1997, a WTO - World Trade Organization estabeleceu, na cláusula 2.8 do


Acordo sobre barreiras técnicas, que os regulamentos técnicos dos produtos
devem ser baseados preferencialmente em desempenho, e não em prescrição.

3. Em 2004, o governo americano elaborou uma ordem executiva definindo que


todos os ativos governamentais serão obrigatoriamente gerenciados através de
indicadores de desempenho, o que representa, na prática, 3,4 bilhões de
metros quadrados que pertencem aos ativos do governo.

4 A NORMA BRASILEIRA DE DESEMPENHO DE EDIFíCIOS

4.1 Histórico do processo e agentes que participaram da elaboração da


Norma

A Norma Brasileira de Desempenho de Edifícios Habitacionais de até cinco


pavimentos (NBR15575) foi publicada em 12 de maio de 2008, com uma carência
de dois anos para sua aplicação pelo setor da construção civil brasileira.

O projeto para elaboração da Norma foi financiado pela Caixa Econômica Federal
com recursos do Finep, e demorou oito anos para ser concluído. Na primeira
etapa dos trabalhos, de 2000 a 2004, o coordenador da Comissão de Estudos foi
o Engenheiro Ércio Thomaz, do IPT 2, e de setembro de 2004 até a data de sua
publicação, o Engenheiro Carlos Alberto de Moraes Borges, diretor da Construtora
Ta~ab Ltda., empresa de médio porte que atua no mercado paulistano de
incorporação e construção há 25 anos, assumiu a coordenação.

2 IPT é o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo


.. ...,.

12

Houve a participação de mais de cem agentes durante as discussões públicas dos


textos-base da Norma, com destaque para a atuação das entidades ligadas ao
setor do aço, cimento, peritos, incorporadores e construtores.

A preocupação da maioria dos intervenientes no processo ficou restrita ao impacto


que a publicação da Norma poderia gerar na sua atividade com relação ao
aumento de custos, barreiras técnicas (suas e dos concorrentes), e especialmente
com relação à questão de responsabilidade legal pelo desempenho requerido.

A forma de elaboração das normas técnicas de construção no Brasil dificulta uma


visão mais global, pois a maioria dos participantes atua no processo de forma
voluntária, e poucos setores têm condições econômicas e organizacionais de
participar de forma mais profissional.

Além disso, a própria característica do setor é de grande pulverização, o que


também dificulta a existência de um interlocutor único que fale em nome do setor e
possua uma visão global.

4.2 Estrutura da Norma Brasileira de Desempenho

o título oficial da Norma é: ABNT 15575 - Edifícios Habitacionais de até 5


pavimentos - Desempenho, que foi dividida em seis partes:

• Parte 1: Requisitos gerais;


• Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais;
• Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos internos;
• Parte 4: Sistemas de vedações verticais externas e internas;
• Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas;
• Parte 6: Sistemas hidrossanitários.

A Parte 1 versa sobre os objetivos, premissas e conceitos gerais sobre o tema,


além de definir os requisitos gerais que se aplicam a todos os sistemas. As demais
partes tratam dos requisitos de cada sistema especificamente, e são mais técnicas
e menos conceituais.

Em todas as partes da Norma, os sistemas foram analisados em termos de


desempenho mínimo obrigatório para todos os requisitos abaixo listados, seguindo
as diretrizes da Norma ISO 6241, de 1984:

• Desempenho estrutural;
• Segurança contra incêndio;
• Segurança no uso e operação;
• Estanqueidade;
.. .,....

13

• Desempenho térmico;
• Desempenho acústico;
• Desempenho lumínico;
• Durabilidade e manutenibilidade;
• Conforto tátil e antropodinâmico;
• Adequação ambiental.

A formatação do desempenho obrigatório, em todas as partes da Norma, seguiu a


classificação dos requisitos em três níveis: requisitos (qualitativos), critérios
(quantitativos) e métodos de avaliação, sendo que alguns itens definidos pelo
texto da Norma merecem ser destacados:

1. apresentação de várias definições conceituais importantes, tais como vida útil,


prazo de garantia, manutenibilidade, entre outras;

2. criação de uma seção denominada "Incumbências dos intervenientes",


contendo a definição do papel de cada agente para a obtenção do
desempenho ao longo da vida útil dos sistemas;

3. inserção de um Anexo informativo (C), trazendo considerações sobre


durabilidade e vida útil, descrevendo um resumo conceitual sobre a aplicação e
importância do tema para a construção civil;

4. apresentação de uma tabela demonstrando os prazos de garantia mínimos


recomendados como referência para os construtores brasileiros;

5. classificação dos níveis de desempenho dos sistemas em mmlmo,


intermediário e superior, sendo o primeiro obrigatório, e os demais facultativos.

5 OS CAMINHOS PARA A EFETIVA UTILIZAÇÃO DA NORMA BRASILEIRA


DE DESEMPENHO DE EDIFíCIOS

5.1 O contexto brasileiro para a aplicação do conceito de desempenho

o mercado brasileiro está num momento de grande crescimento, e possui duas


características estruturais que interferem na aplicação do conceito de
desempenho na construção: a informalidade e a característica do déficit
habitacional existente.

o déficit habitacional brasileiro atingiu, em 2006, cerca de 7.964 milhões de


domicílios, conforme estudos da FGV Projetos, e para a sua avaliação são
considerados dois aspectos básicos: a inadequação das habitações existentes e a
.'"e>'

14

coabitação. No primeiro caso, são consideradas inadequadas habitações como


cortiços, favelas, etc.; no segundo, a coabitação é caracterizada quando da
existência de mais de uma família morando no mesmo domicílio.

Quanto à informalidade, esta representa quase 65% de toda a atividade do setor


da construção civil.

Uma questão importante para a aplicação do conceito de desempenho é a


dificuldade de adequação do desempenho para um nível desejável em se tratando
de favelas e cortiços. É ainda mais difícil combater a informalidade com um nível
salarial muito baixo de parte da população, e com a visão, por parte do governo,
de que a autoconstrução e o sistema de mutirão são a saída para a resolução da
questão do déficit habitacional.

A visão do autor é que a variável qualidade precisa inserir-se no tratamento do


déficit habitacional brasileiro, não apenas para atender de forma mais digna as
necessidades de moradia da população de baixa renda, mas também para
otimizar a aplicação dos recursos governamentais numa visão de longo prazo.

As propostas apresentadas a seguir estão voltadas à construção de novas


habitações e contam com uma visão de evolução lenta e gradual, com o
estabelecimento de metas progressivas de desempenho e a concomitante criação
de condições para a sua aplicação.

A Tabela 2 ilustra as propostas do autor para a aplicação do conceito de


desempenho na construção civil brasileira, a começar pelo atendimento da Norma
Brasileira de Desempenho de Edifícios.
15

i
Tabela 2 - Propostas para a aplicação do conceito de desempenho na Construção Civil do
Brasil

"Tipo ... MeÍhO"{ Ação. .~cR:,;p;~~; . 201Ó i~i;~~l;~~i


Criação de metas progressivas e
crescentes de desempenho mínimo dos
Setor formal egoverno
sistemas das edificações (atreladas às
normas técnicas

Arcabouço
Normativo
Eliminação dos conflitos edistorções das
normas técnicas atuais da Construção Setor formal
Civil III
I
Desenvolvimento de normas de
desempenho e revisão concomitante das Setor formal
normas prescritivas
Criação de Código de Consulta para
elaboração de Normas Técnicas para a Setor formal
construção: auto-regulamentação
Campanha de conscientização e
divulgação de Normas Técnicas
Setor formal
IIII l - - - ,

I
Exigência contratual para cumprimento Órgãos financeiros
de Normas Técnicas nos financiamentos públicos e privados.
àhabitação governo e setor formal
Criação de instrumentos de fiscalização Órgãos financeiros
para avaliação do desempanho das
edificações
públicos e privados,
governo e setor formal II
Ambiente
Regulatório
Incentivos financeiros para as Ó - fi '
construtoras com histórico de obras com ;gbal'os Inan~eldros
bom desempenho
pu ICOS e pnva os
III .
Desenvolvimento de legislação sobre a Órgãos financeiros
responsabilidade legal para o setor da públicos e privados.
Construção Civil
. ,
governo e setor formal
Órgãos financeiros
Obngatonedade do seguro-<lesempenho •br
para as edificações brasileiras
. ad
pu ICOS e pntv fos, I
III
III .
govemo e se or orma
Criação do Sistema Nacional de Códigos S t f I
•, , eor orma govemo e
e Praltcas para elementos construtivos e , 'd d'
sistemas do edifício Unlversl a es

III
Criação de programas de formação para
projetistas voltados à concepção de
Ambiente Técnico Setor formal
projetos, para atender a níveis de
desempenho pré-<leterminados

II
Padronização da forma de apresentação
do desempenho dos elementos e
Setor formal
componentes de construção fabricados
no Brasil
"~ "~

16

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A aplicação do conceito de desempenho na construção é difícil, pois depende de


vários fatores, mas é uma tendência irreversível no mundo todo.

A partir da década de 90, as pesquisas sobre o tema foram impulsionadas pelas


questões de sustentabilidade, e voltaram-se mais aos aspectos práticos da
aplicação do conceito na concepção e execução das construções.

No caso brasileiro, além dos aspectos ambientais e do atendimento aos usuários,


a aplicação do conceito de desempenho também pode ser uma boa oportunidade
para a melhoria da qualidade das habitações brasileiras e da otimização dos
recursos governamentais, pois a aplicação do conceito exige uma visão de longo
prazo.

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