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SAIRÉ

“DATAS E
ACONTECIMENTOS”
MIGUEL PESSOA DAS NEVES
Sairé: “Datas e Acontecimentos”- Miguel Pessoa das Neves

APRESENTAÇÃO

Esta monografia não tem grandes pretensões. Pretende apenas ser útil,
registrando de forma simples, a origem, os fatos, acontecimentos e pessoas
ilustres que construíram a história de Sairé.
Dono de uma memória magnífica, o autor cursou apenas a 4ª série do 1º grau,
reuniu amigos e informações das mais variadas fontes, no intuito de oferecer
às atuais e futuras gerações, toda a garra, luta e abnegação daqueles que
amaram, defenderam e edificaram o nosso município, a nossa cidade.
Queremos salientar que nos sentimos privilegiados de ler, em primeira mão,
esta pequena obra, pois o conhecimento sobre o nosso passado nos capacita
na compreensão do nosso hoje, nos oferecendo os meios necessários para
desvendarmos os desafios que ele nos propõe.
De início, queríamos modificar o relato, transformando-o em livro, porém
decidimos respeitar a forma de expressão peculiar de seu autor.
Só defendemos o que amamos, por isso leiam tentando sentir a expressão
sábia e afetuosa daqueles que viveram com intensidade cada passo desta
história.
Miguelzinho e demais colaboradores acolham fraternalmente nosso abraço.

Silvana Barbosa e Rosa Soares


Sobrinha e amiga
Outubro/99

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Sairé: “Datas e Acontecimentos”- Miguel Pessoa das Neves

ORIGEM DO POVOADO

Em princípios do século 19, já havia um caminho, ligando a cidade de


Vitória de Santo Antão, então povoado, ao povoado de Bonito, passando pelo
então povoado de Gravatá, propriedade Urtiga, Riachão dos Torres, povoado
Caiana, indo juntar-se ao caminho vindo de Bezerros na propriedade
“Passagem”, a 500 metros da elevação “Boca da Mata”.
Entre os anos de 1926/30, a Jiama Pinto Alves Cia, estabelecida como
compras de café em Bonito, melhorou este caminho, transformando-o em
rodagem, onde trafegavam caminhões e automóveis. Esta rodagem
posteriormente foi ligada a Bezerros e Caruaru, transportando várias
mercadorias, principalmente café.
Na medida em que o mercado consumidor da Europa se expandia,
aumentava-se as áreas cultivadas no interior da província de Pernambuco,
sobretudo as atividades açucareiras. Engenhos foram fundados, intensificou-se
também o cultivo da mandioca e do café no vale do Serinhaém, onde este
tornara perene, através de seus afluentes, o riacho da Boa Vista, o Brejão e o
Alexandria; isto já na Zona da Mata Sul. Enquanto no Agreste, às margens do
Ipojuca intensificava-se a criação de gado, o cultivo do milho, feijão, mamona e
algodão.
Havendo um caminho, saindo do povoado de Bezerros e subindo a
Serra do Retiro, atingindo a nascente do rio Serinhaém e daí marcando-o,
passando pela elevação Boca da Mata e atravessando o dito rio, abaixo 500
metros desta elevação. Daí atingindo a propriedade Alexandria, em demanda
ao sul da província.
Por este caminho escoava grande parte das boiadas que se dirigiam ao
sul, cujos tangerinos e cajueiros voltavam trazendo açúcar, raspadura, farinha,
etc.
No ano de 1925, um grupo de revolucionários liderados pelo tenente
Cleto Campelo, depois de sublevar a cidade de Jaboatão, tomaram um trem e
atacaram as cidades de Vitória de Santo Antão e Gravatá, havendo o referido
oficial morrido nesta última cidade. Daí, o restante da tropa embarcou
novamente, desembarcando na localidade “Topada”, hoje Insurreição, e fugiu
em direção ao estado da Paraíba.

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Sairé: “Datas e Acontecimentos”- Miguel Pessoa das Neves

DATAS E ACONTECIMENTOS

1859 - No século passado, no ano de 1859, talvez feito pelos índios, havia
um caminho vindo do sertão em demanda ao sul do estado,
passando pela cuminhada do monte conhecido por “Boca da Mata”,
onde se ergue a cidade de Sairé.
Manoel Flamengo, residente no sul do estado, trouxe carta de posse
tirada da Casa Grande de Frexeiras para fazer a demarcação de um
terreno com aproximadamente 20 alqueires de terras às margens
direita e esquerda do referido caminho, desde a planície do monte de
Boca da Mata até a margem do rio Serinhaém.
Ali instalou Flamengo a sua posse, dando início a algumas
plantações e casa de moradia. Mais ou menos no ano de 1860, já
havia pela vizinhança outros proprietários de terras ali existentes.
Em fins do século passado, o senhor Miguel Grande, comprou uma
parte de terra a Flamengo.

1896 - Em 1896, existia um Cartório de Registro Civil no lugar “Passagem”,


pertencente ao senhor José Bernardo Vieira, também proprietário no
mesmo lugar.
Podemos citar os nomes dos outros proprietários: Faustino José da
Silva, Miguel Ribeiro, Antônio Silvestre, José Pequeno, João Dias,
Manoel Santana, Felinto Gomes, Miguel Santana, Antônio Dourado,
Joaquim Gonçalves, Francisco Laurentino, Francisco Barbosa,
Manoel Paixão, Antônio Soares, Francisco Macambira, José
Germano, Joaquim Manoel Ferreira Pontes, João Pessoa Souto
Maior, José Bernardo Vieira, João Estevão e outros.

1907 - Por solicitação do coronel José Pessoa Souto Maior, residente no


lugar “Caiana”, chefe político, o sr. Miguel Bezerra do Nascimento e
sua esposa dona Maria Joaquina do Amorim doaram um pedaço do
terreno para que nele fosse erguida uma capela sob a invocação de
São Miguel. Dias depois da doação, o coronel José Pessoa pediu ao
Rvmo. Sr. Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Luiz de Brito, licença
para que fosse construída a capela. A mesma foi concedida no dia
20 de abril de 1907.
O coronel José Pessoa mandou confeccionar uma pedra de massa
granítica pelo cidadão João Pessoa de Souto Maior. No dia 06 de
maio de 1907, a pedra que ia servir de base vaio do lugar “Caiana”,
da residência do coronel José Pessoa, em procissão, as 11 horas da
manhã. A pedra foi ornamentada pela senhora Maria da Conceição
Souto Maior Figueiredo. Já se encontrava no lugar em que ia ser
colocada a referida pedra o Rvmo. Sr. Cônego Laurindo Justiniano
Douetts, vigário da Paróquia de Bezerros, e grande foi o número de
pessoas que se achavam presentes a esse acontecimento.
Foram colocadas medalhas religiosas de prata, ouro, níquel e cobre,
de diferentes valores e épocas do Brasil, que foram oferecidas por
diversos senhores e senhoras.
O coronel José Pessoa preparou um livro que serviu de ata para
todos os paraninfos e pessoas presentes assinarem. O referido foi

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assinado pelos senhores casados e suas digníssimas esposas.


Assinou em primeiro lugar o Rvmo. Cônego Duetts.
Terminada a cerimônia religiosa, imediatamente deram início aos
trabalhos, sendo encarregado o sr. Coronel José Pessoa. Ajudaram
também os seus irmão João Pessoa de Souto Maior e Antônio
Pessoa Souto Maior, os amigos Antônio Soares, Antônio Dourado,
Luiz Rodrigues, Miguel Grande e muitos outros. Anexo ao terreno, o
sr. João Sabido já havia instalado a primeira casa comercial de
compras e vendas de cereais.
A primeira casa de moradia pertencia ao sr. José Bernardo Vieira,
Tabelião Público.
No dia 09 de junho, a primeira missa na capela foi celebrada pelo
cônego Laurindo Douetts. Houve também vários batizados, ficando
as missas nas segundas-feiras de cada mês, dia em que eram
realizadas as feiras. O povoado contava com 25 casas de moradia.
No dia 17 de novembro do mesmo ano, foi inaugurada a Capela-Mor.
A mesma é construída em estilo simples, porém muito elegante,
medindo 5 metros e 14 centímetros de frente e 7 metros e 20
centímetros de fundo. Toda a madeira foi fornecida e doada pelo
alferes José de Azevedo e Silva, proprietário do Engenho Itapegipe,
no lugar “Riachão”, deste distrito.
Foram realizados 137 batismos pelo cônego Douetts, até o dia em
que ele celebrou aqui pela 7ª vez. Tendo, a seu pedido, ido morar na
cidade de Vitória de Santo Antão, veio substituí-lo na Paróquia de
Bezerros, em 1908, o vigário Alexandre Cavalcanti.
O sino pequeno foi doado pelo sr. João Dias, no ano de 1907. Este
sino ainda permanece na torre da Matriz.

1908 - A Prefeitura de Bezerros construiu um pequeno mercado, onde eram


vendidos os cereais nos dias de feira. O vigário Alexandre celebrou
pela primeira vez no dia 29 de setembro de 1908.
Nesse ano, o proprietário Manoel Pequeno instalou uma máquina de
iluminação a carbureto no local.

1910 - Iluminação com lâmpadas a álcool pertencentes ao major João


Pessoa Souto Maior.

1911 - O coronel José Pessoa trabalhou junto ao general Dantas Barreto e


elevou o povoado à categoria de vila.
O major João Pessoa adquiriu, para sua casa comercial, uma
máquina registradora de caixa e um piano para sua família.

1913 - Neste ano, o prefeito de Bezerros, tenente José Francisco de


Figueiredo, construiu o cemitério público, sendo o terreno doado pelo
sr. Faustino José da Silva.

1914 - Foi construída a torre da capela e nave lateral. Por uma subscrição,
foi comprado o sino grande pela importância de 700$000, sendo
encarregado para isto o sr. Francisco Laurentino. Contribuições

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foram dadas por todos os habitantes da vila e circunvizinhos,


chegando o sino nesta vila, no dia 08 de maio do ano de 1914.
O major João Pessoa comprou um maquinismo (ou seja, um motor)
para beneficiar café.

1915 - Neste ano foram concluídos todos os trabalhos da Igreja.

1918 - O povoado já contava cerca de 120 casas cobertas de telha, não


entrando pequenas casinhas de palaha, 7 casas comerciais, 2
escolas primárias, 3 casas de tecidos, 2 farmácias, 1 padaria, 1
mercado público, 1 banda de música – Sociedade Musical 11 de
Agosto.
O mercado com duas dependências, uma para o consumo de
farinha, feijão, milho, etc. e a outra para o consumo de carne verde.
Eram vendidos 3 a 4 bois por feira, sendo a feira realizada agora aos
domingos.
O major João Pessoa comprou, para uso da família, uma máquina de
datilografia.
Construção do segundo mercado público.
Neste ano, eram professores o tenente José Idalino e dona Maria
Magdalena de Jesus Vieira Torres.

1919 - Conclusão do mercado público.

1920 - Neste ano, a vila recebeu um sistema de abastecimento de água,


através do major João Pessoa.

1922 - Festa de São Miguel, dia 29 de setembro. Nesta mesma data, chega
a São Miguel o 1º automóvel, pertencente ao sr. José Higino,
residente na cidade de Bezerros.

1924 - No dia 11 de dezembro, foi colocado na torre o sino grande e


instalada a claderia a vapor, pertencente ao coronel Quinca Pontes,
do Engenho Alexandria.
O sr. Francisco Luiz, residente em Antas, dirigia um caminhão de
carga e passageiros que conduzia os feirantes entre São Miguel e
Bezerros.

1925 - Neste ano, em maio, foi ladriada a capela de São Miguel. As


despesas foram todas por conta dos habitantes da vila e
circunvizinhos.
O sr. Samuel Oliveira trouxe para São Miguel o primeiro telefone,
ligando a vila com a cidade de Bezerros.
Foi adquirido pelo sr. Severino Lins de Andrade um trator agrícola
industrial para beneficiar os agricultores do distrito.
Um automóvel Ford era pertencente ao sr. José Pessoa Sobrinho,
residente na vila de São Miguel.

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1926 - Início da construção do Altar de São Miguel. Visita do sr. Arcebispo


de Olinda e Recife, Dom Miguel de Lima Valverde, e do bispo de
Nazaré da Mata, Dom Ricardo Vilela.

1927 - Foi concluído o Altar de São Miguel e celebrada missa no dia 28 de


março de 1927. A pintura do altar coube aos senhores Jerônimo
Pessoa de Albuquerque, João Bernardo Vieira e José Hilário.

1928 - Visita do sr. Bispo e realização de crismas na capela de São Miguel.


A primeira missa celebrada no altar pelo cônego Alexandre
Cavalcanti, no dia 28 de maio de 1928, pela alma de Rufino
Herculino e de todos que trabalharam para a construção da igreja.
O major João Pessoa comprou para a capela uma linda banqueta e
castiçais prateados e fez presente de uma âmbula. Da construção
ficou encarregado o sr. José Pedro dos Santos.
O major João Pessoa Souto Maior, em sociedade com diversos
proprietários do distrito, entre eles os senhores Antônio Soares dos
Santos, David Lins de Andrade, Antônio Pessoa de Albuquerque
Melo, Severino Lins de Andrade, Antônio Pessoa Filho e José
Idalino, organizou uma empresa telefônica ligando a vila às cidades
de Bezerros, Camocim, São Joaquim e Bonito, além de diversas
fazendas do distrito.

1929 - O sr. José Germano da Silva fez presente de um boi para a capela
de São Miguel, o qual foi vendido e, com este dinheiro, o major
comprou duas lindas lâmpadas a álcool, em 24 de setembro de 1929.
Havia, na vila de São Miguel, 2 automóveis, 3 caminhões de carga, 2
farmácias, 2 padarias, 3 lojas de tecidos, 2 times de futebol, 2 clubes
carnavalescos, 2 tratores agrícolas, 2 escolas primárias, 2 tendas de
funileiros, 2 oficinas de consertar sapatos, 2 marceneiros e 1
relojoeiro.

1930 - Foi terminado o altar de Nossa Senhora da Conceição, na capela de


São Miguel, no dia 15 de dezembro de 1930. Nesta data, chegou a
imagem, a qual foi doada pelo major João Pessoa e família. O
serviço de construção do altar foi feito pelo sr. Pedro Bezerra da
Silva, residente em Caruaru. Neste mesmo ano, foi ladriada a
sacristia da capela.
A vila contava com 180 casas de moradia e 400 pessoas residentes.

1931 - A imagem de Nossa Senhora da Conceição foi benta no dia


02/02/1931, havendo missa celebrada pelo cônego Alexandre
Cavalcanti.

1932 - Dos dias 03 a 11 de março, houve as Santas Missões, pregadas


pelos frades capuchinhos: frei Félix de Olívola e frei Damião de
Bozzano, havendo também o sacramento da crisma.

1934 - Na data de 25 de janeiro de 1934, faleceu em Bezerros, com a idade


de 69 anos, o coronel José Pessoa Souto Maior. Foi um sentimento

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Sairé: “Datas e Acontecimentos”- Miguel Pessoa das Neves

profundo com a morte desse filho e benfeitor e fundador de nossa


terra querida. Em sinal de gratidão, existe a estátua com seu nome
gravado.

1935 - Foi feito um reparo na capela e rodapé pelo pedreiro João Manoel
Sifrônio.

1936 - Foi construído o altar do Coração de Jesus, pelo pedreiro Pedro


Bezerra, pela diária de 10$000 réis, e cuja imagem foi oferecida pelo
cidadão tenente Antônio Soares dos Santos. Foi benta no dia 20 de
janeiro de 1937, pelo vigário, cônego Alexandre Cavalcanti e tendo
custado 250$000. A imagem media 80 centímetros de altura.

1937 - Até o ano de 1937, quatro filhos do então distrito de São Miguel
foram prefeitos do município de Bezerros: o coronel José Pessoa
Souto Maior (4 legislaturas), o capitão Antônio Soares de Oliveira (2
legislaturas), o tenente José Pessoa Sobrinho (1 legislatura) e Otávio
Pessoa Souto Maior (1 legistura) e, ainda, João Pessoa Souto Maior,
que foi nomeado prefeito interino. Foram conselheiros municipais:
João Pessoa Souto Maior, Israel Lins de Andrade e o capitão coronel
Joaquim Pontes.

1939 - No dia 12/02/1939, perante os fiéis, foi realizada a Santa Missa pelo
cônego Alexandre Cavalcanti e dada a benção ao Cruzeiro desta
vila. As despesas da obra foram administradas por João Pessoa
Souto Maior, que foi construída em dezembro de 1938. As despesas
da obra importaram em 231$100 réis, por conta do sr. José Pedro
dos Santos. A cruz de madeira calibrada veio da mata do mesmo
José Pedro e foi feita por Jusino Costa, a uma diária de 7$000 réis.
Trabalhou como pedreiro Antônio Silvestre, a uma diária de 7$000
réis.
Sob a administração de João Pessoa Souto Maior, em março de
1939, foi forrada a capela de São Miguel e feita uma limpeza geral no
templo. O forro, constituído de zinco, custou 1.152$000 réis, tendo
sido compradas 100 telhas de zinco, com 720 pés, a 1$600 réis o pé.
Trabalhou como mestre Francisco Branco, com o salário de 10$000
réis. As despesas todas somaram 2.186$000 réis (dois contos e
cento e oitenta e seis mil réis), tendo sido a maior parte das
despesas por conta de José Pedro dos Santos.
Faleceu, com a idade de 66 anos, o sr. José Germano da Silva,
residente no sítio Antas, no dia 29/06/1939.
Primeiro rádio a bateria, de Diniz Miguel Pereira.

1940 - Em 15 de setembro de 1940, foi feito pelo sr. José Pedro dos Santos
um grande santuário de madeira por 100$000 réis e oferecido à
capela de São Miguel, para a sacristia da mesma.
Serviço de alto-falante comercial por Felipe Neri.

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Sairé: “Datas e Acontecimentos”- Miguel Pessoa das Neves

1942 - Com a idade de 67 anos faleceu, aos sete de fevereiro de 1942, o


major João Pessoa Souto Maior, deixando a comunidade de São
Miguel com um sentimento profundo.
Depois do coronel José Pessoa, foi ele quem mais trabalhou pelo
progresso da vila de São Miguel. Seus últimos serviços prestados
foram na capela, preparando a instalação para a festa de São
Sebastião e São Miguel, a qual estava marcada para o dia 09 de
fevereiro.

1943 - São Miguel perdeu o nome, passando a se denominar Sairé.

1944 - No dia 14 de julho deste ano, em sua residência, no sítio Antas,


faleceu com 79 anos o cidadão Miguel Bezerra do Nascimento
(conhecido por Miguel Grande).

1945 - Missões pregadas pelos missionários capuchinhos frei Odorico e frei


emanuel, de 11 a 18 de março de 1945, constituindo o maior
movimento que houve em São Miguel, na parte religiosa.

1946 - Criação da Paróquia de São Miguel Arcanjo, em Sairé, aos 25 de


fevereiro, pelo Rvmo. e Exmo. Sr. Arcebispo de Olinda e Recife, Dom
Miguel de Lima Valverde.
No dia primeiro de maio, pelas nove horas da manhã, chegou à vila
de Sairé para tomar posse na paróquia o Rvmo. Padre Nestor
Oliveira, acompanhado por diversos padres das paróquias vizinhas,
inclusive o padre José Florentino, vigário da Paróquia de Bezerros, e
o Rvmo. Cônego José Elias, da Paróquia de Gravatá, onde o padre
Nestor era coadjutor.
O vigário e sua comitiva foram saudados com uma grande girândola,
pelo toque dos sinos da nova Matriz e por um dobrado executado
pela Banda Musical 11 de Agosto, da vila de Sairé. Sem eguida, foi
realizada a missa solene e lida a presente provisão.
Terminado a solenidade religiosa, foi oferecido um almoço para o
vigário, sua comitiva e seus convidados. À noite, a abertura do mês
de maio, o qual muito participado pelos noiteiros e pelo povo, em
geral.
O padre Nestor levou o Apostolado da Oração, fundou a Cruzada
Eucarística, formou um coral que tomou o nome de “Coral São
Miguel”, formado por dez componentes. Alguns ainda cantando e
alegrando o culto religioso em nossa Matriz.
O padre Nestor permaneceu na paróquia até junho de 1948.

1948 - Com a saída do padre Nestor, a paróquia ficou regida pelo padre
José Florentino, padre de Bezerros, até 1949.

1949 - A 25 de fevereiro, foi nomeado e tomou posse como vigário na


paróquia o padre Carmelo R. Pinto de Abreu. Muito trabalhador, tanto
na parte espiritual como material.

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Sairé: “Datas e Acontecimentos”- Miguel Pessoa das Neves

Deixou marcos que nunca poderemos esquecer: o Centro Social de


São Miguel, onde hoje funciona a nova Matriz; a rua Nova, que
recebeu o nome Rua Miguel Bezerra do Nascimento.

1958 - O padre Carmelo deixa a paróquia em julho deste ano, que passou a
ser regida novamente pelo padre José Florentino, de Bezerros, até o
ano de 1963.

1962 - Neste ano, chegou à vila de Sairé a água da barragem do Brejão,


sendo o prefeito de Bezerros o sr. Ubirajara Raposo Monteiro e o
governador do estado, o Exmo. Sr. Cid Sampaio.

1963 - Em janeiro deste ano, foi inaugurada a energia de Paulo Afonso em


Sairé. A instalação na Matriz foi feita por intermédio de Maria do
Amaral, com uma campanha para este fim.
Foi nomeado como Vigário da Paróquia de Sairé o padre José
Aragão Araújo, no dia 25 de maio de 1963, permanecendo até 1967.
Muito trabalhou, deixando o Centro Social todo ladrilhado, algumas
reformas na Matriz. Construiu a capela de São Silvestre, cujo terreno
foi doado pelo sr. José Artur e sua esposa Alexandrina Celestino,
conhecida por “Dona Duca” e João Lins de Andrade (Joãozinho).
Conseguiu com alguns paroquianos a Via Sacra onde, nos tempos
de Quaresma, são rezadas nas estações o exercício da Via Sacra na
Sexta-Feira da Paixão.
Em 20 de dezembro de 1963, pelo Decreto-Lei Nº 92, foi criado o
município de Sairé, sendo o governador do estado o Sr. Miguel
Arraes de Alencar. O autor do projeto foi o deputado estadual Dr.
Adauto de Melo. A lei foi assinada no dia 23 de dezembro de 1963.

1964 - A prefeitura foi instalada no dia 13 de março de 1964, sendo o


prefeito nomeado o tenente Luiz Gonzaga de Oliveira e Silva, pelo
Exmo. Sr. Governador Miguel Arraes de Alencar. A posse verificou-
se as 17 horas, com a presença de grande número de pessoas de
nossa cidade, representantes do prefeito de Bezerros, sr. Alcides de
Andrade Lima. Vereadores: Gaspar Bezerra de Carvalho, José
Maximino de Souza.
Foi nomeado por ato do sr. prefeito Luiz Gonzaga, Miguel das Neves
Pessoa para o cargo de Tesoureiro.
Por motivo da revolução de 31 de março, o prefeito foi demitido,
ficando a prefeitura orientada pelo vereador José Maximino de
Souza.
A prefeitura continuou com o expediente normal. Em julho deste ano,
o sr. governador em exercício, Dr. Paulo Guerra, nomeou o tenente
Cláudio Bezerra da Silva para assumir a prefeitura. O mesmo residia
em Recife e tomou posse no mesmo mês.
Em dias de agosto, o sr. Airton José Vasconcelos assumiu a
prefeitura até que houvesse eleições para os municípios recém-
criados.
O primeiro televisor de Sairé pertenceu ao sr. José Maximino de
Souza (Zezinho Viana).

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Sairé: “Datas e Acontecimentos”- Miguel Pessoa das Neves

1965 - Neste ano, no dia 25 de abril, houve eleições para os municípios


recém-criados, sendo eleito pelo povo o sr. Severino Pessoa Pontes,
o qual tomou posse no dia 20 de junho de 1965 e a Câmara dos
Vereadores: srs. José Maximino de Souza, Onaci Souto Andrade,
Santino Vieira da Silva, Luiz Antônio de Oliveira, Antônio Firmo de
Vasconcelos, Francisco Bezerra das Neves, Pedro Francisco da
Silva, Miguel Pedrosa dos Santos e Aírton José de Vasconcelos.
Até junho de 1965, a prefeitura funcionou no prédio número 87 à
praça de São Miguel, pertencente ao sr. João Antônio dos Santos.
Antes da posse do prefeito Dino Pontes, Aírton Vasconcelos
transferiu a prefeitura para o grupo escolar, cujo nome era: Escolas
Reunidas João Pessoa Souto Maior. Para isso acontecer, o Estado
outro grupo escolar com o mesmo nome.
Com a administração do prefeito Severino Pessoa Pontes, o
município começou a desenvolver-se. Na cidade, calçou as ruas
principais, faltando apenas as ruas São Sebastião, Cleto Campelo e
Dantas Barreto. Organizou a Delegacia de Polícia, construiu um
grupo escolar na rua Cel. José Pessoa, ao lado esquerdo da estrada
que vem da vizinha Barra de Guabiraba; construiu o matadouro
público à margem da mesma e vários grupos escolares no interior do
município. Criou uma escola de corte e costura que funcionou até
1971.
Trouxe para a cidade a Junta de Alistamento Militar (digo, um posto),
comprou para a prefeitura uma pick-up para transportar doentes para
hospitais, etc. Conservou bem as estradas e vários pontilhões do
município.

1967 - Saída do padre José Aragão da paróquia de Sairé, em janeiro. Após


a saída deste padre, ficou a paróquia entregue aos frades carmelitas
da vizinha cidade de Camocim de São Félix, até janeiro de 1968.

1968 - O Rvmo. padre Rogério Paiva Prata, capelão do Colégio Nossa


Senhora das Dores, em Bezerros, foi nomeado para assumir a
paróquia, onde ficou até 1973.

1969 - Em 15 d enovembro de 1969, realizaram-se as eleições para


prefeito, vice-prefeito e vereadores do município de Sairé. Dois
candidatos apresentaram-se: José Maximino de Souza, eleito
vereador em 1965, apoiado pelo prefeito Severino Pessoa Pontes, e
Onací Souto Andrade, também eleito em 1965. O segundo foi eleito
com a seguinte Câmara de Vereadores: Osmar de Albuquerque
Pontes, Andrade Neves, Santino Vieira da Silva, Francisco Bezerra
das Neves (Chico Jusino), José Batista dos Santos, Antônio Firmo de
Vasconcelos e José Caetano Melo. Vice-Prefeito: Bibi Santana. A
posse veirficou-se no dia 31 de janeiro de 1970. Criou o Ginásio
Municipal, hoje Colégio Municipal e começou a construir a
Maternidade Olília Mendonça Souto Maior e o CRUTAC.

1972 - Eleições realizadas no dia 15 de novembro de 1972, candidato único


apoiado pelo prefeito Onaci Souto Andrade, o sr. José Bezerra da

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Sairé: “Datas e Acontecimentos”- Miguel Pessoa das Neves

Silva, conhecido como Bibi Santana. Com a Câmara de Vereadores:


José Clóvis de Arruda, Antônio Firmo de Vasconcelos, José Batista
dos Santos, José do Monte Ribeiro, José Ludgero Neto, Severino
Pereira da Silva e Zacarias Ferreira da Silva. Antônio Luiz de Souza
– Vice-Prefeito. Votaram 2.292 eleitores, sendo 964 votos brancos,
obtendo 318 votos de frente. Construiu o Colégio Municipal São
Miguel, etc. A posse se verificou no dia 31 de janeiro as 3 horas da
tarde, havendo missa em ação de graças celebrada pelo Rvmo. sr.
padre Rogério Paiva Prata, na Matriz de São Miguel. Compareceu às
solenidades o deputado dr. Adauto José de Melo, juiz federal a quem
Sairé deve sua emancipação política.
Em março foi fundado o Sindicato dos Trabalhadores Rurais em
Sairé, por intermédio do padre Rogério Paiva Prata. Foi reconhecido
no dia 09 de maio do mesmo.
No dia 30 de maio de 1972, o prefeito Onaci Souto Andrade instalou
o CRUTAC (Centro Rural Universitário de Treinamento e Ação
Comunitária).

1973 - No dia 02 de fevereiro, chegou à paróquia de São Miguel o irmão


marista Miguel José da Silva. Aos vinte de cinco de março, em
Caruaru, recebeu as ordens do diaconato, concedida pelo sr. bispo
diocesano Dom Augusto Carvalho, ficando administrando a paróquia,
batizando e assistindo casamentos. Na data 09 de junho, o diácono
Miguel José da Silva foi ordenado sacerdote para assumir a
paróquia, como vigário da mesma.
A população do município contava com 17.201 habitantes, a
superfície é de 92 km2. Atualmente, é de 13.714 habitantes, sendo
10.148 na zona rural e 3.566 na zona urbana.

1974 - Violada a Matriz de São Miguel, na data de 15 de abril. Os ladrões


levaram duas lindas imagens de madeira: Nossa Senhora da Penha
e São Miguel – padroeiro de nossa paróquia. Sendo a imagem de
Nossa senhora doada pelo major Antônio Pessoa e família e São
Miguel, uma campanha com o povo.
Existe uma esculpida pelo sr. Horácio José dos Santos, o conhecido
Horácio Pequeno.

1975 - Reforma do Centro Social. O padre Miguel reformou o Centro Social


para a Matriz nova, dando aos fiéis mais acomodação nos atos
religiosos nos tempos das celebrações, como seja: Mês de Maio,
Festa do Padroeiro, Semana Santa, Missões, Crisma, etc. A mesma
foi benta no dia 29 de setembro, dia da Festa do Padroeiro, pelo sr.
bispo Dom Augusto Carvalho.

1976 - No dia 20 de janeiro, a torre da matriz já estava terminada. Houve a


festa de São Sebastião, havendo missa as dez horas. À tarde, as 16
horas, a tradicional procissão com as imagens de São Sebastião e
São Miguel percorreu as principais ruas de nossa cidade. Frei
Damião e frei Fernando pregaram missões de 13 a 20 de janeiro. Foi
grande o movimento religioso nesses dias. Frei Damião recebeu o

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Sairé: “Datas e Acontecimentos”- Miguel Pessoa das Neves

título de Cidadão Saireense na Câmara dos Vereadores do


município.
Festa de São Miguel.
De 22 a 29 de setembro realizou-se a tradicional Festa de São
Miguel. Às dezesseis horas, houve missa celebrada pelo sr. Bispo
Dom Augusto Carvalho, frei Damião, monsenhor José Florentino,
cônego Estanislau, cônego João Bosco Cabral, Pe. Geraldo de
Bonito, Pe. Geraldo Oliveira, frei Paulo Cardoso, frei Aloísio, Pe.
Geraldo de Capoeiras, Pe. José Aragão, Pe. Olivaldo e Pe. Miguel
José da Silva, vigário da paróquia.
Eleições de 15 de novembro.
Eleito pela segunda vez para prefeito do município de Sairé o sr.
Severino Pessoa Pontes e a Câmara de Vereadores: Osmar de
Albuquerque Pontes, Andrade Neves de Lima, Severino Pereira da
Silva, Izaias Ferreira da Silva, Braz Patrício da Silva, Possidônio
João de Vasconcelos, José Batista dos Santos. A posse verificou-se
em 31 de janeiro de 1977.
Neste ano, foi instalado o serviço telefônico em Sairé, sendo o
governador do estado o Exmo. sr. Moura Cavalcante e o prefeito do
município o sr. José Bezerra da Silva (Bibi Santana).

1982 - Em 15 de novembro, realizaram-se as eleições municipais para


prefeito, vice-prefeito e vereadores. O prefeito Severino Pessoa
Pontes, que vinha governando o município desde 1977, apresentou o
candidato do PDS, José Bezerra da Silva Filho, conhecido por José
de Bibi. Pe. Miguel José da Silva e Onací Souto Andrade apoiaram
Everaldo Dias de Arruda, pelo PMDB. Este foi eleito com a maioria
dos votos e a Câmara de Vereadores seguinte: João Germano da
Silva (Bola), Severino Adelino Cabral Neto, José Hilton de Oliveira,
Amaro Henrique de Freitas, Maria José Dias de Arruda, Valdomiro
Marinho de Araújo, Osmar de Albuquerque Pontes, José Bezerra de
Lima (Deda), Manoel Honorato de Lira Neto e Luiz Antônio de
Oliveira (Luiz Quirino). Ficando na 1ª suplência Horácio Augusto da
Silva, conhecido como Bacurau. Após dois anos, faleceu Amaro
Henrique de Freitas, assumindo Horácio Augusto da Silva. A posse
dos eleitos verificou-se no dia 31 de janeiro de 1983. Em tempo –
Luiz Antônio de Oliveira assumiu o cargo de vice-prefeito. Estes
ficaram à frente do município até dezembro de 1988.
A Compesa, ou seja, o abastecimento d’água, foi inaugurado pelo
Exmo. sr. dr. Marcos Maciel, sendo o prefeito do município o sr.
Severino Pessoa Pontes (o saudoso Dino Pontes). Atualmente, a
cidade conta com 1.300 ligações.
O município conta 23 grupos escolares na zona rural, 2 grupos na
cidade (o Marechal Costa e o Marcos Freire), 1 grupo estadual
(Escolas Reunidas João Pessoa Souto Maior) e o Colégio São
Miguel de 1º e 2º graus. Total de matrículas: 2.503 alunos.

1988 - Realizou-se no dia 15 de novembro deste ano a eleição para prefeito,


vice-prefeito e vereadores. Apresentaram-se três candidatos para
disputarem o pleito: José Andrade Neves (Dadinho), apoiado pelo

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Sairé: “Datas e Acontecimentos”- Miguel Pessoa das Neves

prefeito Everaldo Dias de Arruda; José Bezerra da Silva Filho e


Izaias Ferreira da Silva. Foi eleito José Andrade Neves, pelo PFL, e
Valdomiro Marinho de Araújo – vice-prefeito. Formou-se a Câmara
de Vereadores com nove senhores: Juarez Manoel da Silva (380
votos), Francisco Pergentino de Barros (318 votos), Possidônio João
de Vasconcelos (168 votos), Carlos Henrique (Carlito – 179 votos),
Severino Adelino Cabral Neto (170 votos), José Adelmo Leandro da
Costa (225 votos), José Bezerra de Vasconcelos (166 votos), Luiz
Henrique Bezerra Pimentel (231 votos) e Valdemar Rufino da Silva
(160 votos). A posse dos eleitos verificou-se no dia 1 de janeiro de
1989, na Câmara de Vereadores do município.
O primeiro ato do prefeito foi nomear Miguel Pessoa das Neves para
o cargo de finanças, digo Secretário de Finanças da Prefeitura
Municipal de Sairé. O prefeito José Andrade Neves, durante a gestão
de quatro anos, deixou vários marcos existentes no município,
podendo-se citar: aumento do hospital, creche municipal Maria da
Paz de Lima Neves, praça Rosa Paixão, campo de futebol, etc.

1992 - No dia 03 de outubro de 1992, realizaram-se as eleições para


prefeito, vice-prefeito e vereadores. Pela segunda vez, foi eleito
Everaldo Dias de Arruda, com a senhora Iraci Marinho de Araújo, e
formando a Câmara os seguintes: Valdomiro Marinho de Araújo (484
votos), José Dias de Arruda (311 votos), Cláudio Alves da Silva (305
votos), Severino Adelino Cabral Neto (302 votos), Helcias Brasil da
Fonseca (287 votos), José Ludgero Neto (280 votos), Francisco
Pergentino de Barros ( 275 votos) e Luiz Henrique Bezerra Pimentel
(260 votos). No dia 1 de janeiro de 1993, a Câmara deu posse ao
prefeito e, em seguida, o sr. prefeito recebeu as chaves da prefeitura
municipal. Na primeira gestão, o município muito se desenvolveu.
Criou a Festa da Laranja, construiu a nova prefeitura, etc.

1995 - Falecimento de Dino Pontes. Faleceu no dia 1 de maio, com a idade


de 73 anos. O senhor Severino Pessoa Pontes (Dino Pontes), filho
do sr. Severino Ferreira Pontes e Adriana Pessoa Pontes, residente
na fazenda Limeira, município de Sairé / PE.
Foi ele o primeiro prefeito eleito pelo povo, no dia 25 de abril de
1965. Tomou posse na Prefeitura Municipal de Sairé no dia 20 de
junho do mesmo ano. Governou o município até 31 de janeiro de
1970.
No dia 3 de outubro de 1976, foi eleito pela segunda vez. A posse
verificou-se aos 31 de janeiro de 1977, governando até 1982.
Dino Pontes é neto do Cel. José Pessoa Souto Maior, fundador de
nossa querida Sairé, antiga São Miguel, como se lê no início deste
relatório.

1996 - No dia 3 de outubro, realizaram-se as eleições para prefeito, vice e


vereadores do município de Sairé. Neste ano, concorreram ao pleito
três candidatos: Valdomiro Marinho de Araújo, Izaias Ferreira da
Silva e Zito Boy, sendo eleito Valdomiro Marino de Araújo, apoiado
pelo prefeito Everaldo Dias de Arruda. Formando a Câmara de

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Sairé: “Datas e Acontecimentos”- Miguel Pessoa das Neves

Vereadores, assim constituída: José Dias de Arruda (813 votos),


Eduardo Afonso (663 votos), Iraci Marinho (555 votos), Biu de
Valdemar (494 votos), Euclides Gomes (Kiba – 468 votos), Chiquinho
da Massa (444 votos), Albino Geovane (352 votos), Luiz Henrique
(342 votos) e Aluizio Adelino (307 votos). Vice-Prefeito: Cláudio Alves
da Silva.

TOTAL DE VOTOS
Valdomiro 4.311
Izaias 3.552
Zito Boy 358
Brancos 292
Nulos 496
• Diferença de votos de Valdomiro para Izaias – 759 votos

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Sairé: “Datas e Acontecimentos”- Miguel Pessoa das Neves

BANDEIRA DO MUNICÍPIO (1965)

Idéia de José Ernane Souto Andrade. Desenho de Edvaldo Souto


Andrade.

FAIXAS – uma vermelha em cima, uma branca ao centro, uma azul em baixo.
Outras cores representando as cores do Arcanjo São Miguel, padroeiro da
paróquia de São Miguel e município de Sairé. Em cima, à esquerda, há uma
espada e, embaixo, à direita, uma balança, instrumentos utilizados pelo santo.
No centro da bandeira, um círculo com o cruzeiro do sul.

BRASÃO – Um círculo encimado por um balaio, Sairé, utilizado pelos índios,


ladeado por dois galhos de café, principal produto do município. Abaixo uma
plaqueta oval com o nome Sairé – PE, circulada por três faixas horizontais com
três datas: 1907, 1911 e 1963.
• 1907 – fundação da capela de São Miguel (06 de maio);
• 1911 – elevação à categoria de vila, pelo general Dantas Barreto;
• 1963 – elevação à categoria de cidade pelo Exmo. sr. governador Miguel
Arraes de Alencar, sendo o autor do projeto o dr. Adauto José de Melo,
deputado estadual. O município de Sairé deve sua emancipação a este
ilustre deputado.

OFICIAIS DO REGISTRO CIVIL

1º. José Bernardo Vieira;


2º. Manoel José dos Santos;
3º. José Teixeira de Abreu Peixoto;
4º. Onaci Souto Andrade.

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Sairé: “Datas e Acontecimentos”- Miguel Pessoa das Neves

ANTIGOS PROFESSORES

• Maria José Machado;


• Joana Chaves;
• Maria Magdalena de Jesus Vieira Torres;
• José Idalino Figueiredo Lima;
• Herotides Pessoa Souto Maior;
• Julieta de Souza Barros;
• Áurea Maria do Nascimento;
• Antonina Silva;
• Débora Badaral;
• Isabel Moreira;
• Ernesto José de Menezes;
• Maria Antonieta Vieira;
• Maria de Lourdes Vieira;
• Maria Odete Vieira Torres.

ANTIGOS COMERCIANTES

• João Sabido – 1º comerciante (1907)


• Luiz Rodrigues
• Manoel José dos Santos – Tabelião
• Moizés Geraldo de Oliveira
• João Pessoa das Neves
• José Pessoa Sobrinho
• Israel Lins de Andrade
• João Pessoa Souto Maior
• Joaquim Telina
• Antônio Caçula
• Diniz Miguel Pereira
• Manoel Ramos
• Joaquim Cardoso Filho
• Maximino Rufino

COMISSÁRIOS DE POLÍCIA DO DISTRITO

• Antônio Caçula
• Manoel Rodrigues de Souza
• Severino Dias de Souza
• José Pessoa Sobrinho
• Pulquério Cícero de Almeida
• Diniz Miguel Ferreira
• Severino Torres Galindo (Biu Dias)
• Severino Francisco do Nascimento (Severino do Brejo Novo)
• José Rodrigues

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Sairé: “Datas e Acontecimentos”- Miguel Pessoa das Neves

• Joaquim Cardoso
• Edvaldo Souto Andrade

JUÍZES DE PAZ DO DISTRITO DE SÃO MIGUEL ATÉ 1960

1896 – José Azevedo e Silva


1898 – José Pessoa Souto Maior Filho
1904 – José Manoel Ferreira Pontes
1911 – Antônio Bezerra de Vasconcelos
1930 – Manoel Rufino Sátero dos Santos
1948 – José Germano Filho
1952 – Antônio Gonçalves Sobrinho
1958 – Maximino Rufino da Silva
1960 – Miguel Pessoa das Neves

ENGENHOS DE AÇÚCAR E RASPADURA

Nos anos antepassados, o distrito de São Miguel, hoje Sairé, contava com 25
engenhos para o fabrico de raspadura, sendo que o engenho Alexandria,
pertencnete ao coronel Joaquim Pontes, fabricava açúcar e a tradicional e
famosa aguardente de cabeça. A mesma era vendida ou distribuída para outros
municípios.

Limeira – Severino José Ferreira Pontes


Água Branca – José Pontes Neto (Zuca Pontes)
Caga Fogo – Luiz Pontes
Alexandria – Cel. Quincas Pontes
Serraria – José Florêncio de Barros
Primavera – José Manoel de Albuquerque (senhor Badé)
Sapucaia – Major Antônio Pessoa (Toinho Pessoa)
Sapucaia – Cazuzinha Menino
Cachoeira Grande – Júlio Latino Bezerra
Cachoeira – João Bezerra de Vasconcelos (Janjão Maria)
Boa Vista – José Maria do Nascimento
Riachão – Lourenço Andrade Bezerra
Barra de Boa Vista – Serapião Bezerra Leite (Sera)
Barra de Penon – Isídio Ferreira Leite
Capricho – Manoel Josino
Boa Vista Baixa – Olavo Joaquim de Santana
Boa Sorte – Francisco Ferreira Pontes
Riachão do Itapegipe – José Azevedo e Silva Júnior
Primavera – Severino Lins de Andrade
Antas – Francisco Luiz
Gia – Luiz Lulu
Cedro – Antônio Vicente
Sapucaia Alta – José Francisco da Silva
Boa Vista – Francisco B. de Vasconcelos (Chiquinho)
Brejo Novo – Manoel do Brejo Novo

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Sairé: “Datas e Acontecimentos”- Miguel Pessoa das Neves

PREFEITOS DE SAIRÉ

Luiz Gonzaga de Oliveira e Silva / 1964 – 1964


Cláudio Bezerra da Silva / 1964 – 1964
Airton José Vasconcelos / 1964 – 1965
Severino Pessoa Pontes / 1965 – 1970
Onaci Souto Andrade / 1970 – 1972
José Bezerra da Silva / 1973 – 1976
Severino Pessoa Pontes / 1977 – 1982
Everaldo Dias de Arruda / 1983 – 1988
José Andrade Neves / 1989 – 1992
Everaldo Dias de Arruda / 1993 – 1996
Valdomiro Marinho de Araújo / 1997 – 2001
Everaldo Dias de Arruda / 2002 – dias atuais

HISTÓRICO DO POVOADO DE INSURREIÇÃO

Em 1881, o Governo da Província de Pernambuco firmou contrato com os


engenheiros ingleses Edivardo e Alfred de Monai, para assentamento de linha
férrea Recife – Caruaru. Os trabalhos forma iniciados no mesmo ano,
chegando à localidade Topada (hoje Insurreição) entre os anos 1894/95. Ali foi
instalado um ponto de apoio para depósito de material e estacionamento de
turma, ficando aquele local conhecido como Desvio, tornando-se parada
obrigatória dos comboios que passavam por ali.
No início de 1899, aquela linha denominada Estrada de Ferro Central de
Pernambuco, administrada pelo Governo Federal, passou a ser administrada
pela companhia inglesa Great Western, que decidiu tirar as paradas dos trens
dali e, havendo por parte locais junto aos trabalhadores da estrada um
protesto, que foi chamado pelos ingleses de “Insurreição”.
Posteriormente, houve um entendimento entre as auotridades governamentais
e a direção da companhia, ficou acertado fazer uma ligeira parada dos
comboios ali, onde foi colocado um pequeno vagão móvel; com telefone e onde
eram vendidas passagens e despachadas mercadorias. Atualmente, este
vagão encontra-se no Museu do Trem, na antiga Estação Central do Recife.

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Sairé: “Datas e Acontecimentos”- Miguel Pessoa das Neves

CRÔNICA ESCRITA POR AGENOR PESSOA DAS NEVES REFERENTE À


MORTE DO EX-PREFEITO DINO PONTES

Dino Pontes, como era conhecido por todos, foi o primeiro prefeito de Sairé,
eleito pelo povo no dia 25 de abril de 1965.
Deixa uma profunda dor no coração daqueles que o conheceram, homem
simples como era, soube trabalhar em prol da cidade que lhe foi confiada para
governar por duas vezes, quando percorremos o município encontramos
serviços prestados por este que o povo escolheu.
Dino Pontes eu conheci no ano de 1945 até esta data do seu falecimento.
Nascido a 04 de fevereiro de 1922 no Engenho Limeira, filho do Sr. Severino
Ferreira Pontes e de dona Adriana Pessoa Pontes. Era neto do Cel. José
Pessoa Souto Maior, fundador do povoado de São Miguel. Batizou-se a 09 de
outubro de 1922 pelo padre Antônio Ciríaco, foram padrinhos o Sr. Luiz
Ferreira Pontes e dona Josefa Maria Pontes.
Casou-se aos 13 de março de 1947 no Engenho Primavera com Dona Maria
Neci Albuquerque, filha do casal José Manoel de Albuquerque e de Maria das
Dores da Silva Albuquerque. O casamento foi efetuado pelo padre Nestor
Oliveira, vigário da Paróquia de São Miguel Arcanjo.
Foi Dino Pontes o primeiro ex-prefeito a falecer neste município de Sairé, no
dia 01 de maio de 1995 e foi sepultado a 02 de maio de 1995. Seu corpo
recebeu homenagens no prédio da Prefeitura Municipal de Sairé e, também, no
plenário da Câmara Municipal de Vereadores, após a missa de corpo presente
realizada na Matriz de São Miguel. Grande número de pessoas deram o último
adeus após terem acompanhado pelas ruas da cidade o seu enterro até o
cemitério local.
Dino Pontes deixa a viúva e seus 10 filhos. Foi ele bom esposo, bom pai e
amigo certo em todos os momentos.
Morre o homem para o mundo e nasce para uma nova vida, a vida eterna onde
vai gozar tudo o que ele fez de bom para todos os que nele confiaram.

Sairé, 02 de maio de 1995.

Agenor Pessoa das Neves

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Sairé: “Datas e Acontecimentos”- Miguel Pessoa das Neves

PALAVRAS E AGRADECIMENTOS DO AUTOR

Diante do exposto acima relatado, eu, Miguel Pessoa


das Neves (Miguelzinho), sentindo-me como filho
natural desta cidade que, apesar de pequena, é
grandiosa no meu coração resolvi não por
imperativos, mas por um dever de consciência, relatar
bem pormenorizados fatos que vivificam a trajetória
histórica deste município.
Todavia, para escrever este trabalho, utilizei aquilo
que é mais importante, que é a minha curiosidade
pelas coisas da terra natal. E também devo a
precisão de dados históricos a informações valiosas
partidas de gentes solícitas e abnegadas, minha avó
Mariana Pessoa Souto Maior e sua filha Pulciana
Pessoa das Neves que, de maneira gentil e amorosa em tempos bem idos, nos
ornavam com suas histórias e narrações de fatos que bem dignificam o
passado não só desta cidade, mas de minha família que, modéstia à parte, é
uma das mais tradicionais do agreste pernambucano.
Procurei dar ao trabalho um aspecto narrativo e bem preciso na conexão
cronológica. Reconheço também que, apesar de nunca ter galgado escadarias
de universidades, porém, nunca faltou em meu mundo inteiro o amor pelas
coisas de minha terra, pois foi nesta cidade junto com essa gente pacata e
ordeira que, de maneira incomensurável, formei o meu espírito de cidadão.
Agradeço também à ingente colaboração dos meus amigos Onaci, Edvaldo e
Ernani Souto Andrade, como também a meu irmão Agenor Pessoa das Neves
que, com suas experiências artísticas e literárias e, por que não dizer de
heráldica, deram a Sairé uma conotação que ainda hoje, nos tmepos
hodiernos, servem de exemplo para novas gerações desta terra, que venham a
perpetuá-la.
Termino a conclusão deste relatório, agradecendo de maneira veemente
aquele que se encontra embuçado nas grandezas eternais.

Sairé, 25 de outubro de 1999.

Miguel Pessoa das Neves


(Miguelzinho)

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Sairé: “Datas e Acontecimentos”- Miguel Pessoa das Neves

ICONOGRAFIA

Altar-mor da Matriz de São Miguel Arcanjo

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Sairé: “Datas e Acontecimentos”- Miguel Pessoa das Neves

Casa do início do século XX. Pertenceu a Onací Souto Andrade.

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Sairé: “Datas e Acontecimentos”- Miguel Pessoa das Neves

Casa do início do século XX. Pertenceu a Georgina Pessoa Souto Maior.

Painel em relevo fixado na parede lateral da agência do Banco do Brasil,


onde se representam a colheita da laranja e o buscapé, símbolos de Sairé.

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Sairé: “Datas e Acontecimentos”- Miguel Pessoa das Neves

Busto do coronel José Pessoa de Souto Maior, falecido em 1934.

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Sairé: “Datas e Acontecimentos”- Miguel Pessoa das Neves

Vista atual do sítio Limeira, antigo engenho de Sairé.

Vista atual do sítio Água Branca, antigo engenho de Sairé.

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Sairé: “Datas e Acontecimentos”- Miguel Pessoa das Neves

Ruínas do antigo engenho Alexandria, que pertenceu a José Manoel


Ferreira Pontes e posteriormente a seu filho Joaquim Manoel Ferreira
Pontes. A casa retratada já não existe mais.

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Sairé: “Datas e Acontecimentos”- Miguel Pessoa das Neves

Revisto e editado por:

PAULO MARCELO PONTES

(pmarcelopontes@gmail.com)

Maio de 2009

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