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TEMPO COMUM. TRIGÉSIMA PRIMEIRA SEMANA.

SEXTA-FEIRA

71. REZAR PELOS DEFUNTOS


– A ajuda às almas do Purgatório, uma verdade vivida na Igreja desde os primeiros tempos.

– Encurtar-lhes a espera para entrarem no Céu com a nossa oração e boas obras.

– As indulgências.

I. NESTE MÊS DE NOVEMBRO, a Igreja, como boa Mãe, multiplica os


sufrágios pelas almas do Purgatório e convida-nos a meditar sobre o sentido da
vida à luz do nosso último fim: a vida eterna, para a qual nos dirigimos a
passos rápidos.

A liturgia recorda-nos que o nosso amor pode chegar às almas que se


purificam no Purgatório, merecendo por elas e abreviando-lhes o tempo de
espera. A morte não destrói a comunidade fundada pelo Senhor: aperfeiçoa-a.
A união em Cristo é mais forte que a separação corporal porque o Espírito
Santo é um poderoso vínculo de união entre os cristãos. O amor e a fidelidade
dos que peregrinam na terra chegam a fluir até eles, levando-lhes alegria e
encurtando o espaço que os separa da bem-aventurança eterna. É uma
corrente de solidariedade que se produz mesmo que não adiramos a ela
expressamente, e que se torna ainda mais eficaz se o fazemos
conscientemente1.

Na Liturgia das Horas2 de hoje, lemos a narração de uma batalha que os


israelitas ganharam com a ajuda divina. No dia seguinte ao da vitória, quando
Judas Macabeu mandou cuidar dos corpos dos combatentes caídos na luta,
descobriu-se que tinham morrido os que traziam entre as roupas objectos
consagrados aos ídolos dos povos vizinhos. Judas Macabeu ordenou então
que se fizesse uma colecta e se enviasse o produto a Jerusalém para oferecer
sacrifícios pelos pecados. Porque – conclui o autor sagrado – obra santa e
piedosa é orar pelos defuntos [...], para que sejam absolvidos dos seus
pecados.

Inúmeros epitáfios e muitos textos testemunham que a Igreja, desde os


primeiros tempos, “venerou com grande piedade a memória dos defuntos e
ofereceu sufrágios por eles”3, plenamente convencida de que podia aliviar as
penas das almas do Purgatório. Pois “se os homens de Matatias expiaram com
oblações os crimes daqueles que caíram no combate depois de terem agido
impiamente – comenta Santo Efrém –, quanto mais os sacerdotes do Filho
expiam, com santas oferendas e a oração dos seus lábios, os pecados dos
defuntos!”4

O costume de rezar pelos defuntos arraigou-se tanto entre os primeiros


cristãos que muito cedo se estabeleceu um momento fixo dentro da Missa para
recomendá-los a Deus, mesmo nome por nome: Lembrai-vos, ó Pai, dos
vossos filhos e filhas N. N., que partiram desta vida, marcados com o sinal da
fé. A eles, e a todos os que adormeceram no Cristo, concedei a felicidade, a
luz e a paz. E em outra Oração Eucarística podemos ler: Lembrai-vos também
dos nossos irmãos que morreram na esperança da ressurreição e de todos os
que partiram desta vida: acolhei-os junto a Vós na luz da vossa face5. Estas
expressões empregadas na liturgia da Missa provêm muito provavelmente dos
epitáfios dos sepulcros das catacumbas: “com o sinal da fé”, “sono dos justos”,
“lugar de refrigério”, são fórmulas que se encontram nos cemitérios romanos
dos primeiros séculos e nas Atas dos Mártires6.

Esta verdade – a de podermos interceder pelos que nos precederam –,


admitida desde sempre pelo povo cristão, foi declarada solenemente como
dogma de fé7.

Nós, enquanto fazemos estes minutos de oração mental, podemos recordar


essas pessoas que já morreram e que continuam unidas a nós por fortes
vínculos. Vejamos hoje como é a nossa oração por eles. Não nos esqueçamos
de que se trata de uma grande obra de misericórdia muito grata ao Senhor.

II. Ó DEUS!, Tu és o meu Deus, eu te busco desde o amanhecer; a minha


alma tem sede de ti, a minha carne elanguesce junto de ti como terra árida e
seca, sem água8. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: Quando irei
e contemplarei a face de Deus?9 Esta necessidade e esta ânsia reveladas pelo
autor sagrado podem ser aplicadas em toda a sua força às almas do
Purgatório.

Os pecados provocam uma dupla desordem. Em primeiro lugar, a ofensa a


Deus, que acarreta para a alma o que os teólogos chamam reato de culpa, a
inimizade, o afastamento de Deus que – em caso de pecado mortal – implica
um desvio radical da alma em relação ao fim para que foi criada e a torna
merecedora da eterna privação de Deus. Esta culpa, no caso dos pecados
cometidos depois do Baptismo, é perdoada na Confissão sacramental.

Além disso, e na medida em que o pecado significa uma conversão às


criaturas, provoca uma desordem que atinge o próprio pecador e que trunca a
sua realização pessoal: “O pecado diminui o próprio homem, impedindo-o de
conseguir a plenitude”10. E como pela Comunhão dos Santos todos os fiéis
estão unidos entre si, esse pecado prejudica e ofende os outros: “A alma que
se rebaixa pelo pecado arrasta consigo a Igreja, e, de certa maneira, o mundo
inteiro”11.

Estas consequências do pecado pessoal são o que se chama reato (ou


resto) de pena, que subsiste ordinariamente mesmo depois da absolvição
sacramental, e que deve ser reparado nesta vida pelo cumprimento da
penitência imposta na Confissão, pela prática de obras boas ou mediante as
indulgências concedidas pela Igreja.
A alma que parte deste mundo sem a suficiente reparação ou com pecados
veniais e faltas de amor a Deus, deverá purificar-se no Purgatório12, pois no
Céu não pode entrar nada contaminado13. No Purgatório, as almas satisfazem
pelas suas culpas e manchas sem com isso terem merecimento algum – com a
morte termina o tempo de merecer –, sem experimentarem nenhum
crescimento no seu amor a Deus. Por outro lado, porém, junto com uma dor
inimaginável, existe também no Purgatório uma grande alegria, porque as
almas ali retidas sabem-se confirmadas em graça e, portanto, destinadas à
felicidade eterna.

A Igreja, ao comemorar anualmente os fiéis defuntos, lembra-se ao longo


deste mês de Novembro desses seus filhos que ainda não podem participar
plenamente da bem-aventurança eterna e anima-nos a oferecer o Santo
Sacrifício por eles – nada mais valioso pode ser oferecido ao Pai neste mundo
–, ao mesmo tempo que concede especiais indulgências aplicáveis a essas
almas. O Senhor quis que qualquer obra boa realizada em estado de graça
pudesse ser útil e alcançasse um prémio diante d’Ele; e estes méritos podem
ser aplicados pelos defuntos do Purgatório a título de sufrágio, de ajuda. Assim,
podemos oferecer por essa intenção a recepção dos sacramentos,
especialmente a Comunhão, o terço, as doenças, a dor, as contrariedades da
jornada. Sem esquecermos esse outro cabedal de que dispomos todos os dias
como um grande instrumento de ajuda aos nossos irmãos defuntos: o trabalho
ou o estudo, feitos com perfeição humana e sentido sobrenatural.

III. AS INDULGÊNCIAS – plenárias ou parciais – que podem ser aplicadas


como sufrágio têm uma particular importância na ajuda que podemos prestar
às almas do Purgatório; algumas até foram previstas exclusivamente em favor
dos defuntos.

A Igreja concede indulgência parcial por muitas obras de piedade. Estão


neste caso a oração mental, a recitação do Angelus ou do Regina Coeli; o uso
de um objecto piedoso – crucifixo, terço, escapulário, medalha – abençoado
por um sacerdote (se tiver sido abençoado pelo Sumo Pontífice ou por um
prelado, ganha-se indulgência plenária na festa de São Pedro e São Paulo,
após um ato de fé); a leitura da Sagrada Escritura; a recitação do Lembrai-vos;
a Comunhão espiritual, com qualquer fórmula; todas as ladainhas; a recitação
do Adoro te devote; a Salve Rainha; as orações pelo Papa; um retiro
espiritual... Algumas destas práticas são ainda mais enriquecidas pela
concessão – nas condições habituais: Confissão, Comunhão, oração pelo
Sumo Pontífice – do benefício da indulgência plenária, que apaga toda a pena
temporal devida pelos pecados. É o que acontece, por exemplo, com a
recitação do terço em família, a prática da Via-Sacra, a meia hora de oração
diante do Santíssimo Sacramento, a piedosa visita a um cemitério nos
primeiros oito dias do mês de Novembro...

Conforme ensinam São Tomás de Aquino14 e muitos outros teólogos, as


almas do Purgatório podem lembrar-se das pessoas queridas que deixaram na
terra e pedir por elas, ainda que ignorem – a não ser que Deus disponha o
contrário – as necessidades concretas dos que ainda vivem. Intercedem pelos
seres queridos que aqui deixaram, como nós rezamos por elas mesmo sem
sabermos com certeza se estão no Purgatório ou se já gozam de Deus no Céu.
Não podem merecer, mas podem interceder, apresentando ao Senhor os
méritos adquiridos aqui na terra. Ajudam-nos em muitas das necessidades
diárias, e fazem-no “especialmente em relação aos que estiveram unidos a elas
durante esta vida”15, aos que mais as ajudaram a alcançar a salvação, aos que
tinham a seu cargo nesta terra.

Não deixemos de recorrer a elas..., e sejamos generosos nos sufrágios que


a liturgia nos propõe especialmente neste mês de Novembro. Tendo-as muito
presentes, relacionando-nos com elas nesse intercâmbio de orações, devemos
chegar a poder dizer delas: “Minhas boas amigas, as almas do Purgatório...”16

(1) Cfr. Michael Schmaus, Teologia dogmática, Rialp, Madrid, 1965, vol. II, Los novísimos, pág.
503; (2) cfr. Liturgia das Horas, Primeira leitura; 1 Mac 9, 1-22; (3) Concílio Vaticano II,
Constituição Lumen gentium, 50; (4) Santo Efrém, Testamentum, 78; (5) Missal Romano,
Orações eucarísticas I e II; (6) cfr. Federico Suárez, El sacrifício del altar, pág. 208; (7) Concílio
II de Lyon, Profissão de fé de Miguel Paleólogo, Dz 464 (858); (8) Sl 52, 1; (9) Sl 41, 3; (10)
Concílio Vaticano II, Constituição Gaudium et spes, 13; (11) João Paulo II, Exortação
Apostólica Reconciliatio et paenitentiae, 2.12.84, 16; (12) Sagrada Congregação para a
Doutrina da Fé, Carta aos Bispos sobre algumas questões referentes à escatologia, 17.05.79,
7; (13) Apoc 21, 27; (14) cfr. São Tomás de Aquino, Suma teológica, I, q. 89; (15) Michael
Schmaus, Teologia dogmática, pág. 507; (16) S. Josemaría Escrivá, Caminho, n. 571.

(Fonte: Website de Francisco Fernández Carvajal AQUI)

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