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Personalidade Jurídica - Capacidade Civil

I- Conceito de Pessoa

Primeiramente, imprescindível se torna verificar qual é a acepção jurídica do termo "pessoa". A


palavra "pessoa" vem do latim "persona", que primitivamente significava "máscara". O termo
"pessoa" passou mais tarde a significar o papel que cada ator representava e, mais tarde, a atuação
de cada indivíduo no cenário jurídico. Por fim, a palavra "pessoa" passou a expressar o próprio
indivíduo que representa esses papéis.

Não se desvinculou totalmente o termo "pessoa" de sua expressão original. O que chamamos de
pessoa nada mais é do que um feixe de papéis institucionalizados, por exemplo: o pai, o filho, o
professor, o aluno, o pagador de impostos, o motorista, o vendedor.

Quando esses papéis se comunicam, isto é, quando o pai é ao mesmo tempo o trabalhador em seu
emprego, o sócio de um clube, o pagador de impostos, do agente capaz de exercer vários papéis e
as atividades correspondentes, temos uma pessoa física.

Mas, há casos onde um feixe de papéis limitados não se comunica com outros papéis. Assim o
feixe de papéis isolados dos demais papéis sociais e integrados por um estatuto (ex.: contrato de
uma empresa) num sistema orgânico, com regras próprias, constitui uma pessoa jurídica.

Toda pessoa física ou jurídica é um sujeito jurídico. Mas a recíproca não vale, pois a noção de
sujeito jurídico é mais ampla do que a de pessoa. A herança jacente, os bens ainda em inventário
(espólio), são sujeitos de direito, mas não pessoas.

O sujeito de direito é o ponto de confluência de diversas normas. Esse ponto pode ser uma pessoa,
física ou jurídica, mas pode ser também um patrimônio ou mesmo uma coletividade (interesses
difusos). Pode-se falar em sujeito ativo (de um direito subjetivo) e em sujeito passivo (de uma
obrigação).

Para a doutrina tradicional "pessoa" é o ente físico ou coletivo suscetível de direitos e obrigações,
sendo sinônimo de sujeito de direito. Sujeito de direto é aquele que é sujeito de um dever jurídico,
de uma pretensão ou titularidade jurídica, que é o poder de fazer valer, através de uma ação, o no
cumprimento do dever jurídico, ou melhor, o poder de intervir na produção da decisão judicial.

A pessoa é tão-somente a personificação dessa unidade. Assim sendo, para esse autor a "pessoa"
não é, portanto, um indivíduo ou uma comunidade de pessoas, mas a unidade personificada das
normas jurídicas que lhe impõem deveres e lhe conferem direitos. Logo, sob o prisma kelseniano é
a "pessoa" uma construção da ciência do direito, que com esse entendimento afasta o dualismo:
direito objetivo e direito subjetivo.

II- Personalidade jurídica

Liga-se à pessoa a idéia de personalidade, que exprime a aptidão genérica para adquirir direitos e
contrair obrigações. Deveras, sendo a pessoa natural (ser humano) ou jurídica (agrupamentos
humanos) o sujeito das relações jurídicas e a personalidade a possibilidade de ser sujeito, ou seja,
uma aptidão a ele reconhecida, toda pessoa é dotada de personalidade.

A personalidade é o conceito básico da ordem jurídica, que a estende a todos os homens,


consagrando-a na legislação civil e nos direitos constitucionais de vida, liberdade e igualdade.

Art.2o do Código Civil Brasileiro: "Todo homem é capaz de direitos e obrigações na ordem civil".
Ademais, a capacidade é "a medida jurídica da personalidade", ou, como prefere Teixeira de
Freitas, a "manifestação do poder de ação implícito no conceito de personalidade. Antônio Chaves,
a esse respeito, afirma que para realçar a importância desse conceito na Ciência Jurídica e,
especialmente, no direito privado, basta lembrar que não há nessa especialidade instituto jurídico
que não lhe peça passagem. Só mediante representação e assistência poderá realizar-se um ato de
interesse de um incapaz e, ainda assim, sob observância de rigorosas formalidades legais. Isto é
assim porque a capacidade jurídica é a condição ou pressuposto de todos os direitos".

Assim, para ser "pessoa" basta que o homem exista, e, para ser "capaz", o ser humano precisa
preencher os requisitos necessários para agir por si, como sujeito ativo ou passivo de uma relação
jurídica. Portanto, a "capacidade", como expressão e medida da "personalidade", a que se refere o
artigo 2o do Código Civil, é a capacidade jurídica.

Washington de Barros Monteiro define que: "capacidade é elemento da personalidade. Esta,


projetando-se no campo do direito, é expressa pela idéia de pessoa, ente capaz de direitos e
obrigações".

Acrescenta o autor: "Capacidade exprime poderes ou faculdades; personalidade é a resultante


desses poderes; pessoa é o ente a que a ordem jurídica outorga esses poderes".

III- Direitos da personalidade

A fim de satisfazer suas necessidades nas relações sociais, o homem adquire direitos e assume
obrigações, sendo, portanto, sujeito ativo e passivo de relações jurídico-econômicas.

O conjunto dessas situações jurídicas individuais, suscetíveis de apreciação econômica, designa-se


patrimônio, que é, sem dúvida, a projeção econômica da personalidade. Porém, a par dos direitos
patrimoniais a pessoa tem direitos da personalidade.

O direito objetivo autoriza a pessoa a defender sua personalidade, de forma que, para Goffredo
Telies Jr., os direitos da personalidade são os direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe é
próprio, ou seja, a identidade, a liberdade, a sociabilidade, a reputação, a honra, a autoria etc. Por
outras palavras, os direitos da personalidade são direitos comuns da existência, porque são simples
permissões dadas pela norma jurídica, a cada pessoa, de defender um bem que a natureza lhe deu,
de maneira primordial e direta.

IV- Capacidade Jurídica

A expressão "todo homem" contida no artigo 2o do Código Civil compreende indistintamente a


unanimidade dos seres componentes da espécie humana, sem discriminação de idade, raça, cor,
sexo, nacionalidade, outros. Conforme Clóvis Bevilacqua, a todos faculta o Código seu ingresso na
ordem jurídica, a todos oferece a tutela da ordem jurídica. Mas o direito é constituído somente
entre os homens, "hominun causa".

Assim pessoa natural é o ser humano considerado sujeito de direitos e obrigações. A personalidade
tem sua medida na capacidade, que entendida como "capacidade jurídica ou de direito" é estendida
a todos os homens, conforme art.2o do CC.

Porém, essa capacidade quando como capacidade de exercício pode sofrer restrições legais, como
no caso do menor, do louco de todo gênero, do surdo mudo incapaz de manifestar-se, do pródigo.
A esses, o direito os denomina de incapazes. Assim, a capacidade de fato ou de exercício é a
aptidão de exercer por si todos os atos da vida civil.
A incapacidade pode ser absoluta ou relativa. As pessoas absolutamente incapazes são, conforme
art.5o do CC: 1) os menores de 16 anos; 2) os loucos de todo gênero; 3) os surdos-mudos, que não
puderem exprimir a sua vontade; e 4) os ausentes, declarados tais pelo ato do juiz. E as pessoas
relativamente incapazes são (art.6o do CC): 1) os maiores de 16 e menores de 21 anos; 2) os
pródigos; e 3) os silvículas.

A incapacidade é a restrição legal ao exercício dos atos da vida civil. Nesses casos, existem
impedimentos para a prática de certos atos, que não traduzem incapacidade das pessoas impedidas,
que conservam o pleno exercício de seus direitos civis. Tais proibições e impedimentos referem-se
à legitimação; legitimação é, por sua vez, a posição das partes, num ato jurídico, concreto e
determinado, em virtude da qual elas têm competência para praticá-lo.

V- Referência Bibliográfica

AKEL, Hamilton Elliot. Teoria Geral do Direito Civil: Módulo II. Juiz, professor de Direito Civil
da UNIP. São Paulo, 1997.

DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Vol1. São Paulo: Sariava, 1997.

MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de Direito Civil. Volume 1º São Paulo: Saraiva, 1996.

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