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N Abaixo, a democracia

os tempos do regime
militar se pichava
nos muros: “Abaixo a
ditadura”. Por que não há con-
tradição entre a frase dos anos Apesar de consolidada, a democracia no Brasil ainda
60 e 70 e o título desta página?
Alternativa A: porque nos dois
é tão jovem quanto os caras-pintadas em 1992
casos se exalta a democracia. Estudantes
B: por causa da vírgula. C: am- testam a
bas as anteriores estão certas. democracia
Quem marcou C está afiado em ao pedir o
História e Português. O Brasil é impeachment
uma democracia plena desde de Collor
1990, com a posse do primeiro
presidente eleito diretamente
após a ditadura militar. E, quan-
to à vírgula do título, inverte o
sentido da frase, que passa a
significar: abaixo do título, na
foto, um flagrante de democra-
cia. Este é o objetivo desta série
de fascículos: inter-relacionar
disciplinas para que você se
prepare bem para o vestibular.

NESTA EDIÇÃO
AGÊNCIA O GLOBO

A política, da
República Velha
a Lula PÁGs. 2 a 4

Os filmes que
reconstruíram
a ditadura PÁG. 5

5 questões para
você treinar PÁGs. 5 a 7
1 | R EV ISTA É PO C A | FA SCÍC U L O I I

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ENTENDA O ASSUNTO

Os percalços da jovem
democracia brasileira
A história da república do país mostra que o regime representativo vigorou
plenamente em poucos anos, e quase sempre acompanhado de sobressaltos
POR OSCAR PILAGALLO

U
ma tradição só está perfeitamente enraizada na sociedade quando sua própria
existência deixa de ser assunto. Ninguém discute, por exemplo, a divisão do
poder entre Executivo, Legislativo e Judiciário. Não há hipótese de ser de outro
modo. O peso da tradição mata o assunto. Não é o que acontece, no entanto, com a
democracia no Brasil – apesar de devidamente consolidada, ela ainda dá o que falar.
A questão da democracia voltou à baila recentemente por conta da reação do
presidente Lula às vaias que tem levado, a maior delas em julho, durante a abertura
dos Jogos Pan-Americanos, no Maracanã. Ele também é vaiado, simbolicamente,
pelo Cansei, movimento que reúne empresários, a seção paulista da Ordem dos
Advogados do Brasil, parentes de vítimas de acidentes aéreos, socialites, artistas e
DIVULGAÇÃO

críticos do governo em geral.


Lula comentou, a propósito das vaias: “Se alguns quiseram brincar com a demo-
cracia, eles sabem que neste país ninguém sabe colocar mais gente na rua do que
eu”. Na imprensa e em círculos próximos do governo, ouviram-se vozes que identifi-
A luta armada e a repressão do caram uma intenção golpista na iniciativa da elite “cansada”.
final dos anos 60 e início dos 70 ge- Há um inegável exagero nessa percepção. É claro que não há perigo à vista. Não
raram farta literatura baseada em é menos evidente que a democracia não está ameaçada. A menção a golpe parece
depoimentos dos protagonistas. produto de uma interpretação paranóica do processo histórico. E, no entanto, o
Um dos melhores ainda é O Que É assunto insinua uma volta à agenda política, com o próprio presidente vindo a
Isso, Companheiro? (Companhia público para defender a democracia.
das Letras), de Fernando Gabeira, Países com forte tradição democrática não precisam vir em
um dos seqüestradores do embai- socorro da democracia a qualquer tropeço dos protagonistas
xador americano em 1969. O livro, Vaiado, Lula do espetáculo da política. O que aconteceu nos Estados Unidos
que também traça um panorama recoloca na eleição de George W. Bush, em 2000, é exemplar. A eleição
dos grupos de esquerda da época, do republicano esteve cercada de controvérsia. Para começar,
a defesa da
deu origem ao filme homônimo que o candidato democrata, Al Gore, teve mais votos populares
democracia
se encontra em locadoras de DVD. que Bush, ou seja, o resultado da eleição (votação indireta)
em pauta,
mas não há não refletiu a vontade da maioria (votação direta). Esse é
ameaça à vista um desdobramento previsto na legislação, mas que ocorre
raramente (apenas dois casos iguais haviam sido registrados

1889-1930 1930-1937 1937-1945


República Velha Governo Ditadura do Hiat
Getúlio Vargas Estado Novo

Washington Luís
JK
ao
centro
Floriano 2 | R EV ISTA É PO C A | FA SCÍC U L O I
Peixoto
2 I r e v i s ta é p o c a I 11 de junho de 2007

Getúlio Getúlio

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Jango
discursa dias
antes de ser
deposto

A RENÚNCIA DE JÂNIO
ARQUIVO AGÊNCIA O GLOBO

antes). Naquela eleição, no > Uma das hipóteses para a


entanto, houve um agravante. nunca explicada renúncia de
Com a disputa muito apertada, Jânio Quadros, em agosto de
houve necessidade de recon- 1961, é que ele preparava um
tagem de votos na Flórida, que golpe de Estado. Para tanto,
afinal acabou sendo suspensa por decisão da Suprema Corte, o que definiu o pleito. teria mandado seu vice, João
Derrotado duas vezes (pela minoria republicana e pela Justiça), Al Gore nunca aven- Goulart, à China comunista.
tou a possibilidade de risco para a democracia americana. No máximo, ao entregar A ausência do sucessor legal,
os pontos, disse que aceitava a decisão em nome do fortalecimento do regime. que era combatido pelos con-
No Brasil, em comparação, a história da democracia teve bem mais sobressaltos, servadores, criaria um vácuo
o que talvez explique a tentação de incluir as vaias entre eles. que ele tinha esperança de
Em primeiro lugar, é importante lembrar que se trata de uma história relativa- ocupar. Renunciou para voltar
mente curta. Considerando-se o período republicano, o Brasil teve poucos anos nos braços do povo, com apoio
consecutivos de uma democracia livre da sombra da ruptura política. É só fazer as dos generais e sem o Congres-
contas. De saída, eliminem-se as quatro décadas da República Velha. Entre 1889 so. Em outras palavras, com
e 1930, quem detinha o poder eram as oligarquias agrícolas, mais poder. Mas a reação po-
que se revezavam por meio de eleições nas quais votava uma pular não veio e o veto militar à
Entre 1946 e pequena fração da sociedade. A legalidade não vinha acompa- posse de Jango ficou concen-
1964, a nhada da legitimidade. trado nos ministros militares.
democracia foi Entre 1930 e 1937, o Brasil viveu numa zona cinzenta. Não
fragilizada pelo era uma democracia, pois o principal mandatário, Getúlio
movimento Vargas, não fora eleito. Mas também não era uma ditadura
golpista que – pelo menos não havia, formalmente, um ditador. A ditadura
teria êxito com nasceria só em 1937, com o Estado Novo, que duraria até 1945.
os militares Os quase 20 anos seguintes foram de democracia. Ou talvez
seja melhor dizer: de ameaça à democracia. O primeiro presi-
dente, o general Eurico Dutra, foi ungido pelo ex-ditador. Ficou no poder até 1950.
Na seqüência, seria a vez de o próprio ex-ditador voltar como presidente eleito.
Getúlio, conhecido como “o pai dos pobres”, enfrentou cerrada oposição conserva-

CEDOC
dora que, com Carlos Lacerda à frente, era conspiradora em tempo integral. Vargas
se matou em 1954, e seu mandato foi completado por Café Filho – um hiato de Jânio, quando ainda desfrutava
pouca expressão entre Vargas e seu herdeiro político, Juscelino Kubitschek. de grande popularidade
JK é hoje um paradigma de presidente. Mas na época era execrado pelos conser-
vadores golpistas. Tanto que por pouco ele não foi impedido de tomar posse. Foi
preciso um contragolpe preventivo para garantir o respeito à Constituição.
Com seu sucessor, Jânio Quadros, os conservadores acharam que tinham final-
mente chegado ao poder. Estavam enganados. Jânio renunciaria em menos de oito

1946-1964 1964-1985 1985-1989 1990-2007


Hiato democrático Ditadura militar Transição Democracia
democrática
Figueiredo FHC e Lula
Sarney
JK
ao
centro
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Passeata nos
O TESTE DO anos 70, quando
COLLORGATE segmentos
da sociedade
Depois da redemocratização, começaram
a partir de 1985, o regime sofreu a se manifestar
uma grande ameaça em 1992, contra a ditadura
com o Collorgate – o processo
que culminou com o afastamento
do presidente, assim chamado
em referência ao Watergate, que
ARQUIVO AGÊNCIA O GLOBO

levou à renúncia do presidente


Richard Nixon, dos EUA, em 1974.
O Collorgate não teve a drama-
ticidade do suicídio de Getúlio,
em 1954. Nem a ação cinema-
tográfica do golpe preventivo
de 1955, que incluiu a fuga dos
protagonistas num navio que meses, em agosto de 1961, acreditando, provavelmente, que seria chamado de volta,
zarpou do Rio. Tampouco o des- com mais poderes. Também estava enganado.
dobramento da crise da posse de O episódio da posse de João Goulart, vice de Jânio, representou séria ameaça à
Jango, em 1961. Mas, no Brasil continuidade democrática. Os ministros militares não o aceitavam, e a crise só foi
contemporâneo, foi o grande contornada com um remendo parlamentarista que tolhia os movimentos de Jango.
teste da democracia. Um plebiscito em 1963 restabeleceu o presidencialismo, mas àquela altura o golpe de
Itamar Franco, vice de Collor,
enfrentava alguma resistência de 1964 já estava praticamente em curso.
setores identificados com o então Os militares ficaram pouco mais de 20 anos no poder, até 1985, quando, após a
PFL do senador Antônio Carlos derrota do movimento Diretas Já, o Colégio Eleitoral elegeu Tancredo Neves, civil
Magalhães. Dizia-se que ele não e de oposição. Tecnicamente, a ditadura militar ficara para trás. Tancredo morreu
tinha representatividade, uma antes da posse e quem acabou assumindo foi seu vice, José Sarney, um político
vez que não fora eleito. Tratava- que fizera carreira no partido governista durante a ditadura. De qualquer maneira,
se de um raciocínio golpista, que Sarney levou a transição política até o fim.
não levava em conta a própria
Constituição. Desde meados de A primeira eleição direta depois dos militares se deu em 1989, com a vitória de
1992, à medida que o afastamen- Fernando Collor. É a partir daí que a democracia medra de verdade. O primeiro gran-
to de Collor se tornava uma pro- de teste veio com o processo de impeachment em 1992. Estudantes caras-pintadas
babilidade cada vez maior, Itamar saíram às ruas para protestar. O presidente foi afastado, e a democracia saiu ilesa,
trabalhou para neutralizar tal com a posse do vice, Itamar Franco, como manda a Constituição.
resistência. Chegou a defender Tudo somado, noves fora os intervalos em que esteve sob perigo iminente, a
uma “união nacional em torno da democracia brasileira tem a idade de muitos candidatos ao vestibular deste ano.
legalidade” e senadores armaram
um “cinturão do Itamar” para Não é pouco. Mas não é muito também. É por ser tão jovem que ela ainda não tem
garantir a transição. Com sua regras estáveis. Veja-se, a propósito, a duração do mandato presidencial. Sarney
posse, venceu a democracia. assumiu com quatro anos e acabou ficando cinco. Fernando Henrique Cardoso
conseguiu mudar a regra no meio do jogo e arrancou do Congresso a possibilida-
de de reeleição. Agora, fala-se novamente em cinco anos, sem reeleição. Fala-se
também em terceiro mandato, mas sobre isso Lula disse que é “uma provocação
à democracia”. Convém anotar a frase – just in case, como dizem os ingleses, um
povo acostumado às práticas democráticas.
O “fora, Lula” não é antidemocrático. Da mesma maneira que não o era o “fora, FHC”. É
SÉRGIO DUTTI / EDITORA GLOBO

FHC, apenas o exercício do direito de espernear. Como diria o poeta concretista: “Viva a vaia”.
em cujo
mandato se
permitiu a
reeleição OSCAR PILAGALLO
PILAGALLO, jornalista, é autor
de A História do Brasil no Século 20
(em cinco volumes, pela Publifolha)

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Política na tela
A história do Brasil não se encontra apenas nos livros; a resposta
e o comentário da questão inédita estão no próximo fascículo
Cena de O Ano em
Que Meus Pais
Saíram de Férias,
ambientado durante
a repressão

Batismo de Sangue e O Ano em Que


Meus Pais Saíram de Férias, filmes
recentes, retratam um tema que a his-
tória oficial parece querer esquecer.
Enquanto na Argentina o Estado se
encarrega de fazer o país reencon-
DIVULGAÇÃO

trar-se, por meio de investigações


e punições àqueles que cometeram
atrocidades, aqui o cinema é que
cumpre esse papel. B) do Estado Novo (1937 a 1945) e abor- D) da grande crise econômica vivida
Os filmes citados tratam: dam a violenta perseguição ao Partido pelos países latino-americanos na
A) das ditaduras sul-americanas, Comunista Brasileiro e a seus membros. década de 80 do século passado,
como as da Argentina, do Brasil e do C) da ditadura militar no Brasil (1964 conhecida como a “década perdida”.
Uruguai, e da violenta repressão polí- a 1985 ou, para alguns autores, 1989) E) dos problemas da juventude brasi-
tica praticada por elas, inclusive com e enfocam questões como repressão, leira no século XXI, sem perspectivas,
ações conjuntas. tortura e resistência armada. sem sonhos ou utopias para buscar.

RESPOSTA DA QUESTÃO INÉDITA DO FASCÍCULO I

PPPs, investimentos
sem gasto orçamentário
A pergunta inédita do primeiro fas- a melhor proposta ganha o direito de próprio. Outros defendem a construção de
cículo foi sobre as Parcerias Público- construí-la, investindo seu próprio capi- um sistema de fiscalização para evitar que
Privadas. As PPPs são uma alternativa tal, e, depois de pronta, passará a rece- tentativas de redução de custos coloquem
para o governo aumentar os investimen- ber as tarifas dos usuários ou um valor em risco a obra. Esse modelo já foi usado
tos em infra-estrutura sem aumentar os estabelecido pelo governo. em países como Inglaterra, Espanha,
gastos orçamentários. Elas podem ocor- Alguns partidos políticos questionam Portugal, Irlanda e África do Sul.
rer nas várias esferas de governo. essas parcerias, mostrando algumas Gabarito: alternativa A. (Sobre as
O governo oferece uma concessão distorções, tais como o financiamento PPPs é correto afirmar que são uma alter-
ou solicita a execução de uma obra público, via BNDES, para a execução da nativa que o governo encontrou para atrair
ao setor privado. Uma estrada, por obra. Assim, o espírito da idéia seria viola- investimentos privados para as obras de
exemplo. A empresa que apresentar do, pois o capitalista não injetaria capital infra-estrutura necessárias ao país.)

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QUESTÕES RESPONDIDAS

Ditadura, cidadania e tropicalismo


Perguntas feitas em quatro vestibulares cobrem vários aspectos da história
contemporânea do Brasil a partir do governo civil derrubado pelo golpe militar de 1964
1ª questão do Congresso da União Nacional dos
Estudantes (UNE) em Ibiúna.
lhe é perguntado na oração principal.
Quanto ao conteúdo da questão, ajuda
Embora a tendência a um contínuo D) o discurso a favor das ligas campo- muito localizar no tempo os eventos
fechamento político já estivesse pre- nesas e da reforma agrária feito por mencionados nas alternativas. A mar-
sente nas ações governamentais desde Francisco Julião na Central do Brasil, cha e o discurso de Julião ocorreram
o golpe militar de 1964, que aconte- no Rio de Janeiro. em 1964. O seqüestro data de 1969.
cimento foi usado como argumento E) o seqüestro do embaixador norte- Sabendo isso, você já elimina três alter-
legitimador para a adoção do Ato americano por grupos de militantes que nativas. Para descobrir qual das duas
Institucional Nº 5, em 1968: participavam da esquerda armada. restantes é a correta seria necessário
A) o discurso do deputado Márcio Ufam – 2006 (questão 45 da prova de História) ter conhecimento de que o AI-5, símbolo
Moreira Alves no Congresso Nacional, dos “anos de chumbo” da ditadura, teve
criticando o Regime Militar. COMENTÁRIO um pretexto: a negativa da Câmara dos
B) a marcha da “Família com Deus Observe que o enunciado inicia-se com Deputados em conceder autorização
Pela Liberdade”, que reuniu milhares a conjunção subordinativa “embora”. para que o governo processasse um
de pessoas em São Paulo. Atenção: isso é apenas um comentário, deputado oposicionista por um discurso
C) a realização, na clandestinidade, que não interferirá decisivamente no que considerado ofensivo pelos militares.

2ª questão os direitos sociais e políticos não foram


garantidos na Constituição promulgada
cientes para eliminar as desigualdades.
Nesses países, portanto, é importante a
A palavra cidadania assumiu vários em 1988. A lei apresenta-se ainda omis- atuação das ONGs (Organizações Não-
significados através da História. Na Grécia sa em relação aos direitos humanos, Governamentais).
Antiga, a palavra designava o direito de os das crianças e das mulheres. 4 4 – o movimento pela cidadania no
homens livres decidirem os destinos da 1 1 – cidadão é aquele que tem consciên- Brasil desenvolveu-se durante os anos de
cidade. Atualmente, esse direito foi esten- cia de seus direitos e deveres e participa 1980, com os processos de abertura polí-
dido a todos os homens e mulheres e, de todas as questões colocadas pela tica e reivindicações de direitos humanos.
ainda mais, tornou-se uma condição para sociedade. É um indivíduo que se orienta Um dos principais articuladores dessa luta
a democracia. Analise as afirmações segundo valores universais e, conseqüen- foi o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho.
abaixo sobre o conceito de cidadania: temente, defende os direitos humanos, Ufal – 2002 (questão 27 da prova de Estudos Sociais)
0 0 – no Brasil, a cidadania é, ainda, um sociais e políticos para todos.
projeto jurídico e uma luta política, porque 2 2 – nos países democráticos, pelo seu COMENTÁRIO
CEDOC

caráter liberal, o Estado não é respon- Esse tipo de enunciado apresenta uma
sável por realizar políticas públicas de visão histórica sobre determinado assunto.
direitos humanos e sociais. Essas ações Na maioria desses casos, as alternativas
ficam a cargo da iniciativa privada e dos podem reafirmar, ampliar ou mesmo negar
movimentos sociais. o enunciado. É a partir dessas relações
3 3 – em países pobres e emergentes, a que você saberá se a assertiva é falsa ou
política de promoção da igualdade tem verdadeira. Uma leitura atenta acaba por
se mostrado muito frágil. Os recursos indicar a resposta correta. Repare, por
para saúde, educação, moradia, emprego, exemplo, que as alternativas 0 0 e 2 2
meio ambiente saudável não são sufi- negam o que é dito no enunciado.

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3ª questão Jango sorve
o chimarrão;
A) programa de reformas de João Goulart.
B) reforma constitucionalista.
As reformas de base eram um con- ele tentou C) milagre brasileiro.
junto de medidas que previam grandes implementar D) Plano Salte.
mudanças nas áreas administrativa, fiscal, as reformas E) Plano de Metas.
eleitoral, tributária, educacional e agrária. de base Cesama (AL) – 2007/2 (questão 47 da prova de Conhecimentos Gerais)
Entre as medidas defendidas pelo presi-
dente estavam a reforma agrária, o direito COMENTÁRIO
de voto aos analfabetos e aos militares Enunciados como esse fornecem muitas
de baixa patente, a nacionalização das informações, o que facilita a recuperação
empresas concessionárias de serviços do que você sabe sobre o assunto. Quanto
públicos e o imposto progressivo. Tratava- ao conteúdo, as reformas de base come-
se de um instrumento com o qual o gover- çaram a ser discutidas ainda no governo
no buscava unir todas as forças paulistas JK, mas viraram plataforma política
mobilizadas e fazer crer à opinião pública apenas no governo de Jango. As reformas
CPDOC/Fundação Getúlio Vargas

a necessidade de mudanças institucionais agrária e urbana eram as principais metas,


na ordem política, social e econômica, mas encontravam resistências dos con-
como condição ao desenvolvimento nacio- servadores. O impasse em torno das refor-
nal. Este texto está relacionado com o mas levou a uma radicalização política,
período conhecido como: que desembocou no golpe militar de 1964.

4ª questão plano secundário a qualidade estética


de suas canções.
o moralismo vigente, à esquerda e à direi-
ta, com os experimentalismos radicais em
D) para o tropicalismo as transforma- relação a drogas, sexualidade e estética. A
“Caminhando contra o vento / Sem ções sociais precedem as mudanças música, com Caetano, Gilberto Gil e Tom
lenço sem documento / No sol de ocorridas no plano subjetivo. Zé, foi a maior vitrine, mas não podemos
quase dezembro / Eu vou / [...] Por E) a letra da canção enfatiza temas esquecer do teatro, com o Grupo Oficina,
entre fotos e nomes / Sem livro e
sem fuzil / Sem fome sem telefone sociais e revela o engajamento do autor o cinema, com Gláuber Rocha, e as artes
/ No coração do Brasil / Ela nem na resistência política armada. plásticas, com Hélio Oiticica.
sabe até pensei / Em cantar na UEL – 2004 (questão 38 da prova de
televisão / O sol é tão bonito / Eu História)
vou / Sem lenço sem documento

ILUSTRAÇÃO: AKE ASTBURY


/ Nada no bolso ou nas mãos / Eu COMENTÁRIO
quero seguir vivendo amor.” Diferentemente das
(Caetano Veloso, música “Alegria Alegria”)
questões que apresentam
letras de músicas ou poe-
Com base na letra da canção mas que pouco interferem
e nos conhecimentos sobre o na resposta, esse trecho dá
tropicalismo, é correto afirmar: várias dicas sobre a alter-
A) ao criticar a sociedade por meio da nativa correta. Repare nas
construção poética, a canção questiona metáforas “contra o vento”,
determinada concepção de esquerda dos “sem lenço sem documen-
anos 1960. to”, “sem livro e sem fuzil”.
B) a letra da canção mostra que os tropi- A tropicália significou uma
calistas usavam a arte como instrumento ruptura estética e também
para a tomada do poder. político-ideológica com o
C) ao valorizar a aproximação com a nacionalismo da esquerda
mídia os tropicalistas colocaram num ortodoxa de então. Desafiou
GABARITO 1 (A); 2(Falso, Verdadeiro, Falso, Verdadeiro, Verdadeiro); 3(A); 4(A)

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Vote no tema do 11º
fascículo deste guia
Basta entrar no site da revista e escolher um
dos quatro temas propostos pelos professores

O
11º fascículo do Guia ÉPOCA Vestibular 2008 - Atualidades é uma
espécie de faixa-bônus. Mas, ao contrário do que ocorre com os CDs,
no fascículo a escolha do conteúdo ficará a critério dos estudantes que vota-
rem no site www.epoca.com.br. Esse fascículo extra terá a estrutura dos dez primeiros
que estão sendo encartados gratuitamente na revista semanal. Ou seja, haverá questões
comentadas, pinçadas de vestibulares já realizados.
Inicie a prova Haverá também uma questão inédita. O assunto prin-
pelas questões
que considerar mais cipal será escolhido pelos estudantes, que poderão vo-
fáceis. Dessa forma, tar em um dos quatro temas propostos.
você garante melhor
aproveitamento São eles: 1) Globalização e Organizações
do tempo e os Multilaterais, 2) União Européia, 3) Biotecnologia e
primeiros acertos, Células-Tronco e 4) Crime Organizado. O fascículo
o que reforçará sua
terá a mesma apresentação da edição impressa.
Ilustração: AKE ASTBURY

disposição para
o prosseguimento
do exame.
Assim, aqueles que o desejarem, poderão fazer
cópias da versão eletrônica.

DIRETOR EXECUTIVO Juan Ocerin


DIRETOR EDITORIAL Paulo Nogueira
DIRETOR DE MERCADO ANUNCIANTE Gilberto Corazza
DIRETOR DE FINANÇAS Frederic Zoghaib Kachar
DIRETOR DE ASSINATURAS Stavros Frangoulidis Neto
DIRETORA DE MARKETING Yara Grottera

DIRETOR DE REDAÇÃO Helio Gurovitz epocadir@edglobo.com.br


REDATOR-CHEFE David Cohen
DIRETOR DE CRIAÇÃO Saulo Ribas
EDITORES-EXECUTIVOS André Fontenelle, David Friedlander
DIRETOR DE ARTE Marcos Marques

O Guia ÉPOCA Vestibular 2008 - Atualidades é um projeto


editorial de 11 fascículos desenvolvido pelo UNO Sistema
de Ensino da Editora Moderna para a Editora Globo. © 2007
Editora Moderna e Editora Globo. Todos os direitos reserva-
dos. Nenhuma parte desta coleção pode ser reproduzida sem
autorização prévia da Editora Moderna e da Editora Globo.

COORDENAÇÃO GERAL DO PROJETO Ana Luisa Astiz


COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA Carlos Piatto (UNO)
COORDENAÇÃO DE TEXTOS Antonio Carlos da Silva (Prof.
Toni) e Venerando Santiago de Oliveira
COMENTÁRIOS AOS ENUNCIADOS E DICAS Jô Fortarel
EDIÇÃO DE TEXTO Oscar Pilagallo
EDIÇÃO DE ARTE Leonardo Nery Protti
ILUSTRAÇÕES AKE Astbury
REVISÃO Bel Ribeiro
SUPERVISORA DE INTERNET Adriana Isidio (UNO)

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