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Janaína Castilho Marcoantonio - no USP 3096577

Discursos Jornalísticos e Estigmas Sociais - Profa Rosana

OS ESTABELECIDOS E OS OUTSIDERS
Norbert Elias e John L. Scotson

 Auto-imagem: os grupos mais poderosos se pensam a si mesmos como humanamente superiores.

 Carisma grupal: virtude compartilhada por todos os membros do grupo superior, e que falta aos
outros.

 Termo "aristocracia": literalmente, "dominação dos melhores".

 Termo "nobre": duplo sentido de categoria social elevada e atitude humana altamente valorizada.

 Winston Parva: moradores antigos x recentes - modelo explicativo, em pequena escala, da figuração
que se acredita ser universal.

 Recém-chegados tratados como "os de fora": aceitavam com resignação e perplexidade.

 Tabu mantido através dos meios de controle social: fofoca elogiosa (praise gossip) e fofoca
depreciativa (blame gossip).

 Não havia diferenças nos padrões habitacionais, nacionalidade, ascendência étnica, "cor" ou "raça",
tipo de ocupação, renda, nível educacional. A única diferença era o tempo de residência na
comunidade.

 Moradores antigos: coesão grupal, identificação coletiva, normas comuns > euforia de pertencer a um
grupo superior; desprezo pelos outros grupos.

 Maior potencial de coesão > cargos importantes das organizações locais (o conselho, a escola, o
clube).

 Exclusão dos recém-chegados: visava preservar a identidade e afirmar a superioridade do grupo dos
antigos.

 Embora a natureza das fontes de poder possa variar muito, a figuração estabelecidos-outsiders
mostra, em contextos diferentes, características comuns e constantes.

 Os estabelecidos constróem a imagem dos outsiders enquanto grupo baseando-se nas características
ruins de seus piores indivíduos (minoria anômica).

 Em contrapartida, constróem sua auto-imagem (enquanto grupo) baseando-se nas características


boas de seus melhores indivíduos (minoria nômica ou normativa).

 Atualmente: tendência a discutir o problema da estigmatização social como se fosse um desapreço


acentuado de indivíduos contra indivíduos (preconceito).

 Em Winston Parva viam-se membros de um grupo estigmatizando os de outro, não por suas
qualidades individuais, pmas por pertencerem a um grupo coletivamente considerado inferior.

 Um grupo só pode estigmatizar outro com eficácia quando está bem instalado em posições de poder
das quais o grupo estigmatizado é excluído.

 Nas disputas de poder, o estigma social imposto costuma penetrar na auto-imagem do grupo menos
poderoso, contribuindo para enfraquecê-lo e desarmá-lo.

 Com a diminuição das disparidades de força (ou do desequilíbrio de poder) os antigos outsiders
tendem à retaliação (contra-estigmatização).
 Antigos residentes:

 Famílias conhecidas há mais de uma geração


 Estilo de vida comum
 Conjunto de normas comum
 Orgulho em seguir certos padrões
 Sentimento do status e inclusão na coletividade estavam ligados à vida e às
tradições comunitárias.

 Recém-chegados: ameaça ao estilo de vida estabelecido.

 Barreira emocional: rigidez extrema dos estabelecidos contra os outsiders; perpetuação do tabu.

 A legislação estatal da Índia pode abolir a posição de párias dos antigos intocáveis, mas a repulsa dos
indianos das castas superiores ao contato com eles persiste, especialmente nas zonas rurais.

 A satisfação extraída da participação no carisma grupal compensa o sacrifício da satisfação pessoal


decorrente da submissão às normas do grupo.

 Outsiders vistos como não observantes dessas normas e restrições; indignos de confiança,
indisciplinados e desordeiros.

 "Medo da poluição": evitação de qualquer contato social com os outsiders (tal contato seria o
rompimento de normas, levando o "inserido" a ter seu status rebaixado).

 Auto-imagem dos outsiders: por algum tempo pode entravar sua capacidade de retaliação, bem como
sua capacidade de mobilizar as fontes de poder que estejam ao seu alcance.

 Termos da língua inglesa que estigmatizam: crioulo, gringo, carcamano, sapatão, papa-hóstia
(nigger, yid, wop, dike, papist): característicos do desequilíbrio de poder, uma vez que os outsiders
não dispõem de termos estigmatizantes equivalentes em relação aos estabelecidos.

 Quando os termos que partem dos outsiders passam a ser insultosos, é sinal de que a relação de
forças está mudando.

 Sob alguns aspectos, são iguais no mundo inteiro.

 Os outsiders, quando o diferencial de poder é grande e a submissão inelutável, entendem sua


inferioridade de poder como um sinal de inferioridade humana.

 "Os mal-lavados" (the great unwashed): a crença de contaminação pela anomia e pela sujeira
tornavam-se uma coisa só.

 "Dê-se a um grupo uma reputação ruim e é provável que ele corresponda a essa expectativa" (Fazer
o que lhes é censurado: ato de vingança contra os censuradores. Página 30)

 Crescer como membro de um grupo outsider estigmatizado pode resultar em déficits intelectuais e
afetivos específicos.

 Adjetivos "racial" ou "ético": sintomáticos de um ato ideológico de evitação. Chama-se a atenção para
um aspecto periférico dessas relações, desviando os olhos do que é central (diferenças de poder e
exclusão)

 Marx: lutas de poder buscam vantagens econômicas.

 O objetivo da sobrevivência física assume prioridade em relação aos demais sempre que sua obtenção
é incerta.

 Burakumim: crença de que carregam no corpo um sinal físico hereditário (sinal de nascença azulado,
abaixo das axilas) > coisificação do estigma social, eximindo o grupo estigmatizador de qualquer
responsabilidade.

 Cor da pele e outras características inatas e biológicas servem à mesma função objetificadora.
 Construção de fantasias enaltecedoras e depreciativas: papel vital na condução das relações de poder
(o sonho americano e o sonho russo, missão civilizadora dos países europeus, terceiro reich, etc)

 A opinião interna de qualquer grupo com alto grau de coesão tem profunda influência em seus
membros, como força reguladora de seus sentimentos e de sua conduta.

 Sob certos aspectos, tem a função e o caráter de consciência da própria pessoa.

 O membro de um grupo estabelecido pode ser indiferente ao que os outsiders pensam dele, mas
raramente é indiferente à opinião dos insiders.

 Sua auto-imagem e auto-estima estão ligados à sua imagem para o grupo.

 Antigamente: coesão interna (sentimentos e ordens de conduta) definida por ordens clericais. Hoje:
por establishments de partidos-governos.

 Freud reconheceu a capacidade humana de controlar e moldar os impulsos libidinais na vida em grupo
(ego e superego > autocontrole), mas não falou sobre o nós e o ideal do nós. Seu conceito de homem
continuou a ser o do indivíduo isolado.

 A imagem do nós e o ideal do nós de uma pessoa fazem parte de sua auto-imagem tanto quanto a
imagem e o ideal do eu.

 "Sou mexicano", "sou budista", "sou da classe trabalhadora", "somos de uma antiga família
escocesa": aspectos da identidade grupal de uma pessoa, não menos integrantes de sua identidade
pessoal do que outros aspectos mais "individuais"

 Em alguns casos, o escudo do carisma como grupo pode ter um valor de sobrevivência. Em outros,
pode dar a dimensão errada de seu poder, levando à sua auto-destruição. (Ex. comunidade holandesa
que foi enviada em grupo para os campos de concentração. Página 43)

 Certas características, tidas como usuais e até mesmo como virtudes entre os estabelecidos, são
imputadas por estes aos outsiders como motivo de censura. Exemplo: intocáveis devem tirar os
sapatos ao passar pelas ruas das castas superiores, porque usar sapatos seria um exibicionismo. Da
mesma forma, usar bigodes com as pontas viradas para cima é proibido por ser sinal de auto-
afirmação.

 Como se passou a considerar a diferença na cor de pele como fator determinante para classificação
num outro grupo? Na verdade, as relações de poder e dominação que se estabeleceram passaram a
adotar as diferenças físicas como justificativa para as diferenças de poder.

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