Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
CURSO DE FORMAÇÃO DE
AGENTE E ESCRIVÃO DE POLÍCIA
2008
CRIMINALÍSTICA
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
Local de Crime
Vestígios
Prova
Metodologia da Investigação Criminal
Manchas
Sangue
Impressões
Indícios
Reprodução simulada
Perícia
Laudo Pericial
Magiora, em sue Direito Penal, faz referência ao termo Polícia Cientifica, e Reroud ao
termo Polícia Técnica, com o mesmo sentido de Criminalística. Edmond Locard, um
dos pioneiros da criminalística na França no seu “Traité de Criminalistique” considera a
Polícia Científica apenas como um aspecto da criminalística.
Apaixonado pelos problemas dos criminosos habituais e dos indícios deixados pelos
delinqüentes nos locais de crime, Locard passou a estudar inúmeras obras de
criminologia e fez contatos com peritos renomados na época. Viajou por diversos países
europeus, à busca de novas técnicas de investigação criminal, as quais, desde logo,
divulgou através de conferências e publicações.
Com o objetivo de por em prática tudo o que aprendera, Locard procurou o Chefe de
Polícia Regional de Lyon, Henry Cacaud, solicitando a sua ajuda, para que pudesse
organizar um serviço que contasse com uma equipe permanente de cientistas e técnicos,
que empregassem todos os recursos de sua sabedoria em busca de meios para detectar o
crime.
Além da função técnica, a Polícia Técnica esta voltada também para funções sociais
através da prestação dos serviços de identificação civil e criminal, produto do labor
pericial, assegurando ao cidadão direitos constitucionais de caráter educativo e
assistencial, visando assegurar com mais rapidez e segurança a justiça prolatar sentenças
justas, evitando colocar inocentes na cadeia e criminosos nas ruas, viabilizando o
conceito de Justiça Social, principalmente para classes menos assistidas.
Tatuagem, marca a fogo, mutilações foram alguns dos métodos usados para identificar
criminosos.
O processo de identificação por meio de impressão digital foi feito inicialmente pelo
britânico William Herschel e pelo escocês Henry Faulds, sendo a primeira experiência
4
cientifica iniciada por Sir Francis Galton e em seguida por Edward Henry na Inglaterra
e por Juan Vucetich na Argentina, criador do sistema de identificação datiloscópica, que
leva o seu nome.
Criminalística
•Local de Crime
•Metodologia da Investigação Criminal
•Vestígios
•Manchas
•Sangue
•Impressões
•Indícios
•Perícia
•Laudo Pericial
5
Local de Crime
•Levantamento
•Isolamento
•Classificação
•Subdivisão
•Elementos comuns a todos tipos de crime
•Aspectos a serem observados
•Espécie
•Exames
Criminalística:
6
•Quando o fato denunciado não constituir infração penal, a investigação não pode e nem
deve prosseguir.
•Constatado que o fato é delituoso, a investigação prossegue até o esgotamento legal;
•A investigação deve procurar e esgotar todas as circunstâncias inerentes ao fato
delituoso, objeto do crime;
•É sabido que cada crime tem uma investigação adequada, ao proceder ao recolhimento
dos vestígios e indícios da atividade criminosa, deve ser feito com o caráter particular
de cada crime, os delitos impõe normas especifica de investigação.
•O crime é um ato humano de natureza voluntária
•O objeto do crime é a pessoa ou coisa sobre a qual incide a ação criminosa.
•Através do objeto do crime é que dá origem as perícias, que tem como objetivo
determinar os efeitos que a atividade criminosa produziu.
•A ação criminosa do agente é produzida em certa data e em determinado lugar, que
dependem de uma série de circunstâncias decisivas para averiguação total e poder levar
a elucidação.
•O “modus operandi”, ou seja, a maneira e a espécie como foi praticado o delito, são
pormenores que não devem ser esquecidos para determinar o perfil do criminoso.
•O agente ativo
•A vontade do agente ativo
•O agente passivo ou vitimas
•O objeto da incidência do crime
•O tempo do crime
•O lugar do crime
7
•O resultado do crime
•O instrumento do crime
•O motivo determinante do crime
•O fim do crime
•Vontade
•Concepção
•Deliberação
•Decisão
•Execução
•Consumação
•Objeto do Crime:
8
Base Legal da Prova Material:
A prova material, portanto, assume real importância, como se observa nos artigos que
prescrevem a sua aplicação no direito subjetivo (Código de Processo Penal, art. 386):
O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça:
I– estar provada a inexistência do fato;
II - não haver prova da existência do fato;
III - não constituir o fato infração penal;
IV - não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal [...]
Prova
A Prova Pericial é dependente da qualidade das amostras, e dos cuidados a ela inerente.
Esta qualidade depende dos processos de:
–Coleta;
–Acondicionamento;
–Identificação;
–Armazenagem;
9
–Encaminhamento (transporte);
–Entrega - Exame/Laboratório
Classificação Prova:
Diretas- São aquelas que mostram de maneira precisa, o que se procura esclarecer,
permite conclusões, com o objetivo de constatar a existência do crime. (objetivas,
materiais, periciais)
Indiretas ou subjetivas - São chamadas indiciarias ou circunstanciais, as que dão a
entender algum coisa relacionada com um crime, também denominada informativa.
Complementares ou mistas: Possuem parcela de subjetividade: reprodução simulada,
retrato falado, investigação da vida pregressa do acusado.
10
Função da Perícia
Exame do Local
a) Levantamento fotográfico;
b) Elaboração do Croquis;
c) Busca de imprssões;
d) Coleta de material para estabelecer a sequência dos vestígios, indícios, para a
formação da “prova”.
Local de Crime
Conceito;
Classificação;
Isolamento;
Preservação;
Levantamento;
Exame.
11
Local de Crime
Local é o lugar onde ocorreu um crime ou uma infração penal.(Gilberto da Silva Porto);
É toda área onde tenha ocorrido um fato que assuma a configuração de delito e que,
portanto exige as providências da Polícia(Carlos Kendy);
Os ingleses e americanos chamam de “the scene of crime” os franceses “le scêne du
crime”, os espanhóis, argentinos e demais países que falam espanhol “el sitio del
sucesso”, os jornais costuma chamar “teatro do crime”.
Local de Crime
Portanto, entende-se como local de crime a área onde se deu uma infração penal, que
tenha deixado vestígios que, tecnicamente, conduzem à elucidação do delito;
O levantamento do local do crime é a base para as investigações. Le Moyne Snyder
acha que se uma investigação sobre homicídio termina em fracasso, a causa é o exame
inadequado do local;
Outros especialistas opinam ser os primeiros minutos de atividade em um local,
decisivo, para determinação, com segurança do êxito ou fracasso da investigação.
O local de crime, teoricamente, é o espaço físico onde ocorreu a ação delituosa, e onde
são encontrados os vestígios e ou micro vestígios, que indicam o caminho a seguir na
busca pela autoria do ilícito penal, ou a forma de agir do criminoso, que transformados
em corpo de delito após a análise e identificação técnico-científica dos seus
componentes vão perpetuar a prova material. Como conceitua (Rabelo)
12
A polícia militar; polícia judiciária; polícia rodoviária; polícia ferroviária e prepostos de
engenharia de trânsito, órgãos responsáveis pela custódia do local, em obediência ao
diploma legal deverá proceder ao isolamento do mesmo, com cuidado, evitando sua
violação, para que as evidências não se percam e o andamento dos exames não fique
prejudicado.
I - Imediato
II - Mediato
Exame de Local
13
Local é área onde se deu a infração penal, que tenha deixado vestígios, tecnicamente,
conduzem a descoberta do autor;
Le Moyne Snyder acha que, “se uma investigação sobre homicídio terminar em
fracasso, a causa é o exame inadequado do local”;
Outros opinam serem os primeiros minutos de investigação em um local, decisivo para
a determinação, com segurança, de êxito ou fracasso da investigação.
Levantamento de Local
Levantamento de Local
Antes do levantamento propriamente dito, devem os peritos procurar, detalhes pare que
a descrição seja exata e objetiva, levando ao êxito da investigação criminal e elucidação
do delito
O procedimento investigatório policial começa na percepção do local de crime.
14
A busca pela prova material, para efetivamente provocar a ação da justiça, parte do
encontro com os vestígios encontrados no local, motivo da investigação criminal.
Vestígios
Quase tudo que se possa imaginar, pode constituir um vestígio, quer seja encontrado no
local do crime, na vítima ou no criminoso.
Impressão digital, marcas, rastros, manchas, objetos, ferramenta, arma, projétil, pólvora,
resíduos, líquidos, graxas, tintas, sangue, etc, são considerados vestígios.
Na ficção literária, os vestígios são denominados de “Pistas”.
Vestígios
Quando ocorre um delito, o criminoso leva consigo, em alguma parte, nas vestes,
sapatos ou no próprio corpo, algo do local onde esteve ou da sua vítima, ao tempo em
que deixa neste mesmo lugar, qualquer coisa sua, sem que perceba tal ocorrência, ou
entenda o seu significado e o valor que o mesmo possa vir a ter na investigação
criminal;
Qualquer coisa que possa ser deixada ou produzida por um criminoso, no local de crime
ou levar consigo, é considerado vestígio. Portanto, em Criminalística, vestígios são
elementos materiais encontrados no local de crime, no criminoso ou na vítima.
Um vestígio pode ser de grande valor na elucidação de um crime, por isso o mais
insignificante pormenor não deve ser dispensado, dele pode vir a comprovação de um
ato delituoso.
Todo vestígio deve ser observado e coletado tecnicamente para exame laboratorial
futuro, se necessário.
A coleta de material encontrado em local de crime, no criminoso ou na vítima, deve ser
feita com precauções, pode levar a elucidação do delito.
A preservação dos vestígios no local de crime tem que ser orientada de forma a ser
assegurada pelo seu valor probatório, para que não sofram alterações de qualquer forma,
dificultando ou até mesmo inviabilizando o trabalho dos peritos
Todo material encontrado no local deve ser considerado como suspeito e, portanto,
coletado, poderá servir como indício e somente o exame pericial determinará sua
utilidade.
Para se conseguir um bom resultado na investigação criminal, depende da atuação do
policial que primeiro chega ao local do crime e da maneira como são preservados os
vestígios existentes
15
O atraso de um minuto na percepção do vestígio encontrado no local de crime é
Partindo dessa premissa todos os esforços no sentido de agilizar a coleta e análise dos
vestígios que vão compor o corpo de delito é fundamental para a elucidação do ato
criminoso e identificar seus autores.
Microvestígios
Procedimentos no local
16
As condições atmosféricas;
Topografia, iluminação;
Orientação geográfica com pontos de referência;
Condições de visibilidade e sentido do vento;
Ponto de referência para a descrição dos vestígios encontrados, etc.
Amarramento do local.
Do exame do cadáver
17
Das coletas
Os desenhos das linhas papilares contidas na extremidade dos dedos, na palma das mãos
e na planta e dedos dos pés começaram a ser estudados em 1664, contudo no final do
século XIX estes estudos foram elevados à categoria de ciência, denominada de
papiloscopia.
Categoria dos Vestígios
A metodologia aplicada à identificação datiloscópica foi estabelecida por dois
estudiosos, em 1981, Henry Varigny, na França e Juan Vucetich, na Argentina, que tem
como base às características únicas dos desenhos papilares, por meio dos quais duas
pessoas não se confundem. De acordo com as pesquisas dos especialistas, “para se
encontrar uma outra impressão digital com 13 pontos característicos coincidentes seria
necessário procurar em mais de 12 quintilhões de pessoas”. Anup (2003).
A partir de estudos, tão apurados tornou-se o sistema datiloscópico a forma mais segura
e eficiente de proceder à identificação humana, e conseqüentemente, adotado em
instituições responsáveis pela identificação civil e criminal de vários países. A
identificação datiloscópica chegou ao Brasil em 1903 por iniciativa do jornalista e
diretor do Gabinete de identificação do Distrito Federal - Rio de Janeiro, Felix Pacheco.
A datiloscopia é o processo, mais aplicado pelos peritos papiloscopistas na pesquisa de
impressões digitais destinada a descobrir a identidade de criminosos ou até de
cadáveres, denominado de exame necropapiloscópico;
18
A segurança neste tipo de pesquisa está na certeza da imutabilidade dos desenhos
contidos na palma das mãos e nas extremidades dos dedos. A formação das cristas
papilares vem do quarto mês de vida intra-uterina e só desaparecem com a putrefação
do corpo.
Impressão
Papilares: são deixadas pelas extremidades digitais, palma das mãos e planta dos pés;
Impressão digitais: é reprodução de desenhos digitais, formado por conjunto de cristais
e sulcos que se encontram na polpa digital;
Impressões Palmares: são deixadas pelas palmas da mãos;
Impressões plantares: são deixadas pelas plantas dos pés (descalços), reproduzindo os
desenhos papilares;
Impressões das mãos: deixadas pelas mãos sem reproduzir as cristas papilares. Neste
caso interessam o contorno da mão e dos dedos.
Latentes: São submetidas a um processo de revelação por meio de processos químicos
(pós reveladores).
Pegadas:
19
Categoria dos Vestígios
Manchas
São resíduos ou sinais que se apresentam sob a forma de crosta, aderida a determinada
superfície;
20
Liquido amniótico – É segregado pela membrana em forma de saco que envolve o feto,
mais freqüente nos locais de aborto;
Mecônio – É uma substância pastosa, de cor amarelada-escura ou verde escuro que se
encontra no intestino do recém nascido e é expelido nos primeiros dias, é indicativo de
infanticídio ou aborto provocado;
Muco Nasal – Manchas de cor cinza, algumas vezes amareladas, verdosas ou escuras
produzidas pelo nariz .
Manchas de Sangue
Geralmente encontradas nos locais de crime contra a pessoa, podem ser localizadas
sobre o corpo da vítima, do autor, no solo, paredes, móveis, armas, etc.
Diagnóstico das Manchas de Sangue nos Locais de Crime
Procedência do sangue:
Características do sangue
Indício
A prova material, portanto, assume real importância, como se observa nos artigos que
prescrevem a sua aplicação no direito subjetivo (Código de Processo Penal, art. 386):
O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça:
I – estar provada a inexistência do fato;
II - não haver prova da existência do fato;
III - não constituir o fato infração penal;
IV - não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal [...]
Reprodução simulada
23
dúvidas existentes, com o objetivo de esclarecer detalhes do cometimento do crime e
chegar à verdade dos fatos,
Perícia
Laudo Pericial
1- Preâmbulo;
2- Exposição;
3- Descrição;
4- Discussão;
5- Conclusão.
24
Referências Bibliográficas:
Cunha, Benedito Paula de, Doutrina da Criminalística Brasileira, São Paulo: Ateniense,
1987.
Rocha, Alberto Santana, e Santos, Maria das Graça Modesto, A Tecnologia da
Informação como Instrumento de Otimização da Prova Pericial, Monografia-Uneb/PM-
2003.
Santos dos, Paulo Vilaries. Criminalística e Tecnologia. Caso Novacap, Revista Perícia
Maia, Raul. et al, Manual Dinâmico do Estudante – São Paulo: Difusão Cultural do
25