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Comentário bíblico: Domingo da Ascensão do Senhor - Ano A
- TEMA: "A IGREJA TESTEMUNHA A PRESENÇA DO DEUS-CONOSCO"
- LEITURAS BÍBLICAS (PERÍCOPES):
http://pt.slideshare.net/josejlima3/ascencao-do-senhor-a-2014-ra
- TEMAS E COMENTÁRIOS: AUTORIA: Pe. José; Bortolini, Roteiros Homiléticos, Anos A, B, C Festas e Solenidades, Editora Paulus, 3ª edição, 2007
- OUTROS:
http://www.dehonianos.org/portal/liturgia_dominical_ver.asp?liturgiaid=795
SOBRE LECIONÁRIOS:
- LUTERANOS: http://www.luteranos.com.br/conteudo/o-lecionario-ecumenico
- LECIONÁRIO PARA CRIANÇAS (Inglês/Espanhol): http://sermons4kids.com
- LECIONÁRIO COMUM REVISADO (Inglês):
http://www.lectionary.org/
http://www.commontexts.org/history/members.html ;
http://lectionary.library.vanderbilt.edu/
- ESPANHOL: http://www.isedet.edu.ar/publicaciones/eeh.htm (Less)
Comentário bíblico: Domingo da Ascensão do Senhor - Ano A
- TEMA: "A IGREJA TESTEMUNHA A PRESENÇA DO DEUS-CONOSCO"
- LEITURAS BÍBLICAS (PERÍCOPES):
http://pt.slideshare.net/josejlima3/ascencao-do-senhor-a-2014-ra
- TEMAS E COMENTÁRIOS: AUTORIA: Pe. José; Bortolini, Roteiros Homiléticos, Anos A, B, C Festas e Solenidades, Editora Paulus, 3ª edição, 2007
- OUTROS:
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Comentário bíblico: Domingo da Ascensão do Senhor - Ano A
- TEMA: "A IGREJA TESTEMUNHA A PRESENÇA DO DEUS-CONOSCO"
- LEITURAS BÍBLICAS (PERÍCOPES):
http://pt.slideshare.net/josejlima3/ascencao-do-senhor-a-2014-ra
- TEMAS E COMENTÁRIOS: AUTORIA: Pe. José; Bortolini, Roteiros Homiléticos, Anos A, B, C Festas e Solenidades, Editora Paulus, 3ª edição, 2007
- OUTROS:
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SOBRE LECIONÁRIOS:
- LUTERANOS: http://www.luteranos.com.br/conteudo/o-lecionario-ecumenico
- LECIONÁRIO PARA CRIANÇAS (Inglês/Espanhol): http://sermons4kids.com
- LECIONÁRIO COMUM REVISADO (Inglês):
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BORTOLINE, Jos - Roteiros Homilticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007
* LIO DA SRIE: LECIONRIO DOMINICAL * ANO: A TEMPO LITRGICO: DOMINGO DA ASCENSO DO SENHOR COR: BRANCO
I. INTRODUO GERAL 1. Celebrar a partida de Jesus para o Pai senti-lo eterna- mente presente na vida das pessoas e da comunidade crist. Ele no se afastou. Criou sua morada estvel em nosso meio, pois o Deus-conosco. Cabe agora s comunidades mostr-lo presente mediante o testemunho (1 leitura; At 1,1-11). Cabe agora comunidade ir ao encontro dele "na Galilia", repetin- do suas palavras e aes em favor dos excludos, exercendo a mesma autoridade de Jesus, que quer salvar a todos (Evange- lho; Mt 28,16-20). Ele est sempre presente no meio de ns, em nossas comunidades, pois a glria de Deus estar conos- co; e ns o glorificamos quando o reconhecemos e manifes- tamos como Senhor Absoluto, Cabea da Igreja, razo da nossa esperana (2 leitura; Ef 1,17-23). II. COMENTRIO DOS TEXTOS BBLICOS 1 leitura (At 1,1-11): A comunidade crist: sacramento das palavras e aes de Jesus 2. Atos dos Apstolos o segundo livro que Lucas escreveu, ou a segunda parte de sua obra. No seu plano, o evangelista pretende mostrar que os ensinamentos e aes de Jesus conti- nuam nos ensinamentos e aes dos cristos. Portanto, o livro dos Atos no um manual de histria da Igreja, mas sim o prolongamento da prtica do Senhor na vida da comunidade crist. Se no evangelho de Lucas temos a prxis de Jesus desde o comeo at o dia em que foi levado para o cu no livro dos Atos temos a prxis crist. E quem deseja ser amigo de Deus, "Te-filo" (este nome tem, provavelmente, carter simblico, querendo identificar todos os cristos), tem na prxis de Jesus e na prxis crist as linhas-mestras de inspira- o e conduta. A passagem do primeiro momento para o se- gundo est nas instrues que Jesus d aos apstolos que tinha escolhido, movido pelo Esprito Santo (v. 2). O mesmo Esprito esteve presente em Jesus e est presente na prxis crist da comunidade. 3. Esta tarefa est ancorada na experincia do Cristo ressus- citado: "Foi a eles que Jesus se mostrou vivo depois da sua paixo, com numerosas provas" (v. 3a); tem o aval do Pai, cuja promessa se realiza em Jesus e na comunidade (v. 4b) por meio da efuso do Esprito (v. 5), que levar a comunida- de identificao de sua prxis com a de Jesus. Lucas fala de "quarenta dias" (v. 3b), durante os quais Jesus apareceu e falou aos discpulos sobre o Reino de Deus. O fato no tem carter cronolgico, mas teolgico-catequtico: a prtica crist nasce da experincia plena do Cristo ressuscitado, expe- rincia que Lucas visualiza num contexto de intimidade e comunho: a refeio (v. 4a). dessa intimidade com ele que nasce o testemunho cristo, a misso, a evangelizao, pondo em movimento a Boa Notcia trazida por Jesus. E a garantia do sucesso est no batismo com o Esprito Santo. Ele a memria continuamente renovada e atualizada do que Jesus disse e fez (cf. Jo 14,26). 4. Os vv. 6-8 contm a pergunta dos discpulos e a resposta de Jesus. A pergunta dos discpulos revela a nsia da comuni- dade crist, a fim de que o projeto de Deus se realize comple- tamente. Esto curiosos por saber se existe um limite at o qual se possa resistir e lutar corajosamente, e depois "descan- sar", sem que haja mais nada por fazer (v. 6). A resposta de Jesus contm duas indicaes. A primeira (v. 7) afirma que o projeto de Deus no depende de uma data histrica: "No cabe a vocs saber os tempos e as datas". A segunda conse- qncia da primeira e manifesta qual deve ser a autntica preocupao da comunidade crist: sob a ao e fora do Esprito, testemunhar (v. 8a) a prxis de Jesus. O projeto de Deus no depende de teorias, mas do testemunho que atualize o que Jesus fez e disse. 5. De fato, o evangelho de Lucas se encerrava falando desse testemunho (24,48). E aqui Jesus renova o compromisso dos discpulos (v. 8b). Aps o Pentecostes, os discpulos no cessam de repetir que so testemunhas (At 2,32; 3,15; 4,33; 5,32; 13,3; 22,15). Em palavras e aes, prolongam a prxis de Jesus. O testemunho, segundo os Atos dos Apstolos, vai se espalhando a partir de Jerusalm onde Jesus deu o tes- temunho final com a morte e ressurreio atinge a Judia e a Samaria (At 8,1-8) e chega aos confins do mundo (as via- gens de Paulo). O projeto de Deus est aberto e disponvel a todos. 6. O v. 9 fala do arrebatamento de Jesus. A referncia nuvem smbolo teofnico afirma que Jesus pertence definitivamente esfera de Deus. a certeza da comunidade de que Jesus cumpriu perfeitamente a vontade do Pai. Contu- do, no basta sab-lo. Torna-se necessrio descruzar os bra- os, deixar de olhar passivamente para o cu, encarar a reali- dade que nos cerca, perceber que somos "homens da Galili- a", comprometidos com o testemunho de Jesus (vv. 10-11). O texto de hoje termina fazendo referncia volta de Jesus, da mesma forma como foi visto partir para o cu. Lucas est falando de parusia ou de teofania? Quando voltar Jesus: no fim dos tempos, ou no Pentecostes que leva a comunidade crist a ser epifania de Jesus, mediante o testemunho? Evangelho (Mt 28,16-20): O Deus-conosco se revela na prxis da comunidade crist 7. O texto a concluso do evangelho de Mateus. Pode ser dividido em trs momentos: a. um relato de apario (vv. 16- 17); b. instrues de Jesus aos discpulos (vv. 18-20a); c. promessa (v. 20b). a. Experincia do Ressuscitado (vv. 16-17) 8. Inicia-se falando dos Onze discpulos que se dirigem Galilia, ao monte que Jesus havia indicado (v. 16). A comu- nidade dos discpulos tomou o rumo certo: a Galilia. bom lembrar o que significa para o evangelista essa localizao. Para entend-lo, devemos recordar o incio da atividade de Jesus. Ele inicia sua misso na Galilia das naes (ler Mt 4,12-17), no meio daquela gente pisada e marginalizada, a fim de levar-lhe a boa notcia da libertao e da vinda do Reino. Foi l que Jesus deu incio prtica da justia que faz nascer o Reino. para l que os discpulos se dirigem. o lugar do testemunho e ao da comunidade crist. Os discpulos, em Jesus e a partir dele, do incio prxis crist: a luta para implantar a justia do Reino. 9. Mateus fala tambm de um monte como ponto de encon- tro de Jesus com sua comunidade. No se trata de localizar geograficamente esse ponto de encontro. um monte que recorda a atividade de Jesus. Nesse sentido, o monte onde Jesus venceu a tentao da concentrao do poder (4,8-10), o da transfigurao (17,1-6), mas sobretudo o monte sobre o qual Jesus anunciou seu programa libertador: o monte das bem-aventuranas (5,1-7,29). A montanha representa, portan- to, o programa da comunidade, que o mesmo de Jesus. A- gindo assim, ela se torna autntica discpula. Identifica-se com Jesus e seu projeto (os discpulos se prostram diante dele). 10. Contudo, h sempre o risco da dvida, de no acolher plenamente o significado da prtica de Jesus na vida da co- munidade: "Ainda assim alguns duvidaram" (v. 17b). O verbo duvidar (edstesan, em grego), ao longo do evangelho de Mateus, se encontra somente aqui e em 14,31, onde Pedro duvida e afunda na gua. Duvidar, portanto, comporta a falta de f, mas tambm a falta de percepo maior da prtica de Jesus que vence todas as formas de injustia e morte do povo. Duvidar ter medo do risco e do compromisso com a prtica da justia. um alerta que acompanha constantemente a comunidade, colocando-a numa atitude de converso perma- nente ao projeto de Deus. b. O poder de Jesus passado comunidade (vv. 18-20a) 11. Durante sua vida terrena, Jesus agia como aquele homem ao qual Deus dera seu poder (cf. 9,6-8), fazendo com que as pessoas glorificassem a Deus. Agora, ressuscitado, possui "toda autoridade no cu e sobre a terra" (v. 18b). Essa autori- dade plena foi-lhe dada pelo Pai (a forma passiva "me foi dada" refere-se a Deus) e muito prxima das pessoas (Jesus "se aproximou dos discpulos", v. 18a). No s est prxima, como entregue, por Jesus, comunidade crist: "Vo e fa- am com que todos os povos se tornem meus discpulos" (v. 19a). A Galilia o ponto de partida, e a meta fazer com que a justia do Reino alcance a todos, tornando-os discpulos de Jesus, o Mestre da Justia, pois assim que ele se apresen- ta no evangelho de Mateus. Realiza-se, assim, a promessa feita a Abrao (cf. Gn 17,4s; 22,18). 12. Os meios para fazer com que todos os povos se tornem discpulos do Mestre da Justia so dois: o batismo em nome da Trindade (v. 19b) e a catequese que visa implantao da justia do Reino. O batismo feito em nome da Trindade. Batiza-se em nome do Pai, do Filho e do Esprito Santo. O texto grego de Mateus emprega a preposio eis, para salientar o ca- rter do batismo. Com isso ele afirma que o batismo em nome da Trindade a vinculao pela qual o ser humano est plenamente comprometido com a prtica da justia que inaugura o Reino de Deus na nossa histria. Ser bati- zado em nome da Trindade denota no simples represen- tao, mas dedicao total, consagrao, posse da Trin- dade. O segundo meio a catequese que leva a observar tudo o que Jesus ensinou. O que foi que ele ensinou? A sntese dos mandamentos de Jesus est no sermo da montanha (5,1-7,29). a esse cdigo de prxis crist que se referir toda a catequese da comunidade primitiva e das comuni- dades crists de hoje. Essa catequese no outra coisa seno a recordao da prtica de Jesus (implantao da justia do Reino), visando prtica crist. c. Jesus aquele que caminha conosco (v. 20b) 13. O evangelho de Mateus termina com uma promessa: "Eis que eu estarei com vocs todos os dias, at o fim do mundo" (v. 20b). Mateus havia iniciado o evangelho apresentando Jesus como o Emanuel (Deus-conosco, cf. 1,23), e o conclui mostrando-o continuamente vivo e presente na vida da comu- nidade. A ascenso de Jesus no seu afastamento do mundo. Pelo contrrio, sela sua indestrutvel presena na histria, que ao mesmo tempo histria de Deus e da humanidade. 2 leitura (Ef 1,17-23): A glria de Deus a comunidade crist 14. A carta aos Efsios um texto que Paulo (ou um discpu- lo seu) escreveu para diversas comunidades dos arredores de feso. Parece que Paulo no conheceu essas comunidades. Ele s esteve em feso (cf. At 19-20), onde deu incio a uma comunidade crist que, por sua vez, fez surgir comunidades nos arredores (por exemplo, a comunidade de Colossas, fun- dada por Epafras, colaborador de Paulo). 15. Paulo estava preso. Teve notcias do surgimento dessas comunidades, de sua firmeza na f, do amor que unia a todos, e da esperana que animava suas lutas. Mas ficou sabendo tambm de alguns riscos trazidos pelas filosofias do tempo, que pregavam um Deus afastado e ausente da vida das pesso- as; s atravs de entidades intermedirias (soberanias, pode- res, foras, dominaes) que se podia ter acesso a Deus. Jesus no passaria de uma dessas entidades intermedirias. Isso trazia conseqncias srias para toda a vida crist. 16. O texto de hoje pertence ao de graas e splica que Paulo faz a Deus em vista dessas comunidades (1,15-23). D graas a Deus por causa da f (adeso a Jesus) e caridade (resposta da f, que se visualiza no amor solidrio entre as pessoas) encontradas nos fiis. Ele suplica. O contedo da splica uma espcie de credo cristo. Pela f e solidariedade os cristos vivem sempre mais o ser de Deus que est prxi- mo e presente na comunidade. Contudo, preciso conhec-lo (v. 17) e conhecer a esperana qual a comunidade foi cha- mada (v. 18a). 17. Paulo fala da glria de Deus (v. 18b). E emprega outros termos, como potncia, eficcia, poder e fora, que ampliam a idia da glria de Deus. O texto muito denso, e aqui possvel apresentar s uma sntese do pensamento de Paulo. Longe de ser distante da humanidade, o dos cristos um Deus cuja glria depende do fato de existir enquanto o Deus da comunidade. A glria de Deus sua ao concreta na his- tria, na vida da comunidade crist, que prolonga a vitria de Jesus sobre a morte. Em Jesus, Deus fez conhecer a sua gl- ria, mostrando-se to prximo humanidade, a ponto de ele- ger a comunidade crist como o Corpo de Cristo, a plenitude de Cristo, que preenche tudo em todo o universo (v. 23). 18. Paulo no polemiza contra as entidades intermedirias. Simplesmente mostra s comunidades que existe um nico Senhor, que realizou o projeto do Pai, e que esse Senhor est presente na histria e na vida dos fiis. A comunidade crist o espao no qual se revela o projeto de Deus, a realeza abso- luta do Cristo ressuscitado.
III. PISTAS PARA REFLEXO 19. Os textos bblicos da data em que comemoramos Ascenso do Senhor Jesus aos Cus falam da perene presena de Jesus ressuscitado na vida da comunidade crist. Em vez de se ausentar, ele inaugura sua presena e morada definitivas no meio das pessoas quando estas o testemunham. Portanto, a data de hoje uma oportunidade para que descubramos o Deus-conosco, para que avaliemos a fora e alcance do testemunho cristo. tambm um desafio: caminhar "para a Galilia", "para o monte", a fim de encontrar o Cristo vivo; e- vangelizar a partir do povo que sofre; promover a dignidade das pessoas e a justia do Rei- no como formas autnticas de fazer brilhar a glria de Deus e compreendermos a esperana qual fomos chamados.