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1.1 Gás: Quando se diz gás, no primeiro mundo, estamos normalmente dizendo
“gás natural”, cuja densidade é menor que a do ar, e em situações de emergência pode
ser venteado para a atmosfera, garantindo assim uma dissipação segura,
naturalmente.
Aqui, via de regra, ainda quer dizer “G.L.P.”, de densidade 1,8 em relação ao ar, cujo
venteio para a atmosfera pode resultar em formação de bolsões explosivos, por
acúmulo nos lugares mais baixos e pouco ventilados, o que geralmente agrava a
situação de risco. E lembremos que o poder explosivo de 1 kg de “G.L.P.” equivale a
aproximadamente ao de 1 kg de T.N.T.
Por não ser virtualmente utilizado, as normas sobre “G.L.P.” foram abandonadas e
descontinuadas nos países do 1º mundo. E como as normas brasileiras atuais ainda
deixam a desejar em termos de segurança, nossos melhores guias neste campo, ainda
são as velhas normas publicadas pela A.G.A., pela Shell e pela Alcoa, das quais
consideraremos sempre o critério mais rigoroso.
1.2 Óleo diesel: O óleo diesel “tradicional” com ponto de fulgor em torno de 60º
C. ainda existe no Brasil e é denominado “óleo diesel marítimo” (é fornecido
apenas para embarcações). Normalmente os projetos e procedimentos são feitos
tendo em vista este combustível. Mas, o nosso “óleo diesel oficial”, não tem mais
especificação para seu ponto de fulgor e é comum recebe-lo com ponto de fulgor
abaixo de 0 ºC (zero graus celsius).
Esta é a chamada série de óleos “ultra-viscosos”, cujos tipos podem ser vistos na tabela
abaixo:
Viscosidade a 50ºC (SSF) Alto teor de enxofre (até 5%) Baixo teor de enxofre (até 1%)
600 1A 1B
900 2A 2B
2.400 3A 3B
10.000 4A 4B
30.000 5A 5B
80.000 6A 6B
300.000 7A 7B
1.000.000 8A 8B
Acima de 1.000.000 9A 9B
Seu ponto de fulgor médio é o do óleo leve de recíclo, da ordem de 50 ºC, portanto,
eles são sempre manuseados acima de seu ponto de fulgor (a viscosidade para
manuseio é da ordem de 500 – 1.000 SSF), e em qualquer vazamento teremos gases
prontos para a ignição. (A Alumar utiliza o óleo 3A)
Se em seu aquecimento, para manuseio ou queima, a razão de troca térmica for maior
ou igual que 1,5 W/cm² (15 kW/m²), ele craqueia e coquifica, incrustando a
superfície de troca. Por isto, recomenda-se que os trocadores sejam do tipo “tubos
sem aletas” e que a superfície de troca seja cuidadosamente calculada para o
aquecimento lento, gradual e adequado.
d) Se os motores forem aterrados internamente pela caixa borne, isto deve estar
indicado no campo.
h) Nenhum condutor da malha de terra deve ser isolado ou passar por eletrodutos
metálicos.
a) Esteja a pelo menos quatro metros acima do ponto mais alto do tanque
b) Que todo o tanque esteja compreendido dentro do cone formado por um ângulo
de 45º tomado a partir da vertical da extremidade mais próxima da malha.
2.1 G.L.P.:
Que as instalações das estações, sejam feitas em local ventilado, e distante pelo
menos à três vezes a maior dimensão do recipiente de seu armazenamento (mas não
inferior a 9 m [30 ft]), de construções, vias de movimentação de pessoal, locais
fechados ou subterrâneos que possam acumular vazamentos do gás. [Handbook
butane-propane (American Gas Association)]
Os recipientes de 1.000 kg devem ser separados entre sí, por “baias” constituidas
de paredes corta-chamas de no mínimo 2 m de altura (alvenaria ou chapa) mas que
ainda permitam a livre circilação da ventilação, [NBR 13.523 4.10]
Toda tubulação seja feita de aço carbono, classe 300 libras. [ALCOA Engeneering
Standards: 18.8.4]
Caso se opte por conexões e acessórios roscados, eles deverão ser então schedule
80 ou maior. [NFPA 58, ítem 3161-a-1]
Que a tubulação de GLP em sua fase líquida não passe por dentro de qualquer
edificação fechada. (NR-20, ítem 20.3.16)
Que existam nas conexões, uma ponte elétrica que garanta seu aterramento
através das vedações. (Alcoa Engeneering standard, 18.8.4, ítem 5.4).
O pessoal responsável pela descarga (e o de operação da área) deve ter acesso fácil
a todo material técnico e de segurança relativo ao G.L.P.. (Alcoa Engeneering standard,
18.8.3, ítem 7.2).
Que exista plano de inspeção periódica conforme NPFA 86, section 9-1 e appendix
C, 29 CFR 1910.147, C 6 i e ii (Alcoa safety and Helth mandated procedure 26.12.4,
ítem 3.0)
Que exista um setor responsável direto pela manutenção e inspeção das linhas de
distribuição de GLP. (Alcoa safety and Helth mandated procedure 26.12.4, ítem 4.0)
Que existam válvulas de excesso de fluxo nas saídas dos tanques, no início de cada
derivação, e em tubulações maiores, a espaços onde o bom senso nos mostra que o
acúmulo de volume (poder explosivo) é tolerável, caso haja vazamento por
rompimento da tubulação devido à acidentes mecânicos. (Alcoa Engeneering standard,
18.8.4, ítem 4.4).
Válvulas de alívio deverão ser instaladas, nas tubulações da fase líquida, entre
válvulas, que se fechadas, podem sujeitar a tubulação à sobrepressão. (Alcoa
Engeneering standard, 18.8.4, ítem 4.4).
O G.L.P. em sua fase gasosa, deve ser distribuido com uma pressão máxima de 1,5
kg/cm². [NBR 13.523 3.21]
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Deverá ser instalado sistema de detecção de vazamentos de gás e alarme na área de
armazenamento de GLP e em locais de seu consumo. (Alcoa Engeneering standard,
18.8.4, ítem 5.2).
Normas consultadas:
GLP - Emergências.
INDENTIFICAÇÃO
-Nome Químico : Propano + Butano
-Sinônimos : Gás de Cozinha
-Família Química : Hidrocarboneto
-Peso Molecular : 44 a 58
-Fórmula : C3H8 (Propano) + C4H10 (Butano)
-Composição : Hidrocarbonetos diversos, como: Butano, Buteno, Propano, Propeno,
etc.
-Variação aproximada da Composição : Butano + Propano
50% 50%
60% 40%
40% 60%
COMPONENTES DE RISCO
NOME QUÍMICO LC-BRASIL LC-EC-50 LC-EC-50 TWA/STEL
GLP ND ND 1000 PPM ND
PROPANO * * * *
BUTANO 470 PPM 588 PPM 800 PPM ND
PROPRIEDADES FÍSICAS
-Aparência e odor: líqüido incolor (sob pressão), inodoro.
Obs.: O volume de GLP evaporado para a atmosfera é 250,23 vezes maior que o
volume ocupado pela mesma massa de GLP líquido.
-pH : N.A.
-Ponto de ebulição (760 mm Hg) : Propano = -0,05ºC;
Butano = -40ºC;
GLP = -20ºC.
-Viscosidade : N.A.
Efeitos Crônicos:
-Asfixiante. (Informações adicionais): em altas concentrações atua como asfixiante
simples, por reduzir a concentração do oxigênio
-Pele: Evitar contato prolongado ou frequente com o produto. Usar luvas e aventais
impermeáveis (PVC)
PRECAUÇÕES ESPECIAIS
Precauções a serem tomadas no manuseio e armazenagem :
-Manusear o produto em local bem ventilado
Sinalização: É colocada nas instalações, a placa de aviso contendo as informações :
“Perigo!! Gás Inamável “ e “Perigo!! Não Fume“
MEDIDAS DE PROTEÇÃO
-Vazamento /Derramamento :
Eliminar fontes de ignição;
Impedir fagulhas, chamas e não fumar na área de risco.
Estancar o vazamento, se isto puder ser feito sem risco.
Diluir com vapor, ar ou neblina d’água, evitando permanecer junto à nuvem de gás.
MÉTODOS DE DISPOSIÇÃO
DADOS ECOTOXICOLÓGICOS
-Inibidor das atividades bacteriológicas (estação de tratamento de efluentes) :
Transporte
-Classe de risco : 2
-Subclasse de risco : 3
-Número de risco : 23
- VAZAMENTO DE GLP
Como detectar:
Odor (cheiro característico de mercaptana)
Borbulhamento (teste com água e sabão)
Liberação de vapor
Congelamento
Detector eletrônico
Ação:
Acionar a segurança.
Interromper imediatamente o consumo de gás, fechando as válvulas “shut-off” e o
registro da central de armazenagem.
Eliminar as fontes de ignição
Entrar em contato com a manutenção e comunicar o fato para que se tome a
providência adequada.
Nebulizar os tanques com o sistema de resfriamento do próprio tanque e/ou com
auxílio de hidratantes .
Ação:
Acionar a segurança
Eliminar as fontes de ignição
Fechar as válvulas de entrada da bomba e nebulizar a área com neblina de água.
Entrar em contato com a manutenção.
Ação:
Acionar a segurança
Eliminar as fontes de ignição
avisar de imediato a manutenção.
Manter as pessoas longe do local
usar placa de advertência.
Ação:
Acionar a segurança
Eliminar as fontes de ignição
Fechar o ar de serviço da bomba Shand Jurs ou válvula interna, entre a cabine e o
tanque.
Se o operador estiver próximo à bomba e o rompimento da mangueira estiver à
distância, desarmar a bomba através do acionamento manual.
Haverá vazamento do GLP líquido contido na mangueira e tubulação do caminhão.
Deve-se tomar cuidado e evitar o contato com o produto.
Solicitar a nebulização da área através do acionamento da rede de hidrantes.
Entrar em contato com a manutenção.
Ação:
Acionar a segurança
Fechar o ar de serviço da bomba Shand Jurs ou válvula interna, entre a cabine e o
tanque.
Usar a rede de hidrantes mas próxima do local e nebulizar a área e as redondezas.
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Se o fogo for próximo da capela, o fogo derreterá a liga de Bismuto da bomba
Shand Jurs ou válvula interna, fechando automaticamente a operação de
transferência.
Entrar em contato com a manutenção.
Ação:
Acionar a segurança
Eliminar as fontes de ignição
Acionar o botão de emergência do veículo abastecedor.
Fechar a válvula esférica e a válvula globo da bomba.
Isolar a área e nebulizá-la com o hidrante mais próximo.
Entrar em contato com a manutenção.
Ação:
Acionar a segurança
Se a válvula “By Pass” não estiver funcionando, o operador e o Ajudante devem
fazer a operação conjunta para desligar a bomba do veículo, cessar os carregamentos
e retornar a sua base.
Não permitir uma sobre pressão na linha de transferência, pois não haverá retorno
para o tanque do veículo.
Providenciar a manutenção imediata do sistema.
Vazamento De Glp
Como detectar:
Odor (cheiro característico de mercaptana)
Borbulhamento (teste com água e sabão)
Liberação de vapor
Congelamento
Detector eletrônico
Ação:
Acionar a segurança.
Interromper imediatamente o consumo de gás , fechando as válvulas shut-off e os
registros da central de armazenagem (imagem 6) .
Eliminar fontes de ignição
Entrar em contato com a manutenção e comunicar o fato para que se tome a
providência adequada.
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Nebulizar os tanques com o sistema de resfriamento do próprio tanque e/ou com
auxílio de hidratantes .
Ação:
Acionar a segurança.
Eliminar fontes de ignição
Contactar a manutenção.
Fechar a saída de alimentação do tanque e aguardar o fechamento da válvula.
Nebulizar a área com o sistema de resfriamento do tanque e/ou com auxílio de
hidrantes.
Como detectar:
Odor (cheiro característico de mercaptana)
Borbulhamento (teste com água e sabão)
Liberação de vapor
Congelamento
Ação:
Acionar a segurança.
Interromper imediatamente o consumo de gás , fechando as válvulas shut-off e os
registros da central de armazenagem.
Fechar válvula de bloqueio.
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Eliminar fontes de ignição.
Entrar em contato com a manutenção e comunicar o fato para que se tome a
providência adequada.
Providenciar ponto para drenagem e queima do gás contido no trecho.
Ação:
Acionar a segurança.
Interromper imediatamente o consumo de gás , fechando as válvulas shut-off e os
registros da central de armazenagem.
Fechar válvula de bloqueio.
Eliminar fontes de ignição
Entrar em contato com a manutenção e comunicar o fato para que se tome a
providência adequada.
Dispersar a nuvem de gás com vapor, névoa d’água
Como detectar:
Odor (cheiro característico de mercaptana)
Borbulhamento (teste com água e sabão)
Liberação de vapor
Congelamento
Ação:
Acionar a segurança.
Interromper imediatamente o consumo de gás , fechando a válvula de .
Fechar válvula de bloqueio para a derivações.
Fechar válvula de bloqueio geral.
Eliminar fontes de ignição.
Entrar em contato com a manutenção e comunicar o fato para que se tome a
providência adequada.
Providenciar ponto para drenagem e queima do gás contido no trecho.
Como detectar:
Odor (cheiro característico de mercaptana)
Liberação de vapor
Congelamento
MÉTODOS DE DISPOSIÇÃO
-Armazenamento: temperatura ambiente , 6-8 Kgf/cm²
-Acondicionamento: esferas, recipientes transportaveis ou estacionário pressurizadas
ou tanques refrigerados .
-Outras condições : armazenagem em área ventilada, distante de pontos de ignição.
Vaporização Natural
O GLP é sempre armazenado sob forma líquida, em recipientes, porém em contato com
essa fase líquida, existe uma fase gasosa, gerada pela evaporação de parte da massa
do líquido.
As duas fases, líquida e gasosa, estão em equilibrio desde que a temperatura ambiente
e a composição do GLP não se alterem
Vaporização Artificial
Quando se trata de uma demanda muito grande de gás, a quantidade de calor
proveniente do exterior pode ser insuficiente para suprir a vaporização do líquido.
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O fornecimento de calor, nesse caso, é feito pelo calor sensível do líquido, com seu
conseqüente resfriamento, o que causa uma diminuição de pressão e após o
esgotamento de todo o calor disponível (calor sensível do líquido) a vaporização
cessará.
O calor a ser fornecido ao GLP, pode ser proveniente de vapor de água, eletricidade,
água quente ou combustão.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
A manutenção preventiva deve ser conforme determinado pela Gerência de Instalações
MANUTENÇÃO DE EMERGÊNCIA
Conforme o próprio nome diz , trata-se de um atendimento imediato. A execução dos
serviços, segue o mesmo esquema utilizando nas manutenções preventivas.
-Identificação/Violação
Violação do lacre; etiqueta de identificação (data carga/recarga); Prazo de validade.
-Acessórios
manômetro (pressurizado), verificação do funcionamento, faixa aceitável de
pressurização, vidro intacto e com boa leitura dos visores;
-Mangueiras
Devem estar conservadas, sem ressecamento ou furos.
Inspeção da Rede
Deve ser verificado os seguintes itens, quanto à instalação:
Estado da pintura externa,
Incidências de corrosão na tubulação
Vazamento de água .
Caso seja necessário inverter o sentido do fluxo, basta retirar a “janela” acoplada no
interior desta válvula .
PFCP