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TEMPO COMUM. TRIGÉSIMA QUARTA SEMANA.

SEGUNDA-FEIRA

92. A VIÚVA POBRE


– Não devemos ter medo de ser generosos sem limites.

– Entrega sem condições. Não negar nada ao Senhor.

– Generosidade de Deus.

I. ERAM MUITAS as oferendas que se apresentavam todos os dias ao


Senhor no Templo de Jerusalém. Bastantes delas correspondiam aos produtos
da terra, em reconhecimento do supremo domínio divino sobre todas as coisas
criadas. Consistiam em farinha e azeite, espigas ou pão cozido, que eram
incensados para exprimir o desejo de que fossem agradáveis ao Senhor 1.
Parte da oferenda era queimada sobre o altar e parte era consumida pelo
sacerdote no interior do Templo2. O holocausto era um sacrifício em que a
vítima (um cordeiro, uma ave...), previamente sacrificada, era completamente
destruída, quase sempre por meio do fogo. A palavra holocausto significava
precisamente que a vítima era queimada totalmente. Nos tempos de Cristo, era
oferecido durante a manhã e a tarde, e por isso chamava-se sacrifício
perpétuo3. Era figura do que havia de vir, o sacrifício eucarístico.

Como oferenda a Deus e para o sustento do Templo, também eram


depositadas esmolas num lugar bem visível, o gazofilácio. Certo dia, Jesus
encontrava-se perto desse lugar e observava como o povo lançava ali moedas;
e muitos ricos lançavam muito4. Viu também como se aproximava uma viúva
pobre e lançava duas pequenas moedas5. São Marcos menciona até o valor
dessas moedas: um quadrante, a quarta parte de um asse, uma quantia
insignificante. No entanto, o Senhor comoveu-se com o gesto daquela mulher,
pois sabia perfeitamente tudo o que representava para ela. A sua oferenda foi
mais importante do que a de todos os outros porque deu tudo o que tinha, todo
o seu sustento. Os outros desprendiam-se do que lhes sobrava, esta deu do
que lhe era necessário.

Deve ter feito a oferenda com muito amor, com uma grande confiança na
Providência divina, e Deus recompensou-a com certeza ainda na vida aqui na
terra. “Eles ofertaram muito do muito que tinham – comenta Santo Agostinho –;
ela deu tudo o que possuía. Tinha muito, pois tinha Deus no seu coração. É
mais possuir Deus na alma do que ouro na arca. Quem deu mais do que essa
pobre viúva que não reservou nada para si?”6

Esta passagem – que se lê no Evangelho da Missa de hoje – ensina-nos a


não ter medo de ser generosos com Deus e com as boas obras a serviço do
Senhor e dos outros, e mesmo a sacrificar aquilo que nos parece necessário
para a vida. Que poucas coisas nos são realmente necessárias! Temos que
oferecer a Deus tudo o que somos e temos, sem reservar nada, nem sequer
uma pequena parte, para interesses clara ou disfarçadamente egoístas. Existe
um antigo refrão segundo o qual conquistamos a Deus com a última moeda.

O gesto da viúva causou tanta alegria ao Senhor que sentiu necessidade de


comentá-lo com os seus discípulos7. É a mesma alegria que o seu Coração
experimenta quando nos entregamos a Ele totalmente. “O Reino de Deus não
tem preço, e no entanto custa exactamente o que tens [...]. A Pedro e André,
custou-lhes o abandono de uma barca e de umas redes; à viúva, duas
moedinhas de prata (cfr. Lc 21, 2); a outro, um copo de água fresca (cfr. Mt 10,
42)...”, diz São Gregório Magno8.

II. COM A SUA PAIXÃO e Morte, o Senhor pede aos que o seguem o
oferecimento a Deus Pai, não de animais, aves ou frutos do campo, como no
Antigo Testamento, mas de si próprios. São Paulo recordá-lo-á aos primeiros
cristãos de Roma: Rogo-vos, pois, irmãos, pela misericórdia de Deus, que
ofereçais os vossos corpos como uma hóstia viva, santa, agradável a Deus:
este é o culto racional que lhe deveis9.

Especialmente na Santa Missa, o cristão pode e deve oferecer-se


juntamente com Cristo, pois “para que a oblação – com a qual os fiéis oferecem
neste Sacrifício a Vítima divina ao Pai celestial – alcance o seu pleno efeito [...],
é preciso que se imolem a si próprios como hóstias [...] e, desejosos de
assemelhar-se a Cristo, que sofreu tão grandes dores, se ofereçam como
hóstia espiritual com o próprio Sumo e Eterno Sacerdote e por meio d’Ele
mesmo”10.

Esta entrega realiza-se todos os dias, e estende-se a todos os actos que


compõem o nosso dia: vai desde o esmero em oferecer ao Senhor as obras do
dia que começa, até o último pensamento para Ele antes de nos entregarmos
ao sono. E isso com o coração sempre disponível para atender ao que o
Senhor nos queira pedir, com a disposição de não lhe negar nada. A nossa
entrega deve ser plena, sem condições nem excepções. Num dos escritos mais
antigos da Cristandade primitiva, diz-se que, quando um homem enche de bom
vinho umas talhas muito bem preparadas e deixa algumas delas meio cheias,
se depois as repassa, não examina as que encheu até cima – pois sabe que o
vinho ali guardado se conserva bem –, mas olha para as que estão por encher,
pois teme, com razão, que se tenham azedado11. A mesma coisa acontece
com as almas. A “meia entrega” acaba por romper a amizade com o Mestre. Só
uma generosidade plena permite seguir o ritmo dos seus passos. De outra
maneira, iríamos distanciando-nos cada vez mais e o Senhor não demoraria a
ser uma figura longínqua e difusa. O cristão que queira ser coerente com a sua
fé tem que decidir-se a pertencer a Deus sem reservas, a colocá-lo claramente
no centro de todos os seus afectos e anseios.

Não tenhamos receio de pôr à disposição de Jesus tudo o que temos. Não
hesitemos em dar-nos completamente. “Não vos deixeis enganar quando os
hipócritas levantarem em torno de vós a dúvida sobre o direito que Deus tem
de vos pedir tanto. Pelo contrário, colocai-vos na presença do Senhor sem
condições, dóceis, como o barro nas mãos do oleiro (Jer 18, 6), e confessai-lhe
rendidamente: Deus meus et omnia!, Tu és o meu Deus e o meu tudo”12.

III. CONTA UMA ANTIGA LENDA oriental que todo aquele que se
encontrava com o rei tinha obrigação de oferecer-lhe algum presente. Certo
dia, um pobre camponês encontrou-se com o monarca, e, como não tinha nada
com que presenteá-lo, recolheu um pouco de água na palma da mão e
ofereceu ao soberano aquele obséquio tão simples. O rei gostou tanto da boa
vontade daquele súbdito que mandou – pois era um homem magnânimo – que
lhe dessem como recompensa uma escudela cheia de moedas de ouro.

O Senhor, que é mais generoso do que todos os reis da terra, prometeu-nos


o cêntuplo nesta vida e depois a vida eterna 13. Ele quer que sejamos felizes
nesta vida: os que o seguem com generosidade obtêm, já nesta terra, uma
felicidade e uma paz que ultrapassam todas as alegrias e consolações
humanas. Esta alegria é uma antecipação do Céu. Ter o Senhor perto de nós é
já a melhor retribuição. Ele “é tão agradecido – escreve Santa Teresa – que
não deixa sem prémio um só levantar de olhos lembrando-nos da sua
presença”14.

Todos os dias o Senhor espera a oferenda simples dos nossos trabalhos,


das pequenas dificuldades que nunca faltam, da caridade bem vivida, do tempo
empregado em favor dos outros, da esmola generosa... Nesta entrega diária
aos outros, “é necessário ir mais longe do que a estrita justiça, conforme a
conduta exemplar da viúva que nos ensina a dar com generosidade mesmo
aquilo que diz respeito às nossas necessidades. Sobretudo, devemos ter
presente que Deus não mede os atos humanos pelas aparências do quanto foi
dado. Deus mede-os pela medida dos valores interiores do como se põem à
disposição do próximo: medida de acordo com o grau de amor com que nos
damos livremente ao serviço dos irmãos”15.

As nossas oferendas a Deus, muitas vezes aparentemente tão pequenas,


chegarão melhor à presença do Senhor se as fizermos por meio de Nossa
Senhora. “Esse pouco que desejes oferecer – recomenda São Bernardo –,
procura depositá-lo nas mãos de Maria, graciosíssimas e digníssimas de todo o
apreço, a fim de que seja oferecido ao Senhor sem sofrer repulsa por parte
d’Ele”16.

(1) Cfr. Lev 2, 1-2; 14-15; (2) cfr. Lev 6, 7-11; (3) cfr. Dan 8, 11; (4) Mc 12, 41; (5) cfr. Lc 21, 1-
4; (6) Santo Agostinho, Sermão 107 A; (7) cfr. Mc 12, 43; (8) São Gregório Magno, Homilia 5
sobre os Evangelhos; (9) Rom 12, 1; (10) Pio XII, Carta Encíclica Mediator Dei, 20.11.47, 25;
(11) cfr. Pastor de Hermas, Mandamentos, 13, 5, 3; (12) S. Josemaría Escrivá, Amigos de
Deus, n. 167; (13) cfr. Lc 18, 28-30; (14) Santa Teresa, Caminho de perfeição, 23, 3; (15) João
Paulo II, Homilia, 10.11.85; (16) São Bernardo, Homilia na Natividade da Bem-aventurada
Virgem Maria, 18.
(Fonte: Website de Francisco Fernández Carvajal AQUI)

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