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Aula de hoje: Lênin, o marxismo e o Estado (uma

introdução ao estudo das instituições políticas)

 “A questão do Estado é uma das


mais complexas, mais difíceis,
e, talvez, a mais embrulhada
pelos eruditos, escritores e
filósofos burgueses” (Lênin, op.
Cit., p. 176)

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Objetivos da aula:

 Apresentar e recapitular os
principais elementos de uma teoria
marxista do Estado;

 Introduzir o tema das instituições


políticas a partir dessa problemática
do Estado;

 Extrair alguns desdobramentos


teóricos da abordagem lenininista e
apontar algumas de suas limitações.

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Recapitulando:
 Vimos na aula passada a estrutura lógica do programa do curso.
Qual é essa estrutura?

 (1) Introdução geral sobre o tema do Estado e das Instituições


Políticas:

 (2) Conceitos básicos para o estudo das instituições políticas;

 (3) Modelos “majoritário” e “consensual” de democracia


(Lijphart);

 (4) Introdução ao estudo das instituições políticas brasileiras


(conceito de presidencialismo de coalizão);

 (5) O problema das instituições políticas no socialismo [se der


tempo]

 Hoje => Daremos início a este percurso.

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I) Principais elementos da teoria marxista clássica do
Estado na leitura do Lênin:

 (1) Uma definição geral [= referente a vários modos de produção


de Estado] => “Estado é uma categoria especial de homens cuja função
invariante é manter a repressão de uma classe por outra”;

 (2) Existem diferentes tipos de Estado correspondente a


diferentes modos de produção;

 (3) Proposição segundo a qual podem existir diferentes “formas


de governo” sem alteração da “essência” da função do Estado;

 (4) Questão do sufrágio universal e da natureza de classe do


Estado.

 (5) Necessidade de “quebrar” o aparelho de Estado Capitalista ou


burguês para instaurar o socialismo;

 Referência básica: livro O Estado e a Revolução (1917)

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1.1) Definição Geral de Estado:

 Por que Lênin considera a questão do Estado uma questão tão


fundamental para a Revolução?
 Necessidade de afastar os “preconceitos burgueses” sobre o Estado;

 Fonte: A origem da família, da propriedade privada e do Estado (Engels,


1890) e Lênin (1917).

 Necessidade de adotar uma “perspectiva histórica” => “Houve um tempo em


que o Estado não existia. Ele aparece onde e quando surge a divisão da sociedade em
classes, quando aparecem exploradores e explorados” (p. 178) [V ou F?]

 A) Definições de Estado:
 É um “aparelho especial para a aplicação sistemática da violência e para a submissão dos
homens pela violência” (p. 179)

 “Uma categoria especial de homens que se destaquem para governar os outros e que, no
interesse e com fins de governo, possuam sistemática e permanentemente certo aparelho de
coação, um aparelho de violência como o são na atualidade, como todos compreendeis, os
destacamentos armados de tropas, as prisões e outros meios de submeter a vontade alheia
pela violência – aquilo que constitui a essência do Estado” (p. 179)

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Definição geral de Estado:

 “É quando aparece esse grupo especial de homens cuja única


ocupação é governar e que para governar necessita de um
aparelho especial de coação, de submissão da vontade alheia
pela violência – prisões, destacamentos especiais de homens,
exército etc. – que aparece o Estado” (p. 179);

 “A história mostra que o Estado, como aparelho especial de


coação dos homens, surgiu apenas onde e quando surgiu a
divisão em grupos de homens, dos quais uns podem
constantemente apropriar-se do trabalho de outros, onde uns
exploram outros” (p. 179)

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1.2) Existência de diferentes tipos de Estado:

 A partir da desagregação do “comunismo


primitivo” e da formação de sociedade
fundadas na exploração do trabalho surge
o Estado, o que muito nos diz sobre suas
funções (181);

 “Não é possível coagir a maior parte da população e


trabalhar sistematicamente para a outra parte sem um
aparelho permanente de coação” (p. 182);

 [E várias outras passagens do gênero:


deve-se observar que ele não detém-se
na demonstração história de algumas
dessas proposições controversas.]
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Características dos diferentes tipos de Estado [ele enuncia em
linhas gerais]

 A) Estado escravista:
 O vínculo entre as várias instituições que
compunham o aparelho de Estado escravista era
“débil” (p, 182)

 “O fundamental consistia em que os escravos não eram


considerados pessoas. A lei romana considerava-os coisas. A lei
sobre o homicídio, sem falar já de outras leis referentes à proteção
da pessoa humana, não se aplicava aos escravos. Ela defendia
somente os escravistas, como únicos cidadãos aos quais eram
reconhecidos plenos direitos. E se se instituía a monarquia, era
uma monarquia escravista; se a república, era uma república
escravista” (p. 183)

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B) Estado feudal:

 “A modificação da forma de exploração transformou o


Estado escravista em feudal. Isso teve uma importância
enorme” (p. 183)

 “Na sociedade escravista, reinava a absoluta falta de


direitos do escravo, ele não era reconhecido como
homem; na sociedade feudal, reinava a adscrição do
camponês à terra. O traço fundamental do regime de
servidão era que o campesinato (e os camponeses
constituíam então a maioria, a população das cidades
estava muito pouco desenvolvida) estava preso à terra,
e daí o próprio conceito de servidão” (p. 183).
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C) Estado burguês-moderno:
 Na sociedade capitalista, “todos são considerados
iguais perante a lei”;

 “A lei proteje todos por igual, protege a propriedade dos que a


têm dos atentados contra a propriedade por parte da massa que,
não tendo propriedade nenhuma, não tendo nada além de seus
braços, gradualmente cai na miséria, se arruina e transforma
em massa proletária” (p. 185);

 O Estado capitalista é um Estado que proclama


como sua palavra de ordem a liberdade para todo
o povo e diz exprimir a vontade de todo o povo,
negando ser um Estado de classe;

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1.3) Formas de Estado e formas de governo:

 Outra proposição “leninista” é a de que cada um dos tipos de


Estado acima referidos é compatível com várias “formas de
governo” (monarquia e república escravocrata; monarquia e
república feudal; ditadura e democracia capitalista);

 Ou seja: pode haver um amplo campo de variação


institucional no interior dos diferentes sistemas de dominação
de classe existentes ao longo da história da humanidade;

 E com o capitalismo não é diferente => dentro de uma


mesma estrutura jurídico e política invariante, pode haver um
amplo campo de variação morfológica.

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IV) Problema do sufrágio universal:

 Ele coloca uma questão fatídica: “Será o


Estado num país capitalista, numa república
democrática – especialmente em repúblicas como a
Suiça ou os EUA -- a expressão da vontade popular,
a resultante das decisões de todo o povo, a expressão
da vontade nacional etc., ou será o Estado uma
máquina destinada e permitir aos capitalistas desses
países a possibilidade de manter seu poder sobre a
classe operária e o campesinato” (p. 186);

 E a resposta dele é negativa, embora ele


não a justifique muito

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V) Necessidade de “quebrar” o poder de Estado:

 Ele finaliza o texto colocando essa


questão que é muito polêmica;

 O que seria essa “quebra” do


aparelho de Estado?

 Várias posições a respeito...

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Conclusões: limitações da análise leninista

 Do ponto de vista estrito da análise


política, há várias limitações na análise de
Lênin;

 É apenas um ponto de partida e uma


sistematização de alguns elementos
iniciais postos pelos “clássicos” do
marxismo;

 Veremos em seguida quais são estas


limitações.

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Referências bibliográficas:

 ENGELS, F. (1890). A origem da família, da propriedade privada e


do Estado. Rio de Janeiro: Alfa-Ômega.

 GRUPPI, L. (1981). O pensamento de Lênin. Rio de Janeiro:


Graal.

 LENIN, V. I. (1980). Sobre o Estado; conferência na


Universidade de Sverdlov. 11 de julho de 1919. In: _____ Obras
escolhidas em três volumes.. São Paulo: Alfa-Ômega. p. 176-
189.

 LENIN, V. I. (1980). O Estado e a Revolução; a doutrina do


marxismo sobre o Estado e as tarefas do proletariado na
revolução. In: _____ V. I. Lenin. Obras escolhidas em três
volumes. São Paulo: Alfa-Ômega. Vol. 3. p. 219-305.

 SALEM, J. (2008). Lênin e a revolução. São Paulo: Editora


Expressão Popular.

 ZIZEK, S. (2005). Às portas da revolução. São Paulo: Boitempo


Editorial.
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Próximas aulas:
 (1) O debate entre as posições marxista-leninista
X weberiana sobre a burocracia e o socialismo;

 (2) Conceito de Estrutura jurídico-política e de


Estado Capitalista que deriva da problemática de
Lênin/Marx/Weber;

 (3) Conceitos de forma de Estado e de regime


político, especialmente democracia (Kelsen, Juan
Linz).

 (4) Algumas contribuições ao estudo das


instituições políticas democráticas derivadas do
“neoinstitucionalismo”.

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Apêndice sobre o “neoinstitucionalismo”:

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