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Em (saudosa) homenagem a Sargento Azul.
O Panfletário consiste na iniciativa de publicação independente de um panfleto poético. Inspirado na iniciativa da panfletagem político-acadêmica-comercial de distribuição, "O Panfletário" ressurge em Porto Alegre, com a proposta de divulgar novos e velhos poetas (e poemas anônimos) pelas ruas da Capital Gaúcha, com distribuição gratuita, feito tanto pessoalmente, quanto reservada nos locais para retirada. Será feita uma edição por mês, cada edição com textos de autores diferentes.
Aos interessadxs em enviar seus textos, enviem um anexo para < asongoforpheus@gmail.com > com o assunto escrito: O Panfletário.
Atenciosamente, equipe,
"O Panfletário"
Em (saudosa) homenagem a Sargento Azul.
O Panfletário consiste na iniciativa de publicação independente de um panfleto poético. Inspirado na iniciativa da panfletagem político-acadêmica-comercial de distribuição, "O Panfletário" ressurge em Porto Alegre, com a proposta de divulgar novos e velhos poetas (e poemas anônimos) pelas ruas da Capital Gaúcha, com distribuição gratuita, feito tanto pessoalmente, quanto reservada nos locais para retirada. Será feita uma edição por mês, cada edição com textos de autores diferentes.
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Em (saudosa) homenagem a Sargento Azul.
O Panfletário consiste na iniciativa de publicação independente de um panfleto poético. Inspirado na iniciativa da panfletagem político-acadêmica-comercial de distribuição, "O Panfletário" ressurge em Porto Alegre, com a proposta de divulgar novos e velhos poetas (e poemas anônimos) pelas ruas da Capital Gaúcha, com distribuição gratuita, feito tanto pessoalmente, quanto reservada nos locais para retirada. Será feita uma edição por mês, cada edição com textos de autores diferentes.
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"O Panfletário"
E a Poesia vai esquina comprar jornal... (Ferreira Gullar) Surgindo da necessidade de publicar novos autores, de tornar a poesia acessvel, e acima de tudo, viva nas ruas, O Panfletrio surge como uma alternativa independente s pu- blicaes vinculadas ao estrito mercado edi- torial. Um meio e um fim em si mesmo. Um meio por ser campo de acesso, portal de comu- nicao; um fim por ser uma atitude, um vis prprio pela militncia potica, que levar a Poesia todos os lugares. Recortes lineares dos restos da poesia retirei sonhos reciclveis e nas letras onde imaginamos melodias absorvi grandes recursos renovveis dos resto viscerais do poema retirei a potica e calibrei sonhos pulverizados na moenda que gira a passos de coisa atltica recordo os recortes transversais da criao tudo hoje mais um recorte que usamos pra colar na mente a liberdade e adiar o passo clido da morte recorte com sorte escrever maratonas no esporte liberdade no mais alto grau recortes contra os resorts liberdade autntica de classes recorte, remorte, remonte rever arte a galope, rebote e s vezes a vida revida assim revivemos. (Felipe Ribeiro) (amor)cegar sesso Etimologia - Menina dependurada na carroceria do caminho azul que desce ladeira que d no mar. Caminho fora pesado, o caminho azul que desce a ladeira breve-leve. Leve e leva a mnina, o caminho des- cendo em direo ao mar. As mos pequenas agar- ram firme a carroceria, o azul depressa, riscando ladeira. Amorcega logo, pequena. Amorcega, j. O cami- nho azul est passando, desce em direo ao mar. O caminho breve, o caminho leve. Amor cega? O azul depressa leva a menina, menina-breve, em breve, at chegar no mar. - Definio de amorcegar: O mesmo que pegar morcego e tem o sentido de pendurar-se nas traseiras das carrocerias de cami- nhes em movimento como forma de carona, isto era uma travessura muito utilizada pelos garotos nos anos 60 e 70 como forma de divertimento. (Naomi Luana) Caro Jack: ...As cartas e a fala enquanto falamos so va- gas, mas s porque somos vagos. Essa coisa do mis- trio amargo da vida no existe, mas voc diz que h um mistrio belo. um mistrio, e isso tudo. Nenhum de ns entende o que est fazendo, mas fazemos coisas belas mesmo assim. O algo mais que estamos fazendo sempre reconhecido, de um jeito ou de outro. Quero saber o que estou fazendo/ quero reconhecer isto. Isso pode ser reconhecido. E isso que psicanlise, a religio, a poesia, tudo isso, nos ensina, que pode ser reconhecido pela sua prpria natureza, o pecado no reconhecer. (Trecho da carta de Allen Gisberg, para Jack Kerouac; depois de 19 de outubro de 1948) Motivo (...) porque h mais Potica em uma garrafa de champanhe barato do que em 365 poemas feitos ao longo de um ano; porque a Potica s isso: um nome. Exceto quando um verbo ou um conectivo; porque, enquanto todas as outras formas de arte se instauram no concreto (sons, cores, formas), dele instaurando significados, a Potica cria sentidos a partir da linguagem, ou seja, a partir daquilo que j formador de sentido, ou seja, revelando o humano a partir do prprio humano, ou seja, toda potica uma metapotica; porque uma garrafa de champanhe barato pode se chamar Potica e, apesar disso, gerar todo um pen- samento psicomitofilosfico sobre arte e lcool in- dependente da existncia de Dioniso; porque escrever atrai mulheres, mas escrever bem atrai somente as melhores; porque apenas 10% do tempo da escrita gasto dese- nhando letras no papel; porque esta a parte fcil; porque Ricardo Reis nos fala para ser grande s inteiro: nada / teu exagera ou exclui ; porque Fernando Pessoa exagera e exclui tudo de si o tempo todo e ainda maior; porque o Lemos bebe pra caralho; porque eu nunca terei um filho. Mas terei outros; porque em uma loja de convenincia em Nova York no fim dos anos vinte o jovem Isaac no conseguia saciar sua sede de leitura, apesar de ter esgotado o acervo da biblioteca, e passou a escrever suas pr- prias histrias, sem saber que, anos depois, essas mesmas histrias fariam parte do Acervo da Biblio- teca de Nova York; porque s agora eu entendi qual a desse poema que eu estou fazendo; porque, segundo Chaplin, o humor pode ser tudo, at mesmo engraado; porque Caetano Veloso existe; porque o que eu sei fazer melhor e, ainda assim, o que eu mais amo; porque contentar-se contentar-se com pouco; (...) (PH Wolf) Preldio s Canes ao Einleuchtend Me desagrada o ceu dos superficiais! Me desagrada, terno amigo, este azul esvaziado e sem sentido, em que os comuns deixam desejos, e desgastam com preces seus suspros em forma de nuvem. Desagrada, meu caro, essa tua forma de Avenida, que atravessa sem passar por dentre as casas, deixando de lado as correrias, os risos, os lbios que se tocam ao cho... E os ignora! Como se em ti no houvesse a curiosidade, latente sentimento, que toma forma de fagulha, o corao dos pobres homens que enlouquecem, disfarados, o seu desejo de conhecer; Esquecendo, claro, que imprio da criao, cuja a forma de argamassa a acinzenta e dissimula, sem que tu, ignbil desamante, perceba! E daonde vem estes teus olhos, castanha escurido que braveja e rompe a obtuso do Azul? E a interrompe com tempestades para depois as deixarem-se despir! Em seu nulo, em seu nada, em seu convite ao nfimo... (R. Duccini)