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Ismael foi influenciado pela mãe egípcia (Gn.21.21). Isaque, porém, foi
ensinado por Abraão. Antes de tudo, os pais precisam ter experiência
pessoal com Deus. Abraão e Sara tinham muitas. O exemplo é a melhor
forma de ensino. Isaque cresceu vendo Abraão edificar altares, fazer
sacrifícios e invocar o nome do Senhor. O testemunho vivo dos pais é
assistido pelos filhos, servindo-lhes como modelo.
O altar em Moriá
Um dia, Deus mandou que Isaque fosse sacrificado em uma das montanhas
de Moriá (Gn.22). Aquela ordem era muito estranha. Deduzimos que, no
entendimento de Abraão, o sacrifício humano poderia ser aceitável diante
de Deus, como se fazia entre os povos da época, embora o patriarca sempre
oferecesse animais. Mas, por quê Deus pediria Isaque? Não poderia ser
Ismael? Entretanto, Deus quer o melhor.
Abraão deveria fazer seu altar na mesma região onde, quase dois mil anos
mais tarde, o Senhor Jesus seria crucificado.
A perspectiva de Isaque
Abraão não tinha a resposta específica. Ele não sabia dizer onde estava o
animal, mas sua afirmação foi perfeita: “Deus proverá para si o cordeiro”
(Gn.22.8). Contudo, o tempo foi passando e o cordeiro não aparecia.
Certamente, o menino foi ficando apreensivo, enquanto ajudava o pai a
edificar o altar. Em seguida, Abraão pega o filho e o amarra com uma
corda. Isaque deve ter ficado apavorado. A bíblia não nos informa quais
foram seus sentimentos, palavras e pensamentos, mas acho natural que
alguns questionamentos surgissem:
Não haveria um cordeiro? O pai teria mentido? Ele seria morto e queimado
sobre o altar? Sua mãe não poderia ajudá-lo. Será que ela também sabia?
De qualquer maneira, nunca mais tornaria a vê-la. Isaque teria sido traído
pelas pessoas que ele mais amava? O pai estaria contra ele? Deus também
estaria contra ele? Deus o havia abandonado? Ninguém o amava de
verdade?
“Mas o anjo do Senhor lhe bradou desde o céu, e disse: Abraão, Abraão!
Ele respondeu: Eis-me aqui. Então disse o anjo: Não estendas a mão sobre
o mancebo, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus,
visto que não me negaste teu filho, teu único filho. Nisso levantou Abraão
os olhos e olhou, e eis atrás de si um carneiro embaraçado pelos chifres no
mato; e foi Abraão, tomou o carneiro e o ofereceu em holocausto em lugar
de seu filho.”. (Gn.22.11-12).
Quando não existe saída, Deus ainda pode agir. Não temos forças
suficientes para nos livrarmos das cordas que nos prendem, mas Deus está
acima de tudo e enviará a sua palavra em nosso favor.
Muitas vezes, passamos por situações que parecem ser o fim da nossa vida.
Entretanto, se existem promessas de Deus a nosso respeito que ainda não se
concretizaram, podemos ter a certeza de um livramento e de um futuro
repleto de realizações.
A cena do Calvário
Apesar das semelhanças, houve uma grande diferença entre ambos os fatos.
No Calvário, não se ouviu uma voz do céu. Não houve manifestação
angelical. Deus não interferiu para impedir a morte do filho. Ele morreu de
fato. O sacrifício foi consumado. O filho não foi poupado. O livramento de
Moriá não se repetiu no Gólgota porque Jesus precisava morrer a fim de
que nós pudéssemos ter vida eterna.