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A didática na Capoeira

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Da Didática depende o aprendizado de qualquer atividade. É o jeito


eficiente e a forma mais completa de se transferir um conhecimento,
é a maneira de se complementar o aprendizado, não só por imitação,
mas enriquecido pela utilização de novas alternativas.
Para trocarmos em miúdos, quando formos capazes de ensinar uma
meia lua de compasso ao nosso aluno, à distância, orientando cada
passo, sem esboçar nenhum gesto técnico referente à meia lua e
apenas fechando a comunicação através da fala e este aluno efetuar
o movimento, não perfeito na sua forma acabada, mas correto na sua
construção básica estaremos num grau privilegiado, didaticamente
falando. Referimos-nos a meia lua como ex mas certamente
alcançaremos este estágio didático para todos os demais 75
principais movimentos, estendendo ainda este comportamento para
as diversas atividades físicas pré e pós trabalho técnico específico,
da Capoeira.
Quem vai aprender um movimento deve estar em alguma posição
específica que facilite o início, o percurso e o fim do movimento.
Necessita também algum referencial de lateralidade, imaginando-se
em que posição estará ao concluir tal movimento durante e o que
acontecerá com cada parte do seu corpo com relação ao giro,

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transferência de peso, quadril, mãos, rosto, joelho e ao terminar em


se recuperando, como estará todo o seu corpo. Isto já existe na
Capoeira, faltam apenas dirigentes para aceitarem, pesquisarem,
entenderem, praticarem, explorarem, conhecerem e sentirem no
próprio corpo o que acontece para melhor se aprimorar na troca de
experiências com o aluno no momento da execução.
Atualmente, quando cobramos novas posturas do mestre é porque
acreditamos que ele pode e é capaz de enriquecer seu cabedal
didático. Não adianta colocar uma graduação de mestre ou abrir uma
academia mas não assumir a nova posição, agora como mestre. E
uma reiniciação onde para este, passam a interessar as diversas
formas de entender e preparar as pessoas que o procurarão. Nada
pode atrair mais um aluno que a sabedoria de seu Mestre nos
múltiplos assuntos relacionados à modalidade e a franqueza em
admitir, quando por ventura não conhece, algo que lhe é
questionado. A segurança do aluno é o fechamento honesto da
relação mestre/aluno. Em todas as modalidades já bem consolidadas
em sua organização, o que mais conta é o peso do conhecimento,
sendo que quando o dirigente se encontra numa faixa etária que
permita destacar-se também como praticante, nada melhor que unir
o útil ao agradável.
Na nossa Arte Marcial Brasileira com o crescimento da consciência de
seus dirigentes, haverá uma revolução universal provocada pelas
novas gerações no jeito de ser, ver e fazer o Esporte Capoeira.
O mestre que não enveredar pelos caminhos do crescimento, além do
prático, na nossa modalidade, em poucos anos será auto-condenado
a findar seus dias da forma que alguns que assim sempre agiram já o
fazem. Profissionais desse tipo estão sempre sozinhos. Quando
juntam-se a outros em igual situação todo mundo está errado.
Sabemos que pessoas estranhas entre si, mas em situações comuns,
tendem a se aproximar ou a se unir, mesmo que temporariamente,
embora na Capoeira este processo ainda não tenha se definido por
completo. Se dois estranhos estão num ponto de ônibus esperando o
ônibus que será o último daquela linha e derrepente começa a
chover, a tendência é a aproximação de ambos para uma conversa.
Um deles tem guarda-chuva, o outro não e em determinada altura
talvez surja o convite ou oferecimento de um abrigo ou proteção.
Ambos tendem a se proteger e juntos, abrigados, passam a reclamar
do tempo, da condução, etc. A situação de determinados capoeiristas
é a mesma. Pena que o ônibus já tenha passado e nenhum dos dois
tem guarda-chuva.

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A má observação das possibilidades de aplicação da didática no


nosso cotidiano é um sério entrave para o deslanche da modalidade e
para a valorização do profissional, visto por uma ótica atualizada,
universal e porque não futurista.
Partindo-se da quantidade de movimentos, do jogo da Capoeira e
com respeito aos referenciais já definidos se seguidos por todos os
capoeiristas tornar-se-ia mais fácil a graduação de cada aluno, além
de uma série de outros transtornos que surgem no decorrer dos
cursos. Será que ao cursar o 1° Grau em SP aprendo coisas que não
aprenderia no RJ? Em parte sim, porém existe um programa nacional
onde todos os alunos de 1° Grau deverão ter acesso aos mesmos
conhecimentos, independentes do estado a que pertençam.
Oscilações podem ocorrer porém, nada comparado ao que temos na
Capoeira, acima de tudo hoje, uma ciência. Um professor pode
enriquecer o seu trabalho nesse ou naquele estado, variando
inclusive a criatividade, as estratégias, os recursos, e valorizando o
potencial de cada aluno mas o conteúdo, acima de tudo é respeitado,
caso contrário não seria uma proposta de ensino para o 1° Grau.
Toda vez que o aluno for submetido a um exame de 1° Grau, em
determinada série, dele serão cobrados conhecimentos comuns a
qualquer escola deste patamar. E pode acreditar o leitor, quem não
observar estas prioridades, realmente terá muitas dificuldades para
ensinar nos próximos anos, considerando-se que hoje já está
vivendo fora do seu tempo.
Se um aluno treina no Tocantins, vem para o Rio Grande do Sul e de
repente resolve continuar treinando Capoeira... Coitado!!! Se naquela
cidade não tem uma academia do seu sonhado grupo, corre o risco
de começar tudo de novo desde a troca de cordão, uniforme, até a
troca de nome dos movimentos. Que pena! Que desperdício. Uma
Arte tão criativa, alunos tão interessados e professores com noções
tão desencontradas. Falta unidade de trabalho municipal, regional,
estadual, nacional ou será que o fato de trocar de um para outro
grupo, de um para outro estado, representa treinar outra modalidade
esportiva com o nome comum de Capoeira.
Engraçado, não temos conhecimento de que exista algum ser
humano, no mundo, que primeiro correu, depois engatinhou para aí
então aprender a andar. No entanto temos dirigentes de Capoeira
querendo correr sem haver engatinhado ou andado. Tomara que
consigam, o que duvido muito, mas coitados dos que estiverem
sendo por eles, orientados.
Atitudes arbitrárias provam um grande desrespeito, de determinados

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dirigentes com uma postura não profissional para com os alunos,


com o esporte e consigo próprio evidentemente porque são
comportamentos típicos de pessoas preocupadas sempre em
encontrar uma forma de impedir, de alguma maneira, o crescimento
do outro. Não podemos confundir falta de trabalho com falta de
criatividade. Posicionados que estão, alguns não acompanharam a
evolução natural, não só da Capoeira, mas da vida, do mundo e da
natureza, onde tudo é dinâmico e só o que morre é estático sem vida
e sem movimento.
Os movimentos são e serão sempre a tónica da Capoeira, agora a
forma de trabalhá-los, agrupá-los, explorá-los sem deturpação,
dependerá realmente da criatividade.

Texto: Santos, Valdenor Silva. Fotos: Arquivo Capoarte.


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