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O Modelo de Auto-avaliação da Biblioteca Escolar no contexto da Escola

(4ª sessão, 2ª tarefa)

1 - Análise à realidade da escola EB2,3/S José Silvestre Ribeiro e à capacidade de


resposta ao processo; identificação dos factores considerados inibidores do mesmo.
2 – Plano de acção que contemple o conjunto de medidas necessárias à alteração da
situação e à sua consecução com sucesso.

O Modelo de Auto-Avaliação da BE é um instrumento de descrição dos


resultados da auto-avaliação, de identificação do conjunto de acções a ter em conta no
planeamento futuro e de difusão desses resultados e acções junto da escola e dos seus
órgãos de gestão. Sendo chegado o momento de reflectirmos sobre o que fizemos
bem, mas também sobre o que fizemos menos bem ou, simplesmente, ainda não
fizemos, avaliar é aqui traçar novas linhas orientadoras para o futuro próximo, isto é,
para o plano de acção que deve assumir prioridades educativas no Agrupamento.

Contexto socioeconómico dos utilizadores da BE


A BE da EB2,3/S José Silvestre Ribeiro (2000), tem adstritas 2 bibliotecas do 1º
ciclo: Idanha-a-Nova (2006) e Ladoeiro (2003). Com 7 EB1 e 8 JI, 11 turmas do ensino
básico e 6 do ensino secundário, vários cursos EFA e um centro de RVCC, a escola é
sede de um TEIP de extensa dimensão, cujo concelho (região centro do país, sub-
região Beira Interior Sul (NUT II) regista perda de população na ordem dos 27,6%
(Censos de 1981 e 2001), fraca densidade populacional (8 hab. /Km2 ), sendo um dos
concelhos menos povoados do país. Apenas 9% da população residente tem menos de
15 anos e 33,34% da população não tem qualquer grau de escolaridade. Os alunos
abrangidos pelo DL 319/91 ocupam 7% da população estudantil.
Na escola, a BE é centro dinamizador de conhecimento e presta serviços
educativos e foi testada no ano anterior com o modelo de auto-avaliação das
bibliotecas, tendo-se diagnosticado:
Pontos fortes
- A BE é frequentemente solicitada a realizar actividades de articulação curricular com
planificação conjunta entre o professor da turma e responsável pela BE, sendo notória
esta constatação nas respostas dos inquiridos, sublinhando o envolvimento pessoal e
individual, através de contacto directo com a coordenadora, privilegiando-se o
contacto informal;
- Realiza actividades destinadas à educação pré-escolar, 1º 2º, 3º ciclos e ensino
secundário;
- Apoia projectos e actividades realizadas no âmbito das actividades extracurriculares;
- Dinamiza e organiza actividades do P.N.L., assegurando a organização do projecto
Ler+, fazendo regularmente balanços que apresenta aos órgãos de gestão e
articulando também com o projecto PNEP (a ler+ com o PNEP);
- Todos os docentes referiram, em reuniões de avaliação trimestral, o trabalho em
parceria com a BE na realização de actividades.
- Construção e disponibilização de materiais de literacia da informação;
- Divulgação da informação através da publicação de textos dos alunos no boletim da
biblioteca e no blogue;
- Promoção de visitas inter-escolas com actividades inter-ciclos em torno de leituras;
- Adesão excelente dos encarregados de educação nas actividades da Biblioteca Fora
d´Horas com leituras entre pais e filhos;
- Oficinas temáticas decorrentes do tema da hora do conto, com um dia na escola-sede
dos alunos das aldeias;
- A Direcção e a comunidade escolar reconhecem o valor da BE;
- A BE está aberta permanentemente;
- A Coordenadora tem exercido uma boa gestão e uma forte liderança, mobilizando a
equipa e a restante comunidade educativa para o valor e trabalho da BE;
Constrangimentos
- Apoio ao desenvolvimento curricular - Dificuldades em implementar uma prática
efectiva de trabalho colaborativo com o corpo docente, a nível dos departamentos
curriculares;
- Organização e gestão – Dificuldade em realizar uma planificação sistemática com os
órgãos pedagógicos de gestão intermédia, por ser recente a visão da BE como um
serviço educativo que deve articular com esses mesmos órgãos, registando-se alguns
constrangimentos. A BE não consta das planificações desses órgãos, ou, quando
consta, não sabe atempadamente;
- A equipa de colaboradores muda frequentemente e os tempos atribuídos são
dispersados por muitos elementos, embora o núcleo duro tenha tarefas bem definidas;
- A colecção falha na resposta às necessidades da escola, havendo desequilíbrio nas
existências de suportes variados;
- O catálogo da BE da escola sede está a ser revisto por conter erros grossos de
catalogação das obras, com conflitos entre a atribuição dos números, embora
informatizado; as existências da EB1 de Ladoeiro estão inventariadas, assim como as
da EB1 de Idanha;
- O modo de empréstimo não funciona com o sistema da base de dados da escola sede
(Bibliobase) por inexistência da instalação do programa nos computadores destas BEs;
- A BE não tem orçamento próprio nem conta com nenhuma verba adicional, para
além das verbas atribuídas pelo PNL ou RBE;
-Apesar dos esforços de divulgação da informação, uma percentagem significativa de
alunos, em todos os graus de ensino, afirma não ter acesso à informação sobre
actividades da BE. Todavia, este facto não é muito compreensível, uma vez que toda
esta informação é divulgada nos placards informativos da BE, no portal do
agrupamento e no blogue da BE.
- Dificuldade em fazer a manutenção técnica dos computadores e outros audiovisuais,
sendo que o pessoal TIC entende que o coordenador do CRE “deve” ser um expert
neste campo;
- Equipamentos informático muito velho (até agora a BE não foi contemplada com
computadores do PT);
- Falta de estantes;
- Dificuldade em trabalhar com a biblioteca municipal por motivos estritamente alheios
à escola e à BE;
- Resistência à mudança inerente a qualquer processo inovador
Plano de Acção
- Transformar a BE num centro de recursos de excelência.
- Confrontar os inventários das BEs;
- Implementar a gestão das BE do 1º ciclo com o projecto TEIP que permite a existência
de 2 professores para este fim, embora com horas de apoio em todo o concelho;
- Incluir as actividades de literacia da informação/formação para todos os ciclos nos
projectos curriculares de turma;
- Apoiar o desenvolvimento curricular divulgando a partilha dos recursos;
- Implementar actividades com o Centro Municipal de Cultura e Desenvolvimento para
promoção de actividades de leitura e de enriquecimento curricular, elevando este
organismo a parceiro e veículo de transmissão do que se faz nas nossas bibliotecas
escolares a todas as escolas do concelho, que sofrem do constrangimento da distância
geográfica.
- O processo de auto-avaliação da BE, terá de ser vivido nas diferentes estruturas da
escola: com a equipa da BE; com a Direcção; com o Conselho Pedagógico; com os
vários Departamentos Curriculares; com os Alunos; com os Pais/Encarregados de
educação, com os Assistentes Operacionais.

O Professor bibliotecário tem um papel persuasivo na formação de


“independent learners”, envolvendo todos no processo avaliativo e espera-se que tire
partido das oportunidades. Depois de um passado empírico e voluntarista, cuja acção
decorreu tantas vezes ao sabor do bom senso e da boa vontade, sem formação
específica, o professor bibliotecário, que entretanto se muniu de formações específicas
de curta duração, do apoio dos SABE e dos conselhos dos grupos de discussão, tem
agora que dominar requisitos para gerir as bibliotecas digitais e virtuais. Na internet
tem que passar a gerir os conteúdos acessíveis em páginas Web, blogs, repositórios
digitais, revistas e jornais digitais, bibliotecas digitais e quejandos. O bibliotecário é
um gestor de informação, porque o livro já não é o único meio de informação e de
formação, embora a leitura permita compreender melhor o mundo “leer amplia el ser ,
desarrolla las potencialidaes e enriquece y regenera peronsal y socialmente”(El Rumor
de la lectura, Equipo Peonza, Madrid:Annaya, 2001, pp.21). A leitura de lazer e prazer,
tornou-se uma ínfima parte (mas quão grata!) do leque de actividades que a biblioteca
desenvolve no actual ambiente digital da sociedade da informação e do conhecimento.
É um contexto hostil ao suporte papel, onde são fundamentais as iniciativas de
promoção da leitura como as que a Escola realiza. O dito guardador de livros
desapareceu. As próprias bibliotecas mudaram: a sala dos livros era separada da sala
de leitura, não sendo possível reunir as pessoas junto dos livros pela distribuição do
espaço. Na biblioteca de livre acesso não há separação entre o livro e o leitor. Porque
“A biblioteca escolar proporciona informação e ideias fundamentais para sermos bem
sucedidos na sociedade actual, baseada na informação e conhecimento. A biblioteca
escolar desenvolve nos alunos competências para a aprendizagem ao longo da vida e
estimula a imaginação, permitindo-lhes tornarem-se cidadãos
responsáveis”(IFLA,2002, Missão da Biblioteca Escolar). O segredo está na pesquisa, no
uso das tecnologias online, na avaliação das competências dos alunos.
A organização que o bibliotecário dava à biblioteca que só tinha livros, é a
organização que ele tem que fazer nos novos canais de informação. A sua liderança
deve pautar-se pela intervenção e transformação, nortear-se pelas evidências
(evidence based practice) e associar-se a uma visão estratégica indissociável a este
modelo, onde deve imperar o trabalho colaborativo. A acção do professor bibliotecário
é no ser e no fazer: doing and being (Ross Todd). Os últimos vinte anos são de grande
mudança qualitativa e quantitativa nas bibliotecas e arquivos. A elevação do nível de
qualidade das bibliotecas e arquivos depende muito do investimento físico e
tecnológico que for feito, mas depende essencialmente da elevação do nível de
qualidade dos recursos humanos.
Transformar as bibliotecas de equipamentos em potência para equipamentos
activos, dinâmicos e imprescindíveis no quadro da sociedade da informação e do
conhecimento tem a ver também com o modelo de auto-avaliação…
Uma prática baseada na recolha de evidências será a melhor maneira de mostrar e
convencer que a biblioteca é uma parte central da escola e essencial no desempenho
dos alunos. Dá muito trabalho, é esgotante e consumimo-nos na recolha das
evidências, mas as conclusões saltam à vista porque : “a biblioteca não é “a biblioteca
na escola, mas toda a escola é uma biblioteca”(Ross Todd) e “First comes thought ;
then comes organization of that thought into ideas and plan; then transformation oh
those plans into reality.The begining, as you will observe, is in your imagination”
(N.Hill, citado por Ross Todd, in Libraries for life: Democracy, Diversity,Delivery.IFLA
Council and general Conference, Glasgow, Scotland, August 18-24, 2002, p.10)

Idanha-a-Nova, 23 de Novembro de 2009

Maria das Dores Ferreira Pinto

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