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Texto 1.

Carga horária excessiva no 1º CEB


Sabendo que cada nível de Educação e Ensino tem as suas especificidades e sofre,
nestes tempos, constrangimentos diversos, permitam-me que relate aqui a situação
de uma professora do 1º ciclo, apenas com a intenção de mostrar outras faces do
mesmo problema, apesar de, muitas vezes, bastante mais esquecidas:

idade da professora - 51 anos

Turma: 20 alunos com 2 NEE (autismo e trissomia 21)

Trabalho semanal efectivo com alunos: 25 horas = 33 tempos + 15 minutos;

Trabalho de AEC (Apoio ao Estudo) efectivo com alunos :45 minutos = 1 tempo.

Tem uma redução de 45 minutos semanais, tempo no qual tem que cumprir as tarefas e
cargos seguintes:

1- Todas as competências previstas no RI para Directores de Turma;


2- Todas as competências do RI previstas para Conselho de Turma;
3- Reunião mensal do Núcleo de Educação Especial, pelo facto de ter alunos com
NEE;
4- Reunião mensal de Estabelecimento;
5- Reunião mensal de Departamento Curricular;
6- Coordenação do Conselho das Actividades de Enriquecimento Curricular, cargo
atribuído pelo Director,por mail, pelo facto de ser professora titular;
7- Reunião periódica com todos os professores de AEC;
8- Reunião mensal de Conselho Pedagógico, pelo facto de ser coordenadora de AEC;
9- Reunião, pelo menos mensal, dos Novos Programas da Matemática
Adelino

Texto II. Carga horária excessiva no secundário. Um testemunho


Sou uma professora de matemática do grupo 500.

Estou a ficar desesperada com tanto serviço na escola.

Tenho uma turma de 7º ano, uma de oitavo, tenho duas turmas de CEFS. Como se não
bastasse ainda sou Directora de Turma do 7º ano, estou no plano da acção da
Matemática e a minha escola aderiu aos novos programas de Matemática.

Não sei que fazer com tanto papel. Na sexta-feira fui almoçar à 16 horas. Tenho
trabalhado uma média de 10 horas por dia (incluindo as aulas que tenho de
preparar).

Como poderei ter sanidade mental para ensinar matemática a duas turmas de CEF com
meninos problemáticos?

Estou a desesperar e só me apetece desistir daquilo que mais gosto de fazer. A


minha força são os meus alunos que me encorajam e me dizem sistematicamente “força
professora! não desista, nós gostamos de si”.

Por favor parem com tanto papel....

Uma professora magoada e cansada por não conseguir fazer aquilo que mais gosta ,
ensinar.
Cristina Bastos

Texto III. Questões que afectam a qualidade do ensino. A carga horária excessiva é
uma delas
As questões que mais afectam a qualidade do ensino não são, como é óbvio, o
estatuto da carreira nem a avaliação dos docentes. São o estatuto do aluno, a
perda da autoridade dos professores, o definhar da gestão democrática, a carga
burocrática, os horários de trabalho com cargas excessivas, a formação contínua
fora de horas e aos sábados, dada por turboformadores e vendilhões de receitas, e
a complexidade curricular.

É preciso fechar as questões do ECD e da ADD para começar a pensar, a negociar e a


deliberar sobre os problemas realmente importantes para a qualidade do ensino.

E sobre isto pode não haver consensos e é provável que a ministra da educação e a
sua entourage se deixem contaminar pelo poder difuso do eduquês. Aliás, o eduquês
alimentou-se, nas duas últimas décadas, à custa da crescente complexidade e
dispersão curricular, tomando de assalto a maioria dos grupos de trabalho e
comissões criadas pelas várias estruturas centrais e regionais do Ministério da
Educação. Onde o eduquês cai, cresce a burocracia.

Para além da simplificação legislativa, revogando a maior parte dos decretos-leis,


decretos regulamentares, portarias e despachos assinados por Maria de Lurdes
Rodrigues e Valter Lemos, é necessário proceder a uma simplificação e concentração
curricular. Desde logo, eliminando as tangas curriculares que dão pelos nomes de
"estudo acompanhado", "trabalho de projecto" e "formação cívica". Outra medida
sensata será pôr fim aos blocos de 90 minutos com o consequente regresso às aulas
de 50 minutos. E há disciplinas irrelevantes no ensino secundário, nos Cef e nos
cursos profissionais que importa eliminar em benefício do fortalecimento das
cargas horárias das unidades curriculares fundamentais.

A lei que estabelece o estatuto do aluno tem de ser substituída por um diploma que
se limite a restaurar a autoridade dos professores dentro das salas de aula, a dar
instrumentos de acção aos directores das escolas para travarem e reprimirem os
comportamentos violentos, a linguagem imprópria na sala de aula e as agressões
verbais e físicas a professores e a alunos.

A gestão democrática tem de ser restaurada, permitindo que as escolas optem por
órgãos executivos colegiais ou unipessoais e criando um equilíbrio no conselho
pedagógico entre membros designados pela direcção executiva e membros eleitos
pelos grupos disciplinares.

A acreditação dos cursos de formação contínua e especializada tem de ser mais


exigente e rigorosa, impedindo os turboformadores e os vendilhões de receitas de
controlarem a oferta formativa.

O que se passa com as acções de formação contínua, quase todas fora de horas e aos
sábados, é um escândalo pouco divulgado.

O negócio das acções de formação contínua pode ser bom para encher os bolsos de
alguns turboformadores, especialistas em quase tudo e em coisa nenhuma, mas
tornou-se um tormento para a maioria dos professores que as têm de pagar do seu
bolso e são obrigados a frequentá-las à noite, depois de jornadas de oito e mais
horas de trabalho, ou aos sábados, roubados ao convívio familiar.

Os turboformadores nem sempre revelam a preparação necessária para conduzirem as


acções de formação. Virou moda os turboformadores exigirem relatórios críticos,
porta-folhas e um sem número de textos aos docentes que se vêem, dessa forma,
obrigados a desbaratar dezenas de horas que pouco ou nada acrescentam à formação
recebida. Aquilo que devia ser uma oportunidade de crescimento profissional,
tornou-se, regra geral, um suplício anualmente renovado.
Texto IV. Turboformação fora de horas e excesso de carga horária
O ProfBlog vai dedicar espaço ao escândalo dos turboformadores especialistas em
tudo e nada e à formação contínua paga e fora de horas. Deixo os colegas com dois
testemunhos curtos, na esperança de que outros surjam a denunciarem a situação.

Talvez seja bom denunciar o que se está a passar em algumas acções de


formação, pois,não bastando a falta de preparação dos formadores, a exigência e
intransigência que esgrimem, trazem os formandos derreados.Algums, depois de oito
horas passadas na escola, ainda têm 3 e 4 horas de formação, regressando a casa às
22horas.Estas situações são inadmissíveis, sendo que os mais novos têm filhos
pequenos e outros já deveriam estar reformados e sabem muito mais do que a maior
parte dos formadores. Até que idade é que tudo isto é racional e humanamente
aceitável? O que dizem os sindicatos a tudo isto? António dixit

Quanto às acções de formação, que o António refere, pelo que oiço dizer
(tenho-me baldado à formação) mais interessante ainda do que o tempo das ditas é
o(s) trabalho(s) exigido. Talvez hábito e treino para os porta-folhas. Muita papel
e muitas horinhas preciosas. Quanto à ADD não digo nada. De momento não merece uma
gota de suor. Estou em período de nojo. Mmottamoreira dixit

Texto V. Professor - Uma espécie em extinção. Funções a mais e carga horária


excessiva
Esse texto que escrevo precisamente agora é mais um desabafo. Desabafo de uma
profissional que está lecionando há mais de 22 anos e que não sabe se sobreviverá
por mais dez anos, que é o tempo que ainda precisarei trabalhar (por mais que ame
muito o que faço).
Trago comigo muitas perguntas que não querem calar. E talvez a mais inquietante é:
O que será necessário acontecer para se fazer uma reforma educacional neste
país???
Constantemente ouço ou leio reportagens com as autoridades educacionais
proclamarem a má formação de seus professores. Culpando as universidades, a falta
de cursos de formação e culpando-nos evidentemente.
Se a educação neste país não vai bem só existe um culpado: o professor.
E aí vêm meus questionamentos:
Como um professor de escola pública pode fazer o seu trabalho, se ele precisa
ficar constantemente parando sua aula para separar a briga entre os alunos,
socorrer seu aluno que foi ferido por outro aluno, planejar várias aulas para se
trabalhar os bons hábitos na tentativa vã de se formar cidadãos mais conscientes e
de melhor caráter?
Nos cursos de formação nos é passado constantemente a recusa de um programa
tradicional e conteudista, mas nossas avaliações de desempenho das escolas, nossos
vestibulares e concursos públicos ainda são tradicionais e nos cobra o conteúdo de
cada disciplina.
Como pode num país....num estado...num município haver regras tão diferentes entre
a rede particular e pública?
Na rede particular, as escolas continuam conteudistas, há a seriação com
reprovação, a escola pode suspender ou até mesmo expulsar um aluno que não esteja
respeitando as regras daquela instituição.
A rede pública vive mudando o enfoque pedagógico, é cobrado cada vez menos do
aluno, não se pode fazer absolutamente nada com um aluno indisciplinado, que até
mesmo coloca em risco a segurança de outros alunos e funcionários daquela
instituição.
Dia a dia...minuto a minuto... os professores são alvo de agressões verbais e até
mesmo físicas pelos alunos. A cada dia somos submetidos a níveis de estresse
insuportáveis para um ser humano.
Temos que dar conta do conteúdo a ser ensinado + sermos responsáveis pela
segurança física de nossos alunos + sermos médicos + enfermeiros + psicólogos +
assistentes sociais + dentistas + psiquiatras + mãe + pai...
E quando ameaçados de morte e recorremos a uma delegacia pra fazer um boletim de
ocorrência ouvimos: "Isto não vai adiantar nada!"
Meus bons alunos presenciam o mau aluno fazendo tudo o que não pode ser feito e
não acontecendo nada com ele. É o exemplo da impunidade desde a infância.
Meus bons alunos presenciam que o aluno que não fez absolutamente nada durante o
ano, passou de ano como ele, que se esforçou e foi responsável.
Qual a motivação de ser bom aluno hoje em dia?
Seus ídolos são jogadores de futebol que não falam o português corretamente e que
não hesitam em agredir seus colegas jogadores e até mesmo os árbitros. Ensinando
que não é necessário haver respeito às autoridades e aos outros.
Ou são dançarinas que mostram seu corpo rebolando na televisão e pousando nuas
para ganhar dinheiro.
Para quê eu me matar de estudar se há tantas profissões que não são valorizados e
nem respeitadas???
Conheci (e ainda conheço e convivo) ao longo de minha carreira na escola pública,
inúmeros profissionais maravilhosos. Pessoas que amam a sua profissão, que se
preocupam com seus alunos, que fazem trabalhos excepcionais. Que possuem um
conhecimento e formação excelentes, mas que estão desgastados e quase arrasados
diante da atual situação educacional.
Li há poucos dias num artigo que os cursos de filosofia, matemática, química,
biologia e outros todos ligados a área de magistério não estão tendo procura nas
universidades. Lógico!!!!! Quem é que quer ser professor?????????
Quem é que quer entrar numa carreira que está sendo extinta, não só pela total
desvalorização e respeito, mas também pela falta de segurança que estamos
enfrentando nas escolas.
Fiquei indignada com uma reportagem na TV (que aliás adora fazer reportagens
sensacionalistas colocando o professor sempre como vilão da história) em que
relatava que numa escola um aluno ameaçava os outros com um revólver e num
determinado momento o repórter perguntou: "Onde estava o professor que não viu
isso??!!"
E agora eu pergunto: "O que se espera de um professor (ou de qualquer ser humano),
que se faça com uma arma apontada pra você ou pra outro ser humano??? Ah... já
sei... o professor deveria enfrentar as balas do revólver!!!! Claro!!! As
universidades e os cursos de aperfeiçoamento de professores não estão nos
ensinando isso...
Vocês têm conhecimento de como os professores de nosso país estão adoecendo????
Vocês sabem o que é enfrentar o estresse que a violência moral e física tem nos
submetido dia a dia?
Você sabe o que é ouvir de um pai frases assim:
"Meu filho mentiu, mas ele é apenas uma criança!"
"Eu não sei mais o que fazer com o meu filho!"
"Você está passando muita lição para meu filho, e ele é apenas uma criança!"
"Ele agrediu o coleguinha, mas não foi ele quem começou."
"Meu filho destruiu a escola, mas não fez isso sozinho!"
Classes super lotadas, falta de material pedagógico, espaço físico destruído,
violência, desperdício de merenda, desperdício de material escolar que eles
recebem e, muitas vezes, não valorizam (afinal eles não precisam fazer
absolutamente nada para merecê-los).
Regras educacionais dissonantes de acordo com a classe social dos alunos. (Postado
no blogue Filosofar é preciso)

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