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DENOMINAÇÃO:
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COLETIVO: Denominação de caráter objetivista, realçando o conteúdo do segmento
jurídico identificado: relação sociojuridicas grupais, coletivas, de labor. O caráter
objetivista do Direito Coletivo do Trabalho chama a atenção para as relações coletivas
tratadas neste segmento, seja através da atuação sindical, seja através de outras
modalidades de ação coletiva de relevância.
DEFINIÇÃO:
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CONFLITOS COLETIVOS: São conflitos coletivos trabalhistas aqueles que atingem
comunidades especificas de trabalhadores e empregadores ou tomadores de serviços,
que no âmbito restrito do estabelecimento ou empresa, quer em âmbito mais largo,
envolvendo a categoria ou, até mesmo, comunidade obreira mais ampla.
Características:
Unicidade – art. 8º, inc. II da CF/88 (é livre a associação profissional ou sindical,
observando o seguinte: - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em
qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base
territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não
podendo ser inferior a área de um município.)
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PRINCIPIOS ASSECURATORIOS DA EXISTÊNCIA DO SER COLETIVO.
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Diversas dessas relevantes garantias essenciais estão expressamente consignadas em
textos normativos construídos ao longo de décadas pela Organização Internacional do
Trabalho. A Convenção 98, OIT, por exemplo, vigorante no Brasil desde a década de
50, estipula critérios para tais garantias sindicais.
O principio da liberdade associativa e sindical determina, portanto, coerentemente, o
implemento de regras jurídicas assecuratórias da plena existência e potencialidade do
ser coletivo obreiro.
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Tal equivalência resulta de dois aspectos fundamentais: a natureza e os processos
característicos aos seres coletivos trabalhistas.
1º Aspecto: os sujeitos do Direito Coletivo do Trabalho têm a mesma natureza, são
todos seres coletivos. Há o empregador que, isoladamente, já é um ser coletivo, por seu
próprio caráter, independentemente de se agrupar em alguma associação sindical. É
claro que pode atuar também através de sua entidade representativa; contudo, mesmo
atuando de forma isolada, terá natureza e agirá como ser coletivo.
2º Aspecto: a circunstância de contarem os dois seres contrapostos (até mesmo o ser
coletivo obreiro) com instrumentos eficazes de atuação e pressão (e, portanto,
negociação).
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legislação heterônoma aplicável; b) quando as normas autônomas juscoletivas
transacionam setorialmente parcelas justrabalhistas de indisponibilidade apenas relativa
(e não de indisponibilidade absoluta).
SINDICATO
Sistemas Sindicais: O estudo dos padrões de organização sindical obreira deve ser
dividido em dois tópicos, correspondentes a duas perspectivas diferenciadas de se
examinar o problema.
De um lado, situam-se as formulas de estruturação dos sindicatos de trabalhadores,
isto é, os critérios de agregação de obreiros em determinado sindicato. Nesta
perspectiva, podem ser encontrados, essencialmente, sindicatos que agregam
trabalhadores seja por oficio ou profissão, seja por categoria profissional, seja também
por empresa e, finalmente, cite-se o importante critério de agregação por ramo ou
segmento de atividade empresarial.
De outro lado, situa-se a contraposição entre dois modelos, segundo a regulação legal
do unitarismo ou pluralismo sindicais. Há, em um pólo, o sistema jurídico de
sindicalismo único representativo de trabalhadores, imposto por lei. Em outro pólo há o
modelo jurídico que não impõem, legalmente, o unitarismo, viabilizando a pluralidade
sindical ou a unidade construída pela pratica mesma do movimento obreiro. Trata-se,
em suma, do conhecido debate entre unicidade determinada por lei e a não prefixação
legal da unidade ou pluralidade sindicais.
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Art. 511, § 2º - A similitude de condições de vida oriunda da profissão ou trabalho em
comum, em situação de emprego na mesma atividade econômica ou em atividades
econômicas similares ou conexas, compõe a expressão social elementar compreendida
como categoria profissional.
O ponto de agregação na categoria profissional é a similitude laborativa, em função da
vinculação a empregadores que tenham atividades econômicas idênticas, similares ou
conexas. A categoria profissional, regra geral, identifica-se, pois, não pelo preciso tipo
de labor ou atividade que exerce o obreiro (e nem por sua exata profissão), mas pela
vinculação a certo tipo de empregador. Se o empregado de indústria metalúrgica labora
como porteiro na planta empresarial (e não em efetivas atividades metalúrgicas), é,
ainda assim, representado, legalmente, pelo sindicato de metalúrgicos, uma vez que seu
oficio de porteiro não o enquadra como categoria diferenciada. Nesta linha, conceitua
Amauri Mascaro: “sindicato por categoria é o que representa os trabalhadores de
empresas de um mesmo setor de atividade produtiva ou prestação de serviços. As
empresas, do mesmo setor, por seu lado, formam a categoria econômica
correspondente.”
Ele atinge, verticalmente, as empresas economicamente afins (bancarias, comerciais,
metalúrgicas, etc.), daí esse tipo de associação ser chamado também de sindicato
vertical.
A idéia de similitude de condições de vida e labor, em função de vinculo dos obreiros a
atividades econômicas empresariais similares ou conexas (idéia que forma o núcleo do
conceito de categoria) permite o alargamento dos sindicatos – e não, necessariamente,
seu definhamento, como verificado na ultima década.
Aspectos positivos e negativos: a estruturação sindical por empresa tem sido criticada
por reduzir a possibilidade de generalização de conquistas trabalhistas para um âmbito
econômico-profissional mais amplo, enfraquecendo o papel progressista do Direito do
Trabalho. Obviamente, ela diminui também a solidariedade entre os trabalhadores de
empresas distintas, acentuando o individualismo no âmbito das propostas de atuação
sindical. De todo modo, é o critério de organização sindical que se mostra mais
suscetível a cooptação empresarial. Por tudo isso é que se argumenta tratar-se do
critério menos politizado e de menor projeção social entre todos existentes no
sindicalismo. A seu favor se aponta o fato da diferenciação interempresarial, que torna
por vezes irracional a propositura de pleitos trabalhistas semelhantes a distintas
empresas.
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Este ramo de agregação tende a levar ao máximo as vantagens do sindicalismo para os
trabalhadores, potencializando também o papel progressista e generalizante do Direito
do Trabalho. Favorece também a solidariedade entre empregados de empresas distintas,
atenuando as perspectivas estritamente individualistas de atuação sindical. A força
organizativa dos sindicatos resultante deste critério permite o mais perfeito
cumprimento do principio da real equivalência entre os contratantes coletivos.
Modelo Tradicional:
CENTRAIS SINDICAIS:
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A Lei 11.648/08, reconheceu, formalmente, as centrais sindicais como entidades de
representação geral dos trabalhadores, constituídas em âmbito nacional, com as
atribuições e prerrogativas de coordenar a representação dos trabalhadores por meio das
organizações sindicais a ela filiadas e de participar de negociações em fóruns,
colegiados de órgãos públicos e demais espaços de dialogo social que possuam
composição tripartite, nos quais estejam em discussão assuntos de interesse geral dos
trabalhadores. Portanto, a partir desta lei, as centrais sindicais foram reconhecidas
formalmente como entidades associativas de direito privado composta por organizações
sindicais de trabalhadores, dotadas doravante de personalidade sindical, e participando,
inclusive, do rateio da contribuição sindical arrecadada dos trabalhadores no percentual
de 10%.
Ex.: Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT); Central Única dos Trabalhadores
(CUT), a Força Sindical, etc.
Estrutura Sindical:
Externa: Há, no sistema, uma pirâmide, que se compõe do sindicato, em seu piso, da
federação, em seu meio, e da confederação, em sua cúpula. As centrais sindicais não
compõem o modelo corporativista, sendo, de certo modo, seu contraponto. Porem
constituem, do ponto de vista social, político e ideológico, entidades lideres do
movimento sindical, que atuam e influem em toda a pirâmide regulada pela ordem
jurídica. A jurisprudência não lhes tem reconhecido os poderes inerentes às entidades
sindicais, principalmente a representação jurídica.
Desse modo, existe na base do sistema um sindicato único, organizado por categoria
profissional ou diferenciada, em se tratando de trabalhadores, ou por categoria
econômica, em se tratando de empregadores.
A base territorial mínima dos sindicatos brasileiros é o município. É possível base
territorial mais larga, inclusive até mesmo o próprio território nacional (sindicatos
nacionais).
As federações resultam da conjugação de, pelo menos, 5 (cinco) sindicatos da mesma
categoria profissional, diferenciada ou econômica – art. 534 (é facultado aos
Sindicatos, quando em numero não inferior a 5 (cinco), desde que representem a
maioria absoluta de um grupo de atividades ou profissões idênticas, similares ou
conexas, organizarem-se em federação), Já as confederações resultam da conjugação
de, pelo menos, 3 (três) federações, respeitadas as respectivas categorias, tendo sede
em Brasília. Art. 535 (as confederações organizar-se-ão com o mínimo de três
federações e terão sede na capital da Republica).
Interna: A administração do sindicato será exercida por uma diretoria (não acolhe, em
principio, outras modalidades de direção). Compõe de no máximo, de sete e, no
mínimo, de três, membros. Um conselho fiscal, composto de três membros. Todos
esses órgãos serão eleitos pela assembléia geral – art. 522 (a administração dos
sindicatos será exercida por uma diretoria constituída, no máximo, de sete e, no mínimo,
de três membros e de um conselho fiscal composto de três membros, eleitos esses
órgãos pela assembléia geral).
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Lei 11.648/08
II- filiação em pelo menos 3 (três) regiões do Pais de, no mínimo, 20 (vinte)
sindicatos em cada uma;
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§ 1º - O Ministro de Estado do Trabalho e Emprego, mediante consulta as centrais
sindicais, poderá baixar instruções para disciplinar os procedimentos necessários a
aferição dos requisitos de representatividade, bem como para alterá-los com base na
analise dos índices de sindicalização dos sindicatos filiados as centrais sindicais.
Art. 5º - Os arts. 589, 590, 591 e 593 da CLT, (...) passam a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 589
(...)
I- para os empregadores:
II – para os trabalhadores:
§ 3º - Não havendo sindicato, nem entidade sindical de grau superior ou central sindical,
a contribuição sindical será creditada, integralmente, à Conta Especial Emprego e
Salário”.
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“Art. 591. Inexistindo sindicato, os percentuais previstos na alínea c do inciso I e na
alínea d do inciso II do caput do art. 589 desta Consolidação serão creditados à
federação correspondente à mesma categoria econômica ou profissional.
Parágrafo único. Na hipótese do caput deste artigo, os percentuais previstos nas alíneas
a e b do inciso I e nas alíneas a e c do inciso II do caput do art. 589 desta Consolidação
caberão à confederação.” (NR)
Art. 7º. Os arts. 578 a 610 da CLT (...), vigorarão até que a lei venha a disciplinar a
contribuição negocial, vinculada ao exercício efetivo da negociação coletiva e à
aprovação em assembléia geral da categoria.
CONDUTAS ANTI-SINDICAIS
Yellow dog contracts (contratos de cães amarelos) – o trabalhador firma com seu
empregador compromisso de não filiação à seu sindicato como critério de admissão e
manutenção do emprego.
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operário. Não se obstrui o ingresso de trabalhador não sindicalizado, mas inviabiliza-
se sua continuidade no emprego caso não proceda, em certo período, à sua filiação
sindical.
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