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métodos fónicos?
Texto 1. Jad
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Texto 2. Wegie
"O método global, além de não ter funcionado, peca porque sobrecarrega a memória dos
alfabetizandos quando ainda não estão em processo de construção do seu léxico, que
depende, como nos ensina o sociointeracionismo, das relações intersubjectivas ou
interpessoais e de envolvimento pragmático das crianças no uso social da língua.
Gerações de professores têm sido formados sobretudo das ESE's e Instituto Piaget nos
príncipios deste método. Assim se reproduzem gerações de analfabetos regressivos.
Citando um especialista: "Os nossos alunos da primária não conseguem aprender a ler
em tempo útil, porque são maioritariamente ensinados a ler pelo método visual, que já
vimos que não funciona, sendo os resultados bem visíveis no sistema educativo
nacional. Saliente-se que na escola primária não há alunos maus nem professores
incompetentes, existem sim métodos de ensino inadequados."
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A substituição do método global ou visual pelo método fonético ou sintético seria um
primeiro degrau a subir na longa escadaria que conduz à morte do eduquês.
Wegie
Texto 3. Jad
No que se refere ao método global de aprendizagem o que neste momento posso dizer
(um dizer precário a pedir mais desenvolvimento posterior) é que o cérebro direito não
reconhece o "não", é intuitivo e holístico. Portanto, a parte só é entendida pelo cérebro
esquerdo, o da razão, da análise, da reflexão, da dedução.
O que está em causa é o movimento que vai do todo à parte e da parte ao todo e não a
fixação em qualquer deles. Se apenas valorizarmos a parte ou o todo, se não
construirmos o todo a partir das partes e analisarmos o todo decompondo-o ou
dividindo-o nos elementos que o constituem estaremos inevitavelmente a inibir o
desenvolvimento das crianças.
Para isso teríamos que abandonar os “…emas” com que a linguística nos brindou. As
palavras, as frases e os textos são mais do que elementos sígnicos que estruturam
relações analíticas entre “…emas”, significados e significantes.
Por isso também é que todo o ensinar e aprender se deve centrar no dizer, na língua e na
linguagem.
Jad
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Texto 4. Tradução de Miguel Loureiro
• Hemisfério Esquerdo
• Hemisfério Direito
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Devemos explicar a matéria da aula combinando a linguagem dos dois modos de
pensamento de cada hemisfério sempre que seja possível.
Além disso, deve-se alternar as actividades dirigidas a cada hemisfério, de tal forma que
todos os conceitos chave se trabalhem desde os dois modos de pensamento.
Com estudantes em que a preponderância de um dos dois modos de pensamento seja
muito marcada, devemos realizar actividades para potenciar a utilização equilibrada dos
dois hemisférios.
Normalmente em qualquer aula temos estudantes que tendem a utilizar mais o modo de
pensamento associado com um hemisfério do que com outro. Um estudante hemisfério
esquerdo compreenderá sem problemas uma explicação de regras gramaticais
(pensamento abstracto) enquanto que um estudante hemisfério direito pode
compreender os exemplos (pensamento concreto) mas não ser capaz de aplicar bem as
regras.
Aliás, dos modos de pensamento temos que combiná-lo com os sistemas de
representação.
Um estudante visual e holístico, terá reacções diferentes das de um estudante visual que
tenda a usar mais o hemisfério lógico.
Ao falar dos sistemas de representação dizíamos que como docentes nos interessará
utilizar todos os estilos. Isto é todavia mais importante no caso dos dois modos de
pensamento. Para poder fazer bem algo, necessitamos sempre usar os dois modos de
pensamento, necessitamos activar os dois hemisférios e utilizar ambos os modos de
pensamento.
Ao começar uma disciplina, devemos explicar sempre o que vamos fazer e como se
relaciona com outras unidades ou disciplinas.
Hemisfério Lógico
• Visualiza símbolos abstractos (letras, números) e não tem problemas para
compreender conceitos abstractos.
• Verbaliza as suas ideias.
• Aprende da parte ao todo e absorve rapidamente os detalhes, factos e regras.
• Analisa a informação passo a passo.
• Quer entender os componentes um por um.
• Gostam das coisas bem organizadas e não se perdem pelas ramas.
• Sente-se incómodo com as actividades abertas e pouco estruturadas.
• Preocupa-o o resultado final. Gosta de comprovar os exercícios e parece-lhe
importante não se enganar.
• Lê o livro antes de ir a ver o filme.
Hemisfério Holístico
• Visualiza imagens de objectos concretos mas não símbolos abstractos como letras ou
números.
• Pensa em imagens, sons, sensações, mas não verbaliza esses pensamentos.
• Aprende do todo para a parte. Para entender as partes necessita partir da imagem
global.
• Não analisa a informação, sintetiza-a.
• É relacional, não o preocupam as partes em si, sem saber como encaixam e se
relacionam umas partes com as outras.
• Aprende melhor com actividades abertas e pouco estruturadas.
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• Preocupa-os mais o processo que o resultado final. Não gosta de comprovar os
exercícios, alcançam o resultado final por intuição.
• Necessita de imagens, vê a película antes de ler o livro.
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• Emoções ---------------------------------- Literal
--------------------------------------------- Qualitativo
"…Uma das lições que os docentes devem aprender, dos descobertas relatadas sobre a
investigação na área da neurociência, é que a efectividade da instrução aumenta na
medida em que o conteúdo se apresenta não só na modalidade verbal tradicional
(estímulo ao hemisfério esquerdo) mas também na modalidade não verbal ou figurativa
(gráfica, imagética, pictórica ou outra), a qual contribuirá para estimular o hemisfério
direito.
O dito acima leva a planear a necessidade de utilizar na aula das várias disciplinas uma
estratégia que combine as técnicas sequenciais, lineares, com outros enfoques que
permitam aos estudantes ver modelos, fazer uso do pensamento visual e espacial, e
tratar com o todo, além das partes. A propósito, poder-se-iam utilizar as seguintes
estratégias de ensino: o pensamento visual, a fantasia, a linguagem evocadora, a
metáfora, a experiência directa, a aprendizagem multi-sensorial e a música…".
Exercício de comprovação: tenta dizer a cor de cada palavra, não a palavra, mas a cor
com que ela está escrita.
O hemisfério direito quer dizer a cor, mas o esquerdo insiste em ler a palavra.
Finalmente, apresentamos um TESTE adaptado sinteticamente do original, para que se
possa dar conta de qual o hemisfério cerebral que utiliza permanentemente.
Trabalho realizado por: Nelson Marcelo Aldaz Herrera - Doutor em Pedagogia e
Supervisor Educativo, Riobamba-Equador
Taduzido por: Miguel Loureiro
Texto 5. Morgan
Falando mais facilmente. A professora da minha filha, reforma-se no final deste ano
lectivo, não adopta nenhum método específico; faz "as coisas" como antigamente, ou
seja, no final do 1º período, do 1º ano, a miúda já sabia ler. Não há mémés nem
gatinhas... Quem manda é a professora; se é para fazer, a aluna faz e ponto final; não há
traumatizada por isto e por aquilo; faz cópias e ditados... repete os erros 10 vezes e
outras coisas consideradas "anti-pedagógicas" para os EE da treta. Actualmente, no 4º
ano, escreve e lê melhor que a maioria dos meus alunos... do 7º e 8º anos... ah... pois
estes se tivessem aprendido a sério no 1º ciclo tinhma ficado traumatizados... Esqueci-
me de mencionar... a minha filha está num colégio particular e eu pago quase 500€ por
mês. Aqui, pago e quero... e o que quero é simples: aprender a sério. Não me interessa ir
assistir a sessões de leitura, de teatro, de actividades por isto e aquilo... dado que a
minha filha não é um macaquinho de circo. Há-de ser alguém que saberá ler, escrever,
calcular como deve ser, ou seja, o contrário da grande maioria dos alunos que nós
temos... porque tanto os EE como o próprio ME não estão interessados que isso
aconteça.