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Octávio Escolástico
http://saude-mental.blogs.sapo.pt
NOTA IMPORTANTE
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Hipertermia Hipnótica
Na cura do Cancro
As explicações que passo a transmitir são de significativa importância e encontram-se asse-
veradas pelas provas testemunhais dos pacientes, em entrevistas realizadas na Rádio Clube
do Sul e Rádio S. Brás. Estes registos em áudio podem ser escutados neste Portal de Saúde
Mental.
Permitam-me, então, que comece por clarificar alguns pontos que julgo pertinentes:
A minha prática clínica tem sido realçada pelos sucessivos êxitos terapêuticos, confirmados
pelos pacientes que antes viviam apegados às doenças que as “doutas opiniões” asseguravam
não terem cura, nem tão pouco entendiam as causas. Hoje, encontram-se curados e livres da
medicação psiquiátrica.
Já que as “doutas opiniões” não curam e nem entendem as causas: Serei milagreiro?
De uma coisa estou convicto: os milagres são como “pai natal”, só existe na cabeça dos igno-
rantes que ingenuamente acreditam nessa fantasia. Curandeiro também não serei, porque
sou fervoroso adepto do argumento científico e a minha formação académica em Psicologia e
Direito obriga-me à lucidez da razão, por isso repudio em absoluto tudo quanto possa ter
indícios de charlatanismo e/ou de outros interesses encapotados.
Como se consegue curar tudo aquilo que as “doutas opiniões” alegam não ter cura?
Eis uma boa reflexão: Eu curo a depressão e restantes doenças do foro psiquiátrico, eles ale-
gam que não têm cura e desconhecem as causas. Eu curo a síndrome das pernas inquietas e
restantes distúrbios psicológicos, eles consideram que são doenças relacionadas ao sono sem
possibilidades de cura e desconhecem em absoluto a origem. Eu curo a fibromialgia e restan-
tes perturbações músculo-esqueléticas de natureza psicossomática, eles afirmam que são
doenças reumáticas sem cura e não sabem explicar as causas. Eu curo a psoríase e os restan-
tes transtornos psico-fisiológicos, eles alegam que não têm cura e desconhecem as causas. Eu
curo tumores malignos e eles ficam sem perceber como o faço. E por ai adiante…
Dr. Octávio Escolástico
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Passo a citar uma frase do Dr. John Sarno: “Os médicos têm uma visão muito idêntica à dos
mecânicos de automóveis, ou seja, para eles tudo é de natureza física.” É precisamente aqui
que reside a imperícia! Explico melhor. Quando as pessoas adoecem e apresentam um qua-
dro sintomatológico complexo e os exames laboratoriais nada identificam de concreto, suce-
de-se o encolher dos ombros: as “doutas opiniões” ficam sem saber explicar as causas dessas
doenças, nem como tratá-las. Mas esta indecisão médica é deveras preocupante porque ten-
de a fomentar o misticismo religioso, quando, na realidade, nada existe de sobrenatural no
restabelecimento da saúde. O médico/cirurgião não cura os seus doentes sustentado nas pre-
ces, mas, sim, por acreditar no saber científico e na boa prática clínica. Não obstante, existe
uma área que é de certa forma “obscura” para a maioria dos investigadores, refiro-me con-
cretamente ao cérebro e à mente humana. Assim acontece, porque não existe forma de se
monitorizar os pensamentos e as emoções, apenas se registam as ondas cerebrais e as altera-
ções bioquímicas, nada mais do que isso! No entanto, essa forma de explicar o cérebro e a
mente humana não é muito credível face às exigências da própria ciência, será como tentar
explicar o fenómeno da electricidade observando unicamente o acender de uma lâmpada.
É certo que a consciência científica tem evoluído no que respeita à compreensão das enfer-
midades, e, hoje, existe a confirmação de que 80% das doenças são de índole psicossomática.
Isto significa que essas patologias resultam de factores emocionais inconscientes e que devi-
do à sua natureza traumática permanecem recalcados nas profundezas do subconsciente.
Claro que as dúvidas não residem propriamente aqui, porque é absolutamente objectivo esse
conhecimento, mas, sim, em como tratar algo que se manifesta ao nível físico e não se conse-
gue anular pela via medicamentosa. Eu até compreendo a impotência médica face ao doente
que apresenta um quadro clínico fibromialgico (por ex.), em que a fadiga e as dores muscula-
res intensas tomam conta da pessoa, sem que exista medicação capaz de debelar essa doen-
ça. Porém, a fibromialgia não é uma doença física, apesar de erroneamente catalogada como
doença reumática, ela manifesta-se ao nível físico, mas é de origem psicossomática. Na maio-
ria dos casos, advém de experiências traumáticas à beira do afogamento ou de outros medos
paralisantes, ocorridos na infância. O brutal esforço muscular exercido, conjugado ao forte
medo de morrer, produz na criança uma despersonalização que a mente inconsciente grava
de forma profunda para toda a vida. Estas manifestações inconscientes tendem a evidenciar-
se na fase do sono pesado (não-REM), por esse motivo os fibromialgicos tendem a acordar
demasiadamente cansados e com fortes dores musculares, porque a mente inconsciente
esteve a labutar no trauma ocorrido na infância. E assim acontece com todos os conflitos
emocionais traumáticos arreigados no inconsciente.
Os fibromialgicos sabem por experiência própria que as dores musculares e a fadiga não se
anulam pela via medicamentosa, podem tomar todo o tipo de analgésicos e outras substân-
cias químicas que o quadro clínico permanecerá inalterado. As únicas drogas que lhes dão
algum alívio temporário são os antidepressivos, porque esta medicação induz amnésia retró-
grada, isto é, desencadeia uma espécie de recalcamento ao nível da memória. Este adormeci-
mento vai aligeirar os efeitos psicossomáticos que estão associados às causas traumáticas
com raízes na infância. Todavia, esta nunca poderá ser a solução terapêutica, ela estimula
algum alívio temporário, mas não cura. Aliás, a tendência será sempre para o agravamento
do quadro clínico com o avançar da idade, ao ponto de produzir nessas pessoas a incapacida-
de física.
Dr. Octávio Escolástico
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Posto isto, direi que é seguramente importante o domínio absoluto da hipnose. Falo, então,
das capacidades intrínsecas de se conseguir operar o estado sonambúlico (ondas Delta) nos
pacientes, se assim não acontecer nunca se poderá assegurar o êxito clínico, porque só se
acede aos recessos do subconsciente pela via do sono profundo. Só depois de estabelecido
esse estado alterado de consciência é que se inicia o processo psicanalítico, dando-se sequên-
cia à ab-reacção (descarga emocional dos traumatismos recalcados). Se tudo isto for operado
com a devida mestria o paciente despertará livre de todos os sintomas de doença que esta-
vam associados a esses eventos traumáticos ocorridos no seu passado. Pode parecer simples,
mas de facto não é, desde logo, porque não existem muitos especialistas nesta área que con-
sigam operar a hipnose na sua vertente mais profunda.
Dr. Octávio Escolástico
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Compreendo que tudo isto seja demasiadamente complexo para a maioria das pessoas. Aliás,
falar dos traumas da infância pode ser despropositado (pensam elas!), porque até nem lem-
bram mais desses acontecimentos. De facto, assim parece acontecer na fase activa da vida, as
pessoas tendem a dizer que não recordam desse passado longínquo, ou seja, para elas as
lembranças da infância são como o fumo, vão-se dissipando com o passar do tempo. Nada de
mais errado!
Observemos atentamente o idoso: mas será bom lembrar que essa pessoa também afirmava
na fase activa da vida (nos 20, 30, 40 e 50 anos) que as recordações traumáticas da infância
nunca o afectaram. Porém, chegado aos oitenta anos, ele já não lembra o que comeu ao almo-
ço desse mesmo dia, nem tão pouco reconhece os filhos, no entanto, mergulha no seu incons-
ciente e só fala da infância ao mais ínfimo pormenor, chora e grita como uma criança, porque
retorna à infância e revive os acontecimentos traumáticos que ao longo da vida sempre o
condicionaram, mas que ele desconhecia existirem registados no seu inconsciente. Claro que
este estado alterado de consciência, evidenciado no idoso, foi prontamente catalogado pelas
“doutas opiniões”: “Esta pessoa sofre de Alzheimer!” Posto isto, só lhes resta uma saída tera-
pêutica: “Esta pessoa tem que tomar drogas!” Mas, acontece assim com todos os distúrbios
psíquicos, a cura existe por intermédio da Hipnose Clínica, no entanto, a via mais prática é
prescreverem-se drogas às pessoas até que elas fiquem despersonalizadas e sem vontade de
viver. Sem esquecer que este tipo de medicação propicia comportamentos anti-sociais.
Apesar destas explicações, admito que ainda persistam algumas dúvidas e surjam interroga-
ções do género: “Será a hipnose uma panaceia que cura todos os males?”
A resposta tem que ser dividida em dois itens:
1. Na verdade, não existem limites para a aplicação terapêutica da hipnose, tanto se pode
curar um simples tique nervoso, como também curar um tumor maligno. O que está em ques-
tão é saber como fazê-lo e possuir as aptidões técnico-científicas para o desenvolver. Mas só
isso não basta, é necessária uma outra aptidão, quiçá a mais complexa por estar relacionada
às capacidades intrínsecas daquele que vai operar a hipnose. É esta última que separa o trigo
do joio e, consequentemente, tende a dificultar a compreensão dos leigos, mas também
fomenta inveja aos inabilitados.
2. Quanto à “panaceia”, ela existe na realidade, mas não reside propriamente na hipnose,
mas, sim, na mente subconsciente e no cérebro da pessoa que se submete à intervenção hip-
nótica. Sim, escrevi bem: “mente e cérebro”, porque são duas realidades distintas. O cérebro
é a parte física que, a exemplo de todo o restante organismo, é comandado e dirigido pela
mente (de natureza não corpórea). Dou um exemplo que ajuda a perceber esta evidência:
Existem pessoas às quais extraíram cirurgicamente um dos hemisférios do cérebro e conse-
guiram sobreviver, como também mantiveram todas as faculdades vitais do organismo. Ora,
esta realidade tem suscitado interrogações à ciência e, ao mesmo tempo, dá como prova que
existe algo mais para além do aspecto físico do cérebro. Por conseguinte, a teoria dualista faz
todo o sentido e é muito fácil prová-lo por intermédio da hipnose. Então, podemos concluir
que a mente subconsciente tem a poderosíssima capacidade de regenerar todo o universo
corporal.
Dr. Octávio Escolástico
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É evidente que este esclarecimento levanta uma questão (já respondida anteriormente):
“Não poderá a própria pessoa aceder à sua mente subconsciente?” Não. O acesso ao sub-
consciente só acontece pela via do sono profundo e se a pessoa está inconsciente não pode
estabelecer essa comunicação. Isto significa que estamos sempre “reféns” de outrem, na
necessidade de sermos curados.
A primeira experiência clínica aconteceu em 2003. Foi com uma paciente de 48 anos, diag-
nosticada com formação de lesão tumoral no fígado. Após algumas consultas com aplicação
da Hipertermia Hipnótica, as células neoplásicas desapareceram por completo do fígado. A
paciente ficou curada.
A segunda experiência ocorreu no ano seguinte (2004), com uma paciente de 42 anos.
Dr. Octávio Escolástico
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O terceiro caso é recente, ocorrido entre Agosto e Setembro de 2009. É sobre este último que
irei desenvolver explicações mais pormenorizadas. Se por um lado me satisfaz o sucesso clí-
nico obtido, também é verdade que colhi ensinamentos de procedimento moral que dificil-
mente esquecerei, porque a ingratidão é uma coisa muito feia e indigna para aquele que luta
para salvar a vida de outrem. É óbvio que não desejo ser idolatrado, nem se coloca tal ques-
tão, porque sinto-me estimulado pela profissão que desempenho e orgulhoso nos resultados
obtidos dia após dia com os pacientes, sem necessidade de bajulação.
Mas, também é verdade que todos gostamos de ser reconhecidos pelo bem que praticamos e
se os feitos obtidos são de tal forma importantes e podem ajudar outras pessoas, então, o
silêncio pode significar algo mais do que simples ingratidão. É verdade que não estou vincu-
lado à obrigação de consultar contra à minha vontade, nem eu nem ninguém.
No dia 24 de Agosto/2009, dei a primeira consulta a um paciente de 58 anos que havia sido
diagnosticado com tumor maligno no fígado. Depois de vários exames realizados no Hospital
de Coimbra: Análises Biológicas, TAC (Tomografia Axial Computorizada), Ressonância Mag-
nética e Biopsias ao fígado e outros órgãos, não restavam dúvidas que o tumor estava decidi-
damente confirmado e localizado. É nessa sequência que os médicos em Coimbra decidiram
proceder ao transplante o mais breve possível, apenas aguardavam a recolha de um órgão
que fosse compatível com este paciente. Entretanto, o médico assistente nunca lhe prescre-
veu qualquer tipo de medicação, não o submeteu à Quimioterapia, nem à Radioterapia.
Volvidos alguns dias, tive o cuidado de lhe telefonar para saber como se encontrava a sua
recuperação. Mas, julgo que os médicos do Hospital de Coimbra ainda não lhe haviam comu-
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Também importa dizer, que antes do transplante os médicos lhe haviam dito que após a
intervenção cirurgia ele teria que se submeter à Quimioterapia, porque o tumor se encontra-
va apoiado no intestino e o risco de metástase era grande. Também aqui os médicos ficaram
surpresos, pois tudo se encontrava perfeitamente normal, sem necessidade de qualquer tipo
de intervenção.
Mesmo recebendo essa importante notícia da paciente, decidi aguardar que o dito senhor
tivesse nobreza de carácter e telefonasse para me dar a boa-nova. Mas não o fez! Foi, então,
que percebi a dureza da ingratidão.
Se ele foi transplantado, quando, na realidade, o seu fígado se havia regenerado devido à
minha intervenção, não podia culpar mais ninguém a não ser a ele próprio, porque ocultou
aos médicos em Coimbra tudo o que havia sido feito nas 12 consultas comigo. E os médicos
transplantaram-no sustentados nos exames que fizeram e não lhes restavam dúvidas: “O
cancro encontrava-se lá”, eu próprio o certifiquei no registo da Ressonância Magnética.
Duas semanas depois, recebo na consulta a paciente amiga do senhor em questão. Ela volta a
perguntar se ele me havia telefonado, respondo de novo que não. É aqui que recebo da parte
desta paciente um sinal de indignação face ao comportamento do amigo, dizendo: “Dr., o fei-
to realizado é importante demais para que se mantenha no silêncio, pois não ajuda outras
pessoas que possam estar no desespero a lutar contra o cancro”. Foi ao escutar estas pala-
vras que decidi telefonar para o senhor, fi-lo no Domingo à tarde (dia 22 de Novembro) para
convidá-lo a participar no programa da Rádio S. Brás FM, no dia seguinte. Depois de duas
escusas, lá o convenci a que falasse nesse programa que conta com a minha presença, entre
as 09:00 e as 10:00 horas da manhã.
E porque é que eu disse que a aplicação da Hipertermia Hipnótica devia ser desenvolvida
num âmbito multidisciplinar?