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– Deus chama-nos.
Quando chegou a plenitude dos tempos, o anjo Gabriel foi enviado por Deus
a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré2. O Senhor dirige-se a quem mais
amava nesta terra e serve-se para isso de um mensageiro excepcional, pois
era excepcional a mensagem que lhe queria comunicar: Não temas, Maria,
pois achaste graça diante de Deus...3, diz-lhe o Arcanjo São Gabriel.
O Senhor pode preparar uma vocação desde a infância, mas também pode
apresentar-se de modo súbito e inesperado, como aconteceu com São Paulo
na estrada de Damasco15. Geralmente, serve-se de outras pessoas para
preparar a chamada definitiva ou para dá-la a conhecer. Com frequência, são
os próprios pais quem, mesmo sem o perceberem, cumprindo a sua missão de
educadores na fé, preparam o terreno onde germinará a semente da vocação,
que só Deus põe na alma. Que grandeza poderem ser assim instrumentos de
Deus! O que não fará Deus por eles? Outras vezes, serve-se de um amigo ou
de uma moção interior que penetra como espada de dois gumes, e,
frequentemente, das duas coisas ao mesmo tempo.
A resposta da Virgem foi como um programa daquilo que seria depois a sua
vida: Ecce ancilla Domini... Ela não teria outro fim senão cumprir a vontade de
Deus. Podemos deixar hoje nas mãos da Virgem um sim que Ela possa
apresentar ao seu Filho, um sim sem reservas nem condições, que perdure e
se desdobre em outros sins ao longo da nossa vida.
(1) Missas da Virgem Maria, Santa Maria Escrava do Senhor; Lc 1, 47-48; Antífona de entrada
da Missa do dia 2 de Dezembro; (2) Lc 1, 26; (3) Lc 1, 30-33; (4) Is 7, 14; (5) Lc 1, 38; (6) F.
Suárez, A Virgem Nossa Senhora, pág. 14; (7) cfr. S. Josemaría Escrivá, Sulco, n. 33; (8) João
Paulo II, Enc. Redemptoris Mater; (9) cfr. Mt 13, 44-46; (10) S. Josemaría Escrivá, É Cristo que
passa, n. 105; (11) Jo 15, 16; (12) Is 55, 8; (13) Ef 1, 4; (14) São Tomás, S.Th., III, q. 27, a. 4 c;
(15) cfr. At 9, 3; (16) S. Josemaría Escrivá, Sulco, n. 124; (17) M. D. Philippe, Mistério de Maria,
págs. 86-87.