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Autor: Bàbálórìsà Claudinei de Aganjú * Texto: Carminha Levy

CANDOMBLÉ E OS TIPOS PSICOLÓGICOS

EXU, o Mercúrio africano, o intermediário necessário entre o homem e o


sobrenatural, o intérprete da linguagem dos mortais e dos ORIXÁS. É pois o
encarregado de levar aos deuses da África chamado de seus filhos estrangeiros. E nestas
notas introdutórias, ele e chamado a levar aos filhos estrangeiros a mostragem das
infinitas possibilidades este rico Panteão, que se mantém vivo na África, no Brasil e em
outros países do Novo Mundo.
O CANDOMBLÉ à uma estrutura de culto às forças da natureza, à um hino à vida
como Eterno Movimento, que se manifesta nas danças, nas cores dos ORIXÁS, nos
elementos sacramentais. Ritual comunitário de cantos, danças e alimentos sagrados na
sua forma pública, o Candomblé é sacramentado pelo Pai ou Mãe de Santo, pelos Filhos
de Santo, pelos tocadores de atabaque (OGAN), que entoam os cantos sagra dos
possibilitando a vinda do ORIXÁ, com a participação da comunidade dos mais velhos
às criancinhas. Todos cantam e saúdam os ORIXÁS, executam a dança sagrada, num
hino à Alegria, Amor e Partilha.
Os ORIXÁS - Deuses Iorubás na África e no Novo Mundo - seriam ancestrais
míticos encantados e metamorfoseados nas forças da natureza. Cada Indivíduo tem um
ORIXÁ principal que é o "dono da cabeça", e outros três que exigem cultuação e que
também oferecem proteção. A tradição afirma que cada ser humano, no momento em
que é criado, escolhe livremente sua cabeça (ORI) e seu destino (ODU). Cada pessoa
tem uma origem divina, que a liga a uma divindade específica. Esta parte divina é
situada dentro da cabeça. A substância de origem divina (IPORI) torna manifesta a
filiação a um deus especifico - o ELEDÁ, por isso chamado o dono da cabeça.
Conhecer seu ELEDÁ possibilita ao homem ser artífice de seu próprio destino,
cumprindo as obrigações ou interdições que seu ORIXÁ determina. Saber manipular
tais influências equivale ao conhecimento do horóscopo natal com as melhoras de vida,
que se pode obter sabendo ouvir os astros. O "dono da cabeça" (ELEDÁ) determina o
tipo psicológico de seu filho e responde, também, por suas características físicas e seu
destino. Tradicionalmente, sabe-se qual o ORIXÁ da cabeça, pela leitura de búzios -
forma divinatória na qual se lê o ODU. Para isso, usa-se búzio africano(CAURI)
previamente preparado para esse fim. Voltaremos, após uma visão geral da estrutura do
CANDOMBLÉ aos ORIXÁS e tipos psicológicos.
O CANDOMBLÉ expressa-se nos terreiros ou roças, onde se cultuam os ORIXÁS e
os ancestrais ilustres. O terreiro contém dois espaços, com características e funções
diferentes: (a) um espaço urbano, construído, onde se dá a dança; (b) um espaço virgem
(árvores e uma fonte, equivalentes à floresta africana), que é considerado sagrado.
O chefe supremo do terreiro é o BABALORIXÁ ou IYALORIXÁ (pai ou mãe que
possuem o ORIXÁ). Eles são detentores de um poder sobrenatural - o AXÉ, a força
propulsora de todo Universo. 0 AXÉ impulsiona a prática sagrada que, por sua vez,
realimenta o AXÉ, pondo todo sistema em movimento. O AXÉ sendo principio e força
é neutro. Transmite-se, aplica-se e combina-se aos elementos naturais, que contém e
expressam o AXÉ do terreiro, que pode ser: (a) o AXÉ de cada ORIXÁ, realimentado
através das oferendas e da ação ritual; (b) o AXÉ de cada membro do terreiro, somado
ao do seu ORIXÁ, recebido na iniciação, mais o AXÉ do seu destino individual (ODU)
e o herdado dos próprios ancestrais; (c) o AXÉ dos antepassados ilustres.
O AXÉ como força pode diminuir ou aumentar dependendo da prática litúrgica e
rigorosa observância dos deveres e obrigações. A força do AXÉ é contida e transmitida
através de elementos representativos do reino vegetal, animal e mineral (oferendas) e
podem ser agrupados em três categorias: (a) sangue vermelho do reino animal (sangue),
vegetal (azeite de dendê) e mineral (cobre); (,b) sangue branco do reino animal (sêmen,
a saliva), vegetal (seiva), mineral (giz); (c) sangue preto do reino animal (cinzas de
animais), vegetal (sumo escuro de certos vegetais) e mineral (carvão, ferro). Estes trás
tipos de sangue, por onde veicula o AXÉ, com sua coloração, vai determinar a
fundamental importância da cor no culto. Resumindo: o AXÉ é, portanto, um poder que
se recebe, partilha-se e distribuí-se através da prática ritual, da experiência mística e
iniciática, conceitos e elementos simbólicos servindo de veículo. É a força do AXÉ que
permite que o ORIXÁ venha e realize-se.
A existência transcorre em dois planos: o ÀIYÉ (mundo, habitação do homem) e o
ÒRUN (além, habitação dos ORIXÁS, mundo paralelo ao mundo real, que coexiste
com todos os conteúdos deste). Cada indivíduo, árvore, animal, cidade, etc, possui um
duplo espiritual e abstrato no ORNO. Os mitos revelam que em épocas remotas, o
ÀIYÉ e o ÒRUN estavam ligados, e os homens podiam ir e vir livremente de um local a
outro. Houve, porém, a violação de uma interdição e a conseqüente separação e o
desdobramento da existência. Um mito da criação nos conta que nos primórdios, nada
existia além do ar. Quando ÒLÓRUN começou a respirar, uma parte do ar transformou-
se em massa de água, originando ORIXALÁ - o grande ORIXÁ FUNFUN do branco. O
ar e as águas moveram-se conjuntamente e uma parte deles transformou-se em bolha ou
montículo uma matéria dotada de forma - um rochedo avermelhado e lamacento.
ÒLÓRUN soprou vida sobre ele e com seu hálito deu a vida a EXU, o primeiro nascido,
o procriado, o primogênito do Universo.
ÒLÓRUN abrange todo espaço e detém três poderes que regulam e mantém ativos a
existência e o Universo: IWÁ, que permite a Universo genérica o ar, a respiração; AXÉ,
que permite a existência advir dinâmica; ABÁ, que outorga propósito e dá direção. Ou
como diz o poeta Moraes Moreira em "Pensamento Ioruba."

Para tudo ser tem que ter IWA


Para vir a ser tem que ter AXÉ
Para o sempre ser tem que ter ABÁ

Ao combinar esses três poderes de forma específica, ÒLÓRUN transmite-os aos


IRUNMALÉ, entidades divinas que remontamos primórdios de universo, encarregados
de mantê-las nas diferentes esferas de seu domínio. Os IRUNMALÉ seriam em número
de seiscentos, quatrocentos da direita (os ORIXÁS, detentores dos poderes masculinos)
e duzentos da esquerda (os EBORAS, detentores dos poderes femininos. Os ORIXÁS
massas de movimentos lentos, serenos, de idade imemorial. Estilo dotados de um
grande equilíbrio que controlam as relações do que nasce, do que morre, do que à dado,
do que deve ser resolvido. São associados à Justiça e ao equilíbrio, principio regulador
dos fenômenos cômicos, sociais e individuais.
Vimos que quando ÒLÓRUN começou a respirar, gerou ORIXALÁ e EXU, o
procriado. Na qualidade de procriado, EXU não pode ser isolado nem classificado em
qualquer categoria. Minha homenagem ao meu BARA! Nestes escritos sobre os
ORIXÁS, EXU com seu perfil psicológico e o tipo determinante dos seus filhos, abrirão
os caminhos sendo o primeiro a ser evocado.

CARMINHA LEVY
Xamã (iniciada por Michael Harner, CA-USA). Pedagoga, Psicóloga Clínica com
especialização em Jung (PUC-SP). Terapeuta Transpessoal (Stanislav Grof – Esalen,
Ca-USA), Psicodramatista, Terapeuta Corporal (J.A. Gaiarsa). Arte Terapeuta em T
P V (Edith Fiore, M. Netherton). Fundadora e Presidente da PAZ GÉIA, Instituto de
Pesquisa Xamânicas, em São Paulo. Foi a introdutora do Neo-Xamanismo no Brasil
e pioneira no trabalho com o Xamanismo Matricial – centrado nos valores essenciais
da Deusa; o amor, a liberdade, a cooperação, a concórdia e a paz. Artigos
publicados: "O que a psicologia deve aos feiticeiros", em 1986, na Revista Viver
Psicologia. Editou o livro "A Sabedoria dos Animais", 1995, São Paulo, Ópera Prima
Ed. Cultura Ltda.

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