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A DESCOBERTA DE OERSTED
Já conhecemos o efeito do campo magnético
sobre cargas em movimento e sobre correntes
em circuitos elétricos. Vimos que uma das
fontes de campo magnético são os ímãs
permanentes, como a magnetita (Fe3O4). Em
1819, Oersted descobriu que uma corrente
elétrica produz um campo magnético, e que
para o caso de um fio retilíneo, as linhas de
campo são círculos em planos perpendiculares
ao fio, como ilustra a Fig. 9.1. O sentido do
campo é dado pela regra da mão direita: com
o polegar no sentido da corrente, os outros Figura 9.1
dedos dão o sentido de B.
(9.1)
1
eléctrico terá um valor tal que a sua circulação através do
d
∫ Egds = − dt ∫
Ñ S
Bgn dS
∂B
∫ Egds = ∫
Ñ S
∇× Egn dS = −∫
S ∂t
gn dS
∂B
∇×E = −
∂t
∂
∇g∇× E ≡ 0 = − ( ∇ gB )
∂t
∇ gB ( r, t ) = f ( r ) ≠ 0
dQe
I=-
dt
visto que a corrente que terminava num condensador existia em consequência duma
variação de carga à superfície das placas, e daí que a densidade de corrente Je tinha
linhas de corrente abertas. Porém da Lei de Ampère derivava que Je era solenoidal.
Havia uma contradição a resolver pelo que teria de haver uma corrente de deslocamento
associada à variação de carga.
J + -
+ -
+ -
+ -
De facto de
dQe ∂ρe
I = ∫ J gn dS = - = −∫ dV
S dt V ∂t
∂ρ e
∇gJ e + =0
∂t
∂Y
∇× H = J e +
∂t
pelo que
∇ g( Y − D) = 0
∂D
∇ × H = Je +
∂t
∂B
∇×E = −
∂t
∂D
∇ × H = Je +
∂t
∇gD = ρe
∇gB = 0
Estas equações estão escritas duma forma Geral. Aplicam-se a todas as situações
do campo electromagnético, e.g. o campo electromagnético variável (no tempo). Porém
é possível explorá-las no sentido de situações específicas.
∂B
∇×E = −
∂t
∇ × H = Je
∇gD = ρe
∇gB = 0
Evidentemente que as equações acima são casos particulares do caso geral, pelo que
as equações de Maxwell gerais continuam a ser aplicadas aqui. O inverso não é
verdadeiro.
B = µ0 H
D = ε0E
∂ H
∇ × E = −µ0
∂ t
∂ E
∇ × H = ε0
∂ t
∇gE = 0
∇gH = 0
∇ × ∇ × E = −µ 0
∂ ( ∇ × H)
∂ t
∂ ( ∇ × E)
∇ × ∇ × H = ε0
∂ t
∂ 2E
∆E − µ 0ε 0 =0
∂t 2
∂2H
∆H − µ 0ε 0 2 = 0
∂t
com a solução
A = f ( r − vt ) + g ( r + vt )
assumindo v=const.
1 ∂ 2E
∆E − =0
c 2 ∂t 2
1 ∂2H
∆H − 2 2 = 0
c ∂t
com
1
c=
µ 0ε 0
Nesta solução g(r+vt)=0 pois que as soluções avançadas não têm significado
físico pois violam o princípio da causalidade.
1 1
ε0 = ≅ 10−9 Fm -1
4πµ 0 c 2
36π
K
c=
µ 0ε 0
D=E
B=H
A expressão
1 ∂2A
∆A − =0
c 2 ∂t 2
WA = 0,
com
∂2
W≡ ∆ − 1
c 2 ∂t 2