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13 - Integrais de Funções Reais


Introdução ao Cálculo Integral indefinida
Elementos históricos sobre a integral Regras das integrais indefinidas
Partição de um intervalo Aplicação da integral indefinida
Integral de uma função real Teorema Fundamental do Cálculo
Obs. sobre a definição de integral Aplicação da integral definida
Propriedades da Integral definida Integração por substituição
O Teorema da Média Integração por partes
Primitivas Aplicações da integral definida

Introdução ao Cálculo Diferencial e Integral

A derivada e a integral são duas noções básicas do Cálculo Diferencial e


Integral. Do ponto de vista geométrico, a derivada está ligada ao problema
de traçar a tangente a uma curva enquanto que a integral está relacionada
com o problema de determinar a área de certas figuras planas, mas também
possui muitas outras interpretações possíveis. Na realidade, a grande
descoberta de Newton e de Leibniz foi que a Matemática, além de lidar com
grandezas, é capaz de lidar com a variação das mesmas.

Elementos históricos sobre a Integral

A idéia básica do conceito de integral já estava embutida no método da


exaustão atribuído a Eudoxo (406-355 a.C.), desenvolvido e aperfeiçoado
por Arquimedes (287-212 a.C.), grande matemático da escola de Alexandria.
Pode-se obter a área de uma figura plana irregular ou obter o volume de um
sólido com o formato de um barril.

O método da exaustão consiste em "exaurir" a figura dada por meio de


outras de áreas e volumes conhecidos. O caso mais conhecido é o famoso
problema da quadratura do círculo, isto é, o problema de obter um quadrado
com a mesma área de um círculo de raio r dado.

Uma primeira aproximação para a área do círculo é dada pela área do


quadrado inscrito no círculo. Com o acréscimo de quatro triângulos isósceles
convenientes, obtemos o octógono regular inscrito no círculo, cuja área
fornece uma aproximação melhor à área do círculo.

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Continuando com o processo de acrescentar novos triângulos, tomamos um


polígono regular de 16 lados. Do ponto de vista geométrico, é possível
observar que já se tem a impressão de termos exaurido o círculo, embora
saibamos que existem algumas áreas que não foram cobertas.

Continuamos a exaurir o círculo para obter aproximações cada vez melhores


para a área do círculo, através de polígonos regulares inscritos de 2n lados.

Usando um procedimento similar a este, com polígonos inscritos e


circunscritos, Arquimedes calculou a área do círculo de raio unitário
mostrando que a área A (=Pi) está compreendida entre:

3 +10/71 = 3,140845 < A < 3 + 1/7 = 3,142857

O inconveniente do método de exaustão de Arquimedes é que para cada


novo problema havia a necessidade de um tipo particular de aproximação.
Por exemplo, para obter a área de uma região localizada sob um segmento
de parábola ACB.

Arquimedes, usou como primeira aproximação o triângulo ABC, em que C foi


tomado de modo que a reta tangente à parábola que passa pelo ponto C
seja paralela à reta AB.

De modo semelhante são escolhidos os pontos D e E e construídos os


triângulos ACD e BCE.

Na sequência foram construídos mais triângulos com as mesmas

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propriedades que os outros obtidos nos passos anteriores.

Observamos que tais triângulos estão exaurindo a área da região parabólica.

O Cálculo Diferencial e Integral foi criado por Isaac Newton (1642-1727) e


Wilhelm Leibniz (1646-1716). O trabalho destes cientistas foi uma
sistematização de idéias e métodos surgidos principalmente ao longo dos
séculos XVI e XVII, os primórdios da chamada era da Ciência Moderna, que
teve início com a Teoria heliocêntrica de Copérnico (1473-1543).

O que permitiu a passagem do método de exaustão para o conceito de


integral foi a percepção que em certos casos, a área da região pode ser
calculada sempre com o mesmo tipo de aproximação por retângulos.

Esta foi uma descoberta conceitual importante, mas em termos práticos, a


descoberta fundamental foi a possibilidade de exprimir a integral de uma
função em termos de uma primitiva da função dada e este fato é conhecido
pelo nome de Teorema Fundamental do Cálculo.

Estas idéias serão aqui expostas mas observamos que o conceito de


integral pode ser introduzido de várias formas, todas elas tendo em comum
a mesma idéia geométrica, mas que se diferenciam pelo rigor matemático
utilizado. Neste caso ocorre um problema usual em Matemática: quanto
menos rigorosa ou formal é a conceituação de um objeto matemático, mais
simples é a sua compreensão, porém é mais inadequada ou de
conhecimento inatingível para um ser humano comum, em função das
propriedades que decorrem do processo conceitual utilizado.

A idéia ou o conceito de integral foi formulado por Newton e Leibniz no


século XVII, mas a primeira tentativa de uma conceituação precisa foi feita
por volta de 1820, pelo matemático francês Augustin Louis Cauchy
(1789-1857). Os estudos de Cauchy foram incompletos mas muito
importantes por terem dado início à investigação sobre os fundamentos do
Cálculo Integral, levando ao desenvolvimento da Análise Matemática e da

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teoria das funções.

Por volta de 1854, o matemático alemão Bernhard Riemann (1826-1866)


realizou um estudo bem mais aprofundado sobre a integral e em sua
homenagem a integral estudada por ele passou a receber o nome de
Integral de Riemann. Tal nome serve para distinguir essa integral de outras
que foram introduzidas mais tarde, como por exemplo, a Integral de
Lebesgue. A forma usada para introduzir o conceito de Integral de Riemann
nos cursos de Cálculo é a versão devida a Cauchy. O que justifica isto é
que, ela é simples e bastante acessível aos alunos de um curso de inicial de
Cálculo, além de atender aos propósitos de um curso desta natureza.

Nos cursos de Análise Matemática apresenta-se uma versão mais refinada,


a Integral de Darboux-Riemann, usando os conceitos de soma inferior, soma
superior, integral inferior e integral superior, que correspondem ao método
de exaustão usando, respectivamente, polígonos inscritos e polígonos
circunscritos.

Mas, para que ninguém alimente idéias equivocadas, observamos que as


diversas definições da Integral de Riemann mencionadas são equivalentes e
a diferença entre elas se situa na adequação das definições para a obtenção
das propriedades da referida Integral.

Como o objetivo deste material é focalizar muito mais as idéias do que uma
análise rigorosa das propriedades da Integral de Riemann e considerando
que nem todos os visitantes desta página, têm os requisitos de Análise para
um enfoque mais rigoroso, apresentamos aqui também a versão mais
simples, introduzida por Cauchy.

Partição de um intervalo

Uma partição de um intervalo [a,b] da reta real é um conjunto finito de


pontos {xo,x1,...,xn} em R tal que

a=x0 < x1 < ... < xn=b

Ij=[xj,xj+1] é o j-ésimo subintervalo da partição. Dado um intervalo [a,b],


podemos tomar uma partição muito particular, como aquela que toma pontos
de modo que os subintervalos da partição tenham comprimentos iguais.

Integral de uma função real

Cauchy usou o seguinte processo para definir a integral de uma função real.
Seja f:[a,b] R limitada não negativa, isto é, f(x)>0 ou f(x)=0 para todo x em
[a,b] e tomemos uma partição:

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a=x0< x1 < ... < xn=b

do intervalo [a,b] que tenha todos os n subintervalos com o mesmo


comprimento dx=(b-a)/n.

Tomaremos apenas os primeiros pontos da partição e faremos uma análise


geométrica da curva no sub-intervalo [xo,x1]. Para os outros sub-intervalos
ocorre uma situação similar. A área sob a curva no intervalo [xo,x1] pode ser
obtida através da área S1 do retângulo cuja base mede dx=x1-xo e a altura é
a linha tracejada cuja medida é dada por f(c1) onde c1 é um ponto em [xo,x1].

Existe uma compensação da área "branca" que fica acima da curva e dentro
do retângulo com a área "branca" que fica abaixo da curva e fora do
retângulo.

Em cada subintervalo Ij=[xj,xj+1] desta partição tomamos um ponto genérico


qualquer cj e formamos n retângulos, todos com as bases de medida dx e
alturas dadas por:

f(c1), f(c2), ..., f(cn)

Se a partição tem n subintervalos, denotamos por Sn a soma das áreas dos


n retângulos:

Sn = f(c1)dx + f(c2) dx + ... + f(cn)dx =

sendo a soma realizada sobre todos os j=1...n.

Se essas somas forem calculadas para todos os valores de n, formaremos


uma sequência:

{S1, S2, ..., Sn, ...}

Se esta sequência numérica {Sn} é convergente para um número real bem


definido, diz-se que f é integrável no intervalo [a,b] e o valor do limite desta
sequência é denotado por:

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= (1)

A expressão da esquerda é a integral de f entre os limitantes de integração a


e b e a expressão da direita é o limite da sequência de somas parciais Sn.

Observações sobre a definição de integral

1. Devido ao importante trabalho de Riemann, já citado antes, a integral


definida por (1) é denominada Integral de Riemann e as somas

Sn=

são chamadas de somas de Riemann.

2. O processo de construção usado na definição da Integral de Riemann


sugere que:

seja definido como a área da figura limitada pelo gráfico de f, pelo eixo
OX e pelas retas x=a e x=b.

3. A existência e o valor do limite (1) deve ser independente da escolha


dos pontos c1, ..., cn nos subintervalos de [a,b].

4. O limite (1) da sequência das somas Sn pode existir ou não. A


existência ou não da integral de f, quando o domínio de integração é um
intervalo limitado e fechado (compacto) [a,b], depende da regularidade
da função f neste intervalo.

5. Determinar condições necessárias e suficientes para que uma função f


tenha integral é uma questão muito delicada e requer conceitos que
somente são abordados em um curso mais avançado de Análise
Matemática. Para se ter uma idéia desta dificuldade lembramos que
este problema só foi completamente resolvido no início do século XX,
aproximadamente cem anos após os estudos realizados por Cauchy
quando se tentava dar um tratamento rigoroso ao conceito de integral.

6. Para as nossas necessidades é suficiente saber que toda função

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contínua definida num intervalo limitado e fechado (compacto) é


integrável e que toda função limitada definida num compacto [a,b] é
integrável se o número de pontos de descontinuidade da função neste
intervalo for finito.

7. Cauchy tomou uma partição muito particular do intervalo [a,b],


subdividindo-o em partes iguais. Podemos refazer o processo com
intervalos de comprimentos diferentes, sendo cada intervalo da forma
[xj,xj+1] e comprimentos dxj=xj+1-xj. Neste caso as somas de Riemann
Sn tomam a forma

Sn=f(c1)dx1+f(c2)dx2+...+f(cn)dxn=

Ao proceder desta forma temos que tomar uma precaução adicional.


Não basta tomar o limite de Sn quando n , mas temos que
acrescentar a condição que o maior dos comprimentos dx1, ..., dxn deve
convergir para zero. Com isto em mente, temos a notação:

onde |P|=max{dx1,...,dxn} é a norma da partição P.

8. Inicialmente fizemos a suposição que f devesse ser positiva. Se f não é


necessariamente positiva em [a,b], ainda assim a integral de f pode ser
definida pelo mesmo procedimento anterior, sem qualquer problema,
mas alguns cuidados devem ser tomados em relação à interpretação
geométrica.

Suponhamos que o gráfico de f seja como na figura acima. Levando em


consideração a última observação, podemos formar as somas de
Riemann da função f no intervalo [a,b] de modo a incluir um ponto c
como um dos pontos da partição.

Caso exista a integral de f sobre [a,b], verifica-se, que:

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b c b

f(x) dx = f(x) dx + f(x) dx (2)

a a c

Esta propriedade será tratada mais à frente, mas observamos que a


primeira integral do segundo membro de (2) é positiva, enquanto que a
segunda integral do segundo membro é negativa. Desse modo a
integral de f sobre o intervalo [a,b] será à diferença das áreas (que são
valores positivos) assinaladas com os sinais (+) e (-). Para considerar
este caso, a partição do intervalo [a,b] em subintervalos de
comprimentos iguais já não é mais adequada.

A definição de integral é abstrata e não é um instrumento adequado


para calcular integrais, razão pela qual o cálculo de integrais
geralmente é feito mediante o uso do Teorema Fundamental do
Cálculo, que veremos adiante.

Para melhor entender a definição de integral de uma função f num


intervalo [a,b] apresentaremos um exemplo bastante comum.

Exemplo: Para calcular a área da figura delimitada pela parábola y=x², o


eixo OX e a reta vertical x=1, inicialmente dividiremos o intervalo [0,1]
em n partes iguais de comprimento dx=1/n.

Tomaremos os pontos cj como os extremos esquerdos de cada j-ésimo


intervalo, de forma que:

c1=0, c2=dx, c3=2 dx, ..., cn=(n-1)dx

Para f(x)=x², tomamos h=dx=1/n e escreveremos a soma

Soma = Sn = f(c1) h + f(c2) h + ... + f(cn) h

da forma

Soma = [0² + h² + (2h)² +...+ ((n-1)h)²].h


= [1² + 2² + 3² +...+ (n-1)²] h³

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= [1² + 2² + 3² +...+ (n-1)²] / n³


= [n³/3 - n²/2 +n/6] / n³
= 1/3 - 1/(2n) + 1/(6n²)

Quando n , a expressão da soma se aproxima de 1/3 e chegamos à


conclusão que:

x² dx = 1/3

Propriedades da Integral definida

A definição de integral é abstrata e tem pouco uso operacional. Em função


disto, introduzimos mecanismos que facilitam certos cálculos e os principais
são as propriedades das integrais.

Proposição: Se f e g são funções integráveis no intervalo [a,b], então f+g é


integrável no mesmo intervalo e além disso:

b b b

(f+g)(x) dx = f(x) dx + g(x) dx

a a a

Proposição: Se f é uma função integrável no intervalo [a,b] e c uma


constante qualquer, então a função cf é integrável e

b b

(c.f)(x) dx = c f(x) dx

a a

As duas proposições acima constituem as propriedades lineares da integral


definida, sendo que as demonstrações das mesmas são relativamente
simples, com o uso da definição de integral apresentada.

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Proposição: Se f é uma função integrável nos intervalos [a,c] e [c,b], então f


é integrável em [a,b] e além disso:

b c b

f(x) dx = f(x) dx + f(x) dx

a a c

Esta proposição trata da propriedade da aditividade da integral definida e


pode ser demonstrada requerendo um pequeno artifício de incluir o ponto c
entre os pontos da partição do intervalo [a,b].

Exercício: Tente demonstrar as proposições ou procure em um bom livro de


Análise Matemática.

O Teorema da Média

O nome Teorema Fundamental do Cálculo já diz sobre a importância do


mesmo. Este teorema permite exprimir a integral de uma função em termos
de uma outra função conhecida como primitiva e esta notável descoberta de
Newton e Leibniz no século XVII, forneceu ao Cálculo uma ferramenta eficaz
para o cálculo da maioria das integrais que aparecem no cotidiano.

Necessitamos do Teorema da Média, que é um resultado preparatório para


demonstrar o Teorema Fundamental do Cálculo.

Teorema da Média: Seja f uma função contínua num intervalo [a,b]. Então
existe um valor c nesse intervalo tal que

f(x) dx = f(c) (b-a)

Demonstração: Relembramos que

onde cj é um ponto qualquer do j-ésimo subintervalo de medida dx=(b-a)/n e


o limite é tomado quando n .

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Se m=min{f(x):x em [a,b]}, M=max{f(x):x em [a,b]} e f é contínua sobre um


intervalo fechado e limitado da reta, temos a garantia (pelo Teorema dos
valores extremos de Weierstrass) que existem x=xo e x=x1 tal que m=f(xo) e
M=f(x1), então, para todo cj do intervalo [a,b] tem-se que:

m < f(cj) < M

donde segue que:

m dx < f(cj) dx < M dx

Realizando a soma sobre todos os índices j=0...n, obteremos

m dx < f(ci) dx < M dx

logo

n
m(b-a) < f(ci) dx < M(b-a)
j=0

Tomando o limite com n sobre todas as três expressões nas


desigualdades, teremos:

m (b-a) < f(x) dx < M (b-a)

isto é:

b
1
m< f(x) dx < M
b-a
a

Portanto, o termo do meio dessas desigualdades está entre f(xo) e f(x1) e


pelo Teorema do Valor Intermediário, podemos concluir que existe c em [a,b]

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tal que

b
1
f(c) = f(x) dx
b-a
a

o que completa a demonstração do Teorema da média.

Primitivas

Uma primitiva para uma função f=f(x) é uma outra função F=F(x) cuja
derivada coincide com f, isto é, F'(x)=f(x). Pode ser que existam várias
primitivas para uma mesma função f. Você conhece alguma função real que
não tem primitiva?

Exemplos: Algumas primitivas para f(x)=x², são:

F(x)=x³/3
G(x)=x³/3 + 1
H(x)=x³/3 + C

pois as derivadas destas funções são iguais a f(x)=x².

A constante C da última primitiva é tão geral, que na verdade poderia


assumir qualquer valor numérico. Assim, uma primitiva geral para f(x)=x²,
teria a forma:

F(x) = x³/3 + C

em que o número C é uma constante arbitrária e x em Dom(f).

Observação: Se F=F(x) e G=G(x) são primitivas para uma função f, então


para todo x no domínio da função f, existe uma constante C tal que:

F(x) - G(x) = C

Isto significa geometricamente, que o gráfico de uma primitiva é a translação


vertical do gráfico da outra primitiva no plano cartesiano. Traçando
segmentos de retas verticais com extremidades nas curvas y=F(x) e y=G(x),
estes segmentos terão sempre a mesma medida C.

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Integral indefinida

Definimos a integral indefinida de uma função real f, como uma primitiva de


f, isto é:

f(x) dx = F(x) + C

para todo x em Dom(f), sendo que o símbolo de integral é o mesmo já usado


antes que teve origem como uma variação da letra grega sigma comumente
usada para somas.

Exemplo: A integral indefinida funciona como uma espécie de inversa para a


derivada. Se f(x)=x², então:

x² dx = x³/3 + C

Algumas regras das integrais indefinidas

Como a derivada de f(x)=xn+1/(n+1) é igual a g(x)=xn, segue que:

xn dx = xn+1/(n+1) + C

É fundamental que n seja diferente de -1, pois a derivada da função


logarítmica f(x)=ln(x) é a função g(x)=1/x, assim:

(1/x) dx = ln(x) + C

Como a derivada da função exponencial f(x)=exp(x)=ex é a própria f(x)=ex,


então:

ex dx = ex + C

Uma aplicação da integral indefinida

Se a taxa de crescimento da população de uma cidade daqui a x anos pode


ser considerada como f(x)=117+200x e hoje existem 10.000 pessoas na

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cidade, qual será o número total de pessoas da cidade daqui a 5 anos?


Como:

P’(x) = 117 + 200x

então:

P(x)= P’(x)dx= (117+200x)dx=117x+100x²+C

assim, podemos obter o valor de C pois P(0)=10.000. Realmente:

10000 = P(0) = 117×0 + 100×0² + C

logo

P(x) = 117x + 100x² + 10000

e daqui há 5 anos, a população da cidade será:

P(5)=117×5 + 100×5² + 10000 = 13085

Teorema Fundamental do Cálculo

Agora podemos demonstrar o teorema mais importante do Cálculo


Diferencial e Integral. Nós o faremos em duas versões e posteriormente
mostraremos que ambas são equivalentes.

1o. Teorema Fundamental do Cálculo: Seja f uma função contínua num


intervalo [a,b] e seja F a função definida por

F(x) = f(t) dt

Então, F é derivável em todos os pontos internos desse intervalo e

F'(x) = f(x)

Demonstração: Dando um acréscimo h à variável x, poderemos escrever:

F(x+h)= x+h f(t)dt= x f(t)dt+ x+h f(t)dt=F(x)+ x+h f(t)dt

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a a x x

Pelo teorema da média, existe um valor c entre x e x+h, tal que

x+h

f(x) dx = f(c) h

Das duas últimas expressões, obtemos para x < c < x+h, que:

F(x+h) - F(x) = f(c) h

Dividindo ambos os membros por h e fazendo h tender a 0, teremos a


definição de derivada da função F=F(x). O cálculo deste limite garante que c
tenderá a x e pela continuidade de f, f(c) tenderá a f(x), assim F'(x)=f(x), o
que significa que

F(x) = f(t) dt

é uma primitiva para a função f.

2o. Teorema Fundamental do Cálculo: Seja f uma função contínua num


intervalo [a,b] e G uma primitiva de f, então,

f(x)dx = G(b) - G(a) (3)

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Equivalência entre as duas versões: Suponhamos que a 2a.versão seja


válida e vamos substituir em (3) a variável b por x. Assim,

f(x)dx = G(x) - G(a) (4)

Como por hipótese, G é derivável com derivada f, então o primeiro membro


de (4) também é derivável tendo a mesma derivada f, assim a 2a. versão
implica a 1a. versão.

Reciprocamente, vamos admitir que a 1a. versão seja válida, isto é, que:

F(x) = f(t) dt

seja uma primitiva para f. Se G for outra primitiva de f, então

G(x) - F(x) = K (constante)

logo

G(x) = K + f(t) dt

é a expressão mais geral de uma primitiva para f e como a integral de t=a


até t=a é nula, segue que

G(a) = K

o que garante que:

G(x) = G(a) + f(t) dt

Tomando x=b nesta última expressão, obtemos:

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G(b)-G(a) = f(t) dt

Exemplo 1: Usando o Teorema Fundamental do Cálculo, vamos refazer o


cálculo da área da figura delimitada pela parábola y=x², o eixo OX e as retas
x=0 e x=1. Uma primitiva para f(x)=x² é a função G(x)=x³/3 e pelo Teorema
Fundamental do cálculo, temos que:

x² dx = G(1) - G(0) = 1/3

Exemplo 2: Calcular a área da região limitada pela parábola y = x² e a reta y


= 3-2x.

1 1

Área = (3-2x)dx - x² dx = 32/3

-3 -3

Uma Aplicação da integral definida

Um certo estudo indica que, daqui a x anos, a população de uma cidade


crescerá à taxa de 117+200x pessoas por ano. Qual será o aumento
populacional da cidade nos próximos 10 anos?

Solução: Seja P=P(x) a população daqui a x anos, então:

P'(x) = 117 + 200 x

Uma primitiva para P'(x) é G(x)=117x+100x², logo o aumento populacional


nos próximos 10 anos será dado por

P(10)-P(0)= 10 (117+200x)dx=G(10)-G(0)=11170

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Observação: Para o cálculo de uma integral mediante o uso do Teorema


Fundamental do Cálculo, necessitamos conhecer uma primitiva para a
função envolvida. Obter uma primitiva de uma função nem sempre é um
problema simples de ser resolvido e algumas vezes é impossível, como é o
caso das integrais elípticas, que aparecem naturalmente quando se deseja
calcular o comprimento do arco de uma elipse através de integrais.

Obter uma primitiva para uma função pode envolver técnicas bastante
sofisticadas, que são desenvolvidas nos cursos de Cálculo e Análise
Matemática. Nosso objetivo aqui não é desenvolver estas técnicas de
integração. Estamos mais interessados na compreensão do conceito de
integral e de suas consequências.

Integração por substituição

Este tipo de integral funciona como a regra da cadeia para integrais de


funções. Para obter a integral da forma:

f(u(x)) u'(x) dx

substituímos u=u(x) na integral acima e calculamos a integral

f(u) du

Exemplos: Para cada integral substituímos a variável indicada.

1. u=x²+3x.

(x²+3x)(2x+3)dx= udu=u²/2+C=(x²+3x)²/2+C

2. u=x²+1.

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5x/(x²+1)dx=(5/2) 2x/(x²+1)dx=(5/2)

du/u=(5/2)ln(u)+C=(5/2)ln(x²+1)+C

3. u=x+1.

x/(x+1)dx= (u-1)/u du= du- du/u=u-ln(u)+C=x+1-ln(x+1)+C

Observação: Para trabalhar com o método de integração por substituição há


a necessidade de fazer uso de bastante criatividade, percepção e muitos
exercícios!

Integração por partes

Se existe uma primitiva G para a função g, isto é: G'(x)=g(x), então:

f(x)G'(x) dx = f(x)G(x) - f'(x)G(x) dx

Pela derivada do produto de duas funções, segue que:

(f(x)G(x))' = f'(x)G(x)+f(x)G'(x) = f'(x)G(x)+f(x)g(x)

e integrando os os membros desta última igualdade, obteremos:

(f(x) G(x))' dx = [f'(x)G(x) + f(x)g(x)] dx

isto é

f(x)G(x) = [f'(x)G(x) + f(x)g(x)] dx

assim

f(x)G(x) = f'(x)G(x) dx + f(x)g(x) dx

donde segue o resultado.

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Exemplo: Para calcular x.ln(x)dx, tomamos g(x)=x e f(x)=ln(x). Assim,

uma primitiva para g=g(x) é a função G(x)=x²/2 e f'(x)=1/x e a fórmula de


integração por partes, nos informa que:

f(x)g(x)dx = f(x)G(x) - f'(x)G(x)dx

Substituindo as funções acima definidas, teremos:

x.ln(x)dx = ln(x).x²/2 - (1/x).xdx

logo

x.ln(x)dx = ½ x² ln(x) - x + C

A constante só foi colocada no final para não atrapalhar os cálculos


intermediários.

Exercício: Calcular as integrais abaixo pelo uso sucessivo do método de


integração por partes.

1. E1= x ex dx

2. E2= x² ex dx

3. E3= x³ ex dx

4. En= xn ex dx

Aplicações da integral definida

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1. Comprimentos de arcos de curvas planas


2. Momentos estáticos de curvas planas
3. Momentos de inércia de curvas planas
4. Áreas de superfícies de revolução
5. Volumes de sólidos de revolução
6. Projeto para o futuro

Construída por Olívio A.Weber e Ulysses Sodré. Atualizada em


05/abr/2005.

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