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CARTILHA DO COOPERATIVISMO

ORIENTAÇÕES
Elaborada por: Sandra Souza
Marcus Vinícius Seccatto
APRESENTAÇÃO

O Departamento de Geração de Trabalho e Renda da


Secretária de Desenvolvimento e Ação Regional da Prefeitura de
Santo André atendendo aos grupos de empreendedores, que
buscam orientação para abertura de cooperativas, notou que a
maioria deles necessita de outras informações além da legalização
de uma cooperativa. Por esta razão foi elaborado este material com
o objetivo de orientar os grupos de empreendedores no
planejamento de sua cooperativa.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................. 3

I- QUAIS AS VANTAGENS EM SE MONTAR UMA COOPERATIVA? ... 4

II- QUAIS SÃO OS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA A

CONSTITUIÇÃO DE UMA COOPERATIVA? ................................. 7

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INTRODUÇÃO

Sociedade Cooperativa

Existe uma crescente demanda pela


organização de cooperativas, principalmente
as de trabalho e as de crédito. Abaixo
transcrevemos algumas questões que têm
sido recorrentes na formação de cooperativas e que podem auxiliá-lo(a) no
apoio à essas demandas.

COOPERATIVA é uma forma de organização e não um negócio em si.


Por exemplo, o negócio de um grupo de costureiras não é a cooperativa,
mas a confecção e comercialização de roupas são. Assim, a cooperativa é a
forma de organização que elas podem escolher para viabilizar o negócio de
confecção. Isto significa que um dos primeiros passos a serem considerados
é a VIABILIDADE do próprio negócio.

Deste ponto, partimos para a recomendação básica em qualquer início


de atividade lucrativa: o estudo de viabilidade econômica. Encaminhe para
o seu grupo as seguintes perguntas:

1) A necessidade de trabalho, produção, crédito é sentida por todos os


interessados?

2) A Cooperativa é a solução mais adequada? Ou uma associação* poderia


ser o primeiro passo?

*A Associação é a forma mais básica para se organizar juridicamente um grupo de


pessoas para a realização de objetivos comuns.

3) Já existe alguma Cooperativa nas redondezas que poderia satisfazer os


interessados?

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4) Os interessados estão dispostos a entrar com o capital (recursos
financeiros) necessário para viabiliza a cooperativa?

5) O volume de negócios é suficiente para que os cooperados tenham


benefícios?

6) Os interessados estão dispostos a operar integralmente com a


Cooperativa?

7) A Cooperativa terá condições de contratar pessoal qualificado para


administrá-la e um contador (obrigatório) com características específicas
para fazer a contabilidade?

8) Existe mercado para os produtos ou serviços a serem oferecidos?

Diante das respostas você saberá se o empreendimento é viável ou não.


Montar uma Cooperativa, do ponto de vista jurídico é burocrático, mas não
é nada complexo. Complicado mesmo é mantê-la funcionando e garantir os
resultados esperados a partir da sua fundação.

Uma Cooperativa é uma organização eminentemente coletiva. A


própria legislação exige um mínimo de 20 (vinte) pessoas para sua
constituição.
Nem sempre organizar uma Cooperativa é a melhor opção, muito
embora seja esse o desejo das pessoas e, aparentemente, a solução mais
viável. Um bom estudo de viabilidade econômica permitirá vislumbrar qual
a real necessidade do mercado e se uma Cooperativa é a melhor forma para
que o grupo atenda seus objetivos. Uma sensibilização que consistente
sobre o que é e como funciona uma Cooperativa e as responsabilidades de
cada um no processo com certeza será um bom início de trabalho.

I- QUAIS AS VANTAGENS EM SE MONTAR UMA COOPERATIVA?

Uma das questões mais importantes é a relacionada aos benefícios


fiscais. Do ponto de vista fiscal não há diferença entre os impostos que
incidem sobre produtos vendidos por uma Cooperativa ou por uma Empresa
mercantil. A principal diferença é que o trabalho do cooperado através da

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Cooperativa, no caso das Cooperativas de Trabalho, não gera vínculo
empregatício com a mesma; e os produtos produzidos pelos cooperados
entregues na Cooperativa também não geram tributação, é o que se chama
de atos cooperativos. Porém na hora de vender a mercadoria ao consumidor
ou o trabalho para uma empresa há incidência de impostos normalmente. A
principal vantagem é a organização do trabalho. É possibilitar que
indivíduos isolados, e por isso com menos condições de enfrentar o
mercado, possam aumentar sua competitividade e conseqüentemente
melhorar sua renda ou sua condição de trabalho. Os possíveis benefícios
fiscais passam a ser secundários se o negócio coletivo for viável a partir da
união das pessoas.
Mais uma vez um estudo de viabilidade econômica permitirá ao grupo
decidir se é vantajoso ou não organizar uma Cooperativa.

Diante disso, as principais finalidades do grupo deverão ser:


a) viabilizar e desenvolver atividades de consumo, produção, crédito,
prestação de serviços e comercialização;
b) atuar no mercado gerando benefícios para todos os cooperados;
c) formar e capacitar seus integrantes para o trabalho e a vida em
comunidade.

A Cooperativa é uma instituição autogestionada. Todas as decisões são


tomadas em Assembléia Geral, sendo que cada cooperado tem direito a um
voto.
A Assembléia Geral é o órgão máximo de decisão dos destinos da
Cooperativa, a ela se subordina o Conselho de Administração, órgão
executivo formado por cooperados e que é responsável pela administração
diária da Cooperativa. Ela deve possuir também o Conselho Fiscal, órgão
formado por cooperados tendo por finalidade garantir os direitos dos
cooperados e de que as decisões da Assembléia Geral estejam sendo
cumpridas. Ainda, a Cooperativa deve ser formada por no mínimo 20 (vinte)
pessoas, conforme estabelece a Lei Federal nº 5.764/71 e poderão dela
participar qualquer pessoa física que não desenvolva atividade que conflite
com os interesses da Cooperativa.

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O capital social deve ser formado por quotas-
partes ou pode ser constituído por prestação de
serviços, doações, empréstimos e processos de
capitalização. Isto significa, dizer que ela realiza
plena atividade comercial, operações financeiras,
bancárias e pode se candidatar a empréstimos e
aquisições do governo federal. Seus dirigentes podem ser remunerados
através de “pro-labore”, cujo valor deve ser decidido e votado em
Assembléia Geral.

Após decisão em Assembléia Geral, as possíveis sobras líquidas podem


ser divididas de acordo com o volume de negócios do associado com a
Cooperativa. É obrigatória a destinação de 10% (dez por cento) das sobras
para os fundos de reserva e 5% (cinco por cento) para os fundos
educacionais, conforme determinado pela Lei Federal nº 5.764/71.

Especialistas em direito tributário fizeram uma lista dos impostos,


tributos e taxas a que uma entidade cooperativa está sujeita e em quais
situações. As implicações tributárias, bem como as não-incidentes, são:

1) PIS - De acordo com a legislação em vigor, a contribuição incide o


percentual de 1% sobre a folha de pagamento de funcionários da
Cooperativa; e em casos de operar com não-associados, incide percentuais
de 0,65%.

2) COFINS - De acordo com o artigo 6º da Lei Complementar 70/91, as


Cooperativas estão isentas do recolhimento da contribuição para
Financiamento da Seguridade Social, mas tão somente quanto aos atos
cooperativos de suas finalidades.

3) Contribuição Social - Conforme Acórdão SEREF/01 - 1.751 publicado


no DOU de 13.09.96, Pág. 18.145, o Conselho de Contribuinte através da
Câmara Superior de Recursos Fiscais decidiu que o resultado positivo obtido
pelas sociedades cooperativas nas operações realizadas com os seus
associados, os atos cooperativos, não integra a base de cálculo da
Contribuição Social.

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4) IRRLL - Não há incidência nos atos cooperativos.

5) IRPJ - O regulamento do Imposto de Renda é taxativo de que, nas


cooperativas que operam com associados, praticando, assim, o ato
cooperativo (artigo 79 da Lei 5.764). As sobras por acaso existentes no
encerramento do balanço não são tributadas, levando-se em linha de
consideração que a cooperativa não é sociedade comercial.

6) FGTS - O FGTS somente tem como fato gerador para os empregados da


cooperativa, sendo certo que não existe o fato gerador para os
cooperativados.

7) INSS - Com o aditamento da Lei Complementar 84/96 passou a incidir o


percentual de 15% sobre a retirada de cada cooperado e se os mesmos
forem autônomos (inscritos na Previdência Social); a contribuição será de
20% sobre o salário-base de cada associado. É importante ressaltar que a
obrigação do recolhimento é de exclusiva responsabilidade da Cooperativa.

8) ISSQN - A maioria dos municípios brasileiros preceitua que a incidência


do Imposto em questão é sobre o total do faturamento. Entretanto, vários
especialistas entendem que a única receita operacional da Cooperativa de
Trabalho é a Taxa de Administração, que se tornaria o fato gerador do ISS.

9) ICMS - Se a cooperativa operar dentro de um único Município, não


existe a incidência do ICMS.

II - QUAIS SÃO OS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA A


CONSTITUIÇÃO DE UMA COOPERATIVA?

Podemos classificar a documentação necessária em três partes:


1) Documentos exigidos do sócio para se associar à Cooperativa;
2) Documentos necessários para se regularizar a Cooperativa junto aos
órgãos competentes;
3) Documentos necessários à contabilidade e funcionamento da
Cooperativa após o registro, os chamados Livros da Cooperativa.

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Para os sócios: Cópia autenticada do RG, CPF e comprovante de
endereço.
Para a Cooperativa: Registro na Junta Comercial do Estado em que
tiver sede a Cooperativa. Para se obter este registro deve-se anexar 3 vias
da Ata de Fundação e Constituição da Cooperativa, assinada por todos os
cooperados fundadores; declarar no fecho da Ata que a mesma é cópia fiel,
transcrita em livro próprio; visto de advogado; 3 vias do Estatuto Social,
também vistados por advogado.
Livros obrigatórios: Livros de Matrícula; de Atas de Assembléias
(ordinárias e extraordinárias); de Atas dos Órgãos de Administração; de
Atas do Conselho Fiscal; de Presença dos cooperados nas Assembléias
Gerais; outros, fiscais e contábeis (obrigatórios). É facultada a adoção de
livros de folhas soltas ou fixas.
Observação: No Livro de Matrículas, os cooperados serão inscritos por
ordem cronológica de admissão, dele constando: nome, idade, estado civil,
nacionalidade, número do RG e do CPF, profissão e residência do
cooperado; data de admissão, e quando for o caso, de sua demissão,
eliminação ou exclusão, a conta corrente das respectivas quotas-partes do
capital social.

As Cooperativas podem ser classificadas em aproximadamente 13


ramos: agropecuário, consumo, crédito, educacional, especial,
habitacional, infra-estrutura, mineral, produção, saúde, trabalho,
transporte, turismo e lazer.

Portanto, há cooperativismo para tudo e todos (as). Basta utilizar a


criatividade, ter ousadia e visão de futuro, estudar a viabilidade e,
principalmente, constituir a cooperativa com associados que acreditem
neste tipo de empreendimento.

BOA SORTE E SUCESSO!

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