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Anti-Sexo

A proposta anti sexo é tão chocante que só pode


comprovar ser nosso meio mais radical de atuação. O
Patriarcado não prega o celibato feminino, pelo contrário.
No inicio do século passado, eram chamadas celibatarias
todas mulheres solteiras que trabalhavam pra si mesmas
muitas vezes morando com uma ou mais companhias
femininas na mesma situação. Claro, o machismo concebia
que tal mulher era celibataria porque denuncia sua forma
de pensar a mulher livre e fora do casamento, sequer
pensavam que essa mulher poderia ter relações sexuais
nao reprodutivas ou lésbicas.

O sexo é imposto às mulheres de forma compulsória seja


como capital reprodutivo manejado por uma elite masculina
seja como campo de exercício da guerra dos homens
contra as mulheres, na prostituição, na servidão sexual
visual, auditiva, verbal, midiatica, cotidiana, obrigatória, é
dificil escapar nessa sociedade a uma experiencia sexual
que nao seja construida nesses termos e pra servir esses
fins...ainda mais nós mulheres encontrarmos uma
expressao sexual segura nesses libertarianismos anarco-
machistas de amor livre que nao seja o repeteco de nossos
corpos usados como gratificação sexual de varões
cumprindo suas funções societais. Difícil escapar duma
expressao sexual nao objetificada, não mercantilizada, nao
de cambio supostamente 'independente' mas que nao
passa de mimica do livre comercio, nao ideológica e
treinada.

O coito é um exercicio de adestramento da mulher à sua


inferioridade, ele é assim socialmente construido, legado
das taticas de guerra e estupros em massa e jogados o
mesmo modelo na sociedade 'civil', aí também rememoro
aos 'libertários' a origem da pornografia como veiculo de
propaganda de odio que teve como função principal a
inspiração de virilidade a soldados nas guerras. Na
sociedade patriarcal a pornografia tem a mesma função,
servindo de cartilha e abc do estupro e violencia que define
supremacia masculina em suas fundações.

Não importa se somos contra UM TIPO de sexo, ou se


somos CONTRA O SEXO NESSA SOCIEDADE OU HOJE,
o fato de vocês quererem abrir tantas ressalvas em nosso
gesto de repúdio só demostra o quanto ele ameaça as
bases de muitas ideologias que jamais gostariam de abrir
mão do fundamental no que determina a opressão e o
poder no ambito da população feminina, o meio por onde
se exerce esse poder: nossos corpos.

Talvez seja mais radical até que nossos corpos sequer


sirvam a um propósito lesbianista político pois seria ainda
fazer o mesmo, nossa forma de atuação deve se basear
mesmo na não cooperação, no boicote, na sabotagem.

Como diria Sheila Jeffreys, Sexualidade é uma instituição


social construida na opressão das mulheres, é preciso
adotar uma perspectiva critica da sexualidade se somos
feministas porque esse É efetivamente os modos de
produção que nos são expropriados, a centralidade da
nossa questão. É o corpo. Um feminismo que se furta a
pensar isso é um feminismo fajuto, covarde e reconciliador,
a custa de nossos corpos.

O fato de nos pedirem uma flexibilização da nossa proposta


soa como um assédio, uma forma de flexibilizar nosso
NÃO. A questão aqui é a forma radical de dizer NÃO à
força, fortalecer nossa resistencia. Soa até como pedir para
que façamos sexo e mostra quanto é um dever sagrado o
exercicio de sexo por mulheres e nossas vivencias na
prostituição tão naturalizadas e dificeis de erradicar quando
reclamadas por nós. Parece até que temos que pedir
permissão para fazê-lo, e como soasse como ofensa e
expropriação de um direito de alguém. Nossa recusa ao
sexo choca e mostra a falsidade de lados supostamente
progressivos, a igualdade que há entre esquerda, direita,
libertários, conservadores.

Em tempos de ataques atualizados e disfarçados do


Patriarcado, como pornografia alternativa, feminista,
prostituição consensual, sadomasoquismo consciente,
consentimento sexual, não há nada mais radical que se
colocar contra o sexo.

Sinceramente, FODA-SE O SEXO. F O D A - S E O S E


XXX O . ²³²³²³ Pronto, morreu a questão. Graças a
positividade sexual, hoje feminismo se reduziu a
um vazio de discussao sobre sexualidade. As
políticas do orgasmo sequestraram o feminismo,
reduziram nossa militancia ao ambito privado da
produção de pornografia
independente/alternativa/caseira, da conquista do
orgasmo múltiplo ou uso do dildo e do chicote
como instrumentos de subversão de generos, e
outras metafísicas aplicadas. Sexo ganhou um
prestígio dentre as questões sociais, não se
questiona as formas sob quais é produzido, ele é
sagrado e inquestionável, criticar a Instituição do
Sexo é oprimir e ser totalitário. Sexo não se
discute. Isso que a reação feminista oculta sob
novos feminismos vem promovendo. O
silenciamento da questão.

Sexo tem mais chances de ser nosso inimigo que


nosso instrumento de mudança principal. Não
vamos mudar o mundo usando de nossas atuações
tradicionais como prostitutas, mas recusando
justamente essa identidade, esse papel, essa
definição de nossos seres. Não somos as fazedoras
de sexo, pra ninguém, pra nada, pra nenhuma
ideologia, em nenhuma forma. Somos mais que
isso. Podemos ser muito mais que modos de
manifestação da sexualidade.

Talvez o mal da psicanalise tenha sido justamente


imanentizado, inerentizado, essencializado
sexualidade e desejo nos seres, como
materialidade, quando não, quando são instancias
produzidas socialmente e reprodutoras da
Ideologia dominante. Senão uma de suas bases
principais. Então, inicia-se erroneamente a
questao: sexualidade é constituinte. É constituinte
porque foi elegida por propositos funcionais à
Ideologia e Sistema.

Jan

Para ler mais:


http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?
cmm=29724369&tid=2590543693278713943&start=1

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