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Esta lei estabelece as regras para o Conselho de Disciplina da Polícia Militar de Alagoas, que julga a conduta de militares. O Conselho é composto por 3 oficiais e julga militares ativos, da reserva ou reformados acusados de transgressões ou crimes. Após o julgamento, o Comandante Geral da Polícia Militar pode homologar ou não a decisão do Conselho, aplicando penalidades disciplinares ou determinando a reforma ou exclusão do militar.
Esta lei estabelece as regras para o Conselho de Disciplina da Polícia Militar de Alagoas, que julga a conduta de militares. O Conselho é composto por 3 oficiais e julga militares ativos, da reserva ou reformados acusados de transgressões ou crimes. Após o julgamento, o Comandante Geral da Polícia Militar pode homologar ou não a decisão do Conselho, aplicando penalidades disciplinares ou determinando a reforma ou exclusão do militar.
Esta lei estabelece as regras para o Conselho de Disciplina da Polícia Militar de Alagoas, que julga a conduta de militares. O Conselho é composto por 3 oficiais e julga militares ativos, da reserva ou reformados acusados de transgressões ou crimes. Após o julgamento, o Comandante Geral da Polícia Militar pode homologar ou não a decisão do Conselho, aplicando penalidades disciplinares ou determinando a reforma ou exclusão do militar.
DISPE SOBRE O CONSELHO DE DISCIPLINA DA POLCIA MILITAR DE ALAGOAS.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS
Fao saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1 - O Conselho de Disciplina da Polcia Militar de Alagoas tem por objetivo julgar a conduta policial militar dos Aspirantes a Oficial PM e demais Praas da Polcia Militar do Estado de Alagoas, com estabilidade assegurada para permanncia na ativa, dando-lhes, ao mesmo tempo condies de defesa. Pargrafo nico - O Conselho de Disciplina ter aplicao tambm para o Aspirante a Oficial PM e demais Praas da Polcia Militar de Alagoas, reformados ou integrantes da reserva remunerada, uma vez cessado o motivo determinante da inatividade. Art. 2 - O Conselho de Disciplina julgar. Ex-offcio, as Praas referidas no art. 1 e seu Pargrafo nico quando: I - forem oficialmente ou atravs dos meios normais de comunicao social, acusadas de: a) procedimento incorreto no desempenho do cargo; b) conduta irregular; c) prtica de ato que afete a honra pessoal, o pundonor policial-militar ou o decoro da classe; II - houverem sido afastadas do cargo, na forma da legislao policial-militar, por incompatibilidade ou demonstrao de incapacidade no exerccio de funes policiais-militares a elas inerentes, excluindo-se, apenas, o afastamento do cargo para responder a processo; III - houver sido condenadas pena restritiva de liberdade individual de at 02 (dois) anos, por crime de natureza dolosa no previsto na Lei de Segurana Nacional, por sentena de Tribunal Civil ou Militar passada em julgado; IV - pertencem a partido poltico ou associao, suspensos ou dissolvidos por fora de disposio legal ou deciso judicial, ou que exeram atividades prejudiciais ou perigosas Segurana Nacional. Pargrafo nico - Para os efeitos desta lei, considera-se pertencente a partido ou associao, a Praa da Polcia Militar que, ostensiva ou clandestinamente: a) estiver inscrita como seu membro; b) prestar servios ou angariar valores em seu benefcio; c) realizar propaganda de suas doutrinas; ou d) colaborar, por qualquer forma, mas sempre de modo i nequvoco, em suas atividades. Art. 3 - A Praa da ativa da Polcia Militar, ao ser submetida a Conselho de Disciplina, ser afastada do exerccio de suas funes. Art. 4 - A nomeao do Conselho de Disciplina competncia do Comandante Geral da Corporao, que poder faz-lo ex-offcio ou mediante ordem superior. Art. 5 - O Conselho de Disciplina ser composto de 03 (trs) Oficiais da Corporao. 1 - Dentre os Oficiais designados para compor o Conselho de Disciplina, o membro mais antigo, que ser pelo menos, um Oficial intermedirio, ser o presidente; o que o seguir em antigidade, ser o interrogante e relator; e o mais moderno, o escrivo.
2 2 - No podero fazer parte do Conselho de Disciplina: a) o Oficial que formulou a acusao; b) os Oficiais que tenham entre si, com o acusador ou com o acusado, parentesco consangneo ou afim, na linha reta ou at o quarto grau de consanginidade colateral, ou de natureza civil; e c) os Oficiais que tenham interesse particular na deciso do Conselho de Disciplina. Art. 6 - O Conselho de Disciplina funcionar sempre com a totalidade de seus membros, em local onde a autoridade nomeante julgue mais bem indicado, para a apurao do fato. Art. 7 - Reunido o Conselho de Disciplina, convocado previamente por seu presidente, em local, dia e hora designados com antecedncia, presente o acusado, o presidente proceder leitura e a autuao dos documentos que constituram o ato de nomeao da Comisso. A seguir, ordenar a qualificao e o interrogatrio do acusado, o que ser reduzido a auto, assinado por todos os membros da Comisso e pelo acusado, fazendo-se a juntada de todos os documentos por este oferecidos. 1 - Quando o acusado for Praa da reserva remunerada ou reformada, no for localizado ou deixar de atender a intimao por escrito para comparecimento ao Conselho de Disciplina, a intimao ser publicada em rgo de divulgao na rea de seu domiclio. 2 - O processo correr revelia, se o acusado deixar de atender a publicao a que alude o pargrafo precedente. Art. 8 - Aos membros do Conselho de Disciplina facultado reinquirir o acusado e as testemunhas sobre o objeto da acusao, e propor diligncias para o esclarecimento dos fatos. Art. 9 - Ao acusado assegurada ampla defesa, tendo ele, aps o interrogatrio, prazo de 05 (cinco) dias para oferecer suas razes por escrito. 1 - O Conselho de Disciplina fornecer o libelo acusatrio, que dever conter relato minucioso dos fatos e a descrio dos atos que so imputados ao acusado. 2 - O acusado dever estar presente a todas as sesses do Conselho Disciplina, exceto sesso secreta de deliberao de relatrio. 3 - Em sua defesa, poder o acusado requerer a produo, perante o Conselho de Disciplina, de todas as provas permitidas no Cdigo do Processo Penal Militar. 4 - As provas a serem produzidas mediante Carta Precatria sero efetuadas por intermdio da autoridade policial-militar, ou, na falta desta, da autoridade judiciria local. 5 - O processo ser acompanhado por Oficial indicado pelo acusado, quando este o desejar, para orientao de sua defesa. 6 - Nos casos de revelia, o Comandante Geral da Corporao designar Oficial para acompanhar o processo e proceder defesa do acusado. Art. 10 - O Conselho de Disciplina poder inquirir o acusado ou receber, por escrito, seus esclarecimentos, ouvindo-o posteriormente a respeito. Art. 11 - O Conselho de Disciplina dispor de um prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data de sua nomeao, para a concluso de seus trabalhos, inclusive remessa do relatrio. Pargrafo nico - O Comandante Geral da Corporao, por motivos excepcionais, poder prorrogar em at 20 (vinte) dias, o prazo de concluso dos trabalhos. Art. 12 - Realizadas todas as diligncias, o Conselho de Disciplina deliberar, em sesso secreta, sobre o relatrio a ser redigido. 1 - O relatrio, elaborado pelo escrivo e assinado por todos os membros do Conselho de Disciplina, decidir se a Praa ou no culpada da acusao que lhe foi imputada. 2 - No caso de incluso no tem III do art. 2, determinados os preceitos de aplicao da pena prevista no Cdigo Penal Militar ser tambm determinada a capacidade ou no do acusado para permanncia na ativa e fixada sua situao se encontrar na inatividade. 3 - A deciso do Conselho de Disciplina ser tomada por maioria de votos de seus
3 membros. 4 - Quando houver divergncia quanto deciso, ser facultada justificao, por escrito, do voto discrepante. 5 - Elaborado o relatrio, com o termo de encerramento, o Conselho de Disciplina remeter o processo ao Comandante Geral da Corporao. Art. 13 - Recebidos os autos do processo, o Comandante Geral, dentro do prazo de 20 (vinte) dias, homologar ou no, o julgamento. 1 - Em caso de no homologao do julgamento, o Comandante Geral fundamentar, detalhadamente, seu despacho, e determinar: I - o arquivamento do processo, se no julgar a Praa culpada ou incapaz de permanecer na ativa ou na inatividade; II - a aplicao de pena disciplinar, se considerar contraveno ou transgresso disciplinar a razo pela qual a Praa foi julgada culpada; III - a remessa do processo ao auditor competente, se considerar crime a razo pela qual a Praa foi julgada culpada; IV - a efetivao da reforma ou excluso a bem da disciplina, se considerar que: a) a razo pela qual a Praa foi julgada se enquadra nos itens I, II ou IV do art. 2; b) se, pelo crime cometido previsto no item III do art. 2 a Praa foi julgada incapaz de permanecer na ativa ou na inatividade. 2 - O despacho que determinar o arquivamento do processo dever ser publicado oficialmente e transcrito nos assentamentos da Praa, se ela estiver na ativa. 3 - A reforma da Praa efetuada no grau hierrquico que possui na ativa, com proventos proporcionais ao tempo de servio. Art. 14 - O acusado ou, no caso de revelia, o Oficial que acompanhou o processo, poder interpor recurso ao julgamento do Conselho de Disciplina ou da Deciso adotada pelo Comandante Geral da Corporao. Pargrafo nico - O prazo para interposio de recurso ser de 10 (dez) dias, contados da data em que o acusado tomar cincia da Deciso do Conselho de Disciplina, ou da publicao da Deciso do Comandante Geral da Corporao. Art. 15 - Caber ao Governador do Estado, em ltima instncia, julgar os recursos que forem interpostos nos processos oriundos do Conselho de Disciplina. Art. 16 - Aplicam-se a esta Lei, subsidiariamente, as normas do Cdigo de Processo Penal Militar. Art. 17 - Prescrever em 06 (seis) anos, computados da data em que forem praticadas, as faltas previstas nesta Lei, salvo aquelas cujo o prazo prescricional esteja estabelecido no Cdigo Penal Militar. Art. 18 - O Comandante Geral da Polcia Militar baixar as instrues complementares necessrias execuo desta Lei. Art. 19 - Esta Lei entrar em vigor na data de sua publicao, revogadas as disposies em contrrio.
PALCIO MARECHAL FLORIANO, em Macei, 19 de dezembro de 1978, 90 da Repblica.